RESUMO. Descritores: Nefropatia induzida por contraste. Filtração glomerular. Função tubular. N-acetilcisteína. Insuficiência renal aguda.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "RESUMO. Descritores: Nefropatia induzida por contraste. Filtração glomerular. Função tubular. N-acetilcisteína. Insuficiência renal aguda."

Transcrição

1 Artigo Original Efeito Protetor da N-Acetilcisteína em Pacientes Com Função Renal Normal Expostos a Contraste Radiológico Hiperosmolar Protective Effect of N-Acetylcysteine in Patients With Normal Renal Function Exposed to Radiographic Contrast. Aline Saraiva de Paula 1, Paula Duarte do Nascimento 1, Daniele Carvalho Calvano 1, Andréa Duarte Damasceno Vieira 1, Flávio José Dutra de Moura 2, Edgar de Araújo Franco Neto 3, Tânia Torres Rosa 2, Joel Paulo Russomano Veiga 2 1Bolsista do PIBIC-CNPq/UNB, aluna de graduação em Medicina, Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília UNB; 2 Serviço de nefrologia do Hospital Universitária de Brasília, Universidade de Brasília, DF; 3 Serviço de Radiologia do Hospital Universidade de Brasília, DF; Trabalho realizado com auxílio do CNPq e apresentado como Resumo na Reunião do PIBIC-CNPq/UNB em agosto de RESUMO Introdução: A N-acetilcisteína (NAC) parece prevenir a nefrotoxicidade induzida por contraste radiológico em pacientes com insuficiência renal crônica. O presente estudo tem como objetivo avaliar o efeito nefroprotetor da NAC em pacientes com função renal estável e creatinina sérica menor que 1,5 mg/dl, submetidos a contraste radiológico hiperosmolar. Métodos: Estudo prospectivo, duplo-cego, placebo-controlado, comparando 10 pacientes em uso de contraste iônico e placebo (grupo I) e 8 pacientes em uso de contraste iônico e NAC (grupo II). Os grupos foram submetidos a um regime de hidratação por via oral. A NAC foi administrada na dose de 600 mg via oral de 12 em 12 horas, no dia prévio e no dia de realização do exame, num total de 4 cápsulas (2,4 g). A função renal foi avaliada 48 horas antes e 48 horas após o contraste. Foram calculadas a Depuração de Creatinina Endógena (DCE), a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) pelas fórmulas MDRD e Cockcroft-Gault, a Excreção Fracionada de Sódio (EF NA ) e a relação Osmolaridade Urinária sobre Osmolaridade Plasmática (U osm /P osm ). Resultados: No grupo I, após o uso do contraste, as medianas dos valores da DCE, da TFG estimada pelas fórmulas MDRD e Cockcroft-Gault, da razão U osm /P osm foram significativamente menores e a mediana da EF NA maior do que os valores prévios ao uso do contraste. No grupo II não houve diferença significativa nos parâmetros observados antes e após o exame contrastado. Conclusões: A NAC conferiu efeito protetor sobre a função glomerular e tubular renal de pacientes com creatinina plasmática menor que 1,5 mg/ dl submetidos a administração de contraste iônico. (J Bras Nefrol 2006;28(1):15-19) Descritores: Nefropatia induzida por contraste. Filtração glomerular. Função tubular. N-acetilcisteína. Insuficiência renal aguda. ABSTRACT Introduction: Prophylactic administration of N-Acetylcysteine (NAC) has been used for prevention of contrast-induced nephropathy in patients with chronic renal insufficiency. Objective: This study evaluates the protective effect of N-Acetylcysteine in patients with stable renal function and serum creatinine lower than 1.5 mg/dl exposed to ionic radiograph contrast medium. Methods: In a prospective, randomized, double-blind, placebo-controlled trial, 18 patients exposed to radiocontrast medium and oral hydration were randomized to 2 comparable groups in terms of age, sex distribution and serum creatinine. The subjects randomly received on the preceding and on the day of the exam either placebo (group I, n= 10) or N-Acetylcysteine 2.4 g (group II, n= 8). The renal function was evaluated 48 hours before and 48 hours after contrast use. The creatinine clearance, the estimated glomerular filtration rate (MDRD and Cockcroft-Gault formulas), the fractional sodium excretion (FE NA ) and the urine to plasma osmolarity ratio (U osm /P osm ) were calculated. Recebido em 15/05/05 / Aprovado em 24/01/06 Endereço para correspondência: Flávio José Dutra de Moura Serviço de Nefrologia e Hemodiálise Hospital Universitário de Brasília Universidade de Brasília SGAN 604/605 L2 Norte Brasília, DF Tel.: (61) flmoura2003@yahoo.com.br

2 16 Ação Renoprotetora da N-acetilcisteína na Nefropatia do Contraste Results: In group I, the medians of creatinine clearance, estimated glomerular filtration rate and U osm /P osm after exposure, were significantly lower than before, while the median FE NA was higher. Conversely, in group II all values remained stable. Conclusion: In patients with stable renal function and serum creatinine lower than 1.5 mg/dl exposed to ionic radiocontrast media, N-Acetylcysteine preserved glomerular and tubular renal functions. (J Bras Nefrol 2006;28(1):15-19) Keywords: Contrast-induced nephropathy. Glomerular filtration. Tubular function. N-acetilcysteine. Acute renal failure. INTRODUÇÃO A utilização de contrastes radiológicos (CR) em exames de imagem constitui uma causa conhecida de disfunção renal que aumenta a morbidade, a mortalidade e o tempo de internação 1,2. A incidência de nefrotoxicidade induzida por contraste varia entre 2% em pacientes com função renal normal a 38% em pacientes com insuficiência renal moderada 3. Entre os fatores de risco para a ocorrência da nefrotoxicidade do contraste, estão a insuficiência renal preexistente, particularmente aquela causada por nefropatia diabética, a hipovolemia, a administração concomitante de drogas que interferem na regulação da perfusão renal e o volume e o tipo de contraste infundido 4,5. A patogênese da nefrotoxicidade induzida pelos CR ainda não é completamente conhecida, mas parece resultar de uma combinação sinérgica de hipóxia medular renal e de toxicidade tubular direta 6. O principal mecanismo apontado como responsável pela hipóxia medular renal é um desequilíbrio entre a demanda e o suprimento de oxigênio. A baixa tensão de oxigênio, normalmente existente na medula renal, reflexo de precária oxigenação e de alta atividade metabólica e requerimento de oxigênio em tal região, é agravada pelos CR 7, sendo que estes últimos parecem promover um desequilíbrio entre os fatores vasodilatadores e vasoconstrictores, resultando em diminuição do fluxo sangüíneo renal 6,8. A ação citotóxica direta dos CR é responsável por alterações histológicas nas células tubulares lesadas e o aparecimento de enzimas na urina após a utilização do contraste 6, existindo evidências de que a produção de espécies de oxigênio reativo tenha relação com os mecanismos da lesão renal Também foi observado em ratos, que os CR aumentam a peroxidação lipídica e a produção da enzima superóxido dismutase, as quais potencialmente acarretam lesões diretas às células renais 10,12. Estudos utilizando a droga antioxidante N-acetilcisteína (NAC) associada à hidratação salina foram sugestivos de uma ação da droga prevenindo a redução da função renal, após exposição aos CR, comparativamente à hidratação salina usada isoladamente, em pacientes com insuficiência renal crônica preexistente Existem evidências de que a NAC possa varrer os radicais livres circulantes reduzindo o dano direto dos CR e, também, exercer o efeito protetor por meio da inibição da enzima conversora da angiotensina, conforme revisado recentemente 18. Ao estudar os efeitos do contraste radiológico e o possível efeito protetor da NAC, a maioria dos trabalhos utilizou como parâmetro de função renal a concentração da creatinina sérica, que não se constitui em um marcador preciso da função glomerular. Também, esses trabalhos não analisaram os efeitos dos CR sobre a função tubular renal. Além disso, não está definido se os efeitos protetores da NAC podem se apresentar em pacientes com função renal preservada, fato esse que, se presente, justificaria o seu uso rotineiro como profilático da disfunção renal induzida pelo contraste. Tendo-se em vista as considerações precedentes, o presente trabalho analisou o efeito da NAC sobre a função glomerular e tubular renal de pacientes com creatinina plasmática prévia menor que 1,5 mg/dl, submetidos à tomografia computadorizada com contraste iônico. PACIENTES E MÉTODOS Estudo prospectivo, duplo-cego, placebo controlado, comparando 10 pacientes que fizeram uso de contraste iônico e placebo (grupo I) e 10 pacientes que utilizaram contraste iônico e NAC (grupo II). Foram incluídos, no trabalho, pacientes com creatinina sérica menor que 1,5 mg/dl internados nas enfermarias de Clínica Médica do Hospital Universitário de Brasília e submetidos a exames de tomografias computadorizadas contrastadas eletivas, cuja indicação foi de responsabilidade do médico assistente. A pesquisa foi aceita pelo Comitê de Ética local e cada paciente passava a participar do protocolo após assinatura de termo de consentimento pós-informado. Foram excluídos do trabalho, pacientes (1) com creatinina sérica > 1,5 mg/dl, (2) diabéticos, (3) instáveis clinicamente, sem condições de cooperar com o estudo ou que tinham dificuldades de ingestão de líquidos por via oral, e (4) submetidos a outro exame contrastado quinze dias antes da data prevista para a realização da tomografia computadorizada. Dois pacientes do grupo II não concluíram o estudo, tendo recebido alta hospitalar após a tomografia. A NAC (600 mg) ou placebo foi administrado via oral, de 12 em 12 horas, no dia que antecedeu a realização do exame e no dia do exame, num total de quatro cápsulas. De cada paciente foi coletado sangue venoso periférico e urina de 24 horas antes do início da administração dos fármacos (NAC ou placebo) e 48 horas após a realização do exame tomográfico. O contraste radiológico utilizado foi o Telebrix (Meglumina) na dosagem de 1 ml/kg, que é padronizado no serviço devido ao seu menor custo, sendo reservado o uso de contrastes não iônicos para pacientes com maior risco de toxicidade ao contraste, como os portadores de disfunção renal prévia significativa.

