Revisão de Cinética Química 7.51 setembro 2001

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Revisão de Cinética Química 7.51 setembro 2001"

Transcrição

1 Revisão de Cinética Química 7.51 setembro 2001 Experimentos Cinéticos estudam a velocidade na qual as reações ocorrem, quer dizer como a concentração de algumas espécies molecular muda em função do tempo. Numa plotagem de concentração versus tempo, a velocidade da reação é simplesmente a inclinação. No experimento cinético mostrado abaixo, a velocidade da reação decresce à medida que a reação ocorre. O caminho exato pelo qual a velocidade muda em função do tempo e como esta velocidade varia com a concentração dos reagentes, depende do mecanismo de ação. Estudos cinéticos podem ser usados, entretanto, para testar mecanismos propostos. Equações de velocidade ou leis de velocidade mostram a variação na concentração de uma espécie molecular em relação ao tempo (a velocidade) como uma função matemática da constante de velocidade ou da constante cinética, especificada por k, e a concentração de cada espécie molecular que participa da reação. Os exemplos mostrados abaixo são equações de velocidade para reações que ocorrem em uma única direção (isto é, a reação reversa não é considerada). Em alguma destas, a velocidade deve ser ajustada para ser consistente com a estequiometria da reação. Assim para 2 A! A 2, a concentração do monômero varia duas vezes tanto quanto a concentração do dímero. rxn (1) U! N veloc= -d[u]/dt = d[n]/dt = k[u] rxn (2) AB! A + B veloc= -d[ab]/dt = d[a]/dt = k[ab] rxn (3) A + B! AB veolc=-d[a]/dt = -d[b]/dt = k[a] [B] 1

2 rxn (4) 2 A! A 2 veloc.= -d[a]/dt = d[a 2 ]/dt = k[a] 2 rxn (5) 2 A + B! A 2 B veloc.= -d[a]/dt =-d[b]/dt = 2d[A 2 B]= k[a] 2 [B] Observe que em cada uma das reações mostradas acima, os reagentes e os produtos são diferentes espécies moleculares. Isto significa que todos os reagentes participam da reação. Isto não será válido entretanto, para a reação abaixo: rxn (6) A + B + C! AB + C veolc=-d[a]/dt = -d[b]/dt = k[a] [B] Aqui, a equação de velocidade é idêntica a reação (3) e a concentração de [C] não aparece na expressão da velocidade por que C não participa da reação. Velocidade é expressa em unidade de concentração/tempo (p. ex. M.seg 1, µ M.min 1, nm. seg 1, etc.). A unidade da constante de velocidade sempre contém o tempo recíproco (p.ex. seg 1, min 1, etc.) e dependendo da reação pode também conter uma ou mais concentrações recíprocas. Por exemplo, se o lado direito da equação é k[a] [B], então a constante de velocidade deve ter unidades de M 1. tempo 1 assim a expressão terá como unidade M.tempo -1. Ordem de reação. Toda a ordem cinética de uma reação é definida pelo número de moléculas que aparecem no lado direito da expressão da velocidade da reação. A ordem de reação com relação a espécies particulares é definida se estas espécies aparecem uma ou mais vezes. Por exemplo, se o lado direito de uma equação de velocidade é [A] m [B] n, então a ordem de reação será m + n e a ordem de reação será "m" com relação à [A] e "n" com relação à [B]. Ordem zero significa que a velocidade de reação não varia em função da concentração das espécies presentes. Não existem reações bioquímicas que sejam totalmente de ordem zero. Para as reações mostradas acima, rxn (1) e rxn (2) são de primeira ordem por que apenas uma concentração aparece no lado direito da expressão matemática da velocidade. Rxn (3) é uma reação de segunda ordem de uma forma geral e de primeira ordem em relação à [A], e primeira ordem em relação à [B]. Rxn (4) é de segunda ordem de forma geral e de segunda ordem em relação à [A]. Rxn (5) é de terceira ordem de forma geral de segunda ordem em relação à [A] e de primeira ordem em relação à [B]. Reação (6) é de segunda ordem de forma geral e de primeira ordem em relação à [A] e [B] e de ordem zero em relação à [C]. Unidades e magnitude das constantes de velocidade: Para processos de primeira ordem, incluindo mudanças conformacionais (rxn 1) e reações de dissociação (rxn 2), a constante de velocidade tem unidade de tempo -1. Para reações de segunda ordem ou processos de associação bi moleculares, como a reação rxn (3) e rxn (4), a constante de velocidade de segunda ordem tem unidade de M -1 tempo -1. Existem limites superiores de magnitude para constantes de velocidade de primeira e segunda ordem. Para processos de primeira ordem, reações mais rápidas não podem exceder a velocidade das vibrações moleculares ou as rotações de ligação e assim existe um limite de 2

3 aproximadamente seg -1 para a constante de velocidade. A reação de dobramento protéico mais rápida conhecida ocorre com uma constante de velocidade de 10 6 seg -1. Mudanças conformacionais simples podem ocorrer com uma constante de velocidade de 10 9 seg -1. Para reações de segunda ordem, o limite superior da constante de velocidade é determinado pela velocidade de difusão, aproximadamente 10 9 M -1 seg -1, uma vez que duas moléculas não podem reagir se não colidirem. Não existe limite inferior para constante de velocidade. Em geral, para um determinado intervalo de concentração, alta constante de velocidade significa reação rápida e baixas ou pequenas constantes de velocidade significam reações lentas. Observe, entretanto, que uma alta constante de velocidade garante uma alta velocidade. A reação bi-molecular A + B! AB pode ter uma constante de velocidade de difusão limitada (10 9 M -1 seg -1 ) mas ela não vai ocorrer a nenhuma velocidade de a concentração de [A] ou [B] for zero. Diagramas de reação coordenada, como mostrado abaixo para uma reação de desnaturação de proteína, são geralmente usados para ilustrar a idéia de que existem barreiras energéticas para o processo cinético. O maior, menos estável ponto no perfil de energia livre é chamado de estado de transição. Mesmo se a reação á energeticamente favorável (ela ocorre à baixa energia livre), existe uma certa quantidade de energia livre de ativação é necessária para que a reação ocorra. Para a reação de desdobramento protéico, um alto G u * * é necessário para quebrar as ligações não covalentes que mantém a estrutura protéica unida. No diagrama da reação coordenada, grandes barreiras (valores altos para G * * ) representam reações lentas e vice-versa. Expressão da velocidade para sistemas dinâmicos. Relação entre cinética e constante de equilíbrio. Existem relativamente poucas reações na biologia que são verdadeiramente irreversíveis. Assim, quando escrevemos a reação do tipo: AB! A + B 3

4 pode não ser razoável ou possível ignorar a reação reversa. Se considerarmos ambas, reações de dissociação e associação unidas, AB < == > A + B então a equação de velocidade combinada é: d[ab]/dt = kon [A] [B] - koff [AB] onde k on e k off significam as constantes de velocidade de associação e dissociação, respectivamente. A porção k on [A] [B] é a velocidade na qual AB é formado a partir da associação de A + B. A porção k off [AB] é a velocidade na qual AB é perdido pela dissociação. Quando o sistema atinge o equilíbrio, não existira variação nas concentrações de [AB], [A], e [B]. assim, d[ab]/dt = kon [A] [B] - koff [AB] = 0 e [A] [B]/[AB] = koff /kon = Kd Isto mostra a relação entre a constante de velocidade e a constante de equilíbrio para uma reação de dissociação bi molecular. Para uma reação unimolecular como dobramento/desdobramento de uma proteína no equilíbrio, N < == > U d[n]/dt = kf [U] - ku [N] = 0 e [U]/[N] = ku /kf = Ku Medindo velocidades e determinando as constantes de velocidades: Existem algumas informações importantes para desenhar experimentos para medir as constantes de velocidades. Primeiro, deve haver um ensaio que possa distinguir reagentes de produtos. Isto poderia incluir ensaios espectroscópicos (UV, absorbância, fluorescência, dicroísmo circular, NMR, etc.) ou ensaios nos quais reagentes e produtos são separados e identificados através de suas mobilidades em gel filtração, HPLC, eletroforese etc... Segundo, o experimento deve focalizar predominantemente um simples processo (por exemplo, associação ou dissociação). Para um experimento de dissociação, deve-se começar com o complexo AB numa concentração X e fazer-se diluições de forma que a reação de re-associação seja insignificante. Para uma reação de associação, A e B seriam misturados no tempo zero se escolheria o intervalo de tempo no qual não se observa uma substancial dissociação de AB (antes da formação de AB), ou seja, onde a velocidade de dissociação de AB seja insignificante. Para medir a velocidade de um processo uni-molecular como de dobramento protéico, deve-se iniciar com a proteína desnaturada em ph baixo (ou um desnaturante como uréia) e então coloca-la em solução com ph 7 onde o dobramento é favorecido. Como qualquer reação que atinge o equilíbrio, as velocidades de avanço e de reversão são similares. Em geral, para estudar a cinética do avanço ou da reversão de reações isoladas, trabalha-se nas condições mais distantes do equilíbrio possível. A questão final é como analisar os dados cinéticos para determinar a constante de velocidade. Os exemplos abaixo mostram caminhos simples para analisar a cinética de reações uni ou bi moleculares. 4

