PROJETO DE LEI - LEGISLATIVO Nº 0006/2015, DE 06/02/2015.
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- Ana Vitória César Bastos
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1 A Sua Excelência o Senhor Vereador PAULO ROBERTO RITTER Presidente da Câmara Municipal de Canoas PROJETO DE LEI - LEGISLATIVO Nº 0006/2015, DE 06/02/2015. Senhor Presidente, Os Vereadores GEMELSON SPERANDIO POMPEU, HUMBERTO DA SILVA ARAÚJO PTB, JOSÉ CARLOS PATRÍCIO - PDS, no uso de suas atribuições, vem, na forma regimental, apresentar o seguinte PROJETO DE LEI - LEGISLATIVO: Dispõe sobre criação, no Município de Canoas, do Programa de Conservação, Captação e Uso Racional da água nas Edificações. JUSTIFICATIVA Tomo a liberdade de encaminhar a referida proposição para que seja submetida ao exame dos demais colegas, considerando as justificativas apresentadas: Atualmente, a região Sudeste do nosso país, enfrenta a maior crise Hídrica que se tem notícia. Temos que estrategicamente nos prepararmos para o enfrentamento desta iminente falta de abastecimento. Embora nos últimos anos nossa região tenha sido beneficiada com índices fluviométricos aceitáveis, uso adequado deste bem se impõe; O aumento da população juntamente com o uso inadequado, contribuíram para o agravamento da crise. Temos que nos conscientizar que a água é um bem indispensável a nossa vida, e seu uso irracional poderá deixar uma herança maldita para esta e as futuras gerações. O uso de água tratada, ao nível de se tornar potável, nos termos da legislação e da regulamentação em vigor tem um custo elevado em todas as etapas, isto é, desde a captação
2 de água dos rios e poços, passando pelo tratamento e até o seu bombeamento nos locais de fornecimento ao cliente final. Muitos desses custos poderiam ser evitados com amplas economias para o conjunto da sociedade, sempre que o reuso for mais econômico do que os custos de produção, transmissão e distribuição de água por concessionárias, disponibilizando água potável para uma maior parcela da população. Além disso, os benefícios ambientais são evidentes: capta-se menos água dos rios e reservatórios. seja para consumo humano, animal ou irrigação, seja para consumo industrial e comercial. O reuso de águas das mais diversas proveniências têm sido uma alternativa economicamente viável e ambientalmente útil nos mais diversos países. Este Projeto de Lei é um passo fundamental para promover o reuso, a captação e uso racional de águas. GEMELSON SPERANDIO POMPEU, Vereador Líder PTB HUMBERTO DA SILVA ARAUJO PTB JOSÉ CARLOS PATRÍCIO PSD
3 PROJETO DE LEI - LEGISLATIVO Nº 0006/2015, 06/02/ C6C B000C Dispõe sobre criação, no Município de Canoas, do Programa de Conservação, Captação e Uso Racional da água nas Edificações Art. 1º -O Programa tem como objetivo instituir medidas que induzam à conservação, captação, uso racional e utilização de fontes alternativas para utilização de água nas edificações, bem como a conscientização dos usuários sobre sua importância. Art. 2º -Para efeitos desta Lei e sua adequada aplicação, são adotadas as seguintes definições: I - Conservação e Uso Racional da Água conjunto de ações que propiciam a economia de agua e o combate ao desperdício quantitativo nas edificações; II - Desperdício Quantitativo de Água pelo uso abusivo; volume de água potável desperdiçada III - Utilização de Fontes Alternativas - conjunto de ações que possibilitam o uso de outras fontes para captação de água que não o Sistema Público de Abastecimento; IV - Água Servida banheira. água utilizada nos tanques ou máquinas de lavar, chuveiro ou Art. 3º -As disposições desta Lei serão observadas na elaboração e aprovação dos projetos de construção de novas edificações, bem como na adequação das já existentes. Art. 4º-Estarão sujeitas as normas desta lei, as seguintes edificações: I- A s edificações de uso residencial em regime de condomínio com 10 (Dez) ou mais unidades habitacionais. II- As edificações de uso comercial ou industrial com área construída igual ou superior a 500 metros quadrados. Art. 5º -Os Sistemas Hidráulicos sanitários das edificações, serão projetados ou adequados, visando o conforto e segurança dos usuários, bem como a sustentabilidade dos recursos hídricos.
4 Art. 6º Nas ações de uso racional, poderão ser utilizados os seguintes recursos: I - bacias sanitárias de volume reduzido de descarga; II - chuveiro e lavatório de volumes fixos de descarga; III - torneiras dotadas de arejadores; IV- Novas tecnologias, desde que tecnicamente demonstrem sua eficácia. Art. 7º -As ações de utilização de fontes alternativas compreendem: I- a captação, armazenamento e utilização de água proveniente das chuvas; II- a captação, armazenamento e utilização de água servida; III- captação de água através de poços artesianos, desde que com a devida licença dos órgãos responsáveis. Art. 8º -A água da chuva será captada na cobertura das edificações e encaminhada a uma cisterna ou tanque, para ser utilizada em atividades que não requeiram o uso de água tratada, proveniente da Rede Pública de Abastecimento, tais como: I- regar jardins e hortas; II- lavagem de roupa; III- lavagem de veículos; IV- lavagem de vidros, calçadas e piso. Art. 9º- As águas servidas serão direcionadas, através de encanamento próprio, reservatório destinado a abastecer as descargas dos vasos sanitários e, apenas após tal utilização, será descarregada na Rede Pública de Esgotos. Art. 10º -Os reservatórios deverão atender às normas sanitárias vigentes e à regulamentação técnica específica do órgão municipal responsável. 1º- A localização do reservatório, apresentando o cálculo do seu volume, deverá ser indicada a partir da vigência desta lei e sua regulamentação. 2º -Sempre que houver aproveitamento das águas pluviais para finalidades nãopotáveis, deverão ser atendidas as normas sanitárias vigentes e as condições técnicas
5 específicas estabelecidas pelos órgãos responsáveis pela vigilância sanitária. Art. 11º -O combate ao Desperdício Quantitativo de Água, compreende ações voltadas à conscientização da população através de campanhas educativas, abordagem do tema nas aulas ministradas nas escolas integrantes da Rede Pública Municipal, palestras e outras, versando sobre o uso abusivo da água, métodos de conservação e uso racional da mesma. Art. 12º -O não cumprimento das disposições da presente Lei implicara na aplicação das seguintes penalidades: I - negativa de licenciamento ambiental; II - negativa de licenciamento para edificações ou reformas; III - multa, graduada de acordo com a capacidade econômica do infrator e o grau de reincidência; IV - outras sanções previstas em legislação própria. Art. 13º - As construções já existentes ou com projeto aprovado quando da entrada em vigor desta lei, terão 36 meses para adequação das normas aqui descritas, ou conforme decreto regulamentador do Município. Art. 14 -Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Canoas, 05 de fevereiro de GEMELSON SPERANDIO POMPEU, Vereador Líder - PTB. HUMBERTO DA SILVA ARAUJO, Verereador PTB JOSÉ CARLOS PATRÍCIO Vereador PSD
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