3 J Bras Nefrol Volume XXVIII - nº 1 - Março de Tendo-se em vista que a função renal prévia dos pacientes incluídos no estudo estava relativamente preservada, não apresentando creatinina basal acima de 1,5 m/dl, optou-se pela não utilização de hidratação com salina endovenosa previamente ao exame. O estado de hidratação foi garantido pela ingestão de 20 ml/kg/dia de líquido via oral, sendo controlado o peso corporal. Nas amostras de urina e sangue (soro) foram determinados os valores de creatinina [Jaffé modificado, automatizado (MEGA 2345, Bayer AGS, Berlim, Alemanha)], sódio [eletrodo sensível (Electrolyte Analyser mod 9180, AVL, Boston, EUA)] e osmolaridade [abaixamento do ponto de congelação (Osmômetro Fiske, Boston, EUA)]. Foram calculados os valores da DCE, da EF Na e da razão U osm /P osm utilizando-se fórmulas de uso corrente na literatura. Com finalidades comparativas, foi também estimada a taxa de filtração glomerular empregando-se as fórmulas matemáticas do MDRD 19 e a de Cockcroft-Gault 20. Devido ao número pequeno de indivíduos incluídos no estudo, optou-se por uma análise não paramétrica, sendo os dados apresentados como mediana (valores extremos). Na análise estatística foram empregados teste de Wilcoxon, para comparar os valores observados antes e após o uso do contraste e o teste de Mann-Whitney na análise dos dados basais dos grupos estudados. A significância estatística foi estabelecida em 5% (p< 0,05). RESULTADOS Na tabela 1 são apresentadas as comparações entre as medianas dos parâmetros observados basais (antes do contraste) dos dois grupos de pacientes estudados, observando-se que não houve diferença significativa entre os mesmos. Os parâmetros funcionais renais, antes e depois do exame contrastado, para os dois grupos de indivíduos estudados encontram-se na tabela 2. Tabela 1. Comparação entre as medianas dos grupos antes do contraste. grupo I grupo II p* Idade (anos) 47,0 52,0 NS Gênero (M/F) 5/5 4/4 NS Peso (kg) 70,0 68,5 NS Dose do contraste (ml) 70,0 68,5 NS Pcr (mg/dl) 1,2 1,1 NS DCE (ml/min/1,73 m 2 sc) 76,0 86,0 NS MDRD (ml/min/1,73 m 2 sc) 75,8 76,2 NS Cockcroft-Gault (ml/min) 72,0 71,3 NS EF Na (%) 0,9 0,9 NS U osm /P osm 1,7 1,7 NS Pcr: creatinina plasmática; DCE: depuração de creatinina endógena; MDRD: taxa de filtração glomerular estimada pela fórmula MDRD; Cockcroft-Gault: taxa de filtração glomerular estimada pela fórmula Cockcroft-Gault; EF Na : excreção fracionada de sódio; Uosm/Posm: osmolaridade urinária/osmolaridade plasmática. p*: Teste de Mann-Whitney; NS: não significativo (p > 0,05). No grupo I, observou-se que após a utilização do CR houve aumento significativo da creatinina sérica, redução no valor medido da DCE e no valor estimado da TFG pela fórmula de Cockroft-Gault e MDRD. Comparativamente, no grupo II, após o contraste, não ocorreram alterações significativas na creatinina sérica, na DCE, na Cockroft-Gault e na MDRD. Não houve diferença das medianas de cada parâmetro entre os grupos antes e depois do contraste. Em relação à função tubular, no grupo I observou-se uma diminuição significativa da razão U osm /P osm e um aumento da EF Na após o CR. No grupo que utilizou a NAC não se observaram alterações significativas nesses índices. Nenhum participante do estudo nos dois grupos referiu efeitos colaterais do placebo ou da NAC. DISCUSSÃO Em seu estudo pioneiro com a utilização de NAC, Tepel e cols. 13 demonstraram que a droga associada à hidratação é capaz de prevenir a redução da função renal induzida por contraste não-iônico em pacientes com insuficiência renal crônica. Em trabalho mais recente do mesmo autor, o uso do mesmo medicamento associado à hidratação é citado como o método de escolha para a prevenção de nefrotoxicidade induzida pelo CR 16, dados esses confirmados em pacientes submetidos a angiografia coronariana 17,21. Outros estudos não demonstraram benefício adicional da NAC sobre o uso da hidratação salina em pacientes com insuficiência renal crônica submetidos a exames com contraste não-iônico, independentemente da dose utilizada de contraste Estudos empregando a técnica da metanálise até o momento não foram uniformemente conclusivos a respeito dos benefícios da NAC na prevenção da nefropatia do contraste. Desse modo, Birck e cols 26. concluíram que, comparado com a hidratação, o uso de NAC combinado à hidratação reduziu em 56% o risco de nefropatia por contraste em pacientes com insuficiência renal crônica. Esse estudo mostrou, também, que o risco relativo de nefrotoxicidade não foi relacionado ao volume de contraste administrado ou ao grau de insuficiência renal antes do procedimento. De modo semelhante, Isenbarger e cols 27. verificaram que o uso da NAC em caráter profilático é eficaz na prevenção da nefrotoxicidade. Entretanto, outros estudos publicados em 2004 concluem que, até aquela data, os dados disponíveis sobre a NAC e a nefropatia induzida pelo contraste são inconsistentes, não permitindo afirmar de forma conclusiva sobre a sua eficácia ou recomendar seu uso na rotina 28,29.

