Desigualdade de rendimentos e educação no Brasil: alguns indicadores de diferenças regionais

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1 Claudia Monteiro Fernandes Desigualdade de rendimentos e educação no Brasil: alguns indicadores de diferenças regionais Cláudia Monteiro Fernandes * Resumo A sociedade brasileira tem como característica a sua grande riqueza cultural, num país de dimensões continentais, onde as diferenças são muitas. É um desafio conhecer o grau de diversidade da sociedade e compreender como as diferenças passam a ser motivo de desigualdade de oportunidades e formas de exclusão social. E fazem com que os indicadores sociais do Brasil estejam entre os mais preocupantes do mundo. O objetivo desse trabalho é mostrar alguns indicadores da distribuição de rendimentos, comparado-os a indicadores sobre características educacionais, consideradas como elemento explicativo fundamental das desigualdades de rendimento, levando em conta as diferenças em regiões selecionadas. Palavras-chave Desigualdade. Educação. Rendimento. Distribuição de renda. Trabalho. 231 Abstract Brazilian society has been identified as a rich culture in a country with large territorial dimensions, where there are also deep differences within people and regions. It is a challenge to know how diverse this society is and to understand how differences become reasons of unequal opportunities and social exclusion. Brazilian social indicators show a preoccupying frame in the biggest country of Latin America. This paper aims to show some indicators on income distribution compared to educational indicators for select Brazilian regions. Education is a necessary condition to larger access to basic rights and better opportunities to achieve social justice. Key words Inequality. Education. Earnings. Income distribution. Labor. * Economista, tecnologista do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. cmonteiro@ibge.gov.br.

2 Desigualdade de rendimentos e educação no Brasil 232 As pesquisas voltadas ao desenvolvimento das sociedades, sobretudo aquelas direcionadas ao desenvolvimento local, remetem-nos à questão da igualdade como um fim, considerando as diversidades existentes entre regiões, localidades ou pessoas. A sociedade brasileira tem como característica a sua grande riqueza cultural, considerada, em geral, como um valor positivo. Num país de dimensões continentais, as diferenças são muitas, sejam elas históricas, culturais ou econômicas. Torna-se um desafio conhecer o grau de diversidade da sociedade e compreender como as diferenças passam a ser motivo de possibilidades desiguais de acesso às oportunidades e formas geradoras de exclusão das condições de bem-estar social e qualidade de vida em diversas regiões do País. E fazem com que os indicadores sociais do Brasil estejam entre os mais preocupantes do mundo. Uma forma de avaliar a desigualdade de acesso a bem-estar é a observação de como é distribuída a renda gerada na sociedade entre os indivíduos ou entre grupos de indivíduos. A disponibilidade de renda é, em geral, considerada uma boa aproximação para avaliar a capacidade de financiamento de bens necessários à garantia de condições de qualidade de vida. Destacam-se alguns grupos de causas de uma distribuição desigual de rendimentos, considerando FERREIRA (2001). O primeiro deles diz respeito à existência de diferentes características individuais natas, como raça, sexo, riqueza familiar inicial. O segundo grupo está relacionado com as diferenças entre indivíduos relacionadas a características individuais adquiridas, como nível educacional e experiência profissional. O terceiro grupo trata dos mecanismos de ação do mercado de trabalho principal canal de transformação das características individuais em renda sobre os dois grupos anteriores, transformando-os em rendimento do trabalho. No que diz respeito ao mercado de trabalho, são três as formas de ação sobre a distribuição de rendimentos: 1) discriminação entre trabalhadores em postos de trabalho idênticos; 2) segmentação de postos de trabalho nesse mercado (diferenças regionais, entre setores formal e informal por exemplo); 3) projeção das características observadas do trabalhador gerando retornos no espaço renda a projeção é multidimensional, sendo cada uma das características observáveis do trabalhador uma diferente dimensão relacionada à renda, de forma a gerar o salário real individual.

