Sistema de Transmissão no Padrão Brasileiro de TV Digital

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1 Sistema de Transmissão no Padrão Brasileiro de TV Digital Helio Coelho Junior 1 1 Departamento de Engenharia de Telecomunicações Universidade Federal Fluminense Niterói RJ Brasil helio@compuland.net.br Abstract. This paper describes the transmission system of the Brazilian terrestrial digital television system, in particular the COFDM modulation (Coded Orthogonal Frequency Division Multiplexing). The modulation is compared to its counterparts in the European and Japanese systems. The modulation is also compared with the 8-VSB standard that is used in the North American system. An example of channel distribution in Brazil is presented. Resumo. Este artigo descreve o sistema de transmissão do padrão brasileiro de televisão digital terrestre, em particular a modulação COFDM (Coded Orthogonal Frequency Division Multiplexing). A modulação é comparada a implementação COFDM do Padrão Europeu e Japonês bem como a 8-VSB do padrão Norte-Americano. Um exemplo de distribuição de canais no Brasil é apresentado.

2 1. Introdução A TV desempenha, ao longo de décadas, um papel muito importante na sociedade. A rápida evolução tecnológica, com dispositivos eletrônicos cada vez mais velozes e mais baratos vem provocando uma convergência digital. Isso não poderia deixar de ocorrer com a difusão de TV, onde a demanda por mais canais, mais qualidade de áudio e vídeo e por serviços interativos agregados vem impulsionando a implantação da TV Digital no Brasil. Parte fundamental do problema de Engenharia que tal empreitada representa é a técnica de modulação. Este trabalho apresenta as características do sistema de transmissão da TV Digital brasileira e o compara com outros sistemas em uso no Mundo. Na seção 2 é feita uma breve introdução a modulação OFDM. Na seção 3 é feita uma breve introdução a modulação COFDM. Na seção 4 vemos detalhes da implementação no padrão brasileiro. Na seção 5 veremos outras técnicas de modulação usadas em outras partes do Mundo e comparamos os outros padrões com o brasileiro, citando suas vantagens e desvantagens. Na seção 6 veremos um exemplo de distribuição de canais na cidade de São Paulo. Finalmente a conclusão do trabalho é apresentada na seção Modulação OFDM OFDM é um esquema de multiplexação por divisão de freqüência. Pertence a um grupo de esquemas de transmissão chamados de modulação multi-portadora. Utiliza um grande número de sub-portadoras - próximas - porém ortogonais. Cada sub-portadora é modulada com um esquema convencional de modulação, como QPSK ou QAM, com uma taxa baixa. A soma das portadoras será aproximadamente equivalente a um esquema de modulação de portadora simples, com a mesma largura de banda, ou seja, um fluxo de dados de alta taxa de bits é dividido em diversos fluxos paralelos de taxa bem mais baixa. A vantagem do OFDM sobre esquemas de portadora simples é a capacidade de suportar condições extremas no meio de transmissão, seja a atenuação de altas freqüências em longos cabos de cobre ou mesmo a atenuação seletiva de freqüências devido a problemas de multipercurso. A equalização do canal é mais simples pelo fato de podermos ver o sinal OFDM como múltiplas portadoras, lentas e de banda estreita ao invés de uma portadora larga e com rápida variação no tempo. O mecanismo OFDM também facilita a criação de redes em freqüência única. Vários transmissores sincronizados podem ser usados para reforçar o sinal, já que com portadoras lentas e estreitas pode-se conseguir reforço construtivo do sinal, mesmo com transmissores distantes entre si. A ortogonalidade requer que o espaçamento entre as sub-portadoras seja Δf = k/t Hertz, onde T segundos é a duração do símbolo. k é um inteiro positivo, tipicamente igual a 1. Logo, com N sub-portadoras, a banda passante total será B N Δf (Hz). A ortogonalidade proporciona alta eficiência espectral, porém é necessária uma precisa sincronização de freqüência entre o transmissor e o receptor, já que qualquer desvio irá destruir a ortogonalidade das portadoras e provocar interferência intersimbólica (ISI). Devido ao fato dos símbolos serem relativamente longos temporalmente o problema de multipercurso é reduzido, pois como os dados são modulados com

