Pró-Reitoria de Graduação Curso de Física Trabalho de Conclusão de Curso SIMULAÇÕES DE SISTEMAS DINÂMICOS EM ECONOFÍSICA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Pró-Reitoria de Graduação Curso de Física Trabalho de Conclusão de Curso SIMULAÇÕES DE SISTEMAS DINÂMICOS EM ECONOFÍSICA"

Transcrição

1 Pró-Reitoria de Graduação Curso de Física Trabalho de Conclusão de Curso SIMULAÇÕES DE SISTEMAS DINÂMICOS EM ECONOFÍSICA Autor: Thiago A. Monteiro Orientador: Prof. Dr. Diego O. Nolasco Brasília - DF

2 Simulações de Sistemas Dinâmicos em Econofísica (Simulations of Dynamical Systems in Econophysics) Thiago A. Monteiro 1, Diego O. Nolasco 1,2 1 Curso de Física Universidade Católica de Brasília ²Programa de Pós-Graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia Universidade Católica de Brasília Já há algum tempo, boa parte dos físicos tem se dedicado ao estudo das flutuações de taxas, índices e preços de ativos nas economias de mercado. O conjunto dessas investigações tem-se intensificado nos últimos anos e é conhecido por Econofísica. Este trabalho mostra, por meio de física-estatística, possíveis formas de análise gráfica de um ativo negociado na bolsa de valores. Foi realizada, ainda, por meio do software MAPLE 12, a simulação de uma possível interação entre agentes e suas consequências no preço dos ativos. Palavras-chave: Econofísica, Física Estatística, Análise Gráfica, Simulação Computacional. For some time, most physicists have been studying the fluctuations of charges, rates and asset prices in market economies. All these investigations have been intensified in recent years and are known as Econophysics. This work shows, through Statistical Physics, graphical analysis of possible forms of an asset traded in the stock market. The simulation of a possible interaction between agents and their effect on asset prices was also performed, using the software MAPLE 12. Keywords: Econophysics, Statistical Physics, Graphical Analysis, Computer Simulation. Os economistas às vezes interrogam-se se todo este trabalho em Física não é só um longo exercício de aprendizagem dos físicos daquilo que os economistas já sabem. Certamente que não [...]. A Física moderna pode oferecer muito aos economistas. Não só diferentes ferramentas e métodos de análise, como também diferentes conceitos tais como as transições de fase, valores críticos e leis de potência. Não só a análise de padrões quase-estáticos, como também a análise de padrões em formação. A Economia precisa disto. (Arthur, 2004) 1. Introdução A econofísica é uma área interdisciplinar que há algum tempo vem chamando a atenção de físicos, matemáticos e economistas. A possibilidade de juntar conceitos dessas áreas para explicar e até mesmo modelar o mercado financeiro gerou uma grande excitação, principalmente nos físicos contemporâneos que buscavam algo relativamente novo e que não tenha sido tão explorado como em outras partes da Física. 2

3 A relação entre Física e Economia é antiga e pode ser reconhecida desde o século XVIII, começando com Adam Smith sob o impacto da revolução newtoniana (Porto, 1975), e passando pelos princípios da microeconomia e da teoria neoclássica sob influência da mecânica estatística de equilíbrio de Boltzmann (PLASCAK et al., 2010). O que é realmente novo nessa história é o grau de intensidade com que as disciplinas estão sendo juntamente trabalhadas. O principal objetivo da econofísica é modelar com a maior precisão possível o mercado de ações. Valendo-se de acontecimentos passados e de Física Estatística, o profissional na área tenta prever o que acontecerá no futuro. O grande problema está em analisar e encaixar os acontecimentos raros para que quando o modelo for simulado, não rode de forma cíclica, ou seja, mostrando que aquele mesmo evento ocorra em períodos uniformes. 2. Objetivo Este trabalho tem o objetivo de mostrar por meio de Física Estatística e simulação computacional como essas possíveis análises podem ser feitas, propiciando assim uma forma de análise mais completa para corretoras e investidores. 3. Das tulipas ao financeiro-imobiliário Uma bolha financeira, termo ligado as práticas de natureza especulativa, talvez seja o principal evento raro estudado. A primeira bolha da qual se tem notícia aconteceu na Holanda no século XVII (DE BES, 2010). As tulipas, flores que não possuem perfume e florescem apenas uma ou duas vezes ao ano, mas que ostentam uma grande beleza, começaram a ser muito apreciada pelos holandeses. Como a procura começou a ficar intensa, o preço começou a subir (oferta e procura) e apenas algumas pessoas podiam comprá-las. Naquela época, era comum aos mercadores a venda de tulipas a futuro (para entregar em data futura). Havia, portanto, grande risco em aceitar vender por preço fixo no futuro sem saber ao certo qual seria o preço exato no momento da venda. Para limitar esse risco e assegurar margem de lucro, 3

4 muitos mercadores compravam opções dos plantadores. Essas opções lhes asseguravam o direito, mas não a obrigação, de comprar tulipas dos plantadores por preço predeterminado ao término de período específico de tempo. Em outras palavras, o preço máximo para os mercadores era fixado até que chegasse o momento de entregar as tulipas aos aristocratas e receber o pagamento. Se as tulipas passassem a custar mais que o preço máximo (ou predeterminado), os mercadores que possuíam as opções exigiriam do plantador a entrega pelo preço máximo combinado, assegurando margem de lucro. Se, entretanto, o preço caísse e a opção expirasse sem valor, o mercador ainda poderia ter lucro comprando tulipas por preço mais baixo e, depois, revendendo-as com lucro. Esses contratos de opções possibilitaram que muitos mercadores permanecessem trabalhando durante períodos de extrema volatilidade nos preços daquelas flores. Em 1623, um simples ramalhete de tulipas chegou a custar milhares de florins holandeses (DE BES, 2010). Hoje quando lemos esse acontecimento, logo imaginamos o que viria a acontecer, um crash bolsista. A história nos mostra que é praticamente impossível manter preços tão altos por tanto tempo baseados apenas em especulação, mas quando se está vivendo o momento não é tão simples identificar o que está acontecendo a sua volta. Somente em 1637 os vendedores de tulipas não conseguiram mais inflacionar os preços, consequência, uma Holanda quebrada (DE BES, 2010). Outras bolhas abalaram o mercado, algumas pontualmente e outras de forma global, exemplos marcantes de bolhas que afetaram vários países nos são mostrados por Mateus (2009): Bolha imobiliária da Florida. EUA (1926) - Primeira bolha imobiliária americana, Grande bolha americana ( ) Resultou na crise (crash) de 1929 e por último a bolha no mercado de residências nos EUA em 2008, que resultou na quebra de vários bancos americanos e suas matrizes em outros países do mundo. 4

