O PRELÚDIO DO GOLPE CIVIL E MILITAR NO BRASIL

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1 O PRELÚDIO DO GOLPE CIVIL E MILITAR NO BRASIL Dayane Cristina Guarnieri Prof. Hernan Ramiro Ramirez (Orientador) RESUMO O trabalho desenvolve-se, principalmente, em torno da análise do estágio final do governo Goulart ou dos acontecimentos preliminar ao golpe civil e militar de 1964, que encerra com o período democrático. Por meio dos periódicos Ultima Hora e Jornal do Brasil, realizou-se a seleção de acontecimentos que ocorreram em março de 1964 registrados nos impressos, com o objetivo de perfazer momentos que antecedem o golpe, para compreender a repercussão dos eventos nos jornais. Com o auxílio das fontes citadas investiga-se os fatores da instabilidade política e da intensificação dos conflitos, assim como a possível disseminação do discurso golpista, com a intenção de recepcionar um golpe reacionário ou impedir a suposta o reeleição de Jango. Sobretudo, antes da escolha dos eventos foi de suma importância conhecer o processo de construção do político Goulart, para saber quais as bases que alicerçavam sua postura política e como suas idéias e convicções se refletiram na presidência da República e na sociedade. A partir de referências como Moniz Bandeira, Caio Navarro Toledo, Marieta Ferreira, Rodrigo de Sá Motta e Oswaldo Munteal, buscou-se, conhecer com o complemento mútuo, entre a bibliografia e os periódicos caracterizar os últimos instantes da recente democracia.. Palavras-Chave: Goulart, Periódicos, Golpe. 475

2 IMPASSES DO GOVERNO GOULART Jango governa o Brasil em um período de intensas lutas por interesses, conquista de direitos, ou permanência de privilégios no âmbito nacional no qual, grupos percebem que poderiam ganhar espaço na esfera política e assim obter a concessões de suas reivindicações. Em um cenário de anseios, os particulares e proclamação de direitos gerais, Goulart se encontra pressionado, pelos conservadores que o considerava uma ameaça, pois seu governo possibilitaria a entrada do comunismo no país e a instauração da Republica Sindicalista 269 e pelas forças de esquerda ressaltava sua ausência de liderança de esquerda capaz de agregar e neutralizar os segmentos radicais. 270 Motta (2006) interpreta a volta do presidencialismo, por meio do plebiscito, como uma vitória de Goulart, sua imagem contraditória, que oscilava entre o habilidoso e o desastrado agora se característica pela esperteza. [...] O novo quadro despertou a esperança de que a situação melhorasse, uma vez que as sucessivas crises do período parlamentarista ficariam para trás e o presidente poderia de fato exercer seu mandato. Porém o retorno do presidencialismo também suscitou temores de que a crise social e a política pudessem se agravar e especialmente, de que Goulart viesse a manifestar tendências políticas consideradas perigosas. 271 Na concepção de Bandeira (2001) Goulart dividi a vitória do plebiscito que lhe garantiria a presidência com o PSD (Partido Social Democrata), o que orientou seu a composição do ministério 269 FERREIRA, Marieta de Moraes. João Goulart entre a memória e a história. Rio de Janeiro: FGV, p Ibid., p MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Jango e o Golpe de 1964 na Caricatura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p

3 presidencialista Hermes Lima, Francisco San Tiago Dantas, João Magabeira, Celso Furtado, Almino Afonso e muitos outros com tendência centro-esquerda. 272 O período que delimita o governo presidencialista do governo Goulart de 23 de janeiro de 1963 a 31 de março de 1964 é repleto de conflitos que dificultam sua administração, dentre eles o quadro político em que Jango toma posse, contribui para dificultar a administração do governo. A crise de representatividade dos partidos políticos evidenciava-se por alguns sintomas característicos; nas duas ultimas eleições, verificou-se tanto um aumento do número de votos em brancos e nulos [...], como o número de alianças e coligações (em alguns estados, assistiu-se à formação de esdrúxulas alianças entre o PTB e UDN; 47% dos eleitos pela Câmara Federal vieram de coligações). 273 Toledo (1991) aborda o surgimento da Frente Parlamentar Nacionalista (FPN) e da Ação Democrática Parlamentar (ADP) que surgirão na cena política com o propósito de articular, respectivamente, progressistas e conservadores que atuavam nos diferentes partidos políticos. 274 Essas organizações suprapartidárias demonstram a crise de representatividade dos anos 60. Outros agravantes que dificultaram a administração de Jango era a crise econômico-financeira marcada pelo déficit internacional, a inflação e retração do crescimento. É importante ressaltar que a situação de bancarrota econômica que o país enfrentava não se manifestou precisamente no momento do governo Jango mais era uma herança de 272 BANDEIRA Luiz Alberto Moniz. O governo João Goulart: As lutas sociais no Brasil ( ). 7. ed. Rio de Janeiro: Revan, TOLEDO, Caio Navarro Junior. O Governo Goulart e o Golpe Ed. São Paulo: Brasiliense, 1991, p TOLEDO, op. cit., p

