7.2 - RELATÓRIO FINANCEIRO ESTOQUES FLUXO DE CAIXA FINANÇAS CLIENTES MÁQUINAS
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- Ronaldo Ribeiro Branco
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1 simulador industrial MANUAL DO ALUNO Revisão 8 Jan/2014
2 ÍNDICE 1 - INTRODUÇÃO ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS DISTRIBUIDORES DEMANDA REGIÕES PROPAGANDA PREÇO DE VENDA PRAZO DE VENDA SAZONALIDADE ÍNDICE DE CRESCIMENTO ECONÔMICO IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO PROGRAMAÇÃO DE PRODUÇÃO PRODUTIVIDADE TIPOS DE MÁQUINAS COMPRA E VENDA DE MÁQUINAS COMPRA DE MATÉRIAS-PRIMAS SISTEMA DE CUSTEIO GASTOS COM ESTOCAGEM DEPRECIAÇÃO ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS MOTIVAÇÃO REMUNERAÇÃO TREINAMENTO PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS CONTRATAÇÃO DEMISSÃO GREVE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA TIPOS DE EMPRÉSTIMOS EMPRÉSTIMO ESPECIAL EMPRÉSTIMO PROGRAMADO FINANCIAMENTO APLICAÇÕES IR e CSLL DIVIDENDOS ATRASOS ATRASOS BANCÁRIOS ATRASOS COM FORNECEDORES ATRASOS DE OUTRAS CONTAS FALÊNCIA BOLSA DE VALORES RELATÓRIOS EMITIDOS FOLHA DE DECISÕES... 27
3 ÍNDICE RELATÓRIO FINANCEIRO ESTOQUES FLUXO DE CAIXA FINANÇAS CLIENTES MÁQUINAS RECURSOS HUMANOS DEMANDA E VENDAS POR REGIÃO DECISÕES TOMADAS PELA EMPRESA RELATÓRIO DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS BALANÇO PATRIMONIAL DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) RELATÓRIO ASSOCIAÇÃO DE CLASSE DEMANDA E VENDA TOTAL POR REGIÃO PARTICIPAÇÃO DE MERCADO POR REGIÃO PREÇO DE VENDA POR REGIÃO BOLSA DE VALORES INDICADORES MACROECONÔMICOS JORNAL FOLHA DA INDÚSTRIA... 37
4 1 - INTRODUÇÃO O simulador empresarial SIMULADOR INDUSTRIAL A3 simula o ambiente empresarial do setor industrial. As empresas simuladas são sociedades anônimas de capital aberto tendo, portanto, suas ações cotadas na Bolsa de Valores. Estas ações irão variar de acordo com o desempenho das empresas, assim como a situação macroeconômica da simulação. Sugere-se que cada empresa seja formada por uma equipe de até quatro participantes. Cada membro da equipe deve ter uma função na administração da empresa. A divisão das funções pode ser relativa à Administração de Vendas, Administração de Produção, Administração Financeira e Administração de Recursos Humanos. As equipes representam as diretorias das empresas. A condução da simulação ficará a cargo de uma pessoa denominada Coordenador, comumente o professor da disciplina, que será o responsável pela definição das variáveis macroeconômicas. A simulação inicia com a distribuição de relatórios empresariais e de um jornal informativo, intitulado Folha da Indústria (pré-editado pela A3 Estratégias). No primeiro período (já finalizado e com resultados consolidados), os relatórios empresariais são os mesmos para todas as empresas. Elas partem, portanto, de uma mesma situação inicial. Os relatórios empresariais e a Folha da Indústria são os instrumentos básicos para que as empresas tomem decisões para o próximo período (cada período equivale à um trimestre). Outros relatórios de desempenho também poderão ser distribuídos pelo coordenador para facilitar o processo da tomada de decisões. As decisões das empresas e do coordenador são então inseridas no SIMULADOR INDUSTRIAL A3, que as processa, gerando novos relatórios empresariais. O coordenador da simulação seleciona então outro jornal (pré-editado pela A3 Estratégias) que, juntamente com os novos relatórios, permitirão um novo processo da tomada de decisões. Na abertura de um novo período, o SIMULADOR INDUSTRIAL A3 replica o último conjunto de decisões gravadas pela empresa (exceto para a variável COMPRA DE MATÉRIAS-PRIMAS, que sempre terá valor inicial zero). Estes dados podem ser alterados pela empresa a qualquer tempo através de nova gravação. Esta dinâmica se repete de modo que durante a simulação possam ser processados vários trimestres da administração de uma empresa industrial. O fluxograma da dinâmica do curso de Simulação Industrial é apresentado a seguir. 4
