APLICAÇÃO DE PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS A PROBLEMAS DE ENGENHARIA CIVIL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "APLICAÇÃO DE PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS A PROBLEMAS DE ENGENHARIA CIVIL"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENGENHARIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL APLICAÇÃO DE PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS A PROBLEMAS DE ENGENHARIA CIVIL Leandro Mota Peres JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENGENHARIA DA UFJF 2010

2 APLICAÇÃO DE PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS A PROBLEMAS DE ENGENHARIA CIVIL Trabalho Final de Curso apresentado ao Colegiado do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro Civil. Área de Conhecimento: Mecânica das Estruturas / Materiais e Componentes da Construção Orientador: Prof. Flávio de Souza Barbosa, D.Sc. Co-orientador: Prof. Fernando Marques de Almeida Nogueira, D. Sc. JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENGENHARIA DA UFJF 2010 i

3 APLICAÇÃO DE PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS A PROBLEMAS DE ENGENHARIA CIVIL Leandro Mota Peres Trabalho Final de Curso submetido à banca examinadora constituída de acordo com o Artigo 9 o do Capítulo IV das Normas de Trabalho Final de Curso estabelecidas pelo Colegiado do Curso de Engenharia Civil, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil. Aprovado em: 8/12/2010 Por: Prof o. Flávio de Souza Barbosa, D. Sc. Prof o. Fernando Marques de Almeida Nogueira, D. Sc. Prof a. Michèle Cristina Rese Farage, D. Sc. Prof o. Pedro Kopschitz Xavier Bastos, D. Sc. JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENGENHARIA DA UFJF 2010 ii

4 Agradecimentos Dedico meus sinceros agradecimentos: Ao professor Flávio pelo incentivo, orientação e acima de tudo pela amizade ao longo destes últimos três anos. Ao professor Fernando pela orientação e pelos ensinamentos de processamento de imagens e programação. A professora Michèle e ao professor Pedro pela orientação e pelas sugestões dadas nos trabalhos publicados no EMC em 2008 e no SIMMEC em Ao Programa de Educação Tutorial da Engenharia Civil por ter me proporcionado uma formação mais completa e, além disso, por me proporcionar trabalhar com pessoas tão competentes. A Universidade Federal de Juiz de Fora por oferecer formação superior. A Pedra Sul Mineração pelas amostras cedidas e pelo laboratório. A todos os amigos e familiares que de certa forma contribuíram para que este trabalho se concretizasse. iii

5 Resumo do Trabalho de Final de Curso apresentado à Faculdade de Engenharia - UFJF como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil APLICAÇÃO DE PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS A PROBLEMAS DE ENGENHARIA CIVIL Leandro Mota Peres DEZEMBRO/2010 Orientador: Flávio de Souza Barbosa Departamento: Mecânica Aplicada e Computacional Co-orientador: Prof. Fernando Marques de Almeida Nogueira Departamento: Engenharia de Produção Nas últimas décadas, com a evolução da tecnologia da computação digital e de novos algoritmos para processamento de sinais bidimensionais, a área de Processamento Digital de Imagens (PDI) tem se tornado aplicável a vários problemas de Engenharia Civil, tais como: análise do tamanho e forma de agregados, estudo da microestrutura do concreto, medição de deformações em estruturas, detecção de fissuras em pavimentos dentre outros. Desta forma, faz-se neste trabalho o estudo e desenvolvimento de alguns algoritmos para o PDI e suas aplicações a três problemas: 1) geração semi-automática de malhas de elementos finitos em um meio bifásico; 2) determinação da curva granulométrica de agregados graúdos; 3) avaliação granulométrica em tempo real de agregados e minérios. Os resultados obtidos mostram que a aplicação de PDI a problemas de Engenharia Civil é uma ferramenta que pode auxiliar de forma efetiva o engenheiro na análise e busca para soluções destes problemas. iv

6 Sumário 1 Introdução Objetivo Escopo Aspectos Gerais Sobre Processamento de Imagens Representação de imagens digitais Aquisição de imagens Digitalização de Imagens Técnicas de segmentação Limiarização Detecção de bordas Rotulação Características inerciais Rotação de objetos Problema 1: Geração de Malhas de Elementos Finitos Através de Imagens de Cortes em Corpos de Prova de Concreto Introdução Metodologia Processamento da imagem Obtenção dos pontos das bordas que farão parte da malha de elementos finitos Geração da malha Resultados Comentários Gerais Problema 2: Determinação da Curva Granulométrica de Agregados Graúdos Introdução Agregados Amostragem Análise granulométrica de agregados graúdos por ensaio de peneiramento segundo a NBR NM Metodologia Obtenção das imagens fotográficas dos agregados Processamento da Imagem Transformação da porcentagem de área para porcentagem de massa Determinação do coeficiente de correção (C ) Resultados v

7 4.4.1 Comentários Gerais Problema 3: Avaliação Granulométrica em Tempo Real de Agregados e Minérios Introdução Resultados Comentários Gerais Conclusões e Considerações Finais 51 A Anexo 1 54 B Anexo 2 69 vi

8 Lista de Figuras 2.1 Grandes áreas da computação gráfica.(extraído de Conci(2008)) Imagem monocromática e a convenção utilizada para o par de eixos (x, y) Aquisição da imagem(extraído de Conci(2008)) Processo de limiarização Conceitos de vizinhança 4 e Etapas para obtenção do comprimento de largura de figuras Imagem sintética para a qual se deseja gerar uma malha de elementos finitos Imagem após conversão para escala de cinza Bordas detectadas Imagem mostrando a rotulação da bordas identificadas Etapas para obtenção dos pontos das bordas que farão parte da malha de elementos finitos Pontos identificados e usados para a geração de malhas Determinação dos ângulos α usados para determinação das conectividades na geometria Exemplo do formato de dados de saída para o Gmsh Imagem da geometria exportada para o Gmsh Malha de Elementos Finitos gerada a partir do Gmsh, auxiliado pela metodologia proposta Imagem do corpo de prova do concreto estudado Imagem com problemas destacados Imagem com ruídos eliminados Imagem após tratamento manual Imagem binarizada das bordas Imagem com pontos médios definidos Imagem da geometria exportada para o Gmsh Malha de Elementos Finitos gerada a partir da metodologia proposta Quarteador Quarteamento Peneiramento Agregado alongado passando pela malha quadrada da peneira(extraído de Mora et al. (1998)) Corte horizontal em um agregado passando pela malha quadrada da peneira (Extraído de Mora et al. (1998)) vii

9 4.6 Amostra de agregados graúdos dispostos sobre a cartolina preta. Na parte superior esquerda podem ser observados os dois retângulos brancos utilizados para a correlação entre pixels e a escala de comprimento real do objeto Imagem após ser segmentada Imagem após correções Imagem com as bordas detectadas Comparação entre as curvas obtidas pelo peneiramento e o PDI sem aplicar nenhum coeficiente de correção Comparação entre as curvas obtidas pelo peneiramento e o PDI, sem o coeficiente de correção (PDI original) e com um coeficiente de correção de 0,86 (PDI corrigido) Amostra Amostra Amostra Amostra Amostra Esquema de Funcionamento do SAGI Areia fina Areia média Curvas da areia fina e média obtidas pela metodologia inerente ao SAGI Brita Brita Curvas da brita 0 e brita 1 obtidas pela metodologia inerente ao SAGI Curvas da brita 0 e brita 1 obtidas pela metodologia inerente ao SAGI Grupo Grupo Grupo Grupo Grupo Grupo Grupo Grupo Curvas granulométricas para as amostras dos grupos de 1 a viii

10 Lista de Tabelas 4.1 Fatores de correção C obtidos no trabalho Fatores de correção C obtidos por (Mora et al., 1998) ix

11 Capítulo 1 Introdução O maior emprego das imagens digitais até a década de 1980 consistia em imagens provenientes da pesquisa espacial. Atualmente, as imagens digitais encontram-se difundidas em muitas aplicações que podem ser destacadas em diversas áreas, tais como: Meteorologia, Medicina, Engenharia, Biologia, Geografia, Astronomia, etc. No campo da Engenharia Civil foi possível solucionar com maior precisão problemas de difícil solução e em alguns casos até mesmo proporcionar uma metodologia alternativa para técnicas já existentes. Alguns destes problemas que hoje podem ser resolvidos através do processamento e análise de imagens são: detecção de fissuras em pavimentos de estradas, medição de deformações estruturais, análise do tamanho, forma e distribuição espacial de grãos e poros do solo; estudo da microestrutura do concreto; (Lee and Chou, 1993). Na Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), dois trabalhos de aplicação de Processamento Digital de Imagens (PDI) a problemas de Engenharia merecem destaque. A.Vilela (2008) apresenta uma metodologia para reconstrução de superfícies a partir de luz estruturada e Zimmermann (2008) aplica técnicas de PDI ao monitoramento de comportamento dinâmico de estruturas. Assim so, faz-se neste trabalho o estudo e desenvolvimento de alguns algoritmos de PDI e suas aplicações a três problemas: 1) geração semi-automática de malhas de elementos finitos em um meio bifásico; 2) determinação da curva granulométrica de agregados graúdos; 3) avaliação granulométrica em tempo real de agregados e minérios. Para tal, após uma abordagem sobre os temas que envolvem o processamento e análise de imagens que foram utilizados neste trabalho, é apresentado o primeiro problema: geração semi-automática de malhas de elementos finitos em um meio bifásico. Apresentase neste caso uma metodologia que auxilia o programa livre Gmesh (Gmsh, 2008) para geração de malhas de elementos finitos partindo-se de imagens de cortes em corpos de prova de concreto. Primeiramente a metodologia proposta é apresentada através de uma imagem sintética e posteriormente esta metodologia é aplicada a um problema constituído de um meio não homogêneo a partir da fotografia de uma seção transversal de um corpo de prova de concreto. O segundo problema descreve a aplicação do PDI para análise de distribuição de tamanho de partículas dos agregados graúdos. A metodologia aqui aplicada foi extraída do trabalho de Mora et al. (1998) e adaptada para o tipo de agregado da região de Juiz de Fora (rocha Gnaisse). As curvas granulométricas obtidas foram confrontadas com as curvas extraídas pelo ensaio de peneiramento segundo a NBR NM 248 e apresentaram resultados próximos. O índice de correção inerente à metodologia aplicada foi determinado para os agregados analisados, viabilizando então sua aplicação a agregados de rocha Gnaisse. 1

12 Por fim é apresentado o terceiro problema, relativo à avaliação granulométrica em tempo real de agregados e minérios que são transportados em correias transportadoras. Para resolver este tipo de problema, vem so desenvolvido na UFJF, através do Programa de Incentivo a Inovação (PII), o aparelho denominado Sistema de Avaliação Granulométrica por Imagem (SAGI). Este equipamento quando acoplado às correias transportadoras das pedreiras e mineradoras é capaz de fazer a avaliação granulométrica em tempo real e de toda a produção do material transportado na correia. Alguns pontos da metodologia aqui aplicada não serão totalmente ilustrados pois o SAGI espera registro de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Privada (INPI). Serão apresentados alguns resultados relativos à análise granulométrica de agregados graúdos e miúdos (areias). 1.1 Objetivo Ressalta-se aqui o objetivo do presente trabalho: propor soluções alternativas para problemas de Engenharia Civil através de processamento e análise de imagens digitais, buscando resultados mais precisos e de rápida obtenção. 1.2 Escopo O presente trabalho está dividido em 6 capítulos e 2 apêndices: Capítulo 1 - Introdução Este capítulo procura fazer uma abordagem geral sobre o tema em questão e apresentar os objetivos que se desejam alcançar ao longo do trabalho. Capítulo 2 - Aspectos Gerais Sobre Processamento e Análise de Imagens Neste capítulo apresenta-se alguns conceitos sobre o processamento e análise de imagens digitais que serão aplicados nas metodologias propostas. Capítulo 3 - Problema 1: Geração de Malhas de Elementos Finitos Através de Imagens de Cortes em Corpos de Prova de Concreto Este capítulo apresenta uma metodologia para a geração de malhas de elementos finitos através de imagens de cortes em corpos de prova de concreto. Capítulo 4 - Problema 2: Determinação da Curva Granulométrica de Agregados Graúdos Faz-se aqui uma avalidação da metodologia desenvolvida por Mora et al. (1998) para a determinação da curva granulométrica de agregados graúdos através de imagens digitais. Capítulo 5 - Problema 3: Avaliação Granulométrica em Tempo Real de Agregados e Minérios Este capítulo apresenta alguns resultados obtidos pelo SAGI para agregados graúdos e miúdos. Capítulo 6 - Conclusões e Considerações Finais Aqui são apresentadas as conclusões e considerações finais. 2