5 Reação de primeira ordem (uni molecular) exemplo: mudança conformacional ou reações de dissociação Reação: Equação de velocidade : Solução integrada: A! B -d[a]/dt = k[a] ƒd[a]/[a] = -k.dt ln [A] = -kt + ln [Ao ] [A] = [Ao ] e -kt Para qualquer reação de primeira ordem (como A! B), existirá um decaimento exponencial na concentração do reagente, como mostrado a esquerda do diagrama abaixo, para uma reação com [A 0 ] = 10-3 M e k= 0,1 seg -1. Uma vez que o produto é formado com a perda do reagente, também existirá um aumento exponencial da concentração do produto. Para qualquer reação de primeira ordem, também existe uma relação linear entre o ln [reagente] e o tempo, conforme mostrado no lado direito do diagrama abaixo. A inclinação desta reta corresponde k. Observe, entretanto, que plotando ln [produto] versus tempo, não se obtém uma reta. 5

6 Uma boa relação linear para dados de experimentos cinéticos plotados com ln [reagentes] versus tempo fornece uma evidência que a reação é de primeira ordem ou de pseudoprimeira ordem (veja abaixo) A meia vida (t 1/2 ) para a reação é o tempo requerido para que a metade dos reagentes seja convertida em produtos. Para uma reação de primeira ordem, t 1/2 é uma constante e pode ser calculado a partir da constante de velocidade como: t 1/2 = -ln(0.5)/k = 0.693/k No experimento mostrado acima, a meia vida é 6,9 segundos. A relação recíproca entre meia vida e a constante de velocidade é uma forma para se ter uma idéia do tempo em que a reação ocorre. Assim, para k= 0,01 seg 1, a meia vida é aproximadamente 70 segundos. para k= 10 seg -1, a meia vida seria cerca de 0,07 segundos ou 70 mili-segundos. A meiavida para reações de primeira ordem, também é independente do ponto de partida. Se ela demora 20 seg. para que a primeira metade das moléculas reaja, ela também vai levar 20 segundos para que a outra metade das moléculas reajam, e assim sucessivamente. O fato de que a meia vida é constante durante uma reação de primeira ordem, significa que, a qualquer tempo uma fração constante de moléculas reagentes tem energia suficiente para atravessar a barreira cinética e assim se torne produto. Isto faz sentido por que a energia de uma população de moléculas é distribuída randomicamente de acordo com a distribuição de Boltzmann. 6

7 Reação de segunda ordem (dimerização) Reação: Equação de velocidade: Solução integrada: 2A! A2 - d[a]/dt = k[a]2 ƒd[a]/[a]2 = -k.dt 1/[A] = k (t) + 1/[A0 ] [A] = A0 /(A0 kt + 1) A última equação é uma equação hiperbólica e a reação de segunda ordem, e a cinética de dimerização também é chamada de cinética hiperbólica. Os gráficos mostrados abaixo são para a reação de dimerização com [A 0 ] = 10-6 M e k = 2x10 5 M -1 seg -1. O decaimento de [A] com o tempo (gráfico da esquerda) nesta reação de segunda ordem parece superficialmente similar à reação de primeira ordem descrita acima mas na verdade é diferente como pode ser visto na equação que descreve a variação de [A] com o tempo. 7

8 O caminho mais simples para determinar a constante de velocidade neste caso, é plotar 1/[A] versus tempo e determinar a inclinação a qual será igual a k. Observe, entretanto, que plotando 1/ [A 2 ] versus tempo não obtemos uma linha reta. A expressão para a meia-vida desta reação de segunda ordem é: t 1/2 = 1/(k[A 0 ]) Para os dados mostrados, a meia vida é 5 segundos. É importante notar, entretanto, que as meias-vidas para reações de segunda ordem, são fundamentalmente diferentes para as de primeira ordem. No caso de primeira ordem, t 1/2 é independente da concentração inicial da reação. Aqui, a mesma reação realizada com diferentes concentrações iniciais terão diferentes meias-vidas. Além disso, se demora 5 segundos para que metade das moléculas reaja com uma dada concentração de A, então levará 10 segundos para que a outra metade das moléculas reajam. Isto num sentido intuitivo, por que a colisão entre duas moléculas de A torna-se mais difícil à medida que a concentração de A diminui. Reações bi-moleculares com reagentes diferentes: Reação: A + B! AB Equação de velocidade : -d[a]/dt = -d[b]/dt = k[a][b] Solução integrada: COMPLICADA EXCETO SOB CONDIÇÕES ESPECIAIS Devido ao fato de que uma solução geral para esta classe de reações bi-moleculares é complicada, três caminhos são geralmente utilizados para determinar a constante de velocidade de segunda ordem. (1) Misturar A e B no tempo zero e estimar a velocidade inicial da reação com diferentes concentrações dos reagentes. No t=0, [A]=[A 0 ] e [B]=[B 0 ], e a constante de velocidade é calculada como: k = (velocidade inicial)/([a 0 ][B 0 ]) (2) Fazer o experimento com [A 0 ] = [B 0 ]. Agora a solução integrada é idêntica à reação de dimerização mostrada acima e a constante de velocidade pode ser obtida pelo gráfico de 1/[A] ou 1/[B] versus tempo. (3) Fazer o experimento onde [A 0 ] >> [B 0 ] ou vice-versa. Se A está em grande excesso em relação a B, então a concentração de [A] não irá variar significativamente durante a reação e a equação de velocidade pode ser escrita como: -d[b]/dt = k[a 0 ][B] = k aparente [B] onde k aparente = k[a 0 ] 8

9 Observe que esta expressão de velocidade agora tem a mesma forma e a mesma solução integrada do que uma reação de primeira ordem. Poderíamos agora plotar ln [B] vs. tempo e obter uma linha reta com uma inclinação igual a k [A 0 ]. Pela manipulação das concentrações iniciais, nós transformamos uma reação bi-molecular em uma reação de pseudoprimeira-ordem. Ao contrario de uma reação de primeira ordem real, entretanto, não obtemos o mesmo valor de k aparente nos experimentos realizados com diferentes concentrações iniciais de [A 0 ]. Testando Mecanismos de reação: Um dos usos da cinética em bioquímica é estabelecer qual o modelo que melhor representa a reação de interesse. Por exemplo, temos uma interação monomérica de uma proteína ligadora de DNA (R) que liga a um fragmento de 20 pares de bases (D) mas não sabemos se a proteína liga como um monômero ou um dímero. Se medirmos a velocidade inicial da reação de associação e encontrarmos que varia linearmente com [R], então o modelo preferencial seria: R + D! RD desde que d[r]/dt = -k[r][d] Inversamente, se nós medirmos a velocidade inicial da reação e associação e encontrarmos que ela varia na proporção de [R] 2 então isto suporta o modelo: 2R + D! R 2 D desde que d[r]/dt = -k[r] 2 [D] Experimentos cinéticos, por si só, também podem ser usados para excluir certos modelos, mas não podem ser usados para distinguir modelos que tenham a mesma dependência de concentração para velocidade. No exemplo acima, especificamos que a proteína ligante de DNA livre era monomérica, e se não conhecêssemos a forma oligomérica para a proteína livre? Então, a variação linear da velocidade inicial de associação aumentando com o aumento da concentração inicial da proteína seria consistente com o modelo de reação expresso abaixo: R + D! RD; ou R2 + D! R2 D; ou R4 + D! R4 D; etc. Neste caso, uma informação estrutural adicional sobre a forma oligomérica da proteína livre e/ou ligada seria necessária para distinguir entre os diferentes modelos de reação. 9

