MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (CDM-SSC-PDD) Versão 3 em vigor desde 22 de dezembro de 2006

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (CDM-SSC-PDD) Versão 3 em vigor desde 22 de dezembro de 2006"

Transcrição

1 MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DO PROJETO (CDM-SSC-PDD) Versão 3 em vigor desde 22 de dezembro de 2006 SUMÁRIO A. Descrição geral da atividade de projeto de pequena escala B. Aplicação de uma metodologia de linha de base e monitoramento C. Duração da atividade do projeto/período de obtenção de créditos D. Impactos ambientais E. Comentários dos atores Anexos Anexo 1: Informações de contato dos participantes da atividade de projeto de pequena escala proposta Anexo 2: Informações sobre financiamento público Anexo 3: Informações sobre a linha de base Anexo 4: Informações sobre o monitoramento 1

2 Histórico das revisões deste documento Número da Data Versão de Janeiro de de Julho de de Dezembro de 2006 Descrição e razão da revisão Adoção inicial O Conselho concordou em revisar o CDM-SSC-PDD a fim de refletir a orientação e os esclarecimentos prestados pelo Conselho desde a versão 1 deste documento. Como conseqüência, as diretrizes de preenchimento do CDM SSC PDD foram revisadas de acordo com a versão 2. A versão mais recente pode ser obtida no endereço < O Conselho concordou em revisar o documento de concepção do projeto no âmbito do MDL para atividades de pequena escala (CDM-SSC-PDD), levando em conta o CDM-PDD e o CDM-NM. 2

3 SEÇÃO A. Descrição Geral da atividade de projeto de pequena escala A.1. Título da atividade de projeto de pequena escala: > Reduções de emissão de GEE através de melhoramentos no tratamento de efluentes industriais na Embaré Lagoa da Prata, Minas Gerais, Brasil. Versão 6 Data de conclusão: 5 de Abril de 2010 A.2. Descrição da atividade de projeto de pequena escala: >> A Embaré é uma indústria alimentícia cujas atividades se iniciaram em Sua linha de produtos consiste em produtos derivados do leite, tais como leite em pó, leite condensado, creme de leite, toffees e bebidas lácteas. A primeira planta industrial da Embaré foi construída em 1935, em Taubaté, interior de São Paulo. Em 1948 uma nova operação foi iniciada em Lagoa da Prata, localizada no interior do estado de Minas Gerais, maior produtor brasileiro de produtos laticínios, respondendo por 27,8% do leite produzido no Brasil 1. As instalações produtivas da Embaré em Lagoa da Prata estão localizadas em um terreno de m 2 com uma área total construída de m 2 no centro da cidade. Por seu processo industrial, a Embaré gera um efluente industrial rico em material orgânica. A fim de cumprir com a regulamentação ambiental brasileira para lançamento de efluentes industriais, este efluente é tratado em uma Estação de Tratamento de Efluentes (de agora em diante designada de ETE) localizada em um local afastado da planta industrial, adjascente à ARCE Associação Recreativa dos Colaboradores da Embaré, na saída oeste da cidade de Lagoa da Prata. O efluente é bombeado da fábrica até a ETE através de tubulação subterrânea de fibra de vidro. A distância entre as instalações fabris e a ETE é de aproximadamente 2,5 km. Inspeções periódicas e manutenção na tubulação subterrânea, que atravessa espaços públicos e áreas residenciais, são realizadas pela equipe da Embaré. Em resumo, a ETE consiste em um par de lagoas anaeróbias seguidas por duas lagoas aeradas e por lagoas facultativas primária e secundária. Durante o estágio de tratamento anaeróbio, biogás contendo metano é gerado e liberado na atmosfera, contribuindo assim para o aquecimento global. O atual sistema de tratamento atende com sucesso as regulações locais para lançamento de efluentes. Entretanto, a capacidade diária de processamento de leite das instalações fabris da Embaré aumentará em litros, totalizando litros por dia de capacidade de processamento. Este aumento de 60% na produção irá consequentemente aumentar a carga orgânica admitida na ETE na mesma proporção, como estimado pela equipe de engenharia da Embaré. A elevada carga orgânica iria requerer adequações na ETE. O cenário mais plausível para tal adequação seria a instalação de um reator anaeróbio sequencial sem recuperação de biogás, previamente às lagoas anaeróbias existentes, continuando, portanto, com as práticas de tratamento emissoras de metano como comumente são encontradas nas indústrias de laticínios brasileiras (favor ver seção B.4 e B.5 abaixo para maiores esclarecimentos nesta questão). 1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa da Produção Pecuária Municipal

4 Então, a atual atividade de projeto compreende a instalação de equipamentos de recuperação de biogás nas lagoas anaeróbias existentes e nos novos Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente de Manta de Lodo (RAFA), a serem instalados em função do aumento de carga orgânica admitida na ETE. Adicionalmente, o biogás gerado no reator anaeróbio de lodo que será construído para tratar o excesso de lodo gerado nos reatores RAFA será também canalizado para o sistema de recuperação de biogás. Basicamente, a câmara de lodo dos RAFAs consistirá de um receptáculo escavado no solo revestido internamente com mantas de polietileno de alta densidade (PEAD); o separador trifásico em forma de cúpula será alocado no nível do solo. Esta nova concepção de projeto de RAFA é menos custosa que RAFAs convencionais construídos sobre o solo e foi inteiramente desenvolvida pela equipe de engenharia da Embaré, objetivando efetividade no tratamento de efluentes ao menor custo possível. O biogás a ser coletado nos reatores RAFA, lagoas anaeróbias e reator anaeróbio de lodo será usado para geração de eletricidade, promovendo portanto economias na operação da ETE. É esperado que a produção de eletricidade por biogás seja capaz de suprir toda a demanda energética da ETE, que atualmente é suprida pela Rede Elétrica Nacional. Se a produção de eletricidade renovável exceder a demanda da ETE, ela será usada nas instalações adjascentes da ARCE, que também toma eletricidade da rede. Um dispositivo de queima de biogás será instalado para as ocasiões em que a usina de biogás estiver inoperante, para garantir a destruição contínua do biogás. A rede elétrica brasileira é alimentada por diferentes tipos de usinas de eletricidade, incluindo usinas movidas a combustíveis fósseis. Portanto, o componente de geração de energia deste projeto também promoverá reduções de emissões de GEE. Esta atividade de projeto foi desencadeada pelos incentivos do MDL. Diretamente ou indiretamente, a atividade de projeto contribuirá para o desenvolvimento sustentável das seguintes maneiras: Recuperação de biogás e geração de energia: a atividade de projeto irá diminuir a crescente demanda energética sobre a Rede Elétrica Nacional e neste sentido irá contribuir também para mitigação das mudanças climáticas; Instalação de cobertura nas lagoas anaeróbias: a atividade de projeto irá mitigar maus odores emanados das lagoas anaeróbias e evitar a proliferação de insetos-vetores; Captura de metano: o projeto contribui para a mitigação das mudanças climáticas através da captura de gás de efeito estufa (CH 4 ) e do seu tratamento. Reatores RAFA recém desenvolvidos: como a companhia tem intenção de produzir dados para novas pesquisas em saneamento, a atividade de projeto contribuirá para o desenvolvimento de conhecimento científico. Se o projeto for bem sucedido, os reatores RAFA de baixo custo serão altamente replicáveis em países em desenvolvimento em regiões tropicais. Um centro de educação ambiental será construído no local do projeto. Quando a atividade de projeto estiver operacional, é eperado que o Centro seja constantemente visitado por estudantes locais para lições in loco de sustentabilidade (uso eficiente de recursos uso de biogás para geração de eletricidade e simultânea mitigação das mudanças climáticas) portanto promovendo a conscientização sobre estes assuntos. A empresa tem um histórico de conscientização ambiental e compromisso com o bem estar da comunidade local, sempre contribuindo com o desenvolvimento local e buscando iniciativas sustentáveis como este projeto. 4

5 A.3. Participantes do projeto: >> Tabela 1 Participante do Projeto Nome da Parte Entidade(s) pública(s) e/ou privada(s) envolvida ((anfitriã) participantes do projeto (se aplicável) indica a parte anfitriã) Favor indicar se a parte envolvida deseja ser considerada como participante do projeto (Sim/Não) Embaré Indústrias Alimentícias S/A República Federativa do MundusCarbo Soluções Ambientais e Projetos Não Brasil de Carbono Ltda. (*) De acordo com as modalidades e procedimentos do MDL, no momento de tornar público o DCP- MDL no estágio da validação, a parte envolvida pode ou não dar sua aprovação. No momento de requisição de registro, a aprovação pela(s) Parte(s) envolvida(s) será requisitada. A.4. Descrição técnica da atividade de projeto de pequena escala: A.4.1. Localização da atividade de projeto de pequena escala: A >> República Federativa do Brasil A >> Estado de Minas Gerais A >> Município de Lagoa da Prata Parte(s) Anfitriã(s): Região/Estado, etc.: Cidade/Comunidade, etc.: A Detalhes da localização física, inclusive informações que permitam a identificação inequívoca dessa atividade de projeto de pequena escala: >> A atividade de projeto localiza-se no município de Lagoa da Prata a 210 km de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. A atividade de projeto está situada a uma distância de aproximadamente 2,5 km da fábrica no centro da cidade. Coordenadas de referência: S, O. 5

6 Figura 1: Localização geográfica da atividade de projeto. Painel superior esquerdo: mostra a posição do estado de Minas Gerais na República Federativa do Brasil. Painel principal: mostra o município de Lagoa da Prata em Minas Gerais. 6