13 Apêndice A - Algoritmos do problema 1 Este apêndice apresenta os algoritmos implementados no MATLAB r para solução do problema 1. Apêndice B - Algoritmos do problema 2 Este apêndice apresenta os algoritmos implementados no MATLAB r para solução do problema 2. 3

14 Capítulo 2 Aspectos Gerais Sobre Processamento de Imagens A Computação Gráfica (CG) pode ser dividida em pelo menos três grandes áreas: a Síntese de Imagens (SI), o Processamento de Imagens (PI) e a Análise de Imagens (AI). Essas áreas são esquematizadas na figura 2.1. O PI considera a manipulação de imagens depois de capturadas por dispositivos que podem ser câmeras digitais, scanners, radares, satélites, etc. A área de PI inclui tópicos como diminuição de ruídos, realce e restauração de imagens e seus algoritmos são úteis em estágios iniciais de sistemas de análise de imagens, so utilizados para melhor extrair as informações necessárias para a realização das etapas posteriores. Nesta etapa a imagem é um dado de entrada e de saída. Já os algoritmos de AI tomam essas imagens melhoradas no PI como entrada para produzir outro tipo de saída que, em geral, são saídas numéricas, ou seja, a AI consiste em encontrar parâmetros que representem de modo sucinto informações importantes da imagem. A AI se dedica a desenvolver teorias e métodos voltados à extração de informações úteis contidas na imagem. A SI é uma área complementar da AI e envolve a criação de imagens sintéticas por computador a partir de dados dos objetos e cena. O presente trabalho aborda as duas primeiras áreas. Neste capítulo será apresentada a representação de imagens adotada neste trabalho, aspectos básicos do processo de aquisição e digitalização de imagens e fundamentos de PI e AI. Figura 2.1: Grandes áreas da computação gráfica.(extraído de Conci(2008)). 4

15 2.1 Representação de imagens digitais Uma imagem monocromática pode ser descrita matematicamente por uma função de intensidade luminosa f(x, y), so seu valor, em qualquer ponto de coordenadas espaciais (x, y), proporcional a intensidade de luz ou brilho (nível de cinza) da imagem naquele ponto. Dessa forma a imagem digitalizada é uma imagem f(x, y) discretizada tanto em coordenadas espaciais quanto em brilho, podo ser considerada como uma matriz cujos índices de linhas e de colunas identificam um ponto na imagem, e o correspondente valor do elemento da matriz identifica o nível de cinza naquele ponto. Os elementos dessa matriz digital são chamados de elementos da imagem, elementos da figura, pixels ou pels, estes dois últimos, abreviações de picture elements (elementos de figura). Quanto mais pixels uma imagem tiver melhor é a sua resolução e qualidade. A figura 2.2 mostra uma imagem monocromática e a convenção utilizada neste trabalho para o par de eixos (x, y). Figura 2.2: Imagem monocromática e a convenção utilizada para o par de eixos (x, y). A função f(x, y) representa o produto da interação entre a iluminância i(x, y) que exprime a quantidade de luz que incide sobre o objeto e as propriedades de refletância ou de transmitância próprias do objeto, que podem ser representadas pela função r(x, y), cujo valor exprime a fração de luz incidente que o objeto vai transmitir ou refletir ao ponto (x, y). Estes conceitos estão ilustrados na figura 2.3 onde pode-se observar que a iluminação, no caso solar, distribui energia sobre o objeto. Parte dessa energia é transmitida e outra é refletida, so capturada pela câmera (Aura Conci and Leta, 2008). Matematicamente pode-se escrever: f(x, y) = i(x, y). r(x, y), (2.1) com: 0 < i(x, y) < e 0 < r(x, y) < 1. A intensidade de uma imagem monocromática f nas coordenadas (x, y) é denominada nível de cinza (ou tom de cinza) (L) da imagem naquele ponto. Este valor estará no intervalo: L min < L < L max, (2.2) 5

16 Figura 2.3: Aquisição da imagem(extraído de Conci(2008)). so L min e L max valores positivos e finitos. O intervalo [L min,l max ] é denominado escala de cinza da imagem. É comum deslocar este intervalo numericamente para o intervalo dos inteiros [0,W ), onde L = 0 significa pixel preto e L = W 1 representa o pixel branco. Normalmente, W é uma potência inteira positiva de 2. No caso de uma imagem que possui informações em intervalos ou bandas distintas de frequência é necessária uma função f(x, y) para cada banda. É o caso de imagens coloridas padrão RGB, que são formadas pela informação de cores primárias aditivas, como o vermelho (R - Red), verde (G - Green) e azul (B - Blue). As técnicas de processamento de imagens implementadas neste trabalho utilizam apenas imagens monocromáticas. Como em algumas situações as imagens são adquiridas no padrão RGB é utilizada a função RGB2GRAY presente na toolbox do programa MATLAB r para a conversão em imagens monocromáticas. Para converter uma cena real em uma imagem digitalizada, duas etapas são imprescindíveis: a aquisição da imagem e sua digitalização, que serão abordadas na sequência. 2.2 Aquisição de imagens O primeiro passo na conversão de uma cena real tridimensional em uma imagem eletrônica é a redução de dimensionalidade. A câmera fotográfica, câmera de vídeo ou outro dispositivo converterá a cena 3-D em uma representação 2-D da imagem. O dispositivo de aquisição de imagens mais utilizado atualmente é a câmera CCD (Charge Coupled Device). Ela consiste de uma matriz de células semicondutoras fotossensíveis, que atuam como capacitores, armazenando carga elétrica proporcional à energia luminosa incidente. O sinal elétrico produzido é condicionado por circuitos eletrônicos especializados, produzindo à saída um Sinal Composto de Vídeo (SCV) analógico e monocromático. Para a aquisição de imagens coloridas utilizando CCDs é necessário um conjunto de prismas e filtros de cor encarregados de decompor a imagem colorida em suas componentes R, G e B, cada qual capturada por um CCD indepente. Os 6

17 sinais elétricos correspondentes a cada componente são combinados posteriormente conforme o padrão de cor utilizado (NTSC (National Television Standards Committee) ou PAL (Phase Alternating Line), por exemplo). Uma câmera CCD monocromática simples consiste basicamente de um conjunto de lentes que focalizarão a imagem sobre a área fotossensível do CCD, o sensor CCD e seus circuitos complementares. 2.3 Digitalização de Imagens O sinal analógico de vídeo obtido na saída do dispositivo de aquisição deve ser submetido a uma discretização espacial e em amplitude para tomar o formato desejável ao processamento computacional. Segundo Aura Conci and Leta (2008) existem dois conceitos importantes relacionados à imagem digital: amostragem da imagem (sampling) e quantificação de cada um dos seus pixels (quantization). Essas propriedades são relativas ao processamento computacional de uma imagem, so o primeiro referente ao número de pontos amostrados de uma imagem digitalizada e o segundo referente à quantidade de níveis tons que pode ser atribuída a cada ponto digitalizado. Basicamente, a amostragem converte a imagem analógica em uma matriz de m por n pixels, conforme mostrado a seguir: f = f(1, 1) f(1, 2)... f(1, m) f(2, 1) f(2, 2)... f(2, m).... f(n, 1) f(n, 2)... f(n, m) (2.3) Maiores valores de m e n implicam em uma imagem de maior resolução. Por seu lado, a quantização faz com que cada um destes pixels assuma um valor inteiro, na faixa de 0 a 2 t 1. Quanto maior o valor de t, maior o número de níveis de cinza presentes na imagem digitalizada. Do ponto de vista eletrônico, a digitalização consiste em uma conversão analógicodigital na qual o número de amostras do sinal contínuo por unidade de tempo indica a taxa de amostragem e o número de bits do conversor A/D utilizado determina o número de tons de cinza resultantes na imagem digitalizada. Sob uma abordagem matemática formal, o processo de amostragem pode ser visto como uma divisão do plano xy em uma grade, com as coordenadas do centro de cada elemento da grade, so uma dupla de elementos do produto cartesiano Z,1 Z, o qual representa o conjunto de todos os pares ordenados dos elementos (a, b) com a e b so números pertencentes a Z. Portanto f(x, y) é uma imagem digital se (x, y) forem números inteiros de Z Z e f uma função que atribui um valor de nível de cinza (isto é, um número real - R) para cada par distinto de coordenadas. Se os níveis de cinza resultantes forem também números inteiros (como geralmente é o caso), Z substitui R e uma imagem digital então se torna uma função bidimensional cujas coordenadas e valores de amplitude são números inteiros. Na especificação do processo de digitalização deve-se decidir que valores de n, m e t são adequados, do ponto de vista de qualidade da imagem e da quantidade de bytes necessários para armazená-la. 1 Conjunto dos inteiros diferentes de zero. 7

18 Para obter uma imagem digital de qualidade semelhante a de uma imagem de televisão, são necessários 640 x 480 pixels e 128 níveis de cinza. Em geral, 64 níveis de cinza são considerados suficientes para o olho humano. Apesar disto, a maioria dos sistemas de visão artificial utiliza imagens com 256 níveis de cinza. Os processos de amostragem e quantização podem ser aprimorados usando técnicas adaptativas. Sob o aspecto da amostragem, a idéia básica é utilizar maior número de pontos em regiões de grande detalhe, em detrimento das regiões homogêneas de grandes dimensões, que poderiam ser amostradas com menor número de pixels. Sob o ângulo da quantização, uma vez que o olho humano não é capaz de perceber sutis diferenças de tons de cinza nas imediações de variações abruptas de intensidade, o objetivo seria utilizar poucos níveis de cinza nestas regiões. O principal obstáculo para a implementação destas técnicas é a necessidade de identificação prévia (ainda que aproximada) das regiões presentes na imagem e das fronteiras entre elas. No caso da quantização, entretanto, outra técnica adaptativa pode ser utilizada. Efetuando um levantamento da freqüência de ocorrência de todos os níveis de cinza permitidos, pode-se diminuir os níveis de quantização nas regiões da escala de cinza com maior concentração de ocorrência de pixels, aumentando-os nas demais regiões (Filho and Neto, 1999). 2.4 Técnicas de segmentação Esse processo tem por objetivo particionar a imagem de modo que seja possível explicitar suas regiões de interesse, agrupando seus pixels de forma que eles se destaquem dos demais. A segmentação é um processo muito normal para o ser humano, pois os sistemas biológicos reconhecem e interpretam os objetos assim que os vêem a partir de um conjunto de informações que são combinadas e processadas em paralelo no cérebro. Porém essa tarefa é de extrema complexidade para o computador. As dificuldades inerentes ao processo de segmentação automática de imagens existem e por isso deve-se considerar que as fronteiras ou bordas das regiões possam não ser muito nítidas e são muitas vezes irregulares e imprecisas. Na segmentação em larga escala, especialmente por processos automáticos, existe uma grande necessidade de controlar o ambiente de captura. Ambientes bem controlados, com grandes contrastes, tem a facilitar a interpretação de imagens. Ambientes externos, em geral, apresentam mais dificuldades, pois estão sujeitos a variação de iluminação. Além disso, a existência de sombras ou movimento muda os aspectos da região, te a dar uma falsa impressão acerca da região a ser segmentada (Melo, 2005). Existem muitas maneiras de segmentar uma imagem, so que cada técnica é escolhida de acordo com o problema a ser resolvido. A segmentação pode ser baseada nas descontinuidades ou nas similaridades dos diferentes aspectos da imagem, em limites ou bordas e em áreas ou regiões. A seguir é apresentado o tipo de técnica de segmentação utilizada no presente trabalho Limiarização Uma das operações de segmentação mais utilizadas é a limiarização ou separação por tom de corte. Essa operação é interessante quando a imagem apresenta duas classes: o fundo e o objeto. Se a intensidade dos valores dos pixels do objeto encontra-se em um intervalo diferente do fundo, uma imagem binária pode ser obtida através de uma operação de limiarização (thresholding) que agrupa os pontos do primeiro intervalo com 8