3 Claudia Monteiro Fernandes O quarto grupo de causas da distribuição desigual de rendimentos está relacionado aos mercados de capitais segundo grande grupo de mercados de fatores de produção. Como esses mercados são imperfeitos, com informações diferenciadas entre os agentes, tais imperfeições afetam a geração da renda e, portanto, a sua distribuição. Por fim, a demografia corresponde ao quinto grupo, sendo aqui consideradas as decisões de formação de domicílio, de fertilidade, de coabitação ou separação domiciliar. O objetivo desse trabalho é mostrar alguns indicadores da distribuição desigual de rendimentos do trabalho, comparando-os a indicadores relacionados a características educacionais do trabalhador, levando em conta as diferenças desses indicadores no Brasil e em regiões selecionadas. Por que estudar a Educação Para analisar a questão da desigualdade entre indivíduos podem ser elaboradas abordagens diversas, cada uma delas elegendo uma determinada variável em cujos termos são feitas as comparações. Sabendo-se que a humanidade é muito diversa, seja em termos de características externas ou de características pessoais, existe uma multiplicidade de variáveis que podem ser eleitas como foco de análise. O julgamento ou a medição da desigualdade são completamente dependentes da escolha desse espaço focal (SEN, 2001, p. 30), processo por si só bastante complexo, dada a heterogeneidade básica entre os seres humanos e das sociedades em que estão inseridos. A teoria econômica tem concentrado na desigualdade de renda a discussão sobre a desigualdade entre indivíduos em sociedade, desde os primeiros escritos que a fundamentaram. No entanto, a real extensão da desigualdade de oportunidades com que as pessoas se defrontam não pode ser simplesmente deduzida da magnitude da desigualdade de rendas ou, menos ainda, de rendimentos de trabalho. O que os indivíduos podem ou não fazer não depende apenas de suas rendas, mas também de uma grande variedade de características que afetam suas vidas. Existe, portanto, um certo conflito entre diferentes abordagens da igualdade, cada uma com um diferente espaço de avaliação da desigualdade. No caso específico da escolha da escolarização ou do acesso à educação como espaço de avaliação, esse elemento pode ser um indicador de 233

4 Desigualdade de rendimentos e educação no Brasil 234 maior ou menor liberdade e influenciar significativamente nas variações interpessoais na conversão de recursos e bens primários em realizações e em liberdade para realizar. (SEN, 2001, p. 74, grifos nossos) A maior ou menor facilidade de acesso à escolarização e a garantia de qualidade dessa escolarização pode ser considerada como aproximação de maiores oportunidades individuais de liberdade e condições de vida consideradas mais favoráveis. As políticas econômicas são o resultado de um processo político de tomada de decisões, influenciado pelo maior ou menor poder de barganha de grupos da sociedade. Esse processo pode ser mais ou menos eficiente em atingir o objetivo de crescimento econômico à medida que a sociedade torna-se mais desigual e as decisões são concentradas nos interesses de alguns poucos grupos. Os naturais conflitos sociais têm custos econômicos. A menor desigualdade educacional pode significar maiores oportunidades de participação política e decisões econômicas que atendam a necessidades mais gerais da sociedade. O tratamento das Desigualdades na teoria econômica A questão da desigualdade entre os indivíduos parecia ser uma questão secundária nas últimas décadas, entre economistas contemporâneos. Apenas mais um resultado a posteriori de algumas questões consideradas centrais, como a garantia da eficiência econômica medida pela sua taxa de crescimento. No entanto, a distribuição desigual do bem-estar entre os indivíduos em sociedade, geralmente medida por aproximação pelo acesso à renda gerada na economia, foi uma preocupação central no pensamento de economistas clássicos, como David Ricardo e Karl Marx, por exemplo. Ricardo argumentava que a Economia Política deveria ser um tratado sobre as leis que determinam a divisão da produção da indústria, entre as classes que contribuem para a sua formação (apud FERREIRA, 1999). A teoria do crescimento dominante, no entanto, que evoluiu a partir de artigo de Robert SOLOW (1956), não dependia de um mecanismo de distribuição para gerar crescimento, mas de uma função de produção que relacionava capital e trabalho com retornos constantes à escala, inspirada num modelo neoclássico de produção que influenciou toda a literatura