3 múltiplas sub-portadoras em taxas mais baixas, é possível inserir um tempo de guarda maior entre os símbolos, minimizando problemas de alargamento temporal. O tempo de guarda entre os símbolos deve ser maior que o alargamento temporal provocado pelo multipercurso. Isso significa gasto de potência e diminuição da taxa total de bits. Deve haver preocupação também com o desvio Doppler para clientes móveis. O sinal OFDM é equivalente a transformada inversa rápida de Fourier (IFFT) o que torna fácil implementar transmissores e receptores (que usam a FFT, Fast Fourier Transform) para recuperar o sinal. Figura 1. Multiplexação em freqüência convencional (a) e OFDM (b) [3] Figura 2. Portadoras em modulação OFDM [6] Figura 3. multipercurso [10]

4 O sinal OFDM, gerado pela IFFT (Inverse Fourier Fast Transform) é dado por: s t =R[e 2 j f c t K 1 n=0 k =0 c n,k n,k,t ], (1) [2] sendo, k Kc t Tg nts Tu n, k, t =e 2 j se nts t n 1 Ts e n,k,t =0 se t nts, n 1 Ts t (2) onde, k é o índice da portadora n é o número do símbolo K é o número total de portadoras (modo 1: 1405; modo 2: 2809; modo 3: 5617) Ts é o tempo de duração do símbolo OFDM Tg é o tempo de duração do intervalo de guarda Tu é o tempo de duração da parte útil do símbolo fc é a freqüência central do sinal de RF. Kc é o número da portadora correspondente a freqüência central do sinal de RF (modo 1: 702; modo 2: 1404; modo 3: 2808). c(n, k) e o n-ésimo símbolo complexo, transmitido na k-ésima portadora. É sabido que o meio de transmissão em sistemas sem fio provoca efeitos de dispersão, atenuação e mudança de fase no sinal que chega ao receptor, provocando interferência inter-simbólica. Em sistemas OFDM um sinal piloto, que é uma seqüência de bits conhecida pelo receptor, é enviada em posições definidas no espectro do canal. Assim o receptor é capaz de avaliar a resposta impulsional do canal, comparando os bits recebidos com os pré-definidos. A convolução da resposta impulsional do sinal e do canal, num sistema ideal, sem dispersão, seria igual ao próprio sinal inicial acrescido de um ganho G e com um atraso devido a distância entre os dois pontos. Porém num meio não ideal é necessário compensar o problema através do uso de equalizadores. Um equalizador ideal é tal que o sinal recebido convolucionado com a resposta impulsional do equalizador irá produzir o sinal original, eliminado os efeitos da dispersão. Essa condição do equalizador é chamada de ZF ('zero force'). Na figura 4, abaixo, vemos canal um canal OFDM com sub-portadoras piloto e com sub-portadoras de dados. O canal piloto contem bits conhecidos pelo receptor, o que permite, através de interpolação, construir a resposta impulsional do canal por interpolação e equaliza-lo. As técnicas de interpolação não necessáriamente produzem um equalizados ZF, porém para efeitos práticos ele se aproxima bastante. Figura 4 Sub-portadoras piloto e dados na modulação OFDM