5 4. O funcionamento do mercado baseado no comportamento dos agentes As ações negociadas em bolsa de valores nada mais são do que pequenos pedaços do capital de uma empresa. Quem compra ações na bolsa o faz com a expectativa de se tornar sócio da empresa e de obter um bom retorno, advindo da lucratividade e do crescimento da companhia (BOVESPA, 2011). As empresas ao abrirem capital, buscam obter recursos para investir, seja contratando gente, seja em equipamentos ou inteligência. Em vez de pedir dinheiro emprestado a bancos, mais empresas buscam captar recursos de novos sócios nas bolsas para aperfeiçoarem seus produtos e serviços e assim, obter mais lucro. Esse lucro é devolvido ao investidor pelos dividendos distribuídos e pela valorização das ações, pois as empresas que lucram mais valem mais. Ao estudar Análise Técnica, estuda-se, na verdade, a psicologia do ser humano (LELIS, 2007). Em síntese isso significa que o ser humano se comporta de maneira semelhante em determinadas situações, então, se no passado ocorreu determinado padrão no gráfico que precedeu uma tendência de alta, possivelmente, ao repetir novamente esse padrão, o futuro será semelhante ao passado. A simulação que será apresentada no tópico 5 se orienta basicamente por essa premissa, ou seja, pela psicologia dos investidores. Um conceito de suma importância no meio financeiro e que cabe nesse contexto é o de arbitrariedade (MANTEGNA; STANLEY, 2000) da compra e venda do mesmo título ou equivalente, a fim de lucro com as discrepâncias de preços. Por exemplo, a compra de dólares em um país por um determinado preço e a sua rápida venda em um que esteja passando por uma crise econômica e que sua moeda esteja desvalorizada fente ao dólar. Tem o maior lucro quem realiza esta manobra financeira primeiro, uma vez concretizada a manobra e o resultado divulgado, outros investidores farão a mesma coisa e logo o preço voltará a um valor normal. Essa busca constante por arbitrariedades facilita o mercado a promover o preço mais racional possível, dadas as circunstâncias socioeconomicas do período. 5

6 A hipótese de mercado eficiente foi originalmente formulada em 1960 (FAMA, 1970) ela estabelece que o preço atual da ação reflete todas as informações e expectativas dos participantes do mercado. A fundamentação para esta hipótese só existiu graças aos trabalhos de Bachelier (1900.). Bachelier propôs no início do século XX que o preço de um dado ativo em um mercado especulativo seria descrito por um processo estocástico (BACHELIER, 1900), na qual os preços são descritos por um random walking (KENDALL S, 1953), com flutuações regidas por uma distribuição gaussiana. Onde significa a variação de preço, o termo representa uma variação temporal de preços determinística ou típica, com taxa média no tempo. O termo representa a variação estocástica dos preços, cuja amplitude é dada pelo desvio padrão das variações históricas de preço. Somente em 1965 a hipótese de mercado eficiente foi realmente matematizada (SAMUELSON, 1965). Baseando-se nos conceitos de comportamento racional e mercado eficiente, ou seja, aproximações bem simplistas do que realmente acontece, demonstrou-se como Y t+1, valor esperado de um ativo no tempo t+1 está relacionado aos valores de preços Y 0, Y 1,..., Y t através da relação (02) Partindo desta relação, em que E seriam as expectativas, conclui-se que seria um jogo justo, ou seja, não há como obter lucro partindo apenas destas informações, os ganhos e as perdas se cancelariam, pois apenas o histórico das flutuações seria utilizado. Isso contraria o que realmente acontece no mercado real, pois o grau de ineficiência do mercado é que caracteriza os lucros obtidos pelos investidores. O modelo padrão (método utilizado até hoje) partiu do que foi proposto por Bachelier (1900) em relação às flutuações serem regidas por distribuições Gaussianas, porém este sofreu algumas modificações. A distribuição 6

7 Gaussiana do modelo de Bachelier permite preços negativos, o que viola drasticamente as leis de mercado. Quando compramos um lote de ações, por exemplo, gastamos certo montante para pagar por ele e pela corretagem. Se a empresa correspondente ficar devendo muito para seus credores, o valor das ações que compramos pode chegar a zero, mas jamais teremos a responsabilidade de pagar pela dívida da empresa, ou seja, jamais as ações que compramos terão valor negativo (BOVESPA, 2011). 5. Distribuições de probabilidade As variáveis sujeitas a análise probabilística podem ser divididas em qualitativas e quantitativas (FLIESSBACH, 2000). A fim de não fugir dos objetivos do estudo, vamos nos ater apenas à explicação das quantitativas, que podem ser classificadas como discretas ou contínuas. Chamamos de variáveis quantitativas discretas todas aquelas que têm valores quantizados. Se levarmos em conta somente os anos, por exemplo, podemos dizer que a idade de uma pessoa é uma grandeza quantizada, ou seja, só assume valores inteiros e é, portanto, uma variável quantitativa discreta. No entanto, se considerarmos os meses é perfeitamente possível dizer que uma pessoa tem 25,5 anos e essa variável passa a ser quantitativa contínua. Como é possível notar, a delimitação dada inicialmente à análise de um conjunto de dados determina a natureza de uma variável, sendo, dessa forma, indispensável o uso do bom senso (MAGALHÃES; LIMA, 2005). O retorno das ações utilizado como ponto de partida para este artigo tem caráter aleatório, ou seja, seu valor seguinte não segue nenhum padrão passível de previsão determinística, está sujeito a eventualidades do futuro. Dessa forma, pode ser classificado como variável aleatória contínua. Umas das técnicas que quando utilizada nos retorna valores de tendências é a média e pode ser expressa por: 7

8 Onde x 1, x 2,..., x n são valores observados da variável x durante um determinado período, e n é o número de vezes que x apresentou variação. Com base numa série ordenada de dados a mediana (m d ) é o valor que ocupa a posição central dessas séries e a moda (m o ) é o valor mais frequente. Existem ainda inúmeras outras formas de representar um conjunto de dados a partir de um único valor que seja capaz de imprimir as características desse conjunto, algumas delas serão mostradas posteriormente. Quando precisamos de um valor que seja dado rapidamente e que uma análise mais profunda não seja necessária, a média atende bem as expectativas, por outro lado, caso a variável que queiramos mensurar apresente grandes discrepâncias de valores, por exemplo, é interessante que estudemos algumas medidas de dispersão. As medidas de dispersão existem para tornar as diferenças na distribuição dos dados quantificáveis. E dessa forma podemos considerar que a dispersão de um conjunto de dados nada mais é que a medida do grau de concentração de valores em torno de uma medida de posição (MARTINS, 2002). Em termos de medidas de dispersão é interessante estudar o comportamento dos desvios (d i ) de cada valor em relação à média, ou seja,, onde determinamos o desvio entre cada x i e a média, e dessa forma o desvio médio é: Que pode ser traduzido como sendo a média aritmética dos desvios considerados em módulos. A variância de um conjunto de dados foi criada para evitar as situações em que, e, dessa forma, é o quadrado de cada desvio, ou seja,, logo entende-se por variância: 8

9 Observa-se da equação acima que a variância expressa uma soma de quadrados, dessa forma se a unidade de medida da variável for segundo (s), o resultado da variância será dado em segundo ao quadrado (s 2 ). Para que esta unidade volte ao seu estado original é necessário redefinir essa medida de dispersão calculando a raiz quadrada da variância. A medida origina outra forma de medir dispersão conhecida como desvio padrão que é expresso por: Como visto, o cálculo do desvio padrão depende da variância de uma determinada distribuição. 6. Distribuições Gaussianas, Log-normal e Leis de Potência As distribuções Gaussianas e lognormais (relacionados por uma transformação de coordenadas) formam a base para a teoria de finanças padrão (MCCAULEY, 2004). A distribuição Gaussiana é caracterizada por dois parâmetros: média e o desvio-padrão. A notação para variável governada por uma distribuição Gaussiana é. A função densidade de probabilidade da variável aleatória com distribuição normal é dada por: Usualmente considera-se a distribuição Gaussiana padronizada, onde a variável aleatória tem média zero e desvio-padrão unitário. Teremos assim: A variável pode representar uma variável normalizada, obtida da variável original observada a partir de: 9