10 POSSÍVEIS PONTOS DE CONFUSÃO: Reações do tipo 2R + D! R 2 D; 2R 2 + D! R 4 D e 2R 4 + D! R 8 D todas predizem uma dependência quadrada da velocidade de associação sobre a concentração protéica por que, em cada caso duas moléculas livres da proteína se combina no complexo. De forma similar, R + D! RD; R 2 + D! R 2 D; e R 4 + D! todas predizem a mesma dependência linear da velocidade de associação sobre a concentração protéica por que não existe variação na forma oligomérica da proteína quando passa da forma livre para forma ligada. Assim a informação chave para a cinética não é se um oligômero está ligado mas se existe variação na forma oligomérica durante a reação de ligação. Reações de passos múltiplos: Reações freqüentemente não ocorrem num passo simples mas envolve a formação de um ou mais intermediários. Considerando a reação 2R + D! R 2 D discutida acima. É improvável que três moléculas (2 de proteína e um sítio do DNA) irão colidir no mesmo instante na solução para formar um complexo tri-molecular. Existem dois caminhos distintos nos quais a associação do complexo R 2 D deve ocorrer através de sucessivas reações bi-moleculares: 2R + D! R 2 + D! R 2 D e/ou 2R + D! RD + R! R 2 D os quais são mostrados no diagrama abaixo: Estes mecanismos não precisam ser mutuamente exclusivos, mas se apenas um ou outro representa o caminho da associação, que tipo de experimento poderia ajudar a decidir entre um modelo ou outro? Um deles seria a identificação de possíveis intermediários. Será que a proteína forma um dímero na ausência de DNA em concentrações suficientemente altas? Seria a espécie intermediária, com comportamento eletroforético esperado para RD, vista 10

11 em um experimento de separação em gel? A detecção das espécies R 2 ou RD, por si mesma, não comprovaria que estas espécies participam como intermediários iniciais de uma determinada via de reação. Por exemplo, desenhando a ligação de DNA-dímero como: mas talvez as espécies intermediárias R 2 e RD tenham estruturas do tipo Tais espécies poderiam ser formadas mas não ter relevância no caminho de associação. Se as espécies R 2 e RD apresentarem estruturas mais razoáveis como então isto indicaria a possibilidade de que elas foram associadas como intermediários, porém não necessariamente seja uma garantia disso. A regra da significância cinética afirma que para uma espécie ser um autêntico intermediário numa reação, ela deve se formar e desaparecer numa velocidade maior do que a do produto final. Assim, se as espécies R 2 ou RD forem detectadas na reação mas aparecem numa velocidade menor do que a formação de R 2 D, então isto as excluiria como intermediários significantes no caminho da associação. De forma semelhante, se R 2 for um autentico intermediário, então a adição de D a R 2 purificado resultará na formação de R 2 D a uma velocidade muito mais rápida do que seria com 2R e D. Passo velocidade determinante: Em reações de múltiplos passos, um passo elementar é muito mais lento do que outros passos e se torna o determinante da velocidade. Isto quer dizer, a velocidade de toda a reação é determinada pela velocidade deste passo ou desta etapa lenta. Em alguns casos, aumentando a velocidade de alguns passos elementares observa-se um efeito insignificante na velocidade total da reação. Em sistemas biológicos, 11

12 os passos velocidade determinante ou velocidade limitante, são os passos susceptíveis a regulação. No exemplo unimolecular mostrado abaixo, a constante de velocidade para o passo B! C é muito menor do que a constante de velocidade do passo A! B. Assim, B! C é o passo lento e fundamental e determinante da velocidade (velocidade limitante). Quando escrevemos reações como acima, sem reações reversas, estamos assumindo que a constante de velocidade para estas reações reversas é muito pequena em relação a constante de velocidade para as reações de avanço. Se, neste modelo, iniciarmos a reação com A puro, o que acontecerá? A rapidamente será convertido em B, mas como B é convertido em C mais lentamente, a concentração de B irá aumentar, como mostrado abaixo, e C aparecerá com uma cinética muito menor. Aqui, B está de acordo com a lei de significação cinética, uma vez que se forma e desaparece mais rapidamente que C aparece. Observe também que a formação de C ocorre com uma meia vida de 0,7 segundos e a velocidade de 1 seg 1, a magnitude da constante de velocidade para o passo elementar e mais lento. 12

13 Agora considere a mesma reação porém com as constantes de velocidade invertidas: Agora A!B é o passo velocidade limitante. A medida que B é formado, ele é rapidamente convertido em C e, como mostrado abaixo, relativamente pouco B se acumula. Em geral, os intermediários só se acumulam em quantidades significantes quando eles precedem um passo lento ou velocidade limitante de todo o processo. 13

14 Nesta reação, B forma-se mais rápido do que C no início da reação (satisfazendo a regra da significância cinética) mas pode ser difícil de mostrar experimentalmente a menos que se utilize um método extremamente sensível para medir pequenas quantidades de B e C. Novamente, observe que a formação de C ocorre com uma meia vida de 0,7 segundos e a velocidade é aproximadamente de 1 seg 1, o qual é a constante de velocidade para o passo elementar e mais lento. Velocidade Limitante pré-equílibrio: Até aqui, temos enfocado reações que ocorrem numa simples direção. Uma classe comum de reações cinéticas envolve situações como: Neste caso, uma vez que uma molécula de B é formada ela pode formar C ou se converter novamente em A. Com as constantes de velocidades mostradas, deveria estar claro que a maioria de B seria revertido em A por que a constante de velocidade para este passo é 10 vezes maior do que a constante de velocidade para a conversão de B! C. Assim, deveria demorar 10 vezes mais, para formar tanta quantidade de C neste modelo, do que no modelo onde não temos a conversão de B! A. Nestes sistemas, A e B efetivamente se equilibram. K ab = [A]/[B] = (200 s -1 )/(1 s -1 ) = 200. assim B nunca será maior do que A. A velocidade de formação de C é apenas 20 s -1 [B]. Substituindo [B] temos d[c]/dt = (20 s -1 )/(200) [A] = 0.1 s- 1 [A] Assim a meia vida de formação de C é aproximadamente de 7 segundos, considerando que era de 0,7 segundos quando a conversão de B! A não ocorria. Este é o mesmo resultado que chegamos acima apenas considerando a velocidade em que B se forma como intermediário entre A e C. Observe que neste caso, a reação global é mais lenta do que qualquer outro passo. 14

15 O caso discutido acima é um exemplo específico para a reação geral: Neste tipo de reação, se k -1 >> k 2 (B forma A muito mais rapidamente do que forma C), então existirá um pré-equilibrio velocidade limitante e a velocidade de formação de C será dependente das três constantes de velocidade. d[c]/dt = (k 1 k 2 )/(k -1 ) [A] equação 3.1 Se, entretanto, assumirmos que k 2 >> k -1 (B forma C muito mais rapidamente do que forma A), então podemos efetivamente ignorar a reação reversa de B! A e a única questão será se k 1 ou k 2 é o passo velocidade limitante. 15

16 Aproximação do equilíbrio estacionário: A cinética de reação deste tipo também pode ser analisada escrevendo a expressão global para a variação de B e ajustando esta como sendo zero. Fazendo isto, estamos assumindo que a concentração de B rapidamente atinge uma constante, um equilíbrio estacionário cujo valor não muda apreciavelmente durante a reação. d[b]/dt = k1[a] - k -1 [B] - k 2 [B] = k 1 [A] - (k -1 +k 2 )[B] = 0 substituindo d[c]/dt = k 2 [B] temos: (k -1 +k 2 )[B] = k1[a] [B] = (k1)/(k -1 + k 2 ) [A] agora se, k -1 >> k 2 d[c]/dt = (k 1 k 2 )/(k -1 + k 2 ) [A] d[c]/dt (k 1 k 2 )/(k -1 ) [A] esta é a mesma equação: 3.1 em contraste, se k 2 >> k -1 d[c]/dt (k 1 k 2 )/(k 2 ) [A] = k 1 [A] equação: 3.2 A equação 3.2 é equivalente a se dizer que o passo k -1 é o passo velocidade limitante de todo o processo. A aproximação do estado de equilíbrio estacionário para um intermediário não se aplica se o intermediário é formado a uma velocidade muito maior do que sua quebra. Por exemplo, com as constantes de velocidade mostradas abaixo: B é formado muito mais rapidamente do que desaparece e a concentração de B irá aumentar mais do que atingir o equilíbrio estacionário. (Observe que a cinética aqui deveria ser muito similar àquelas mostradas na página 12) A maior parte de B irá formar C ao invés de voltar a A e assim a reação global deve ocorrer a uma constante de velocidade de aproximadamente 1 seg Embora k 2 >> k -1 usando a equação 3.2 (a qual só é valida se d[b]/dt 0) neste exemplo poderia nos levar a uma resposta errada uma vez que não é válido assumir o equilíbrio estacionário. 16

