CE-18: Comissão de Estudos de Argamassa Colante

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1 CE-18: Comissão de Estudos de Argamassa Colante ATA DA 4ª. REUNIÃO/2011 DATA: 26/05/2011 INÍCIO: 9h TÉRMINO: 13h LOCAL: ABCP COORDENADOR: Anderson Oliveira SINAPROCIM SECRETÁRIO: Marcelo Gustavo Martins - TESIS 1 PARTICIPANTES 1.1 Presentes ABCP ABCP ADITEX ADITEX CIMENTAL CIMPOR CONCREBASE FALCÃO BAUER IPT LIONS CHEMICAL PRECON SINAPROCIM TESIS TESIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA VOTORANTIM CIMENTOS VOTORANTIM CIMENTOS/ VOTOMASSA WACKER WEBER QUARTZOLIT WEBER QUARTZOLIT 1.2 Ausentes justificados: Joaquim Claudio Macedo Liza Angélica Polo Carolline Souza Milton Risso Naila de Paula Augusto César Mendes Otávio Ruegger Neto Juscilene Ladeia Leandro Augusto Regina Lucia P. Cianciarolo Leandro Damião Santos Anderson A. Oliveira Marcelo G. Martins Regina Yuri Umetsu Lauro Gontijo Couto José Rossa Junior José Rossa Junior Marcelo Borba Guimarães Elisabete K. Kudo Jordana Rocha Barros Cleidson de Oliveira Fonseca (ARGAMASSA BRASIL) Marcelo Franciscon (JOFEGE) Renata Lovato (PAREX) Rubens Morel N. Reis - ANAMACO 1 / 5

2 2 EXPEDIENTE 2.1 Caso o coordenador e/ou secretário não comparecer (em) à reunião, indicar quem atuou, bem como novas nomeações por eleição. 2.2 Indicar a leitura, correção e aprovação da ata anterior. Foi realizada a leitura da ata da reunião anterior e aprovada sem alterações. 2.3 Registrar a correspondência recebida e/ou expedida. 2.4 Distribuição dos documentos aos membros da comissão. 3 ASSUNTOS TRATADOS 3.1 Projeto ABNT NBR Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Determinação do deslizamento Para subsidiar a revisão do texto normativo do Projeto ABNT NBR e conforme apresentado na reunião realizada no dia 27/05/10, o Sr. Marcelo (Tesis), na condição de coordenador da Tesis, entidade de terceira parte responsável pela gestão técnica do Programa Setorial da Qualidade de Argamassas Colantes, apresentou os resultados obtidos no interlaboratorial realizado em 2009 para a avaliação do método de ensaio de deslizamento, no âmbito desse Programa Setorial da Qualidade. Segue breve relato dessa apresentação. Sr. Marcelo destacou que desde 2002 o Programa Setorial da Qualidade vem atuando na análise dos requisitos normativos, limites de especificação e métodos de ensaios, através da realização de interlaboratoriais. Especificamente para o requisito deslizamento, em 2006 foi elaborado um procedimento complementar à norma para ajuste do procedimento de ensaio, com o objetivo de otimizar a repetitividade e reprodutibilidade. A partir de março/07 foram intensificadas as análises de deslizamento no âmbito do Programa e foi constatada elevada variabilidade modular, o que motivou a realização de um interlaboratorial para a avaliação do método de ensaio. Esse interlaboratorial contou com a participação de 05 (03 prestadores de serviço e acreditados pelo INMETRO e 02 de fabricantes participantes do Programa) e foi concluído em novembro de Nesse experimento decidiu-se realizar os ensaios de deslizamento considerando quatro amostras, com as seguintes características: - amostra A: formulada para não deslizar; - amostra B: marca comercial, adquirida em revenda (ACI); - amostra C: formulada para deslizar (deslizamento intermediário); - amostra D: formulada para deslizar (deslizamento com módulos elevados). Decidiu-se ainda pela padronização dos substratos-padrão e peças de porcelanato. Foi realizada uma reunião preliminar com os representantes dos que participaram desse experimento para uniformização dos procedimentos de ensaio, que seguiram as especificações da norma ABNT NBR e ainda alguns procedimentos complementares definidos no âmbito do Programa (por exemplo: uso de desempenadeira metálica denteada com dimensões adequadas para evitar emendas ao se estender os cordões de argamassa 2 / 5

