Somos - Guia para Professoras/es. Índice

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1 1 Somos - Guia para Professoras/es Índice 1. Introdução 2. O que é educar para os Direitos Humanos? 3. Terminologia 4. Estrutura de cada ferramenta 1. Introdução Este material foi desenvolvido como parte integrante do projeto Tod@s Somos Precis@s, do Instituto Dinamarquês dos Direitos Humanos (IDDH), com o objetivo de eliminar a discriminação e promover a igualdade de tratamento através da educação, e com enfoque especial na discriminação com base na orientação sexual e identidade de género. O projeto pretende alcançar um avanço na igualdade de tratamento e na não-discriminação nas escolas e nos sistemas de educação de nove países europeus. É desenvolvido em estreito diálogo com os parceiros nacionais e com base numa avaliação das necessidades das escolas dos nove países envolvidos. Estes países são: Bulgária, Dinamarca, Irlanda, Letónia, Polónia, Portugal, Roménia, Espanha e Suécia. O projeto é levado a cabo em parceria com associações de lésbicas, gays, bissexuais e/ou transexuais (LGBT) destes países e é financiado pela Comissão Europeia e pelo IDDH Que materiais compõem o Tod@s Somos Precis@s? Os materiais são conteúdos disponíveis online que podem ser encontrados nos sítios da internet nacionais do Tod@s Somos Precis@s de cada país. No portal online para professoras/es encontrará o guia para professoras/es assim como materiais divididos por nível e tema, para estudantes entre os 10 e 17 anos de idade. Encontrará vídeos de, por exemplo, sessões de formação, testemunhos de professoras/es com pareceres imediatos acerca dos materiais, e também ferramentas para a educação em direitos humanos. Estes materiais pretendem constituir-se como uma inspiração para as direções escolares reconhecerem e atacarem a homofobia, a transfobia e a discriminação em geral com base na orientação sexual e na identidade de género. Os materiais podem também ser utilizados para reflectir sobre outras formas de discriminação (como raça, etnia ou religião). Os públicos-alvo destes recursos são as direções das escolas, assim como o seu corpo docentes. Acreditamos que o esforço para melhorar a igualdade de tratamento e oportunidades nas escolas e nos sistemas de educação em geral deverá ser um esforço abrangente, suportado não apenas por professoras/es, mas também pela própria direção da escola e pelo corpo não docente em geral. Todos os materiais podem ser pesquisados no portal online por palavras-chave, nível de escolaridade, tema e/ou método. Trata-se de recursos baseados nos resultados da avaliação de necessidades conduzida nos nove países durante o projeto. Para além disso, há uma ferramenta de avaliação para que professoras/es possam medir o impacto, imediato e a longo prazo, dos materiais em três níveis: conhecimento, reflexões sobre atitudes e valores, assim como as competências relativas à igualdade de tratamento, particularmente nas questões LGBT. Não é necessário deter conhecimentos prévios em direitos humanos e igualdade de tratamento para trabalhar com os materiais. A informação de base necessária poderá ser encontrada nos materiais e no portal para docentes. Neste, poderá inclusivamente encontrar: um glossário relativo a questões de igualdade de tratamento e, em particular, à orientação sexual e identidade de género, com

2 2 definições de todos os termos; vídeos de instrução que contêm exemplos de como conduzir as sessões; uma síntese de Factos e Estudos sobre questões LGBT, assim como uma ligação para o portal online para estudantes e o sítio da internet onde se encontra a campanha nacional. No portal online para estudantes, poderão ser encontrados três jogos e dois pequenos testes relativos a direitos humanos e igualdade de tratamento, com ênfase especial em diversidade sexual e de género. O portal online incluirá também o glossário, os factos-chave e outras informações básicas sobre direitos humanos, igualdade de tratamento e discriminação com base na orientação sexual e identidade de género. Os elementos do portal online são também referenciados nos materiais para professoras/es e podem ser fornecidos às turmas como trabalho de casa, antes das sessões pedagógicas. Quando for relevante, esta indiciação virá referida nos materiais Acerca da classificação dos recursos Existem quatro tipos de materiais de apoio. Três são dirigidos a professoras/es e um às direções das escolas. Os grupos dirigidos a professoras/es estão classificados de acordo com o nível das/os estudantes e consistem numa sequência de atividades. Cada proposta de actividade foi estruturada em torno de abordagens como exercícios de reflexão, filmes, media e análise de imagens, testes, jogos de interpretação de personagens, jogos interativos online desenvolvidos para o projeto, histórias para contar, e propostas de debate de ideias relativos a normas de género e identidade de género. Para além de estarem divididos por nível e tema, os materiais estão também relacionados com as matérias das disciplinas relevantes. Cada grupo de recursos inclui este guia para professoras/es, a ferramenta de avaliação, uma atividade sobre regras básicas e oito propostas de atividade individuais. Os materiais consistem, no total, em 30 documentos para professoras/es e três para as direções. Estão classificados da seguinte forma: Material de apoio A: anos Material de apoio B: anos Material de apoio C: anos É recomendável, ao planear uma aula ou uma sequência de aulas sobre estes temas, que se tomem em consideração os materiais de apoio de outros níveis, uma vez que muitas das atividades propostas poderão, com alguns ajustamentos, ser também utilizadas. Adicionalmente, se se tratar de uma escola bilingue ou de uma disciplina de língua estrangeira poderá ter interesse usar os materiais noutras línguas. Isso será possível entrando na sub-página Materiais, seguindo depois a ligação para outros portais nacionais do Tod@s Somos Precis@s como, por exemplo, o irlandês, onde os textos podem ser encontrados em inglês. Estes recursos inspiraram-se nos seguintes materiais: A Safe School for All!, de Karen Ewers e Lovise Brade Haj, Copenhagen Gay & Lesbian Film Festival, 2009; Address Homophobia!, de Karen Ewers, Amnesty International Denmark, 2011; BRYT! Ett metodematerial om normer i allmenhät och heteronormen i synnerhet, Forum för levende historier, RSFL Ungdom, 3. oplag, 2011; Compass: A manual on human rights education with young people, Conselho da Europa, 2002; Democracy Because Cecilia Decara e Lone Smith, Instituto Dinamarquês dos Direitos Humanos e Ungdomsbyen, 2010; Drop Discrimination, de Lumi Zuleta e Jette Laage-Petersen, Instituto Dinamarquês dos Direitos Humanos, 2011; Någonstans går gränsen - Ett metodmaterial för lärare om hur man kan