17 Estas idéias gerais sobre um rápido pré-equilíbrio e a aproximação do estado de equilíbrio estacionário para intermediários, são igualmente aplicáveis a reações nas quais o primeiro passo é bi-molecular. Por exemplo, Com as constantes de velocidades mostradas, AB irá dissociar a A + B numa velocidade 10 vezes mais rápido que se isomeriza em AC. Comparado à reação na qual a velocidade de dissociação de AB foi insignificante, isto irá demorar a formação de AC num fator de aproximadamente 10. Nós podemos novamente fazer uma aproximação de estado de equilíbrio estacionário para [AB] e deduzir a seguinte expressão: d[ac]/dt = (k 1 k 2 )/(k -1 + k 2 ) [A][B] (k 1 k 2 )/(k -1 ) [A][B] desde que k 2 >> k -1 Veremos expressões como esta última em alguns tipos de reações catalisadas por enzimas. Novamente, supomos o estado de equilíbrio estacionário para analisar o processo global, onde a velocidade de formação de AB é muito mais rápida do que sua quebra. Quando os intermediários não podem ser determinados diretamente: Algumas vezes os intermediários numa determinada reação não podem ser isolados como espécies moleculares distintas ou caracterizadas diretamente. Nestes casos, a existência de intermediários, é muitas vezes derivada da passagem da fase de cinética lenta para a de grande aceleração, ou de outros comportamentos multifásicos (p.ex. quando se observa o aparecimento de duas fases exponenciais para uma reação unimolecular) Entretanto, mesmo quando a cinética de uma reação unimolecular mostra uma única fase exponencial, a ausência de intermediários detectáveis não pode ser usada como prova de estes não existam. Isso quer dizer que, se os intermediários existem, eles devem desaparecer a velocidade significantemente mais rápida do que eles são formados. Isto, por sua vez, geralmente significa são relativamente mais instáveis do que os reagentes e/ou os produtos. Por exemplo, durante o processo de dobramento protéico só são detectadas espécies moleculares que estão totalmente desnaturadas ou totalmente na forma nativa. Neste caso, parece improvável que uma cadeia polipeptídica desordenada possa adquirir a conformação nativa através de um simples passo, uma vez que isto implicaria no ajuste simultâneo de centenas de ângulos de ligação simultaneamente. Este é provavelmente um caso no qual quaisquer que sejam os intermediários eles são instáveis e não se acumulam durante o curso da reação. Diagramas das reações coordenadas para reações com intermediários: Conforme observado acima, quando se escreve uma reação com múltiplos passos que ocorre em uma única direção, simplesmente ignoramos as reações reversas o que é justificado se estas 17

18 reações ocorrem a uma constante de velocidade muito menor do que as que ocorrem no sentido do avanço da reação. O diagrama da reação coordenada para este tipo de situação tem uma representação conforme mostrado abaixo: Observe que a energia livre de A é maior do que a de B a qual é maior do que para C. A reação ocorre no sentido decrescente. Também, a barreira energética a ser vencida entre B e C é maior indicando que este é o passo mais lento. Finalmente, B está localizado no fundo de um "vale" profundo de baixa energia indicando que ele deve se acumular. No próximo diagrama de reação coordenada, a primeira barreira a ser ultrapassada é a maior, e assim correspondendo ao passo mais lento na reação. B agora está num "vale" muito mais raso do que no exemplo anterior e dessa forma vai se acumular menos. 18

19 Se agora nós considerarmos uma rápida reversão de B! A, nós teremos um diagrama de reações coordenadas como o mostrado abaixo: A primeira barreira ainda corresponde ao passo mais lento por que, à distância de A para ultrapassar a primeira barreira, representa a maior variação de energia livre. B, entretanto, agora é menos estável (tem maior energia livre) do que A. Uma vez que B é produzido, a reação reversa para A é cinéticamente mais favorável do que a reação de avanço até C uma vez que a barreira energética no sentido reverso é menor do que no sentido do avanço. Em casos como este, onde existe um passo velocidade limitante préequilíbrio, o ponto de maior diferença de energia livre (agora o pico entre B e C) não representa o passo mais lento, mas representa o passo velocidade limitante ou velocidade determinante da reação global. Considere, por exemplo, o que aconteceria se a constante de velocidade para a conversão de B! C fosse 100 vezes maior: 19

20 Agora, uma vez que as moléculas A sejam transformadas em B, elas vão imediatamente se transformar em C. A barreira entre A e B novamente se tornou o passo velocidade limitante. Acelerando a reação B! C, a reação global agora ocorre mais rápido já que não há um passo velocidade limitante pré-equilíbrio. Este é um caso onde a regulação de um passo que não seja o passo mais lento, pode ter conseqüências cinéticas na reação global de A! C. 20

FATORES QUE AFETAM AS VELOCIDADES DAS REAÇÕES. 2. As concentrações dos reagentes. 3. A temperatura na qual a reação ocorre.

FATORES QUE AFETAM AS VELOCIDADES DAS REAÇÕES. 2. As concentrações dos reagentes. 3. A temperatura na qual a reação ocorre. CINÉTICA QUÍMICA FATORES QUE AFETAM AS VELOCIDADES DAS REAÇÕES 1. O estado físico dos reagentes. 2. As concentrações dos reagentes. 3. A temperatura na qual a reação ocorre. 4. A presença de um catalisador.

Leia mais

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010. Matemática Essencial Extremos de funções reais Departamento de Matemática - UEL - 2010 Conteúdo Ulysses Sodré http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Leia mais

DEPENDÊNCIA DA VELOCIDADE COM A TEMPERATURA Camilo Andrea Angelucci

DEPENDÊNCIA DA VELOCIDADE COM A TEMPERATURA Camilo Andrea Angelucci DPNDÊNCIA DA VLOCIDAD COM A TMPRATURA Camilo Andrea Angelucci MTA Apresentar os conceitos da infl uência da temperatura na velocidade das reações químicas. OBJTIVOS Ao fi nal desta aula, o aluno deverá:

Leia mais

AS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA

AS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA CAPÍTULO 1 AS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA Talvez o conceito físico mais intuitivo que carregamos conosco, seja a noção do que é uma força. Muito embora, formalmente, seja algo bastante complicado

Leia mais

André Silva Franco ASF EOQ Escola Olímpica de Química Julho de 2011

André Silva Franco ASF EOQ Escola Olímpica de Química Julho de 2011 André Silva Franco ASF EOQ Escola Olímpica de Química Julho de O que é Cinética Química? Ramo da físico-química que estuda a velocidade das reações; Velocidade na química: variação de uma grandeza no x

Leia mais

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = =

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = = Energia Potencial Elétrica Física I revisitada 1 Seja um corpo de massa m que se move em linha reta sob ação de uma força F que atua ao longo da linha. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo

Leia mais

a 1 x 1 +... + a n x n = b,

a 1 x 1 +... + a n x n = b, Sistemas Lineares Equações Lineares Vários problemas nas áreas científica, tecnológica e econômica são modelados por sistemas de equações lineares e requerem a solução destes no menor tempo possível Definição

Leia mais

9. Derivadas de ordem superior

9. Derivadas de ordem superior 9. Derivadas de ordem superior Se uma função f for derivável, então f é chamada a derivada primeira de f (ou de ordem 1). Se a derivada de f eistir, então ela será chamada derivada segunda de f (ou de

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Princípios de Instrumentação Biomédica. Módulo 4

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Princípios de Instrumentação Biomédica. Módulo 4 Universidade Federal do Rio de Janeiro Princípios de Instrumentação Biomédica Módulo 4 Faraday Lenz Henry Weber Maxwell Oersted Conteúdo 4 - Capacitores e Indutores...1 4.1 - Capacitores...1 4.2 - Capacitor

Leia mais

Caracterização temporal de circuitos: análise de transientes e regime permanente. Condições iniciais e finais e resolução de exercícios.