4 18 Ação Renoprotetora da N-acetilcisteína na Nefropatia do Contraste Tabela 2. Mediana e valores extremos dos parâmetros funcionais renais antes e depois do uso de contraste radiológico. grupo I (n= 10) grupo II (n= 8) antes depois p* antes depois p* Pcr (mg/dl) 1,20 (0,9 1,4) 1,30 (1,1 1,6) < 0,05 1,10 (0,9 1,3) 1,10 (1,0 1,2) NS DCE (ml/min/1,73 m 2 sc) 76,00 (58 92) 67,50 (48 92) < 0,05 86,00 (70 96) 85,50 (67 92) NS MDRD (ml/min/1,73 m 2 sc) 75,82 (44,5 94,0) 66,04 (42 77,8) < 0,05 76,27 (45,6 80) 72,35 (50 88) NS Cockcroft Gault (ml/min) 72,00 (46,0 110,0) 61,24 (41 100) < 0,05 72,60 (48,7 90) 75,53 (53 99) NS EF Na (%) 0,91 (0,8 1,1) 0,97 (0,88 1,2) < 0,05 0,94 (0,82 1,0) 0,91 (0,86 0,99) NS U osm /P osm 1,78 (1,47 2,19) 1,62 (1,3 1,87) < 0,05 1,76 (1,53 2,15) 1,70 (1,52 2,17) NS Pcr: creatinina plasmática; DCE: depuração de creatinina endógena; MDRD: taxa de filtração glomerular estimada pela fórmula MDRD; Cockcroft-Gault: taxa de filtração glomerular estimada pela fórmula Cockcroft-Gault; EF Na : excreção fracionada de sódio; U osm /P osm : osmolaridade urinária/osmolaridade plasmática; p*: Wilcoxon signed rank test; NS: não significativo (p > 0,05). Por outro lado, o valor da NAC na prevenção da nefropatia do contraste foi recentemente questionado 30. Esses autores demonstraram que, em 50 indivíduos voluntários sadios, a NAC pode reduzir diretamente a creatinina sérica, sem afetar de modo significativo a concentração sérica de outros marcadores da função renal, como a cistatina C. Caso esses resultados sejam confirmados por uma ação direta da NAC na secreção tubular da creatinina, os resultados baseados na variação exclusiva da concentração sérica da creatinina devem ser aceitos com cautela. No presente estudo, utilizou-se volume de contraste iônico padronizado e potencialmente nefrotóxico. Entretanto, nenhum caso de insuficiência renal aguda (IRA) foi observado. Tal resultado pode dever-se à casuística reduzida e à menor incidência de IRA em pacientes com função renal preservada, quando expostos ao CR. Apesar de não serem observados aumentos acima de 0,5 mg/dl na creatinina sérica, o estudo mais detalhado da função glomerular por meio da medida da DCE ou do valor estimado da TFG, com o emprego de fórmulas matemáticas conhecidas e referendadas na literatura, demonstrou que nos pacientes que utilizaram o CR ocorreu queda discreta, mas significativa da função glomerular. Esse fato não foi observado no grupo que utilizou o CR e a NAC, sugerindo que a droga foi capaz de impedir diminuições discretas, porém significativas na DCE e na TFG. Em relação ao estudo dos índices de função tubular, deve-se levar em consideração que os mesmos são úteis em condições de baixa perfusão renal e oligúria, condições em que podem ajudar no diagnóstico diferencial de insuficiência renal funcional e de necrose tubular aguda 31. Nas condições observadas no presente estudo, a hidratação oral foi empregada com o objetivo de auxiliar na proteção renal ao radiocontraste, e, portanto, todos os indivíduos encontravam-se em bom estado de hidratação, e a razão U osm /P osm perde a sua eficácia como avaliadora da capacidade de concentrar a urina. Apesar desse fator interferente, a razão U osm /P osm nos pacientes do grupo I foi significativamente menor em relação à situação basal, fato esse não observado no grupo II. Uma das primeiras funções que se altera no rim exposto a drogas nefrotóxicas é a capacidade de concentrar a urina, sendo que a razão U osm /P osm é um índice funcional utilizado no diagnóstico da insuficiência renal aguda 32. Observamos que no grupo I houve aumento significativo da EF Na após exposição ao CR. O mesmo não foi observado nos pacientes que utilizaram a NAC (grupo II). A EF Na é um índice utilizado para avaliar a função tubular, sendo que valores acima de 1% podem refletir uma incapacidade de reabsorção do sódio pelo túbulo renal em decorrência de um processo de isquemia ou de lesão tóxica ao túbulo. Juntos, os dados dos índices EF Na e da razão U osm /P osm sugerem que a NAC administrada conjuntamente com hidratação oral foi eficaz como protetora da função tubular renal. Os resultados obtidos, apesar do número pequeno de indivíduos estudados, sugerem que a NAC tem um efeito nefroprotetor mesmo em indivíduos com função renal normal ou levemente reduzida, quando submetidos aos CR. Os dados mostram também que, nas condições presentes no estudo, a NAC preservou a função glomerular e tubular renal. Outros estudos devem ser realizados com maior número de indivíduos e utilizando outros marcadores de função renal, além da creatinina sérica, para estabelecer a validade de se utilizar a NAC como medida preventiva da nefropatia induzida pelo contraste. AGRADECIMENTOS Ao técnico Fernando Vicente de Pádua pela ajuda nas análises laboratoriais. Ao CNPq pelo auxílio concedido.

5 J Bras Nefrol Volume XXVIII - nº 1 - Março de REFERÊNCIAS 1. Levy EM, Viscoli CM, Horwitz RI. Unexpectedly high mortality in contrast nephropathy. J Am Soc Nephrol 1993;4: Perneger TV, Whelton PK, Klag MJ. Exposure to radiocontrast media and risk of end-stage renal disease. J Am Soc Nephrol 1993;4: Cronin RE, Henrich WL. Toxic Nephropathy. In: Brenner BM, editor. The Kidney. 5 th ed. Philadelphia:WB Saunders; p Rich MW, Crecelius CA. Incidence, risk factors, and clinical course of acute renal insufficiency after cardiac catheterization in patients 70 years of age or older: a prospective study. Arch Intern Med 1990;150: Rudnick MR, Goldfarb S, Wexler L, Ludbrook PA, Murphy MJ, Halpern EF, et al. Nephrotoxicity of ionic and nonionic contrast media en 1196 patients. A randomized trial. Kidney Int 1995;47: Murphy SW, Barrett BJ, Parfrey PS. Contrast nephropathy. J Am S Nephrol 2000;11: Heyman SN, Reichman J, Brezis M. Pathophysiology of radiocontrast nephropathy: a role for medullary hypoxia. Invest Radiol 1999;34: Salina Heyman SN, Brezis M, Epstein FH, Spokes K, Silva P, Rosen S. Early renal medullary hypoxic injury from radiocontrast and indomethacin. Kidney Int 1991;40: Baliga R, Ueda N, Walker PD, Shah SV. Oxidant mechanisms in toxic acute renal failure. Am J Kidney Dis 1997;29: Bakris GL, Lass N, Gaber AO, Jones JD, Burnett JC Jr. Radiocontrast medium-induced declines in renal function: a role for oxygen free radicals. Am J Physiol 1990;258: Yoshioka T, Fogo A, Beckman JK. Reduced activity of antioxidant enzymes underlies contrast media-induced renal injury in volume depletion. Kidney Int 1992;41: Parvez Z, Rahman MA, Moncada R. Contrast media-induced lipid peroxidation in the rat kidney. Invest Radiol 1989;24: Tepel M, Giet M, Schwarzfeld C, Laufer U, Liermann D, Zidek W. Prevention of radiographic-contrast agent-induced reductions in renal function by acetylcysteine. N Eng J Med 2000;343: Tepel M, Zidek W. Acetylcysteine for radiocontrast nephropathy. Curr Opin Crit Care 2001;7: Brophy DF. Role of N-acetylcysteine in the prevention of radiocontrast-induced nephropathy. Ann Pharmacother 2002;36: Tepel M, Zidek W. Acetylcysteine and contrast media nephropathy. Curr Opin Nephrol Hypertens 2002;11: Kay J, Chow WH, Chan TM, Lo SK, Kwok OH, Yip A, et al. Acetylcysteine for prevention of acute deterioration of renal function following elective coronary angiography and intervention: a randomized controlled trial. JAMA 2003;289: Inda Filho AJA. Nefropatia induzida por contraste: podemos prevenir? J Bras Nefrol 2004;26(2): Levey AS, Bosch JP, Lewis JB, Greene T, Rogers N, Roth D. A more accurate method to estimate glomerular filtration rate from serum creatinine: a new prediction equation. Modification of Diet in Renal Disease Study Group. Ann Inter Med 1999;130: Cockcroft DW, Gault H. Prediction of creatinine clearance from serum creatinine. Nephron 1976;16: Tadros GM. Prevention of radiocontrast-induced nephropathy with N-acetylcysteine in patients undergoing coronary angiography. J Invasive Cardiol 2003;15: Allagaband S, Tumuluri R, Malik AM, Gypta A, Valkert P, Shalev Y, et al. Prospective randomized study of N-acetylcysteine, fenoldopam, and saline for prevention of radio-contrast-induced nephropathy. Catheter Cardiovasc Interv 2002;57: Lepor NE. A review of contemporary prevention strategies for radiocontrast nephropathy: a focus on fenoldopam and N- acetylcysteine. Ver Cardiovasc Med 2003;4(suppl. 11): Boccalandro F. Oral acetylcysteine does not protect renal function from moderate to high doses of intravenous radiographic contrast. Catheter Cardiovasc Interv 2003;58: Kefer JM, Hanet CE, Boitte S, Wilmotte L, De Kock M. Acetylcysteine, coronary procedure and prevention of contrastinduced worsening of renal function: which benefit for which patient? Acta Cardiol 2003;58: Birck R, Krzossok S, Markowetz F, Schnulle P, van der Woude FJ, Braun C. Acetylcysteine for prevention of contrast nephropathy: meta-analysis. Lancet 2003;362: Isenbarger DW, Kent SM, O Malley PG. Meta-analysis of randomized clinical trials on the usefulness of acetylcysteine for prevention of contrast nephropathy. Am J Cardiol 2003;92: Kshirsagar AV, Poole C, Motti A, Shoham D, Franceschini N, Tudor G, et al. N-Acetylcysteine for the prevention of radiocontrast induced nephropathy: A meta-analysis of prospective controlled trials. J Am Soc Nephrol 2004;15: Pannu N, Manns B, Lee H, Tonellli M. Systematic review of the impact of N-acetylcisteine on contrast nephropaty. Kidney Int 2004;65: Hoffmann U, Fischereder M, Krüger B, Drobinik W, Krämer BK. The value of N-Acetylcysteine in the prevention of radiocontrast agute-induced nephropathy seems questionable. J Am Soc Nephrol 2004;15: Miller TR, Anderson RJ, Linas SL, Henrich WL, Berns AS, Gabow PA, et al. Urinary diagnostic indices in acute renal failure: A prospective study. Ann Intern Med 1978;89: Kluwe WM. Renal function tests as indicators of kidney injury in subacute toxicity studies. Toxicol Appl Pharmacol 1981;57:

DIVERSIDADE DOS MEIOS DE CONTRASTE : COMO SELECIONAR ENTRE OS DIFERENTES TIPOS E OS CUIDADOS PARA A NEFROPOTEÇÃO

DIVERSIDADE DOS MEIOS DE CONTRASTE : COMO SELECIONAR ENTRE OS DIFERENTES TIPOS E OS CUIDADOS PARA A NEFROPOTEÇÃO DIVERSIDADE DOS MEIOS DE CONTRASTE : COMO SELECIONAR ENTRE OS DIFERENTES TIPOS E OS CUIDADOS PARA A NEFROPOTEÇÃO MARINELLA PATRIZIA CENTEMERO SERVIÇO DE CARDIOLOGIA INVASIVA INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE

Leia mais

Mariane de Moura Oliveira Discente do Curso de Medicina da Universidade Severino Sombra, USS, Vassouras/RJ

Mariane de Moura Oliveira Discente do Curso de Medicina da Universidade Severino Sombra, USS, Vassouras/RJ Avaliação da Prevalência de Nefropatia pelo Uso de Contraste Iodado em Pacientes Diabéticos no Serviço de Hemodinâmica do Hospital Universitário Sul Fluminense (Husf), de Vassouras-Rj Mariane de Moura

Leia mais

CREATININA CREATININIUM

CREATININA CREATININIUM CREATININA CREATININIUM CBHPM 4.03.01.63-0 AMB 28.01.054-0 Sinonímia: Creatininium. Glicolmetilguanidina. Creatinina endógena. 2-imino-1-metilimidazolidin-4-ona. 1-metilhidantoin-2-imida. Fisiologia: Fórmula

Leia mais

Capacitação sobre as LG de HAS, DM e DRC. Capacitação sobre as Linhas Guia de HAS e DM -DRC-

Capacitação sobre as LG de HAS, DM e DRC. Capacitação sobre as Linhas Guia de HAS e DM -DRC- Capacitação sobre as LG de HAS, DM e DRC Capacitação sobre as Linhas Guia de HAS e DM -DRC- Modelo conceitual para DRC Antecedentes potenciais da DRC Estágios da DRC Consequências da DRC Complicações Normal

Leia mais

Prof. Dr. José O Medina Pestana. Hospital do Rim e Hipertensão Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo

Prof. Dr. José O Medina Pestana. Hospital do Rim e Hipertensão Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA APÓS O TRANSPLANTE Prof. Dr. José O Medina Pestana Hospital do Rim e Hipertensão Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo FUNÇÃO RETARDADA DO ENXERTO RENAL

Leia mais

Tradução: Regina Figueiredo REDE CE ww.redece.org

Tradução: Regina Figueiredo REDE CE ww.redece.org 24 julh 2014 EMA/440549/2014 Documento Original: http://www.ema.europa.eu/docs/en_gb/document_library/press_release/2014/07/wc50017 0056.pdf Tradução: Regina Figueiredo REDE CE ww.redece.org LEVONORGESTREL

Leia mais

ARTIGO DE REVISÃO NEFROPATIA INDUZIDA POR CONTRASTE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRAST-INDUCED NEPHROPATHY: PREVENTION STRATEGIES

ARTIGO DE REVISÃO NEFROPATIA INDUZIDA POR CONTRASTE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRAST-INDUCED NEPHROPATHY: PREVENTION STRATEGIES ARTIGO DE REVISÃO NEFROPATIA INDUZIDA POR CONTRASTE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRAST-INDUCED NEPHROPATHY: PREVENTION STRATEGIES Caroline Kaercher Kramer, Cristiane Bauermann Leitão, Luís Henrique Canani,

Leia mais

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE Janaína Esmeraldo Rocha, Faculdade Leão Sampaio, janainaesmeraldo@gmail.com

Leia mais

PROF.: FERNANDA BRITO Disciplina Farmacologia. fernandabrito@vm.uff.br

PROF.: FERNANDA BRITO Disciplina Farmacologia. fernandabrito@vm.uff.br PROF.: FERNANDA BRITO Disciplina Farmacologia fernandabrito@vm.uff.br EXEMPLOS DE ESQUEMAS COMPARTIMENTAIS DO CORPO TGI COMPARTIMENTO CENTRAL CÉREBRO FÍGADO ELIMINAÇÃO METABÓLICA EXCREÇÃO RENAL OUTROS

Leia mais

Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controle da Hipertensão em Adultos dos Estados Unidos, 1999 a 2004.

Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controle da Hipertensão em Adultos dos Estados Unidos, 1999 a 2004. Artigo comentado por: Dr. Carlos Alberto Machado Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controle da Hipertensão em Adultos dos Estados Unidos, 1999 a 2004. Kwok Leung Ong, Bernard M. Y. Cheung, Yu Bun

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

REGULAÇÃO HIDROELETROLÍTICA FUNÇÃO RENAL

REGULAÇÃO HIDROELETROLÍTICA FUNÇÃO RENAL REGULAÇÃO HIDROELETROLÍTICA FUNÇÃO RENAL Bioquímica Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes Referências Bioquímica Clínica M A T Garcia e S Kanaan Bioquímica Mèdica J W Baynes e M H Dominiczack Fundamentos

Leia mais

Regulação dos níveis iônicos do sangue (Na +, K +, Ca 2+, Cl -, HPO 4. , K +, Mg 2+, etc...)