19 o valor 1 e os demais com valor 0, assim, os pixels que possuem valores maiores que um determinado tom é considerado objeto e os pixels que possuem valores menores que este tom é considerado fundo (Aura Conci and Leta, 2008). Em muitos casos a limiarização baseia-se na utilização do histograma de tons de cinza, que nada mais é do que um gráfico onde o eixo das abscissas representa os valores das tonalidades de cinza que a imagem pode apresentar e o eixo das ordenadas a frequência com que essas tonalidades ocorrem. { f(x, y) = 0, se f(x, y) L e (2.4) f(x, y) = 1, se f(x, y) > L, onde L é um limiar definido de acordo com o histograma da imagem de tons de cinza. Para a figura 2.4a, tem-se o histograma de tons de cinza apresentado na figura 2.4b. Aplicando-se as Equações 2.4 à figura 2.4a, tem-se a imagem binária apresentada na figura 2.4c Número de ocorrências Níveis de cinza (a) Imagem de grãos de arroz. (b) Histograma de tons de cinza. (c) Imagem binária. Figura 2.4: Processo de limiarização Detecção de bordas Como em muitos casos o que se deseja extrair da imagem são características geométricas, torna-se mais conveniente, por exigir menor esforço computacional, trabalhar apenas com 9

20 os contornos dos objetos. So assim, é necessário utilizar um algoritmo para encontrar a borda dos objetos representados em uma imagem. Algoritmos que procurem por mudanças bruscas de cor ou níveis de cinza dos pixels vizinhos podem ser empregados, como por exemplo operadores de Roberts, Prewitt, Canny e Sobel. No caso específico do algoritmo de Sobel, os operadores apresentados na equação (2.5) são matrizes cujas convoluções sobre a imagem resultam em operações genéricas de derivação da mesma. Assim so, em regiões de baixo contraste, o resultado da convolução dos operadores de Sobel sobre a imagem te a valores próximos a zero. Entretanto, para regiões de contraste elevado esta convolução produz valores significativos possibilitando, dessa forma, a detecção de bordas da imagem (J.Rasure, 1992) Rotulação C ij = e D ij = (2.5) Para o entimento da rotulação é necessário o conhecimento preliminar de dois conceitos: vizinhança e conectividade entre pixels. Vizinhança é o conjunto de pixels localizados relativamente próximos a um pixel de referência. Geralmente se trabalha com dois tipos de vizinhança: 4 pixels e 8 pixels. Um pixel p de coordenadas (x, y) tem dois vizinhos horizontais e dois verticais, cujas coordenadas são dadas por (x + 1, y), (x 1, y), (x, y + 1) e (x, y 1), respectivamente (figura 2.5a ). Esses pixels formam uma vizinhança de quatro pixels. Os quatro pixels vizinhos das diagonais de p têm coordenadas (x + 1, y + 1), (x + 1, y 1), 4(x 1, y + 1) e (x 1, y 1) (figura 2.5b) e unidos à vizinhança de 4 pixels formam a vizinhança de 8 pixels (figura 2.5c). (a) (b) (c) Figura 2.5: Conceitos de vizinhança 4 e 8 A conectividade é um conceito importante no estabelecimento de regiões e contornos. Para estabelecer se dois pixels estão conectados é preciso determinar se eles são vizinhos e se seus atributos ( níveis de cinza, texturas ou cores) são similares. Os níveis de conectividade podem ser: Conectividade de 4: dois pixels p e q têm conectividade 4 se seus atributos são iguais e se estão no conjunto de vizinhança 4. Conectividade de 8: dois pixels p e q têm conectividade 8 se seus atributos são iguais e se estão no conjunto de vizinhança 8. 10

21 A rotulação é utilizada na segmentação para a contagem de regiões ou objetos presentes em uma imagem. A cada região ou componente é atribuído um valor único, denominado rótulo (label). A seguir é apresentado um algoritmo que exemplifica a rotulação, no qual se deseja contar as regiões de valor 1 e considerando a vizinhança de 4 pixels. Início - Varrer a imagem da esquerda para a direita e de cima para baixo: Se valor do pixel = 0 mover para o próximo pixel. Senão Se valor do pixel = 1 analisar os vizinhos superior e da esquerda: se ambos os vizinhos forem zero, assinala-se um novo rótulo para o pixel; fim se se um dos vizinhos for zero; assinala-se um novo rótulo para o pixel; fim se se um dos vizinhos for 1 e os dois possuírem o mesmo rótulo assina- se este rotulo para pixel; fim se se ambos forem 1 e possuírem rótulos diferentes substitui-se todos os rótulos iguais aos encontrados pelo valor no menor rótulo, ou seja, pelo que foi atribuído na etapa anterior; fim se Fim se Fim se - Termina a varredura da imagem, o número de regiões é igual ao número de rótulos atribuídos para as áreas das imagens. Fim O mesmo pode ser utilizado pra vizinhança de 8, porém os dois vizinhos das diagonais, de cada pixel, devem ser analisados também. 2.5 Características inerciais As características inerciais aplicadas na identificação e reconhecimento de objetos em imagens digitais baseiam-se na teoria dos momentos. Para se obter os momentos invariantes de ordem (p + q) de uma imagem de tamanho (m, n) usa-se a equação 2.6: M pq = m x=1 y=1 n x p y q f(x, y), p, q = 0, 1, 2, 3,... (2.6) onde f(x, y) representa o nível de cinza no ponto (x, y). No caso de uma imagem binária so f(x, y) = 1, (x, y) define a posição de um ponto do objeto; se f(x, y) = 0 o ponto considerado não pertence ao mesmo. Os momentos permitem definir algumas propriedades de elementos contidos em imagens como por exemplo: área, centróide, momentos de inércia e direção dos eixos principais de inércia. 11

22 A área que é uma propriedade comumente usada, corresponde ao momento m 00. Esse momento representa o somatório do número de pixels que constitui região e é obtido pela equação 2.7: Área = m 00 = m x=1 y=1 n f(x, y). (2.7) O centróide de um objeto é uma característica muito importante do objeto e pode ser definido pela relação entre os momentos de ordem 0 e 1, descrito na equação a seguir: x c = y c = m x=1 y=1 m x=1 y=1 m x=1 y=1 m x=1 y=1 n xf(x, y) n f(x, y) n yf(x, y) n f(x, y) = m 10 m 00 (2.8) = m 01 m 00 (2.9) Os momentos invariantes podem ser obtidos em relação ao centróide do objeto. Para isso é necessário fazer uma translação dos sistemas de eixo de coordenadas de forma que a origem desse sistema seja o centróide do objeto. Esta operação pode ser descrita pela equação 2.10 µ pq = m x=1 y=1 n (x x c ) p (y y c ) q f(x, y), p, q = 0, 1, 2, 3,... (2.10) onde µ é o momento em relação ao centróide da figura. A partir da equação 2.10 pode-se obter os momentos centrais mais utilizados: µ 00 = m 00 (área) (2.11) µ 0,2 = m 0,2 y c m 0,1 (momento de inércia relativo ao eixo x) (2.12) µ 2,0 = m 2,0 x c m 1,0 (momento de inércia relativo ao eixo y) (2.13) µ 1,1 = m 1,1 y c m 0,1 x c m 1,0 (produto de inércia relativo aos eixos x e y) (2.14) Além de calcular os momentos em relação a um sistema de eixos qualquer que passe pelo seu centro de gravidade, pode-se utilizar um sistema de eixos que coincida com os eixos principais do objeto. Os eixos principais de um objeto são eixos ortogonais entre si em que os momentos de inércia apresentam um valor máximo e mínimo. O produto de inércia, µ 1,1, nestes eixos é sempre zero. o ângulo que define a orientação dos eixos principais de inércia em relação ao centróide do objeto é definido pela equação 2.15: tan 2θ = 2µ 1,1 (µ 2,0 µ 0,2 ) (2.15) 12

23 2.5.1 Rotação de objetos Em alguns casos torna-se necessário rotacionar um objeto de forma que seus eixos principais coincidam com os eixos adotados para um sistema de coordenadas. Uma situação em que se aplica este procedimento é aquela onde se deseja encontrar as dimensões, comprimento e largura, de uma figura qualquer como por exemplo a elipse mostrada na figura 2.6a. Isso pode ser feito aplicando a equação 2.16 a cada ponto pertencente ao objeto em que se deseja rotacionar (figura 2.6b): { Xi = x i cos θ + y i sin θ (2.16) Y i = x i sin θ + y i cos θ, onde θ é o ângulo que define a direção dos eixos principais obtido de acordo com a equação 2.15 e i está associado ao i-ésimo ponto da imagem. 13

24 (a) Imagem na posição original. (b) Orientação dos eixos principais de inércia x e y a partir da direção principal θ. (c) Objeto rotacionado. (d) Determinação do retângulo ajustado. Figura 2.6: Etapas para obtenção do comprimento de largura de figuras. 14

25 Feito isso, conforme explicado na figura 2.6c, basta encontrar X máx, X min, Y máx, Y min (figura2.6, onde: X máx = max(x i ), i=1 np, so np é o número de pontos da imagem; X min = min(x i ), i=1... np; Y máx = max(y i ), i=1... np; Y min = min(y i ), i=1... np. As medidas da elipse podem ser determinadas de acordo com a equação largura = X máx X min comprimento = Y máx Y min (2.17) Uma vez apresentadas as principais ferramentas de PDI utilizadas neste trabalho, passa-se aos capítulos que seguem para as aplicações destas técnicas a três problemas de Engenharia Civil; explicados nos capítulos 3, 4 e 5, respectivamente. 15

26 Capítulo 3 Problema 1: Geração de Malhas de Elementos Finitos Através de Imagens de Cortes em Corpos de Prova de Concreto Neste capítulo será apresentado a metodologia que visa a obtenção de dados para a geração de malhas de elementos finitos. Essa metodologia foi apresentada no artigo: PERES, L.M.; SANÁBIO, D. S. F.; FARAGE, M. C. R.; BARBOSA, F. S.; NOGUEIRA, F. M. A.. Aplicação de processamento digital de imagens na geração semi-automática de malhas de elementos finitos, publicado no XI Encontro de Modelagem Computacional, 2008, Volta Redonda - RJ. 3.1 Introdução A geração de malhas consiste em decompor um domínio geométrico qualquer em partes menores denominadas elementos. Esta tarefa pode se tornar complexa em razão de características geométricas e físicas dos domínios e da necessidade de produzir uma malha que garanta a precisão desejada para o problema em questão. No intuito de gerar malhas de elementos finitos através de imagens, foi desenvolvido uma metodologia para obter um arquivo de saída escrito de forma que um programa gerador de malhas possa interpretá-lo e gerar a malha. Neste trabalho foi utilizado o programa livre Ghsm. Primeiramente a metodologia proposta é apresentada detalhadamente usando como exemplo uma imagem sintética que representa um meio não homogêneo. Posteriormente os algoritmos descritos são aplicados a um problema real onde se deseja obter a malha de elementos finitos a partir de uma imagem de um corpo de prova de concreto rompido. 3.2 Metodologia Para tratar cada etapa da metodologia, emprega-se aqui como exemplo a imagem sintética mostrada na figura 3.1, que apresenta um domínio não homogêneo para o qual se deseja gerar uma malha de elementos finitos. Neste caso, trata-se de um problema plano onde a região mais clara está associada a um certo material e a região mais escura a outro. 16