5 FLUXOGRAMA DA DINÂMICA DO CURSO DE SIMULAÇÃO INDUSTRIAL SIMULADOR INDUSTRIAL RELATÓRIOS PARÂMETROS (PROFESSOR) JORNAL DECISÕES (EMPRESA) ANÁLISES DAS EMPRESAS 5
6 2 - ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS A Administração de Vendas é responsável pela execução da política comercial adotada pela empresa. Para tanto, ela deverá negociar com os canais de distribuição (distribuidores) da empresa. O conhecimento do mercado se torna fundamental para o bom gerenciamento das vendas. Os itens a seguir apresentam detalhes sobre os canais de distribuição, fatores que influenciam a demanda e as formas de comercialização dos produtos DISTRIBUIDORES A empresa produz e comercializa apenas um bem de consumo durável. Este produto tem a mesma qualidade, seja em relação aos concorrentes nacionais, seja em relação aos produtos importados. A qualidade não é, portanto, um fator de diferenciação dos produtos. A menor presença no mercado da empresa, entretanto, pode ser compensada por uma política mais agressiva em relação a preço, prazo, propaganda e/ou juros na venda a prazo (veja item 2.2). A comercialização deste produto se dá através de distribuidores. Estes distribuidores podem ser atacadistas ou cadeias de lojas que compram diretamente da indústria. Todas as empresas da simulação têm acesso aos mesmos distribuidores. Estes canais de distribuição não diferenciam as empresas, ou seja, por serem produtos de igual qualidade, as negociações giram apenas em relação a preço, prazo, juros e propaganda (este último fator determina o efeito da propaganda nos consumidores finais) DEMANDA As vendas da empresa estão diretamente relacionadas com a demanda. A empresa deve procurar equilibrar a demanda com as vendas para evitar desperdiçar recursos. Quando a demanda total da empresa for superior aos produtos que ela tem para oferecer, será criada uma demanda insatisfeita. Parte desta demanda insatisfeita será transferida para a concorrência e a restante será perdida. Quando a demanda total da empresa for inferior às vendas, significa que parte de suas vendas foi feita para outras empresas. Nesse caso houve uma demanda não atendida pela concorrência. A demanda é determinada pela influência dos fatores: região, propaganda, preço, prazo, juros na venda a prazo, sazonalidade, crescimento da economia e importação. Os fatores preço, prazo, propaganda e juros na venda a prazo são controláveis pelas empresas. A sazonalidade, o crescimento da economia e a importação de produtos são variáveis macroeconômicas, não 6
7 podendo ser controladas pelas empresas. Os itens a seguir fornecem maiores detalhes sobre cada fator que influencia a demanda REGIÕES Cada empresa está instalada em uma região. Por exemplo, a empresa 1 está situada na região 1, a empresa 2 na região 2 e assim sucessivamente. Todas as empresas podem comercializar nas demais regiões existentes, porém, na região onde a empresa estiver instalada, as despesas com a distribuição dos produtos (transporte, seguro, etc.) representam 50% do custo para as demais regiões. Além das regiões que têm empresas instaladas, ainda existe uma região onde não existem empresas. Em todas as regiões onde existem empresas instaladas a demanda inicial é a mesma. Na última região, a demanda do início da simulação é 50% maior. A empresa pode influenciar diretamente na demanda por produtos de uma região através da propaganda, preço, prazo de venda e juros. As regiões são independentes em relação a essas quatro variáveis, ou seja, as decisões de quanto aplicar em propaganda, preço, prazo de venda e juros praticados em uma região somente influenciarão nessa determinada região PROPAGANDA A propaganda é realizada por agências e tem por objetivo atingir o consumidor final. Os distribuidores apenas expressam os desejos destes consumidores, buscando comprar em maior quantidade os produtos daquelas empresas que estão aplicando mais em propaganda. Para cada período, as agências de propaganda têm condições de realizar, por empresa, de zero (0) até nove (9) campanhas em cada região. A demanda é proporcional ao número de campanhas de propaganda aplicadas em