Caracterização temporal de circuitos: análise de transientes e regime permanente. Condições iniciais e finais e resolução de exercícios. Conteúdo programático: Elementos armazenadores de energia: capacitores e indutores. Revisão de características técnicas e relações V x I. Caracterização de regime permanente. Caracterização temporal de

Leia mais

Sumário. Prefácio... xi. Prólogo A Física tira você do sério?... 1. Lei da Ação e Reação... 13

Sumário. Prefácio... xi. Prólogo A Física tira você do sério?... 1. Lei da Ação e Reação... 13 Sumário Prefácio................................................................. xi Prólogo A Física tira você do sério?........................................... 1 1 Lei da Ação e Reação..................................................

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA CINÉTICA QUÍMICA EQUAÇÃO DE ARRHENIUS

CINÉTICA QUÍMICA CINÉTICA QUÍMICA EQUAÇÃO DE ARRHENIUS CINÉTICA QUÍMICA CINÉTICA QUÍMICA EQUAÇÃO DE ARRHENIUS A DEPENDÊNCIA DA VELOCIDADE DE REAÇÃO COM A TEMPERATURA A velocidade da maioria das reações químicas aumenta à medida que a temperatura também aumenta.

Leia mais

O degrau de potencial. Caso II: energia maior que o degrau

O degrau de potencial. Caso II: energia maior que o degrau O degrau de potencial. Caso II: energia maior que o degrau U L 9 Meta da aula plicar o formalismo quântico ao caso de uma partícula quântica que incide sobre o degrau de potencial, definido na ula 8. Vamos

Leia mais

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente:

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente: Rumo ao ITA Física Análise Dimensional Ivan Guilhon Mitoso Rocha A análise dimensional é um assunto básico que estuda as grandezas físicas em geral, com respeito a suas unidades de medida. Como as grandezas

Leia mais

6.3 Equivalência entre Autômatos com Pilha Não-Determinísticos e Gramáticas Livre do Contexto

6.3 Equivalência entre Autômatos com Pilha Não-Determinísticos e Gramáticas Livre do Contexto Capítulo 6. Autômatos com Pilha 6.3 Equivalência entre Autômatos com Pilha Não-Determinísticos e Gramáticas Livre do Contexto Nos exemplos da seção anterior, vimos que os autômatos com pilha existem para

Leia mais

( ) ( ) ( ( ) ( )) ( )

( ) ( ) ( ( ) ( )) ( ) Física 0 Duas partículas A e, de massa m, executam movimentos circulares uniormes sobre o plano x (x e representam eixos perpendiculares) com equações horárias dadas por xa ( t ) = a+acos ( ωt ), ( t )

Leia mais

EQUILÍBRIO QUÍMICO 1

EQUILÍBRIO QUÍMICO 1 EQUILÍBRIO QUÍMICO 1 1- Introdução Uma reação química é composta de duas partes separadas por uma flecha, a qual indica o sentido da reação. As espécies químicas denominadas como reagentes ficam à esquerda

Leia mais

APLICAÇÕES DA DERIVADA

APLICAÇÕES DA DERIVADA Notas de Aula: Aplicações das Derivadas APLICAÇÕES DA DERIVADA Vimos, na seção anterior, que a derivada de uma função pode ser interpretada como o coeficiente angular da reta tangente ao seu gráfico. Nesta,

Leia mais

Objetivos: Construção de tabelas e gráficos, escalas especiais para construção de gráficos e ajuste de curvas à dados experimentais.

Objetivos: Construção de tabelas e gráficos, escalas especiais para construção de gráficos e ajuste de curvas à dados experimentais. 7aula Janeiro de 2012 CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS I: Papel Milimetrado Objetivos: Construção de tabelas e gráficos, escalas especiais para construção de gráficos e ajuste de curvas à dados experimentais. 7.1

Leia mais

MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE

MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBBILIDDE Quando estudamos algum fenômeno através do método estatístico, na maior parte das vezes é preciso estabelecer uma distinção entre o modelo matemático que construímos para

Leia mais

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 1. MATEMÁTICA I 1 FUNÇÃO DO 1º GRAU

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 1. MATEMÁTICA I 1 FUNÇÃO DO 1º GRAU FUNÇÃO IDENTIDADE... FUNÇÃO LINEAR... FUNÇÃO AFIM... GRÁFICO DA FUNÇÃO DO º GRAU... IMAGEM... COEFICIENTES DA FUNÇÃO AFIM... ZERO DA FUNÇÃO AFIM... 8 FUNÇÕES CRESCENTES OU DECRESCENTES... 9 SINAL DE UMA

Leia mais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais LEI DE OHM Conceitos fundamentais Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um elétron livre e se desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde parte ou toda energia

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR Assuntos: Matrizes; Matrizes Especiais; Operações com Matrizes; Operações Elementares

Leia mais

Disciplina de Didáctica da Química I

Disciplina de Didáctica da Química I Disciplina de Didáctica da Química I Texto de Apoio Concepções Alternativas em Equilíbrio Químico Autores: Susana Fonseca, João Paiva 3.2.3 Concepções alternativas em Equilíbrio Químico Tal como já foi

Leia mais

grandeza do número de elétrons de condução que atravessam uma seção transversal do fio em segundos na forma, qual o valor de?

grandeza do número de elétrons de condução que atravessam uma seção transversal do fio em segundos na forma, qual o valor de? Física 01. Um fio metálico e cilíndrico é percorrido por uma corrente elétrica constante de. Considere o módulo da carga do elétron igual a. Expressando a ordem de grandeza do número de elétrons de condução

Leia mais

ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL

ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL CROMATOGRAFIA 2 1 6 Ed. Cap. 10 268-294 6 Ed. Cap. 6 Pg.209-219 6 Ed. Cap. 28 Pg.756-829 6 Ed. Cap. 21 Pg.483-501 3 Separação Química Princípios de uma separação. Uma mistura

Leia mais

x0 = 1 x n = 3x n 1 x k x k 1 Quantas são as sequências com n letras, cada uma igual a a, b ou c, de modo que não há duas letras a seguidas?

x0 = 1 x n = 3x n 1 x k x k 1 Quantas são as sequências com n letras, cada uma igual a a, b ou c, de modo que não há duas letras a seguidas? Recorrências Muitas vezes não é possível resolver problemas de contagem diretamente combinando os princípios aditivo e multiplicativo. Para resolver esses problemas recorremos a outros recursos: as recursões

Leia mais

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 3

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 3 Linhas de Força Mencionamos na aula passada que o físico inglês Michael Faraday (79-867) introduziu o conceito de linha de força para visualizar a interação elétrica entre duas cargas. Para Faraday, as

Leia mais

Medida da velocidade de embarcações com o Google Earth

Medida da velocidade de embarcações com o Google Earth UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Física Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física Mestrado Profissional em Ensino de Física Medida da velocidade de embarcações com o Google Earth

Leia mais

Cinética Química Aplicada (LOQ 4003)

Cinética Química Aplicada (LOQ 4003) - Universidade de São Paulo - Escola de Engenharia de Lorena Cinética Química Aplicada (LOQ 4003) 1º semestre de 2014 Prof. Dr. João Paulo Alves Silva jpalves80@usp.br Aula anterior Equação de Velocidade

Leia mais

Tópico 11. Aula Teórica/Prática: O Método dos Mínimos Quadrados e Linearização de Funções

Tópico 11. Aula Teórica/Prática: O Método dos Mínimos Quadrados e Linearização de Funções Tópico 11. Aula Teórica/Prática: O Método dos Mínimos Quadrados e Linearização de Funções 1. INTRODUÇÃO Ao se obter uma sucessão de pontos experimentais que representados em um gráfico apresentam comportamento

Leia mais

Eventos independentes

Eventos independentes Eventos independentes Adaptado do artigo de Flávio Wagner Rodrigues Neste artigo são discutidos alguns aspectos ligados à noção de independência de dois eventos na Teoria das Probabilidades. Os objetivos

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA. QUÍMICA 1 2º ANO Prof.ª ELAINE CRISTINA. Educação para toda a vida. Colégio Santo Inácio. Jesuítas

CINÉTICA QUÍMICA. QUÍMICA 1 2º ANO Prof.ª ELAINE CRISTINA. Educação para toda a vida. Colégio Santo Inácio. Jesuítas CINÉTICA QUÍMICA QUÍMICA 1 2º ANO Prof.ª ELAINE CRISTINA CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES CINÉTICAS I - Quanto à velocidade Rápidas: neutralizações em meio aquoso, combustões,... Lentas: fermentações, formação

Leia mais

Estrategia de resolução de problemas

Estrategia de resolução de problemas Estrategia de resolução de problemas Sistemas Isolados (p. 222) Muitos problemas na física podem ser resolvidos usando-se o princípio de conservação de energia para um sistema isolado. Deve ser utilizado

Leia mais

CÁLCULO DE ZEROS DE FUNÇÕES REAIS

CÁLCULO DE ZEROS DE FUNÇÕES REAIS 15 CÁLCULO DE ZEROS DE FUNÇÕES REAIS Um dos problemas que ocorrem mais frequentemente em trabalhos científicos é calcular as raízes de equações da forma: f() = 0. A função f() pode ser um polinômio em

Leia mais

ENZIMAS. Células podem sintetizar enzimas conforme a sua necessidade.