3 3 arbeta med normer i klassrummet, de Gunilla Edemo e Joakim Rindå, RFSL Stockholm, 2004; Levanta-te! Curta metragem produzida pela BeLonG To; The Cursed love: 14 stories about homosexual and cultural diversity, de Marianne Nøhr Larsen e Malene Fenger- Grøndahl, CDR Editions 2007, Dinamarca, imagens de Hanne Bielefeldt; To be Yourself, The Danish Family Planning Association, 2011; Good practice on Citizenship Education and Citizenship Didactics Cecilia Decara (editora), Instituto Dinamarquês dos Direitos Humanos, 2011; Unseen on Screen Gay people on youth TV, April Guasp, Stonewall Regras básicas É recomendável que as sessões pedagógicas sejam iniciadas com um exercício de reflexão intitulado de regras básicas, que poderá ser encontrado nos quatro materiais de apoio. É um exercício em que o grupo definirá coletivamente um conjunto de regras de base para as sessões, que poderão depois ser invocadas, tanto por estudantes e professoras/es, como pelas direções. O objetivo deste exercício é criar um bom ambiente de trabalho, proporcionando também um espaço seguro onde todas/os as/os alunas/os se sintam incluídas/os, reconhecidas/os, ouvidas/os e respeitadas/os. O exercício também permitirá às/aos participantes sentirem-se mutuamente responsáveis pelo êxito das sessões, fazendo uso de métodos participativos. As regras são direitos e deveres que podem ser formulados em qualquer comunidade. Seguindo esta linha, a criação de regras básicas no contexto de uma turma ou escola é uma forma de trabalhar, na prática, com os princípios dos direitos humanos. Isto requer então que, durante o processo, o/a professor/a tenha em consideração que estas regras deverão ser coerentes com as normas e os princípios dos direitos humanos Instrumento de avaliação A avaliação baseia-se nas questões levantadas durante o diagnóstico de necessidades do projeto. Pode ser utilizada para se ter uma noção imediata do impacto das sessões junto das/os alunas/os, nomeadamente para aferir o seu grau de conhecimento, mas também para avaliar resultados a longo prazo, tais como mudanças de atitude e aquisição de competências. Para tal, este instrumento terá que ser utilizado, no mínimo, duas semanas após as atividades. O instrumento consiste num questionário a que as/os alunas/os deverão responder antes e depois da sessão. Comparando os dois conjuntos de resultados, o/a professor/a poderá então avaliar as reações relativamente ao conteúdo das sessões já conduzidas Objetivos pedagógicos dos materiais Objetivos pedagógicos a alcançar pelas turmas envolvidas no projeto: Reforçar os seus conhecimentos relativos à igualdade de tratamento e discriminação em geral, e discriminação e bullying homo, bi e trans, em particular; Adquirir conhecimento sobre as diferentes identidades LGBT e sobre as consequências dos estereótipos negativos que lhes estão associados; Reflitir sobre as suas normas familiares e de género, assim como sobre as normas de género intrínsecas à sociedade e definidas por certas expetativas relativas à orientação sexual, identidade de género, etnia, raça e/ou religião e crença;

4 4 Reforçar a sua capacidade para refletir sobre valores e atitudes relativos a estereótipos, igualdade de tratamento, reconhecimento e respeito pela diversidade na turma, assim como sobre responsabilidades e direitos dentro de qualquer comunidade ou grupo social; Motivar-se para contribuir e co-responsabilizar para agir de acordo com os direitos humanos e os princípios de igualdade de tratamento, na criação de um ambiente seguro e construtivo na escola; Reforçar a sua capacidade para analisar, refletir e agir em relação a preconceitos e à discriminação, incluindo o respeito pelas opções de outras pessoas, reconhecendo o lado positivo de quebrar com normas e estigmas negativos. 2. O que é a Educação em Direitos Humanos? A Educação em Direitos Humanos (EDH) é um pré-requisito essencial à implementação eficaz dos direitos humanos e da igualdade de tratamento. Nesse sentido, necessitamos, em primeiro lugar, de conhecer os nossos direitos e refletir acerca das atitudes e valores relativamente a questões de direitos humanos. Precisamos também de desenvolver capacidades concretas de reivindicação. O mesmo se passa com quem detém responsabilidades, como os Estados e as instituições públicas como escolas ou outras organizações de ensino para jovens: para proteger, respeitar e cumprir os direitos humanos individuais devem conhecer os seus próprios deveres e obrigações, assim como as ferramentas para proteger de forma eficaz e pôr em prática estes direitos. Para além disso, de acordo com a Declaração das Nações Unidas sobre educação e formação em matéria de direitos humanos (A/HRC/RES/16/1, 2011), a EDH abrange educação: (a) acerca dos direitos humanos, o que inclui fornecer conhecimento e entendimento das normas e princípios dos direitos humanos, os valores que os sustentam e os mecanismos para a sua promoção e proteção; (b) através dos direitos humanos, o que inclui aprender e ensinar de uma forma que respeite, tanto os direitos de formadoras/es como de formandas/os. O/a professor/a age deliberadamente de acordo com os direitos humanos, promovendo a igualdade de tratamento e delegando os processos de tomada de decisão entre as/os alunas/os estudantes; (c) para a promoção dos direitos humanos, o que inclui motivar as pessoas a usufruir e exercitar os seus direitos e a respeitar e preservar os direitos dos outros. Vários pontos-chave nascem desta definição, assim como da Declaração. Em primeiro lugar, a Declaração articula claramente a visão de que a EDH consiste, fundamentalmente, em delegar. Por exemplo, não seria suficiente para as/os estudantes acumularem apenas conhecimentos acerca do sistema de direitos humanos e estado de direito e aprender de cor os artigos que compõem a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Pelo contrário, a EDH é um processo através do qual as/os alunas/os tomam conhecimento dos seus direitos e dos direitos de outras/os, através da interação e métodos pedagógicos participativos que respeitam os direitos de estudantes e professoras/es. Através da EDH as/os alunas/os refletem acerca das suas atitudes e valores e aprendem sobre os aspetos legais e normativos dos direitos humanos, ao mesmo tempo que fortalecem competências concretas. Em segundo lugar, a EDH como qualquer outro processo educativo precisa de planeamento e compreensão relativamente às/aos formandas/os. Começa na avaliação das necessidades entre