7 A.4.2. Tipo e categoria(s) e tecnologia/medida da atividade de projeto de pequena escala: >> Segundo o Apêndice B das modalidades e procedimentos simplificados para atividades de projetos de pequena escala, a atividade de projeto recai sobre as categorias Tipo III.H/Versão 13 (Recuperação de metano em tratamento de efluentes) e I.D/Versão 15 (Geração de eletricidade renovável conectada à rede). Escopo setorial: Manuseio e disposição de resíduos (13) e indústrias de energia / fontes renováveis (01) Atividades de projeto: Captura de gás fugitivo e produção de energia renovável. As tecnologias a serem empregadas na atividade de projeto consistem em um sistema de recuperação de biogás (captura e uso como combustível) de emissões atmosféricas de metano atribuídas ao tratamento aneróbio de efluentes industriais. As lagoas anaeróbias abertas existentes (de formato quadrado, 50 m de lado e 3,5 m de profundidade) sem recuperação de biogás serão revestidas em sua base e cobertas com mantas de polietileno de alta densidade, para reter o biogás. A atividade de projeto também captará o biogás formado dentro do novo conjunto de 4 (quatro) Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente de Manta de Lodo (RAFA) (de formato circular, com 11,4 m de profundidade e 4,9 m de diâmetro) onde a maior parte do conteúdo de matéria orgânica do efluente deverá ser removido (cerca de 60%). O lodo gerado pelos reatores RAFA serão bombeados para o interior de um reator anaeróbio de lodo e após sua estabilização será utilizado para aplicação no solo. O sistema de recuperação de biogás também captará o biogás gerado pelo reator anaeróbio de lodo. Um tubulação de biogás conectará os equipamentos anaeróbios (lagoas, reatores RAFA e reator de lodo) à usina de energia a biogás descrita abaixo. O biogás capturado será canalizado para um sistema de tratamento do biogás (remoção de sulfetos através de um filtro constituído de palha de aço e um condensador para remover vapor de água) e posteriomente para um sistema de geração de eletricidade, constituído de um motor movido a biogás conectado a um gerador. A capacidade de geração de energia das atividades propostas será menor que 15 MW, como mostra a tabela abaixo: Tabela 1. Especificações de equipamentos de geração de eletricidade Modelo GMWM 100-GET Potência 88 kva Contínuo Gerador Motor Voltagem de saída 127V / 220V AC ou 220V / 380V AC Dimensões (A x C x L) 1500 mm x 1300 mm x 2200 mm Peso (kg) 870 Modelo MWM 6.10 T 6 cilindros 12 válvulas Combustão interna (Ciclo Otto) Tensão de Operação Baterias de 12VCC 150 AH Sistema de resfriamento Água e ar Combustível Biogás 7

8 Todos os equipamentos acima são novos e nunca foram usados antes para nenhum propósito, de acordo com a especificação do fabricante. Então, nenhuma atividade de geração de energia renovável foi desativada em função da atividade proposta. Em adição à usina de energia de biogás, um dispositivo de queima será instalado para servir como amparo à destruição de biogás na usina de energia. Em qualquer ocasião em que a usina de energia não estiver operando ou a produção de biogás exceder a capacidade de combustão do sistema de geração de energia, o sistema de queima será utilizado. O conceito de tratamento de efluentes com captura de biogás e geração de eletricidade foi originado do objetivo da Embaré de alcançar a condição de MDL para suas ações ambientais. Então, um sério esforço foi aplicado no desenvolvimento do novo sistema mencionado acima. É digno de nota o fato de que a ETE somente recebe efluentes gerados nas instalações fabris da Embaré (de referências geográficas 20 1'26,75"S / 45 32'32,41"O) no centro de Lagoa da Prata. Nenhum outro efluente é admitido na ETE. A implantação da atividade de projeto na ETE irá afetar certas sessões do sistema existente de tratamento emquanto outras se mantem inalteradas. A figura abaixo mostra o processo de tratamento existente e o processo de tratamento do cenário de linha de base e do cenário de projeto, e todas as sessões afetadas do processo de tratamento de águas residuais estão demonstradas: 8

9 Figura 2. Sistema de tratamento existente (esquerda), sistema de tratamento no cenário de linha de base e cenário de projeto (direita) e estágios de tratamento afetados pela atividade de projeto (em destaque) Basicamente, apenas os estágios anaeróbios (lagoas anaeróbias, reatores RAFA e reator anaeróbio de lodo) serão afetados pela atividade de projeto por meio da instalação do sistema de recuperação de biogás. Então, para os propósitos de cálculo das reduções de emissão, apenas estes estágios (anaeróbios) serão considerados. Nenhuma modificação irá ocorrer em qualquer outro estágio de tratamento devido a atividade de projeto. As práticas de disposição de resíduos sólidos gerados nas etapas de tratamento não afetadas permanecerão inalteradas (disposição de gordura e lodo gerados no flotador/separador de gordura e lagoas aeradas, respectivamente). O lodo gerado nas lagoas aeradas é atualmente submetido a compostagem e o composto final é aplicado no solo. Da mesma forma, o lodo a ser gerado no novo conjunto de reatores RAFA, após 9

10 o seu tratamento, também será utilizado para aplicação no solo tanto no cenário de linha de base como no cenário de projeto, apos ser estabilizado por um reator anaeróbio de lodo. O flotador e o separador de gordura geram resíduos gordurosos que são atualmente misturados às cinzas da caldeira e enviados para um aterro no município vizinho de Arcos. Todas estas práticas permanecerão as mesmas após a implantação da atividade de projeto. A tecnologia empregada na atividade de projeto é mais ambientalmente segura e confiável do que as tecnologias atualmente adotadas na ETE. A princípio, em função da atividade de projeto, as lagoas anaeróbias existentes terão suas bases revestidas com mantas de PEAD, objetivando a máxima captura de biogás e adicionalmente reduzir os riscos de contaminação de águas subterrâneas. Além disso, o projeto melhorará a qualidade do ar local, uma vez que os maus odores do tratamento anaeróbio aberto tradicional serão mitigados. As fotos abaixo mostram os estágios iniciais de comissionamento do projeto, instalação de sistema de captura de biogás em equipamentos anaeróbios e tubulação de biogás. 10

11 A.4.3 Quantidade estimada de reduções de emissões ao longo do período de obtenção de créditos escolhido: >> Um período de crédito de 7 anos foi escolhido para esta atividade de projeto. A média antecipada de reduções de emissão deverá ser de tco 2 por ano durante o período de crédito. Tabela 2. Quantidade estimada de reduções de emissão durante o período de crédito escolhido. Anos Estimativa anual de redução de emissões em toneladas de CO 2 e Total de redução estimado (tons de CO2e) Total de número de anos de creditação 7 Média anual no período de creditação das reduções estimadas (tons de CO 2 e) A.4.4. Financiamento público da atividade de projeto de pequena escala: >> Não existem financiamentos públicos disponíveis para esta atividade de projeto de nenhum dos países do Anexo I ou do país anfitrião. A.4.5. Confirmação de que a atividade de projeto de pequena escala não é um componente desagrupado de uma atividade de projeto de grande escala: O apêndice C das Modalidades e Procedimentos simplificados para atividades de projetos MDL de pequena escala diz que, Desagrupamento é definido como a fragmentação de uma atividade de projeto de grande escala em partes menores. Com relação ao critério mencionado, a atividade de projeto não é um componente desagrupado de uma atividade de projeto de grande escala pois não existem atividades de projeto de MDL de pequena escala registradas (nos dois anos anteriores) ou uma aplicação para registrar outra atividade de projeto de MDL de pequena escala pelos mesmos proponentes do projeto, na mesma atividade de projeto e tecnologia / medida, cuja fronteira de projeto esteja dentro de um raio de 1 (um) quilometro desta atividade de projeto. SEÇÃO B. Aplicação de uma metodologia de linha de base e monitoramento B.1. Título e referência da metodologia de linha de base e monitoramento aprovada aplicada à atividade de projeto de pequena escala: >> Recuperação de Metano em Tratamento de Efluentes. AMS.III-H/Versão 13/EB 48. Escopo setorial:

12 Geração de eletricidade renovável conectada a rede elétrica. AMS.I-D/Versão 15/EB 50. Escopo Setorial: 01. (Versões mais recentes disponíveis no momento de conclusão da validação) B.2 Justificativa da escolha da categoria de projeto: >> Segundo o Apêndice B das modalidades e procedimentos simplificados para atividades de projeto de pequena escala, a atividade de projeto recai nas categorias tipo III.H e I.D. Ainda, a soma das estimativas de redução de emissões de ambos os componentes desta atividade de projeto não excederá a 60 ktco 2 e em qualquer ano do período de crédito (vide seção A.4.3) e a capacidade do equipamento é inferior a 15 MW (vide sessão A.4.2). A atividade de projeto compreende medidas de recuperação de biogás de matéria orgânica biogênica de efluentes através da introdução de um sistema de recuperação e combustão de biogás em lagoas anaeróbias e reatores anaeróbios. Portanto esta categoria de projeto de MDL de pequena escala foi escolhida para aplicação na presente atividade de projeto. Evidência de que as lagoas incluídas nas fronteiras de projeto podem ser consideradas como lagoas anaeróbias pelas definições da AMS.II.H/Versão 13 está fornecida abaixo: Tabela 3. Lagoas anaeróbias existentes vs. requisitos da AMS.III.H / Versão 13 Item Requisitos da AMS.III.H para Lagoas Anaeróbias Lagoas Anaeróbias da Atividade de Projeto Profundidade Ao menos 2m 3,5m Dispositivos de aeração Sem dispositivos de aeração Sem dispositivos de aeração Temperatura do ambiente em base de médias mensais Acima de 15 C 27,7 ±1,75ºC 2 Taxa de aplicação volumétrica Intervalo mínimo entre duas remoções consecutivas de lodo Acima de 0,1 kg DQO/m³.dia 30 dias Mais de 3 anos 0,36 kg DQO/m³.dia (carga orgânica: 3.629,05 kg DQO/dia) (Volume total da lagoa: 5.018,4 m³) (número de lagoas: 2) Esta atividade de projeto compreende um componente novo ( Greenfiled ), uma vez que novos reatores anaeróbios serão instalados. Pela AMS.III.H/Versão 13, a atividade de projeto deve atender os requisitos das Diretrizes Gerais para metodologias de pequena escala concernentes a este tópico. Por sua vez, as Diretrizes Gerais para metodologias de pequena escala dispõem que Projetos do tipo II e III envolvendo novas instalações (projetos Greenfield): podem usar uma metodologia de pequena escala do tipo II ou III desde que se possa demonstrar que o cenário de linha de base mais plausível corresponde a linha de base fornecida na respectiva metodologia de tipo II ou III. A demonstração deve incluir uma avaliação das 2 Dados do Sistema de Monitoramento Agrometereológico ( Dados históricos (Janeiro/2002 até Novembro/2008) da estação de Iguatama foram usados para o cálculo da temperatura média do ambiente. 12