cada região, ou seja, quanto maior o número de campanhas, maior será a demanda. Existe, porém, um efeito de saturação da propaganda, no qual ocorre um aumento muito pequeno na demanda em relação ao número de campanhas adicionais aplicadas. As empresas devem, então, determinar o número ótimo de propagandas para evitar o desperdício de recursos. Este número pode ser obtido através da experiência dos diretores, ou através da contratação de uma empresa de consultoria em marketing, que poderá ser fornecida pelo coordenador. Considera-se que, para um mesmo número de campanhas aplicadas, o seu efeito será o mesmo, independente do trabalho realizado. O consumidor não julga, portanto, a qualidade da propaganda realizada, nem a eficácia do meio de divulgação adotado. 7
8 PREÇO DE VENDA O preço negociado entre as empresas e os seus distribuidores é repassado para o consumidor final, aplicando-se uma margem fixa para todas as empresas. Esta política dos distribuidores resulta em uma mesma proporção de preços entre as empresas, seja no atacado, ou no varejo. O preço de venda praticado por uma empresa tem influência decisiva na demanda por seus produtos. O comportamento da demanda é inversamente proporcional ao preço, ou seja, a demanda diminui à medida que o preço aumenta. Se a empresa não quiser vender seus produtos em uma determinada região, basta clicar na caixa de seleção Não Vender, localizada ao lado de cada região. O produto tem uma alta elasticidade-preço em relação à demanda, ou seja, pequenas variações no seu preço acarretam em uma grande variação na sua demanda. Nos períodos em que o crescimento da economia for negativo (ICE<0), esta elasticidade será ainda maior. O preço da concorrência também influencia a demanda por produtos da empresa. Considerando que as demais variáveis que influenciam a demanda permaneçam constantes, a empresa que praticar os menores preços terá uma demanda maior. OBS: o preço a ser praticado pela empresa em cada uma das regiões possui limites, de maneira a limitar estratégias excessivamente agressivas que fujam ao padrão do mercado, distorcendo o mesmo. São os limites: Aumento limitado a 50% do valor praticado no período anterior. Redução limitada a 25% do valor praticado no período anterior. Ex.: se o preço praticado no período anterior em determinada região foi de $ 340,00, o limite para aumento será de até $ 510,00, e o limite para redução será de até $ 255, PRAZO DE VENDA Por ser um bem durável de alto valor, este produto requer um financiamento para que possa ser comprado pela maior parte dos consumidores finais. Para efeito da simulação, considera-se que este financiamento está disponível no comércio. O prazo de venda será negociado entre a empresa e seus distribuidores. Grande parte destes distribuidores pode comprar à vista ou a prazo, dependendo das condições da venda. Prazo de pagamento, entretanto, é um fator de estímulo às vendas. Quanto maior este prazo, maior o estímulo. Dentre as empresas que estão praticando vendas a prazo, terão maiores demandas aquelas que tiverem menores prestações (a prestação é formada pelo preço à vista e pela taxa de juros sobre a venda a prazo). 8
9 SAZONALIDADE A sazonalidade do produto é determinada pela elevação de sua demanda em determinado período do ano. No quarto trimestre de cada ano (período 4, 8, 12 e etc.), a demanda total tende a aumentar até 50% se for influenciada por todas as condições. Este percentual pode ser superior ou inferior, dependendo da política geral do setor em relação a preço, prazo, juros e propaganda, além do índice de crescimento da economia e das importações. As importações não alteram a demanda total do setor, mas alteram a demanda total destinada às empresas deste setor. O efeito da sazonalidade é restrito ao último período de cada ano, retornando ao seu nível normal quando este período termina ÍNDICE DE CRESCIMENTO ECONÔMICO O Índice de Crescimento Econômico (ICE) é determinado em função do crescimento da economia como um todo. Um aumento de 2% no Índice de Crescimento Econômico, por exemplo, indica que o mercado do qual