5 Várias técnicas de interpolação são possíveis, como por exemplo MMSE (minimum mean square error), LS (Least squares), entre outras. A seguir um exemplo com a técnica de LI (linear interpolation) que, por ser a mais simples, é a de mais fácil compreensão. Acompanhando as referências na figura 4, temos a interpolação linear na freqüência: h 12 = 1 3 h 14 h 11 h 11 (3) [19] h 13 = 2 3 h 14 h 11 h 11 h 32 = 1 3 h 34 h 31 h 31 h 33 = 2 3 h 34 h 31 h 31 E no tempo: h 21 = 1 2 h h (4) [19] h 22 = 1 2 h 12 h 32 h 23 = 1 2 h 13 h 33 h 24 = 1 2 h 14 h 34 Quando todas as estimativas do canais estiverem calculadas, o sinal recebido é convolucionado com a resposta em freqüência estimada do canal, removendo-se as distorções. Isso é feito continuamente. Um melhor resultado é obtido com o filtro de Wiener, porém com um demanda computacional maior do que a interpolação linear. Além disso o filtro de Wiener apresenta um problema em sistemas com grande variação temporal pois a interpolação produz uma estimativa não-ótima, devido a forma com a interpolação é feita, levando em conta canais piloto muito afastados entre si [20]. No caso de sistemas móveis, a variação temporal pode exceder a capacidade de estimativa de canal feita pelo receptor. Foi proposta então por D'Agostini, Fabio et all [20] uma nova técnica de equalização concorrente (CE). Podemos ver um esquema simplificado na figura 5, abaixo. O algoritmo que utiliza equalização cega, ou seja, ele descarta a necessidade do receptor conhecer transmissão original para equalizar, e é feita de modo concorrente no tempo e na freqüência, construindo a resposta impulsional para equalizar baseando-se em dados estatísticos do sinal recebido. Na técnica de equalização cega o sinal transmitido é inferido do sinal recebido, usando o método do gradiente (conhecido tambem como 'steepest descent'). Na figura 5, o vetor V, que foi inicializado com os pesos V 0, V 1, V L 1 é mantido atualizado com um algoritmo baseado em método de gradiente, como o método de gradiente estocástico ou equivalente, que tem como objetivo minimizar a

6 função J D que mede dispersão. De modo semelhante o vetor W, que tem como objetivo minimizar a função J Q, que mede a distância do símbolo ao símbolo mais próximo no alfabeto de símbolos utilizado. Há uma ligação entre as funções J D e J Q. A minimização das funções deve ser feita de modo equilibrado para não prejudicar o processo de equalização [21]. figura 5 equalização concorrente [21] O método alia a interpolação linear com a equalização cega para corrigir as distorções do canal. Isso proporciona um ótimo ganho computacional e os resultados são melhores do que os obtidos com interpolação linear aliada ao filtro Wiener, que têm um custo computacional maior. A figura 6 mostra um comparativo dos diferentes métodos e as taxas de erro de símbolo numa situação de receptor móvel. Figura 6 - taxa de erro de símbolo (SER) para um receiver OFDM operando no perfil "Brasil A" de multipercurso. Frequência Doppler de 100 Hz

7 3. Modulação COFDM Como na modulação OFDM temos n portadoras estreitas, um outro problema se configura: o flat fading, ou seja, o sinal como um todo, em cada portadora, sofre os efeitos degradantes de propagação simultaneamente. Isso se deve ao fato da banda coerente de cada portadora ser menor que a banda total do canal. Como as subportadoras estão sujeitas a flat fading sistemas de TV Digital optaram pelo COFDM, Coded OFDM, que significa que os dados transmitidos nas sub-portadoras são protegidos por codificação FEC (Forward Error Correction). O transmissor adiciona dados redundantes que permitem ao receptor corrigir os dados em caso de erro no trajeto, sem necessidade de retransmissão. Obviamente há um limite no que se pode corrigir. O tipo de correção utilizada é a convolucional e o efeito é que para cada bit na entrada do codificador mais de um bit sairá dependendo do algoritmo (ou taxa de código) utilizado. A correção adiciona bits que permitem ao decodificador no receptor corrigir bits que tenham sido recebidos com erro. O algoritmo utilizado é o Viterbi, que tem larga aplicação em enlaces de satélites, redes GSM, CDMA, entre outras. A idéia é que o custo de retransmitir é mais alto do que enviar bits redundantes para correção. Isso é facilmente vislumbrado em enlaces de satélites geo-estacionários, onde o tempo de subida e descida é alto, a retransmissão tem um grande impacto. 4. O padrão brasileiro ISDB-TB Em 1999 a Anatel, agência brasileira de telecomunicações, estabeleceu um termo de cooperação técnica com o CpqD para avaliação técnica e econômica para a escolha de um padrão de TV Digital para o Brasil. Em 13 de novembro de 2005 o modelo escolhido foi apresentado. Ele se baseou no padrão ISDB-T utilizado no Japão. A codificação de vídeo no Brasil é a H.264 (também conhecida como MPEG4 parte 10 ou AVC Advanced Video Coding) e a codificação de áudio é a áudio HE-AAC v2 também conhecida como AAC+. No Japão é utilizado o MPEG-2 para o serviço de vídeo em alta definição e áudio MPEG-2 AAC. O ISDB-TB (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial) utiliza o conceito do OFDM, de multiplexação em freqüência com múltiplas portadoras ortogonais. É chamado de BST-OFDM pois utiliza também a transmissão segmentada por bandas (hierarquias). A transmissão segmentada por bandas (BST) permite ao sistema prover três tipos de serviços: recepção fixa, móvel e portátil. O padrão brasileiro usa o CODFM, com um codec Reed Solomon. No diagrama de blocos da figura 7, o processamento hierarquico é responsável por preparar os 3 níveis. Um único canal de televisão pode ser usado simultaneamente para serviço de recepção fixa, recepção móvel e recepção portátil. Cada camada hierárquica deve obrigatoriamente ser formada por um ou mais segmentos OFDM. A modulação pode ser DQPSK, QPSK, 16QAM e 64QAM. Veremos com mais detalhes adiante.