27 Após sua conversão para escala de cinza (grayscale)(figura 3.1), a imagem do domínio apresentada na figura 3.2 sofrerá uma série de transformações, so estas feitas por algoritmos implementados em MATLAB r conforme descrito a seguir 1. Figura 3.1: Imagem sintética para a qual se deseja gerar uma malha de elementos finitos. Figura 3.2: Imagem após conversão para escala de cinza Processamento da imagem Utilizando-se os operadores de Sobel, pode-se identificar as bordas da imagem da figura 3.2 apresentadas na figura Os Algoritmos implementados estão todos apresentados no Apêndice 1. 17

28 Figura 3.3: Bordas detectadas. Outros métodos poderiam ter sido aplicados na detecção das bordas como, por exemplo, a aplicação de detectores de borda de Roberts (L.Roberts, 1977). Optou-se pelos operadores de Sobel, pois além de produzirem bons resultados, são muito eficientes e de fácil implementação. O próximo passo é a rotulação da imagem, este procedimento é realizado através da varredura da imagem buscando pixels de mesma cor e que sejam vizinhos. Desta forma pode-se chegar aos 17 contornos contínuos da figura 3.1 e que são numerados conforme ilustra a figura 3.4. Utilizou-se nesta aplicação a vizinhança de 4 pontos Figura 3.4: Imagem mostrando a rotulação da bordas identificadas. A cada pixel de coordenada (x, y) pertencente ao k-ésimo contorno rotulado atribuise f(x, y) = k. A referência A.Rosenfeld (1993) apresenta diversas estratégias para se efetuar o procedimento de rotulação, que levam a resultados semelhantes aos obtidos aos aqui obtidos Obtenção dos pontos das bordas que farão parte da malha de elementos finitos Obviamente nem todos os pontos identificados nas bordas farão parte da malha de elementos finitos a ser gerada. A estratégia adotada para seleção dos pontos para a malha é descrita a seguir. 18

29 Seja uma janela quadrada com n n pixels num trecho da k-ésima borda identificada, conforme mostra a figura 3.5(a). Calcula-se o centróide (CG) do trecho c da k-ésima borda segundo as Equações 3.1, conforme mostra figura 3.5(b). Fazo-se essa janela variar de posição para toda k-ésima a borda, é possível identificar um conjunto de c pontos, conforme mostra a figura 3.5(c), destacando que estes pontos farão parte da malha de elementos finitos a ser gerada. Esto esse procedimento para todas as demais bordas detectadas, obtém-se os pontos mostrados na figura 3.6 que farão parte da malha de elementos finitos a ser gerada. (a) Trecho da k-ésima borda identificada em uma janela quadrada de n n pixels. (b) Centróide do trecho da k-ésima borda identificada. (c) Centróide de todos os trechos da k-ésima borda. Figura 3.5: Etapas para obtenção dos pontos das bordas que farão parte da malha de elementos finitos 19

30 x k c = y k c = n n x x=1 y=1, para f x,y = k, so k = N k n n y x=1 y=1 N k, para f x,y = k, so k = (3.1) onde N k é o número de pixels f x,y = k; e x k c e y k c são as coordenadas do centro de gravidade do trecho c da k-ésima borda para a janela de n n pixels na posição c. A janela é definida de acordo com o número de pontos desejados e, consequentemente, com o grau de refinamento da malha que se deseja obter. Figura 3.6: Pontos identificados e usados para a geração de malhas. Com objetivo de constituir a geometria, é necessário que os pontos identificados nas bordas sejam unidos corretamente, ou seja, obedeco a uma determinada ordem para formarem as linhas que por sua vez também devem ser ligadas corretamente para formar as superfícies que das quais de deseja obter a malha. Isto é feito da seguinte forma: 1. Primeiramente as coordenadas do centróide de cada k-ésima borda são determinadas de acordo com as Equações 3.2. x k CG = y k CG = c max c=1 x k c. c max c max c=1 y k c c max. (3.2) onde c max é o número de pontos identificados para uma dada borda. 2. Posteriormente o ângulo definido pela equação 3.3 é mostrado na figura 3.7 e calculado para cada ponto da k-ésima borda. 20

31 Figura 3.7: Determinação dos ângulos α usados para determinação das conectividades na geometria α k c = arctan ( y k c y k CG x k c xk CG ). (3.3) 3. Os pontos são unidos, para formar as linhas da geometria, em ordem crescente dos ângulos calculados Geração da malha Conforme citado anteriormente, no presente trabalho a geração das malhas foi feita através do programa livre Gmsh (Gmsh, 2008). Trata-se de um gerador de malhas que define linhas, superfícies e volumes através de seus contornos e é capaz de gerar malhas regulares e não regulares uni, bi e tridimensionais, formadas por elementos geométricos de barra, triangulares, quadrangulares e prismáticos. Este estudo, no entanto, visa problemas bidimensionais, com geometria descrita por meio de pontos, linhas e superfícies. Através da manipulação de dados extraídos do processamento da imagem da figura 3.1, pode-se gerar o arquivo de dados usado como entrada do Gmsh, mostrado na figura

32 Figura 3.8: Exemplo do formato de dados de saída para o Gmsh Resumindo, o PDI da figura 3.1 obtido através da metodologia apresentada define a geometria exportada para o Gmsh (figura 3.9). Figura 3.9: Imagem da geometria exportada para o Gmsh. A malha de elementos finitos obtidas via Gmsh é mostrada na figura 3.10); neste caso uma malha com 4068 elementos triangulares de 3 nós. 22

33 Figura 3.10: Malha de Elementos Finitos gerada a partir do Gmsh, auxiliado pela metodologia proposta. Os comandos e procedimentos do Gmsh para geração e refinamento de malhas na referência Gmsh (2008) são apresentados com detalhes. Cabe destacar que em problemas reais, é frequente a ocorrência irregularidades na imagem binarizada demandando estratégicas específicas para cada caso. Este aspecto será abordado na aplicação descrita na próxima seção. 3.3 Resultados Para testar a eficácia do método, este foi aplicado à imagem do corte de um corpo de prova de concreto, mostrado na figura Figura 3.11: Imagem do corpo de prova do concreto estudado. A imagem obtida a partir da binarização é vista na figura 3.12, onde a cor branca identifica a argamassa e a cor preta os agregados. Nota-se aí a presença de ruídos, cavidades e junção de partes. 23

34 Figura 3.12: Imagem com problemas destacados. Com o objetivo de eliminar os ruídos, adotou-se a estratégia de fixar um número mínimo de pixels para caracterização dos agregados, e na aplicação de um algoritmo para a contagem do número de pixels de mesmo rótulo em cada região. Uma vez classificado como ruído o grupo de pixels é removido. A figura 3.13 mostra a imagem resultante após a eliminação dos ruídos. Figura 3.13: Imagem com ruídos eliminados. Os demais problemas identificados, como cavidades e junções, foram tratados manualmente, e a imagem assumiu o aspecto visto na figura 3.14, considerada pronta para a próxima etapa da metodologia, que é a identificação de bordas. 24

35 Figura 3.14: Imagem após tratamento manual. A figura 3.15 mostra a imagem binarizada das bordas detectadas. Figura 3.15: Imagem binarizada das bordas. Os pontos médios definidos para a construção da geometria do meio são ilustrados na figura Figura 3.16: Imagem com pontos médios definidos. 25

36 A geometria gerada a partir dos pontos na figura 3.16 é mostrada na figura 3.17, gerada no Gmsh. Por fim, tem-se a malha de elementos finitos correspondente a figura 3.18, gerada no Cmsh a partir da metodologia proposta, com 3346 nós e 6480 elementos. Figura 3.17: Imagem da geometria exportada para o Gmsh. Figura 3.18: Malha de Elementos Finitos gerada a partir da metodologia proposta. 3.4 Comentários Gerais Os algoritmos se mostraram de fácil aplicação e de boa eficiência para o tratamento de imagens digitais, apresentando neste processo uma boa precisão. Os resultados obtidos podem servir de base para um processo automatizado que auxilie a modelagem computacional de sistemas para os quais é necessária a descrição geométrica dos mesmos através de malhas de elementos finitos. A principal contribuição desta metodologia é a tentativa de ser combinada com a idéia de se usar a captura de imagem e a automatização de um sistema de geração de malhas. Esse trabalho encontra-se em um estágio incipiente, necessitando obviamente de melhorias nos algoritmos apresentados. Entretanto, os resultados obtidos já podem servir de base para, por exemplo, a avaliação de propriedades homogeneizadas de misturas heterogêneas, como se apresenta no artigo M.Farage et al. (2008). 26

37 Capítulo 4 Problema 2: Determinação da Curva Granulométrica de Agregados Graúdos Neste capítulo será apresentado a metodologia para a determinação da granulometria de agregados graúdos através de processamento digital de imagens. Essa metodologia foi a- presentada no artigo: PERES, L. M.; BARBOSA, F. S.; BASTOS, P. K. X.; NOGUEIRA, F. M. A. Determinação da curva granulometrica de agregados graúdos via processamento digital de imagens. Apresentado no Nono Simpósio de Modelagem Computacional, 2010, São João Del Rei - MG. 4.1 Introdução A granulometria é uma propriedade que determina a porcentagem de massa do material dentro de certos intervalos de tamanhos diferentes, influenciando diretamente nas propriedades mecânicas das estruturas com que são fabricados. Este capítulo descreve a aplicação do PDI para análise de distribuição de tamanho de partículas dos agregados graúdos. A metodologia aqui aplicada foi extraída do trabalho de Mora et al. (1998) e adaptada para o tipo de agregado da região de Juiz de Fora (rocha Gnaisse). As curvas granulométricas obtidas foram confrontadas com as curvas extraídas pelo ensaio de peneiramento segundo a norma ABNT NBR NM 248 e apresentaram resultados relativamente próximos. O índice de correção inerente à metodologia aplicada foi determinado para os agregados analisados, viabilizando então sua aplicação a agregados de rocha Gnaisse. 4.2 Agregados Segundo Woods (1960) agregado é uma mistura de pedregulho, areia, pedra britada, escória ou outros materiais minerais usado em combinação com um ligante para formar concretos e argamassas. Desta forma pode-se enter agregado como um termo genérico para areias, pedregulhos e rochas minerais em seu estado natural ou britados em seu estado processado. Estes materiais são granulares, sem forma e volume definidos, geralmente inertes e de dimensões e propriedades adequados para uso em obras de engenharia. 27