as empresas fazem parte cresceu 2%. Considerando que, com exceção da sazonalidade do produto, as demais variáveis que influenciam a demanda não sofram variações, a demanda total irá crescer também em 2%. Esta variável macroeconômica poderá ser negativa, nula ou positiva. Quando negativa, ela indica que a economia está em recessão. Nessa situação, a sensibilidade da demanda às variações de preço é maior, ou seja, pequenas variações nos preços provocam grandes variações na demanda. Quando o ICE for nulo, indica que a economia está em crescimento. Quando positivo, o ICE indica que a economia está em expansão. Nessas duas situações a sensibilidade da demanda às variações de preço tende a ser um pouco menor. O Índice de Crescimento Econômico ocorrido em cada período é divulgado nos indicadores macroeconômicos do Relatório Associação de Classe IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS A decisão de importar produtos ocorre por determinação do governo (coordenador) e tem por objetivo equilibrar a oferta e a demanda quando as empresas não conseguem atender à demanda ou estão praticando preços elevados (por margem de lucros ou custo elevados). A determinação de importar produtos será comunicada previamente às empresas através da Folha da Indústria. A importação acarreta em queda na demanda por produtos da empresa. 9
10 2.3 - FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO As vendas a prazo podem ser feitas em 1+1 (prazo 1) ou 1+2 (prazo 2). Nestas vendas, a empresa pode estipular uma taxa de juros sobre as prestações. Esta taxa, se muito elevada, pode aumentar a inadimplência nos recebimentos, assim como reduzir a demanda. A seguir são apresentadas as formas de recebimento das vendas que a empresa pode adotar: Prazo 0 = à vista Prazo 1 = 1 entrada + 1 prestação para P+1 (as duas com valores constantes, corrigidos com os juros da empresa) Prazo 2 = 1 entrada + 2 prestações para P+1 e P+2 (as três parcelas com valores constantes, corrigidos com os juros da empresa) Fórmula da prestação = P = ($ X i) X (1 + i)ⁿ ((1 + i)ⁿ- 1) X (1+i) Onde: P = valor da prestação, inclusive da entrada que já tem os juros antecipados $ = preço à vista do produto i = percentual de juros da empresa dividido por 100 n = número de prestações (2 para o prazo 1 e 3 para o prazo 2) ATENÇÃO: foram efetivadas vendas no P-1 (menos um) com prazo 2, incorrendo em recebimentos no P1 (um) de $ ,00. Também foram negociadas vendas no P0 (zero) com prazo 2, incorrendo em recebimento de $ ,49 no P2 (dois). No P1 (um), conforme relatório financeiro, foram feitas vendas com prazo 1, adquirindo o direito de recebimento de $ ,05 no P2 (dois). Total de recebimentos referentes a vendas a prazo de períodos anteriores a serem efetivados no P2 (dois) de ,54. 10
11 3 - ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO A Administração da Produção zela pela fabricação dos produtos que serão destinados à venda. Para tanto, ela deverá manter a produção balanceada e com os custos de produção mais baixos possíveis. Os itens a seguir apresentam detalhes sobre a programação, produtividade, tipos de máquinas disponíveis, compra e venda destas máquinas, compra de matéria-prima, sistema de custeios, gastos com estocagem e depreciação de máquinas, prédios e instalações PROGRAMAÇÃO DE PRODUÇÃO A empresa produz somente um tipo de bem de consumo durável. Para a sua produção, são necessárias 3 unidades da matéria-prima A e 2 unidades da matéria-prima B. A capacidade de produção da empresa depende do número de empregados da produção, de seu índice de produtividade, da quantidade e tipo de máquinas utilizadas, do nível de atividade e de uma eventual produção extra (lembrando que a greve pode diminuir a produção planejada). A produção extra poderá ser de até 25%. Para tanto, o nível de atividade da empresa deve estar em 100%. No caso da empresa optar por produção extra, as horas adicionais que os empregados da produção trabalharem terão um custo 50% maior que o custo das horas normais. A empresa pode diminuir a sua produção no período, diminuindo o nível de atividade da