8 Figura 7 Diagrama em blocos do sistema de transmissão [1] O interleaving (entrelaçamento) é uma técnica para melhorar a qualidade de transmissões em meios sujeitos a ruído impulsivo. Infelizmente ela adiciona atraso e complexidade aos sistemas. No entrelaçamento em freqüência, portadoras em freqüências diferentes carregam o sinal. No entrelaçamento temporal os símbolos são transmitidos com redundância ou embaralhados. Como a informação é não serializada, uma rajada de ruído irá danificar uma parte de algumas palavras, permitindo ao corretor recuperar o erro, o que não seria possível se uma palavra inteira fosse danificada. No padrão brasileiro é usado o convolutional interleaving. Para assegurar que o receptor configure corretamente a demodulação e a decodificação na transmissão hierárquica, na qual são usados múltiplos conjuntos de parâmetros de transmissão, um sinal TMCC (Transmission and Multiplexing Configuration Control) deve obrigatoriamente ser transmitido usando uma portadora específica. No Brasil cada canal tem uma largura de 6MHz. No ISDB-TB essa largura é dividida em 14 partes, sendo 13 partes usadas para transmissão e uma usada como banda de guarda entre os canais. Logo cada parte tem KHz, e é chamada de segmento OFDM. Cada tipo de serviço (fixo,móvel ou portátil) pode ser composto de um ou mais segmentos OFDM. Figura 8 Divisão do canal [2]

9 Para oferecer o serviço móvel, por exemplo, somente a camada A será usada. Parâmetros como esquema de modulação da portadora, taxa do inner code e comprimento do time interleaving podem ser especificados para cada camada hierárquica. Para permitir a operação de acordo com a distância entre as estações de uma SFN (Single Frequency Network) e garantir recepção adequada frente às variações do canal em conseqüência do efeito Doppler no sinal de recepção móvel, pode-se selecionar entre três opções de espaçamento de portadoras OFDM oferecidos pelo sistema brasileiro. No caso do Brasil, o espaçamento de freqüência deve obrigatoriamente ser de aproximadamente 4 khz, 2 khz ou 1 khz, respectivamente para os modos 1, 2 e 3. O número de portadoras varia dependendo do modo, mas a taxa útil de cada modo deve obrigatoriamente ser exatamente a mesma em todos os modos. A freqüência de amostragem do IFFT é sempre a mesma, independente do modo de operação, provocando diferentes tempos de símbolo OFDM. Esses diferentes tempos de símbolo permitem ajustar o sinal transmitido as condições de múltiplo percurso, efeito Doppler e redes de freqüência única. No apêndice, temos 5 tabelas da norma ABNT NBR que mostram as características do padrão ISDB-BT. São elas os parâmetros do sistema de transmissão (tabela 3), os parâmetros do segmento OFDM (tabela 4), os parâmetros do sinal de transmissão (tabela 5), taxas de dados de um único segmento (tabela 6) e taxas de dados dos 13 segmentos (tabela 7). Por exemplo, na tabela 3 podemos observar que no modo 1 o segmento OFDM opera com 108 portadoras, sendo 96 com informações úteis e 12, dependendo da modulação da portadora, serão auxiliares (AC), espalhadas (SP), contínuas (CP) e portadoras de controle e multiplexação (TMCC ). As portadoras SP são usadas com codificações coerentes (QPSK, 16QAM e 64QAM) e as portadoras CP são usadas com codificações diferenciais (DQPSK). O total de portadoras de transmissão de um símbolo OFDM é dado pelo numero de portadoras dos 13 segmentos mais uma portadora, que é adicionada ao final do espectro, independente do modo de operação. Aproximadamente 68% das portadoras usadas no cômputo da IFFT transportam informação e o restante são portadoras nulas [Paiva,Ferreira,Mendes, 2008].