38 Sua aplicação é variada: servem para lastro de vias férreas, bases para calçamentos, são adicionados aos solos que constituem a pista de rolamento de estradas, entram na composição de material para revestimentos asfálticos e são utilizados como material granular e inerte na confecção de argamassas e concretos. Os agregados desempenham um importante papel nas argamassas e concretos, quer seja do ponto de vista econômico, quer seja do ponto de vista técnico, e exercem influência benéfica sobre algumas características importantes como retração e aumento da resistência ao desgaste, sem prejudicar a resistência aos esforços mecânicos, pois os agregados de boa qualidade, normalmente, têm resistência mecânica superior a da pasta aglomerante (Petrucci, 1979). A classificação dos agregados pode ser do ponto de vista de sua origem e neste caso, são divididos em naturais e artificiais; levando em consideração sua massa específica, se subdividindo em leves, normais e pesados; mas, segundo Petrucci (1979), a classificação mais importante, em virtude do comportamento bastante diferenciado de ambos os tipos quando aplicados nos concretos, é a que divide os agregados, segundo os tamanhos, em agregados miúdos e graúdos. A NBR 7211 de 2009 define agregado graúdo e miúdo da seguinte forma: Agregado miúdo: Agregados cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 150 µm, em ensaio realizado de acordo com a Norma ABNT NRR NM 248, com peneiras definidas pela NBR NM ISO Agregado graúdo: Agregados cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm, em ensaio realizado de acordo com a Norma ABNT NRR NM 248, com peneiras definidas pela NBR NM ISO Ao classificar os agregados em graúdos e miúdos, surge a necessidade de quantificar as porcentagens do material dentro de grupos menores de tamanho, contidos no intervalo que define cada tipo do material. Dessa maneira tem-se o conceito de granulometria, denominando-se a composição granulométrica como as proporções relativas, expressas em porcentagens dos diferentes tamanhos de grãos, podo ser expressa pelo material que passa ou pelo material retido por peneiras. O início dos estudos de granulometria começaram com Feret, na França, porém, devemse a Füller e Thompson, nos Estados Unidos, as primeiras investigações em grande escala. A granulometria tem grande influência nas propriedades das estruturas produzidas com esses agregados. De acordo com Liedi Bernucci (2006) a distribuição granulométrica dos agregados é uma de suas principais características e efetivamente influi no comportamento dos revestimentos asfálticos. Em misturas asfálticas a distribuição granulométrica do agregado influencia quase todas as propriedades importantes, incluindo rigidez, estabilidade, durabilidade, permeabilidade, trabalhabilidade, resistência à fadiga, deformação permanente e resitência ao dano por umidade induzida etc. Já no caso dos agregados utilizados para fabricação de concretos, a mudança de granulometria do agregado poderá influenciar a resistência à compressão. Segundo Metha and Monteiro (1994), agregados que não têm grande falta ou excesso de qualquer tamanho de particula, em especial, produzem misturas de concreto mais trabalháveis e econômicas. Partículas maiores tem a produzir mais microfissuras na zona de transição entre o agregado graúdo e a pasta de cimento. 28

39 Além destes fatores, a granulometria é um dos critérios para a aceitação ou rejeição do material para uma determinada obra, conforme define a Norma ABNT NBR 7211 de 2005 no item oito: aceitação e rejeição. A distribuição granulométrica dos agregados é determinada usalmente por meio de uma análise de peneiramento, porém existe um processo que precede o peneiramento que é a amostragem, conforme mostrado asseguir Amostragem A amostragem é o processo no qual se procura obter uma pequena parcela do material de forma que essa represente o todo. Amostras de agregados são normalmente tomadas em pilhas de estocagem, correias transportadoras, silos ou as vezes de caminhões carregados. Os técnicos responsáveis pela amostragem devem evitar a coleta de material que esteja segregado, quando obtido de pilhas de estocagem, caminhões ou silos. Uma amostragem representativa é formada pela combinação de um número de amostras aleatórias obtidas em um período de tempo (um dia em amostras de correias) ou tomando amostras de várias locações em pilhas de estocagem e combinando essas amostras. As amostras devem ser tomadas atentando-se para o efeito da segregação nas pilhas de estocagem pois agregado no fundo das pilhas é usualmente mais graúdo. O método mais utilizado para amostragem em uma pilha é escalar seu lado entre seu fundo e seu topo, remover uma camada superficial e obter uma amostra abaixo dessa superfície (Marques, 2001). A Norma NBR NM 26 de Agregados - Amostragem, fixa as exigências para amostragem de agregados em campo. Depois de tomadas as quantidades requeridas e levadas ao laboratório, cada amostra deve ser reduzida para o tamanho apropriado para os ensaios específicos, podo-se usar para isso um separador (figura 4.1) ou a um quarteamento. O quateamento basicamente consiste em separar a amostra total em quatro partes e eliminar os dois quartos, repetindo o processo até que se tenha a quantidade necessária para o ensaio (figura 4.2). Figura 4.1: Quarteador 29

40 Figura 4.2: Quarteamento No caso específico para o ensaio com agregados graúdos a quantidade é de aproximadamente 1 kg. A Norma ABNT NM 27 de Agregados - Redução da amostra de campo para ensaios de laboratório, fixa condições exigíveis na redução de uma amostra de agregado formada em campo para ensaios em laboratório, onde são indicados procedimentos para essa redução. Terminando estes processos passa-se para a etapa de peneiramento Análise granulométrica de agregados graúdos por ensaio de peneiramento segundo a NBR NM 248 O ensaio de peneiramento é um método tradicional utilizado para determinar a distribuição granulométrica de partículas, como agregados e solo, por exemplo. Basicamente, a operação consiste em determinar a porcentagem de massa dentro de diferentes limites de tamanho para uma determinada amostra. No Brasil, a Norma que rege este ensaio para agregados é a NBR NM Agregados para Concreto - Especificação, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). De posse da amostra preparada, as peneiras são empilhadas em ordem crescente de abertura das malhas, ficando a de maior abertura na parte superior. Um recipiente sem abertura é colocado debaixo daquela de menor abertura para coletar as partículas que passam por todas as malhas. Para realizar o peneiramento, a amostra de 1 kg é colocada na peneira de maior tamanho, coberta e, em seguida, todo o conjunto de peneiras é agitado por um período de tempo especificado. Durante a agitação, as partículas passam por aquelas de tamanhos menores sucessivamente até que sejam mantidas em uma malha em que não seja possível passar. A figura 4.3 ilustra o processo de peneiramento, apresentando as peneiras, suas diferentes malhas e os respectivos agregados retidos em cada uma destas. 30

41 Figura 4.3: Peneiramento Na prática, verifica-se que após a agitação nem todas as partículas retidas em uma determinada peneira são realmente maiores do que sua abertura. Partículas menores que o tamanho da malha, podem ficar retidas sem passar por ela. Então é feita a verificação manual de cada agregado para se certificar que todas as partículas retidas são maiores que suas aberturas. Após o peneiramento, os agregados retidos em cada peneira são pesados. Os resultados da análise granulométrica são normalmente apresentados graficamente, onde a ordenada representa o percentual de massa retida acumulada e, a abscissa, as aberturas das malhas das peneiras, em escala logarítmica. Os pontos seguintes podem ser observados dos resultados do ensaio de peneiramento: Partículas que passam por uma abertura de peneira podem ter uma dimensão maior que o tamanho das aberturas de peneira. Uma partícula alongada to seu comprimento 1 maior que o tamanho da abertura pode passar pela abertura sem dificuldades conforme mostrado na figura 4.4. Portanto, o tamanho da abertura da peneira é uma medida relacionada com a espessura 2 e com a largura 3. Uma partícula pode passar através da abertura de uma peneira, que é quadrada, pela sua diagonal como é mostrado na figura 4.5. Dessa forma, a amplitude de uma partícula que passa por uma abertura pode ser maior que o tamanho da peneira, embora tenha que ser menor que o comprimento da diagonal da abertura da mesma. 1 O comprimento de um grão é definido como a maior dimensão possível de ser determinada e define a direção do comprimento. 2 A espessura de um grão é definida como a menor dimensão possível entre os planos paralelos entre si e a direção do comprimento do grão, que o tangenciam. 3 A espessura de um grão é definida como a maior dimensão possível entre os planos paralelos entre si e a direção do comprimento do grão, que o tangenciam. 31

42 Figura 4.4: Agregado alongado passando pela malha quadrada da peneira(extraído de Mora et al. (1998)). Figura 4.5: Corte horizontal em um agregado passando pela malha quadrada da peneira (Extraído de Mora et al. (1998)). 4.3 Metodologia Nas próximas subseções serão descritas as etapas utilizadas para a obtenção da curva granulométrica de agregado graúdo via PDI baseado em C.F. Mora, A.K.H. Kwan e em H.C. Chan et al. (1998). Ao final, será apresentado o valor do fator de correção obtido para o agregado estudado e uma comparação entre a curva granulométrica obtida pela metodologia apresentada e a obtida tradicionalmente pelo ensaio de peneiramento. Desta forma, espera-se avaliar se é possível ou não a aplicação dessa metodologia para o tipo de agregado encontrado e britado na região de Juiz de Fora (MG). Conforme citado anteriormente, o trabalho foi desenvolvido utilizando a toolbox de Processamento de Imagens do programa MATLAB r e os algoritmos implementados 4 tambem utilizaram este programa. 4 Os Algoritmos implementados estão todos apresentados no Apêndice 2. 32

43 4.3.1 Obtenção das imagens fotográficas dos agregados O primeiro passo é a obtenção das imagens digitais dos agregados. Para isso, foi utilizada uma câmera digital SONY HD. Os agregados foram colocados sobre uma folha de cartolina de cor preta, onde foram cuidadosamente espalhados para que não se tocassem ou se sobrepusessem. Uma fonte de luz foi ajustada para que não houvesse sombra. Dois retângulos de cor branca e de dimensões conhecidas foram colocados junto aos agregados para que fosse possível relacionar a escala de pixels com a escala de comprimento real do objeto. A imagem obtida é apresentada na figura (4.6). Figura 4.6: Amostra de agregados graúdos dispostos sobre a cartolina preta. Na parte superior esquerda podem ser observados os dois retângulos brancos utilizados para a correlação entre pixels e a escala de comprimento real do objeto Processamento da Imagem To adquirido a imagem da amostra global, passou-se à fase de processamento que consistiu na segmentação, eliminação de ruídos e detecção das bordas, ou seja, a imagem foi modificada de tal forma que as informações de interesse que são a área, largura e espessura de cada pedra, pudessem ser extraídas da imagem. Primeiramente, a imagem foi segmentada através de uma operação de limiarização. Conforme pode ser observado na figura (4.7), após a imagem ser segmentada, surgiram alguns ruídos, que em sua maior parte foram corrigidos automaticamente. Porém, alguns problemas ainda poderiam surgir, o que tornou necessária uma correção via programas de tratamento de imagens. 33

44 Figura 4.7: Imagem após ser segmentada. A figura (4.8) apresenta a imagem após as correções citadas anteriormente. Pode-se observar que os retângulos utilizados para a conversão de pixel para milímetros não estão mais na imagem. Isso ocorre porque na etapa anterior já foi possível fazer a conversão apenas com a imagem segmentada. Figura 4.8: Imagem após correções. A etapa seguinte foi a obtenção das bordas de cada agregado, utilizando o operador de Sobel, a figura (4.9) apresenta a imagem após a detecção de suas bordas. Ao chegar a esta etapa, a análise das imagens foi feita para extrair as seguintes informações dos agregados, área, comprimento e largura de cada partícula. A área é definida como a área projetada da partícula e isso envolve contar o número de pixels dentro do contorno fechado da imagem de partículas e converter esse número em dimensões reais de acordo com o fator de escala determinado pela calibração (descrita no item obtenção das imagens fotográficas dos agregados ). O comprimento e a largura de uma partícula são definidos como o comprimento e a largura do retângulo que limita a área das partículas que estão so analisadas. A técnica utilizada aqui para obter essas medidas é análoga aquela descrita anteriormente para a obtenção do comprimento e da largura de uma elípse. A referência (Fernlund, 1998) apresenta um estudo detalhado sobre metodologias alternativas a adotada aqui 34

Processamento de Imagem. Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto andrekusumoto.unip@gmail.com

Processamento de Imagem. Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto andrekusumoto.unip@gmail.com Processamento de Imagem Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto andrekusumoto.unip@gmail.com Visão Computacional Não existe um consenso entre os autores sobre o correto escopo do processamento de imagens, a