produção. A diminuição deste nível tem por objetivo evitar produzir com matérias-primas do fornecedor especial (ver item 3.5) e/ou evitar ficar com estoques elevados de produtos acabados, diminuindo assim os gastos com estocagem. A desvantagem da diminuição do nível de atividade é que, com exceção das matérias-primas, os demais custos continuam fixos (Ex.: mão de obra, depreciação, etc.) PRODUTIVIDADE A produtividade dos empregados da produção é medida por dois indicadores: a produtividade propriamente dita e a produção média por homem (Produção/Homem). O indicador de produtividade da empresa inicia em 1.0 (período 0), e a partir deste número pode diminuir ou aumentar, de acordo com as situações a seguir. Aumento da produtividade em função de: Treinamento: de acordo com os gastos realizados em cursos para empregados da produção. O treinamento deve ser maior nos períodos em que a empresa estiver contratando novos empregados. 11
12 Contratação: quando a produtividade dos novos empregados for superior à produtividade dos empregados existentes. Aumento da Motivação: provocada pelos fatores monetários e não monetários. Diminuição da produtividade em função de: Contratação: quando a produtividade dos novos empregados for inferior à produtividade dos empregados existentes. Queda da Motivação: provocada pelos fatores monetários e não monetários. A Produção/Homem indica a quantidade de produtos fabricados por empregado do setor produtivo da empresa. Este indicador é calculado dividindo-se a produção do período pela quantidade de empregados do setor produtivo existente na empresa durante o período. Esse indicador pode ser utilizado para comparar a produção, por empregado, média da empresa com a produção média por homem do setor industrial em que a empresa está inserida (ver item Indicadores Macroeconômicos) TIPOS DE MÁQUINAS Existem três tipos de máquinas que podem ser utilizadas no processo produtivo da empresa. As especificações de cada tipo de máquina estão descritas na tabela a seguir: TABELA DE ESPECIFICAÇÕES DAS MÁQUINAS Tipo TOPÁZIO (1) ESMERALDA (2) DIAMANTE (3) Preço Inicial*¹ Produção*² Nº de Empregados* Custo de Manutenção* *1. O preço inicial é dado em unidades monetárias e vale para o período zero da simulação. Para os demais períodos, o jornal Folha da Indústria divulgará os preços de aquisição das máquinas. 12
13 *2. Esta é a produção média normal a um nível de atividade igual a 100% e sem produção extra. Considera-se, para tanto, que existam os empregados suficientes para operar a máquina. Esta produção poderá sofrer variações, dependendo do nível de produtividade dos empregados. *3. Número de empregados necessários para operar cada tipo de máquina. Caso a empresa não tenha empregados suficientes para operar todas as máquinas, estes serão colocados primeiramente às máquinas DIAMANTE, ESMERALDA e, finalmente, TOPÁZIO. Para um mesmo tipo de máquina, a alocação de empregados se dará primeiro às máquinas mais novas. A produção nas máquinas em que faltarem empregados será proporcional ao número de empregados disponíveis. *4. O custo de manutenção é dado com base em um percentual do preço da máquina nova. Este percentual é crescente, conforme o envelhecimento da máquina. Deve ser acrescentado ao custo de manutenção eventuais produções extras ou diminuído eventuais reduções no nível de atividade de produção. Ex.: máquina TOPÁZIO com 13 períodos e preço de máquina nova = $ ,00. Manutenção = $ ,00 X 0,004 X 13 = $ ,00. DICA: se a empresa tiver mais de uma máquina de um mesmo tipo, o custo das máquinas pode ser feito por tipo de máquina, bastando utilizar a idade média (informação disponível no Relatório Financeiro) e multiplicar o custo de manutenção calculado pelo número de máquinas. As empresas têm no início do período um (1) apenas máquinas TOPÁZIO. A seguir são apresentados os dados referentes a cada uma destas máquinas: TABELA DAS MÁQUINAS EXISTENTES NA EMPRESA NO INÍCIO DO PERÍODO 1. MÁQUINAS TOPÁZIO IDADE*¹ QUANTIDADE*² VALOR AQUISIÇÃO*³ DEPRECIAÇÃO ACUMULADA*³ TOTAL* *1. A idade das máquinas é dada em períodos.