5 Claudia Monteiro Fernandes econômica a partir dos anos Essa abordagem não exigia uma distribuição explícita da renda ou do bem-estar, que eram considerados como dados ou exógenos ao modelo, construído com base num agente representativo teórico, com características médias de diversos agentes econômicos da sociedade (FERREIRA, 1999). Com a evolução mais recente da teoria econômica e da tecnologia computacional, tornou-se possível a investigação do crescimento econômico como um processo de dinâmica distributiva, e não apenas da sua média. Fenômenos como a desigualdade na distribuição do bem-estar (tendo como variáveis aproximadas o acesso dos indivíduos à renda, à educação e à saúde, por exemplo) ou a mobilidade interdistribuição, tornam a análise muito mais detalhada, sem deixar de incluir a média da sociedade. Mais ainda, existem variações consideráveis na natureza dos contratos sociais em diferentes países, o que faz com que os arranjos no fornecimento de bens públicos, a responsabilidade das comunidades locais, famílias, indivíduos ou empresas no financiamento de educação, saúde, habitação ou saneamento influenciem no perfil e na dinâmica distributiva dessas sociedades (BÉNABOU, 1996). Em análise microeconômica, os investimentos em capital humano, mais especificamente a escolarização ou qualificação, são um meio de os indivíduos visualizarem crescimentos potenciais em seus rendimentos futuros. Durante a fase inicial do ciclo de vida de um indivíduo, espera-se que ele se dedique integralmente à escolarização. Quanto maior a sua dedicação à educação formal e a outras formas de qualificação, maior será o seu estoque de capital humano, mantendo-se constantes suas habilidades inatas e o seu estoque inicial de capital (herança de família, por exemplo).(polachek e SIEBERT, 1993) A razão entre benefícios da escolarização e seus custos é definida como retorno de educação. Uma abordagem comum é feita a partir da relação existente entre a desigualdade de rendimentos e a demanda por habilidades e qualificações individuais. Quanto mais restrito o acesso a elevados níveis educacionais e a habilidades específicas, maior será o preço pago aos trabalhadores que possuem essas características. Assim, as políticas de investimento em capital humano podem ter efeitos diretos ou indiretos na desigualdade 235

6 Desigualdade de rendimentos e educação no Brasil educacional entre os indivíduos. O efeito direto vai depender de como essas políticas vão mudar a distribuição de educação e habilidades. Se elas encorajarem as pessoas com menor nível educacional a adquirirem mais capital humano, haverá redução na desigualdade; mas se encorajarem as pessoas que já possuem estoque elevado a aumentar seu investimento em educação, haverá aumento da desigualdade. O efeito indireto ocorrerá no preço do capital humano na sociedade. Se o resultado da política for um maior número de pessoas mais educadas e qualificadas, é provável que seja reduzido também o preço pago por elas e também a desigualdade na distribuição de rendimentos do trabalho.(acemoglu, 2001) Educação e distribuição de renda no Brasil: as diferenças regionais persistentes 236 Apesar do grande número de possibilidades causais, a análise da influência da escolaridade na desigualdade de rendimentos permeia toda a literatura econômica sobre o tema. No Brasil, o debate precursor entre LANGONI (1973) e FISHLOW (1972) colocou frente a frente aqueles que consideravam a educação tanto a sua distribuição como a natureza dos retornos como principal determinante da distribuição de renda brasileira e os que atribuíam papel determinante ao funcionamento do mercado de trabalho. Em estudos mais recentes, foram obtidos resultados empíricos equivalentes. BARROS E MENDONÇA (1995), por exemplo, afirmaram que poucos países no mundo conseguiam atingir níveis de desigualdade educacional entre trabalhadores como os do Brasil. Os autores citam os resultados obtidos em extensa literatura dedicada a estimar a contribuição das desigualdades educacionais para a desigualdade salarial no Brasil. E afirmam: Estima-se que, se os diferenciais de salário por nível educacional fossem eliminados, tudo o mais permanecendo constante, a desigualdade salarial no Brasil declinaria de 35 a 50%. (...) A contribuição da educação é consideravelmente maior do que a contribuição de qualquer forma de segmentação e discriminação ou demais características individuais investigadas (experiência no