Regulação dos níveis iônicos do sangue (Na +, K +, Ca 2+, Cl -, HPO 4. , K +, Mg 2+, etc...) Regulação dos níveis iônicos do sangue (Na +, K +, Ca 2+, Cl -, HPO 4 2-, K +, Mg 2+, etc...) Regulação do equilíbrio hidrossalino e da pressão arterial; Regulação do ph sanguíneo (H +, HCO 3- ); Síntese

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

O Diagnóstico, seguimento e tratamento de todas estas complicações causam um enorme fardo econômico ao sistema de saúde.

O Diagnóstico, seguimento e tratamento de todas estas complicações causam um enorme fardo econômico ao sistema de saúde. HEMOGLOBINA GLICADA AbA1c A prevalência do diabetes tem atingido, nos últimos anos, níveis de uma verdadeira epidemia mundial. Em 1994, a população mundial de diabéticos era de 110,4 milhões. Para 2010

Leia mais

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE REDES DE ATENÇÃO A SAÚDE DIRETORIA DE REDES ASSISTÊNCIAIS COORDENADORIA DA REDE DE HIPERTENSÃO E DIABETES ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO

Leia mais

Sobre o tromboembolismo venoso (TVE)

Sobre o tromboembolismo venoso (TVE) Novo estudo mostra que a profilaxia estendida com Clexane (enoxaparina sódica injetável) por cinco semanas é mais efetiva que o esquema-padrão de 10 dias para a redução do risco de Tromboembolismo Venoso

Leia mais

Cranberry. Tratamento e prevenção infecção urinária

Cranberry. Tratamento e prevenção infecção urinária Cranberry Tratamento e prevenção infecção urinária Nome científico: Vaccinium macrocarpon Família: Ericaceae Parte utilizada: fruto Ativos: antocianidinas, flavonóides, proantocianidinas, taninos condensados

Leia mais

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014 Fabio Kater Multivitaminas na prevenção do câncer de mama, próstata e pulmão: caso fechado! Revisão da literatura para tipos específicos de câncer

Leia mais

Hepatotoxicidade Induzida por Estatinas

Hepatotoxicidade Induzida por Estatinas Hepatotoxicidade Induzida por Estatinas Aécio Flávio Meirelles de Souza Mestre em Gastroenterologia pelo Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas em Gastroenterologia (IBEPEGE). São Paulo, SP Professor

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 87/2014 VITALUX na Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI) forma atrófica

RESPOSTA RÁPIDA 87/2014 VITALUX na Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI) forma atrófica RESPOSTA RÁPIDA 87/2014 VITALUX na Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI) forma atrófica SOLICITANTE Dra. Denise Canêdo Pinto Juíza de Direito da Segunda Vara Cível da Comarca de Ponte Nova

Leia mais

Conceitos atuais sobre Hiperparatireoidismo Secundário Renal:

Conceitos atuais sobre Hiperparatireoidismo Secundário Renal: Conceitos atuais sobre Hiperparatireoidismo Secundário Renal: Roteiro 1. Fisiologia 2. Fisiopatologia (doença renal crônica) 3. Teorias 4. Diagnóstico precoce 5. Terapia Cálcio Fósforo Cálcio T.G.I. Fósforo

Leia mais

SISTEMA DE REGULAÇÃO E CONTROLE DO ICS

SISTEMA DE REGULAÇÃO E CONTROLE DO ICS SISTEMA DE REGULAÇÃO E CONTROLE DO ICS FASCÍCULO DO BENEFICIÁRIO VERSÃO 2013 Instituto Curitiba de Saúde ICS - Plano Padrão ÍNDICE APRESENTAÇÃO 03 1. CONSULTA/ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA EM PRONTO ATENDIMENTO

Leia mais

AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL DE IDOSOS ATENDIDOS NO CENTRO DE HEMATOLOOGIA E LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS-LTDA

AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL DE IDOSOS ATENDIDOS NO CENTRO DE HEMATOLOOGIA E LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS-LTDA AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL DE IDOSOS ATENDIDOS NO CENTRO DE HEMATOLOOGIA E LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS-LTDA Lucas Linhares de Lócio 1 ; Heronides dos Santos Pereira 2 ; Sarah Pereira Lins 3 ; Sabrina

Leia mais

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS Leia o código e assista a história de seu Fabrício Agenor. Este é o seu Fabrício Agenor. Ele sempre gostou de comidas pesadas e com muito tempero

Leia mais

Epidemiologia DIABETES MELLITUS

Epidemiologia DIABETES MELLITUS Epidemiologia DIABETES MELLITUS 300 milhões / mundo ( 5,9% população adulta) / Brasil : > 10 milhões Aumento progressivo : Longevidade, Síndrome metabólica Mortalidade anual : 3,8 milhões AVC, IAM... Amputação

Leia mais

DESCRIÇÃO DO PRODUTO ASSISTÊNCIA A ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO - PET

DESCRIÇÃO DO PRODUTO ASSISTÊNCIA A ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO - PET DESCRIÇÃO DO PRODUTO ASSISTÊNCIA A ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO - PET DEFINIÇÕES Usuário: é a pessoa física titular de plano de Assistência a Animais de Estimação - Pet, contratado junto à Contratante. Animal

Leia mais

Efeitos da Ampla Modificação no Estilo de Vida como Dieta, Peso, Atividade Física e Controle da Pressão Arterial: Resultado de 18 Meses de Estudo

Efeitos da Ampla Modificação no Estilo de Vida como Dieta, Peso, Atividade Física e Controle da Pressão Arterial: Resultado de 18 Meses de Estudo Efeitos da Ampla Modificação no Estilo de Vida como Dieta, Peso, Atividade Física e Controle da Pressão Arterial: Resultado de 18 Meses de Estudo Randomizado Apresentado por Tatiana Goveia Araujo na reunião

Leia mais

Aliança para um Futuro Livre de Cárie

Aliança para um Futuro Livre de Cárie Creme dental com alto teor de fluoreto Resumo completo Descrição: Os dentifrícios fluoretados foram introduzidos pela primeira vez na década de 1950. [1] O primeiro dentifrício fluoretado continha fluoreto

Leia mais

1. OBJETIVO DO SERVIÇO O Pet Assistência tem por objetivo proporocionar o atendimento a um conjunto de assistência a seus animais domésticos.

1. OBJETIVO DO SERVIÇO O Pet Assistência tem por objetivo proporocionar o atendimento a um conjunto de assistência a seus animais domésticos. 1. OBJETIVO DO SERVIÇO O Pet Assistência tem por objetivo proporocionar o atendimento a um conjunto de assistência a seus animais domésticos. A quantidade de animais de estimação não será limitada, podendo

Leia mais

Trombofilias. Dr Alexandre Apa

Trombofilias. Dr Alexandre Apa Trombofilias Dr Alexandre Apa TENDÊNCIA À TROMBOSE TRÍADE DE VIRCHOW Mudanças na parede do vaso Mudanças no fluxo sanguíneo Mudanças na coagulação do sangue ESTADOS DE HIPERCOAGULABILIDADE

Leia mais

Diretrizes Assistenciais. Protocolo de Avaliação e Seguimento de Doadores Renais após a Doação

Diretrizes Assistenciais. Protocolo de Avaliação e Seguimento de Doadores Renais após a Doação Diretrizes Assistenciais Protocolo de Avaliação e Seguimento de Doadores Renais após a Doação 2011 Protocolo de Avaliação e Seguimento de Doadores Renais após a Doação Definição Todo paciente doador renal

Leia mais

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MORGANA MARTINS

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MORGANA MARTINS UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MORGANA MARTINS O EFEITO DO EXERCICIO FISICO SOBRE AS ENZIMAS ANTIOXIDANTES PLASMÁTICAS EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE SINDROME DE DOWN Tubarão 2007 MORGANA MARTINS O