14 *2. Esta quantidade corresponde ao final do período 0. *3. O valor de aquisição e a depreciação acumulada estão expressos em unidades monetárias e são por máquina ao final do período 0. O valor contábil é o valor de aquisição subtraído da depreciação acumulada. *4. O total diz respeito à soma de todas as máquinas COMPRA E VENDA DE MÁQUINAS A empresa pode comprar e vender as suas máquinas em qualquer período. A quantidade a ser comprada, ou vendida, é definida pela empresa. Para compra de máquinas, a empresa recebe um financiamento do Banco de Desenvolvimento Industrial (BDI), conforme está explicado no item (Financiamento). As máquinas adquiridas no período P chegam apenas no final deste período, e só poderão ser vendidas no próximo. As máquinas adquiridas no período P, por chegarem no final do período, somente irão começar a produzir no início do período P+1. Caso a empresa deseje vender máquinas, os compradores oferecerão de 80% a 120% do valor contábil destes equipamentos (este percentual poderá variar de acordo com a oferta de máquinas no mercado). Entende-se por valor contábil, o valor histórico de aquisição das máquinas menos a sua depreciação acumulada. A diferença entre o valor de venda e o valor contábil será computada como receita não operacional (quando o percentual for maior que 100%) ou como despesa não operacional da empresa (quando o percentual for menor que 100%). A empresa deve fazer um acompanhamento de suas máquinas, conforme exemplificado na tabela anterior, para saber o seu valor contábil. As máquinas mais velhas são vendidas em primeiro lugar. As máquinas vendidas no período P saem da empresa apenas no final deste período. OBS.: caso a empresa esteja em situação de atrasos bancários, NÃO poderá realizar compras de máquinas, uma vez que o banco negará o financiamento COMPRA DE MATÉRIAS-PRIMAS A empresa pode comprar as matérias-primas de dois fornecedores: o fornecedor programado e o fornecedor especial. O fornecedor programado exige que a matéria-prima a ser utilizada pela empresa seja solicitada com um período de antecedência. Assim, a matéria-prima a ser utilizada no período P+1 deve ser solicitada no período P, somente chegando ao final deste período. Ela estará disponível para utilização no início do período P O fornecedor programado vende seus produtos à vista (modo de pagamento = 0) ou a prazo (modo de pagamento = 1 ou 2). Para compras a prazo este fornecedor acrescenta uma taxa de
15 juros. O preço à vista das matérias-primas, assim como a taxa de juros cobrada pelo fornecedor, é divulgado a cada período na Folha da Indústria. A seguir, são apresentadas as formas de pagamento das compras a prazo: Prazo 1 = 1 entrada + prestação para P+1 (as duas parcelas com valores constantes, corrigidos com os juros do fornecedor). Prazo 2 = 1 entrada + 2 prestações para P+1 e P+2 (as três parcelas com valores constantes, corrigidos com os juros do fornecedor). Fórmula da prestação = P = ($ x i) x (1 + i)ⁿ ((1 + i)ⁿ- 1) x (1+i) Onde: P = valor da prestação, inclusive da entrada que já tem os juros antecipados $ = preço á vista da matéria-prima i = percentual de juros do fornecedor dividido por 100 n = número de prestações (2 para o prazo 1 e 3 para o prazo 2) OBS.: caso esteja em situação de atrasos com o fornecedor, a empresa só poderá realizar compras de matérias-primas limitadas a 50% da quantidade média das compras realizadas nos últimos 2 períodos. Ex.: se no Período 1 a compra de matéria-prima A foi de unidades e no Período 2 foi de unidades, a compra média/período será de unidades. Em caso de atrasos com o fornecedor, no Período 3 a compra será limitada a 50% desta quantidade, ou seja, unidades, uma vez que o fornecedor estabelecerá restrições para entrega devido à inadimplência da empresa. O fornecedor especial entrega seus produtos no momento em que começa a faltar matériaprima para a produção. A compra deste fornecedor se dá automaticamente e somente na quantidade necessária para concluir a produção programada do período, limitada a 25% da capacidade de produção. Desta forma, não há estocagem destas matérias-primas na empresa, não existindo, portanto, custo de estocagem. O fornecedor especial tem por objetivo vender matérias-primas para que não haja interrupção da produção por falta desses insumos. Os preços do fornecedor especial são 30% superiores aos preços do fornecedor programado, sendo as suas vendas efetuadas somente à vista. As compras no fornecedor especial são feitas quando houver erros nos pedidos de compras do fornecedor programado ou quando ocorrer 15