13 alternativas para a atividade de projeto. Para os propósitos de tal demonstração, os participantes de projeto podem aplicar os Passos 1 a 3 da última versão da Ferramenta combinada para identificar a linha de base e demonstrar adicionalidade para identificação do cenário de linha de base. Se o cenário de linha de base identificado é igual a linha de base da metodologia, e pode ser demonstrado que a implantação do projeto tal como proposto sem que o mesmo seja registrado como MDL, não é prática comum na região, os participantes de projeto podem aplicar a metodologia. Ver as sessões seguintes para a demonstração da aderência da atividade de projeto aos requisitos enumerados acima. Esta atividade de projeto também compreende a instalação de unidade de geração de energia renovável (biomassa renovável biogás) (...) que (...) substitui eletricidade de um sistema de distribuição que é (...) suprido por (...) unidades de geração movidas a combustível fóssil. As medidas relacionadas acima estão em conformidade com aquelas definidas pela AMS.I-D/Versão 15. Adicionalmente, a capacidade do equipamento é menor que 15 MW. Portanto esta categoria de projeto de MDL de pequena escala foi também selecionada para aplicação na presente atividade de projeto. B.3. Descrição do limite do projeto: >> Segundo o AMS.III-H/ Versão 13, a fronteira do projeto é o sítio físico e geográfico onde o tratamento de efluentes e de lodo acontece na linha de base e na situação de projeto. Isto cobre todas as instalações afetadas pela atividade de projeto incluindo os sítios onde o processamento, transporte e aplicação ou disposição dos resíduos bem como do biogás acontece. Segundo o AMS.I-D/ Versão 15, o sítio físico e geográfico da geração por fonte renovável corresponde a fronteira de projeto. Portanto as fronteiras de projeto são definidas como a porção da ETE que será afetada pela atividade de projeto, compreendendo os estágios de tratamento que serão equipados com o sistema de recuperação de biogás (reatores anaeróbios RAFA, lagoas anaeróbias e reator anaeróbio de lodo) e o sistema de geração de eletricidade movido a biogás. A fronteira de projeto é apresentada na figura abaixo: 13

14 Figura 3. Estação de Tratamento de Efluentes no Cenário de Projeto e Fronteiras de Projeto (destacada) Para o propósito de cálculo das emissões de linha de base do componente de geração de eletricidade renovável e para o propósito de calcular emissões de projeto em função do consumo de eletricidade, todas as usinas de eletricidade fisicamente conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) que correponde a rede élétrica brasileira serão incluídas na fronteira do projeto. B.4. Descrição da linha de base e seu desenvolvimento: >> Para esta atividade de projeto, o cenário de linha de base e avaliação de adicionalidade foram simultaneamente demonstradas através da Ferramenta combinada para identificar o cenário de linha de base e demonstrar aicionalidade (Versão 2.2/EB 28). No entanto, nesta sessão a linha de base é somente descrita e seu desenvolvimento será melhor demonstrado na sessão B.5. 14

15 Como afirmado previamente, o sistema biológico de tratamento de efluentes atualmente empregado na ETE da Embaré consiste de um par de lagoas anaeróbias sem recuperação de biogás seguidas por duas lagoas aeradas e por lagoas facultativas primária e secundária. Durante o estágio anaeróbio de tratamento, biogás contendo metano é gerado e liberado para atmosfera, contribuindo portanto para o aquecimento global. As práticas de tratamento atuais são suficientes para atendimento das regulações para lançamento de efluentes (vide sessão B.5 para evidência documental deste fato). Portanto, com a atual carga orgânica, a Embaré não tem nem estímulo nem obrigação legal para modificar suas práticas. Entretanto, no curto prazo, é esperado que, em função do aumento da produção industrial, a carga orgânica dos efluentes também seja aumentada. Tal aumento na carga orgânica irá demandar adequações na ETE para garantir a manutenção de sua eficiência. O cenário mais plausível para a adequação da ETE consiste na instalação de um estágio adicional de tratamento sem recuperação de biogás ao processo de tratamento biológico existente. Este estágio adicional seria um novo conjunto de Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente de Manta de Lodo (RAFAs) que é comumente empregado em países tropicais para tratar efluentes ricos em matéria orgânica altamente biodegradável. Portanto, a linha de base consiste no sistema de tratamento de efluentes compreendendo as lagoas anaeróbias abertas existentes mais o conjunto adicional de reatores anaeróbios mais o reator anaeróbio de lodo. No cenário de linha de base, nenhum dos equipamentos anaeróbios mencionados seriam equipados com sistemas de recuperação de biogás, uma vez que existem barreiras (discutidas na sessão B.5 abaixo) que previnem o uso de qualquer tipo de gerenciamento de biogás (vide figura abaixo). Naturalmente, o sistema de tratamento que seria adotado no cenário de linha de base seria projetado para garantir o atendimento da legislação local para lançamento de efluentes. 15

16 Figura 4. Estação de Tratamento de Efluentes no Cenário de Linha de Base O suprimento de eletricidade para atender as demandas da ETE na ausência da atividade de projeto seria em outro caso gerado pela operação de usinas de energia conectadas à rede elétrica e pela adição de novas unidades de geração, como refletido pela margem combinada (CM) da Rede Elétrica Nacional. A atividade de projeto reduz a dependência de eletricidade gerada na rede elétrica. Portanto para o componente de geração de energia renovável desta atividade de projeto a linha de base é a energia produzida pela unidade de geração renovável multiplicada pelo fator de emissão da margem combinada da Rede Elétrica Nacional. 16

17 B.5. Descrição de como as emissões antrópicas de gases de efeito estufa por fontes são reduzidas para níveis inferiores aos que teriam ocorrido na ausência da atividade de projeto de pequena escala registrada no âmbito do MDL: >> De acordo com o Anexo A do Apêndice B das modalidades e procedimentos simplificados para atividades de projeto de MDL de pequena escala, participantes de projeto devem fornecer uma explicação para mostrar que a atividade de projeto não teria ocorrido de nenhuma forma devido a pelo menos uma das seguintes barreiras: (a) Barreira de investimento: uma alternativa mais viável financeiramente à atividade de projeto teria levado a maiores emissões; (b) Barreira tecnológica: uma alternativa menos avançada tecnologicamente à atividade de projeto envolve riscos menores devido a incerteza de performance ou a reduzida participação de mercado da nova tecnologia adotada na atividade de projeto e portanto teria levado a maiores emissões; (c) Barreiras devido a prática prevalescente: práticas prevalescentes ou regulações/políticas existentes teriam levado a implementação de uma tecnologia com maiores emissões; (d) Outras barreiras: sem a atividade de projeto, por outras razões específicas identificadas pelos participantes de projeto, tais como barreiras institucionais ou limitação de informação, recursos gerenciais, capacidade organizacional, recursos financeiros, ou capacidade de absorver novas tecnologias, as emissões teriam sido maiores. Para esta atividade de projeto o cenário de linha de base e avaliação de adicionalidade foraam simultaneamente demonstradas através do uso da Ferramenta combinada para identificar cenário de linha de base e demonstrar adicionalidade (Versão 2.2/EB 28) que também garante o atendimento aos requisitos do Anexo A do Apêndice B das modalidades e procedimentos simplificados para atividades de projeto de MDL de pequena escala elencados acima. Resumidamente, os passos seguidos mostram com sucesso como o cenário de linha de base foi identificado através da eliminação de alternativas nãoplusíveis e que a atividade de projeto não teria ocorrido de nenhuma forma devido ao fato de que sua implementação enfrenta barreiras tecnológicas, barreiras devido a práticas prevalescentes e outras barreiras (o projeto é o primeiro deste tipo no Estado de Minas Gerais e no setor de indústrias alimentícias no Brasil), portanto preenchendo os requisitos de adicionalidade das modalidades e procedimentos simplificados para atividades de projeto de MDL de pequena escala apontados acima. Passo 1: Identificação de cenários alternativos Passo 1a. Definir cenários alternativos para a atividade de projeto proposta Como mencionado anteriormente, as práticas correntes de tratamento são suficientes para atender a legislação brasileira para descarte de efluentes. Portanto, com a atual carga orgânica de seus efluentes a Embaré não tem estímulos ou obrigação de alterar suas práticas vigentes. Entretanto, no curto prazo, é esperado que, em função do aumento da produção industrial, a carga orgânica presente nos efluentes irá aumentar 60%. Tal aumento de carga orgânica demandará adequações na ETE no intuito de manter sua eficiência. As alternativas de credibilidade para os melhoramentos na ETE são demonstradas a seguir. Cenário alternativo 1 17

18 Ampliação da capacidade do sistema de lagoas existente As medidas a serem adotadas sob este cenário consistem na construção de duas lagoas anaeróbias adicionais, sem recuperação de metano, em paralelo às lagoas anaeróbias abertas existentes, e duas lagoas aeradas adicionais em paralelo às lagoas aeradas existentes. Sob este cenário o biogás continuaria a ser formado nos estágios anaeróbios e liberado para a atmosfera, e a demanda energética da ETE continuaria a ser fornecida pela Rede Elétrica Nacional. Cenário alternativo 2 Instalação de um sistema de lodos ativados As medidas a serem adotadas sob este cenário consistem na substituição das lagoas anaeróbias e aeradas existentes por um sistema de lodos ativados e na ampliação das lagoas facultativas existentes. O sistema de lodos ativados consiste num decantador primário seguido de uma câmara de aeração forçada e de um decantador secundário. O decantador secundário é equipado de um dispositivo de bombeamento de lodo, que envia o lodo biológico ativado de volta para a câmara de aeração forçada. O efluente sobrenadante do decantador secundário seguirá para o sistema de lagoas facultativas. Neste cenário, a demanda energética da ETE continuaria a ser fornecida pela Rede Elétrica Nacional. Cenário alternativo 3 Instalação de um conjunto de reatores anaeróbios sem recuperação de biogás previamente às lagoas anaeróbias As medidas a serem tomadas neste cenário consistem na cobstrução de um novo/adicional estágio de tratamento nas instalações existentes. O novo estágio de tratamento seria um conjunto de Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente com Manta de Lodo (reatores RAFA) sem recuperação de biogás na fase inicial do tratamento biológico. O lodo gerado nos reatores RAFA seriam bombeados para um reator anaeróbio de lodo e apos sua estabilização o lodo seria enviado para aplicação no solo. Através da implementação desta alternativa, o biogás continuará sendo gerado nos equipamentos anaeróbios (reatores, lagoas e reator anaeróbio de lodo) e liberado para a atmosfera. E a demanda de eletricidade da ETE continuaria sendo suprida pela Rede Elétrica Nacional. Cenário alternativo 4 Instalação de um conjunto de reatores com captura e queima de biogás previamente às lagoas anaeróbias As medidas a serem tomadas neste cenário consistem das mesmas medidas tomadas no cenário alternativo #3 acima mais a instalação do sistema de captura de biogás nos sistemas anaeróbios (reatores, lagoas e reator de lodo). O biogás capturado seria canalizado para um dispositivo de queima sem nenhum tipo de recuperação energética. A demanda de eletricidade da ETE continuaria sendo suprida pela Rede Elétrica Nacional. Cenário alternativo 5 18