ENZIMAS. Células podem sintetizar enzimas conforme a sua necessidade. ENZIMAS As enzimas são proteínas, catalisadores (aumenta a velocidade de uma determinada reação química) biológicos (proteínas) de alta especificidade. Praticamente todas as reações que caracterizam o

Leia mais

Química Analítica Avançada: Volumetria de Neutralização. Prof a Lilian Silva 2011

Química Analítica Avançada: Volumetria de Neutralização. Prof a Lilian Silva 2011 Química Analítica Avançada: Volumetria de Neutralização Prof a Lilian Silva 2011 INTRODUÇÃO À VOLUMETRIA TITULAÇÃO Processo no qual uma solução padrão ou solução de referência é adicionada a uma solução

Leia mais

CONVERSORES E CONTROLADORES DE FASE. Circuitos de retificação monofásicos

CONVERSORES E CONTROLADORES DE FASE. Circuitos de retificação monofásicos CONVERSORES E CONTROLADORES DE FASE Um conversor é um equipamento utilizado para converter potência alternada em potência contínua. Num conversor simples, que usa somente diodos retificadores, a tensão

Leia mais

Exercícios Teóricos Resolvidos

Exercícios Teóricos Resolvidos Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Exercícios Teóricos Resolvidos O propósito deste texto é tentar mostrar aos alunos várias maneiras de raciocinar

Leia mais

OBJETIVOS: CARGA HORÁRIA MÍNIMA CRONOGRAMA:

OBJETIVOS: CARGA HORÁRIA MÍNIMA CRONOGRAMA: ESTUDO DIRIGIDO COMPONENTE CURRICULAR: Controle de Processos e Instrumentação PROFESSOR: Dorival Rosa Brito ESTUDO DIRIGIDO: Métodos de Determinação de Parâmetros de Processos APRESENTAÇÃO: O rápido desenvolvimento

Leia mais

Só Matemática O seu portal matemático http://www.somatematica.com.br FUNÇÕES

Só Matemática O seu portal matemático http://www.somatematica.com.br FUNÇÕES FUNÇÕES O conceito de função é um dos mais importantes em toda a matemática. O conceito básico de função é o seguinte: toda vez que temos dois conjuntos e algum tipo de associação entre eles, que faça

Leia mais

Diagrama de transição de Estados (DTE)

Diagrama de transição de Estados (DTE) Diagrama de transição de Estados (DTE) O DTE é uma ferramenta de modelação poderosa para descrever o comportamento do sistema dependente do tempo. A necessidade de uma ferramenta deste tipo surgiu das

Leia mais

Capítulo 2 Endogamia. Acasalamentos Preferenciais. Introdução

Capítulo 2 Endogamia. Acasalamentos Preferenciais. Introdução Capítulo 2 Endogamia Acasalamentos Preferenciais Introdução No capítulo anterior foi demonstrado que se os acasalamentos forem aleatórios, as populações têm proporções genotípicas equivalentes às calculadas

Leia mais

CAPÍTULO 11. Poupança, acumulação de capital e produto. Olivier Blanchard Pearson Education

CAPÍTULO 11. Poupança, acumulação de capital e produto. Olivier Blanchard Pearson Education Olivier Blanchard Pearson Education Poupança, acumulação de capital e CAPÍTULO 11 2006 Pearson Education Macroeconomics, 4/e Olivier Blanchard Poupança, Os efeitos da taxa de poupança a razão entre a poupança

Leia mais

Tópico 02: Movimento Circular Uniforme; Aceleração Centrípeta

Tópico 02: Movimento Circular Uniforme; Aceleração Centrípeta Aula 03: Movimento em um Plano Tópico 02: Movimento Circular Uniforme; Aceleração Centrípeta Caro aluno, olá! Neste tópico, você vai aprender sobre um tipo particular de movimento plano, o movimento circular

Leia mais

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL I INTRODUÇÃO O JOGO DE GESTÃO EMPRESARIAL é uma competição que simula a concorrência entre empresas dentro de um mercado. O jogo se baseia num modelo que abrange ao mesmo

Leia mais

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica A U L A 3 Metas da aula Descrever a experiência de interferência por uma fenda dupla com elétrons, na qual a trajetória destes

Leia mais

REFLEXÃO DA LUZ: ESPELHOS 412EE TEORIA

REFLEXÃO DA LUZ: ESPELHOS 412EE TEORIA 1 TEORIA 1 DEFININDO ESPELHOS PLANOS Podemos definir espelhos planos como toda superfície plana e polida, portanto, regular, capaz de refletir a luz nela incidente (Figura 1). Figura 1: Reflexão regular

Leia mais

Opções Reais. Processos Estocásticos. Processos Estocásticos. Modelando Incerteza. Processos Estocásticos

Opções Reais. Processos Estocásticos. Processos Estocásticos. Modelando Incerteza. Processos Estocásticos Modelando Incerteza Opções Reais A incerteza em um projeto pode ter mais do que apenas dois estados. Na prática, o número de incertezas pode ser infinito Prof. Luiz Brandão brandao@iag.puc-rio.br IAG PUC-Rio

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DE PROTEÍNAS POR DIFRAÇÃO DE RAIOS-X

DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DE PROTEÍNAS POR DIFRAÇÃO DE RAIOS-X DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DE PROTEÍNAS POR DIFRAÇÃO DE RAIOS-X Disciplina: Engenharia de Proteínas Ma. Flávia Campos Freitas Vieira NÍVEIS ESTRUTURAIS DAS PROTEÍNAS Fonte: Lehninger, 2010.

Leia mais

Material Teórico - Módulo de Divisibilidade. MDC e MMC - Parte 1. Sexto Ano. Prof. Angelo Papa Neto

Material Teórico - Módulo de Divisibilidade. MDC e MMC - Parte 1. Sexto Ano. Prof. Angelo Papa Neto Material Teórico - Módulo de Divisibilidade MDC e MMC - Parte 1 Sexto Ano Prof. Angelo Papa Neto 1 Máximo divisor comum Nesta aula, definiremos e estudaremos métodos para calcular o máximo divisor comum

Leia mais

Correlação e Regressão Linear

Correlação e Regressão Linear Correlação e Regressão Linear A medida de correlação é o tipo de medida que se usa quando se quer saber se duas variáveis possuem algum tipo de relação, de maneira que quando uma varia a outra varia também.

Leia mais

P3 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 16/06/12

P3 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 16/06/12 P3 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 6/06/ Nome: Nº de Matrícula: GABARITO Turma: Assinatura: Dados gerais: G = H - TS G= - n F E G = G o + RT ln Q ΔE ΔE [A] [A] 0 Questão Valor Grau Revisão kt a,5 a,5 3 a,5

Leia mais

5 Circuitos Equivalentes

5 Circuitos Equivalentes 5 Circuitos Equivalentes 5.1 Circuitos Equivalentes Nos capítulos anteriores já se apresentaram diversos exemplos de circuitos equivalentes, por exemplo, resistências em série e em paralelo ou a chamada

Leia mais

QUAL O NÚMERO DE VEÍCULOS QUE CIRCULA EM SÃO PAULO?

