RESENHA SEMANAL E PERSPECTIVAS

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1 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out-16 jan-17 abr-17 jul-17 out-17 INFORME ECONÔMICO RESENHA SEMANAL E PERSPECTIVAS No Brasil, a atividade econômica segue apresentando sinais mais robustos de recuperação. No cenário global, a economia chinesa acelerou o crescimento em A atividade econômica registrou expansão em novembro, reforçando o cenário de recuperação da economia brasileira. O indicador de atividade do Banco Central (IBC-Br) apurou alta de 0,5% em novembro na comparação com outubro, com ajuste sazonal, após avanço de 0,35% em outubro. Na comparação anual, o indicador registrou alta de 2,9%. Ambos os resultados, na margem e anual, ficaram acima das expectativas do mercado, 0,4% e 2,8%, respectivamente para o mês. O avanço em novembro decorreu do crescimento dos setores industrial (0,2%), serviços (1,0%) e do comércio ampliado (2,5%) no mês. Caso o indicador do Banco Central fique estável em dezembro, a economia brasileira encerrará o quarto trimestre com alta de 0,8%, após avanço de 0,5% no trimestre anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, o IBC-Br registra alta de 0,7%. Diante os dados mais positivos nos últimos meses, elevamos a nossa projeção de crescimento do PIB no quarto trimestre para 0,2% de 0,1% projetado anteriormente. Assim, esperamos que a economia brasileira encerre o ano com expansão de 1,0%. Para 2018, esperamos a continuidade do processo de recuperação, estimulado pelos efeitos defasados da política monetária. Portanto, acreditamos que a economia brasileira deva registrar expansão de 2,7% em ,0 1,5 1,0 0,5 0,0-0,5-1,0-1,5-2,0 Brasil - Índice de Atividade do BC M/M (%), dados SA 0,9 0,6-0,4-1,4-1,9 1,4 0,5 0,5-0,1-0,3 Fonte: BCB, BRAM Fonte: BCB, BRAM Nos Estados Unidos, a atividade industrial se recuperou da queda no mês anterior e encerrou o trimestre com desempenho robusto. A produção industrial avançou 0,9% em dezembro na comparação com novembro, com ajuste sazonal, resultado acima da expectativa do mercado (0,5%). No 1

2 mês anterior, a produção industrial havia recuado 0,1% (revisado de alta de 0,2% divulgado anteriormente). Com a expansão em dezembro, a utilização da capacidade instalada atingiu 77,9%, o maior patamar desde fevereiro de No quarto trimestre, a produção industrial acumulou alta de 2,0% após queda de 0,3% no trimestre anterior. O elevado nível de confiança sugere a manutenção do robusto desempenho da atividade industrial nos próximos meses. No setor imobiliário, as permissões para novas residências e as novas construções registraram quedas 0,1% e 8,2%, respectivamente, em dezembro. Ademais, o indicador de confiança do setor imobiliário (NAHB) recuou para 72 pontos de 74 pontos anteriormente. A despeito das quedas em dezembro, os indicadores do setor imobiliário seguem próximos das máximas recentes. Acreditamos que a economia americana continuará apresentado bom desempenho ao longo de 2018, avançando 2,6% após alta de 2,3% em Estados Unidos - Produção Industrial (%T/T) 3,0% 2,0% 1,0% 2,1% 2,0% 1,4% 0,0% -1,0% -0,3% -2,0% -3,0% -4,0% -5,0% -6,0% -5,6% mar/04 dez/04 set/05 jun/06 mar/07 dez/07 set/08 jun/09 mar/10 dez/10 set/11 jun/12 mar/13 dez/13 set/14 jun/15 mar/16 dez/16 set/17 Fonte: Bloomberg, BRAM Na Zona do Euro, a inflação seguem bem comportada e a atividade economia em expansão. A divulgação final da inflação confirmou a moderação do indicador na passagem de novembro para dezembro. Na comparação anual, a inflação registrou alta de 1,4% após avançar 1,5% em novembro. O arrefecimento em dezembro foi explicado pela menor alta nos preços de energia. O núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, ficou estável em 0,9%, repetindo a leitura dos últimos dois meses. A perspectiva favorável da inflação justifica os estímulos monetários adotados pelo Banco Central Europeu (BCE) na tentativa de acelerar a recuperação econômica e a inflação na região. Impulsionado pelas condições monetárias, os sinais de aceleração do crescimento seguem sólidos. As vendas de veículos totalizaram quase 11 milhões de unidades em 2017, o melhor desempenho desde A conta corrente registrou superávit de 37,8 bilhões em novembro após superávits de 35,4 bilhões em outubro e 37,3 bilhões em novembro do ano passado. No acumulado em 12 meses, a conta corrente acumula superávit de 389 bilhões. O elevado superávit da conta corrente na região é uma das forças que pode levar à apreciação do euro no ano. Na nossa visão, caso a apreciação do euro postergue a aceleração da inflação, nós não descartamos novas medidas de estímulo monetário pelo BCE. 2