5 5 estudantes, professores/as e direções, e requer objetivos de aprendizagem claros, que estejam de acordo com as necessidades encontradas. Para o sucesso do processo de EDH, é essencial que haja coesão entre as necessidades do grupo-alvo e os objetivos pedagógicos, que é a única forma de assegurar que há um compromisso e responsabilização pelo sucesso tanto por parte de estudantes como de educadoras/es. É essencial avaliar e acompanhar a evolução das competências adquiridas, da reflexão acerca das atitudes e valores e da aquisição de conhecimentos concretos, de forma a assegurar que a educação é relevante e aplicável ao contexto. Em terceiro lugar, a EDH é uma ferramenta preventiva, já que permite que as/os participantes identifiquem e enfrentem as causas arraigadas às violações dos direitos humanos, assim como obtenham as competências e ferramentas necessárias para as ultrapassar de forma eficaz. A educação é fornecida de acordo com os princípios dos direitos humanos, num ambiente de aprendizagem inclusivo que os promove. As/os alunas/os têm o direito de não serem discriminadas/os e de não enfrentarem estereótipos negativos, atitudes e práticas opressivas. Da mesma forma, devem conhecer os seus direitos assim como as suas obrigações e co-responsabilidade na não violação dos direitos de outras pessoas. Finalmente, a EDH é, afinal de contas, a obtenção de conhecimentos e vocabulário sobre os direitos humanos e igualdade de tratamento por parte dos estudantes, a reflexão sobre valores e atitudes, a aprendizagem de novas capacidades e a promoção da troca de conhecimentos e informação. Todos estes elementos em conjunto poderão levar a mudanças de comportamento que vão ao encontro dos princípios dos direitos humanos e da igualdade de tratamento.

6 6 Para além disso, como mostra a figura acima, a EDH foca-se na/o estudante e no processo de aprendizagem e não no/a professor/a e no processo de ensino. A chave do processo é a delegação que se faz nas/os estudantes: nas suas necessidades pedagógicas e nas suas reflexões sobre valores e atitudes. A experiência diz-nos que esta abordagem tem um impacto muito mais forte e leva a resultados mais eficazes do que quando se foca numa mera transferência de conhecimento. A EDH baseia-se na Abordagem Baseada nos Direitos Humanos (ABDH), que pode ser aplicada a qualquer trabalho sobre direitos humanos. A ABDH ativa o sistema de direitos humanos e clarifica os papéis, direitos e obrigações das/os detentoras/es de direitos e das/os portadoras/es de deveres, com base em instrumentos/documentos e mecanismos que servem de guia para o trabalho destes últimos e doutros agentes da sociedade civil (por exemplo, Organizações Não Governamentais). A ABDH permite a articulação dos direitos humanos com a lógica do desenvolvimento humano, relacionando os seus objetivos e aplicando os princípios a processos de trabalho, ao planeamento e à implementação de programas, projetos e atividades. No caso da educação, a ABDH passa, antes de mais, por definir objetivos claros e planear aulas de acordo com os princípios dos direitos humanos e da igualdade de tratamento Uma perspetiva horizontal da não discriminação e igualdade de tratamento A perspetiva horizontal é útil quando trabalhamos com a não discriminação e igualdade de tratamento, mesmo quando o ponto de partida é a EDH. Ter uma perspetiva horizontal da não discriminação e igualdade de tratamento exige trabalhar todas as áreas de discriminação incluindo idade, incapacidade, género, raça e origem étnica, religião ou crença e orientação sexual. Isto porque existem desafios e objetivos comuns a todas estas áreas. Experiências e lições aprendidas no trabalho com uma forma particular de discriminação poderão, então, beneficiar e fortalecer o trabalho com outras. Para além disso, nalguns casos pode não ser apropriado trabalhar apenas numa única forma de discriminação. Alguns dos exercícios presentes no material baseiam-se em histórias verídicas de jovens, que se identificam como minorias étnicas e religiosas, e também homossexuais. Os estereótipos negativos que estas/es jovens sofrem têm então origem em mais do que uma forma de discriminação pelo que utilizamos aqui o conceito de discriminação múltipla. Na prática, não faz muito sentido separar as diferentes formas de discriminação, como a orientação sexual e religião ou crença. Pelo contrário, a discriminação múltipla deverá ser entendida e discutida nas suas diversas relações. Trata-se de um tema importante a introduzir quando falamos de igualdade e da não discriminação, e a perspetiva horizontal é uma ferramenta valiosa para o abordar. Partir de uma perspetiva horizontal quando trabalhamos com a não discriminação e igualdade de tratamento e quando abordamos a discriminação múltipla, pode ser uma boa forma de introduzir temas como a diversidade sexual e de género no contexto escolar dos países onde existem ainda fortes preconceitos acerca de pessoas LGBT. Assim sendo, a perspetiva horizontal cria uma oportunidade de cooperação com escolas e sistemas de educação para jovens, assim como Ministérios da Educação, que poderão estar menos abertos à discussão destas questões nos seus programas curriculares nacionais. Para além disso, entender os mecanismos por detrás da discriminação, do bullying e dos estereótipos negativos relativamente a uma área, poderá ajudar as/os estudantes a entender e reagir a estes mecanismos nas múltiplas formas de discriminação Abordagem de tolerância versus crítica à norma