Leia mais

Fundamentos de Imagens Digitais. Aquisição e Digitalização de Imagens. Aquisição e Digitalização de Imagens. Aquisição e Digitalização de Imagens

Fundamentos de Imagens Digitais. Aquisição e Digitalização de Imagens. Aquisição e Digitalização de Imagens. Aquisição e Digitalização de Imagens Fundamentos de Imagens Digitais Aquisição e Serão apresentadas as principais características de uma imagem digital: imagem do ponto de vista matemático processo de aquisição e digitalização de uma imagem

Leia mais

Universidade Federal de Goiás Instituto de Informática Processamento Digital de Imagens

Universidade Federal de Goiás Instituto de Informática Processamento Digital de Imagens Universidade Federal de Goiás Instituto de Informática Processamento Digital de Imagens Prof Fabrízzio Alphonsus A M N Soares 2012 Capítulo 2 Fundamentos da Imagem Digital Definição de Imagem: Uma imagem

Leia mais

Aula 2 Aquisição de Imagens

Aula 2 Aquisição de Imagens Processamento Digital de Imagens Aula 2 Aquisição de Imagens Prof. Dr. Marcelo Andrade da Costa Vieira mvieira@sc.usp.br EESC/USP Fundamentos de Imagens Digitais Ocorre a formação de uma imagem quando

Leia mais

SEGMENTAÇÃO DE IMAGENS EM PLACAS AUTOMOTIVAS

SEGMENTAÇÃO DE IMAGENS EM PLACAS AUTOMOTIVAS SEGMENTAÇÃO DE IMAGENS EM PLACAS AUTOMOTIVAS André Zuconelli 1 ; Manassés Ribeiro 2 1. Aluno do Curso Técnico em Informática, turma 2010, Instituto Federal Catarinense, Câmpus Videira, andre_zuconelli@hotmail.com

Leia mais

2.1.2 Definição Matemática de Imagem

2.1.2 Definição Matemática de Imagem Capítulo 2 Fundamentação Teórica Este capítulo descreve os fundamentos e as etapas do processamento digital de imagens. 2.1 Fundamentos para Processamento Digital de Imagens Esta seção apresenta as propriedades

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro - IM/DCC & NCE

Universidade Federal do Rio de Janeiro - IM/DCC & NCE Universidade Federal do Rio de Janeiro - IM/DCC & NCE Processamento de Imagens Tratamento da Imagem - Filtros Antonio G. Thomé thome@nce.ufrj.br Sala AEP/033 Sumário 2 Conceito de de Filtragem Filtros

Leia mais

Transformada de Hough. Cleber Pivetta Gustavo Mantovani Felipe Zottis

Transformada de Hough. Cleber Pivetta Gustavo Mantovani Felipe Zottis Transformada de Hough Cleber Pivetta Gustavo Mantovani Felipe Zottis A Transformada de Hough foi desenvolvida por Paul Hough em 1962 e patenteada pela IBM. Originalmente, foi elaborada para detectar características

Leia mais

Informática Aplicada a Radiologia

Informática Aplicada a Radiologia Informática Aplicada a Radiologia Apostila: Imagem Digital parte I Prof. Rubens Freire Rosa Imagem na forma digital A representação de Imagens na forma digital nos permite capturar, armazenar e processar

Leia mais

Introdução ao Processamento de Imagens

Introdução ao Processamento de Imagens Introdução ao PID Processamento de Imagens Digitais Introdução ao Processamento de Imagens Glaucius Décio Duarte Instituto Federal Sul-rio-grandense Engenharia Elétrica 2013 1 de 7 1. Introdução ao Processamento

Leia mais

REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM DIGITAL

REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM DIGITAL REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM DIGITAL Representação da imagem Uma imagem é uma função de intensidade luminosa bidimensional f(x,y) que combina uma fonte de iluminação e a reflexão ou absorção de energia a partir

Leia mais

4 Segmentação. 4.1. Algoritmo proposto

4 Segmentação. 4.1. Algoritmo proposto 4 Segmentação Este capítulo apresenta primeiramente o algoritmo proposto para a segmentação do áudio em detalhes. Em seguida, são analisadas as inovações apresentadas. É importante mencionar que as mudanças

Leia mais

CEP 36307-352 fernando.nogueira@ufjf.edu.br

CEP 36307-352 fernando.nogueira@ufjf.edu.br 26 a 28 de maio de 2 Universidade Federal de São João del-rei MG Associação Brasileira de Métodos Computacionais em Engenharia Determinação da Curva Granulométrica de Agregados Graúdos Via Processamento

Leia mais

Modelagem Digital do Terreno

Modelagem Digital do Terreno Geoprocessamento: Geração de dados 3D Modelagem Digital do Terreno Conceito Um Modelo Digital de Terreno (MDT) representa o comportamento de um fenômeno que ocorre em uma região da superfície terrestre

Leia mais

Universidade Federal de Alagoas Instituto de Matemática. Imagem. Prof. Thales Vieira

Universidade Federal de Alagoas Instituto de Matemática. Imagem. Prof. Thales Vieira Universidade Federal de Alagoas Instituto de Matemática Imagem Prof. Thales Vieira 2014 O que é uma imagem digital? Imagem no universo físico Imagem no universo matemático Representação de uma imagem Codificação

Leia mais

Thales Trigo. Formatos de arquivos digitais

Thales Trigo. Formatos de arquivos digitais Esse artigo sobre Formatos de Arquivos Digitais é parte da Tese de Doutoramento do autor apresentada para a obtenção do titulo de Doutor em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da USP. Thales Trigo

Leia mais

Atividade: matrizes e imagens digitais

Atividade: matrizes e imagens digitais Atividade: matrizes e imagens digitais Aluno(a): Turma: Professor(a): Parte 01 MÓDULO: MATRIZES E IMAGENS BINÁRIAS 1 2 3 4 5 6 7 8 Indique, na tabela abaixo, as respostas dos 8 desafios do Jogo dos Índices

Leia mais

APLICAÇÕES DA DERIVADA

APLICAÇÕES DA DERIVADA Notas de Aula: Aplicações das Derivadas APLICAÇÕES DA DERIVADA Vimos, na seção anterior, que a derivada de uma função pode ser interpretada como o coeficiente angular da reta tangente ao seu gráfico. Nesta,

Leia mais

29/08/2011. Radiologia Digital. Princípios Físicos da Imagem Digital 1. Mapeamento não-linear. Unidade de Aprendizagem Radiológica

29/08/2011. Radiologia Digital. Princípios Físicos da Imagem Digital 1. Mapeamento não-linear. Unidade de Aprendizagem Radiológica Mapeamento não-linear Radiologia Digital Unidade de Aprendizagem Radiológica Princípios Físicos da Imagem Digital 1 Professor Paulo Christakis 1 2 Sistema CAD Diagnóstico auxiliado por computador ( computer-aided

Leia mais

Localização de placas em imagens de veículos. Resumo

Localização de placas em imagens de veículos. Resumo Localização de placas em imagens de veículos Geovane Hilário Linzmeyer Curso de Inteligência Computacional Pontifícia Universidade Católica do Paraná Curitiba, dezembro de 2005 Resumo Um dos maiores problemas

Leia mais

Cálculo Numérico Aula 1: Computação numérica. Tipos de Erros. Aritmética de ponto flutuante

Cálculo Numérico Aula 1: Computação numérica. Tipos de Erros. Aritmética de ponto flutuante Cálculo Numérico Aula : Computação numérica. Tipos de Erros. Aritmética de ponto flutuante Computação Numérica - O que é Cálculo Numérico? Cálculo numérico é uma metodologia para resolver problemas matemáticos

Leia mais

Processamento digital de imagens. introdução

Processamento digital de imagens. introdução Processamento digital de imagens introdução Imagem digital Imagem digital pode ser descrita como uma matriz bidimensional de números inteiros que corresponde a medidas discretas da energia eletromagnética

Leia mais

Figura 01: Aplicações do Filtro Espacial Passa-Baixa.

Figura 01: Aplicações do Filtro Espacial Passa-Baixa. 791 IMPLEMENTAÇÃO DE TÉCNICAS DE PRÉ-PROCESSAMENTO E PROCESSAMENTO DE IMAGENS PARA RADIOGRAFIAS CARPAIS Rafael Lima Alves 1 ; Michele Fúlvia Angelo 2 Bolsista PROBIC, Graduando em Engenharia de Computação,

Leia mais

Filtragem Espacial. (Processamento Digital de Imagens) 1 / 41

Filtragem Espacial. (Processamento Digital de Imagens) 1 / 41 Filtragem Espacial (Processamento Digital de Imagens) 1 / 41 Filtragem Espacial Filtragem espacial é uma das principais ferramentas usadas em uma grande variedade de aplicações; A palavra filtro foi emprestada

Leia mais

6. Geometria, Primitivas e Transformações 3D

6. Geometria, Primitivas e Transformações 3D 6. Geometria, Primitivas e Transformações 3D Até agora estudamos e implementamos um conjunto de ferramentas básicas que nos permitem modelar, ou representar objetos bi-dimensionais em um sistema também

Leia mais

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010. Matemática Essencial Extremos de funções reais Departamento de Matemática - UEL - 2010 Conteúdo Ulysses Sodré http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Leia mais

CorelDRAW 11 1. UM PROGRAMA DE DESIGN

CorelDRAW 11 1. UM PROGRAMA DE DESIGN CorelDRAW 11 1. UM PROGRAMA DE DESIGN Com o Corel você vai trabalhar com um dos aplicativos mais usados no campo do design e da auto-edição, já que permite operar com dois tipos de gráficos (vetoriais

Leia mais

Respostas do Estudo Dirigido do Capítulo 14 Classical pattern recognition and image matching"

Respostas do Estudo Dirigido do Capítulo 14 Classical pattern recognition and image matching Respostas do Estudo Dirigido do Capítulo 14 Classical pattern recognition and image matching" 1 Com suas palavras explique o que é Reconhecimento de Padrões- RP. Quais são os fases clássicas que compõem

Leia mais

Desenho Técnico. Desenho Projetivo e Perspectiva Isométrica

Desenho Técnico. Desenho Projetivo e Perspectiva Isométrica Desenho Técnico Assunto: Aula 3 - Desenho Projetivo e Perspectiva Isométrica Professor: Emerson Gonçalves Coelho Aluno(A): Data: / / Turma: Desenho Projetivo e Perspectiva Isométrica Quando olhamos para

Leia mais

UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE. Correção geométrica de imagens

UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE. Correção geométrica de imagens Correção geométrica de imagens O georreferenciamento descreve a relação entre os parâmetros de localização dos objetos no espaço da imagem e no sistema de referência, transformando as coordenadas de cada

Leia mais

Capítulo II Imagem Digital

Capítulo II Imagem Digital Capítulo II Imagem Digital Proc. Sinal e Imagem Mestrado em Informática Médica Miguel Tavares Coimbra Resumo 1. Formação de uma imagem 2. Representação digital de uma imagem 3. Cor 4. Histogramas 5. Ruído

Leia mais

Organização e Arquitetura de Computadores I

Organização e Arquitetura de Computadores I Organização e Arquitetura de Computadores I Aritmética Computacional Slide 1 Sumário Unidade Lógica e Aritmética Representação de Números Inteiros Aritmética de Números Inteiros Representação de Números

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

FILTRAGEM ESPACIAL. Filtros Digitais no domínio do espaço

FILTRAGEM ESPACIAL. Filtros Digitais no domínio do espaço FILTRAGEM ESPACIAL Filtros Digitais no domínio do espaço Definição Também conhecidos como operadores locais ou filtros locais Combinam a intensidade de um certo número de piels, para gerar a intensidade

Leia mais

UFGD FCA PROF. OMAR DANIEL BLOCO 4 PROCESSAMENTO DE IMAGENS

UFGD FCA PROF. OMAR DANIEL BLOCO 4 PROCESSAMENTO DE IMAGENS UFGD FCA PROF. OMAR DANIEL BLOCO 4 PROCESSAMENTO DE IMAGENS Executar as principais técnicas utilizadas em processamento de imagens, como contraste, leitura de pixels, transformação IHS, operações aritméticas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS VINICIUS DA SILVEIRA SEGALIN FLORIANÓPOLIS OUTUBRO/2013 Sumário

Leia mais

Os caracteres de escrita

Os caracteres de escrita III. Caracteres de Escrita Os caracteres de escrita ou letras técnicas são utilizadas em desenhos técnicos pelo simples fato de proporcionarem maior uniformidade e tornarem mais fácil a leitura. Se uma

Leia mais

Decidir como medir cada característica. Definir as características de qualidade. Estabelecer padrões de qualidade

Decidir como medir cada característica. Definir as características de qualidade. Estabelecer padrões de qualidade Escola de Engenharia de Lorena - EEL Controle Estatístico de Processos CEP Prof. MSc. Fabrício Maciel Gomes Objetivo de um Processo Produzir um produto que satisfaça totalmente ao cliente. Conceito de

Leia mais

Caracterização temporal de circuitos: análise de transientes e regime permanente. Condições iniciais e finais e resolução de exercícios.