10 4.1 Codificação do canal A figura 9 mostra de forma simplificada o processo de codificação do canal: Figura 9 Diagrama em blocos da codificação do canal [2]

11 Os múltiplos fluxos de transporte (TS) MPEG2 devem alimentar o remultiplexador de feixe de modo que o TSP, Transport Stream Packet, seja convenientemente arranjado para processamento do sinal one-seg (que usa somente a portadora A). Na remultiplexação cada TS deve ser convertido para sinal em rajada de 188 bytes por meio de um clock com taxa de amostragem 4 vezes maior que o clock de amostragem IFFT. Se necessário é aplicado o decoder RS (Reed Salomon) para termos um fluxo de transporte TS não codificado. Como é usada a transmissão hierárquica, o TS deve ser dividido em múltiplas camadas de acordo com as características de cada camada hierárquica. Essas camadas devem então ser submetidas a um máximo de três blocos paralelos de processamento. O processamento será o de interleaving (entrelaçamento) e de modulação das portadoras. O atraso provocado pelo processo de interleaving deve ser corrigido no ajuste de sincronismo (isso evita que os receptores necessitem de memória ou buffers). A correção de erro, comprimento de entrelaçamento e o esquema de modulação devem ser obrigatoriamente especificados para cada camada hierárquica. Após o processamento paralelo, as camadas devem ser combinadas em um único feixe pelo combinador hierárquico e então executados o entrelaçamento no tempo e na freqüência para dar mais robustez ao sinal transmitido. O convolutional interleaving é utilizado pois é a forma mais eficiente e mais rápida de interleaving a baixo custo computacional. Para assegurar que o receptor configure corretamente a demodulação e a decodificação na transmissão hierárquica, um sinal TMCC deve ser transmitido usando uma portadora específica. O sinal TMCC deve obrigatoriamente compor o quadro OFDM juntamente com o sinal de programa e o sinal piloto de sincronização para finalidade de reprodução. Uma vez completada a formação do quadro, o sinal resultante deve ser convertido em sinal OFDM usando a IFFT. 5. Comparação do SBTV com outros padrões utilizados no mundo Para broadcast terrestre de TV Digital existem 4 padrões em uso no mundo. No Japão, o ISDB-T (Terrestrial Integrated Services Digital Broadcasting) que foi padronizado pela ARIB (Association of Radio Industries and Business). A pesquisa começou em 1990 e foi liderada pela NHK. No Brasil, SBTVD-T (Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre), que se baseou no ISDB-T. A pesquisa começou em 1999 via CPQD, mas o comitê brasileiro SBTVD foi criado em 27 de novembro de China (incluindo Hong Kong e Macau) optaram por DMB-T/H (Digital Multimedia Broadcasting-Terrestrial/Handheld). Um sistema que usa modulação 8-VSB (8 level vestigial side band), para broadcast terrestre foi padronizado pela ATSC (Advanced Television System Commitee), em uso nos EUA. Foi desenvolvido pela Zenith e adotado em 1996.