10 Embora os valores X da parte central da distribuição possuam maior probabilidade de ocorrência, são as caudas das distribuições que fornecem informações relativas aos valores extremos. Assim, em qualquer modelagem de distribuição de retorno de preços é fundamental a análise das caudas das distribuições, pois isso permite estimar lucros e prejuízos relevantes para o mercado financeiro. O gráfico desta distribução assemelha-se a um formato de sino (Fig. 1). Levando-se em conta que a curva nos dá uma relação do preço de um determinado ativo em função do tempo, verificamos que a maior parte dos preços situa-se na parte central da curva, ou seja, na média. Nos lados, a curva se comporta como uma exponencial, caindo rapidamente. Concluimos então que grandes flutuações são estatísticamente improváveis, chegando ao ponto de serem impossíveis com o passar do tempo (GLÉRIA et all. 2004). Figura 1 - Distribuição Gaussiana Para verificar a probabilidade de ocorrência de valores extremos em um mercado regido pela distribuição Gaussiana, apresenta-se a tabela a seguir que mostra a probabilidade, que equivale, de acordo com a equação (09), à probabilidade de ocorrência de um valor de retorno, descontada a média, ser maior ou igual em valor absoluto a n vezes o desvio padrão histórico da série. A partir da tabela 1 podemos concluir que a distribuição Gaussiana é inadequada para análise do mercado financeiro. Por exemplo, a probabilidade estimada de se observar uma flutuação de preços pelo menos 5 10

11 vezes maior do que a flutuação típica σ é de uma vez a cada 7 milênios, o que torna tal observação praticamente impossível. Tabela 1 Probabilidade estimada n N Tempo 1 0, dias 2 0, mês 3 0, ,5 ano 4 6,3 x anos 5 5,7 x ,7 x milênios 6 2,0 x ,1 x milhões de anos A primeira coluna mostra valores de n de 1 a 6. A segunda coluna mostra a probabilidade do módulo do retorno em relação ao valor médio ser maior do que n vezes o desvio padrão, segundo a distribuição normal. A terceira coluna apresenta esta probabilidade em número equivalente N de eventos que se deve observar para encontrar uma vez tal retorno. Considerando a ocorrência de cada evento em escala diária, a quarta coluna traduz este resultado em tempo de negócio, onde 1 mês equivale à 22 dias de pregão e 1 ano equivale à 252 dias. Sendo a distribuição Gaussiana invariante por adição de variável aleatória, é solução estacionária da equação diferencial do tipo (1) onde o ruído é aditivo. Por outro lado, a distribuição Log-normal é invariante por multiplicação de variável aleatória, sendo assim útil na análise de processos estocásticos com ruído multiplicativo. A distribuição Log-normal surge no mercado financeiro a partir do modelo padrão para a flutuação de preços, no qual o retorno dos preços é descrito pelo movimento Browniano Geométrico,dado por: (10) e que pode ser reescrito da forma: 11

12 caracterizando um processo estocástico multiplicativo. Utilizando-se o Lema de Itô (GARDNER, 1985) para mudança de variável estocástica, obtém-se: com. A equação (12) corresponde ao movimento Browniano Aritmético, cuja solução para a distribuição de probabilidade da variável estocástica no tempo t é dada pela distribuição Gaussiana de média e variância onde. Da relação entre distribuições por mudança de variável, obtém-se: Identificando ou em (13), obtém-se a distribuição de preços na forma log-normal: Muitos estudos utilizam esta distribuição log-normal mostrada acima para a análise da variável financeira conhecida como volatilidade (LIU et al., 1999), (MANTEGNA; STANLEY, 2000). Para alguns mercados financeiros, a 12

13 distribuição de preços de fechamento de ações (de empresas ou de índices de bolsas) normalizados pelo volume negociado, é muito bem descrita pela distribuição log-normal (ANTONIOU et al., 2003), como mostrado na figura (2) abaixo. Figura 2 - Gráficos à esquerda (de cima para baixo): (a) série de preços de fechamento das ações da Microsoft; (b) volume diário negociado; (c) série de preços de fechamento das ações normalizados pelo volume diário negociado. Gráfico à direita: distribuição de preços de fechamento diário das ações da Microsoft normalizados pelo volume negociado distribuição log-normal aproximada. As flutuações percentuais ao minuto do S&P500 de 1984 a 1989, representadas no gráfico seguinte, construído com 1,5 milhões de pontos, são também não gaussianas (MANTEGNA; STANLEY, 1995). B C A Figura_3- Gráfico minuto a minuto do S&P500 de 1984 a Mantegna e Stanley, (1995) 13

14 A curva pontilhada A representa a gaussiana que melhor se ajusta aos dados observados. Mandelbrot (1963) tinha descoberto que as flutuações do preço do algodão eram melhor ajustadas por uma distribuição de Pareto-Lévy do que por uma gaussiana. É possível ver a distribuição de Pareto-Lévy na curva pontilhada B correspondente ao parâmetro μ 2.4 que melhor se ajusta aos dados. Fora do intervalo [-6,+6] as flutuações do S&P 500 são melhor aproximadas por uma lei de potência com expoente μ 4 (curva C ). Esta lei de potência indicia que a fórmula de Black e Scholes subestima de forma significativa o risco. As leis de potência não eram completamente desconhecidas dos economistas, uma vez que a primeira lei de potência foi descoberta por Pareto, um engenheiro civil que se dedicou à economia, e relacionava a riqueza e o número de indivíduos com essa riqueza. Contudo os economistas olharam para estas leis com desconfiança e não as levaram a sério. Entretanto, os físicos descobriram que cada classe de sistemas físicos no ponto crítico é completamente determinada pelo conhecimento dos expoentes das leis de potência, e concluíram que as leis de potência dos mercados financeiros podem ter um papel importante para a compreensão destes. 7. Simulação A simulação foi feita utilizando-se o software MAPLE v.12 e o seu algoritmo está disponível em anexo. Iniciamos a simulação declarando uma matriz 2x15, sendo a primeira linha numerada de 1 a 15 representando o tempo (t) e a segunda preenchida aleatoriamente representando o preço (p) de um determinado ativo. Como dito anteriormente, os investidores são fortemente influenciados por informações externas, baseados nessas informações eles tomam decisões, neste caso comprar ou vender. Uma forma que encontramos de exemplificar essa prática foi que os agentes se baseassem nas informações fornecidas inicialmente pelo gráfico. Fizemos isso calculando as inclinações das retas que formam o gráfico e calculamos uma possível resultante somando-as. Feito isso, arbitramos que o ativo em questão poderia sofrer variações de preço na faixa de 0 a 50. Calculamos então que os extremos das 14