16 desproporção na relação demanda x capacidade, como forma de penalização pela demanda insatisfeita. ATENÇÃO: no período P-1 (menos um) foram compradas matérias-primas com prazo 2, incorrendo em pagamento de $ ,66 no período P1 (um). No período P0 (zero) foram compradas matérias-primas com prazo 1, incorrendo em pagamento de $ ,17 no P1 (um). Valor total de parcelas de períodos anteriores a serem quitadas no P1 (um) de $ , SISTEMA DE CUSTEIO O sistema de custeio pela empresa para as matérias-primas e produtos acabados é o custo médio ponderado. Por este sistema, os estoques são avaliados em função dos vários preços de aquisição/produção. A ponderação é realizada de acordo com a quantidade existente em estoque para cada preço de aquisição/produção. Para o período 1, o custo unitário da matériaprima A a ser utilizada na produção é $ 20,00, e da matéria-prima B, é $ 40, GASTOS COM ESTOCAGEM A manutenção de matéria-prima e de produtos acabados incorre em gastos adicionais para a empresa. A apropriação destes gastos é como custo de produção (CPV), tanto para matériasprimas quanto para produtos acabados. Para as matérias-primas, os custos são calculados multiplicando-se a quantidade de estoques existentes no início do período por 5% do seu preço de compra à vista (lembre-se que para as matérias-primas compradas do fornecedor especial não há custo de estocagem). Para os produtos acabados, a despesa com estocagem é de 10% de seu valor contábil no início do período. A seguir é apresentada a fórmula para o cálculo dos gastos com estocagem: GASTOS COM ESTOCAGEM = ((Qtd_MPA*¹ x Preço à vista*²) + (Qtd_MPB x Preço à vista) x 5%) + (EIPA*³ x 10%) *1. Qtd_MPA = quantidade de matérias-primas A existentes em estoque no início do período. *2. Preço à vista = preço à vista da matéria-prima A no período em que o custo de estocagem está sendo calculado. *3. EIPA = valor contábil dos estoques iniciais de produtos acabados. 16
17 3.8 - DEPRECIAÇÃO O uso de prédios, instalações e máquinas acarretam em uma desvalorização de parte do patrimônio da empresa. Para representar esta desvalorização é computada, a cada período, uma despesa de depreciação (modo linear). A depreciação de prédios e instalações é de 1% ao período. Esta despesa de depreciação é rateada em 20% para o departamento administrativo, 10% para o departamento de vendas e 70% para o departamento de produção. A depreciação dos prédios e instalações é constante, independente do nível de atividade e de eventual produção extra das empresas. A depreciação das máquinas é toda absorvida pelo departamento de produção. Esta depreciação é de 2,5% ao período, independente do nível de atividade da produção e eventual produção extra. 17
18 4 - ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS A Administração de Recursos Humanos é responsável pela contratação, demissão e acompanhamento do nível de motivação dos empregados da empresa. Ela deve procurar meios para que esta motivação melhore para aumentar a produtividade e prevenir eventuais greves. A empresa tem 500 empregados no final do período zero. O departamento administrativo emprega 20 empregados, e o departamento de vendas, 10. O restante dos empregados é do departamento de produção. Os empregados dos departamentos administrativos e de vendas são considerados como despesas fixas para a empresa. O seu número permanece constante, independente do nível de atividade da produção, e eles não fazem hora extra MOTIVAÇÃO Os empregados da produção podem apresentar cinco níveis de motivação: ótimo, bom, regular, ruim e péssimo. O nível de motivação determinará se a empresa estará em greve e, em parte, a produtividade dos empregados. A motivação tem influência na disposição ao trabalho e no retorno do treinamento realizado. A motivação dos empregados da produção é determinada por fatores monetários e não monetários. O salário e eventuais participações nos lucros são as variáveis que determinam o fator monetário da motivação. Um aumento de salário acima da média do setor e/ou da inflação acumulada eleva o nível da motivação dos empregados. Se, entretanto, a empresa reajustar seus salários abaixo do reajuste médio do setor ou da inflação acumulada, os empregados ficarão menos motivados. A motivação não monetária é determinada positivamente pelo investimento, por