3 Comitê Brasileiro de Cimento, sobre o substrato e uso de quadro articulado para minimizar a interferência do operador no posicionamento do substrato na posição vertical). As amostras foram então encaminhadas aos em triplicata e codificadas, a fim de evitar qualquer indução durante os ensaios. Finalmente, houve o acompanhamento da Tesis na etapa de execução. Os resultados obtidos para cada uma das amostras (trigêmeas) em cada laboratório (códigos 1 a 5) seguem ilustrados nas figuras a seguir. Resultados de deslizamento - Amostra A Resultados de deslizamento - Amostra B Resultados de deslizamento - Amostra C Resultados de deslizamento - Amostra D 12,0 1 8,0 6,0 4,0 2,0 Diante dos resultados observou-se que o ensaio de deslizamento mostrou-se sensível na medida em que reproduziu fisicamente o comportamento esperado para as amostras analisadas, porém, o método mostrou-se pouco preciso, apresentando grande variabilidade modular e crescente com o aumento da tendência ao deslizamento. Diante da baixa precisão do método de ensaio e que inviabiliza a avaliação adequada do desempenho de uma argamassa colante considerando o deslizamento, no âmbito do Programa Setorial da Qualidade de Argamassas Colantes entende-se que tal requisito deva ser retirado da norma brasileira. O Sr. Marcelo (Tesis) acrescentou que as normas européias EN Adhesives for tiles - Requirements, evaluation of conformity, classification and designation e ISO Ceramic tiles - Grouts and adhesives - Part 1: Terms, definitions and specifications for adhesives tratam o deslizamento como uma propriedade opcional e aplicável apenas a produtos específicos e formulados para apresentar deslizamento reduzido e classificados nas suas embalagens através da letra T. Na norma brasileira, caso análogo ocorre com a propriedade tempo em aberto estendido, que é opcional e tratada com a sigla E. O Sr. Marcelo (Wacker) destacou que na Europa as argamassas colantes cimentícias são classificadas como C1 ou C2, que no Brasil seriam equivalentes às argamassas colantes ACII e ACIII. Destacou ainda que a argamassa colante ACI trata-se de um produto tipicamente brasileiro, formulado para atender apenas as solicitações mecânicas e termoigrométricas típicas de revestimentos internos. Concluiu que a avaliação do deslizamento caberia apenas para as argamassas colantes formuladas especificamente para atender essa propriedade e com características de aditivação que estariam presentes apenas nas argamassas colantes ACII e ACIII. 3 / 5