15 inclinações (valor máximo e mínimo) seriam -50 e 50. Como o mercado oscila de acordo com a maioria, definimos um número finito de investidores, no caso 15 e relacionamos todas essas condições da seguinte forma: se a soma das inclinações com o sinal invertido, for maior que 0 (zero) a probabilidade de compra é maior que a de venda, caso essa condição não seja obedecida a probabilidade de venda é maior que a de compra, isso feito para cada agente. Definindo 1 para quem compra e 0 (zero) para quem vende, chegamos a penúltima fase da simulação, que é somar a quantidade de números 1, caso a soma seja maior que a metade no número de agentes que compraram mais os agentes que venderam e, consequentemente, há uma maior probabilidade de que os preços subam em função de forte procura. Agora se a soma de números 1 for menor que a metade, o inverso do que aconteceu anteriormente passa a valer e a probabilidade de que os preços caiam é maior. Chegamos à última parte da simulação, aqui tentamos prever baseando-nos no comportamento que os agentes tiveram durante a simulação um possível preço para o ativo depois que todas essas condições fossem obedecidas. Fizemos isso de forma empírica, nos baseamos em extremos de oscilações obtidos em resultados passados da BOVESPA (alta ou queda) para montarmos uma possível equação englobando todas as variáveis da simulação. if somatorio >= 8 then pn:= somatorio*(k)+(mat1[2,15]*0.015)+mat1[2,15]; else ((mat1[2,15]*0.02) + mat1[2,15])-somatorio*(0.5); onde, somatório é a quantidades de pessoas que compraram o ativo, K é uma constante de normalização da equação (definida experimentalmente) e vale ½ e pn é o valor final do ativo. 15

16 (P) Preço Figura 3 Gráfico gerado pela simulação no software MAPLE v.12 (T) Tempo (P) Preço Figura 4 Figura 3 Gráfico gerado pela simulação no software MAPLE v.12 (T) Tempo 8. Conclusão A econofísica é uma é uma área interdisciplinar que tenta relacionar e compreender fenômenos complexos, econômicos e sociais, que são de grande valia no cotidiano de corretoras e investidores. Mostramos neste trabalho um dos principais erros cometidos por pesquisadores nos primórdios da econofísica, quando propuseram que uma distribuição Gaussiana descreveria de forma satisfatória o que acontece nas bolsas de valores. Os fundamentos de um estado crítico refletem-se em leis de potência, que não possuem escala característica, revelando a ausência de um tamanho para o próximo evento. As 16

17 Leis de Potência, teoria mais aceita nos dias atuais foi utilizada para mostrarmos em alguns momentos como uma possível análise gráfica poderia ser feita, sendo assim mais uma ferramenta disposta aos investidores para decidirem entre qual ativo optar para um possível investimento. Por se tratar de uma divulgação voltada para um contingente de pessoas com um razoável conhecimento matemático, algumas equações não muito simples foram utilizadas, mas nada realmente complexo. Embora modelar o comportamento do mercado financeiro em termos de uma função que o possa descrever seja um trabalho que deve ser executado com minúcias, partimos de uma simulação relativamente simples, mas que para efeito ilustrativo do que acontece em uma negociação de ações, se mostrou realmente eficiente. Os gráficos obtidos ao rodarmos a simulação mostraram-se semelhantes aos obtidos no mercado real, propiciando ao investidor (iniciante) não uma possível indicação a qual investimento comprar ou se deve comprar, pois valores fictícios foram utilizados e gerados aleatoriamente pelo software, mas sim para entenderem como algumas das principais variáveis no mercado interagem entre si. Subsequente a esta pesquisa, tentaremos aprimorar a simulação colocando dados iniciais reais e outras variáveis para que utilizando as formas de análise mostradas neste trabalho, estudemos com afinco o gráfico que será gerado pela simulação para que possamos obter dados que nos aproximem cada vez mais do mercado real. Agradecimentos Agradeço primeiramente ao meu orientador, Prof. Diego Nolasco, pelo acompanhamento e suporte em todo o desenvolvimento deste trabalho. Agradeço ao Prof. Thiago Ferrari, pela grande ajuda na construção da simulação computacional descrita neste trabalho, e finalmente, agradeço aos meus amigos: Anderson, Humberto, Ítalo e Tiago que me apoiaram durante todo o período de graduação. 17

18 9. Bibliografia ANTONIOU I., IVANOV V. V., ZRELOV P. V. On the Lognormal Distribuition of Stock Market Data, Physica A, volume 331, p , ARTHUR, W. B. Inductive Reasoning and Bounded Rationality. American Economic Review, v. 84, n. 2, , maio, BACHELIER L. Theorie de la speculation' [Ph.D. thesis in mathematics], Annales Scientifiques de I'Ecole Normale Superieure III-17, DE BES F. T. O homem que trocou a casa por uma tulipa. Editora Presença, 2010 FAMA E. F., Efficient Capital Markets: A Review of Theory and Empirical Work, J. Finance 25, FLIESSBACH T. Curso de Física Estatística. Fundação Caloustre Gulbenkian, Lisboa, GARDNER C.W. Handbook of Stochastic Methods: For Physics, Chemistry, and the Natural Sciences, Springer-Series, New York, GLERIA, I.; MATSUSHITA, R.; SILVA, S. Sistemas complexos, criticalidade e leis de potência. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 26, n. 2, , KENDALL'S M. The Analysis of Economic Time Series. Journal of the Royal Statistical Society,1953. LELIS, L. H. S. Aprendizagem Semi-Supervisionada aplicada à Engenharia Financeira. Belo Horizonte, Dissertação de Mestrado, UFMG. LIU Y., GOPIKRISHNAN P., CIZEAU P., MEYER M., PENG C., H. STANLEY E. Statistical Properties of the Volatility of Price Fluctuations, Physical Review E, volume 60, número 2, p , MAGALHÃES, M. N.; LIMA, A. C. P. Noções de probabilidade e estatística. Ed. Edusp. São Paulo MANDELBROT B. The Variation of Certain Speculative Prices. J. Business, volume 36, p , MANTEGNA R. N., STANLEY H. E. An Introduction to Econophysics: Correlations and Complexity in Finance, Cambridge University Press, MANTEGNA R. N., STANLEY H. E. Scaling Behaviour in the Dynamics of an Economic Index, Nature number 376, 46-49,

19 MARTINS, G. A. Estatística Geral e Aplicada. Ed. Atlas. São Paulo, McCAULEY, J. L. Dynamics of Markets, Cambridge, MATEUS A. A grande Crise Financeira do início do século XXI. Bnomics, 2009 PLASCAK J. A.; OLIVEIRA P. M. C.; FIGUEIREDO W. Documento de Área Física Estatística e Computacional. Sociedade Brasileira de Física. Rio de Janeiro, Acedido em 23/03/2011 em: PORTO C. H. História do Pensamento Econômico. Editora Rio, 1975 Website da Bolsa de Valores de São Paulo. Acedido em 23/03/2011 em: Anexos Simulação gerada pelo software MAPLE v.12 > with(plots): > mat1:=array(1..2,1..15,[]); > mat2:=array(1..15,[]); > inic:=proc() > local j, a, n; > global mat1, mat2, soma; > for j from 1 to 15 do > a:=rand(0..50); > mat1[1,j]:=j; > mat1[2,j]:= a(); > mat2[j]:=0; > od; > for j from 2 to 15 do > mat2[j]:=mat1[2,j]-mat1[2,j-1]; > od; > soma:=0; > for n from 13 to 15 do > soma:= soma + mat2[n]; > od; > print(mat1); > print(mat2, "inclinações"); > print(soma*(-1), "soma das inclinações com o sinal trocado"); > end; > mat3:=array(1..15,[]); > for i from 1 to 15 do > al:=rand( ); > if al() < soma then 19

20 > mat3[i]:=1; > else > mat3[i]:=0; > end if; > od; > print(mat3); > somatorio:=0; > for n from 1 to 15 do > somatorio:= somatorio + mat3[n]; > od; > if somatorio >= 8 then > pn:= somatorio*(0.5) + (mat1[2,15]*0.015) + mat1[2,15]; > else ((mat1[2,15]*0.02) + mat1[2,15]) - somatorio*(0.5); > end if; > pointplot(mat1,style=line); 20

1. Introdução. 1.1 Introdução

1. Introdução. 1.1 Introdução 1. Introdução 1.1 Introdução O interesse crescente dos físicos na análise do comportamento do mercado financeiro, e em particular na análise das séries temporais econômicas deu origem a uma nova área de

Leia mais

6 Construção de Cenários

6 Construção de Cenários 6 Construção de Cenários Neste capítulo será mostrada a metodologia utilizada para mensuração dos parâmetros estocásticos (ou incertos) e construção dos cenários com respectivas probabilidades de ocorrência.