12 O projeto DVB, na Europa, foi realizado pelo EBU (European Broadcasting Union), ETSI (European Telecommunications Standard Institute) e CENELEC (European Comitee for Electrotechnical Standardization). O padrão terrestre é o DVB- T. A primeira transmissão foi realizada no final de 1998 na Inglaterra. Figura 10 DTV no mundo [15] As tabelas 1 e 2 a seguir, apresentam de forma resumida uma comparação entre os padrões americano, europeu e japonês/brasileiro. Na tabela 1 as características desejáveis são comparadas e como é seu suporte em cada sistema. Na tabela 2 requerimentos como robustez, mobilidade e características de operação são comparadas. Item ATSC DVB-T ISDB-T/TB Recepção fixa HDTV/SDTV Sim Sim Sim Data Broadcasting Possível (nota 1) Possível (nota 1) Em uso SFN (Single Frequency Network) Não Sim Sim Recepção móvel HDTV Impossível Impossível (nota 2) Boa Recepção portátil em celular Impossível Possível (nota 3) Boa Acesso Internet Ruim Possível Bom Nota 1 O serviço atualmente não é popular nos dois padrões. Nota 2 Para DVB-T recepção SDTV móvel é possível. Nota 3 No caso de DVB-T outra freqüência é necessária para recepção portátil.

13 Requerimentos Taxa máxima de bit sob ruído gaussiano Robustez contra interferência multi-percurso Tabela 2 Requerimentos x Padrões [14] Sistema conforme com requerimento ATSC DVB-T, ISDB-T, ISDB-TB Robustez contra ruído impulsivo ISDB-T,ISDB-TB Graças ao time interleave Operação SFN DVB-T, ISDB-T, ISDB-TB Nota Mobilidade e portabilidade ISDB-T >> DVB-T Graças ao time interleave Transmissão hierárquica ISDB-T >> DVB-T DVB-T usa 16-QAM ou 64-QAM (ou QPSK) em combinação com COFDM e suporta modulação hierárquica, com canal de 6Mhz. Em 64-QAM a taxa é de 19,76Mbps. No ISDB, com 12 segmentos, usando 1 para móvel, temos uma taxa de 17,8Mbps. Se os 13 fossem usados para HD seriam 19,3Mbps. No ISDB-T todos os segmentos são sincronizados, logo as operadoras de celular dependeriam das operadoras de TV para transmitir, já que tudo tem que sair de um só transmissor. Tal já não ocorre com o DVB-T, que é hierárquica em um só segmento espectral. Os sinais são transmitidos juntos, mas com prioridades diferentes. O sinal principal tem mais banda e mais prioridade do que o outro. Porém o serviço hierárquico móvel no momento não tem boa aceitação no DVB-T devido a baixa qualidade. O one-seg no padrão japonês, ISDB-T, tem 15 quadros por segundo. No ISDB- TB do Brasil o canal one-seg tem 30 quadros por segundo. ATSC usa canal de 6Mhz. Até 6 canais em standard definition podem ser enviados no lugar de um canal HD. A taxa de símbolos é de 10.76Mbaud. A taxa bruta de bits é de 32Mbps, mas a taxa líquida é de 19,39Mbps. Ele usa 8VSB. Usa uma portadora simples que emprega uma modulação semelhante a TV convencional vestigial side band. Transmite dados utilizando codificação em treliça, com 8 níveis discretos de amplitude de sinal. Usa complexas técnicas de codificação e equalização adaptativa para melhorar a robustez do sinal. Uma vantagem do 8VSB é que usa cerca de 25% menos potência que o ISDB-T e DVB-T. Há muita polêmica entre os defensores de um ou outro padrão. O consenso é que o COFDM tem vantagens em situações de mobilidade e multipercurso dinâmico e também em redes de freqüência única. O Brasil efetuou testes com os padrões DVB-T, ISDB-T e ATSC. Foi observada uma cobertura 22% melhor para ambiente indoor no padrão ISDB-T. Em relação ao DVB-T foi questionada a baixa utilização de HD na Europa (pois a maior parte dos países prefere transmitir múltiplos programas SD). Outro ponto a favor do ISDB-T em relação ao ATSC são os dispositivos móveis (one-seg) e portáteis, onde o ISDB-T tem vantagem sobre o ATSC.