QUAL O NÚMERO DE VEÍCULOS QUE CIRCULA EM SÃO PAULO? QUAL O NÚMERO DE VEÍCULOS QUE CIRCULA EM SÃO PAULO? RESENHA Carlos Paiva Qual o número de veículos que circula em um dia ou a cada hora do dia na Região Metropolitana, no município e no centro expandido

Leia mais

Capítulo 3. Avaliação de Desempenho. 3.1 Definição de Desempenho

Capítulo 3. Avaliação de Desempenho. 3.1 Definição de Desempenho 20 Capítulo 3 Avaliação de Desempenho Este capítulo aborda como medir, informar e documentar aspectos relativos ao desempenho de um computador. Além disso, descreve os principais fatores que influenciam

Leia mais

Se um sistema troca energia com a vizinhança por trabalho e por calor, então a variação da sua energia interna é dada por:

Se um sistema troca energia com a vizinhança por trabalho e por calor, então a variação da sua energia interna é dada por: Primeira Lei da Termodinâmica A energia interna U de um sistema é a soma das energias cinéticas e das energias potenciais de todas as partículas que formam esse sistema e, como tal, é uma propriedade do

Leia mais

2. Representação Numérica

2. Representação Numérica 2. Representação Numérica 2.1 Introdução A fim se realizarmos de maneira prática qualquer operação com números, nós precisamos representa-los em uma determinada base numérica. O que isso significa? Vamos

Leia mais

Eletrônica Industrial Apostila sobre Modulação PWM página 1 de 6 INTRODUÇÃO

Eletrônica Industrial Apostila sobre Modulação PWM página 1 de 6 INTRODUÇÃO Eletrônica Industrial Apostila sobre Modulação PWM página 1 de 6 Curso Técnico em Eletrônica Eletrônica Industrial Apostila sobre Modulação PWM Prof. Ariovaldo Ghirardello INTRODUÇÃO Os controles de potência,

Leia mais

Discussão sobre as leis de Newton no contexto da análise de estruturas

Discussão sobre as leis de Newton no contexto da análise de estruturas Princípios físicos básicos para as condições de equilíbrio As condições de equilíbrio garantem o equilíbrio estático de qualquer porção isolada da estrutura ou da estrutura como um todo. Elas estão baseadas

Leia mais

EXPERIMENTO N o 6 LENTES CONVERGENTES INTRODUÇÃO

EXPERIMENTO N o 6 LENTES CONVERGENTES INTRODUÇÃO EXPERIMENTO N o 6 LENTES CONVERGENTES INTRODUÇÃO Ao incidir em uma lente convergente, um feixe paralelo de luz, depois de passar pela lente, é concentrado em um ponto denominado foco (representado por

Leia mais

Aspectos ambientais da energia aplicada em reações químicas

Aspectos ambientais da energia aplicada em reações químicas Aspectos ambientais da energia aplicada em reações químicas Sumário As cargas ambientais resultantes da utilização de energias térmicas ou elétricas são particularmente importantes. Freqüentemente, o impacto

Leia mais

Soluções das Questões de Física do Processo Seletivo de Admissão à Escola Preparatória de Cadetes do Exército EsPCEx

Soluções das Questões de Física do Processo Seletivo de Admissão à Escola Preparatória de Cadetes do Exército EsPCEx Soluções das Questões de Física do Processo Seletivo de dmissão à Escola Preparatória de Cadetes do Exército EsPCEx Questão Concurso 009 Uma partícula O descreve um movimento retilíneo uniforme e está

Leia mais

Forças internas. Objetivos da aula: Mostrar como usar o método de seções para determinar as cargas internas em um membro.

Forças internas. Objetivos da aula: Mostrar como usar o método de seções para determinar as cargas internas em um membro. Forças internas Objetivos da aula: Mostrar como usar o método de seções para determinar as cargas internas em um membro. Generalizar esse procedimento formulando equações que podem ser representadas de

Leia mais

O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2

O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2 3.2 O Espaço Nulo de A: Resolvendo Ax = 0 11 O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2 Esta seção trata do espaço de soluções para Ax = 0. A matriz A pode ser quadrada ou retangular. Uma solução imediata

Leia mais

Matemática Financeira Módulo 2

Matemática Financeira Módulo 2 Fundamentos da Matemática O objetivo deste módulo consiste em apresentar breve revisão das regras e conceitos principais de matemática. Embora planilhas e calculadoras financeiras tenham facilitado grandemente

Leia mais

Movimento Harmônico Simples: Exemplos (continuação)

Movimento Harmônico Simples: Exemplos (continuação) Movimento Harmônico Simples: Exemplos (continuação) O Pêndulo Físico O chamado pêndulo físico é qualquer pêndulo real. Ele consiste de um corpo rígido (com qualquer forma) suspenso por um ponto O e que

Leia mais

Análise Dimensional Notas de Aula

Análise Dimensional Notas de Aula Primeira Edição Análise Dimensional Notas de Aula Prof. Ubirajara Neves Fórmulas dimensionais 1 As fórmulas dimensionais são formas usadas para expressar as diferentes grandezas físicas em função das grandezas

Leia mais

Estudaremos aqui como essa transformação pode ser entendida a partir do teorema do trabalho-energia.

Estudaremos aqui como essa transformação pode ser entendida a partir do teorema do trabalho-energia. ENERGIA POTENCIAL Uma outra forma comum de energia é a energia potencial U. Para falarmos de energia potencial, vamos pensar em dois exemplos: Um praticante de bungee-jump saltando de uma plataforma. O

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Terminologia e Definições Básicas No curso de cálculo você aprendeu que, dada uma função y f ( ), a derivada f '( ) d é também, ela mesma, uma função de e

Leia mais

1 Descrição do Trabalho

1 Descrição do Trabalho Departamento de Informática - UFES 1 o Trabalho Computacional de Algoritmos Numéricos - 13/2 Métodos de Runge-Kutta e Diferenças Finitas Prof. Andréa Maria Pedrosa Valli Data de entrega: Dia 23 de janeiro

Leia mais

6 Conclusões e Trabalhos futuros 6.1. Conclusões

6 Conclusões e Trabalhos futuros 6.1. Conclusões 6 Conclusões e Trabalhos futuros 6.1. Conclusões Neste trabalho estudou-se o comportamento do sistema que foi denominado pendulo planar com a adição de uma roda de reação na haste do pendulo composta de

Leia mais

Circuitos Elétricos 1º parte. Introdução Geradores elétricos Chaves e fusíveis Aprofundando Equação do gerador Potência e rendimento

Circuitos Elétricos 1º parte. Introdução Geradores elétricos Chaves e fusíveis Aprofundando Equação do gerador Potência e rendimento Circuitos Elétricos 1º parte Introdução Geradores elétricos Chaves e fusíveis Aprofundando Equação do gerador Potência e rendimento Introdução Um circuito elétrico é constituido de interconexão de vários

Leia mais

Modelagem no Domínio do Tempo. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello cabm@cin.ufpe.br 1

Modelagem no Domínio do Tempo. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello cabm@cin.ufpe.br 1 Carlos Alexandre Mello 1 Modelagem no Domínio da Frequência A equação diferencial de um sistema é convertida em função de transferência, gerando um modelo matemático de um sistema que algebricamente relaciona

Leia mais

APLICAÇÕES DE EQUAÇÕES 1ª. ORDEM

APLICAÇÕES DE EQUAÇÕES 1ª. ORDEM APLICAÇÕES DE EQUAÇÕES 1ª. ORDEM Decaimento radioativo Resultados experimentais mostram que elementos radioativos desintegram a uma taxa proporcional à quantidade presente do elemento. Se Q = Q(t) é a

Leia mais

Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) Equação Horária do MRU

Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) Equação Horária do MRU Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) velocímetro do automóvel da figura abaixo marca sempre a mesma velocidade. Quando um móvel possui sempre a mesma velocidade e se movimenta sobre uma reta dizemos que

Leia mais

Exemplos de aplicação das leis de Newton e Conservação do Momento Linear

Exemplos de aplicação das leis de Newton e Conservação do Momento Linear Exemplos de aplicação das leis de Newton e Conservação do Momento Linear Cálculo de resultante I Considere um corpo sobre o qual atual três forças distintas. Calcule a força resultante. F 1 = 10 N 30 F

Leia mais

Somatórias e produtórias

Somatórias e produtórias Capítulo 8 Somatórias e produtórias 8. Introdução Muitas quantidades importantes em matemática são definidas como a soma de uma quantidade variável de parcelas também variáveis, por exemplo a soma + +

Leia mais

Gabarito da Prova de Oficinas dos Velhos Ano 2008

Gabarito da Prova de Oficinas dos Velhos Ano 2008 Gabarito da Prova de Oficinas dos Velhos Ano 2008 12 de maio de 2008 1 (a) O objetivo principal da oficina de espectroscopia é que os aprendizes aprendessem, rápido, a interpretar espectros e linhas espectrais,

Leia mais

1 Propagação de Onda Livre ao Longo de um Guia de Ondas Estreito.

1 Propagação de Onda Livre ao Longo de um Guia de Ondas Estreito. 1 I-projeto do campus Programa Sobre Mecânica dos Fluidos Módulos Sobre Ondas em Fluidos T. R. Akylas & C. C. Mei CAPÍTULO SEIS ONDAS DISPERSIVAS FORÇADAS AO LONGO DE UM CANAL ESTREITO As ondas de gravidade

Leia mais

Vestibular1 A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Acesse Agora! www.vestibular1.com.br. Cinemática escalar

Vestibular1 A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Acesse Agora! www.vestibular1.com.br. Cinemática escalar Cinemática escalar A cinemática escalar considera apenas o aspecto escalar das grandezas físicas envolvidas. Ex. A grandeza física velocidade não pode ser definida apenas por seu valor numérico e por sua

Leia mais

Sistemas de numeração

Sistemas de numeração E Sistemas de numeração Aqui estão apenas números ratificados. William Shakespeare A natureza tem algum tipo de sistema de coordenadas geométrico-aritmético, porque a natureza tem todos os tipos de modelos.

