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1 DIREITO DO TRABALHO I. Direito do Trabalho: conceito, características, divisão, natureza, funções, autonomia... II. Fundamentos e Formação Histórica do Direito do Trabalho. Tendências Atuais do Direito do Trabalho. Flexibilização. Desregulamentação... III. Princípios do Direito do Trabalho e Princípios Constitucionais do Direito do Trabalho... IV. Interpretação, Integração e Aplicação do Direito do Trabalho. Métodos Básicos de Exegese. O Papel da Equidade. Eficácia das Normas Trabalhistas no Tempo E no Espaço. Revogação. Irretroatividade. Direito Adquirido... V. Renúncia e Transação no Direito do Trabalho. Comissões de Conciliação Prévia... VI. Relação de Trabalho e Relação de Emprego VII. Contrato de Trabalho VIII. Empregado IX. Empregador X. Trabalho Autônomo, Eventual, Temporário, Avulso. Portuário. Estágio. Cooperativas de Mão-De-Obra. Contratos de Trabalho por Equipe, Trabalho Aquaviário, Escravo, Infantil e Contrato de Trabalho do Servidor Público... XI. Terceirização do Trabalho XII. Discriminação do Trabalhador XIII. Dano Moral Individual e Coletivo no Âmbito das Relações de Trabalho XIV. Duração do Trabalho XV. Repouso e Férias XVI. Meio Ambiente do Trabalho XVII. Remuneração e Salário XVIII. Estabilidade e Garantia Provisória do Emprego XIX. Prescrição e Decadência XX. Obrigações e Direitos Decorrentes da Cessação do Contrato de Trabalho

2 DIREITO DO TRABALHO I. DIREITO DO TRABALHO: CONCEITO, CARACTERÍSTICAS, DIVISÃO, NATUREZA, FUNÇÕES, AUTONOMIA. 1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS. O direito do trabalho não regula toda e qualquer prestação de serviços. Na acepção usual, trabalho significa todo o processo de interferência real ou intelectual sobre um determinado objeto (real ou ideal). O artesão que em sua oficina idealiza e realiza sua escultura está exercendo trabalho. No entanto, esta espécie de trabalho não é regulada pelo direito do trabalho pelo menos não necessariamente. Em suma, trabalho é uma categoria extremamente ampla e, desde os primórdios da humanidade, conheceu as mais diversas conotações. Já o trabalho objeto do direito do trabalho é fenômeno relativamente recente, surgindo apenas após a consolidação do modo de produção capitalista. Convencionou-se denominá-lo emprego, e se caracteriza por ser prestado para outra pessoa, de forma onerosa, pessoal, subordinada, e não eventual. O trabalhador regulado pelo direito do trabalho exerce uma atividade produtiva. Através da prestação de serviços cria-se valor frise-se, não necessariamente econômico em forma de bens ou ideias. Este valor criado pelo trabalhador, por direito, não lhe pertence. O trabalhador regulado pelo direito do trabalho caracteriza-se por não ter a propriedade dos meios de produção equipamentos, instrumentos e estabelecimentos e, dessa forma, ter como única fonte de subsistência sua força de trabalho. É a pessoa para quem o trabalho é prestado, ou seja, o proprietário dos meios de produção, que aufere legitimamente o valor criado pelo trabalho. Daí a característica da prestação para outra pessoa, ou seja, trabalho prestado por conta alheia (alteridade) e não por conta própria. Como corolário da característica de produtividade e da prestação por conta alheia do trabalho, surge a necessidade de remunerar o labor efetuado pelo empregado, do que podemos dizer que o trabalho objeto do direito do trabalho é sempre oneroso. 2