7 7 A educação para a cidadania, assim como a educação para a igualdade de tratamento e não discriminação foca-se normalmente numa ideia de tolerância, igualdade de tratamento, e compaixão pelas vítimas de bullying, discriminação e estereótipos negativos. Trata-se, geralmente, de chamar a atenção para o direito de não sofrer de bullying ou discriminação, por um lado, e para os deveres/responsabilidades e compensação da liberdade de expressão, por outro. As vítimas em questão são geralmente minorias étnicas ou religiosas, pessoas com deficiência ou incapacidade, e pessoas LGBT. Esta abordagem de tolerância parece ser usada em quase todos os nove países participantes. As iniciativas neste âmbito focam-se, em grande medida, nas categorias específicas de minorias (por exemplo LGBT) mas não incluem uma perspetiva crítica. Há uma tendência para falar das minorias que deverão ser toleradas, respeitadas e protegidas, em vez das categorias sociais e legais globais do género e da sexualidade, por exemplo. Esta abordagem de tolerância largamente difundida poderá ser útil nalguns casos, já que é a única forma de professoras/es ou instituições chegarem a estudantes, dados os contextos e situações. No entanto, não é uma abordagem suficiente em si, se o que queremos é motivar as/os alunas/os a fazerem parte da mudança das normas e dos estereótipos negativos. Como alternativa, uma crítica à norma pode ser útil quando trabalhamos com direitos humanos e na educação de temas que envolvem uma relação minoria-maioria. Com ênfase particular na crítica à norma em relação a questões LGBT, a educação para os direitos humanos permite que, tanto estudantes como professoras/es adoptem uma postura crítica perante normas, incluindo a heteronorma, que pode ser vista como uma das mais básicas e influentes normas na maioria das sociedades. Em poucas palavras, esta norma dita que existem diferenças fundamentais entre homens e mulheres e, assim sendo, que uma pessoa deverá ser um ou outro. A heteronorma também dita que é mais natural sentir atração pelo sexo oposto. Em vez de se focar nas pessoas que se desviam das normas, a crítica à norma foca-se nas razões por detrás da discriminação. Na prática, isto significa que em vez de chamar a atenção para o facto de que algumas pessoas são estereotipadas de forma negativa, assediadas, intimidadas, etc., devemos identificar e questionar as normas que provocam esta categorização e estas representações. A abordagem de tolerância parece ignorar as relações assimétricas de poder que rotulam as pessoas como cumpridoras e transgressoras. A crítica à norma pretende trazer estas relações de poder à superfície e desafia-las, reduzindo o risco de que a estigmatização das pessoas LGBT saia reforçada, tanto na aula como fora dela. Desta forma, o objectivo será não apenas a criação de um cenário onde pessoas homossexuais, bissexuais e transexuais possam revelar a sua orientação sexual e identidade de género, mas também expor as razões pelas quais estas pessoas têm que assumir-se ou revelar a sua orientação sexual ou identidade de género. Para além disso, quando trabalhamos com a abordagem de tolerância, corremos o risco de reforçar as normas em vez de as desafiarmos e mudarmos. Normas negativas rotulam muitas vezes uma pessoa que pertença a uma minoria que não encaixe na norma como obscura, estranha ou mesmo pervertida. Já se a pessoa pertencer a uma maioria é considerada normal, comum ou até tradicional. Quem faz parte da norma tem o privilégio de discutir e até definir os direitos e condições de vida de desviantes. Por exemplo, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é um tema muitas vezes trazido a debate, enquanto que os direitos de casamento das pessoas heterossexuais nunca são contestados. O direito de qualquer indivíduo à sua identidade também não é desafiado, mas quando falamos de mudança de sexo, o caso já é debatido e, nalguns países, esse reconhecimento é proibido. Mais, quando trabalhamos com a abordagem de tolerância, existe um risco de assumirmos que nenhum/a das/os estudantes pertence a minorias que na aula sejam descritas como estigmatizadas