4 outros governos, desde o governo de JK a expansão acelerada da economia agravou as contas externas : 275 O plano trienal, concebido por Celso Furtado para implantação no início de 1963, pretendia liquidar esses problemas, no entanto, ele não obteve resultados satisfatórios, pois previa a contenção dos salários do funcionalismo público e dependia da concessão de créditos do governo estadunidense. Porém pressões da esquerda contra os aspectos impopulares das medidas e as negociações com os EUA levaram o governo a abandonar o plano, e as medidas de enfrentar os desafios econômicos foram postergados. 276 O Plano Trienal esbarrava em uma contradição, o movimento operário e o próprio Goulart não simpatizavam com a idéia de compressão dos salários para restabelecer a cálculo econômico, pois obviamente prejudicaria os trabalhadores, o que inviabilizava a política financeira de Celso Furtado e San Tiago Dantas, o governo Goulart e a democracia. 277 O confronto entre o movimento sindical e os conservadores, dificultava a administração do Governo Goulart: A participação políticas das lideranças sindicais horrorizava a sensibilidade conservadora, que considerava inaceitável e perigosa a transformação dessas figuras em atores políticos de prestígio. Os temores eram ainda mais intensos graças a percepção de que o governo Goulart dava cobertura às ações dos sindicalista em troca de apoio político. Na realidade tratava-se de uma aliança construída, nos anos anteriores, especialmente no período em que Jango foi ministro do Trabalho de Vargas (de junho de 1953 a 275 MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Jango e o Golpe de 1964 na Caricatura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p MOTTA, loc cit. 277 BANDEIRA Luiz Alberto Moniz. O governo João Goulart: As lutas sociais no Brasil ( ). 7. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2001, p

5 fevereiro de 1954). Desde então, os laços de Jango com os lideres do movimento sindical foram estreitados e estes forneceram apoio decisivo para ao presidente em momentos importantes, como na campanha da legalidade que viabilizou sua posse, em agosto de De acordo com Ferreira (2006), a partir do momento em Goulart, se torna Ministro do Trabalho sua imagem passa a ser associada diretamente ao comunismo, o que implicou uma barreira tomar a posse da presidência. Ao longo do seu governo, a onda de medo do comunismo intensificou-se, contaminando inúmeros segmentos da sociedade brasileira, inclusive militares que, a princípio, não eram simpatizantes da conspiração que resultou no golpe de militar. 279 Com Goulart, os sindicatos conquistam a oportunidade de negociar com o governo e obter liberdades para fazer reclamações que visavam melhorar as condições de sobrevivência da população desfavorecida pela distribuição de renda desigual. Ele possui prioridades que se identificavam com a origem de seu partido o PTB, o reformismo, e a base eleitoral que deveria atrair os votos dos trabalhadores. Acrescentase a essa configuração a propagação de sua imagem como o herdeiro de Vargas, o resultado, após a renúncia de Quadros, era de oposição. 280 Esse cenário de oposição nacional ao governo se insere em uma conjuntura mundial sob o julgo da constante tensão e ameaça comunista. [...] esse período é marcado pelos conflitos decorrentes da Guerra Fria, e no caso da 278 MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Jango e o Golpe de 1964 na Caricatura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006, p FERREIRA, Marieta de Moraes. João Goulart entre a memória e a história. Rio de Janeiro: FGV, 2006, p GOMES & FERREIRA. Jango: as múltiplas faces. Rio de Janeiro: FGV,