Leia mais

Função pulmonar na diabetes mellitus

Função pulmonar na diabetes mellitus Função pulmonar na diabetes mellitus José R. Jardim Pneumologia Universidade Federal de São Paulo Elasticidade pulmonar anormal em DM Juvenil - 1976 11 diabéticos (24 anos) de início juvenil Dependentes

Leia mais

INCIDÊNCIA DE CLEARANCE DE CREATININA COM VALORES REDUZIDOS: UMA FERRAMENTA PARA O DIAGNÓSTICO DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

INCIDÊNCIA DE CLEARANCE DE CREATININA COM VALORES REDUZIDOS: UMA FERRAMENTA PARA O DIAGNÓSTICO DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA INCIDÊNCIA DE CLEARANCE DE CREATININA COM VALORES REDUZIDOS: UMA FERRAMENTA PARA O DIAGNÓSTICO DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Felipe Gonçalves de Godoy ¹, Adriano Moraes da Silva ² ¹ Universidade do Vale

Leia mais

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme NOTA TÉCNICA 2014 Solicitante Dr. Renato Martins Prates Juiz Federal da 8ª Vara Data: 19/02/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

Leia mais

Particularidades no reconhecimento da IRA, padronização da definição e classificação.

Particularidades no reconhecimento da IRA, padronização da definição e classificação. Particularidades no reconhecimento da IRA, padronização da definição e classificação. Camila Eleuterio Rodrigues Médica assistente do grupo de Injúria Renal Aguda do HCFMUSP Doutora em nefrologia pela

Leia mais

Pós operatório em Transplantes

Pós operatório em Transplantes Pós operatório em Transplantes Resumo Histórico Inicio dos programas de transplante Dec. 60 Retorno dos programas Déc 80 Receptor: Rapaz de 18 anos Doador: criança de 9 meses * Não se tem informações

Leia mais

Disfunção renal: Definição e diagnóstico

Disfunção renal: Definição e diagnóstico CAPÍTULO 64 Disfunção renal: Definição e diagnóstico Celso Schmalfuss Nogueira, TSA * Carlos Rogério Degrandi Oliveira, TSA** A disfunção renal é uma síndrome clínica caracterizada por um declínio da função

Leia mais

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira O QUE É HIPERTENSÃO ARTERIAL? Condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados

Leia mais

TITULO: TEMPO DE PERMANÊNCIA E MORTALIDADE HOSPITALAR COMPARAÇÃO ENTRE HOSPITAIS PÚBLICOS E PRIVADOS

TITULO: TEMPO DE PERMANÊNCIA E MORTALIDADE HOSPITALAR COMPARAÇÃO ENTRE HOSPITAIS PÚBLICOS E PRIVADOS TITULO: TEMPO DE PERMANÊNCIA E MORTALIDADE HOSPITALAR COMPARAÇÃO ENTRE HOSPITAIS PÚBLICOS E PRIVADOS Autores: Mônica Martins Departamento de Administração e Planejamento em Saúde, Escola Nacional de Saúde

Leia mais

Descobrindo o valor da

Descobrindo o valor da Descobrindo o valor da Ocâncer de mama, segundo em maior ocorrência no mundo, é um tumor maligno que se desenvolve devido a alterações genéticas nas células mamárias, que sofrem um crescimento anormal.

Leia mais

TEMA: Tansulosina (Tamsulon ) para o tratamento de hiperplasia benigna da próstata

TEMA: Tansulosina (Tamsulon ) para o tratamento de hiperplasia benigna da próstata Nota Técnica 106/2014 Data: 08/06/2014 Solicitante: Dra Cláudia Luciene Silva Oliveira Juíza de Direito Comarca de Contagem Medicamento Material Procedimento Cobertura x Número do processo: 0079.14.024.426-4

Leia mais

Dimensão Segurança do Doente. Check-list Procedimentos de Segurança

Dimensão Segurança do Doente. Check-list Procedimentos de Segurança 1. 1.1 1.2 Cultura de Segurança Existe um elemento(s) definido(s) com responsabilidade atribuída para a segurança do doente Promove o trabalho em equipa multidisciplinar na implementação de processos relativos

Leia mais

Vitamina D: é preciso dosar e repor no pré-natal? Angélica Amorim Amato 2013

Vitamina D: é preciso dosar e repor no pré-natal? Angélica Amorim Amato 2013 Vitamina D: é preciso dosar e repor no pré-natal? Angélica Amorim Amato 2013 É preciso dosar e repor vitamina D no pré-natal? A dosagem de vitamina D pelos métodos mais amplamente disponíveis é confiável?

Leia mais

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA TERAPÊUTICA E POSOLOGIA DO TRILOSTANO MANIPULADO EM CÃES COM HIPERADRENOCORTICISMO ESPONTÂNEO

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA TERAPÊUTICA E POSOLOGIA DO TRILOSTANO MANIPULADO EM CÃES COM HIPERADRENOCORTICISMO ESPONTÂNEO TÍTULO: AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA TERAPÊUTICA E POSOLOGIA DO TRILOSTANO MANIPULADO EM CÃES COM HIPERADRENOCORTICISMO ESPONTÂNEO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA VETERINÁRIA

Leia mais

Partes: CÉLIO FERREIRA DA CUNHA MUNICÍPIO DE COROMANDEL-MG

Partes: CÉLIO FERREIRA DA CUNHA MUNICÍPIO DE COROMANDEL-MG RESPOSTA RÁPIDA 208/2014 Assunto: Azacitidina para tratamento de mielodisplasia SOLICITANTE Juiz de Direito da comarca de Coromandeu NÚMERO DO PROCESSO 0193.14.001135-7 DATA 16/04/2014 Coromandel, 14/04/2014

Leia mais

Estudo mostra que LANTUS ajudou pacientes com Diabetes Tipo 2 a atingirem a meta recomendada pela ADA para o controle de açúcar no sangue

Estudo mostra que LANTUS ajudou pacientes com Diabetes Tipo 2 a atingirem a meta recomendada pela ADA para o controle de açúcar no sangue Paris, 07 de junho, de 2008 Estudo mostra que LANTUS ajudou pacientes com Diabetes Tipo 2 a atingirem a meta recomendada pela ADA para o controle de açúcar no sangue Novos dados apresentados na Annual

Leia mais

Soluções para a Segurança do Paciente

Soluções para a Segurança do Paciente Soluções para a Segurança do Paciente Tradução de Adélia Quadros Farias Gomes Para o Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente Proqualis 2007 O Programa da Organização Mundial

Leia mais

Stents farmacológicos e diabetes

Stents farmacológicos e diabetes Stents farmacológicos e diabetes Constantino González Salgado Hospital Pró Cardíaco Realcath-RealCordis HUPE-UERJ DM analisando o problema O Diabetes Mellitus é doença sistêmica de elevada prevalência

Leia mais

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015 Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015 Amélia Estevão 10.05.2015 Objetivo: Investigar a vantagem da utilização da RM nos diferentes tipos de lesões diagnosticadas na mamografia e ecografia classificadas

Leia mais

SUMÁRIO. Sobre o curso Pág. 3. Etapas do Processo Seletivo Pág. 5. Cronograma de Aulas Pág. 9. Coordenação Programa e metodologia; Investimento

SUMÁRIO. Sobre o curso Pág. 3. Etapas do Processo Seletivo Pág. 5. Cronograma de Aulas Pág. 9. Coordenação Programa e metodologia; Investimento 1 SUMÁRIO Sobre o curso Pág. 3 Coordenação Programa e metodologia; Investimento 3 4 5 Etapas do Processo Seletivo Pág. 5 Matrícula 7 Cronograma de Aulas Pág. 9 2 PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO NAS DOENÇAS CRÔNICAS

Leia mais

GABARITO. Resposta: Cálculo da superfície corporal para dose de gencitabina 1 m 2 --- 1000 mg 1,66 m 2 --- X mg X = 1660 mg