Leia mais

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 1/18 Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 2/18 Módulo 4 - Princípios de Investimento Neste módulo são apresentados os principais fatores para a análise de investimentos,

Leia mais

Opções Reais. Processos Estocásticos. Processos Estocásticos. Modelando Incerteza. Processos Estocásticos

Opções Reais. Processos Estocásticos. Processos Estocásticos. Modelando Incerteza. Processos Estocásticos Modelando Incerteza Opções Reais A incerteza em um projeto pode ter mais do que apenas dois estados. Na prática, o número de incertezas pode ser infinito Prof. Luiz Brandão brandao@iag.puc-rio.br IAG PUC-Rio

Leia mais

Capítulo 7 Medidas de dispersão

Capítulo 7 Medidas de dispersão Capítulo 7 Medidas de dispersão Introdução Para a compreensão deste capítulo, é necessário que você tenha entendido os conceitos apresentados nos capítulos 4 (ponto médio, classes e frequência) e 6 (média).

Leia mais

COMO DETERMINAR O PREÇO DE UMA

COMO DETERMINAR O PREÇO DE UMA COMO DETERMINAR O PREÇO DE UMA O que são opções? Precificação de opções Exemplo de árvore recombinante Autores: Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV.

Leia mais

Este capítulo é divido em duas seções, a primeira seção descreve a base de

Este capítulo é divido em duas seções, a primeira seção descreve a base de 30 3. Metodologia Este capítulo é divido em duas seções, a primeira seção descreve a base de dados utilizada, identificando a origem das fontes de informação, apresentando de forma detalhada as informações

Leia mais

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO Por que ler este livro? Você já escutou histórias de pessoas que ganharam muito dinheiro investindo, seja em imóveis ou na Bolsa de Valores? Após ter escutado todas essas

Leia mais

Análises: Análise Fundamentalista Análise Técnica

Análises: Análise Fundamentalista Análise Técnica Análises: Análise Fundamentalista Análise Técnica Análise Fundamentalista Origem remonta do final do século XIX e princípio do século XX, quando as corretoras de bolsa tinham seus departamentos de análise

Leia mais

CURSO ON-LINE PROFESSOR GUILHERME NEVES

CURSO ON-LINE PROFESSOR GUILHERME NEVES Olá pessoal! Neste ponto resolverei a prova de Matemática Financeira e Estatística para APOFP/SEFAZ-SP/FCC/2010 realizada no último final de semana. A prova foi enviada por um aluno e o tipo é 005. Os

Leia mais

3 Método de Monte Carlo

3 Método de Monte Carlo 25 3 Método de Monte Carlo 3.1 Definição Em 1946 o matemático Stanislaw Ulam durante um jogo de paciência tentou calcular as probabilidades de sucesso de uma determinada jogada utilizando a tradicional

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Arquitetura e Urbanismo DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL ESTIMAÇÃO AUT 516 Estatística Aplicada a Arquitetura e Urbanismo 2 DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL Na aula anterior analisamos

Leia mais

Escolha de Portfólio. Professor do IE-UNICAMP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/

Escolha de Portfólio. Professor do IE-UNICAMP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Escolha de Portfólio considerando Risco e Retorno Aula de Fernando Nogueira da Costa Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Relação entre risco e

Leia mais

The Midas Formula BBC 1999

The Midas Formula BBC 1999 The Midas Formula BBC 1999 Raquel M. Gaspar ISEG, UTL Workshop de Mercados e Investimentos Financeiros 3 e 4 Dezembro 2007 Os mercados têm risco 1 O que são opções? São contractos financeiros que, a troco

Leia mais

Qual é o risco real do Private Equity?

Qual é o risco real do Private Equity? Opinião Qual é o risco real do Private Equity? POR IVAN HERGER, PH.D.* O debate nos mercados financeiros vem sendo dominado pela crise de crédito e alta volatilidade nos mercados acionários. Embora as

Leia mais

Os investimentos no Brasil estão perdendo valor?

Os investimentos no Brasil estão perdendo valor? 1. Introdução Os investimentos no Brasil estão perdendo valor? Simone Maciel Cuiabano 1 Ao final de janeiro, o blog Beyond Brics, ligado ao jornal Financial Times, ventilou uma notícia sobre a perda de

Leia mais

MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE

MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBBILIDDE Quando estudamos algum fenômeno através do método estatístico, na maior parte das vezes é preciso estabelecer uma distinção entre o modelo matemático que construímos para

Leia mais

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3.

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. 1 1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. Modelo de Resultados Potenciais e Aleatorização (Cap. 2 e 3

Leia mais

Histogramas. 12 de Fevereiro de 2015

Histogramas. 12 de Fevereiro de 2015 Apêndice B Histogramas Uma situação comum no laboratório e na vida real é a de se ter uma grande quantidade de dados e deles termos que extrair uma série de informações. Encontramos essa situação em pesquisas

Leia mais

Aspectos Sociais de Informática. Simulação Industrial - SIND

Aspectos Sociais de Informática. Simulação Industrial - SIND Aspectos Sociais de Informática Simulação Industrial - SIND Jogos de Empresas Utilizada com sucesso para o treinamento e desenvolvimento gerencial Capacita estudantes e profissionais de competência intelectual

Leia mais

4 Avaliação Econômica

4 Avaliação Econômica 4 Avaliação Econômica Este capítulo tem o objetivo de descrever a segunda etapa da metodologia, correspondente a avaliação econômica das entidades de reservas. A avaliação econômica é realizada a partir

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

Correlação e Regressão Linear

Correlação e Regressão Linear Correlação e Regressão Linear A medida de correlação é o tipo de medida que se usa quando se quer saber se duas variáveis possuem algum tipo de relação, de maneira que quando uma varia a outra varia também.

Leia mais

2. Representação Numérica

2. Representação Numérica 2. Representação Numérica 2.1 Introdução A fim se realizarmos de maneira prática qualquer operação com números, nós precisamos representa-los em uma determinada base numérica. O que isso significa? Vamos

Leia mais

Iniciando. Bolsa de Valores. O que é uma ação?