3 15,0 14,0 13,9 13,0 12,0 11,0 10,0 11,1 11,0 9,0 8,5 8, Zona do Euro: Venda de Automóveis (milhões) Fonte: Bloomberg, BRAM Na China, o crescimento econômico acelerou em 2017 e o país superou mais uma vez a meta de crescimento do ano (6,5%). A economia chinesa cresceu 6,8% no quarto trimestre na comparação anual, e ficou estável frente ao trimestre anterior. O resultado foi ligeiramente acima da expectativa do mercado (6,7%). Com isso, a economia chinesa registrou expansão de 6,9% no ano, após avançar 6,7% em A aceleração do crescimento deveu-se ao melhor desempenho do setor industrial, com alta de 6,6% em 2017 após avançar 6,0% em As vendas no varejo tiverem desempenho semelhante ao ano anterior, com alta de 10,2% frente 10,4% em Por sua vez, os investimentos em ativos fixos registraram moderação mais acentuada, com avanço de 7,2% em 2017 após crescimento de 8,1% no ano anterior. Para 2018, acreditamos que a econômica chinesa deve apresentar moderação no ritmo de crescimento. O avanço das reformas fiscais e no setor financeiro, fundamentais para reduzir os desequilíbrios econômicos, devem provocar o gradual arrefecimento da economia chinesa em ,0% 11,0% 10,0% 11,0% 10,6% China - PIB: Crescimento anual (%) 9,5% 9,0% 8,0% 7,7% 7,7% 7,3% 6,9% 6,7% 6,9% 7,0% 6,5% 6,0% 5,0% Fonte: Bloomberg, BRAM 3

4 Na próxima semana, a atenção do mercado estará voltada para à prévia da inflação de janeiro. O IPCA- 15 será divulgado na próxima terça-feira e esperamos aceleração do indicador na passagem de dezembro para janeiro. Projetamos alta de 0,42% após avanço de 0,35% dezembro. A aceleração da inflação será explicada pela alta nos preços dos alimentos. Ademais, o Banco Central ainda deve publicar a nota do setor externo. A conta corrente deve encerrar o ano com déficit em torno de US$ 8,7 bilhões (0,4% do PIB) enquanto os investimentos estrangeiros devem totalizar entrada líquida de US$ 80 bilhões (4,0% do PIB). Ainda na semana, o governo federal deve publicar o resultado da arrecadação federal e o resultado do governo central. No âmbito internacional, o principal evento da semana será a divulgação do PIB do quarto trimestre nos Estados Unidos. Adicionalmente, os dados de confiança (PMI) também serão os destaques nos Estados Unidos e Zona do Euro. No Japão, além dos indicadores de confiança, o Banco Central japonês (BoJ) irá realizar reunião na semana. 4