3 Por ser proprietário dos meios de produção, o tomador dos serviços detém o direito potestativo de comandar os trabalhadores contratados. O tomador final dos serviços é empreendedor e, como tal, dirige a atividade produtiva. Como prerrogativa inerente a esta condição está a subordinação do empregado: é o tomador dos serviços, enquanto proprietário e empreendedor, quem tem legitimamente a prerrogativa de determinar, dentro de limites juridicamente estabelecidos, o que, quando, como e onde o trabalhador deverá produzir. E, para tornar útil a prestação às necessidades do empreendimento, a partir das ordens patronais, o trabalhador vincula pessoalmente sua força de trabalho, ou seja, as prestações laborais são revestidas de pessoalidade e de infungibilidade. Por fim, o trabalho objeto do direito do trabalho caracteriza-se por ser não eventual. O labor contratado insere-se no contexto de uma atividade produtiva que, para se desenvolver, demanda a prestação do serviço contratado. Nesse sentido, capital e trabalho são fatores indissociáveis das noções de empresa e empreendimento (cuja atividade, por sua vez, não é efêmera, desdobra-se no tempo). Por exemplo, não há escolas sem professores; da mesma forma, não há montadoras automobilísticas sem operários nas linhas de montagem ou empregados para comandar o maquinário automatizado. Em outras palavras, o trabalho prestado torna-se essencial ao desenvolvimento da atividade ou, pelo menos, permanentemente necessário. 2. CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO. CARACTERÍSTICAS. FUNÇÕES. AUTONOMIA. Estabeleçamos como elementos de nosso conceito de direito do trabalho os seguintes: elementos que integram e dão corpo ao direito do trabalho, seu objeto e sua finalidade. Com relação aos elementos integrantes, podemos referir que o direito do trabalho, tal como qualquer área do direito, é um ramo formado por normas jurídicas aplicáveis por diversas instituições sociais, como sindicatos, Tribunais, Superintendências Regionais do Trabalho e Ministério Público do Trabalho. No conceito de normas jurídicas, por sua vez, temos as regras (leis em sentido amplo) e os princípios (valores sociais absorvidos e refletidos no ordenamento jurídico), ambos capazes de determinar condutas, gerar direitos e deveres. O objeto do direito do trabalho já foi visto anteriormente: o trabalho humano prestado para outra pessoa, de forma pessoal, subordinada e não eventual. Com relação à finalidade, o direito do trabalho busca a preservação do trabalhador, o que se justifica em razão do contexto do seu surgimento: grandes índices de exploração da classe trabalhadora, reconhecimento da desigualdade de classe (a questão social ) etc. 3

4 Esta lógica de preservação consubstancia-se principalmente em duas funções básicas: a proteção dos trabalhadores conferindo-lhes um conjunto de garantias jurídicas mínimas e a promoção da melhoria da sua condição social através de medidas de promoção de pleno emprego, de estímulo a melhoria das condições de trabalho etc. Assim, podemos definir o direito do trabalho como ramo jurídico formado pelo conjunto de normas jurídicas e instituições especializadas, que regula o trabalho humano prestado para outra pessoa, de forma pessoal, subordinada e não eventual, tendo por finalidade a proteção e a promoção da melhoria da condição social do trabalhador. 3. DIVISÃO DO DIREITO DO TRABALHO. NATUREZA. Quando nos referimos ao direito do trabalho, podemos identificar pelo menos três grandes divisões internas, que inclusive marcam a sistematização da CLT. De um lado, temos um núcleo essencial normativo, em que os interesses resguardados ultrapassam a esfera individual do empregado e se confundem com o próprio interesse público. É o que podemos chamar de direito das condições mínimas de trabalho ou ainda, direito tutelar do trabalho. Seu objeto, em regra regulamentado por normas absolutamente irrenunciáveis, diz respeito à preservação de limites temporais à prestação de serviços, à proteção ao salário e ao resguardo da saúde do trabalhador no local de trabalho. Cuida, ainda, da proteção a certos grupos de trabalhadores que, por suas vulnerabilidades ou condições específicas, demandam proteção normativa especial. Vinculados a este núcleo essencial do direito do trabalho, apresentam-se mais dois grandes grupos: o direito coletivo do trabalho e o direito individual do trabalho. O primeiro volta-se à regulamentação das relações coletivas, e tem por objeto básico a organização sindical, a negociação coletiva e os mecanismos de composição dos conflitos coletivos de trabalho. Já o direito individual do trabalho tem por objeto a regulamentação do contrato individual de trabalho, sua constituição, dinâmica e extinção. O chamado direito das condições mínimas, por resguardar o interesse público inerente à relação de emprego, vincula o plano das relações coletivas (ou seja, salvo disposição expressamente consignada, as normas coletivas devem resguardar os direitos fundamentais e irrenunciáveis dos trabalhadores). Já o direito individual, por sua vez, subordina-se tanto ao direito das condições mínimas quanto ao direito coletivo, como, aliás, se apreende a partir da leitura do disposto no art. 444 da CLT: As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. 4