7 Claudia Monteiro Fernandes mercado de trabalho e na empresa).(barros E MENDONÇA, 1995) RAMOS E VIEIRA (2001), utilizando a metodologia de decomposição estática de alguns índices de desigualdade de rendimentos para o Brasil nas décadas de 1980 e 1990, com o objetivo de captar a importância relativa de algumas das fontes de dispersão de salários, incluíram as variáveis: a) educação e idade; b) posição na ocupação, região geográfica e setor de atividade econômica, que permitem captar algumas formas de segmentação no mercado de trabalho; c) gênero e cor, associadas a possíveis práticas discriminatórias. Constataram que a variável escolaridade (ou educação formal, no caso) assume um papel de destaque, sendo responsável por cerca da terça parte da desigualdade considerada isoladamente e por quase a quarta parte em termos de contribuição marginal. As demais variáveis analisadas tiveram participação muito inferior na explicação da desigualdade de rendimentos no Brasil no período. A Tabela 1, abaixo, traz análises semelhantes na América Latina. Tabela 1 Contribuição bruta da educação (%) para a desigualdade de rendimentos uma comparação internacional País ou região Autor Período Contribuição bruta (% min.-máx.) América Latina Altimir e Piñera (1982) 1966/ Argentina Fiszbein (1991) 1974/ Brasil Ramos e Trindade (1992) 1977/ Ramos e Vieira (2001) 1981/ Colômbia Reyes (1988) 1976/ Moreno (1989) 1976/ Costa Rica Psacharapoulos et alii (1992) 1981/ México Acevedo (1999) 1988/ Peru Rodriguez (1991) 1970/ Uruguai Psacharapoulos et alii (1992) 1981/ Venezuela Psacharapoulos et alii (1992) 1981/ Fonte: Ramos e Vieira, A formulação de possíveis políticas de combate à desigualdade de rendimentos deve, pois, levar em consideração políticas educacionais voltadas para a redução da desigualdade educacional se pretende que tais políticas tenham sucesso. Pode-se afirmar que, em geral, o impacto direto

8 Desigualdade de rendimentos e educação no Brasil de mudanças educacionais sobre a desigualdade de rendimentos é que, tudo o mais constante, um aumento (redução) na desigualdade em educação leva a aumento (redução) na desigualdade de rendimentos, sobretudo em situações de grande desigualdade em qualquer uma dessas variáveis. 238 Indicadores de desigualdade de educação e de rendimento A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD, iniciada em 1967, realizada pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, não coleta informações a respeito da riqueza pessoal ou domiciliar, ou seja, informações sobre saldo total de aplicações financeiras (apenas o seu rendimento regular mensal) ou sobre valores monetários de bens, propriedades e direitos. A ótica das informações coletadas é a de recebimentos e não de gastos; não são feitas comparações daquilo que é recebido com os gastos em consumo, que podem ser financiados através do acesso ao crédito, por exemplo. Portanto, a análise das informações de rendimento provenientes da PNAD não diz respeito à renda ou à riqueza total das pessoas, famílias ou domicílios; é restrita a seus rendimentos mensais regulares. As informações sobre características de educação são pesquisadas para todas as pessoas da amostra, sem distinção de idade. Os anos de estudo foram calculados em função da série e do grau que a pessoa estava freqüentando ou tinha freqüentado, considerando a última série concluída com aprovação, cada uma delas correspondendo a um ano de estudo, sem contar as repetições. Na última década, pôde-se constatar um aumento da escolarização da população brasileira, em todas as Grandes Regiões do País. Um indicador importante nos estudos sobre educação é a taxa de escolarização relação entre as pessoas escolarizadas e as não escolarizadas das pessoas de 7 a 14 anos de idade, faixa em que se espera que a criança esteja na escola, o que vai possibilitar um aumento na capacidade dessas pessoas de inserção na sociedade condições de cidadania, acesso ao mercado de trabalho, níveis de rendimento mais elevados, maior participação na comunidade e maior bem-estar social. Na década de 1990, percebe-se o aumento da taxa de escolarização das crianças de 7 a 14 anos em todas as Grandes Regiões brasileiras, com o