4 O Sr. Marcelo (Wacker) também comentou que o deslizamento - propriedade no estado fresco - não tem correlação com a resistência de aderência e tempo em aberto - propriedades no estado endurecido, ou seja, uma argamassa colante com boa aderência não necessariamente apresentará deslizamento reduzido ou vice-versa. Entretanto, as propriedades no estado endurecido são fundamentais para se avaliar o desempenho de uma argamassa colante para aplicações gerais e convencionais, enquanto o deslizamento reduzido é importante apenas para aplicações específicas onde se requer essa condição. Desta forma, concluiu que o deslizamento deva ser tratado como uma propriedade opcional, assim como na normalização européia. A Sra. Elisabete (Saint-Gobain) entende que o requisito deslizamento deveria ser retirado da norma, uma vez que o método de ensaio mostrou-se pouco preciso para avaliar o desempenho das argamassas colantes, conforme os resultados obtidos no âmbito do Programa Setorial da Qualidade de Argamassas Colantes. No caso de ser mantido como requisito opcional, a Sra. Elisabete destacou a importância de que seja ajustado o método de ensaio. O Sr. José Rossa (Votorantim Cimentos) também entende que o método de ensaio deva ser ajustado se mantido o requisito como opcional. O Sr. José Rossa destacou a importância da padronização do porcelanato utilizado nesse ensaio, tendo em vista a grande variedade disponível atualmente no mercado. O desenho do tardoz, por exemplo, pode ter influência direta no resultado final, na medida em que a disposição das saliências no tardoz impõe mais ou menos resistência ao deslizamento. Foi sugerido o uso de peças de vidro liso ou jateado em substituição às peças de porcelanato, visando à padronização. Após as discussões, os participantes foram consultados e ficou definido que o requisito deslizamento ou será excluído da norma brasileira ou será tratado como uma propriedade opcional, assim como na normalização européia e de forma análoga à propriedade tempo em aberto estendido na norma brasileira. Essa decisão está vinculada ao método de ensaio, ou seja, o requisito somente será mantido como opcional se o método de ensaio vigente, com algumas sugestões complementares para melhorias propostas nesta reunião, mostrarse adequado para avaliar a propriedade. Para subsidiar essa decisão e complementarmente aos resultados obtidos no experimento desenvolvido no âmbito do Programa Setorial da Qualidade de Argamassas Colantes, decidiu-se pela execução do seguinte experimento: Formulação de uma argamassa colante com deslizamento reduzido (sob a responsabilidade da Cimental e que deverá encaminhá-la diretamente à ABCP); Execução do ensaio de deslizamento nessa argamassa colante, considerando-se três repetições (sob a responsabilidade da ABCP, laboratório acreditado pelo INMETRO); Procedimentos de ensaio conforme a norma ABNT NBR e considerando os procedimentos complementares sugeridos pelo Programa Setorial da Qualidade de Argamassas Colantes, para a melhoria da repetitividade e reprodutibilidade; Utilização de peças de porcelanato de acordo com as especificações da norma ABNT NBR e, adicionalmente, considerando peças de vidro liso e jateado que serão fornecidas e encaminhadas diretamente à ABCP pela Votorantim Cimentos (com dimensões e massa aproximadamente equivalentes às peças de porcelanato especificadas na norma ABNT NBR 14085). Optou-se por realizar apenas o ensaio de deslizamento, dado o volume elevado de serviços regulares nesse momento nos prestadores de serviço em geral. Portanto, ao todo serão realizados 09 ensaios de deslizamento (três ensaios para cada tipo de placa: porcelanato, vidro liso e vidro jateado). A ABCP encaminhará os resultados obtidos à coordenação/secretaria desta comissão, que será responsável por analisá-los previamente e apresentá-los na próxima reunião, para se concluir a revisão do Projeto ABNT NBR / 5

5 Ao final desta reunião o Sr. Anderson reiterou a orientação da ABNT, envolvendo o prazo reduzido para a conclusão dos trabalhos desta comissão. Desta forma as próximas reuniões serão orientadas para a finalização da revisão, considerando sugestões embasadas por estudos conclusivos e reconhecidos no meio técnico. Temas de interesse, mas sem o devido embasamento técnico poderão ser tratados por esta comissão mesmo após a conclusão desta revisão, para que sejam contemplados futuramente. 3.2 Horário e local das próximas reuniões Por solicitação de alguns participantes ficou definido que o início das próximas reuniões será impreterivelmente às 10h00min. Além disso, dada a facilidade de acesso de alguns participantes, algumas reuniões poderão ser realizadas também no SINAPROCIM, conforme disponibilidade de salas que deverá ser previamente verificada pelo Sr. Anderson. A reunião foi encerrada. 4 OUTROS ASSUNTOS 4.1 Solicitações à Secretaria do CB-18: 4.2 Datas das próximas reuniões, conforme proposta discutida com os participantes: 21/07/11; 25/08/11; 22/09/11; 27/10/11; 24/11/11; 15/12/11. 5 PRÓXIMA REUNIÃO: Data: 21/07/2011 Horário: 10h00min às 13h00min Local: ABCP ORDEM DO DIA: Conclusão da revisão do Projeto ABNT NBR Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Determinação do deslizamento; Início da revisão do Projeto ABNT NBR Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas Requisitos. 5 / 5