6 América Latina, pelos impactos da Revolução Cubana sobre o continente e sobre a política norte americana para a região. [...] era a nova fase da política de ajuda que teve sua mais perfeita expressão na Aliança para o Progresso. [...] que pretendia estabelecer modificações nas estruturas sociais dos Estados atrasados da América, e, deste modo, impedir o aparecimento de novos movimentos revolucionários no continente. Por precaução, porém se a política da Aliança para o Progresso fracassasse, o governo Kennedy elaboraria a Doutrina da Contra- Insurgência, que previa a retomada da velha política intervencionista caso a política de ajuda não conseguisse garantir os seus objetivos. Buscaria uma cooperação com as forças armadas dos países latino-americanos [...]. 281 O contexto internacional interferia na política brasileira, identificando as propostas reformistas do governo Goulart, com tentativas subversivas ou comunistas. Com base no ambiente de conflito nacional e internacional prioriza-se, por meio dos periódicos Ultima Hora e o Jornal do Brasil, estudar os eventos que traduzem com intensidade as barreiras para a governamentabilidade. A escolha das fontes consiste no pressuposto de abordar visões dispares sobre os mesmos acontecimentos. A reconstituição das lutas políticas e sociais através da imprensa tem sido alvo de muitas das pesquisas recentes. Nos vários tipos de periódicos e até mesmo em cada um deles encontramos projetos políticos e visões de mundo representativos de diversos setores da sociedade. A leitura dos discursos expressos nos jornais permite acompanhar o movimento das idéias que circulam na época. A análise do ideário e da prática política dos representantes da imprensa revela a complexidade da luta social. Grupos se aproximam e se distanciam 281 MUNTEAL, Oswaldo; VENTAPANE, Jaqueline; FREIXO, Adriano de. O Brasil de João Goulart: um projeto de Nação. Rio de Janeiro: PUC, Contraponto, 2006, p

7 segundo as conveniências do momento; seus projetos se interpenetram, se mesclam e são matizados.[...] O confronto das falas, que exprimem idéias e práticas, permite ao pesquisador captar com riqueza de detalhes, o significado da atuação de diferentes grupos que se orientam por interesses específicos. 282 Capelato (1994) ressalta que Samuel Wainer afirmou que, até a época da ditadura, o poder da imprensa na história do Brasil era quase monopolista. Ela liderou e comandou os movimentos políticos de maior significação. 283 Dentre os eventos que ela apresenta se encontra a queda da democracia articulada pelos revolucionários civis, militares e jornalistas, ela cita Júlio de Mesquita proprietário do jornal o Estado de São Paulo como participante e articulador, junto com outros grupos, do derrubada do Governo Goulart. 284 O primeiro acontecimento investigado em ambos os periódicos, foi o comício do dia 13 de março, que representa as reformas de base proposta pelo governo, que almejava demonstrar para os eleitores algo concreto, que honrasse a característica reformista do governo e que garantisse o apoio maciço da maioria da população. O COMÍCIO Após o malogro do Plano Trienal e da tentativa de acabar com a inflação e conceder crescimento ao país Jango intensifica a necessidade das Reformas de Base. O período que antecede o Comício do dia 13 de Março de 1964, representado nos periódicos é de expectativas, tanto positivas (reformas sociais, exercício da democracia), como negativas (golpes e radicalismos). 282 CAPELATO, Maria Helena Rolim. Imprensa e História no Brasil. São Paulo: Contexto, 1994, p CAPELATO. op. cit., p CAPELATO. op. cit., p

8 A preocupação expressa nos noticiários, artigos e editoriais referem-se aos rumos que Goulart daria a sua nova política. O periódico Ultima Hora era defensor de Goulart, pois ele surge com o apoio de Getúlio Vargas, que ao retornar ao governo, por meio da votação direta da população, possuía a percepção que necessitaria do respaldo da imprensa periódica. Portanto, de acordo com Capelato (1994): Consciente da necessidade de ter uma base de sustentação no meio jornalístico, o presidente eleito procurou Samuel Wainer, com quem articulou a criação do Última Hora em 1951, a partir dessa época travou-se intensa peleja entre esse órgão getulista e os porta vozes da UDN (União Democrática Nacional) O Estado de S. Paulo e Tribuna de imprensa, principalmente. 285 Nas circunstâncias expostas é evidente que o UH apoiou o herdeiro de Vargas, fato explícito na totalidade do recorte cronológico, que marca o fim da Presidência de Jango. O período que matiza os últimos dias desse governo, denúncia a mobilização das forças que queriam acabar com a democracia, derrubar o Goulart, impedir o exercício democrático (o direito de se manifestar), e a conquista das reivindicações populares. Criado 1981 o Jornal do Brasil, em 1954 a Condessa Maurina Dunshee de Abranches Pereira Carneiro e seu genro Manuel Francisco Nascimento Brito assume a direção e realizam uma renovação de influencia estadunidense. Em janeiro de 1962, Alberto Dines assume o cargo de diretor-chefe do jornal, sistematizando as reformas CAPELATO. op. cit., p BARBOSA, Marialva. História cultural da imprensa, Brasil Rio de Janeiro: Mauad p