Leia mais

por séries de potências

por séries de potências Seção 23: Resolução de equações diferenciais por séries de potências Até este ponto, quando resolvemos equações diferenciais ordinárias, nosso objetivo foi sempre encontrar as soluções expressas por meio

Leia mais

Matemática - UEL - 2010 - Compilada em 18 de Março de 2010. Prof. Ulysses Sodré Matemática Essencial: http://www.mat.uel.

Matemática - UEL - 2010 - Compilada em 18 de Março de 2010. Prof. Ulysses Sodré Matemática Essencial: http://www.mat.uel. Matemática Essencial Equações do Segundo grau Conteúdo Matemática - UEL - 2010 - Compilada em 18 de Março de 2010. Prof. Ulysses Sodré Matemática Essencial: http://www.mat.uel.br/matessencial/ 1 Introdução

Leia mais

C5. Formação e evolução estelar

C5. Formação e evolução estelar AST434: C5-1/68 AST434: Planetas e Estrelas C5. Formação e evolução estelar Mário João P. F. G. Monteiro Mestrado em Desenvolvimento Curricular pela Astronomia Mestrado em Física e Química em Contexto

Leia mais

TIPOS DE REFLEXÃO Regular Difusa

TIPOS DE REFLEXÃO Regular Difusa Reflexão da luz TIPOS DE REFLEXÃO Regular Difusa LEIS DA REFLEXÃO RI = raio de luz incidente i normal r RR = raio de luz refletido i = ângulo de incidência (é formado entre RI e N) r = ângulo de reflexão

Leia mais

4.10 Solução das Equações de Estado através da Transformada de Laplace Considere a equação de estado (4.92)

4.10 Solução das Equações de Estado através da Transformada de Laplace Considere a equação de estado (4.92) ADL22 4.10 Solução das Equações de Estado através da Transformada de Laplace Considere a equação de estado (4.92) A transformada de Laplace fornece: (4.93) (4.94) A fim de separar X(s), substitua sx(s)

Leia mais

DIODOS. Professor João Luiz Cesarino Ferreira

DIODOS. Professor João Luiz Cesarino Ferreira DIODOS A união de um cristal tipo p e um cristal tipo n, obtém-se uma junção pn, que é um dispositivo de estado sólido simples: o diodo semicondutor de junção. Figura 1 Devido a repulsão mútua os elétrons

Leia mais

5910170 Física II Ondas, Fluidos e Termodinâmica USP Prof. Antônio Roque Aula 15

5910170 Física II Ondas, Fluidos e Termodinâmica USP Prof. Antônio Roque Aula 15 Ondas (continuação) Ondas propagando-se em uma dimensão Vamos agora estudar propagação de ondas. Vamos considerar o caso simples de ondas transversais propagando-se ao longo da direção x, como o caso de

Leia mais

O tornado de projeto é admitido, para fins quantitativos, com as seguintes características [15]:

O tornado de projeto é admitido, para fins quantitativos, com as seguintes características [15]: 4 Tornado de Projeto O tornado de projeto é admitido, para fins quantitativos, com as seguintes características [15]: Tornado do tipo F3-médio; Velocidade máxima de 233km/h = 64,72m/s; Velocidade translacional

Leia mais

Universidade Federal de São Paulo Instituto de Ciência e Tecnologia Bacharelado em Ciência e Tecnologia

Universidade Federal de São Paulo Instituto de Ciência e Tecnologia Bacharelado em Ciência e Tecnologia Universidade Federal de São Paulo Instituto de Ciência e Tecnologia Bacharelado em Ciência e Tecnologia Oscilações 1. Movimento Oscilatório. Cinemática do Movimento Harmônico Simples (MHS) 3. MHS e Movimento

Leia mais

Ondas Eletromagnéticas. E=0, 1 B=0, 2 E= B t, 3 E

Ondas Eletromagnéticas. E=0, 1 B=0, 2 E= B t, 3 E Ondas Eletromagnéticas. (a) Ondas Planas: - Tendo introduzido dinâmica no sistema, podemos nos perguntar se isto converte o campo eletromagnético de Maxwell em uma entidade com existência própria. Em outras

Leia mais

Cinética Química. Professora (Estagiária): Magda Vieira Professora Supervisora: Kátia Aquino. Profa. Kátia Aquino

Cinética Química. Professora (Estagiária): Magda Vieira Professora Supervisora: Kátia Aquino. Profa. Kátia Aquino Cinética Química Professora (Estagiária): Magda Vieira Professora Supervisora: Kátia Aquino Profa. Kátia Aquino 1 As reações também possuem suas velocidades próprias Muito rápida: combustão http://www.franciscoevangelista.com/2012/07/incendio-residencial-com-vitima-fatal.html

Leia mais

PARTE 2 FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL

PARTE 2 FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL PARTE FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL.1 Funções Vetoriais de Uma Variável Real Vamos agora tratar de um caso particular de funções vetoriais F : Dom(f R n R m, que são as funções vetoriais de uma

Leia mais

Um capacitor não armazena apenas carga, mas também energia.

Um capacitor não armazena apenas carga, mas também energia. Capacitores e Dielétricos (continuação) Energia armazenada num capacitor Um capacitor não armazena apenas carga, mas também energia. A energia armazenada num capacitor é igual ao trabalho necessário para

Leia mais

Capítulo 02. Resistores. 1. Conceito. 2. Resistência Elétrica

Capítulo 02. Resistores. 1. Conceito. 2. Resistência Elétrica 1. Conceito Resistor é todo dispositivo elétrico que transforma exclusivamente energia elétrica em energia térmica. Simbolicamente é representado por: Assim, podemos classificar: 1. Condutor ideal Os portadores

Leia mais

Resposta Transitória de Circuitos com Elementos Armazenadores de Energia

Resposta Transitória de Circuitos com Elementos Armazenadores de Energia ENG 1403 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Resposta Transitória de Circuitos com Elementos Armazenadores de Energia Guilherme P. Temporão 1. Introdução Nas últimas duas aulas, vimos como circuitos com

Leia mais

3.1 Definições Uma classe é a descrição de um tipo de objeto.

3.1 Definições Uma classe é a descrição de um tipo de objeto. Unified Modeling Language (UML) Universidade Federal do Maranhão UFMA Pós Graduação de Engenharia de Eletricidade Grupo de Computação Assunto: Diagrama de Classes Autoria:Aristófanes Corrêa Silva Adaptação:

Leia mais

Disciplina : Termodinâmica. Aula 5 ANÁLISE DA MASSA E ENERGIA APLICADAS A VOLUMES DE CONTROLE

Disciplina : Termodinâmica. Aula 5 ANÁLISE DA MASSA E ENERGIA APLICADAS A VOLUMES DE CONTROLE Curso: Engenharia Mecânica Disciplina : Aula 5 ANÁLISE DA MASSA E ENERGIA APLICADAS A VOLUMES DE CONTROLE Prof. Evandro Rodrigo Dário, Dr. Eng. Vazão mássica e vazão volumétrica A quantidade de massa que

Leia mais

O método de Monte Carlo: algumas aplicações na Escola Básica

O método de Monte Carlo: algumas aplicações na Escola Básica 1 Universidade de São Paulo/Faculdade de Educação Seminários de Ensino de Matemática (SEMA-FEUSP) Coordenador: Nílson José Machado novembro/2009 O método de Monte Carlo: algumas aplicações na Escola Básica

Leia mais