5 Aliás, diga-se, é notória a presença desta tríplice divisão do direito do trabalho na sistematização da CLT. Esta se subdivide em 11 Títulos, dos quais 6 versam sobre direito material do trabalho. O primeiro título ( Introdução ) trata de regras gerais e conceitos fundamentais; o segundo título trata Das Normas Gerais de Tutela do Trabalho (identificação profissional, duração do trabalho, salário mínimo, férias anuais e segurança e medicina do trabalho) e o terceiro Das Normas Especiais de Tutela do Trabalho (bancários, empregados nos serviços de telefonia etc.), compondo o recém denominado direito das condições mínimas de trabalho. O quarto título tem por objeto o contrato individual do trabalho, compondo o antes referido direito individual do trabalho. Por fim, o quinto e o sexto título tratam, respectivamente, da organização sindical e das convenções coletivas de trabalho, compondo o direito coletivo do trabalho. II. FUNDAMENTOS E FORMAÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO. TENDÊNCIAS ATUAIS DO DIREITO DO TRABALHO. FLEXIBILIZAÇÃO. DESREGULAMENTAÇÃO. O trabalho objeto do direito do trabalho apenas surgiu após a consolidação do modo de produção capitalista. Antes disso, as relações de trabalho caracterizavam-se, grosso modo, ou pelo regime da escravidão, ou pelo regime da servidão, ou ainda pela autonomia do trabalhador (prestação de serviços por conta própria). O sistema capitalista se apresenta em estágios, cada qual com configurações específicas nos aspectos político, econômico e social. O primeiro desses estágios cobriu todo o século XIX, e podemos denominá-lo capitalismo liberal. Aqui não haviam se instaurado as condições mínimas para o surgimento do direito do trabalho. A sociedade era concebida como um agregado competitivo de interesses individuais, formada por sujeitos juridicamente livres e tidos como iguais em sua oportunidade e condição social (igualdade formal). Não se reconhecia a desigualdade de classes, e a organização operária era reprimida por atentar contra os valores tipicamente liberais. O papel do Estado, nesse contexto, basicamente limitava-se a assegurar a constituição e o cumprimento dos contratos ou a reprimir as condutas desviantes da ordem e da paz social. Por volta do final do século XIX iniciou-se um novo estágio de desenvolvimento do sistema capitalista, denominado por Boaventura Santos 1 capitalismo organizado. Foi neste período que se apresentaram as condições sociais, políticas e econômicas necessárias ao surgimento e consolidação do direito do trabalho. 1 SANTOS, B. de Souza. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1996, p