5 3,45 3,35 3,25 3,15 3,05 3,11 3,35 3,48 Taxa de Câmbio (BRL/USD) 3,29 3,19 3,38 3,10 3,09 21-out nov nov dez jan jan fev mar mar abr mai mai jun jul jul ago set set out nov nov dez jan-18 3,34 3,21 12,50 12,00 11,50 11,00 10,50 10,00 9,50 9,00 8,50 8,00 12,42 12,34 Taxa de Juros (DI 2021) 11,11 9,8 11,39 8,94 9,59 9,52 8,83 21-out nov nov dez jan jan fev mar mar abr mai mai jun jul jul ago set set out nov nov dez jan-18 9,36 8,88 MERCADO DOMÉSTICO Nível 19-jan Semana Mês Ano Real (R$/US$) 1 3,21 0,1% -1,5% -3,2% CDS Brasil 5 anos 147,73 2,11-133,02-14,23 Taxa DI Jan 2021 (%) 8,92 0,03-2,42-0,14 Taxa DI Jan 2025 (%) 10,05 0,01-1,62-0,39 Taxa NTN-B 2019 (%) 2,54-0,05-3,34-0,12 Taxa NTN-B 2050 (%) 5,24 0,00-0,60-0,22 Ibovespa ,46% 34,99% 6,41% IBX ,45% 35,28% 6,06% Moedas¹ Commodities 19-jan Semana Mês Ano 19-jan Semana Mês Ano Dólar (Índice DXY) 90,5-0,5% -11,4% -1,8% CRB (US$) 437,0-0,6% 3,3% 1,1% Euro (USD/EUR) 1,2-0,3% -16,4% -1,9% CRB (R$) 1.403,0-0,5% 1,9% 5,7% Libra (USD/GBP) 1,4-1,10% - -2,7% Petróleo BRENT (US$/bbl.) 68,7-1,6% 18,9% 2,8% Iene - Japão (JPY/USD) 110,7-0,33% -5,4% -1,8% Minério de Ferro 90,0-3,7% -3,7% 1,1% Renminbi - China (CNY/USD) 6,4-1,00% -7,8% -1,6% Ouro (US$) 1.333,4-0,3% 16,2% 2,3% Peso Chileno (CLP/USD) 606,4 0,53% -9,6% -1,5% Soja (US$/bu.) 979,0 1,9% -8,1% 1,8% Peso Mexicano (MXN/USD) 18,6-2,49% -10,4% -5,6% Milho (US$/bu.) 353,3 2,0% -13,3% 0,7% Peso Colombiano (COP/USD) 2.853,4-0,2% -5,0% -4,4% Trigo (US$/bu.) 426,3 1,4% -15,4% -0,2% Sol Peruano (PEN/USD) 3,2-0,1% -4,2% -0,7% Açúcar (US$/bu.) 13,1-8,0% -35,4% -13,9% Juros Bolsas² 19-jan Semana Mês Ano 19-jan Semana Mês Ano Libor USD 3m (%) 1,74 1,77 74,13 0,04 S&P 500 Index 2.798,0 0,42% 24,98% 4,65% Libor EUR 3m (%) -0,33 0,10-0,90 0,00 VIX 12,2 2,08-1,80 1,20 Título 10 anos EUA (%) 2,64 8,80 19,10 0,23 Bolsas Europeias (MSCI) 134,6 0,04% 9,91% 2,46% Título 10 anos Alemanha (%) 0,57-0,80 36,50 0,15 Bolsas LATAM (MSCI) 3.066,7 2,67% 31,02% 8,43% Nikkei 225 (Japão) ,1 0,65% 24,56% 4,58% Dados atualizados às 10:30 Shangai (China) 3.653,1 1,72% 12,42% 5,48% (1) Variações negativas significam valorização em relação ao dólar (2) Índices acionários medidos em moeda local MERCADOS INTERNACIONAIS 5