8 8 ou vitimizadas. Por exemplo, quando discutimos se a adoção por casais do mesmo sexo deverá ou não ser permitida, é muitas vezes pressuposto que só há estudantes heterossexuais presentes na aula. Isto apesar de os resultados de um estudo irlandês concluirem que é geralmente aos 12 anos que uma pessoa LGBT se apercebe da sua orientação sexual e/ou identidade de género. ( Supporting LGBT Lives estudo apoiado, entre outros, pela GLEN (2009)). Com uma abordagem baseada nos direitos humanos e numa crítica à norma, as e os estudantes aprendem tanto sobre direitos, deveres e co-responsabilidades como sobre igualdade de tratamento, de uma forma que leva em consideração estes riscos; aprendem também de que modo as normas e as assimetrias nas relações de poder funcionam e apercebem-se das suas próprias normas e preconceitos. De acordo com o que está definido nos objetivos pedagógicos deste guia, pretende-se que as/os estudantes reforcem a sua capacidade de análise, e que reflitam e atuem em relação a preconceitos e discriminação, incluindo o respeito pelas opções das outras pessoas, identificando aspetos positivos de quebrar as normas que sejam dominantes e negativas Os materiais apresentam-se todos segundo a crítica à norma? Os materiais de apoio 1 3 incluem este guia para professores, assim como uma ferramenta de avaliação para cada nível e um exercício sobre Regras básicas. Todos os materiais contêm reflexões relativas à crítica à norma, ainda que alguns estejam em parte metodologicamente desenvolvidos de acordo com a abordagem de tolerância, de modo a ser mais fácil trabalhar, sobretudo em situações em que tanto estudantes como professoras/es e encarregadas/os de educação possam revelar mais resistência a desafiar normas opressivas e dominantes. Os materiais 4 a 7 de cada conjunto de materiais de apoio para professores são, na sua grande maioria, menos conformes à abordagem de crítica à norma. No entanto, no geral, os recursos 8 a 11 constituem explicitamente uma crítica à norma, tanto na sua metodologia como nas questões que colocam. 3. Terminologia Quando trabalhamos num contexto educativo com normas e não discriminação de acordo com uma perspetiva de direitos humanos, é de grande importância distinguir entre termos legais, por um lado, e preconceitos e estereótipos, por outro. Onde está a fronteira entre ser exposta/o à estigmatização e a estereótipos negativos, porque se tem múltiplas identidades, e ser vítima de discriminação múltipla segundo os tribunais, porque alguém agiu injustamente segundo os seus preconceitos? Para além disso, conta-se com a capacidade do/a professor/a para adaptar a terminologia e os princípios dos direitos humanos ao contexto escolar. Os termos ou palavras-chave estão categorizados pelos seguintes títulos: 1) direitos humanos, princípios de direitos humanos, direitos, regras; 2) discriminação, discriminação múltipla; 3) igualdade, igualdade de tratamento, tratamento diferenciado; 4) LGBT, orientação sexual, expressão de género, identidade de género; 5) heteronormatividade, homofobia, transfobia, racismo; 6) crime de ódio, discurso de ódio, liberdade de expressão; liberdade de reunião e associação; 7) estigmatização, estereótipos, preconceitos; 8) bullying, exclusão, inclusão; 9) minoria, maioria, diversidade.

9 9 Abaixo pode-se encontrar uma pequena definição para cada um destes termos. O portal online inclui também um glossário com uma breve descrição (3-4 linhas) com termos adicionais usados nos recursos. Este pequeno glossário corresponde ao glossário do portal online dos estudantes, incluindo as mesmas palavras, mas dirigido a este público Direitos humanos, príncipios dos direitos humanos, direitos, regras; Os direitos humanos são aqueles direitos atribuídos à nascença a qualquer indivíduo e que o Estado é obrigado a cumprir. Cobrem quase todos os aspetos da vida pessoal, igualdade de acesso à educação, cuidados de saúde, direito à família, desenvolvimento e participação na vida cultural e social da comunidade. Foram formulados, primeiro, como um documento da Organização Nações Unidas (ONU) em No entanto, são direitos constantemente revistos e atualizados para estarem de acordo com as novas necessidades e desafios. Por exemplo, os direitos de trabalhadores/as migrantes e suas famílias ou os direitos das pessoas com incapacidade passaram a ser considerados há menos de uma década. Os direitos humanos são tratados, tanto a nível nacional como internacional. É importante saber que os direitos humanos (independentemente da sua formulação internacional) são sempre implementados pelos Estados através de legislações nacionais. A ONU, que integra grande parte dos países do mundo, monitoriza a implementação dos direitos humanos e formula documentos influentes neste âmbito. Outras instituições internacionais que trabalham com e para os direitos humanos são a União Europeia e o Conselho da Europa. A diferença entre os dois reside no facto da União Europeia consistir em 27 Estados (e passará a incluir mais um, a Croácia, em 1013). O Conselho da Europa consiste em 47 Estados membros e, para além dos países da UE, também conta com países como a Federação Russa, Ucrânia, Moldávia, Noruega, Suíça, países Balcãs, etc. Se, por um lado, a ONU se encontra ativa em quase todos os países do mundo, o Conselho da Europa é uma cooperação regional, apenas relevante para países europeus. São estes documentos, juntamente com um número de diretivas da UE e a Carta dos Direitos Fundamentais da EU, que constituem as pedras angulares da legislação dos direitos humanos e da sua implementação na maioria dos estados europeus. É importante perceber que os direitos humanos regulam a relação entre o Estado e o indivíduo. Tal como indicado em documentos já ratificados e assinados, todos os Estados são obrigados a proteger, promover e implementar os direitos humanos, através de convenções ou diretivas (no contexto da UE). Depois de ratificar uma convenção ou diretiva, o Estado deve rever a legislação nacional de forma a garantir que os princípios indicados no documento são mencionados e assinalados na legislação nacional. O Estado também é obrigado a assegurar que existam instituições que monitorizem e implementem estes direitos, que possam gerir reclamações de cidadãs e cidadãos em situações em que esses direitos possam ter sido violados. Princípios dos direitos humanos universalidade e inalienabilidade: significa que todas as pessoas em qualquer local do mundo e independentemente do seu estatuto social possuem estes direitos. A universalidade dos direitos humanos está englobada no Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Princípios dos direitos humanos igualdade e não discriminação: significa que todos os indivíduos são iguais como seres humanos e por virtude da dignidade inerente a cada ser humano. Assim sendo, ninguém deverá sofrer discriminação com base na raça, cor, etnia, género ou identidade de género, idade, língua, orientação sexual, religião, política ou outra opinião, origem nacional, social ou