6 Nesse período, surgiu o modo de produção taylorista/fordista, baseado na fragmentação e especialização das tarefas no processo produtivo. Com ele, houve um incremento até então sem precedentes do ritmo da produção: os preços dos produtos baixaram; cresceu o mercado consumidor e, consequentemente, o ritmo da produção; assim, cada vez mais o sistema produtivo passou a incorporar trabalhadores. Uma vez havendo grandes contingentes de trabalhadores reunidos em locais específicos de trabalho a fábrica normalmente exercendo sua atividade em péssimas condições (a questão social ), a organização sindical acabou advindo quase que necessariamente, em prol de melhores condições de vida e de trabalho. Com o tempo, o movimento sindical foi se tornando cada vez mais coeso. Em 1848, Marx e Engels publicaram o Manifesto Comunista, revelando a incorporação da causa operária por parte de uma elite intelectual insatisfeita e atribuindo ao movimento operário uma coesão ideológica muito importante para o seu desenvolvimento. Alguns anos depois, em 1891, a Igreja Católica também reconheceu publicamente a causa operária através da Encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XIII. Começaram, assim, a surgir os derradeiros fatores para o surgimento do direito do trabalho. Surgiram partidos políticos simpatizantes às reivindicações dos trabalhadores. Com o alargamento do sufrágio universal, os trabalhadores aos poucos foram se fazendo representar nos governos públicos e, naturalmente, leis de proteção aos trabalhadores começaram a ser editadas. Com isso, o Estado se transformou: abandonou sua postura abstencionista e reconheceu a desigualdade de classe, intervindo ativamente nas relações de trabalho através de leis protecionistas. Foi um período de reestruturação da racionalidade jurídica a partir das medidas ativas e promocionais realizadas pelo Estado, bem como da positivação dos direitos sociais. Aos poucos, tais leis foram formando um corpo único, sistematizado, fenômeno que se alastrou pela grande maioria dos países capitalistas ocidentais. Com a Revolução Russa de 1917, na época interpretada como a primeira experiência histórica de concretização das ideias marxistas, o mundo capitalista ocidental apressou-se em atender parte das reivindicações dos trabalhadores. Esse processo culminou com a criação da Organização Internacional do Trabalho, em Consolidou-se, assim, o direito do trabalho que, ao nascer no contexto de desigualdades e reivindicações do movimento sindical, incorporou em sua lógica a vocação em preservar a dignidade do trabalhador. Sendo o direito do trabalho um ramo do direito diretamente relacionado com o desenvolvimento das relações capitalistas de produção, pode-se dizer que o seu processo de consolidação, no Brasil, deu-se de forma um tanto tardia, em comparação a outros países que experimentaram a Revolução Industrial. 6

7 Até 1888, por exemplo, havia a possibilidade de utilização da mão de obra escrava, fator que por si só impede o reconhecimento e a consolidação deste ramo jurídico. É somente na passagem do século XIX para o século XX que as primeiras leis de proteção ao trabalhador começam a ser editadas no Brasil. A título exemplificativo, podemos citar o Decreto 1.162/1890, que concedida férias aos trabalhadores do setor ferroviário, e o Decreto 1.313/1891, que estabelecia limites à jornada dos menores. Tratavam-se, no entanto, de normatizações isoladas, incapazes de consolidar o direito do trabalho como ramo autônomo. Em 1917 entra em vigor o Código Civil, que disciplinava o contrato de locação de serviços. Embora com uma lógica um tanto distinta da utilizada no direito do trabalho, a regulamentação civilista dá impulso a um novo período no desenvolvimento desta área jurídica no Brasil, que podemos chamar de fase de sistematização, tendo em vista que regulamenta de forma sistematizada um tipo de relação de trabalho a partir da qual a relação de emprego vai se estabelecer. Este processo de sistematização toma impulso maior em 1930, quando Getúlio Vargas assume o poder e inicia, a partir de então, um processo de elaboração de normas sociais até então sem precedentes em nossa história. Pouco antes, em 1919, convém recordar, o Brasil passava a integrar a Organização Internacional do Trabalho como sócio fundador, fator que o impelia à adoção mais efetiva de leis de proteção ao trabalhador. O processo de sistematização culmina com a elaboração da Consolidação das Leis do Trabalho, em A partir de então, aproveitando a grande produção legislativa iniciada após a Revolução de 1930, surge em nosso sistema jurídico uma norma autônoma e sistematizada regulamentando as relações de trabalho sob a ótica protetiva própria do direito do trabalho. A CLT acabou por se traduzir em um marco na construção do direito do trabalho brasileiro: com a sua elaboração pode-se falar, no Brasil, na existência de um direito do trabalho consolidado enquanto ramo jurídico autônomo. No momento atual, após longo caminho percorrido para criação e implementação dos direitos trabalhistas, discute-se a flexibilização e a desregulamentação das relações de trabalho. 7