GABARITO. Resposta: Cálculo da superfície corporal para dose de gencitabina 1 m 2 --- 1000 mg 1,66 m 2 --- X mg X = 1660 mg GABARITO 1 - Sr José, 65 anos, apresenta dor abdominal intensa há dois meses. Após solicitação de ultrasonografia pelo médico assistente chegou-se ao diagnóstico de câncer de pâncreas. O tratamento proposto

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 219/2014 Insulina Glargina (Lantus ) e tiras reagentes

RESPOSTA RÁPIDA 219/2014 Insulina Glargina (Lantus ) e tiras reagentes RESPOSTA RÁPIDA 219/2014 Insulina Glargina (Lantus ) e tiras reagentes SOLICITANTE NÚMERO DO PROCESSO DATA SOLICITAÇÃO Dra. Herilene de Oliveira Andrade Juiza de Direito da Comarca de Itapecirica/MG Autos

Leia mais

AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM CÃES OBESOS RESUMO

AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM CÃES OBESOS RESUMO AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM CÃES OBESOS Lidia Maria Melo (¹); Drª. Angela Akamatsu(²) ¹ Monitora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Itajubá- FEPI, na área de Diagnóstico

Leia mais

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV)

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV) Doenças Cardiovasculares (DCV) O que são as Doenças Cardiovasculares? De um modo geral, são o conjunto de doenças que afetam o aparelho cardiovascular, designadamente o coração e os vasos sanguíneos. Quais

Leia mais

O que é câncer de mama?

O que é câncer de mama? Câncer de Mama O que é câncer de mama? O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células

Leia mais

Check-list Procedimentos de Segurança

Check-list Procedimentos de Segurança Check-list Procedimentos de Segurança 1. Cultura de Segurança 1.1 1.2 Existe um elemento definido como responsável pelas questões da segurança do doente Promove o trabalho em equipa multidisciplinar na

Leia mais

FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE/ FM/ UFF/ HU

FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE/ FM/ UFF/ HU DADOS DO PROJETO DE PESQUISA Pesquisador: PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP Título da Pesquisa: O efeito da suplementação com L-carnitina na redução da agressão miocárdica provocada pela injúria de isquemia

Leia mais

Eficácia da Acetilcisteína na Prevenção da Nefropatia por Contraste

Eficácia da Acetilcisteína na Prevenção da Nefropatia por Contraste Rev Bras Cardiol Invas 2006; 14(4): 371-379. Azmus AD, et al. Eficácia da Acetilcisteína na Prevenção da Nefropatia por Contraste. Rev Bras Cardiol Invas 2006; 14(4): 371-379. Eficácia da Acetilcisteína

Leia mais

GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS POP n.º: I 22 Página 1 de 5 1. Sinonímia Beta 2 Microglobulina, b2m 2. Aplicabilidade Aos técnicos e bioquímicos do setor de imunologia 3. Aplicação clínica A beta-2-microglobulina é uma proteína presente

Leia mais

SISTEMA URINÁRIO. Prof. Me. Leandro Parussolo

SISTEMA URINÁRIO. Prof. Me. Leandro Parussolo SISTEMA URINÁRIO Prof. Me. Leandro Parussolo SISTEMA URINÁRIO Conjunto de órgãos e estruturas responsáveis pela filtração do sangue e consequente formação da urina; É o principal responsável pela eliminação

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 154/2014 Alfapoetina na IRC

RESPOSTA RÁPIDA 154/2014 Alfapoetina na IRC RESPOSTA RÁPIDA 154/2014 Alfapoetina na IRC SOLICITANTE Dra. Herilene de Oliveira Andrade Juíza de Direito Comarca de Itapecerica NÚMERO DO PROCESSO 0335.14.706-3 DATA 26/03/2014 SOLICITAÇÃO Solicito parecer

Leia mais

Papel do laboratório clínico na pesquisa, controle e tratamento da DRC. Dr. Carlos Zúñiga San Martín

Papel do laboratório clínico na pesquisa, controle e tratamento da DRC. Dr. Carlos Zúñiga San Martín Papel do laboratório clínico na pesquisa, controle e tratamento da DRC. Dr. Carlos Zúñiga San Martín Faculdade de Medicina Universidade de Concepción Chile Objetivos da Apresentação 1.Revisar o papel dos

Leia mais

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders REVISÃO META-ANALÍTICA DO USO DE INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NO TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA Publicado: Am J Psychiattry

Leia mais

Depuração da Creatinina

Depuração da Creatinina Depuração da Creatinina Importância fisiológica A creatinina é um composto orgânico nitrogenado e não-protéico formado a partir da desidratação da creatina. A creatina é sintetizada nos rins, fígado e

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Uso Racional de Medicamentos. Erros de medicação. Conscientização.

PALAVRAS-CHAVE: Uso Racional de Medicamentos. Erros de medicação. Conscientização. 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO

Leia mais

A Avaliação Ética da Investigação Científica de Novas Drogas:

A Avaliação Ética da Investigação Científica de Novas Drogas: Unidade de Pesquisa Clínica A Avaliação Ética da Investigação Científica de Novas Drogas: A importância da caracterização adequada das Fases da Pesquisa Rev. HCPA, 2007 José Roberto Goldim Apresentado

Leia mais

3. Abrangência Esse serviço será prestado nas principais capitais brasileiras e em cidades da Grande São Paulo e Grande Rio de Janeiro.

3. Abrangência Esse serviço será prestado nas principais capitais brasileiras e em cidades da Grande São Paulo e Grande Rio de Janeiro. Assistência Pet 1. EMPRESA CONTRATADA A Assistência Pet refere-se ao pacote de serviços contratado pelo Zurich Santander Brasil Seguros S.A., com a empresa USS Soluções Gerenciadas Ltda., CNPJ 01.979.936/0001-79

Leia mais

Detecção precoce de cardiotoxicidade em Oncologia

Detecção precoce de cardiotoxicidade em Oncologia Congresso Novas Fronteiras em Cardiologia Detecção precoce de cardiotoxicidade em Oncologia Andreia Magalhães Fevereiro/2013 Cardiotoxicidade Lesão cardíaca induzida por fármacos utilizados no tratamento

Leia mais

ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA ÍRIA CRUZ PIMENTEL

ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA ÍRIA CRUZ PIMENTEL ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA ÍRIA CRUZ PIMENTEL RELAÇÃO DA ETNIA COM A HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PACIENTES RESGISTRADOS NO PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE HIPERTENSOS E DIABÉTICOS

Leia mais

BULA DE NALDECON DOR COMPRIMIDOS

BULA DE NALDECON DOR COMPRIMIDOS BULA DE NALDECON DOR COMPRIMIDOS BRISTOL-MYERS SQUIBB NALDECON DOR paracetamol Dores em geral Febre Uma dose = 2 comprimidos FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO NALDECON DOR é apresentado em displays com

Leia mais

Renal problems in black South African children

Renal problems in black South African children Renal problems in black South African children Peter D. Thomson Division of Pediatric Nephrology, University of the Witwatersrand, South Africa Pediatric Nephrology-1997, 508-512 Objetivo Descrever características

Leia mais

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: HÁ DIFERENÇA NA DISTRIBUIÇÃO ENTRE IDOSOS POR SEXO?