9 Claudia Monteiro Fernandes crescimento da taxa nacional em cerca em 15%. A região Nordeste, que tem a segunda maior população nessa faixa etária, logo após o Sudeste (elas representam, respectivamente, 35,2% e 39,5% do total de pessoas pesquisadas), teve o aumento mais significativo, partindo de um patamar claramente mais baixo. No início da década, a taxa de escolarização do Nordeste apresentava uma diferença elevada em relação àquela das demais regiões. Essa diferença caiu no período, mas a região manteve-se como aquela com menor taxa de escolarização no País. Tabela 2 - Taxa de escolarização das pessoas de 7 a 14 anos de idade, Brasil e Grandes Regiões Taxa de escolarização das pessoas de 7 a 14 anos de idade (%) Anos Grandes Regiões Brasil 1 Norte urbana Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste ,8 87,9 76,5 88,6 85,4 84, ,6 88,9 79,7 90,9 88,4 89, ,6 90,9 83,4 92,2 89,9 89, ,2 91,9 85,0 93,6 91,7 91, ,3 92,2 86,4 94,1 93,6 93, ,0 91,9 89,4 95,5 94,9 93, ,7 94,5 92,3 96,2 95,8 95, ,7 95,5 94,1 96,7 96,5 96, ,5 95,3 95,2 97,4 97,0 97,1 Fonte IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD. 1Exclusive as pessoas da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Os resultados empíricos indicam que o esforço de garantir a escolarização considerada fundamental para as crianças no País tem atingido o objetivo esperado. Principalmente no que diz respeito às diferenças no acesso à escola entre as regiões brasileiras, percebe-se que as taxas tornaram-se menos desiguais. No entanto, é importante observar que a simples análise da taxa de escolarização não traz informações sobre a qualidade da educação, o que dependeria de elaboração de indicadores mais detalhados, fora do escopo das PNAD. Outras pesquisas realizadas no País podem trazer dados valiosos para a criação de indicadores de qualidade da educação, sobretudo levantamentos recentes realizados pelo Ministério da Educação, que não serão abordados neste artigo. 239

10 Desigualdade de rendimentos e educação no Brasil A partir dos anos de estudo concluídos declarados pelas pessoas de 10 anos ou mais de idade, com um limite máximo de 16 anos de estudo concluídos e desconsiderando as pessoas com menos de um ano de estudo completo, pode-se observar que a média de anos de estudo para o País aproxima-se daquela da região Sudeste e fica muito acima daquela da região Nordeste, duas regiões com proporções muito parecidas da população total analisada, mas com perfis muito distintos. Tomando como exemplo uma unidade da federação de cada grande região, o estado de São Paulo tem média de anos de estudo destacadamente superior àquela da Bahia. 240 Tabela 3 Média e percentis de anos de estudo das pessoas de 10 anos ou mais de idade, Brasil e Regiões selecionadas Indicadores da população Anos de estudo das pessoas de 10 anos ou mais de idade Regiões selecionadas Brasil 1 Sudeste Nordeste São Paulo Bahia RMS Proporção (%) 100,0 31,2 31,6 12,2 9,4 4,0 Média 7,1 7,8 5,7 8,1 5,6 8,1 Percentil Fonte IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD (1) Exclusive as pessoas da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Levando em conta apenas a população da região metropolitana de Salvador, o padrão é equivalente ao estado de São Paulo. Com isso, pode-se estimar que as desigualdades dentro do estado da Bahia, mais especifica-

11 Claudia Monteiro Fernandes mente dentro e fora da RMS, são muito grandes. Quanto à distribuição dos anos de estudo na população das regiões selecionadas, a mediana de anos de estudo (limite de 50% da população) foi de 8 anos para São Paulo e de 5 anos para a Bahia. Mesmo com indicadores bem melhores que a Bahia, São Paulo possuía, em 2001, 70% de sua população com até 11 anos de estudo (o equivalente ao ensino fundamental concluído). Na Bahia, 80% da população chegava apenas a 9 anos de estudo. Um dos instrumentos estatísticos mais utilizados para ilustrar o grau de concentração de uma distribuição é a curva de Lorenz, que mostra como a fração acumulada de uma variável, seja anos de estudo ou renda por exemplo, varia em função da fração acumulada da população analisada, com os indivíduos ordenados de acordo com valores crescentes da variável. A Gráfico 1 - Curva de Lorenz - Distribuição dos anos de estudo das pessoas de 10 anos ou mais de idade - Brasil, Sudeste e Nordeste - PNAD ,00 0, ,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 Perfeita Igualdade Brasil Sudeste Nordeste 0,20 0,10 0,00 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 P Em situação extrema (teórica) de perfeita igualdade, ou seja, em que todos os indivíduos da população tivessem o mesmo número de anos de estudo e, portanto, uma mesma proporção no conjunto, a curva de Lorenz seria um segmento de reta com inclinação de 45 entre os eixos cartesianos. A área compreendida entre a linha de perfeita igualdade e a curva de Lorenz de determinada distribuição é denominada área de desi-