8 III. PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO E PRINÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DO TRABALHO Princípios são normas jurídicas (não necessariamente positivadas) de caráter extremamente abstrato que traduzem os valores sociais fundamentais refletidos no ordenamento jurídico. 1. O princípio da proteção No plano individual, o princípio da proteção tem por pressuposto a hipossuficiência do trabalhador e, consequentemente, a garantia de direitos mínimos, nunca máximos. É como se o direito do trabalho operasse a partir da seguinte linguagem: o trabalhador é hipossuficiente e, portanto, demanda proteção. Na relação jurídica empregatícia, os polos (empregado e empregador) estão em permanente conflito, tendo em vista que seus interesses principais são conflitantes. Esse conflito revela-se na medida em que a máxima satisfação da demanda principal de um dos sujeitos implica, necessariamente, a não satisfação integral da demanda principal do outro sujeito. O empregador visa ganhos econômicos (lucro), o mesmo ocorrendo com o empregado (maiores salários); como o aumento de salários reduz a margem de lucros, e vice-versa, o conflito é permanente. O problema é que, historicamente, o sujeito que se revelou mais apto à satisfação de sua demanda principal foi o empregador. Isso demandou, por parte da normatividade jurídica, uma intervenção direta na relação, através da proteção ao hipossuficiente. Mas bem, podemos perguntar, o que é proteção ao trabalhador? A dificuldade em encontrar uma resposta clara a essa pergunta demonstra o alto grau de abstração do princípio da proteção. Daí o seu desdobramento em outros princípios, que dão os contornos à essência protetiva, sendo os mais consagrados os seguintes: a) princípio da irrenunciabilidade, segundo o qual as regras trabalhistas legais, em sua grande maioria, revestem-se do caráter de indisponibilidade, ou seja, são irrenunciáveis aos sujeitos da relação de emprego, embora possam ser afastadas por condições mais vantajosas ao empregado (art. 9º, CLT); b) princípio da continuidade da relação de emprego, segundo o qual o direito do trabalho desenvolve mecanismos visando a máxima perpetuação possível da relação de emprego (art. 7º, I, CRFB), o que se revela, por exemplo, nas situações de estabilidade, nas indenizações aplicáveis às rupturas contratuais imotivadas e na própria restrição às hipóteses de contratação por prazo determinado; 8

9 c) princípio da primazia da realidade, segundo o qual sempre que houver confronto entre aquilo que estiver documentado e a realidade fática da prestação de serviços, esta, se mais favorável ao trabalhador, deverá prevalecer; d) princípio da igualdade, segundo o qual, como regra, não são admitidos no direito do trabalho critérios subjetivos e estranhos à aptidão profissional e/ou funcional para estabelecer diferenciações entre os empregados em um determinado local de trabalho (art. 7º, XXX, CRFB); ainda, pelo princípio da igualdade, grupos desiguais de trabalhadores, mais suscetíveis a atos discriminatórios, ou dotados de maior grau de hipossuficiência, demandam proteção ou regras especiais ( ações afirmativas ), tal como se apreende a partir da leitura do art. 7º, XX, da Constituição Federal; e) princípio da proteção ao salário, segundo o qual o direito do trabalho visa preservar a expectativa econômica e a fonte de subsistência dos empregados, o que se revela, por exemplo, nas regras da irredutibilidade (art. 7º, VI, CRFB), da intangibilidade (art. 462, CLT), da impenhorabilidade (art. 649, VI, CPC), do caráter privilegiado do salário como crédito falimentar (até 150 salários mínimos, art. 83, I, Lei /05) e na preservação da estabilidade financeira do trabalhador (Súmula 372, I, TST). 2. Os princípios fundamentais no plano da hermenêutica do direito do trabalho No que diz respeito à aplicação e interpretação do direito do trabalho, os princípios fundamentais se manifestam através dos seguintes princípios: a) princípio do in dubio pro operario, segundo o qual, sempre que uma norma aplicável a um fato concreto der margem a mais de uma interpretação, deve-se optar por aquela (interpretação) mais vantajosa ao trabalhador; ainda, decorre deste princípio a máxima juslaboral segundo a qual regras que eventualmente limitem direitos trabalhistas devem ser restritivamente interpretadas; b) princípio da norma mais favorável, segundo o qual sempre que duas normas forem aplicáveis a um mesmo fato concreto, deve-se optar por aquela norma que conduza à conclusão mais benéfica ao trabalhador. 9