10 10 geográfica, incapacidade, propriedade, nascimento ou outro estatuto, tal como estabelecido nos padrões dos direitos humanos. Princípios dos direitos humanos participação: significa que todas as pessoas têm o direito de participar e ter acesso a informação relativa aos processos de tomada de decisão que afetam as suas vidas e o seu bem-estar. A abordagem baseada nos direitos humanos para trabalhar num ambiente escolar inclusivo requer um nível de participação muito elevado de, por exemplo, estudantes e professoras/es independentemente da orientação sexual, idade, identidade de género, religião, crença, incapacidade ou etnia. Princípios dos direitos humanos responsabilidade e estado de direito: estados e outros portadores de deveres, como por exemplo direções escolares e professoras/es, são responsáveis pelo cumprimento dos direitos humanos. Nesse sentido, têm que obedecer a normas legais e a padrões consagrados nos instrumentos internacionais dos direitos humanos. Falhando este cumprimento, as pessoas detentoras de direitos deverão ser autorizadas a responsabilizar o estado pelo respeito, proteção e cumprimento dos direitos humanos. Direitos - são leis nacionais legalmente identificadas que podem ir além dos direitos humanos. Não são necessariamente universais. Regras - são uma combinação entre direitos e deveres. Quando nos referimos a regras neste material baseamo-nos na ideia de que as regras na sala de aula possam ser desenvolvidas e negociadas entre estudantes, e entre estudantes e professoras/es, tendo como referência os princípios dos direitos humanos. O objetivo é criar ambientes pedagógicos inclusivos, com base nos princípios da igualdade, não discriminação e responsabilidade Discriminação, discriminação múltipla Discriminação é um tratamento diferenciado ilegal, que pode assumir uma forma direta ou indireta, e que pode também ser institucional. A discriminação refere-se a qualquer ação cujo propósito ou função seja excluir ou limitar a participação de pessoas na sociedade com base na sua etnia, raça, orientação sexual, idade, género ou identidade de género, incapacidade e/ou religião e crença. A maioria dos atos discriminatórios são de uma das seguintes categorias: agressão verbal, ostracização, casos individuais de tratamento injusto ou ataques físicos ou agressão. Discriminação múltipla - é um termo que toma em consideração que a discriminação é um fenómeno complexo e, muitas vezes, várias características estão presentes na razão pela qual uma pessoa é discriminada. É comum focarmo-nos numa forma de discriminação de cada vez e há, assim, uma tendência para negligenciar o facto de que todas as pessoas têm diferentes características. Ou seja, identificam-se com diferentes grupos ou comunidades ao mesmo tempo. Todas ou quase todas as pessoas definem-se a si próprias como pertencentes a um género, tendo uma idade, etnia e orientação sexual, etc., e poderão então ser discriminadas por vários motivos simultaneamente Igualdade, igualdade de tratamento, tratamento diferenciado Igualdade - implica que todas as pessoas, independentemente da sua idade, incapacidade, género, raça, etnia, crença ou religião ou orientação sexual, etc., têm igual acesso e oportunidade para se envolver em todas as questões da sociedade, incluindo usufruir de igual proteção.

11 11 Igualdade de tratamento - é uma ação ativa que só é atingida quando há consciência e reconhecimento positivo do facto de todas as pessoas serem diferentes e, por conseguinte, não deverem ser tratadas como se o não fossem. Ou seja, a igualdade de tratamento é conseguida quando se tem em atenção as premissas, capacidades, condições e situação de vida de cada ser humano. Deverá ser assegurado que o indivíduo não é posto numa posição inferior a outras pessoas numa situação comparável, por exemplo, no acesso aos direitos humanos. Tratamento diferenciado se envolver pessoas numa situação similar pode ser legal se se fundamentar em bases objetivas e justas ou pode ser ilegal se este critério não for seguido. Um exemplo de tratamento diferenciado legal e objetivo é assegurar que pessoas com incapacidades sejam elegíveis para candidatar-se a empregos como qualquer outra pessoa, assegurando-se que os locais de trabalho estão equipados com equipamento especial de acessibilidade (rampas, casas de banho preparadas, etc.) É também possível, nalguns casos, um tratamento diferenciado positivo para se impor direitos humanos em grupos específicos de minorias. Por exemplo, uma escola que decide acolher mais crianças vindas de minorias poderá, assim, privilegiá-las durante a admissão. O tratamento diferenciado positivo deverá estar sempre limitado e terminar quando o objetivo é cumprido LGBT, transgénero, expressão de género, identidade de género Orientação sexual - é um termo geralmente usado para agrupar pessoas de acordo com as suas inclinações referentes a por quem se apaixonam e por quem se sentem atraídas. São exemplos de orientações sexuais a heterossexualidade, a homossexualidade e a bissexualidade. LGBT - é um termo coletivo para pessoas lésbicas, gay, bissexuais e transexuais. Uma pessoa lésbica é uma mulher que se apaixona, ou se sente atraída sexual e/ou emocionalmente por outra pessoa do mesmo sexo. Uma pessoa gay é um homem que se apaixona, ou se sente atraído sexual e/ou emocionalmente por outra pessoa do mesmo sexo. Uma pessoa bissexual é uma pessoa que se apaixona, ou se sente atraída sexual e/ou emocionalmente por outras pessoas independentemente do seu sexo. Para transgénero ver mais abaixo. Homossexualidade - refere-se à orientação sexual de pessoas que se sentem emocional ou sexualmente atraídas por pessoas do mesmo sexo. Transgénero - é um termo coletivo para indivíduos cuja identidade de género ou expressão de género difere sempre ou ocasionalmente da norma do género estabelecido à sua nascença, incluindo pessoas transexuais (aquelas cuja identidade de género não corresponde ao sexo atribuído à nascença); travestis (pessoas que vestem roupas tradicionalmente associadas a outro sexo, ocasionalmente ou regularmente); pessoas andróginas (pessoas que não têm identidades de género binárias e que não se identificam como homens nem mulheres), e outras pessoas que se definem como variantes em termos de género. Pessoas transgénero divergem na sua orientação sexual, e a identidade de género não deverá ser confundida com orientação sexual (ver também o glossário em e Expressão de Género - refere-se aos traços visíveis/físicos geralmente atribuídos a um género específico, como a forma de vestir, falar, maneirismos, etc. Identidade de género - refere-se à experiência interna e individual profundamente sentida de género, de cada pessoa, que pode ou não corresponder ao sexo atribuído à nascença e inclui a consciência