9 Abreu (2006) pronuncia que jornalista Alberto Dines, chefe de redação do Jornal do Brasil, mostrou que o jornal identificava Jango como o antilegalista. Em 1961 o periódico defendeu a posse de Goulart, no entanto, com a Revolta dos Sargentos em 13 de setembro de 1963 pede a intervenção das Forças Armadas, mediante a postura amena do governo com relação aos revoltosos. Com esse episódio muitos jornais, dentre eles o Jornal do Brasil posicionam-se contra o Governo Jango 287 e acirram-se durante após o Comício do dia 13 de março. A par do descontrole inflacionário, o déficit no balanço de pagamentos aumentava rapidamente. Diante dessa situação, Goulart decidiu apoiar a esquerda radical e promover comícios nas principais cidades do país a fim de mobilizar a população em favor das reformas de base. Decidiu também que iria promover as reformas por decreto passando por cima do Congresso. 288 Munteal (2008, p18) observa, que o comício não deve ser considerado como um marco zero do debate político dos anos de 1960, e nem como capaz de deflagrar o golpe de 64, o que deve ser analisado é as intenções do discurso; 289 Após o inflamado comício da Central do Brasil, com as participações ativas de João Goulart, Leonel Brizola, Miguel Arraes, Roberto Silveira, Francisco Julião, dentre outros destacados personagens da linha de frente trabalhista e socialista, um outro momento de reflexão do presidente Jango foi a mensagem do dia 15 de março de 1964 dirigida ao Congresso Nacional. Nela João Goulart combina um repertório de 287 FERREIRA, Marieta de Moraes. João Goulart entre a memória e a história. In ABREU, Alzira Abreu de. 1964: a imprensa ajudou a derrubar o governo Goulart. Rio de Janeiro: FGV, 2006, p FERREIRA, op.cit., p MUNTEAL, Oswaldo. As Reformas de Base na Era Jango, Pós-Doutorado em administração publica, fundação Getulio Vargas Rio de Janeiro,

10 medidas econômicas e iniciativas políticas que poderiam freqüentar qualquer discurso liberal de orientação Keynesianista. No entanto podese observar uma diferença substancial na proposta trabalhista da época. O suicídio de Vagas, a renúncia de Jânio Quadros, e as disputas internas entre PSD e PTB desgastaram sobremaneira o ex-presidente que operava com uma persona administrativa/ racional, e uma sombra fundada num discurso radicalizado e projetado nos supostos anseios das massas, como se elas soubessem o seu caminho com clareza. Esta tensão fragilizou em larga escala a efetividade das reformas. [...] 290 O grande comício de ontem na Praça da República o maior da história do Brasil reuniu uma multidão calculada entre 150 e 200 mil pessoas. Jango afirmou que Democracia é precisamente isto: o povo livre para manifestar-se na praça pública apesar da campanha de terror ideológico e de sabotagem organizada pela reação. 291 Foi um fim de semana de postulações históricas, amparadas pela realidade do Decreto da SUPRA e da encampação da refinarias particulares [...]. 292 Goulart propôs o plebiscito das Reformas de Base, mediante o voto de todos os brasileiros de mais de 18 anos, o que significa com voto dos analfabetos praças de e todos os impedidos pela atual legislação eleitoral 293. Ou seja, com essa afirmação, ele abria espaço para acusações, que o denominavam de ditador e golpista. No seu discurso Goulart enfatiza o seu governo como a representação da verdadeira democracia, que respeita o direito da população de se manifestar e do dever do governo em promover 290 MUNTEAL, op. cit., p Ultima Hora, 14 março 1964, p Ultima Hora, 16 março. 1964, p Ultima Hora, loc.cit. 484