Iniciando. Bolsa de Valores. O que é uma ação? O que é uma ação? Por definição é uma fração de uma empresa. Por isso, quem detém ações de uma companhia é dono de uma parte dela, ou melhor, é um dos seus sócios e por conseguinte passa a ganhar dinheiro

Leia mais

Risco e Retorno dos Investimentos. Paulo Pereira Ferreira Miba 507

Risco e Retorno dos Investimentos. Paulo Pereira Ferreira Miba 507 Risco e Retorno dos Investimentos Paulo Pereira Ferreira Miba 507 Risco e Retorno Esperados Linha Característica Linha do Mercado de Títulos Linha de Combinação Realidade Brasileira genda Risco e Retorno

Leia mais

COMO INVESTIR NO MERCADO A TERMO MERCADOS

COMO INVESTIR NO MERCADO A TERMO MERCADOS COMO INVESTIR NO MERCADO A TERMO MERCADOS Como Investir no Mercado a Termo 1 2 Como Investir no Mercado a Termo O que é? uma OPERAÇÃO A TERMO É a compra ou a venda, em mercado, de uma determinada quantidade

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

MERCADO FUTURO: BOI GORDO

MERCADO FUTURO: BOI GORDO MERCADO FUTURO: BOI GORDO Sergio De Zen Mestre em Economia Aplicada, Pesquisador do CEPEA/ESALQ/USP Os anos noventa têm sido marcados por termos modernos na terminologia do mercado financeiro. Dentre essas

Leia mais

MERCADO DE OPÇÕES - O QUE É E COMO FUNCIONA

MERCADO DE OPÇÕES - O QUE É E COMO FUNCIONA MERCADO DE OPÇÕES - O QUE É E Mercados Derivativos Conceitos básicos Termos de mercado As opções de compra Autores: Francisco Cavalcante (f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV.

Leia mais

CÁLCULO DO TAMANHO DA AMOSTRA PARA UMA PESQUISA ELEITORAL. Raquel Oliveira dos Santos, Luis Felipe Dias Lopes

CÁLCULO DO TAMANHO DA AMOSTRA PARA UMA PESQUISA ELEITORAL. Raquel Oliveira dos Santos, Luis Felipe Dias Lopes CÁLCULO DO TAMANHO DA AMOSTRA PARA UMA PESQUISA ELEITORAL Raquel Oliveira dos Santos, Luis Felipe Dias Lopes Programa de Pós-Graduação em Estatística e Modelagem Quantitativa CCNE UFSM, Santa Maria RS

Leia mais

Preciso anunciar mais...

Preciso anunciar mais... Na maioria dos projetos que participamos, temos certeza de que quando o empreendedor inicia um trabalho de CRM, ele busca sempre é por uma vantagem competitiva: uma equipe de vendas mais eficiente, processos

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: ECONOMIA DA ENGENHARIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: ECONOMIA DA ENGENHARIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: ECONOMIA DA ENGENHARIA Métodos para Análise de Fluxos de Caixa A análise econômico-financeira e a decisão

Leia mais

Mercado de Opções Opções de Compra Aquisição

Mercado de Opções Opções de Compra Aquisição Mercado de Opções Opções de Compra Aquisição Ao comprar uma opção, o aplicador espera uma elevação do preço da ação, com a valorização do prêmio da opção. Veja o que você, como aplicador, pode fazer: Utilizar

Leia mais

Modelagens e Gerenciamento de riscos (Simulação Monte Carlo)

Modelagens e Gerenciamento de riscos (Simulação Monte Carlo) Modelagens e Gerenciamento de riscos (Simulação Monte Carlo) Prof. Esp. João Carlos Hipólito e-mail: jchbn@hotmail.com Sobre o professor: Contador; Professor da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais

Leia mais

Introdução à Matemática Financeira

Introdução à Matemática Financeira Introdução à Matemática Financeira Atividade 1 Por que estudar matemática financeira? A primeira coisa que você deve pensar ao responder esta pergunta é que a matemática financeira está presente em muitos

Leia mais

Análise e Resolução da prova de Auditor Fiscal da Fazenda Estadual do Piauí Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento

Análise e Resolução da prova de Auditor Fiscal da Fazenda Estadual do Piauí Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento Análise e Resolução da prova de Auditor Fiscal da Fazenda Estadual do Piauí Disciplina: Professor: Custódio Nascimento 1- Análise da prova Neste artigo, faremos a análise das questões de cobradas na prova

Leia mais

Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa

Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa Novatec CAPÍTULO 1 Afinal, o que são ações? Este capítulo apresenta alguns conceitos fundamentais para as primeiras de muitas decisões requeridas de um investidor,

Leia mais

SONHOS AÇÕES. Planejando suas conquistas passo a passo

SONHOS AÇÕES. Planejando suas conquistas passo a passo SONHOS AÇÕES Planejando suas conquistas passo a passo Todo mundo tem um sonho, que pode ser uma viagem, a compra do primeiro imóvel, tranquilidade na aposentadoria ou garantir os estudos dos filhos, por

Leia mais

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Unidade II ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Prof. Jean Cavaleiro Introdução Essa unidade tem como objetivo conhecer a padronização das demonstrações contábeis. Conhecer os Índices Padrões para análise;

Leia mais

Empresas de Capital Fechado, ou companhias fechadas, são aquelas que não podem negociar valores mobiliários no mercado.

Empresas de Capital Fechado, ou companhias fechadas, são aquelas que não podem negociar valores mobiliários no mercado. A Ação Os títulos negociáveis em Bolsa (ou no Mercado de Balcão, que é aquele em que as operações de compra e venda são fechadas via telefone ou por meio de um sistema eletrônico de negociação, e onde

Leia mais

Perguntas e Respostas Alteração no rendimento da caderneta de poupança. 1) Por que o governo decidiu mudar as regras da caderneta de poupança?

Perguntas e Respostas Alteração no rendimento da caderneta de poupança. 1) Por que o governo decidiu mudar as regras da caderneta de poupança? Perguntas e Respostas Alteração no rendimento da caderneta de poupança Novas regras 1) Por que o governo decidiu mudar as regras da caderneta de poupança? Por ter parte de sua remuneração (chamada de adicional)

Leia mais

Amigos, amigos, negócios à parte!

Amigos, amigos, negócios à parte! Reforço escolar M ate mática Amigos, amigos, negócios à parte! Dinâmica 4 2º Série 2º Bimestre Aluno DISCIPLINA Ano CAMPO CONCEITO Matemática Ensino Médio 2ª Numérico Aritmético Matemática Financeira Primeira

Leia mais

Um estudo da correlação dos resultados patrimoniais e operacionais das seguradoras Francisco Galiza, Mestre em Economia (FGV)

Um estudo da correlação dos resultados patrimoniais e operacionais das seguradoras Francisco Galiza, Mestre em Economia (FGV) Um estudo da correlação dos resultados patrimoniais e operacionais das seguradoras Francisco Galiza, Mestre em Economia (FGV) Este estudo aborda a correlação entre os resultados operacionais e patrimoniais

Leia mais

Projeto de Sistemas I

Projeto de Sistemas I Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Projeto de Sistemas I Professora: Kelly de Paula Cunha E-mail:kellypcsoares@ifsp.edu.br Requisitos: base para todo projeto, definindo o

Leia mais

Técnicas de Caixa Preta de Teste de Software

Técnicas de Caixa Preta de Teste de Software Técnicas de Caixa Preta de Teste de Software Na maioria de projetos de teste, o tempo para a realização dos mesmos sempre é curto e os números de testes a serem realizados nas aplicações são inúmeros.

Leia mais

CURSO ON-LINE PROFESSOR GUILHERME NEVES 1

CURSO ON-LINE PROFESSOR GUILHERME NEVES 1 CURSO ON-LINE PROFESSOR GUILHERME NEVES 1 Olá pessoal! Resolverei neste ponto a prova de Matemática e Estatística para Técnico Administrativo para o BNDES 2008 organizado pela CESGRANRIO. Sem mais delongas,

Leia mais

Perfil de investimentos

Perfil de investimentos Perfil de investimentos O Fundo de Pensão OABPrev-SP é uma entidade comprometida com a satisfação dos participantes, respeitando seus direitos e sempre buscando soluções que atendam aos seus interesses.