12 Desigualdade de rendimentos e educação no Brasil gualdade e, quanto maior essa área, maior a desigualdade entre os estratos da distribuição. No Gráfico 1, a curva de Lorenz que representa maior desigualdade entre as distribuições analisadas é a da população da região Nordeste. A curva que representa o Sudeste indica menor desigualdade na distribuição de anos de estudo. A média brasileira fica, como era de se esperar, em posição intermediária, representando, no entanto, uma distribuição muito menos desigual do que a região Nordeste vista isoladamente. A Gráfico 2 - Curva de Lorenz - Distribuição dos anos de estudo das pessoas de 10 anos ou mais de idade - São Paulo e Bahia - PNAD ,00 0,90 0,80 0,70 0, ,50 0,40 0,30 Perfeita Igualdade São Paulo Bahia 0,20 0,10 0,00 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 P No Gráfico 2, considerando agora as unidades da federação São Paulo e Bahia, percebe-se mais uma vez os perfis bastante diferenciados das distribuições de anos de estudo, com uma maior concentração na Bahia. Apenas nos decis extremos das distribuições (os 10% da população com menos anos de estudo e, no outro extremo, os 10% com mais anos de estudo) as duas distribuições têm comportamentos semelhantes. Para o caso específico do estado da Bahia, em que se percebeu uma distinção entre a região metropolitana e as áreas fora dela, foram construídas as curvas de Lorenz para essas duas áreas, ilustradas no Gráfico 3. Na região metropolitana de Salvador, a distribuição de anos de estudo da população é menos desigual do que na área fora dela, mesmo no

13 Claudia Monteiro Fernandes decil superior da distribuição (10% da população com maior número de anos de estudo). A Gráfico 3 - Curva de Lorenz - Distribuição dos anos de estudo das pessoas de 10 anos ou m ais de idade - RM S e Fora da RM S - PNAD ,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 Perfeita Igualdade RMS Fora da RMS 0,20 0,10 0,00 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 P 243 Além de apresentar indicadores de distribuição de educação formal diferenciados das demais regiões pesquisadas na PNAD, a região Nordeste também apresenta diferenças nas características de rendimento. Em termos de rendimento mediano das pessoas de 10 anos ou mais de idade, conforme descriminado na Tabela 4, para todas as fontes de rendimento identificadas pela pesquisa (não apenas o rendimento de trabalho), a distribuição na região Nordeste é dividida ao meio em valores sempre menores que aqueles das demais grandes regiões e essa mediana, que cresceu para o Brasil como um todo e para quase todas as regiões, caiu apenas para a região Nordeste de 1992 a 2001, sendo que em 1999 e 2001 a queda da mediana dos rendimentos de todas as fontes fez com que esta ficasse abaixo daquela de Apesar de apresentar sempre rendimentos medianos inferiores àqueles das demais regiões pesquisadas, a análise da tendência de retração da mediana muda quando observamos o rendimento mediano domiciliar ou

14 Desigualdade de rendimentos e educação no Brasil 244 familiar. Isso indica a importância da análise de rendimento tendo como foco os domicílios ou as famílias e não apenas os rendimentos individuais. Tabela 4 - Rendimento mediano real de todas as fontes das pessoas de 10 anos ou mais de idade, Brasil e Grandes Regiões Anos Rendimento mediano real de todas as fontes das pessoas de 10 anos ou mais de idade (R$) Grandes Regiões Brasil 1 Norte urbana Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Fonte IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD. Nota Valores inflacionados pelo INPC com base em setembro de (1) Exclusive as pessoas da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Tabela 5 - Rendimento mediano real dos domicílios particulares, Brasil e Grandes Regiões Rendimento mediano real dos domicílios particulares (R$) Anos Brasil 1 Grandes Regiões Norte urbana Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Fonte IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD. Nota Valores inflacionados pelo INPC com base em setembro de (1) Exclusive as pessoas da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.