Caracterização temporal de circuitos: análise de transientes e regime permanente. Condições iniciais e finais e resolução de exercícios. Conteúdo programático: Elementos armazenadores de energia: capacitores e indutores. Revisão de características técnicas e relações V x I. Caracterização de regime permanente. Caracterização temporal de

Leia mais

)LJXUD8PGRVSDUHV'SDUDFRQYROXomRTXHWHPRPHVPRHIHLWRGR NHUQHOGD)LJXUD

)LJXUD8PGRVSDUHV'SDUDFRQYROXomRTXHWHPRPHVPRHIHLWRGR NHUQHOGD)LJXUD )LOWURJDXVVLDQR O filtro Gaussiano pode ser usado como um filtro SDVVDEDL[D. Usando a função Gaussiana para obter valores de uma máscara a ser definida digitalmente. O Filtro de Gaussiano em 1-D tem a

Leia mais

SEGEMENTAÇÃO DE IMAGENS. Nielsen Castelo Damasceno

SEGEMENTAÇÃO DE IMAGENS. Nielsen Castelo Damasceno SEGEMENTAÇÃO DE IMAGENS Nielsen Castelo Damasceno Segmentação Segmentação Representação e descrição Préprocessamento Problema Aquisição de imagem Base do conhecimento Reconhecimento e interpretação Resultado

Leia mais

Segmentação de Imagens de Placas Automotivas

Segmentação de Imagens de Placas Automotivas Segmentação de Imagens de Placas Automotivas André Zuconelli, Manassés Ribeiro Instituto Federal Catarinense - Campus Videira. Técnico em Informática, turma 2010 Rodovia SC, Km 5 Bairro Campo Experimental

Leia mais

2. Representação Numérica

2. Representação Numérica 2. Representação Numérica 2.1 Introdução A fim se realizarmos de maneira prática qualquer operação com números, nós precisamos representa-los em uma determinada base numérica. O que isso significa? Vamos

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DO PONTAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DO PONTAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DO PONTAL Física Experimental III - Medidas Elétricas Objetivo O objetivo desta prática é aprender a fazer medições de resistência, tensão

Leia mais

Características do vídeo. Aquisição, síntese, edição e reprodução de vídeo. Características do vídeo analógico. Características do vídeo analógico

Características do vídeo. Aquisição, síntese, edição e reprodução de vídeo. Características do vídeo analógico. Características do vídeo analógico Características do vídeo Aquisição, síntese, edição e reprodução de vídeo Vídeo media dinâmico Vídeo corresponde a um movimento sequencial de um conjunto de imagens, chamados fotogramas ou frames. Frame

Leia mais

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ENG JR ELETRON 2005 29 O gráfico mostrado na figura acima ilustra o diagrama do Lugar das Raízes de um sistema de 3ª ordem, com três pólos, nenhum zero finito e com realimentação de saída. Com base nas

Leia mais

O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2

O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2 3.2 O Espaço Nulo de A: Resolvendo Ax = 0 11 O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2 Esta seção trata do espaço de soluções para Ax = 0. A matriz A pode ser quadrada ou retangular. Uma solução imediata

Leia mais

Faculdade Sagrada Família

Faculdade Sagrada Família AULA 12 - AJUSTAMENTO DE CURVAS E O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS Ajustamento de Curvas Sempre que desejamos estudar determinada variável em função de outra, fazemos uma análise de regressão. Podemos dizer

Leia mais

Capítulo 3. Avaliação de Desempenho. 3.1 Definição de Desempenho

Capítulo 3. Avaliação de Desempenho. 3.1 Definição de Desempenho 20 Capítulo 3 Avaliação de Desempenho Este capítulo aborda como medir, informar e documentar aspectos relativos ao desempenho de um computador. Além disso, descreve os principais fatores que influenciam

Leia mais

PROVA MODELO 2015. Duração da prova: 120 minutos

PROVA MODELO 2015. Duração da prova: 120 minutos Página 1 de 8 Provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência do ensino superior dos maiores de 3 anos, Decreto-Lei n.º 64/006, de 1 de março AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE

Leia mais

Filtragem. pixel. perfil de linha. Coluna de pixels. Imagem. Linha. Primeiro pixel na linha

Filtragem. pixel. perfil de linha. Coluna de pixels. Imagem. Linha. Primeiro pixel na linha Filtragem As técnicas de filtragem são transformações da imagem "pixel" a "pixel", que dependem do nível de cinza de um determinado "pixel" e do valor dos níveis de cinza dos "pixels" vizinhos, na imagem

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA PÓS GRADUAÇÃO EM INFORMÁTICA

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA PÓS GRADUAÇÃO EM INFORMÁTICA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA PÓS GRADUAÇÃO EM INFORMÁTICA INF2608 FUNDAMENTOS DE COMPUTAÇÃO GRÁFICA RELATÓRIO: IMAGENS SÍSMICAS VISUALIZAÇÃO E DETECÇÃO

Leia mais

TIPOS DE REFLEXÃO Regular Difusa

TIPOS DE REFLEXÃO Regular Difusa Reflexão da luz TIPOS DE REFLEXÃO Regular Difusa LEIS DA REFLEXÃO RI = raio de luz incidente i normal r RR = raio de luz refletido i = ângulo de incidência (é formado entre RI e N) r = ângulo de reflexão

Leia mais

EXPERIMENTO N o 6 LENTES CONVERGENTES INTRODUÇÃO

EXPERIMENTO N o 6 LENTES CONVERGENTES INTRODUÇÃO EXPERIMENTO N o 6 LENTES CONVERGENTES INTRODUÇÃO Ao incidir em uma lente convergente, um feixe paralelo de luz, depois de passar pela lente, é concentrado em um ponto denominado foco (representado por

Leia mais

2 Classificação de Imagens de Sensoriamento Remoto

2 Classificação de Imagens de Sensoriamento Remoto 2 Classificação de Imagens de Sensoriamento Remoto 2.1. Processamento Digital de Imagens Processamento Digital de Imagens entende-se como a manipulação de uma imagem por computador de modo que a entrada

Leia mais

RECONHECIMENTO DE PLACAS DE AUTOMÓVEIS ATRAVÉS DE CÂMERAS IP

RECONHECIMENTO DE PLACAS DE AUTOMÓVEIS ATRAVÉS DE CÂMERAS IP RECONHECIMENTO DE PLACAS DE AUTOMÓVEIS ATRAVÉS DE CÂMERAS IP Caio Augusto de Queiroz Souza caioaugusto@msn.com Éric Fleming Bonilha eric@digifort.com.br Gilson Torres Dias gilson@maempec.com.br Luciano

Leia mais

SESSÃO 5: DECLINAÇÃO SOLAR AO LONGO DO ANO

SESSÃO 5: DECLINAÇÃO SOLAR AO LONGO DO ANO SESSÃO 5: DECLINAÇÃO SOLAR AO LONGO DO ANO Respostas breves: 1.1) 9,063 N 1.2) norte, pois é positiva. 1.3) São José (Costa Rica). 2) Não, porque Santa Maria não está localizada sobre ou entre os dois

Leia mais

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente:

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente: Rumo ao ITA Física Análise Dimensional Ivan Guilhon Mitoso Rocha A análise dimensional é um assunto básico que estuda as grandezas físicas em geral, com respeito a suas unidades de medida. Como as grandezas

Leia mais

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS UFBA-ESCOLA POLITÉCNICA-DCTM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS ROTEIRO DE AULAS CONCRETO FRESCO Unidade III Prof. Adailton de O. Gomes CONCRETO FRESCO Conhecer o comportamento

Leia mais

Processamento Digital de Imagens

Processamento Digital de Imagens Processamento Digital de Imagens Israel Andrade Esquef a Márcio Portes de Albuquerque b Marcelo Portes de Albuquerque b a Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF b Centro Brasileiro de Pesquisas

Leia mais

Fotografia digital. Aspectos técnicos

Fotografia digital. Aspectos técnicos Fotografia digital Aspectos técnicos Captura CCD (Charge Coupled Device) CMOS (Complementary Metal OxideSemiconductor) Conversão de luz em cargas elétricas Equilíbrio entre abertura do diafragma e velocidade

Leia mais

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = =

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = = Energia Potencial Elétrica Física I revisitada 1 Seja um corpo de massa m que se move em linha reta sob ação de uma força F que atua ao longo da linha. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo

Leia mais

Introdução. Criar um sistema capaz de interagir com o ambiente. Um transdutor é um componente que transforma um tipo de energia em outro.

Introdução. Criar um sistema capaz de interagir com o ambiente. Um transdutor é um componente que transforma um tipo de energia em outro. SENSORES Introdução Criar um sistema capaz de interagir com o ambiente. Num circuito eletrônico o sensor é o componente que sente diretamente alguma característica física do meio em que esta inserido,

Leia mais

ATENÇÃO: * Arquivos com tamanho superior a 500 KB NÃO SERÃO ACEITOS * SOMENTE serão aceitos documentos do formato: PDF

ATENÇÃO: * Arquivos com tamanho superior a 500 KB NÃO SERÃO ACEITOS * SOMENTE serão aceitos documentos do formato: PDF TUTORIAL DE DIGITALIZAÇÃO DIRIGIDO AO USO DO PROCESSO ELETRÔNICO Adaptado do tutorial elaborado pelo colega MAICON FALCÃO, operador de computador da subseção judiciária de Rio Grande. Introdução Este tutorial

Leia mais

Conforme explicado em 2.4.3, o sinal de voz x(n) às vezes é alterado com a adição de ruído r(n), resultando num sinal corrompido y(n).