Leia mais

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti Jogos Redes Sociais e Econômicas Prof. André Vignatti Teoria dos Jogos Neste curso, queremos olhar para redes a partir de duas perspectivas: 1) uma estrutura subjacente dos links de conexão 2) o comportamentos

Leia mais

Leonardo Cavalcante Daniel Santos Costa

Leonardo Cavalcante Daniel Santos Costa Leonardo Cavalcante Daniel Santos Costa Novatec capítulo 1 INTRODUÇÃO Provavelmente você, leitor, perderá dinheiro com o mercado financeiro. Isso mesmo. Repito: provavelmente perderá dinheiro com o mercado

Leia mais

Regulamento - Perfil de Investimentos

Regulamento - Perfil de Investimentos Regulamento - Perfil de Investimentos 1. Do Objeto Este documento estabelece as normas gerais aplicáveis ao Programa de Perfil de Investimentos (Multiportfólio) da CargillPrev. O programa constitui-se

Leia mais

Unidade VI. Validação e Verificação de Software Teste de Software. Conteúdo. Técnicas de Teste. Estratégias de Teste

Unidade VI. Validação e Verificação de Software Teste de Software. Conteúdo. Técnicas de Teste. Estratégias de Teste Unidade VI Validação e Verificação de Software Teste de Software Profa. Dra. Sandra Fabbri Conteúdo Técnicas de Teste Funcional Estrutural Baseada em Erros Estratégias de Teste Teste de Unidade Teste de

Leia mais

A MATEMÁTICA NO ENSINO SUPERIOR POLICIAL 1

A MATEMÁTICA NO ENSINO SUPERIOR POLICIAL 1 A MATEMÁTICA NO ENSINO SUPERIOR POLICIAL 1 A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA O desenvolvimento das sociedades tem sido também materializado por um progresso acentuado no plano científico e nos diversos domínios

Leia mais

COMO INVESTIR NO MERCADO A TERMO MERCADOS

COMO INVESTIR NO MERCADO A TERMO MERCADOS COMO INVESTIR NO MERCADO A TERMO MERCADOS O que é? uma operação A TERMO É a compra ou a venda, em mercado, de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado,

Leia mais

MERCADO À VISTA. As ações, ordinárias ou preferenciais, são sempre nominativas, originando-se do fato a notação ON ou PN depois do nome da empresa.

MERCADO À VISTA. As ações, ordinárias ou preferenciais, são sempre nominativas, originando-se do fato a notação ON ou PN depois do nome da empresa. MERCADO À VISTA OPERAÇÃO À VISTA É a compra ou venda de uma determinada quantidade de ações. Quando há a realização do negócio, o comprador realiza o pagamento e o vendedor entrega as ações objeto da transação,

Leia mais

EXERCÍCIO: R: 12.000 / 12,00 = 1.000 quotas

EXERCÍCIO: R: 12.000 / 12,00 = 1.000 quotas 1- Um senhor resolveu investir num Fundo de investimento, informou-se sobre o valor da ação e entregou seu dinheiro sob responsabilidade da administração do fundo. Ele tinha R$ 12.000,00 e o valor da ação

Leia mais

Neurodinâmica do Mercado de Ações

Neurodinâmica do Mercado de Ações Neurodinâmica do Mercado de Ações Armando Freitas da Rocha Eina Estudos em Inteligência Natural e Artificial Rua Tenente Ary Aps, 172 13207-110 Jundiaí Fone: (11) 4535-1414 Direitos Reservados: Eina The

Leia mais

www.contratofuturo.com

www.contratofuturo.com www.contratofuturo.com www.contratofuturo.com História Antes do dólar a moeda de referência internacional era a Libra Esterlina, pois a Inglaterra era a grande economia mundial. Somente após a segunda

Leia mais

Excel Planilhas Eletrônicas

Excel Planilhas Eletrônicas Excel Planilhas Eletrônicas Capitulo 1 O Excel é um programa de cálculos muito utilizado em empresas para controle administrativo, será utilizado também por pessoas que gostam de organizar suas contas

Leia mais

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente:

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente: Rumo ao ITA Física Análise Dimensional Ivan Guilhon Mitoso Rocha A análise dimensional é um assunto básico que estuda as grandezas físicas em geral, com respeito a suas unidades de medida. Como as grandezas

Leia mais

Matemática Financeira Módulo 2

Matemática Financeira Módulo 2 Fundamentos da Matemática O objetivo deste módulo consiste em apresentar breve revisão das regras e conceitos principais de matemática. Embora planilhas e calculadoras financeiras tenham facilitado grandemente

Leia mais

CIÊNCIAS CONTÁBEIS MATEMATICA FINANCEIRA JUROS SIMPLES

CIÊNCIAS CONTÁBEIS MATEMATICA FINANCEIRA JUROS SIMPLES DEFINIÇÕES: CIÊNCIAS CONTÁBEIS MATEMATICA FINANCEIRA JUROS SIMPLES Taxa de juros: o juro é determinado através de um coeficiente referido a um dado intervalo de tempo. Ele corresponde à remuneração da

Leia mais

Controle do Arquivo Técnico

Controle do Arquivo Técnico Controle do Arquivo Técnico Os documentos existentes de forma física (papel) no escritório devem ser guardados em pastas (normalmente pastas suspensas) localizadas no Arquivo Técnico. Este Arquivo pode

Leia mais

3 Classificação. 3.1. Resumo do algoritmo proposto

3 Classificação. 3.1. Resumo do algoritmo proposto 3 Classificação Este capítulo apresenta primeiramente o algoritmo proposto para a classificação de áudio codificado em MPEG-1 Layer 2 em detalhes. Em seguida, são analisadas as inovações apresentadas.

Leia mais

CURSO PRÁTICO MINI CONTRATO XP Interfloat Ago/ 2014

CURSO PRÁTICO MINI CONTRATO XP Interfloat Ago/ 2014 CURSO PRÁTICO MINI CONTRATO XP Interfloat Ago/ 2014 A História da BM&F Uma história de Sucesso criada em Junho de 1985. Constituída sob a forma de sociedade por ações. Desenvolver, organizar e operacionalizar

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE Mariane Alves Gomes da Silva Eliana Zandonade 1. INTRODUÇÃO Um aspecto fundamental de um levantamento

Leia mais

GERENCIAMENTO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA

GERENCIAMENTO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA GERENCIAMENTO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA Em qualquer empresa que atua na comercialização de produtos, o estoque apresenta-se como elemento fundamental. No ramo farmacêutico, não é diferente, sendo o controle

Leia mais

Cláudio Tadeu Cristino 1. Julho, 2014

Cláudio Tadeu Cristino 1. Julho, 2014 Inferência Estatística Estimação Cláudio Tadeu Cristino 1 1 Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil Mestrado em Nutrição, Atividade Física e Plasticidade Fenotípica Julho, 2014 C.T.Cristino

Leia mais

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010 OTIMIZAÇÃO DA EFETIVIDADE DE HEDGE NA COMPRA DE MILHO POR MEIO DE CONTRATOS FUTUROS PARA PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE RESUMO GUSTAVO DE SOUZA CAMPOS BADARÓ 1, RENATO ELIAS FONTES 2 ; TARCISIO GONÇALVES

Leia mais

Leis de Newton. 1ª Lei

Leis de Newton. 1ª Lei Leis de Newton 1ª Lei MOVIMENTOS Até agora estudámos como os cientistas descrevem a posição de objetos, o movimento dos objetos, e as mudanças no movimento de objetos. Agora vamos avançar para além da

Leia mais

UTILIZAÇÃO DE RECURSOS ESTATÍSTICOS AVANÇADOS DO EXCEL PREVISÃO

UTILIZAÇÃO DE RECURSOS ESTATÍSTICOS AVANÇADOS DO EXCEL PREVISÃO UTILIZAÇÃO DE RECURSOS ESTATÍSTICOS AVANÇADOS DO EXCEL PREVISÃO! Fazendo regressão linear! Relacionando variáveis e criando uma equação para explicá-las! Como checar se as variáveis estão relacionadas!