15 Claudia Monteiro Fernandes O índice de Gini é outra forma de analisar uma distribuição, diretamente associada à curva de Lorenz, e considerada uma das principais medidas de desigualdade, com grande utilização nos estudos sobre rendimento. Assume valores entre zero e um, tendo os valores extremos nos casos de perfeita igualdade (G = 0) e extrema desigualdade (G = 1-1/n, no caso de uma população finita). Em termos individuais, a medida de concentração da distribuição dos rendimentos de todas as fontes nas regiões através do índice de Gini mostra que o grau de concentração pode ser considerado elevado para todas as regiões do País e vem se mantendo assim nos últimos 10 anos, com pequenas oscilações. Tabela 6 - Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com rendimento, Brasil e grandes regiões Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das Anos pessoas de 10 anos ou mais de idade, com rendimento Brasil 1 Grandes regiões Norte urbana Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste ,575 0,552 0,576 0,554 0,554 0, ,603 0,588 0,619 0,581 0,577 0, ,592 0,574 0,584 0,574 0,571 0, ,590 0,571 0,590 0,569 0,567 0, ,588 0,574 0,589 0,566 0,556 0, ,584 0,569 0,581 0,561 0,558 0, ,576 0,554 0,575 0,551 0,559 0, ,572 0,543 0,566 0,554 0,543 0,585 Fonte IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD. Nota Valores inflacionados pelo INPC com base em setembro de (1) Exclusive as pessoas da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Restringindo um pouco a análise às pessoas ocupadas com rendimento positivo de trabalho, mas agora observando as unidades da federação brasileiras da região Nordeste, há uma pequena redução no grau de concentração de rendimentos desse grupo para a maior parte das unidades analisadas. Os estados do Ceará e da Bahia foram aqueles que mantiveram 245

16 Desigualdade de rendimentos e educação no Brasil 246 o grau de concentração de rendimentos do trabalho dos ocupados, inclusive com uma pequena elevação no índice de Gini. Tabela 7 - Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal de todos os trabalhos das pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas, com rendimento de trabalho, por grandes regiões e unidades da federação da região Nordeste 1998, 1999 e 2001 Brasil, grandes regiões e unidades da federação selecionadas Índice de Gini Anos Brasil(1) 0,575 0,567 0,566 Norte urbana 0,564 0,547 0,537 Nordeste 0,590 0,587 0,576 Maranhão 0,623 0,592 0,565 Piauí 0,596 0,609 0,585 Ceará 0,595 0,598 0,605 Rio Grande do Norte 0,572 0,572 0,555 Paraíba 0,630 0,644 0,585 Pernambuco 0,573 0,586 0,576 Alagoas 0,570 0,529 0,549 Sergipe 0,613 0,589 0,539 Bahia 0,566 0,558 0,569 Sudeste 0,546 0,537 0,546 Sul 0,545 0,543 0,527 Centro-Oeste 0,584 0,573 0,572 Fonte IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD. (1) Exclusive as pessoas da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Percebe-se claramente, na comparação de quaisquer indicadores selecionados, que a região Nordeste do Brasil possui elevados índices de desigualdade, mesmo com a melhora observada na década. Os estudos mais recentes sobre o comportamento das medidas de desigualdade na distribuição de rendimentos no Brasil confirmam a manutenção de elevada concentração por um longo período de tempo. Se a estabilidade na forte concentração de rendimentos no País é considerada inaceitável e escandaliza a sociedade brasileira quando comparada aos piores indicadores internacionais, a questão regional preocupa ainda mais. Com a extensão continental do Brasil, pode-se imaginar o que está por trás dos resultados observados para a média nacional.

17 Claudia Monteiro Fernandes Ilustrando mais uma vez a questão com as curvas de Lorenz, agora da distribuição de rendimentos de todas as fontes das pessoas com rendimento positivo e com 10 anos ou mais de idade, a posição das curvas indica que a concentração na distribuição de rendimentos é ainda maior que aquela observada na distribuição de anos de estudo da população. As desigualdades regionais permanecem, com a região Nordeste tendo maior grau de concentração de rendimentos que a Sudeste. No entanto, percebese também ao comparar os Gráficos 1 e 4, que o perfil da distribuição de rendimentos no Brasil como um todo segue mais de perto o perfil do Sudeste do que o comportamento da distribuição de educação. A região Nordeste tem, portanto, um perfil de distribuição bastante diferenciado. Y Gráfico 4 - Curva de Lorenz - Rendimento de todas as fontes das pessoas de 10 anos ou mais de idade com rendimento - Brasil, Sudeste e Nordeste - PNAD ,00 0,90 0,80 0, ,60 0,50 0,40 0,30 Perfeita Igualdade Brasil Sudeste Nordeste 0,20 0,10 0,00 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 P Fazendo um paralelo com a comparação do Gráfico 2, o Gráfico 5 ilustra as diferentes curvas de Lorenz para as unidades da federação São Paulo e Bahia, confirmando uma distribuição de rendimentos mais concentrada no estado do Nordeste. As duas curvas afastam-se claramente da situação ideal de perfeita igualdade. No caso da Bahia, a diferença entre a distribuição de rendimentos na região metropolitana de Salvador e nas demais áreas do estado é ilustrada no Gráfico 6, situação de diferença ainda mais acentuada do que o perfil educacional.