19 Instalação de um conjunto de reatores anaeróbios previamente às lagoas anaeróbias com recuperação de biogás para geração de eletricidade sem os incentivos do MDL As medidas a serem tomadas neste cenário consistem das mesmas medidas tomadas no cenário alternativo #3 acima mais a instalação do sistema de captura de biogás nos sistemas anaeróbios (reatores, lagoas e reator de lodo), levando a uma planta de geração de eletricidade movida a biogás. A eletricidade gerada nesta planta dispensaria a eletricidade consumida na ETE, que seria de outra forma suprida pela Rede Elétrica Nacional. Isto corresponde às adequações da ETE com a atividade de projeto sendo implantada sem os incentivos do MDL. Sub-passo 1b. Consistência com leis e regulações legais: Todas as alternativas apontadas acima estão em acordo com as leis e regulações locais vigentes (vide abaixo para maiores explicações). Passo 2. Análise de Barreiras Sub-passo 2a. Identificar barreiras que preveniriam a implementação dos cenários alternativos: Cenário alternativo 1 Ampliação da capacidade do sistema de lagoas existente Há disponibilidade de terrenos para implantação das novas lagoas 3. Além disso, esta tecnologia tem baixos custos de operação e sua manutenção e operação já são bem conhecidas pela equipe da Embaré. Adicionalmente, o sistema de lagoas é altamente eficaz na remoção de carga orgânica dos efluentes, uma vez que o conteúdo orgânico dos efluentes é altamente biodegradável (relação DQO/DBO em torno de 2, como mostrado abaixo), portanto atendendo as regulações locais para descarte de efluentes. O Comitê de Política Ambiental (COPAM) é o regulador oficial de políticas ambientais em Minas Gerais. Enquanto o COPAM é o legislador oficial, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) é a agência responsável pelo monitoramento do atendimento da legislação vigente pelas companhias locais. Parâmetros para descarte de efluentes estão definidos pela Resolução Normativa do COPAM número 01/ De acordo com esta regulação, o limite máximo para DBO e DQO em descarte de efluentes é de 60 mg/l e 180 mg/l respectivamente, sendo permitido o lançamento em concentrações superiores se a eficiência de remoção de DBO do sistema de tratamento for maior que 75% e para remoção de DQO maior que 70%. Até o momento, o sistema existente de lagoas remove pelo menos 88% e até 95% do teor de matéria orgânica no efluente da Embaré, como mostrado pelos relatórios de monitoramento de efluentes entregues à FEAM entre Julho/2007 e Dezembro/

20 Tabela 4. Eficiência histórica de remoção de DQO no sistema de lagoas existente. DQO afluente DQO efluente Eficiência de Data (mg/l) (mg/l) Remoção (%) 5/7/ ,6% 18/7/ ,3% 10/8/ ,2% 22/8/ ,2% 11/9/ ,2% 25/9/ ,8% 9/10/ ,6% 23/10/ ,4% 8/11/ ,0% 27/11/ ,7% 14/12/ ,0% 27/12/ ,2% Tabela 5. Eficiência histórica de remoção de DBO no sistema de lagoas existente. Data DBO afluente (mg/l) DBO efluente (mg/l) Eficiência de Remoção (%) 5/7/ ,1% 18/7/ ,1% 10/8/ ,1% 22/8/ ,7% 11/9/ ,4% 25/9/ ,1% 9/10/ ,9% 23/10/ ,5% 8/11/ ,9% 27/11/ ,5% 14/12/ ,4% 27/12/ ,2% Para ser confiável, o sistema de tratamento adotado neste cenário alternativo, consistindo na ampliação da capacidade do sistema de lagoas, teria que ser projetado para garantir a mesma taxa de aplicação volumétrica nas lagoas anaeróbias em relação ao cenário existente. O volume total das lagoas anaeróbias seria acrescido na mesma proporção do que o aumento esperado na carga orgânica. Então, a taxa de aplicação volumétrica atual nas lagoas anaeróbias (0,36 kg DQO.m 3.dia -1 ) seria mantida após a ampliação do sistema de lagoas. Similarmente, para as lagoas aeradas, as mesma densidade de potência (4,73 W/m 3 ) para aeração dos efluentes seria mantida para o novo sistema de lagoas, portanto garantindo os atuais 90% 20

21 de eficiência de remoção global 5. Isto significa que o sistema de tratamento adotado na linha de base seria projetado para garantir o atendimento das regulações locais para lançamento de efluentes. Pelos fatos apresentados acima é possível afirmar que a implantação desta alternativa não enfrenta barreiras. Cenário alternativo 2 Instalação de um sistema de lodos ativados O sistema de tratamento por lodos ativados é uma tecnologia de alta eficiência de remoção de matéria orgânica. Portanto, o atendimento aos padrões legais para lançamento de efluentes seria muito provavelmente conseguido. Mas esta tecnologia demanda grandes quantidades de energia e gera grandes quantidades de lodo, que requer tratamento e procedimentos de disposição apropriados. No município de Lagoa da Prata não há aterro industrial. Atualmente, a Embaré necessita enviar para o Aterro Municipal de Arcos (um município vizinho) os resíduos sólidos industriais gerados em suas instalações fabris. A quantidade adicional de lodo gerado num sistema de lodos ativados teria de ser enviada para o Aterro Municipal de Arcos também. Nesta alternativa, custos adicionais relacionados a transporte e disposição de resíduos teriam de ser considerados. Além da questão de gerenciamento do lodo, o sistema de tratamento por lodos ativados é mais sofisticado e sua operação é mais complexa em relação aos sistemas anaeróbios, por isso mais custoso. Como referência, especialistas 6 afirmam que no contexto de tratamento de efluentes urbanos, a faixa de custos para sistemas de lodos ativados está entre US$40,00 a US$120,00 por habitante por ano, gerando 0,7 a 1,5 m 3 de lodo por habitante por ano. Custos de sistemas anaeróbios estão em volta de US$20,00 a US$40,00 por habitante por ano e gera 0,07 a 0,1 m 3 de lodo por habitante por ano. Esta diferença de custos e a questão do gerenciamento de lodo entre sistemas de lodos ativados e sistemas anaeróbios poderiam também ser extrapolados para o tratamento de efluentes industriais. O uso destes sistemas mais complexos de lodos ativados é usualmente aplicado em situações onde a matéria orgânica presente no efluente apresenta baixa bioegradabilidade. Então, devido às características do efluente da Embaré (média de DQO/DBO igual a 2 vide acima) a utilização de um sistema mais complexo de lodos ativados, de alta performance, não é justificável. Em razão dos fatos acima, é possível afirmar que, no contexto da Embaré, esta alternativa enfrenta barreiras tecnológicas para sua implantação. Cenário alternativo 3 Instalação de reatores anaeróbios previamente às lagoas anaeróbias sem recuperação de biogás Os custos de implantação desta alternativa são similares àqueles observados para a expansão do sistema de lagoas e, portanto, menores do que aqueles para o tratamento por sistemas de lodos ativados. Custos operacionais são baixos, devido ao fato de que não haveria consumo adicional de eletricidade. Como o efluente da Embaré é altamente biodegradável, um novo estágio de reatores anaeróbios após os processos físicos, se apropriadamente dimensionado, seria apto para reduzir a carga orgânica total para níveis que Barros, Raphael T. De V. et all. Saneamento. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, p. (Manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios, 2). 21