11 mudanças que propiciem a melhoria das condições de vida da população. Que para Jango se concretizaria na realização de reformas estruturais como a Reforma Agrária, que segundo ele É produto de inadiável que o Brasil constitui as esperanças do povo brasileiro [...] é indispensável para melhorar o nível de vida, possibilitar a melhor remuneração do povo urbano 294. A encampação das refinarias e a desapropriação de terras foram as únicas medidas com um cunho concreto. Após comício, os conservadores, se mobilizam e preparam uma resposta digna ao Presidente, cujo nome é Marcha da Família com Deus e pela Liberdade, ocorrida no dia 19 de março, entre o intervalo de seis dias, ocorreram inúmeros protestos grevistas e acuações sobre as tendências subversivas, ou sobre a existência de forças reacionária que derrubariam o governo. Nos periódicos analisados, percebe-se o incêndio, tanto pela iminência de efetivas reformas, quanto pelos que temiam perder seus capitais e privilégios. A passeata representa uma manifestações de grande proporções, ela acontece em São Paulo liderada pelo integralista Plínio Salgado, foi iniciada na praça da República [...] até alcançar a praça da Sé O jornal Ultima Hora, apazigua as denúncias golpistas e comunistas sobre o Governo, ao enfatizar, constantemente, a luta pelas reformas dentro da legalidade e do medo dos reacionários contra as forças populares. O Jornal do Brasil retrata a Marcha, com uma imagem imensa na capa, ao contrário do UH que destaca uma foto do o integralista Plínio Salgado (que lembra a imagem de Hitler). Uma multidão calculada em 500 mil participou ontem, em São Paulo, da Marcha da Família com Deus pela Liberdade em defesa da constituição e das instituições democráticas 294 Ultima Hora, loc.cit. 295 Ultima Hora, 20 março. 1964, p

12 brasileira e do repúdio ao comunismo constituindo-se no maior manifestação popular já realizada na capital paulista. 296 Depois da Marcha o assunto que circula no JB, é a intenção de Jango de se reeleger com o apoio sindical e popular em 1965 e na UH multiplicam-se comentários sobre o curso do golpe conservador, com a intenção de impedir as reformas de base e emudecer as camadas populares. O governador Magalhães Pinto expressou claramente esse clima golpista pois sem desconhecermos a existência de transformações revolucionárias em curso, resultantes das transformações de consciência do nosso povo afirmamos que a revolução comandada de cima não é outra coisa senão o golpe de Estado. 297 Leonel Brizola também observa com clareza o que aconteceria ao país admitiu que conforme o rumo dos acontecimentos, o Presidente João Goulart poderá não chegar ao término de seu mandato 298 Em um cenário, de conspirações golpistas, lutas ideológicas e medo, surge um fato que radicalizaria a situação de conflito do país. A revolta dos marinheiros, ou a Crise da Marinha. Segundo o jornal Ultima Hora marujos, cabos e sargentos da Marinha, reunidos para comemorar o 2º aniversário da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais recusaram-se a obedecer a ordem de prisão contra alguns de seus lideres, determinada pelo ministro Sílvio Mota. 299 Eles exigiam 1) não punição dos revoltosos; 2) reconhecimento da Associação; 3) libertação de todos os presos inclusive o da Ilha das Cobras; 4) humanização na 296 Jornal do Brasil, 20 março. 1964, p Jornal do Brasil, 21 março. 1964, p Jornal do Brasil, loc. cit. 299 Ultima Hora, 27 março. 1964, p