12 12 pessoal do corpo e outras expressões de género, como a forma de vestir, falar, maneirismos. De forma a entendermos plenamente o conceito de identidade de género, é importante referir as diferenças entre sexo e género. Enquanto que sexo se refere primeiramente à diferença biológica entre homem e mulher, género também inclui o aspeto social da diferença entre géneros para além do elemento biológico Heteronormatividade, homofobia, transfobia, racismo Heteronormatividade - é a norma que dita que existem diferenças fundamentais entre homens e mulheres, que uma pessoa deve ser ou homem ou mulher e que é natural sentir-se atraído pelo sexo oposto. Permite ganhos financeiros, políticos e sociais a quem adere à norma e desvantagens para quem se desvia da mesma. Homofobia - é um termo para o medo irracional contra pessoas homo- e/ou bissexuais. A homofobia pode manifestar-se em discursos de ódio e/ou crimes de ódio motivados pela orientação sexual, aparente ou real, da vítima. A homofobia é também uma das causas de discriminação, bullying e perseguição de pessoas LGBT e, nalguns casos, pessoas transgénero também. Transfobia - é um termo para o medo irracional de pessoas transgénero. A transfobia manifesta-se geralmente em discursos de ódios e/ou crimes de ódio contra pessoas transgénero, ou pessoas cuja expressão de género se desvia da norma de género dominantes (por exemplo, as marias-rapazes ; os rapazes femininos etc.) Racismo - é um termo para o medo irracional de pessoas com base na sua raça, cor de pele, etnia ou nacionalidade. O racismo expressa a perceção racial de que as pessoas podem ser divididas em raças diferentes, o que no fundo institui as diferenças entre pessoas. O racismo cresce de uma perceção específica de que as raças estão posicionadas hierarquicamente, onde algumas são superiores a outras. Hoje, é reconhecido que não existe nenhum fundamento científico para a existência de diferentes raças. Racismo não é necessariamente o mesmo que discriminação racial. Enquanto que o racismo constitui uma certa ideologia acerca da forma como as pessoas são diferentes com base na ideia da existência de raças, e de como uma raça é superior à outra, a discriminação racial refere-se a um ato discriminatório ou ofensa. A discriminação pode ser ou não intencional e pode ou não ter como base o racismo Crime de ódio, discurso de ódio, liberdade de expressão Crime de ódio - um ato criminoso que pode abranger violência verbal ou física, ameaças, graffiti ofensivo e/ou vandalismo. O crime de ódio é motivado por preconceitos acerca da orientação sexual aparente ou real da vítima, etnia, opinião política, entre outros. Os crimes de ódio diferem de outros atos criminosos, porque a vítima é escolhida com base em uma ou mais características identitárias definidas pelo agressor/agressores como tendo particular importância, como a religião de uma pessoa. Um crime de ódio pode ter mais do que uma motivação, como por exemplo: a orientação sexual e etnia de uma pessoa. A motivação é tida em consideração aquando da decisão da duração da sentença na maioria dos países europeus. Discurso de ódio - refere-se ao ato de expressar ou comunicar publicamente mensagens que ameaçam, degradam ou insultam um grupo de pessoas com base na sua raça, cor da pele, etnia ou nacionalidade, crença religiosa ou orientação sexual.

13 13 Liberdade de expressão - é um direito humano, que assegura o direito que cada pessoa tem de expressar os seus pontos de vista publicamente, por via oral ou escrita. A liberdade de expressão não significa, no entanto, que se possa escrever ou dizer tudo em público, já que a liberdade de expressão é dada sob a responsabilidade dos tribunais. A expressão da opinião de cada um/a não deverá assumir um caráter ameaçador, degradante ou ofensivo Estigmatização, estereótipos e preconceitos Estigmatização - refere-se ao ato de rotular alguém como socialmente inaceitável. Pessoas que sejam vistas pela sociedade como diferentes correm o risco de ser estigmatizadas e rotuladas pela sociedade em geral. Isto pode causar sentimentos de exclusão ou rejeição de um grupo ou comunidade e/ou separação do resto da sociedade. Estereótipo - é uma perceção clara e caricaturada, em que às pessoas pertencentes a um determinado grupo são atribuídos os mesmos traços gerais sem se prestar nenhuma atenção aos traços individuais. Os estereótipos são, assim, descrições unilaterais de certos grupos a quem se atribui características particulares e, assim como os preconceitos, podem ser a base para um tratamento diferenciado ou discriminação. Um estereótipo pode ser positivo ou negativo, apesar de ambos afetarem a nossa perceção e expetativa relativamente a outras pessoas, o que acaba por afetar as nossas ações, assim como a nossa perceção das ações de outras pessoas. Ainda assim, os estereótipos são geralmente pejorativos em vez de apresentarem uma posição mais favorável. Mas mesmo quando apresentam uma posição mais favorável como, por exemplo, dizer-se que todas as pessoas negras dançam bem, que todos os homens gay se interessam por moda e que todas as mulheres adoram fazer compras, são construídos com base na categorização estereotipada de um grupo particular de pessoas. Ao contrário das generalizações que descrevem de forma geral um grupo que consiste em muitas ou quase todas as pessoas, mas sem se ser rígido, os estereótipos referem-se a todas as pessoas de certos grupos que são vistas como agindo da mesma forma e como parecendo todas iguais. Preconceitos - são atitudes que se baseiam em perceções estereotipadas de certos grupos ou comunidades na sociedade. Por conseguinte, os preconceitos não se baseiam em conhecimento real. Os preconceitos podem conduzir a um tratamento diferenciado ilegal e são, muitas vezes, embora não necessariamente, negativos. Os preconceitos podem ser descritos como um julgamento feito a priori com base em opiniões e atitudes preconcebidas acerca de outras pessoas numa sociedade. Os preconceitos influenciam as nossas ações, assim como as nossas perceções das ações de outras pessoas Bullying, exclusão, inclusão Bullying - refere-se à perseguição ou exclusão sistemática por parte dum grupo ou indivíduo em relação a uma pessoa, numa situação em que esta última não consegue escapar. O bullying caracteriza-se por uma confrontação repetida de um indivíduo ou grupo sobre outro indivíduo. Pode tomar a forma de exclusão ou perseguição e ser sistemático. O bullying normalmente acontece em locais de onde a vítima não consegue escapar, incluindo a internet, onde as redes sociais como o Facebook são usadas. O bullying não tem o mesmo caráter espontâneo que a provocação. Exclusão - significa recusar ou privar alguém do seu direito de participar ou de ser um membro igual de um grupo ou comunidade. O termo é muitas vezes usado para referir a exclusão da pertença a um grupo maioritário por parte de uma pessoa ou grupo de pessoas.