10 Ainda, quanto a este último princípio, merecem referência as três técnicas consagradas pela literatura para a determinação da norma mais favorável: conglobamento, segundo a qual, dentre as normas aplicáveis à situação concreta, deve-se avaliar aquela que, no geral, revelar-se mais benéfica ao trabalhador, aplicando-a integralmente, com a exclusão total da outra; conglobamento orgânico ou eclético, segundo a qual a verificação das regras mais benéficas deve ser feita por institutos ou matérias (remuneração, jornada de trabalho, férias etc.), aplicando-se ao caso concreto, em sua integralidade, aqueles que se revelarem mais benéficos ao trabalhador em sua generalidade, independente da norma originária (podendo ser parcialmente aplicada uma ou outra norma, conforme os respectivos institutos ou matérias se revelem mais vantajosos); acumulação (também denominada de cúmulo ou soma), segundo a qual, para a solução da situação concreta, aplicam-se, item por item, cláusula por cláusula, artigo por artigo, os dispositivos mais benéficos ao trabalhador; desta forma, aproveita-se de cada norma aquilo que cada uma consagra de mais vantajoso ao empregado. IV. INTERPRETAÇÃO, INTEGRAÇÃO E APLICAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO. MÉTODOS BÁSICOS DE EXEGESE. O PAPEL DA EQÜIDADE. EFICÁCIA DAS NORMAS TRABALHISTAS NO TEMPO E NO ESPAÇO. REVOGAÇÃO. IRRETROATIVIDADE. DIREITO ADQUIRIDO. 1. INTERPRETAÇÃO, INTEGRAÇÃO E APLICAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO. MÉTODOS BÁSICOS DE EXEGESE. O PAPEL DA EQÜIDADE Hermenêutica diz respeito à interpretação das normas, e no direito do trabalho, usa-se os métodos de interpretação tradicionais da Teoria Geral do Direito, que são os seguintes: gramatical ou literal, lógico, teleológico, histórico, sistemático. 1) Gramatical ou literal: é a interpretação que busca o sentido da norma através do seu próprio texto, através da análise linguística. 2) Lógica: esta modalidade de interpretação procura avaliar qual a vontade da própria norma, o que a norma pretende. 10

11 3) Teleológica: analisa a norma através do escopo a que ela se destina, quais as finalidades que ela pretende alcançar. 4) Histórica: busca a análise dos fatos e do momento histórico em que a norma foi realizada. 5) Sistemática: visa a verificação da norma no contexto em que está inserida, visualiza o sistema como um todo. A interpretação, quando analisada sob o prisma de quem efetua, desdobra-se em três modalidades: autêntica, jurisprudencial e doutrinária. A autêntica, conforme indica a doutrina majoritária, é a interpretação realizada por aquele que produziu a norma. A jurisprudencial é a interpretação realizada pelos aplicadores do direito, ou seja, pelos juízes e tribunais. A interpretação doutrinária é a desenvolvida pelos estudiosos do direito. 2. SUPRESSÃO DE LACUNAS NO DIREITO DO TRABALHO O art. 8 o da CLT traz a seguinte regra: As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais do direito, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. No artigo acima transcrito o legislador deixou clara a possibilidade de aplicação dos elementos que tradicionalmente a hermenêutica aponta para supressão de lacunas. A jurisprudência, os princípios, o direito estrangeiro e a equidade como fontes materiais; a analogia como técnica. Note-se, apenas, que aparentemente o legislador reforça a noção de que o direito é fenômeno social que visa o bem da coletividade. Portanto, embora o direito do trabalho tenha sua lógica preservacionista, sempre o interesse coletivo há de prevalecer sobre o individual. Ainda, o parágrafo único do mesmo artigo determina que o direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. Em outras palavras, o direito civil, entre outros, poderá ser aplicável subsidiariamente ao direito do trabalho, naquilo em que não lhe for incompatível. 11

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