22 poderiam ser posteriormente degradados pelo sistema de lagoas, garantindo uma eficiência total de remoção de DQO de 90% na ETE. A liberação de biogás pelos equipamentos anaeróbios de tratamento de efluentes é permitida pela regulação nacional e reflete a prática comum na indústria alimentícia brasileira (como substanciado pela licença ambiental da Embaré e declaração de especialista vide Passo 4 abaixo). Portanto, é Possível afirmar que esta opção não enfrenta barreiras. Cenário alternativo 4 Instalação de reatores anaeróbios previamente às lagoas anaeróbias com captura e queima de biogás Em relação a contribuição dos reatores anaeróbios para a adequação da ETE, esta alternativa é igual a alternativa #3 acima. A diferença entre as alternativas #3 e #4 é atribuída ao gerenciamento do biogás. Não há leis no Brasil obrigando ou estimulando companhias para recuperar e queimar o biogás gerado em estações de tratamento de efluentes, então a prática comum do negócio comumente observada no setor industrial brasileiro de alimentos é a não recuperação do biogás proveniente do tratamento de efluentes. Tais fatos são confirmados pela informação pessoal da Sra. Consuelo Oliveira (FEAM) e declaração escrita de Artur Torres Filho da Engenho Nove Engenharia Ambiental Ltda. (vide mais detalhes abaixo). Portanto, a adoção deste cenário é bastante improvável sem os incentivos do MDL. Barreiras em função de práticas prevalescentes apresentadas para o cenário #5 abaixo também são aplicáveis a este cenário. Pelo apresentado acima, é possível afirmar que este cenário alternativo enfrenta barreiras em função de práticas prevalescentes como discutido no Cenário Alternativo #5 abaixo. Cenário alternativo 5 Instalação de reatores anaeróbios previamente às lagoas anaeróbias com recuperação de biogás para produção de eletricidade sem os incentivos do MDL Em relação a contribuição dos reatores anaeróbios para a adequação da ETE, esta alternativa é igual a alternativa #3 acima. A diferença entre as alternativas #3 e #5 é atribuída ao gerenciamento do biogás. Sistemas de recuperação de biogás não são comumente utilizados por nenhuma indústria alimentícia no Brasil, portanto não há empreendimento similar que possa servir de referência para a confiabilidade da tecnologia. De acordo com a informação pessoal da Sra. Consuelo Oliveira, gestora do Departamento de Atividades Industriais (GEDIN) da FEAM, esta atividade de projeto seria a primeira de seu tipo em qualquer indústria de alimentos em Minas Gerais. Pelo seu conhecimento na época da consulta sobre este projeto, nenhuma outra indústria em Minas Gerais jamais tentou produzir eletricidade a partir de efluentes industriais. Na GEDIN, esta foi a primeira vez que este tipo de consulta foi realizada. Outra consulta foi realizada a uma empresa de engenharia ambiental estabelecida e bem conhecida no Brasil, Engenho Nove Engenharia Ambiental Ltda 7. Esta empresa foi fundada no início da década de 90 e possui foco em prestação de serviços especializados em instalação de sistemas de controle ambiental e desenvolvimento de projetos ambientais, equipamentos e biocombustíveis, tendo trabalhado com mais de 50 laticínios em Minas Gerais e Goiás, e mais de 70 abatedouros por todo o Brasil. Seu diretor técnico, Sr. Artur Torres Filho, forneceu uma declaração escrita informando que nenhuma tecnologia de recuperação de biogás foi empregada em nenhuma estação de tratamento de efluentes projetada e construída pela Engenho Nove Engenharia Ambiental Ltda. nos últimos 15 anos. Estes fatos demonstram que a iniciativa da Embaré figura como a primeira de seu tipo no maior estado produtor de derivados de leite do Brasil

23 Não é usual na indústria de alimentos brasileira (principalmente laticínios e abatedouros, localizados no interior do Brasil), e sobretudo no contexto da Embaré, a implantação de sistemas de recuperação de biogás em estações de tratamento de efluentes. Primeiramente por que regulamentos ambientais não exigem o gerenciamento de biogás nestes casos (vide evidência Licença Ambiental e Condicionantes da Embaré, para garantir que nenhum tipo de gerenciamento de biogás foi requisitado pela regulação local); Em segundo lugar, estações de tratamento de efluentes são comumente instaladas em locais afastados de outros equipamentos que poderiam utilizar o biogás recuperado (principalmente caldeiras. Vide a figura abaixo para garantir que o biogás não seria útil nas proximidades do projeto). Figura 5. Vista aérea da Estação de Tratamento de Efluentes da Embaré. Em terceiro lugar, como não há tubulação de gás natural suprindo a cidade, nenhum equipamento movido a gás poderia ser encontrado em operação em Lagoa da Prata e portanto o biogás não seria útil para outros equipamentos industriais. A mesma situação pode ser observada em diversos municípios brasileiros localizados no interior que não são atendidos por ramais de gás natural, e este fato normalmente leva os empreendimentos a não perceber o biogás gerado nos sistemas de tratamento de efluentes como um recurso explorável. Além disso, até os projetos de MDL registrados no Brasil desenvolvidos em fazendas de suinocultura não compreendem o componente de geração de eletricidade, mas apenas a queima do biogás. Adicionalmente, os operadores de ETE não estão acostumados a operar sistemas de biogás. Novos funcionários habilitados ou treinamentos específicos aos operadores da ETE e para a equipe de manutenção teriam que ser arranjados pela Embaré. Portanto, a adoção deste cenário é bastante improvável pelas barreiras apresentadas acima, que representam barreiras de práticas prevalescentes e primeiro do tipo. O resumo das barreiras previstas para cada alternativa pode ser apresentado da seguinte forma: 23

24 Tabela 7. Identificação de barreiras enfrentadas pelos cenários alternativos identificados Barreira Avaliada 1. Técnica / Tecnológica 2. Práticas Prevalescentes de Negócio 3. Outras Barreiras Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4 Cenário 5 Ampliação do sistema de lagoas Sistema de lodos ativados Reator anaeróbio sequencial sem recuperação de biogás Reator anaeróbio sequencial com captura e queima de biogás Reator Não Sim Não Não Não Não Não Não Sim Sim Não Não Não Não Sim anaeróbio sequencial com captura de biogas para geração de eletricidade Sub-passo 2b. Eliminar cenários alternativos que são prevenidos pelas barreiras identificadas: As alternativas #2 (Instalação de um sistema de tratamento por lodos ativados), #4 (reator anaeróbio seqüencial com captura e queima de biogás) e #5 (reator anaeróbio seqüencial com captura de biogás para geração de eletricidade sem os incentivos do MDL) enfrentam claras barreiras proibitivas e portanto foram eliminadas como opções plausíveis. Após a análise de barreiras, ainda existem dois cenários alternativos remanescentes, que não incluem a atividade de projeto sem obtenção do registro como atividade de MDL. As alternativas que não enfrentam barreiras à sua implementação são: a) Cenário #1 (Ampliação da capacidade do sistema de lagoas); e b) Cenário #3 (Introdução de reatores anaeróbios sequenciais sem recuperação de biogás). Como requerido pela Ferramenta combinada de identificação da linha de base e demonstração de adicionalidade (Versão 02.2 / EB 28), neste caso os participantes de projeto devem explicar como o registro no MDL irá aliviar as barreiras que previnem que a atividade de projeto ocorra na ausência do MDL. Os incentivos do MDL aliviaram as barreiras enfrentadas pela atividade de projeto das seguintes maneiras: A obtenção do registro no MDL representa o comprometimento público da empresa em buscar inovação em prol do desenvolvimento sustentável, e um colapso com práticas de produção convencionais. Então o registro no MDL encorajou a empresa a testar esta tecnologia de 24

25 recuperação de biogás que não está provada ainda no setor de indústrias alimentícias no Estado de Minas Gerais e no Brasil; Da mesma forma, o desenvolvimento de novas habilidades técnicas nos operadores da ETE foi encorajado pelos objetivos do MDL, interrelacionando a melhor performance ambiental às melhores práticas de trabalho e qualificação de mão de obra; As medidas de redução de emissão de GEE são consideradas pelos acionistas da Embaré como uma prática ambiental importante, e o registro no MDL é estratégico no sentido de demonstrar publicamente este compromisso. Portanto, o MDL foi relevante no processo de tomada de decisão, levando à implantação da atividade de projeto. A atividade de projeto também irá resultar em reduções de emissão de outros gases não-gee, melhorando as condições ambientais locais e qualidade de vida. Mantendo o exposto acima em consideração, os proponentes do projeto escolheram realizar uma análise de investimento (Passo 3 da ferramenta) para identificar qual seria o cenário de linha de base entre as alternativas remanescentes. PASSO 3: Análise de investimento Este Passo serve para determinar qual dos cenários alternativos restantes após o Passo 2 é o mais economicamente ou financeiramente atraente. Para este propósito, uma comparação de investimentos deve ser conduzida para os cenários alternativos remanescentes após o Passo 2. Se a análise de investimento é conclusiva, o cenário alternativo mais economicamente ou financeiramente mais atraente é considerado como o cenário de linha de base. Como mostrado no sub-passo 2b, as alternativas a serem sujeitas à análise de investimento são: Cenário #1 Ampliação da capacidade do sistema de lagoas Cenário #3 Introdução de reatores anaeróbios sequenciais sem recuperação de biogás O indicador financeiro mais apropriado neste contexto de tomada de decisão é o Valor Presente Líquido (VPL). Uma vez que não haverá receitas provenientes dos sistemas de tratamento de efluentes sujeitos a análise (Cenários #1 e #3), a opção com menor valor negativo para o VPL será considerado como cenário de linha de base. Para fins de transparência, uma descrição aprofundada dos itens básicos requeridos para implantação de cada alternativa está apresentado na tabela abaixo. Estes dados são estimativas provenientes do Departamento de Engenharia da Embaré. 25

Recuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono. Fórum Permanente "Meio Ambiente e Sociedade"

Recuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono. Fórum Permanente Meio Ambiente e Sociedade Recuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono Fórum Permanente "Meio Ambiente e Sociedade" São Paulo, Brasil 15 de Outubro de 2013 Sumário MDL & Créditos de Carbono Panorama do Mercado

Leia mais

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC)

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC) TIPO III - OUTRAS ATIVIDADES DE PROJETO Os participantes do projeto devem levar em conta a orientação geral relativa às metodologias, as informações sobre adicionalidade, as abreviaturas e a orientação

Leia mais

Anexo III da Resolução n o 1 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima

Anexo III da Resolução n o 1 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima Anexo III da Resolução n o 1 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima Contribuição da Atividade de Projeto para o Desenvolvimento Sustentável I Introdução O Projeto Granja São Roque de redução

Leia mais

Apresentação Grupo Solví

Apresentação Grupo Solví Apresentação Grupo Solví Mesa redonda Mercado de Metano Experiência Brasileira do Grupo Solvi com Gás G s Metano O Grupo Solví Resíduos Valorização Energética Saneamento O Grupo Solví Grupo Solví Valorização

Leia mais

Inventário das Emissões de gases de efeito estufa

Inventário das Emissões de gases de efeito estufa Inventário das Emissões de gases de efeito estufa Ano de referência do inventário: 2013 Ford Nome fantasia: Ford - CNPJ: 03.470.727/0001-20 Tipo da empresa: Matriz Setor econômico: C. Indústrias de transformação

Leia mais

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento.