parte da empresa, em cursos de treinamento e desenvolvimento dos empregados da produção e, negativamente, pela demissão. A demissão de empregados acarreta em queda da motivação, por considerarem que sua situação está ameaçada. Tanto o fator monetário quanto o fator não monetário, atinge um patamar de saturação acima do qual um aumento da remuneração, ou dos gastos com o treinamento, não irá resultar em elevação significativa da motivação REMUNERAÇÃO A empresa está proibida, por lei, de diminuir os salários, mesmo trabalhando a um nível de atividade menor que 100%. Portanto, o salário pago no período deve ser, no mínimo, igual ao salário pago no período anterior. A produção extra eleva a folha de pagamento dos empregados do setor produtivo na proporção de 1 para 1,5. Por exemplo, para um aumento de 10% da produção em virtude de horas extras, haverá um aumento de 15% da folha de pagamento. Este 18
19 cálculo é válido para todos os aumentos na produção, em função das horas extras, que podem ser de 1 a 25%. Os empregados administrativos e vendedores recebem quatro vezes o salário dos empregados da produção TREINAMENTO Os gastos com treinamento devem ser realizados com base em um percentual da folha de pagamento dos empregados da produção (desconsiderando as horas extras e as despesas de demissão). Os gastos com treinamento se tornam mais importantes quando da contratação de novos empregados. A vantagem de investir em treinamento dos empregados da produção é aumentar a produtividade e motivação destes. O percentual ideal a ser aplicado em treinamento não é conhecido pela empresa. Entretanto, ela pode verificar qual o aumento da produtividade ocorrido em função de um dado percentual investido. A empresa também pode contratar uma consultoria, caso disponível, para verificar qual o percentual médio investido em treinamento pelas empresas de seu setor e qual retorno vem sendo obtido PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS Os empregados da produção podem receber, além dos salários, uma participação nos lucros como remuneração variável. A participação nos lucros da empresa tem por objetivo aumentar a motivação dos empregados da produção e, por consequência, aumentar sua produtividade. Esta participação é paga no período seguinte ao da apuração do lucro. A participação nos lucros eleva a motivação dos empregados pela expectativa e pelo efetivo recebimento da participação após a realização do lucro no período. A segunda forma é a que tem maior influência. Em contrapartida, se a empresa obtiver prejuízo ao final do período no qual foi acordado um percentual de participação nos lucros, este resultado reflete negativamente sobre a motivação dos empregados da produção, anulando a expectativa e prejudicando a produtividade CONTRATAÇÃO A efetividade da contratação dos empregados se dá inteiramente no mesmo período da solicitação. O índice de disponibilidade de mão de obra no mercado (baixa, média ou alta) definido pelo coordenador irá influenciar diretamente na quantidade de funcionários que a empresa conseguirá contratar. O índice de disponibilidade da mão de obra irá variar de acordo com a situação econômica, sendo divulgado a cada período nos indicadores macroeconômicos do Relatório Associação de Classe. 19
20 4.6 - DEMISSÃO A empresa pode demitir quantos empregados do setor produtivo desejar. A demissão é efetuada no início do período, onerando a empresa com o custo de indenização de meio salário trimestral (salário base do período de demissão) para cada empregado demitido. O débito é feito no próprio período. No caso dos empregados administrativos e de vendas, não é possível demiti-los. A demissão acarreta em queda da motivação dos empregados, podendo ocorrer greve, caso a sua intensidade seja alta GREVE Dentro de cada empresa existe um movimento sindical que acompanha o nível de motivação dos empregados. Este movimento inicia uma greve quando a motivação dos empregados atingir o nível péssimo, ou quando, por dois períodos consecutivos, a motivação estiver no nível ruim. A greve começa no próprio período em que for verificada uma dessas duas situações. A greve somente irá terminar quando a motivação dos empregados sair do nível ruim, ou péssimo, conforme o caso. O índice de produtividade dos empregados não diminui em função da greve, apenas a produção apresenta uma redução em virtude do tempo parado. 20
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