6 CALENDÁRIO E PROJEÇÕES Data Evento País Período BRAM Consenso Anterior 22/1 até 26/1 - Arrecadação Federal Brasil Dez m m - Criação de empregos formais - CAGED Brasil Dez Resultado Primário do Governo Central Brasil Dez b Segunda 22-jan 11:30 Índice de Atividade - Fed Chicago EUA Dez -- 25,00% 15,00% Terça 23-jan 08:00 Índice ZEW de Sentimento Econômico Z. Euro Jan ,00 09:00 IPCA-15 (M/M) Brasil Jan -- 0,40% 0,35% 13:00 Confiança do Consumidor Z. Euro Jan -- 60,00% 50,00% 22:30 PMI Industria Japão Jan ,00 Quarta 24-jan 07:00 PMI Indústria Z. Euro Jan -- 60,30 60,60 07:00 PMI Serviços Z. Euro Jan -- 56,40 56,60 07:00 PMI Composto Z. Euro Jan -- 57,90 58,10 13:00 Vendas de Casas Usadas EUA Dez m 5.81m Quinta 25-jan 10:45 Reunião BCE - Taxa de Juros Z. Euro ,00% 0,00% 11:30 Estoques no Atacado (M/M) EUA Dez -- 0,30% 0,80% 11:30 Novos Pedidos Seguro-Desemprego (Jobless Claims) EUA k 220k 13:00 Vendas de Casas Novas EUA Dez k 733k 13:00 Indicadores antecedentes (M/M) EUA Dez -- 0,50% 0,40% Sexta 26-jan 07:30 PIB (T/T) Reino Unido 4T -- 0,40% 0,40% 07:30 PIB (A/A) Reino Unido 4T -- 1,40% 1,70% 10:30 Nota à Imprensa: Transações Correntes Brasil Dez -- -$4200m -$2388m 11:30 PIB (T/T anualizado) EUA 4T -- 3,00% 3,20% 11:30 Pedidos de Bens Duráveis EUA Dez -- 0,90% 1,30% 11:30 Pedidos Bens de Capital ex Defesa e Aviação EUA Dez -- 0,50% -0,20% Projeções Macroeconômicas - BRAM PIB (% ao ano) 1,9% 3,0% 0,5% -3,5% -3,6% 1,0% 2,7% Taxa de Inflação - IPCA (% a.a.) 5,84% 5,91% 6,41% 10,67% 6,29% 2,95% 3,85% Taxa de Inflação - IGP-M (% a.a.) 7,8% 5,5% 3,7% 10,5% 7,2% -0,5% 4,7% Taxa Selic (final do ano) 7,25% 10,00% 11,25% 14,25% 13,75% 7,00% 6,50% CDI Acumulado no ano 8,41% 8,06% 10,82% 13,26% 14,19% 9,83% 6,56% R$/US$ média do ano 1,95 2,16 2,35 3,33 3,48 3,20 3,36 R$/US$ final do ano 2,04 2,34 2,66 3,90 3,26 3,31 3,40 cambial no ano 8,9% 14,6% 13,4% 47,0% -16,5% 1,5% 2,8% Exportações (US$ bilhões) 242,6 242,0 225,1 191,1 185,2 217,8 220,3 Importações (US$ bilhões) 223,2 239,7 229,2 171,4 137,6 150,7 161,0 Balança Comercial (US$ bilhões) 19,4 2,3-4,1 19,7 47,7 67,1 59,3 Balanço em Conta-Corrente (US$ bilhões) -54,2-81,2-104,0-58,9-23,6-8,7-22,3 Balanço em Conta-Corrente (% do PIB) -2,2% -3,4% -4,4% -3,3% -1,3% -0,4% -1,1% Superávit Primário (% PIB) 2,23 1,77-0,59-1,88-2,49-2,00-2,10 Dívida Líquida (% PIB) 32,19 30,50 32,59 36,19 45,91 50,80 53,31 Dívida Bruta (% PIB) 53,67 51,54 56,28 66,52 69,49 74,86 78,10 6

7 MARCELO CIRNE DE TOLEDO Economista Chefe HUGO RIBAS DA COSTA JOSE LUCIANO DA SILVA COSTA MARIANNE KOMORI GEHRINGER THIAGO NEVES PEREIRA Tel.: Material produzido em 19/01/2018 às 14h00 Outras edições estão disponíveis no Site: As opiniões, estimativas e previsões apresentadas neste relatório constituem o nosso julgamento e estão sujeitas a mudanças sem aviso prévio, assim como as perspectivas para os mercados financeiros, que são baseadas nas condições atuais de mercado. Acreditamos que as informações apresentadas aqui são confiáveis, mas não garantimos a sua exatidão e informamos que podem estar apresentadas de maneira resumida. Este material não tem intenção de ser uma oferta ou solicitação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro. BRAM - Bradesco Asset Management é a empresa responsável pela atividade de administração de recursos de terceiros do Banco Bradesco S.A. BRAM - Bradesco Asset Management - Todos os direitos reservados. 7