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento. MERCADO DE CARBONO M ERCADO DE C A R O mercado de carbono representa uma alternativa para os países que têm a obrigação de reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa e uma oportunidade

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2008

PROJETO DE LEI Nº, DE 2008 PROJETO DE LEI Nº, DE 2008 (Do Sr. Lelo Coimbra) Institui o Programa Nacional de Geração de Energia Elétrica a partir do Lixo (Progel) e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica

Leia mais

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004 Sistemas de Gestão O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 Material especialmente preparado para os Associados ao QSP. QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004

Leia mais

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. MDL Conselho Executivo Relatório da 32 a reunião do Conselho Executivo Anexo 38 página 1

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. MDL Conselho Executivo Relatório da 32 a reunião do Conselho Executivo Anexo 38 página 1 página 1 Orientação sobre o registro de atividades de projetos no âmbito de um programa de atividades como uma única atividade de projeto do MDL (Versão 2.1) A Conferência das Partes na qualidade de reunião

Leia mais

JUSTIFICATIVAS PROPOSTA de LIMITES DE EMISSÕES FONTES EXISTENTES REFINARIAS

JUSTIFICATIVAS PROPOSTA de LIMITES DE EMISSÕES FONTES EXISTENTES REFINARIAS JUSTIFICATIVAS PROPOSTA de LIMITES DE EMISSÕES FONTES EXISTENTES REFINARIAS 1. Objetivo: Considerando os limites estabelecidos pela CONAMA 382 como referências para as fontes existentes, este documento

Leia mais

O Manejo de Residuos, a Gestão Ambiental e a Sustentabilidade

O Manejo de Residuos, a Gestão Ambiental e a Sustentabilidade O Manejo de Residuos, a Gestão Ambiental e a Sustentabilidade Profa. Dra. Anelise Leal Vieira Cubas Unisul Universidade do Sul de Santa Catarina Unisul Virtual RESÍDUOS Resíduo: Qualquer material ou substância

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

Seção 2: Relatório de Validação

Seção 2: Relatório de Validação Registro de Atividade do Projeto MDL e Formulário de Relatório de Validação F-MDL-REG (Ao apresentar este formulário, a entidade operacional designada confirma que a atividade proposta do projeto MDL atende

Leia mais

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia Disciplina: Fontes Alternativas de Parte 1 Fontes Renováveis de 1 Cronograma 1. Fontes renováveis 2. Fontes limpas 3. Fontes alternativas de energia 4. Exemplos de fontes renováveis 1. hidrelétrica 2.

Leia mais

Licenciamento e Controle Ambiental em Abatedouros de Frangos

Licenciamento e Controle Ambiental em Abatedouros de Frangos Licenciamento e Controle Ambiental em Abatedouros de Frangos Luciano dos Santos Rodrigues Professor Adjunto - Controle Ambiental e Saneamento Escola de Veterinária UFMG e-mail: lsantosrodrigues@gmail.com

Leia mais

Anexo III Contribuição da Atividade de Projeto para o Desenvolvimento Sustentável

Anexo III Contribuição da Atividade de Projeto para o Desenvolvimento Sustentável Anexo III Contribuição da Atividade de Projeto para o Desenvolvimento Sustentável Através deste anexo, a Brascarbon Consultoria Projetos e Representação Ltda. descreve como o projeto - Brascarbon Projeto

Leia mais

Mercado de Créditos de Carbono Fases dos Projetos MDL

Mercado de Créditos de Carbono Fases dos Projetos MDL Mercado de Créditos de Carbono Fases dos Projetos MDL BRITCHAM SP 18/08/06 São Paulo samuel barbosa 3 DET NORSKE VERITAS Introdução FUNDAÇÃO - Fundação independente estabelecida na Noruega em 1864. OBJETIVO

Leia mais

SOLUÇÕES SÓCIO AMBIENTAIS TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

SOLUÇÕES SÓCIO AMBIENTAIS TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS SOLUÇÕES SÓCIO AMBIENTAIS TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS AGENDA GESTÃO INTEGRAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) CARACTERÍSTICAS DA SOLUÇÃO EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL COM SOLUÇÃO INTEGRADA BENEFÍCIOS

Leia mais

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática A Abiquim e suas ações de mitigação das mudanças climáticas As empresas químicas associadas à Abiquim, que representam cerca

Leia mais

SÉRIE ISO 14000 SÉRIE ISO 14000

SÉRIE ISO 14000 SÉRIE ISO 14000 1993 - CRIAÇÃO DO COMITÊ TÉCNICO 207 (TC 207) DA ISO. NORMAS DA : ISO 14001 - SISTEMAS DE - ESPECIFICAÇÃO COM ORIENTAÇÃO PARA USO. ISO 14004 - SISTEMAS DE - DIRETRIZES GERAIS SOBRE PRINCÍPIOS, SISTEMAS

Leia mais

O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil. Mario Lima Maio 2015

O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil. Mario Lima Maio 2015 O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil Mario Lima Maio 2015 1 A Matriz Energética no Brasil A base da matriz energética brasileira foi formada por recursos

Leia mais

14 ASPECTOS BÁSICOS PARA SELEÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROCESSO

14 ASPECTOS BÁSICOS PARA SELEÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROCESSO 14 ASPECTOS BÁSICOS PARA SELEÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROCESSO Há certos parâmetros que são desejados em todos os tipos de equipamentos de processo, como: FUNCIONALIDADE EFICÁCIA CONFIABILIDADE

Leia mais

SISTEMA DA GESTÃO AMBIENTAL SGA MANUAL CESBE S.A. ENGENHARIA E EMPREENDIMENTOS

SISTEMA DA GESTÃO AMBIENTAL SGA MANUAL CESBE S.A. ENGENHARIA E EMPREENDIMENTOS CESBE S.A. ENGENHARIA E EMPREENDIMENTOS SISTEMA DA GESTÃO AMBIENTAL MANUAL Elaborado por Comitê de Gestão de Aprovado por Paulo Fernando G.Habitzreuter Código: MA..01 Pag.: 2/12 Sumário Pag. 1. Objetivo...

Leia mais

Plano Básico Ambiental

Plano Básico Ambiental Estaleiro e Base Naval para a Construção de Submarinos Convencionais e Plano Básico Ambiental SEÇÃO VI - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO RADIOLÓGICO Projeto 4 Monitoramento Meteorológico 0 Emissão inicial 14/06/2010

Leia mais

Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010

Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010 Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010 Resumo Este documento apresenta o Inventário corporativo de Emissões Diretas e Indiretas

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Pedro Uczai) Dispõe sobre incentivos à utilização da energia solar e dá nova redação ao artigo 82 da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009. O Congresso Nacional decreta:

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS - FINEP PROGRAMA FINEP INOVAR SEMENTE 1ª CHAMADA PARA CAPITALIZAÇÃO DE FUNDOS LOCAIS DE CAPITAL SEMENTE

FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS - FINEP PROGRAMA FINEP INOVAR SEMENTE 1ª CHAMADA PARA CAPITALIZAÇÃO DE FUNDOS LOCAIS DE CAPITAL SEMENTE FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS - FINEP PROGRAMA FINEP INOVAR SEMENTE 1ª CHAMADA PARA CAPITALIZAÇÃO DE FUNDOS LOCAIS DE CAPITAL SEMENTE 1. OBJETO A Financiadora de Estudos e Projetos convida potenciais

Leia mais

APROVEITAMENTO DE BIOGÁS EM ATERROS SANITÁRIOS

APROVEITAMENTO DE BIOGÁS EM ATERROS SANITÁRIOS APROVEITAMENTO DE BIOGÁS EM ATERROS SANITÁRIOS Apresentado por: Engº Francisco J. P. Oliveira Setembro / 2010 Objetivo Demonstrar de forma sucinta projetos de MDL, que envolvam a obtenção de créditos de

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras

A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras Emilio Lèbre La Rovere Coordenador, CentroClima/LIMA/PPE/COPPE/UFRJ 2º Encontro dos Secretários

Leia mais

JULIETA ALCIATI DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES COM O MERCADO

JULIETA ALCIATI DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES COM O MERCADO JULIETA ALCIATI DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES COM O MERCADO Agenda Introdução Definição dos limites de um inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa Limites Operacionais Identificando e Calculando emissões

Leia mais

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa)

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa) Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa) Aymoré de Castro Alvim Filho Eng. Eletricista, Dr. Especialista em Regulação, SRG/ANEEL 10/02/2009 Cartagena de Indias, Colombia Caracterização

Leia mais

A Companhia Energética Manauara é proprietaria de uma Usina Termelétrica, situada em Manaus, no Estado do Amazonas,

A Companhia Energética Manauara é proprietaria de uma Usina Termelétrica, situada em Manaus, no Estado do Amazonas, A Companhia Energética Manauara é proprietaria de uma Usina Termelétrica, situada em Manaus, no Estado do Amazonas, na Rodovia AM-010 KM-20. A Manauara nasceu do desejo de contribuir para um país mais

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Penna) Dispõe sobre a criação do Plano de Desenvolvimento Energético Integrado e do Fundo de Energia Alternativa. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Ficam instituídos

Leia mais

Resultados dos Estudos Preliminares da Captura e Utilização de Biogás dos Aterros Sanitários de Uberaba e Santana do Paraíso

Resultados dos Estudos Preliminares da Captura e Utilização de Biogás dos Aterros Sanitários de Uberaba e Santana do Paraíso Resultados dos Estudos Preliminares da Captura e Utilização de Biogás dos Aterros Sanitários de Uberaba e Santana do Paraíso Belo Horizonte, 26 de Abril de 2011 Jim Michelsen SCS Engineers & Frederico

Leia mais

Regulamento do projeto "50 Telhados"

Regulamento do projeto 50 Telhados Regulamento do projeto "50 Telhados" Iniciativa Fevereiro de 2014 Sumário 1. Contextualização... 3 2. Missão do projeto 50 Telhados... 3 3. Objetivo... 3 3.1. Pequenas cidades... 3 4. Benefícios para empresas/clientes/cidades

Leia mais

Em 20 anos, Brasil poderá gerar 280 MW de energia do lixo

Em 20 anos, Brasil poderá gerar 280 MW de energia do lixo Em 20 anos, Brasil poderá gerar 280 MW de energia do lixo Fabíola Ortiz - 28/02/13 Potencial de produção de energia vinda dos aterros pode dobrar em 20 anos, se a lei de resíduos sólidos for cumprida.

Leia mais

PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CIDADE DE SÃO PAULO

PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CIDADE DE SÃO PAULO PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CIDADE DE SÃO PAULO Balanço dos cinco anos da Política Municipal de Mudança do Clima de São Paulo Rede Nossa São Paulo 20/05/2014 Plano de Metas da PMSP

Leia mais

Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais.

Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais. RESOLUÇÃO Nº 306, DE 5 DE JULHO DE 2002 Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais. O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das competências

Leia mais

Política de Responsabilidade Socioambiental

Política de Responsabilidade Socioambiental Política de Responsabilidade Socioambiental SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 3 2 OBJETIVO... 3 3 DETALHAMENTO... 3 3.1 Definições... 3 3.2 Envolvimento de partes interessadas... 4 3.3 Conformidade com a Legislação

Leia mais

A primeira análise do ciclo de vida da embalagem de leite UHT em toda a Europa

A primeira análise do ciclo de vida da embalagem de leite UHT em toda a Europa Título 10 / 11 A primeira análise do ciclo de vida da embalagem de leite UHT em toda a Europa A análise do IFEU compara os impactos ambientais das embalagens cartonadas, as garrafas PEAD e PET: as embalagens

Leia mais

DZ-1314.R-0 - DIRETRIZ PARA LICENCIAMENTO DE PROCESSOS DE DESTRUIÇÃO TÉRMICA DE RESÍDUOS

DZ-1314.R-0 - DIRETRIZ PARA LICENCIAMENTO DE PROCESSOS DE DESTRUIÇÃO TÉRMICA DE RESÍDUOS DZ-1314.R-0 - DIRETRIZ PARA LICENCIAMENTO DE PROCESSOS DE DESTRUIÇÃO TÉRMICA DE RESÍDUOS Notas: Aprovada pela Deliberação CECA nº 2 968, de 14 de setembro de 1993 Publicada no DOERJ de 05 de outubro de

Leia mais

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015 ATENÇÃO: ANTES DE ASSINAR ESTA CARTA, LEIA O CONTEÚDO ATÉ O FINAL E CLIQUE NO LINK. FÓRUM DE AÇÃO EMPRESARIAL PELO CLIMA CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015 O desafio da mudança do clima

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº DE 2013

PROJETO DE LEI Nº DE 2013 PROJETO DE LEI Nº DE 2013 Dispõe sobre as atividades relativas a geração, transporte, filtragem, estocagem e geração de energia elétrica térmica e automotiva com biogás, e dá outras providências. Art.

Leia mais

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 I - RELATÓRIO

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 I - RELATÓRIO COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 Altera dispositivos da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, e da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, para promover a geração e o consumo

Leia mais

CONCEITOS CHAVE EM PROJETOS FLORESTAIS DE CARBONO. Celia A. Harvey, Climate Change Initiatives

CONCEITOS CHAVE EM PROJETOS FLORESTAIS DE CARBONO. Celia A. Harvey, Climate Change Initiatives CONCEITOS CHAVE EM PROJETOS FLORESTAIS DE CARBONO Celia A. Harvey, Climate Change Initiatives Projetos de carbono devem : Demonstrar adicionalidade Localizar potenciais fugas Garantir a permanência do

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos INTERPRETAÇÃO ISO 9001:2008 GESTÃO DE QUALIDADE O que é ISO? ISO = palavra grega que significa Igualdade CAPÍTULO: Preâmbulo ISO 9001:2008 0.1 - Generalidades: foi esclarecido que a conformidade com requisitos

Leia mais

Armazenamento de Energia Renovável

Armazenamento de Energia Renovável Solar Eólico Armazenamento de Energia Renovável Biomassa Eficiência Energética Comercial Parques Público Rural Industrial Residencial MICRO E MINIGERAÇÃO DE ENERGIA A ANEEL permitiu aos consumidores através

Leia mais

CST Processos Gerenciais

CST Processos Gerenciais CST Processos Gerenciais Padrão de Resposta O estudante deve redigir texto dissertativo, abordando os seguintes tópicos: A A ideia de que desenvolvimento sustentável pode ser entendido como proposta ou

Leia mais

Aplicação de Reúso na Indústria Têxtil

Aplicação de Reúso na Indústria Têxtil Aplicação de Reúso na Indústria Têxtil 1. Indústria Têxtil Uma Abordagem Geral: Indústria têxtil tem como objetivo a transformação de fibras em fios, de fios em tecidos e de tecidos em peças de vestuário,

Leia mais

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001 Prof. Eduardo Lucena Cavalcante de Amorim INTRODUÇÃO A norma ISO 14001 faz parte de um conjunto mais amplo de normas intitulado ISO série 14000. Este grupo

Leia mais

TANQUES DE ARMAZENAMENTO E AQUECIMENTO DE ASFALTO E COMBUSTÍVEL

TANQUES DE ARMAZENAMENTO E AQUECIMENTO DE ASFALTO E COMBUSTÍVEL TANQUES DE ARMAZENAMENTO E AQUECIMENTO DE ASFALTO E COMBUSTÍVEL TANQUES DE ARMAZENAMENTO E AQUECIMENTO DE ASFALTO E COMBUSTÍVEL A ampla linha de tanques de armazenamento e aquecimento de asfalto da Terex

Leia mais

ISO 9001:2008. Alterações e Adições da nova versão

ISO 9001:2008. Alterações e Adições da nova versão ISO 9001:2008 Alterações e Adições da nova versão Notas sobe esta apresentação Esta apresentação contém as principais alterações e adições promovidas pela edição 2008 da norma de sistema de gestão mais

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

DuPont Engineering University South America

DuPont Engineering University South America Treinamentos Práticas de Melhoria de Valor (VIP Value Improvement Practices) DuPont Engineering University South America # "$ % & "" Abordagem DuPont na Gestão de Projetos Industriais O nível de desempenho

Leia mais

Sistema de Gestão Ambiental. Seis Sigma. Eco Six Sigma

Sistema de Gestão Ambiental. Seis Sigma. Eco Six Sigma Eco Six Sigma Nos dias de hoje, em que os requisitos de compra dos consumidores vão além do preço do produto, conquistar os consumidores torna-se um grande desafio. Características como a qualidade da

Leia mais

Marcio Halla marcio.halla@fgv.br

Marcio Halla marcio.halla@fgv.br Marcio Halla marcio.halla@fgv.br POLÍTICAS PARA O COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA Programa de Sustentabilidade Global Centro de Estudos em Sustentabilidade Fundação Getúlio Vargas Programa de

Leia mais

CONSELHO CIENTÍFICO-ADMINISTRATIVO DA FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E INOVAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO RESOLUÇÃO Nº 113, DE 11 DE SETEMBRO DE 2014

CONSELHO CIENTÍFICO-ADMINISTRATIVO DA FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E INOVAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO RESOLUÇÃO Nº 113, DE 11 DE SETEMBRO DE 2014 CONSELHO CIENTÍFICO-ADMINISTRATIVO DA FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E INOVAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO RESOLUÇÃO Nº 113, DE 11 DE SETEMBRO DE 2014 Regulamenta a concessão de Auxílio para Apoio a Incubadoras

Leia mais

As Diretrizes de Sustentabilidade a serem seguidas na elaboração dos projetos dos sistemas de abastecimento de água são:

As Diretrizes de Sustentabilidade a serem seguidas na elaboração dos projetos dos sistemas de abastecimento de água são: OBJETIVO A SANEPAR busca prestar serviços de Saneamento Ambiental de forma sustentável, a fim de contribuir com a melhoria da qualidade de vida. Portanto evidencia-se a necessidade de considerar o conceito

Leia mais

Plano de Gerenciamento das Aquisições Exemplo 1

Plano de Gerenciamento das Aquisições Exemplo 1 Plano de Gerenciamento das Aquisições Exemplo 1 Este plano descreve como serão administrados os processos de aquisição de bens e serviços neste projeto. As perguntas a serem respondidas no plano são: o

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE FULIGEM

SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE FULIGEM SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE FULIGEM Para atender às regulamentações ambientais de hoje, os gases emitidos por caldeiras que utilizam bagaço de cana e outros tipos de biomassa similares devem, obrigatoriamente,

Leia mais

Agricultura de Baixo Carbono e Bioenergia. Heitor Cantarella FAPESP: Programa BIOEN & Instituto Agronômico de Campinas(IAC)

Agricultura de Baixo Carbono e Bioenergia. Heitor Cantarella FAPESP: Programa BIOEN & Instituto Agronômico de Campinas(IAC) Agricultura de Baixo Carbono e Bioenergia Heitor Cantarella FAPESP: Programa BIOEN & Instituto Agronômico de Campinas(IAC) Bioenergia: energia renovável recicla o CO 2 E + CO 2 + H 2 O CO 2 + H 2 O Fotossíntese

Leia mais

Administração. O estudante deve redigir texto dissertativo, abordando os seguintes tópicos:

Administração. O estudante deve redigir texto dissertativo, abordando os seguintes tópicos: Administração Padrão de Resposta O estudante deve redigir texto dissertativo, abordando os seguintes tópicos: A A ideia de que desenvolvimento sustentável pode ser entendido como proposta ou processo que

Leia mais

PLANEJAMENTO DA GESTÃO DE RSU

PLANEJAMENTO DA GESTÃO DE RSU PLANEJAMENTO DA GESTÃO DE RSU copyright A criatividade com visão de longo prazo Planejamento da Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos 27/08/2015 1 SUMÁRIO 1 ENQUADRAMENTO LEGAL 2 PLANO DE GESTÃO INTEGRADA

Leia mais

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Setembro de 2010 Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente

Leia mais

Eficiência Energética Chocolates Garoto

Eficiência Energética Chocolates Garoto Eficiência Energética Chocolates Garoto 1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA Nome fantasia: Chocolates Garoto Ramo de atividade: Alimentício Localização: Vila Velha / ES Estrutura tarifária: Horo-sazonal Azul

Leia mais

TÍTULO: LABORATÓRIO DE CALIBRAÇÃO DE HIDRÔMETROS DA EMPRESA DE SANEAMENTO DE CAMPINAS - UNIDADE MÓVEL

TÍTULO: LABORATÓRIO DE CALIBRAÇÃO DE HIDRÔMETROS DA EMPRESA DE SANEAMENTO DE CAMPINAS - UNIDADE MÓVEL TÍTULO: LABORATÓRIO DE CALIBRAÇÃO DE HIDRÔMETROS DA EMPRESA DE SANEAMENTO DE CAMPINAS - UNIDADE MÓVEL Autor: Maurício André Garcia: Cargo atual: Coordenador Técnico de Micromedição e Uso Racional Formação:

Leia mais

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO A Um Investimentos S/A CTVM, conforme definição da Resolução nº 3.721/09, demonstra através deste relatório a sua estrutura do gerenciamento de risco de crédito.