18 Desigualdade de rendimentos e educação no Brasil As curvas de Lorenz para as distribuições de rendimentos indicam maior concentração do que as distribuições de anos de escolaridade, o que sinaliza a importância de outros elementos para a explicação das desigualdades regionais. Y Gráfico 5 - Curva de Lorenz - Rendimento de todas as fontes das pessoas de 10 anos ou mais de idade com rendim ento - São Paulo e Bahia - PNAD ,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 Perfeita Igualdade São Paulo Bahia 0, ,10 0,00 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 P Y Gráfico 6 - Curva de Lorenz - Rendimento de todas as fontes das pessoas de 10 anos ou m ais de idade com re ndim ento - RM S e Fora da RM S - PNAD ,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 Perfeita Igualdade RMS Fora da RMS 0,20 0,10 0,00 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 P

19 Claudia Monteiro Fernandes Conclusão Apesar dos indicadores básicos, descritivos, informarem apenas uma dimensão das desigualdades em cada região estudada, com eles conseguese demonstrar as distâncias historicamente persistentes entre regiões brasileiras, saindo um pouco do padrão de análise da média nacional. Mesmo selecionando apenas duas grandes regiões e duas unidades da federação como parâmetro, pode-se ter a noção dos padrões extremos das desigualdades regionais que refletem um quadro ainda mais perverso dos indicadores para o País como um todo. Políticas econômicas e sociais que almejem a melhoria dos indicadores sociais brasileiros deverão levar em conta o abismo existente dentro do País, muitas vezes ignorado pelos técnicos em planejamento, que insistem em padronizar as políticas apenas com parâmetros internacionais. A opção por políticas de desenvolvimento que não levem em conta as desigualdades regionais e locais brasileiras poderá manter, ou mesmo aprofundar, as distâncias. Somente um planejamento fundamentado no conhecimento das realidades locais poderá ter os resultados esperados de redução das desigualdades e melhoria efetiva nas condições de vida de toda a população brasileira. 249 Referências bibliográficas ACEMOGLU, Daron. (2001) Human capital policies and the distribution of income: a framework analysis and literature review. Treasury Working Paper 01/03/New Zealand Treasury (web site) (RePEc:nzt:nztwps:01-3). BARROS, Ricardo Paes de; MENDONÇA, Rosane Silva Pinto de (1995). Os determinantes da desigualdade no Brasil. Rio de Janeiro: Ipea (Texto para Discussão n.º 377). BÉNABOU, Roland. (1996) Unequal societies. NBER Working Papers Series (Working paper nº 5583). National Bureau of Economic Research, Inc (web site) (RePEc:nbr:nberwo:5583) Order-url: COWELL, Frank A. (1998). Measurement of inequality. London: STICERD-LSE. Mimeografado.

20 Desigualdade de rendimentos e educação no Brasil 250 FERREIRA, Francisco H. G. (1999). Inequality and economic performance: a brief overview of theories of growth and distribution. Text for World Bank s Web Site on Inequality, Poverty, and Socio-economic Performance: FERREIRA, Francisco H.G; LEITE, Phillippe George P.G. (2001) The effects of expanding education on the distribution of income in Ceará: a micro-simulation. PUC/RJ, XXIX Encontro Nacional de Economia, ANPEC: Salvador. FISHLOW, A. Distribuição de renda no Brasil: um novo exame. Dados, n.11, LANGONI, C. G. Distribuição da renda e desenvolvimento econômico do Brasil. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, HENRIQUES, Ricardo (org.) Desigualdade e pobreza no Brasil. Rio de Janeiro: Ipea, POLACHEK, Solomon W.; SIEBERT, W. Stanley The economics of earnings. Cambridge University Press, chap. 3, RAMOS, Lauro; VIEIRA, Maria Lúcia (2001) Desigualdade de rendimentos no Brasil nas décadas de 80 e 90: evolução e principais determinantes. Rio de Janeiro: Ipea, Texto para Discussão n.º 803. SEN, Amartya Kumar. Desigualdade reexaminada. Rio de Janeiro: Record, 2001.

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