Conforme explicado em 2.4.3, o sinal de voz x(n) às vezes é alterado com a adição de ruído r(n), resultando num sinal corrompido y(n). 4 Wavelet Denoising O capítulo 3 abordou a questão do ruído durante a extração dos atributos as técnicas do SSCH e do PNCC, por exemplo, extraem com mais robustez a informação da voz a partir de um sinal

Leia mais

Roteiro para preparação de proposta de Trabalhos Técnico-Científicos

Roteiro para preparação de proposta de Trabalhos Técnico-Científicos 1 Roteiro para preparação de proposta de Trabalhos Técnico-Científicos Prof. Valdemir Carrara www.valcar.net www.carrara.us 2 1 INTRODUÇÃO Na introdução deve-se descrever os objetivos principais do trabalho

Leia mais

Oficina de Multimédia B. ESEQ 12º i 2009/2010

Oficina de Multimédia B. ESEQ 12º i 2009/2010 Oficina de Multimédia B ESEQ 12º i 2009/2010 Conceitos gerais Multimédia Hipertexto Hipermédia Texto Tipografia Vídeo Áudio Animação Interface Interacção Multimédia: É uma tecnologia digital de comunicação,

Leia mais

QFD: Quality Function Deployment QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO

QFD: Quality Function Deployment QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO 1 - INTRODUÇÃO Segundo Akao (1990), QFD é a conversão dos requisitos do consumidor em características de qualidade do produto e o desenvolvimento da qualidade de

Leia mais

3 Classificação. 3.1. Resumo do algoritmo proposto

3 Classificação. 3.1. Resumo do algoritmo proposto 3 Classificação Este capítulo apresenta primeiramente o algoritmo proposto para a classificação de áudio codificado em MPEG-1 Layer 2 em detalhes. Em seguida, são analisadas as inovações apresentadas.

Leia mais

4 Orbitais do Átomo de Hidrogênio

4 Orbitais do Átomo de Hidrogênio 4 Orbitais do Átomo de Hidrogênio A aplicação mais intuitiva e que foi a motivação inicial para desenvolver essa técnica é a representação dos orbitais do átomo de hidrogênio que, desde então, tem servido

Leia mais

Roteiro 23 Difração e Interferência de ondas bidimensionais num meio líquido

Roteiro 23 Difração e Interferência de ondas bidimensionais num meio líquido Roteiro 23 Difração e Interferência de ondas bidimensionais num meio líquido 1 INTRODUÇÃO As ondas podem sofrer o efeito de diversos fenômenos, dentre eles estão a difração e a interferência. A difração

Leia mais

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 1. MATEMÁTICA I 1 FUNÇÃO DO 1º GRAU

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 1. MATEMÁTICA I 1 FUNÇÃO DO 1º GRAU FUNÇÃO IDENTIDADE... FUNÇÃO LINEAR... FUNÇÃO AFIM... GRÁFICO DA FUNÇÃO DO º GRAU... IMAGEM... COEFICIENTES DA FUNÇÃO AFIM... ZERO DA FUNÇÃO AFIM... 8 FUNÇÕES CRESCENTES OU DECRESCENTES... 9 SINAL DE UMA

Leia mais

Prof. Marcelo Henrique dos Santos

Prof. Marcelo Henrique dos Santos POR QUE ESTUDAR COMPUTAÇÃO GRÁFICA? Quem quiser trabalhar em áreas afins: Entretenimento Jogos e filmes Visualização Simulação de fenômenos físicos Arte computadorizada Educação e treinamento Processamento

Leia mais

Aula 9 ESCALA GRÁFICA. Antônio Carlos Campos

Aula 9 ESCALA GRÁFICA. Antônio Carlos Campos Aula 9 ESCALA GRÁFICA META Apresentar as formas de medição da proporcionalidade entre o mundo real e os mapas através das escalas gráficas. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: estabelecer formas

Leia mais

5. Resultados e Análises

5. Resultados e Análises 66 5. Resultados e Análises Neste capítulo é importante ressaltar que as medições foram feitas com uma velocidade constante de 1800 RPM, para uma freqüência de 60 Hz e uma voltagem de 220 V, entre as linhas

Leia mais

PROF. DR. JACQUES FACON

PROF. DR. JACQUES FACON PUCPR- Pontifícia Universidade Católica Do Paraná PPGIA- Programa de Pós-Graduação Em Informática Aplicada PROF. DR. JACQUES FACON LIMIARIZAÇÃO DUPLA DE ISTVÁN CSEKE PROJETO DE UMA RÁPIDA SEGMENTAÇÃO PARA

Leia mais

REFLEXÃO DA LUZ: ESPELHOS 412EE TEORIA

REFLEXÃO DA LUZ: ESPELHOS 412EE TEORIA 1 TEORIA 1 DEFININDO ESPELHOS PLANOS Podemos definir espelhos planos como toda superfície plana e polida, portanto, regular, capaz de refletir a luz nela incidente (Figura 1). Figura 1: Reflexão regular

Leia mais

Fundamentos de Hardware

Fundamentos de Hardware Fundamentos de Hardware Curso Técnico em Informática SUMÁRIO PLACAS DE EXPANSÃO... 3 PLACAS DE VÍDEO... 3 Conectores de Vídeo... 4 PLACAS DE SOM... 6 Canais de Áudio... 7 Resolução das Placas de Som...

Leia mais

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA 58 FUNDIÇÃO e SERVIÇOS NOV. 2012 PLANEJAMENTO DA MANUFATURA Otimizando o planejamento de fundidos em uma linha de montagem de motores (II) O texto dá continuidade à análise do uso da simulação na otimização

Leia mais

FAPERJ & PIUES/PUC-Rio FÍSICA E MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO APLICADAS A SISTEMAS DE ENGENHARIA

FAPERJ & PIUES/PUC-Rio FÍSICA E MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO APLICADAS A SISTEMAS DE ENGENHARIA FAPERJ & PIUES/PUC-Rio FÍSICA E MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO APLICADAS A SISTEMAS DE ENGENHARIA 1) INTRODUÇÃO Rio de Janeiro, 05 de Maio de 2015. A equipe desenvolvedora deste projeto conta com: - Prof.

Leia mais

7.Conclusão e Trabalhos Futuros

7.Conclusão e Trabalhos Futuros 7.Conclusão e Trabalhos Futuros 158 7.Conclusão e Trabalhos Futuros 7.1 Conclusões Finais Neste trabalho, foram apresentados novos métodos para aceleração, otimização e gerenciamento do processo de renderização

Leia mais

Ensaio de tração: cálculo da tensão

Ensaio de tração: cálculo da tensão Ensaio de tração: cálculo da tensão A UU L AL A Você com certeza já andou de elevador, já observou uma carga sendo elevada por um guindaste ou viu, na sua empresa, uma ponte rolante transportando grandes

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

Codificação/Compressão de Vídeo. Tópico: Vídeo (Codificação + Compressão)

Codificação/Compressão de Vídeo. Tópico: Vídeo (Codificação + Compressão) Tópico: Vídeo (Codificação + Compressão) Um vídeo pode ser considerado como uma seqüência de imagens estáticas (quadros). Cada um desses quadros pode ser codificado usando as mesmas técnicas empregadas

Leia mais

Teoria Princípio do Capacitor

Teoria Princípio do Capacitor Teoria Princípio do Capacitor Um capacitor consiste de dois pratos eletrodos isolados de cada lado por um dielétrico médio. As características de um capacitor são dependentes da capacitância e da tensão.

Leia mais

Figura 1-1. Entrada de ar tipo NACA. 1

Figura 1-1. Entrada de ar tipo NACA. 1 1 Introdução Diversos sistemas de uma aeronave, tais como motor, ar-condicionado, ventilação e turbinas auxiliares, necessitam captar ar externo para operar. Esta captura é feita através da instalação

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Massas Nodulares, Classificação de Padrões, Redes Multi- Layer Perceptron.

PALAVRAS-CHAVE: Massas Nodulares, Classificação de Padrões, Redes Multi- Layer Perceptron. 1024 UMA ABORDAGEM BASEADA EM REDES PERCEPTRON MULTICAMADAS PARA A CLASSIFICAÇÃO DE MASSAS NODULARES EM IMAGENS MAMOGRÁFICAS Luan de Oliveira Moreira¹; Matheus Giovanni Pires² 1. Bolsista PROBIC, Graduando

Leia mais

Projetos. Universidade Federal do Espírito Santo - UFES. Mestrado em Informática 2004/1. O Projeto. 1. Introdução. 2.

Projetos. Universidade Federal do Espírito Santo - UFES. Mestrado em Informática 2004/1. O Projeto. 1. Introdução. 2. Pg. 1 Universidade Federal do Espírito Santo - UFES Mestrado em Informática 2004/1 Projetos O Projeto O projeto tem um peso maior na sua nota final pois exigirá de você a utilização de diversas informações

Leia mais

Utilização do SOLVER do EXCEL

Utilização do SOLVER do EXCEL Utilização do SOLVER do EXCEL 1 Utilização do SOLVER do EXCEL José Fernando Oliveira DEEC FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO MAIO 1998 Para ilustrar a utilização do Solver na resolução de

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica Apostila de Automação Industrial Elaborada pelo Professor M.Eng. Rodrigo Cardozo Fuentes Prof. Rodrigo

Leia mais

Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 1º Relatório INDÍCE

Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 1º Relatório INDÍCE INDÍCE 1- Introdução/ Objectivos... 2- Análise Granulométrica... 2.1- Introdução e descrição dos ensaios... 2.2- Cálculos efectuados, resultados encontrados e observações... 2.3- Conclusão... 3- Ensaio

Leia mais

Curso (s) : Engenharia Civil - Joinville Nome do projeto: Estudo Comparativo da Granulometria do Agregado Miúdo para Uso em Argamassas de Revestimento

Curso (s) : Engenharia Civil - Joinville Nome do projeto: Estudo Comparativo da Granulometria do Agregado Miúdo para Uso em Argamassas de Revestimento FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA. Coordenação/Colegiado ao(s) qual(is) será vinculado: Curso (s) : Engenharia Civil - Joinville Nome do projeto: Estudo Comparativo da Granulometria

Leia mais

Medição tridimensional

Medição tridimensional A U A UL LA Medição tridimensional Um problema O controle de qualidade dimensional é tão antigo quanto a própria indústria, mas somente nas últimas décadas vem ocupando a importante posição que lhe cabe.

Leia mais

Figura 5.1.Modelo não linear de um neurônio j da camada k+1. Fonte: HAYKIN, 2001

Figura 5.1.Modelo não linear de um neurônio j da camada k+1. Fonte: HAYKIN, 2001 47 5 Redes Neurais O trabalho em redes neurais artificiais, usualmente denominadas redes neurais ou RNA, tem sido motivado desde o começo pelo reconhecimento de que o cérebro humano processa informações

Leia mais

Segmentação de Imagens

Segmentação de Imagens Segmentação de Imagens (Processamento Digital de Imagens) 1 / 36 Fundamentos A segmentação subdivide uma imagem em regiões ou objetos que a compõem; nível de detalhe depende do problema segmentação para

Leia mais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais LEI DE OHM Conceitos fundamentais Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um elétron livre e se desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde parte ou toda energia

Leia mais

ESTEREOSCOPIA INTRODUÇÃO. Conversão de um par de imagens (a)-(b) em um mapa de profundidade (c)

ESTEREOSCOPIA INTRODUÇÃO. Conversão de um par de imagens (a)-(b) em um mapa de profundidade (c) ESTEREOSCOPIA INTRODUÇÃO Visão estereoscópica se refere à habilidade de inferir informações da estrutura 3-D e de distâncias da cena de duas ou mais imagens tomadas de posições diferentes. Conversão de

Leia mais

Formatos de Imagem PNG. Universidade Federal de Minas Gerais. Bruno Xavier da Silva. Guilherme de Castro Leite. Leonel Fonseca Ivo

Formatos de Imagem PNG. Universidade Federal de Minas Gerais. Bruno Xavier da Silva. Guilherme de Castro Leite. Leonel Fonseca Ivo Universidade Federal de Minas Gerais Formatos de Imagem PNG Bruno Xavier da Silva Guilherme de Castro Leite Leonel Fonseca Ivo Matheus Silva Vilela Rafael Avelar Alves Belém Belo Horizonte, 5 de maio de

Leia mais

Funções de Posicionamento para Controle de Eixos

Funções de Posicionamento para Controle de Eixos Funções de Posicionamento para Controle de Eixos Resumo Atualmente muitos Controladores Programáveis (CPs) classificados como de pequeno porte possuem, integrados em um único invólucro, uma densidade significativa

Leia mais