Leia mais

Tratamento Descentralizado de Efluentes HUBER BioMem

Tratamento Descentralizado de Efluentes HUBER BioMem WASTE WATER Solutions Tratamento Descentralizado de Efluentes HUBER BioMem Solução HUBER para Tratamento Decentralizado de Efluentes Unidades móveis e fixas Uma variedade de opções de reutilização de efluentes

Leia mais

Eficiência de remoção de DBO dos principais processos de tratamento de esgotos adotados no Brasil

Eficiência de remoção de DBO dos principais processos de tratamento de esgotos adotados no Brasil Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais - AESBE Eficiência de remoção de DBO dos principais processos de tratamento de esgotos

Leia mais

Soluções Completas para Pequenas Centrais Hidrelétricas

Soluções Completas para Pequenas Centrais Hidrelétricas Soluções Completas para Pequenas Centrais Hidrelétricas Answers for energy. Turbina Francis, gerador síncrono e unidade hidráulica Cubículos de média tensão Transformadores de distribuição Uma completa

Leia mais

feam FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE PARECER TÉCNICO

feam FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE PARECER TÉCNICO FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE PARECER TÉCNICO Parecer Técnico GEDIN 97/2008 Processo COPAM: 17/1988/011/2006 Empreendedor: AVG SIDERURGIA LTDA. Empreendimento: DN Código Classe Porte Atividade: Produção

Leia mais

Infraestrutura Turística. Magaeventos Esportivos e a Promoção da Imagem do Brasil no Exterior 16 e 17 de agosto Brasília.

Infraestrutura Turística. Magaeventos Esportivos e a Promoção da Imagem do Brasil no Exterior 16 e 17 de agosto Brasília. Infraestrutura Turística. Magaeventos Esportivos e a Promoção da Imagem do Brasil no Exterior 16 e 17 de agosto Brasília Mobilidade Urbana Renato Boareto 1 Organização Não Governamental fundada em 2006

Leia mais

ESTE DOCUMENTO É UMA TRADUÇÃO LIVRE. EM CASO DE DIVERGÊNCIA, PREVELECE A INFORMAÇÃO ESPECÍFICA CONTIDA NO EDITAL ORIGINAL EM INGLÊS.

ESTE DOCUMENTO É UMA TRADUÇÃO LIVRE. EM CASO DE DIVERGÊNCIA, PREVELECE A INFORMAÇÃO ESPECÍFICA CONTIDA NO EDITAL ORIGINAL EM INGLÊS. ESTE DOCUMENTO É UMA TRADUÇÃO LIVRE. EM CASO DE DIVERGÊNCIA, PREVELECE A INFORMAÇÃO ESPECÍFICA CONTIDA NO EDITAL ORIGINAL EM INGLÊS. Seção 3a: Cronograma de Requisitos e Especificações Técnicas CONDIÇÕES

Leia mais

Tecnologia e Sustentabilidade

Tecnologia e Sustentabilidade Painel 2 Tecnologia e Sustentabilidade Robério Fernandes Alves de Oliveira 1 Painel 2 Tecnologia e Sustentabilidade As dimensões da sustentabilidade Econômica Social AMBIENTAL 2 Painel 2 Tecnologia e Sustentabilidade

Leia mais

GERENCIAMENTO DE MODIFICAÇÕES

GERENCIAMENTO DE MODIFICAÇÕES GERENCIAMENTO DE MODIFICAÇÕES 1. OBJETIVO O Gerenciamento de Modificações consiste em prover um procedimento ordenado e sistemático de análise dos possíveis riscos introduzidos por modificações, de identificação

Leia mais

Mais clima para todos

Mais clima para todos Mais clima para todos 1 Mais clima para todos Na União Europeia, entre 1990 e 2011, o setor dos resíduos representou 2,9% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), e foi o 4º setor que mais contribuiu

Leia mais

Apresentação do Curso

Apresentação do Curso CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TÉCNICOS E DE GESTORES PÚBLICOS PARA ESTUDO DE VIABILIDADE E PROJETO DE TRATAMENTO MECANICO-BIOLOGICO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS Contexto Desde a promulgação da Lei nº 11.445/2007

Leia mais

Justificativa da iniciativa

Justificativa da iniciativa Sumário Justificativa da iniciativa O que é o Framework? Apresentação básica de cada ferramenta Quais projetos serão avaliados por meio do Framework? Fluxo de avaliação Expectativas Justificativa da iniciativa

Leia mais

Seleção e Monitoramento de Fundos de Investimentos

Seleção e Monitoramento de Fundos de Investimentos 2010 Seleção e Monitoramento de Fundos de Investimentos Nota Técnica 02 Diretoria de Investimentos Previ-Rio 09/2010 NOTA TÉCNICA 02 1 - Introdução Esta nota técnica, desenvolvida pela Equipe da, tem por

Leia mais

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas.

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas. 1. OBJETIVOS Estabelecer diretrizes que norteiem as ações das Empresas Eletrobras quanto à promoção do desenvolvimento sustentável, buscando equilibrar oportunidades de negócio com responsabilidade social,

Leia mais

SUMÁRIO ÍNDICE. 1 Objetivo: 3. 2 Aplicação e Alcance: 3. 3 Referências: 3. 4 Definições e Abreviaturas: 3. 5 Responsabilidades: 3.

SUMÁRIO ÍNDICE. 1 Objetivo: 3. 2 Aplicação e Alcance: 3. 3 Referências: 3. 4 Definições e Abreviaturas: 3. 5 Responsabilidades: 3. OGX Procedimento de Gestão PG.SMS.004 Denominação: Gestão de Mudanças SUMÁRIO Este procedimento estabelece as condições que permitam identificar, avaliar e controlar os riscos inerentes as mudanças, desde

Leia mais

Inovação Tecnológica Ambiental Workshop Inovações e Meio Ambiente. Belo Horizonte, 04 de outrubro de 2012

Inovação Tecnológica Ambiental Workshop Inovações e Meio Ambiente. Belo Horizonte, 04 de outrubro de 2012 Inovação Tecnológica Ambiental Workshop Inovações e Meio Ambiente Belo Horizonte, 04 de outrubro de 2012 Estrutura do Grupo Promon Engenharia Promon Logicalis Trópico Promon Novos Negócios Promon Meio

Leia mais

A SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso de suas atribuições legais, e

A SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso de suas atribuições legais, e PORTARIA SSST Nº 11, de 13/10/1994 "Publica a minuta do Projeto de Reformulação da Norma Regulamentadora nº 9 - Riscos Ambientais com o seguinte título: Programa de Proteção a Riscos Ambientais". A SECRETARIA

Leia mais

LINEAMENTOS PARA MELHORAR A GESTÃO DAS ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS E FAZER MAIS SUSTENTÁVEL A PROTEÇÃO DA SAÚDE

LINEAMENTOS PARA MELHORAR A GESTÃO DAS ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS E FAZER MAIS SUSTENTÁVEL A PROTEÇÃO DA SAÚDE Primeiro lineamento geral: O TRATAMENTO E USO ADEQUADOS DAS ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS CONTRIBUEM A PROTEGER A QUALIDADE DOS CORPOS DE ÁGUA E DEVERIAM SER PARTE DE UMA GESTÃO MAIS EFICIENTE DOS RECURSOS

Leia mais

e sua Adequação como Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Eduardo A. Ananias Instituto de Biociências USP

e sua Adequação como Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Eduardo A. Ananias Instituto de Biociências USP Tecnologias Ambientais para Curtumes e sua Adequação como Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Eduardo A. Ananias Instituto de Biociências USP Sérgio Almeida Pacca EACH USP Panorama geral do

Leia mais

Linha Economia Verde

Linha Economia Verde Linha Economia Verde QUEM SOMOS Instituição Financeira do Estado de São Paulo, regulada pelo Banco Central, com inicio de atividades em Março/2009 Instrumento institucional de apoio àexecução de políticas

Leia mais

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 INDICE POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 1. Objetivo...2 2. Aplicação...2 3. implementação...2 4. Referência...2 5. Conceitos...2 6. Políticas...3

Leia mais

INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA Versão resumida BANCO BRADESCO S.A.

INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA Versão resumida BANCO BRADESCO S.A. INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA Versão resumida BANCO BRADESCO S.A. 2008 1 Inventário de GEE O Inventário de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) permite que uma

Leia mais

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão A ISO 14001 EM SUA NOVA VERSÃO ESTÁ QUASE PRONTA Histórico ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA As normas da série ISO 14000 foram emitidas pela primeira vez

Leia mais

A metodologia proposta pela WEG para realizar este tipo de ação será apresentada a seguir.

A metodologia proposta pela WEG para realizar este tipo de ação será apresentada a seguir. Eficiência Energética Buaiz Alimentos 1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA Nome fantasia: Buaiz Alimentos Ramo de atividade: Alimentício Localização: Vitória / ES Estrutura tarifária: Horo-sazonal Azul A4 Demanda

Leia mais

Thelma Krug thelma@dir.iai.int. Workshop: Propostas Metodológicas para Projetos de Sequestro de Carbono por Florestas Nativas

Thelma Krug thelma@dir.iai.int. Workshop: Propostas Metodológicas para Projetos de Sequestro de Carbono por Florestas Nativas Resoluções e Decisões Técnicas com Relação ao Uso da Terra, Mudança no Uso da Terra Florestamento/Reflorestamento no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Thelma Krug thelma@dir.iai.int Workshop: Propostas

Leia mais

Regulamento do projeto "50 Telhados"

Regulamento do projeto 50 Telhados Regulamento do projeto "50 Telhados" Iniciativa Novembro de 2013 Sumário 1. Contextualização... 3 2. Missão do projeto 50 Telhados... 3 3. Objetivo... 3 4. Benefícios para empresas/clientes/cidades participantes...

Leia mais