13 Marinha; 4) melhoria da alimentação a bordo dos navios e dos quartéis. 300 O líder udenista Olavo Bilac declarou com respeito à revolta que para a implantação de uma ditadura comunista em nosso País objetivo final da Guerra revolucionária é necessário debilitar o princípio da hierarquia, suscitar a indisciplina e desmoralizar as forças Armadas 301 Quando o Presidente da República se omite e se exclui do cenário da crise, quando o Ministro Sílvio Mota se sente sem condições para manter a disciplina nas corporações sob o seu comando, quando a dissensão já confunde e paralisa a oficialidade da Marinha [...] é imperioso que dirijamos nossa expectativa para [...] o Exército, principalmente, até aqui imune à vaga subversiva. 302 Decisão de Jango resolve a crise dizia a manchete do UH do dia 28 de março de 1964 ressaltando a a firmeza, á energia, à autoridade 303 de Jango que colocou fim a revolta. Em contraposição o JB aborda a cumplicidade do presidente com a rebelião. Com a nomeação do novo Ministro Paulo Mário Rodrigues [...] a libertação de todos os marinheiros e fuzileiros amotinados e a confirmação a permanência do Almirante Cândido da Costa Aragão no Comando do Corpo de fuzileiros Navais que fora o líder da rebelião. 304 Com a sublevação da marinha e a omissão do presidente em exercer uma punição exemplar, intensificaram-se as acusações sobre o perigo de um governo que apoiava a subversão, além de menosprezava a disciplina e a hierarquia militar. Portanto o quadro de crise que se inicia 300 Jornal do Brasil, 27 março. 1964, p Jornal do Brasil, 27 março. 1964, p Jornal do Brasil, 27 março. 1964, p Ultima Hora, 28 março. 1964, p Jornal do Brasil, 28 março. 1964, p

14 em 1961, com a renúncia de Jânio Quadros e a tentativa de impedir a posse do vice-presidente Goulart, tem seu último ato sob o regime democrático com o pronunciamento de Goulart no Automóvel do Clube que afirmou que não admitira que a desordem seja promovida em nome da ordem 305 Goulart ainda acreditava que a força não resolveria, as Fôrças Armadas estavam coesas na manutenção da ordem e o povo esta vigilante e consciente de seu papel. 306 No editorial do dia 1 de abril, intitulado Fora da Lei diz Desde ontem que se instalou no País a verdadeira Legalidade: aquela que através de armas do movimento mineira e paulista, procura imediatamente restabelecer a legalidade [..] 307 No mesmo dia o UH continua a publicar visões otimistas do presidente o golpe do Estado sempre repudiado pelos sentimentos democráticos do povo brasileiro e pelo espírito legalista das Fôrças Armadas está condenado 308 No dia 31 quando as tropas de Minas Gerais se Sublevaram sob o comando de General O comandante da IV Região Militar, General Olympio Mourão Filho, declarou rebelião contra o Gôverno Federal juntamente com o Comandante da Infantaria Divisionária da 4ª Região Militar General Carlos Luís Guedes. 309 De acordo com a abordagem de Abreu (2006) o que uniu imprensa, militares, igreja, classe média, empresários rurais e urbanos e diferentes setores da sociedade para depor Jango foi o comunismo. Ela 305 Ultima Hora, 31 março. 1964, p Jornal do Brasil, 1 abril. 1964, p Jornal do Brasil, 1 abril. 1964, p Ultima Hora, 1 abril. 1964, p Ultima Hora, loc. cit. 488

15 enfatiza que a imprensa apoiou o golpe com o intuito de restituir a ordem e colocar fim ao perigo vermelho. 310 Fatores que realmente poderiam acabar com a propalada, nos periódico, a democracia. 310 FERREIRA, Marieta de Moraes. João Goulart entre a memória e a história. In ABREU, Alzira Abreu de. 1964: a imprensa ajudou a derrubar o governo Goulart. Rio de Janeiro: 489

16 REFERÊNCIAS BANDEIRA Luiz Alberto Moniz. O governo João Goulart: As lutas sociais no Brasil ( ). 7. ed. Rio de Janeiro: Revan, BARBOSA, Marialva. História cultural da imprensa, Brasil Rio de Janeiro: Mauad. 2007, p FERREIRA, Marieta de Moraes. João Goulart entre a memória e a história. Rio de Janeiro: FGV, Jornal do Brasil, Capas, noticiários, editoriais e artigos do mês de março do ano: 1964 Jornal Ultima Hora, Capas, noticiários, editoriais e artigos do mês de março do ano: 1964 GOMES & FERREIRA. Jango: as múltiplas faces. Rio de Janeiro: FGV, MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Jango e o Golpe de 1964 na Caricatura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, MUNTEAL, Oswaldo; VENTAPANE, Jaqueline; FREIXO, Adriano de. O Brasil de João Goulart: um projeto de Nação. Rio de Janeiro: PUC, Contraponto, MUNTEAL, Oswaldo. As Reformas de Base na Era Jango, Pós-Doutorado em administração publica, fundação Getulio Vargas Rio de Janeiro, 2008, p TOLEDO, Caio Navarro Junior. O Governo Goulart e o Golpe Ed. São Paulo: Brasiliense,

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