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: HÁ DIFERENÇA NA DISTRIBUIÇÃO ENTRE IDOSOS POR SEXO? HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: HÁ DIFERENÇA NA DISTRIBUIÇÃO ENTRE IDOSOS POR SEXO? Enelúzia Lavynnya Corsino de Paiva China (1); Lucila Corsino de Paiva (2); Karolina de Moura Manso da Rocha (3); Francisco

Leia mais

Critérios para Definir a Doença Renal Crônica

Critérios para Definir a Doença Renal Crônica Critérios para Definir a Doença Renal Crônica Dra. Laura Cortés Sanabria Médica Internista, Pesquisadora Clínica Unidade de Pesquisa Médica em Doenças Renais IMSS, Guadalajara. México Objetivo Compreender

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Nefrologia. Tópicos avançados no estudo de modelos experimentais in vivo e in vitro aplicados à Nefrologia -2014-

Programa de Pós-Graduação em Nefrologia. Tópicos avançados no estudo de modelos experimentais in vivo e in vitro aplicados à Nefrologia -2014- Coordenadores: Prof. Dr. Niels Olsen Saraiva Câmara Dr. Danilo Candido de Almeida Dr. Rafael Luiz Pereira Programa de Pós-Graduação em Nefrologia Tópicos avançados no estudo de modelos experimentais in

Leia mais

Indicações e Cuidados Transfusionais com o Paciente Idoso

Indicações e Cuidados Transfusionais com o Paciente Idoso Indicações e Cuidados Transfusionais com o Paciente Idoso Dra. Maria Odila Jacob de Assis Moura Centro de Hematologia de São Paulo Setembro/2006 Guidelines 1980 National Institutes of Health 1984 American

Leia mais

DO TERMO DE CONSENTIMENTO

DO TERMO DE CONSENTIMENTO : DO TERMO DE CONSENTIMENTO AO CHECK LIST E fªl i Li Enfª Luciana Lima Hospital Procardíaco Aliança Mundial para Segurança do paciente Cirurgias seguras salvam vidas Check list baseado nas recomendações

Leia mais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR DCI RALTITREXEDO Medicamento PVH PVH com IVA Titular de AIM TOMUDEX Embalagem contendo 1 frasco com pó para solução injectável

Leia mais

DIABETES E CIRURGIA ALVOS DO CONTROLE GLICÊMICO PERIOPERATÓRIO

DIABETES E CIRURGIA ALVOS DO CONTROLE GLICÊMICO PERIOPERATÓRIO DIABETES E CIRURGIA INTRODUÇÃO 25% dos diabéticos necessitarão de cirurgia em algum momento da sua vida Pacientes diabéticos possuem maiores complicações cardiovasculares Risco aumentado de infecções Controle

Leia mais

DI-INDOL METANO. Composto natural que previne o envelhecimento. Informações Técnicas

DI-INDOL METANO. Composto natural que previne o envelhecimento. Informações Técnicas Informações Técnicas DI-INDOL METANO Composto natural que previne o envelhecimento NOME QUÍMICO: 3,3'-Diindolylmethane. CAS: 1968-05-4. FÓRMULA MOLECULAR: C 17 H 14 N 2. PESO MOLECULAR: 246.31. INTRODUÇÃO

Leia mais

SISTEMA INFORMATIZADO DE REGULAÇÃO E CONTROLE DO ICS

SISTEMA INFORMATIZADO DE REGULAÇÃO E CONTROLE DO ICS SISTEMA INFORMATIZADO DE REGULAÇÃO E CONTROLE DO ICS MANUAL DO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SADT ELETIVO (FASCÍCULO DO SADT ELETIVO) VERSÃO I - 2013 Instituto Curitiba de Saúde ICS - Plano Padrão ÍNDICE APRESENTAÇÃO

Leia mais

LEVANTAMENTO DOS DADOS DOS ATENDIMENTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DO SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO HV/EVZ/UFG

LEVANTAMENTO DOS DADOS DOS ATENDIMENTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DO SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO HV/EVZ/UFG LEVANTAMENTO DOS DADOS DOS ATENDIMENTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DO SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO HV/EVZ/UFG BRAGATO, Nathália. 1 ; PÁDUA, Fernanda Maria Ozelim de 1 ; COSTA, Ana Paula Araújo.; SILVA,

Leia mais

Concentração no local do receptor

Concentração no local do receptor FARMACOCINÉTICA FARMACOCINÉTICA O que o organismo faz sobre a droga. FARMACODINÂMICA O que a droga faz no organismo. RELAÇÕES ENTRE FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA DROGA ORGANISMO FARMACOCINÉTICA Vias

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 396/2013 Naprix, Vastarel, Lasix, Carvedilol, Atorvastatina, Aspirina

RESPOSTA RÁPIDA 396/2013 Naprix, Vastarel, Lasix, Carvedilol, Atorvastatina, Aspirina RESPOSTA RÁPIDA 396/2013 Naprix, Vastarel, Lasix, Carvedilol, Atorvastatina, Aspirina SOLICITANTE Dra. Sabrina da Cunha Peixoto Ladeira. Juiza de Direito NÚMERO DO PROCESSO 13 007501-7 DATA 07/11/2013

Leia mais

Qual é a função dos pulmões?

Qual é a função dos pulmões? Câncer de Pulmão Qual é a função dos pulmões? Os pulmões são constituídos por cinco lobos, três no pulmão direito e dois no esquerdo. Quando a pessoa inala o ar, os pulmões absorvem o oxigênio, que é levado

Leia mais

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular DISCIPLINA DE PATOLOGIA Prof. Renato Rossi Jr Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular Objetivo da Unidade: Identificar e compreender os mecanismos envolvidos nas lesões celulares reversíveis e irreversíveis.

Leia mais

Tema: NIVOLUMABE EM ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE PULMÃO ESTADIO IV

Tema: NIVOLUMABE EM ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE PULMÃO ESTADIO IV Nota Técnica 2015 NATS HC UFMG Solicitante: Renato Martins Prates Juiz Federal da 8ª Vara Seção Judiciária de Minas Gerais Nº Processo: 41970-36.2015.4.01.3800 Data 20/08/2015 Medicamento X Material Procedimento

Leia mais

Hemoglobinopatias. Dra. Débora Silva Carmo

Hemoglobinopatias. Dra. Débora Silva Carmo Hemoglobinopatias Dra. Débora Silva Carmo Hemoglobinopatias O que é hemoglobina É a proteína do sangue responsável em carregar o oxigênio para os tecidos Qual é a hemoglobina normal? FA recém-nascido AA

Leia mais

FORXIGA (dapagliflozina)

FORXIGA (dapagliflozina) FORXIGA (dapagliflozina) Comprimidos revestidos 5mg e 10mg FORXIGA dapagliflozina I. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO FORXIGA dapagliflozina APRESENTAÇÕES FORXIGA (dapagliflozina) é apresentado na forma farmacêutica

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA /2014

RESPOSTA RÁPIDA /2014 RESPOSTA RÁPIDA /2014 SOLICITANTE Curvelo - Juizado Especial NÚMERO DO PROCESSO DATA 3/3/2014 SOLICITAÇÃO 0209 14001499-1 Solicito de Vossa Senhoria que, no prazo de 48 horas, informe a este juízo,acerca

Leia mais

Sistema Urinário. Profe. Cristiane Rangel 8º ano Ciências

Sistema Urinário. Profe. Cristiane Rangel 8º ano Ciências Sistema Urinário Profe. Cristiane Rangel 8º ano Ciências O sistema urinário ANTONIA REEVE / SCIENCE PHOTO LIBRARY O rim foi o primeiro órgão vital a ser transplantado com sucesso em pessoas. Qual a função

Leia mais

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA 1) Um histograma construído a partir de informações amostrais de uma variável

Leia mais

Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda.

Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO BENICAR olmesartana medoxomila APRESENTAÇÕES Benicar é apresentado em embalagens com 10 ou 30 comprimidos revestidos de olmesartana medoxomila nas concentrações de 20 mg ou

Leia mais

Que tipos de Diabetes existem?

Que tipos de Diabetes existem? Que tipos de Diabetes existem? -Diabetes Tipo 1 -também conhecida como Diabetes Insulinodependente -Diabetes Tipo 2 - Diabetes Gestacional -Outros tipos de Diabetes Organismo Saudável As células utilizam

Leia mais

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO RENAL

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO RENAL AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO RENAL AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO RENAL 1. EXAME DE URINA Cor Aspecto Densidade urinária ph Glicosúria Proteinúria Pigmentos e Sais biliares Hemoglobinúria e Mioglobinúria

Leia mais

2. Quais os objetivos do Programa Nacional de Segurança do Paciente?

2. Quais os objetivos do Programa Nacional de Segurança do Paciente? O tema Segurança do Paciente vem sendo desenvolvido sistematicamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desde sua criação, cooperando com a missão da Vigilância Sanitária de proteger

Leia mais