14 14 Inclusão - significa permitir a participação num certo grupo ou atividade. Ser-se incluído implica sentir que se é um membro natural, igual e valorizado de uma comunidade Minoria, maioria, diversidade Minoria - refere-se a um grupo de pessoas que partilham as mesmas características, às quais a maioria geralmente atribui valores negativos. A minoria posiciona-se numa relação assimétrica de poder com a maioria da população. A minoria está, normalmente, numa posição menos favorável do que a maioria que tem o poder de definir as normas e o acesso aos direitos. Para além disso, a minoria pode ser numericamente maior do que a maioria. Por exemplo, durante o regime de apartheid na África do Sul, a população branca, menos numerosa, tinha o poder de definir as normas e o acesso aos direitos da população negra e de outras raças e etnias, que eram assim consideradas minorias. Outros exemplos de minorias são as minorias sexuais, minorias étnicas e minorias religiosas. Maioria - refere-se a um grupo privilegiado na sociedade cujos membros partilham características e posições comuns numa relação assimétrica de poder com certas minorias. A maioria possui um monopólio da norma e, assim sendo, determina o que é considerado certo ou errado numa determinada situação. Este monopólio da norma pode ser praticado através de regras não escritas, legislação e/ou administração. Um exemplo de um monopólio da norma é a alegação heteronormativa que dita que é mais natural e certo ser-se heterossexual do que homossexual ou bissexual, o que se reflecte também na legislação (por exemplo, na desigualdade no reconhecimento de direitos parentais para famílias com dois pais ou duas mães). Diversidade - significa diferenças. A diversidade inclui tanto as diferenças visíveis como as diferenças invisíveis entre pessoas baseando-se, por exemplo, no género ou identidade de género, idade, incapacidade, religião ou crença, etnia, orientação sexual e/ou opinião política. O conceito de diversidade inclui minorias e maiorias. Quando nos referimos à diversidade neste material, partimos da ideia que a diversidade é a coexistência positiva de pessoas com diferentes percursos dentro de uma comunidade ou escola, por exemplo, e que a diversidade é reconhecida como um recurso. 4. Estrutura de cada atividade De seguida, poderá encontrar uma breve descrição de cada proposta de actividade, estruturada em pontos. Palavras-chave Contém palavras-chave como discriminação, etnia, orientação sexual, género e identidade de género que caracterizam os temas do material. Os materiais podem ser pesquisados por palavras-chave e pela informação contida em cada ponto. Conteúdo Fornece uma pequena descrição da actividade. Objetivos pedagógicos Descreve os objetivos de aprendizagem para cada atividade em relação aos objetivos gerais do projeto e, na maioria dos casos, a matéria para cada nível etário e país. Disciplinas Identifica para que disciplinas o material pode ser relevante. Adaptação ao programa Descreve de que forma o material se adapta ao programa curricular das disciplinas mencionadas.

15 15 Tempo estimado Fornece uma estimativa de quanto tempo necessita cada material, se conduzido conforme indicado. Material necessário Elenca os materiais essenciais à sessão, nomeadamente ferramentas para actividades práticas, como tesouras, ou anexos a serem copiados conforme o número de alunas/os. Materiais como canetas e lápis não estarão explicitamente incluídos nestas listas. Instruções Fornece instruções concretas, passo a passo, de como as sessões poderão ser conduzidas. No entanto, se houver necessidades ou considerações especiais, é obviamente dada a liberdade a cada professor/a de adaptar o material à turma e ao seu contexto particular. Reflexão Contém uma lista de questões relativas à sessão, com base numa reflexão crítica. A reflexão é o ponto em que o/a professor/a recolhe o feedback, conclui e põe as discussões em perspetiva. As/os estudantes têm oportunidade de falar sobre o que aprenderam com a sessão e o/a professor/a tem a possibilidade de passar em revista os princípios e conceitos em que a sessão se baseou. Esta última fase é particularmente importante quando trabalhamos com um tipo de aprendizagem participativa e interativa. Sem uma reflexão apropriada, as/os alunas/os podem ficar com a impressão de que vão apenas brincar com bolas de ténis ou trocar de cadeiras, quando o que se pretende é que adquiram conhecimentos sobre identidade de género ou sobre como os grupos e as suas podem ser diversificados. Através destas questões de reflexão, o/a professor/a tem a possibilidade de assegurar que as/os alunas/ostêm consciência do que aprenderam e que estão capacitadas/os para realmente apreender as discussões desencadeadas pelo material, as suas próprias reflexões, reações e ações. Dicas para o/a professor/a Contém pequenos pontos relacionados com cada sessão e tem como objetivo ajudar à compreensão dos pensamentos e ideias por trás dos materiais, de uma forma rápida e simples. Os pontos estão relacionados com a implementação prática de cada sessão, e com a mediação do tema apresentado. Riscos Se a ferramenta conduzir a uma situação comprometedora, potencialmente desconfortável ou perigosa, riscos do género estarão elencados para que, como professor/a, possa estar ciente dos mesmos. Recomendações Sugere brevemente que outros materiais na base de recursos podem ser utilizados em combinação com cada material ou que podem funcionar bem como introdução ou passo seguinte. Referências Lista de publicações que possam ter sido fonte de inspiração para os materiais.

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