14 6. Distribuição de canais no Brasil um exemplo A resolução da Anatel 398/2005, publicada em 19 de abril de 2005, define o uso dos seguintes canais para SBTVD: Faixa baixa de VHF: canais de 2 a 6 (55.25 a 87.75Mhz), não considerados devido a ineficiencia técnica nessa faixa de freqüência para a utilização de na trasmissão digital de sinais de TV. Faixa alta de VHF: canais de 7 a 13 ( a Mhz) considerados, mas tais canais devem ser excluidos no futuro Faixa de UHF: canais de 14 a 59 ( a Mhz). Figura 11 Distribuição de canais no Brasil [9] Na figura 11 vemos a distribuição ao longo do Brasil dos canais de TV Digital. Observa-se uma quantidade bem maior de canais na região sul e sudeste, onde há obviamente um público maior e maior interesse em vinculação de canais. Figura 12 Canais analógicos e digitais em São Paulo [9]

15 A figura 12 mostra a proposta da Anatel para alocação dos canais de TV Digital, mostrando também os canais analógicos existentes. Cabe observar que a faixa alta de UHF, dos canais 60 a 69 não estavam alocadas para TV. Figura 13 Distribuição física dos transmissores em São Paulo [9] Na figura 13 as classes definem a potência irradiada por cada ERB

16 Figura 14 Fase somente com canais digitais [9] A figura 14 mostra a pretensão futura (a partir de 2016) de alocação exclusiva de canais digitais em São Paulo. 7. Conclusão Apesar da controvérsia em torno da modulação 8-VSB e COFDM, a última se mostrou superior em testes no Brasil e se mostra mais flexível e adequada para os desafios da implantação da TV Digital no Brasil. A robustez da modulação para lidar com multipercurso, ideal para ambientes urbanos, e a possibilidade de uso de SFN, ideal para redução de custo de repetição e atendimento de áreas menos densamente povoadas, demostra que a escolha foi acertada.

17 8. Apêndice

18 Tabela 4 Parâmetros do segmento OFDM [1]

19 Tabela 5 Parâmetros do sinal de transmissão [1]

20 Tabela 6 Taxa de dados de um único segmento [1]

21 Tabela 7 Taxa total de dados para 13 segmentos [1]

22 9. Referências 1 - ABNT NBR 15601:2007, Televisão Digital Terrestre Sistema de Transmissão, primeira edição corrigida, Abril Paiva, Marcelo e Ferreira, Juliano e Mendes, Luciano, Soluções de simulação e implementação em FPGA de um modulador ISDB-TB, SBbrT, Rio de Janeiro, Setembro Rodrigues, Ana e Gomes, Regina, Modulação COFDM Uma proposta atrativa para os padrões de TV Digital, Instituto de Ensino Superior de Brasilia, Revista Digital Online Vol. 3, Agosto Bolaño, Cesar e Rodrigues, Vinicius, TV Digital no Brasil e no mundo: estado da arte em Revista de Economía Política de las Tecnologías de la Información y Comunicación Vol. VI, n. 2, Maio Ago Gimenes Junior, Dorival, Planejamento de canais de TV digital, Fundação CpqD, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações Setembro J.J. van de Beek, P. Ödling, S.K. Wilson1, P.O. Börjesson, Orthogonal Frequency Division Multiplexing, International Union of Radio Science, Stott, J. H., Explaining some of the magic of COFDM, Procedings of the 20 th International Television Symposium, Montreaux, Suiça, Junho de Hanna, S.A., Convolutional Interleaving for radio communications, International Conference on universal personal communications, Minassian, Ara Apkar, Implantação do sistema brasileiro de TV digital, Congresso SET, agosto acesso em Outubro de acesso em Outubro de acesso em Outubro de acesso em Outubro de acesso em Outubro de acesso em Outubro de acesso em Outubro de acesso em Outubro de acesso em Outubro de Altera, Channel Estimation and Equalization for Wimax, maio 2007, versão D'Agostini, Fabio e Carboni Junior, Silésio e C.F. de Castro, Maria e C.C. de Castro, Fernando, Frequency Domain Concurrent Channel Equalization for Multicarrier Systems, revista JBCS, no.1, vol 13, 2007

23 21 - D'Agostini, Fabio e Carboni Junior, Silésio e C.F. de Castro, Maria e C.C. de Castro, Fernando, Concurrent process for blind deconvolution of digital signals, United States Patent, Patent number US 7,433,400 B2, 7 de outubro de Xiaohua, Li, Channel estimation and equalization in digital communications, acesso em novembro de Channel Estimation for Multicarrier Systems, acesso em novembro de 2008

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