Leia mais

Mercado de Capitais. O Processo de Investir. Professor: Roberto César

Mercado de Capitais. O Processo de Investir. Professor: Roberto César Mercado de Capitais O Processo de Investir Professor: Roberto César PASSOS PARA INVESTIR NA BOLSA 1 - Defina um Objetivo 2 - Formas de Investir 3 - Encontre a melhor Corretora para você 4 - Abra sua conta

Leia mais

Equações do primeiro grau

Equações do primeiro grau Módulo 1 Unidade 3 Equações do primeiro grau Para início de conversa... Você tem um telefone celular ou conhece alguém que tenha? Você sabia que o telefone celular é um dos meios de comunicação que mais

Leia mais

Aula 1: Demonstrações e atividades experimentais tradicionais e inovadoras

Aula 1: Demonstrações e atividades experimentais tradicionais e inovadoras Aula 1: Demonstrações e atividades experimentais tradicionais e inovadoras Nesta aula trataremos de demonstrações e atividades experimentais tradicionais e inovadoras. Vamos começar a aula retomando questões

Leia mais

Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo

Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo 1) Definições de Previsão de Demanda 2) Mercados 3) Modelo de Previsão 4) Gestão da Demanda 5) Previsão como Processo

Leia mais

CAPÍTULO 7 - ÁRVORES DE DECISÃO

CAPÍTULO 7 - ÁRVORES DE DECISÃO CAPÍTULO 7 - ÁRVORES DE DECISÃO 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS A árvore de decisão é uma maneira gráfica de visualizar as consequências de decisões atuais e futuras bem como os eventos aleatórios relacionados.

Leia mais

2 Desenvolvimento da Publicidade de Busca

2 Desenvolvimento da Publicidade de Busca Desenvolvimento da Publicidade de Busca 21 2 Desenvolvimento da Publicidade de Busca Em seus primórdios, a publicidade na Web era quase que totalmente baseada na venda de impressões, ou seja, exibições

Leia mais

Métodos Matemáticos para Gestão da Informação

Métodos Matemáticos para Gestão da Informação Métodos Matemáticos para Gestão da Informação Aula 05 Taxas de variação e função lineares III Dalton Martins dmartins@gmail.com Bacharelado em Gestão da Informação Faculdade de Informação e Comunicação

Leia mais

Cálculo da Rentabilidade dos Títulos Públicos ofertados no Tesouro Direto. Tesouro Selic (LFT)

Cálculo da Rentabilidade dos Títulos Públicos ofertados no Tesouro Direto. Tesouro Selic (LFT) Cálculo da Rentabilidade dos Títulos Públicos ofertados no Tesouro Direto Tesouro Selic (LFT) O Tesouro Selic (LFT) é um título pós fixado, cuja rentabilidade segue a variação da taxa SELIC, a taxa básica

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas CMP1132 Processo e qualidade de software II Prof. Me. Elias Ferreira Sala: 402 E Quarta-Feira:

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

Mercado a Termo e Futuro de Dólar: Estratégias de Hedge

Mercado a Termo e Futuro de Dólar: Estratégias de Hedge Mercado a Termo e Futuro de Dólar: Estratégias de Hedge 1 Hedge no Mercado a Termo No Brasil, são muito comuns as operações a termo real/dólar. Empresas importadoras, exportadoras, com dívidas ou ativos

Leia mais

Estimativas de Software Fundamentos, Técnicas e Modelos... e o principal, integrando isso tudo!

Estimativas de Software Fundamentos, Técnicas e Modelos... e o principal, integrando isso tudo! Estimativas de Software Fundamentos, Técnicas e Modelos... e o principal, integrando isso tudo! Como usar de forma consistente PF, COCOMOIl, Simulação de Monte Carlo e seu bom senso em estimativas de software

Leia mais

1 Introdução. futuras, que são as relevantes para descontar os fluxos de caixa.

1 Introdução. futuras, que são as relevantes para descontar os fluxos de caixa. 1 Introdução A grande maioria dos bancos centrais tem como principal ferramenta de política monetária a determinação da taxa básica de juros. Essa taxa serve como balizamento para o custo de financiamento

Leia mais

Simulação Transiente

Simulação Transiente Tópicos Avançados em Avaliação de Desempenho de Sistemas Professores: Paulo Maciel Ricardo Massa Alunos: Jackson Nunes Marco Eugênio Araújo Dezembro de 2014 1 Sumário O que é Simulação? Áreas de Aplicação

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

1. Uma situação na qual um comprador e um vendedor possuem informações diferentes sobre uma transação é chamada de...

1. Uma situação na qual um comprador e um vendedor possuem informações diferentes sobre uma transação é chamada de... 1. Uma situação na qual um comprador e um vendedor possuem informações diferentes sobre uma transação é chamada de... Resposta: Informações assimétricas caracterizam uma situação na qual um comprador e

Leia mais

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 16 Perguntas Importantes. 16 Respostas que todos os executivos devem saber. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV. É Sócio-Diretor

Leia mais

Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais

Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais Lustre sem graxa Engenharia de Produção Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais Falo sempre com a minha família que não

Leia mais

ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira

ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira Juros e Taxas de Juros Tipos de Empréstimos Valor Atual Líquido Taxa Interna de Retorno Cobertura de Manutenção de Dívidas Juros e Taxa de Juros Juro é

Leia mais

INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA FINANCEIRA

INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA FINANCEIRA INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA FINANCEIRA SISTEMA MONETÁRIO É o conjunto de moedas que circulam num país e cuja aceitação no pagamento de mercadorias, débitos ou serviços é obrigatória por lei. Ele é constituído

Leia mais

Matemática Financeira II

Matemática Financeira II Módulo 3 Unidade 28 Matemática Financeira II Para início de conversa... Notícias como essas são encontradas em jornais com bastante frequência atualmente. Essas situações de aumentos e outras como financiamentos

Leia mais

Premiação por Produtividade

Premiação por Produtividade Versão 2.0 Manual destinado à implantadores, técnicos do suporte e usuários finais Sumário Configurações... 3 Definição das Metas... 5 Mês Referência... 5 Cotas por Funcionário... 8 Resultados... 9 Acompanhamento

Leia mais

http://www.de.ufpb.br/~luiz/

http://www.de.ufpb.br/~luiz/ UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA MEDIDAS DESCRITIVAS Departamento de Estatística Luiz Medeiros http://www.de.ufpb.br/~luiz/ Vimos que é possível sintetizar os dados sob a forma de distribuições de frequências

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO

CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO 0. Introdução Por método numérico entende-se um método para calcular a solução de um problema realizando apenas uma sequência finita de operações aritméticas. A obtenção

Leia mais

APLICAÇÕES DE NÚMEROS COMPLEXOS

APLICAÇÕES DE NÚMEROS COMPLEXOS http://hermes.ucs.br/ccet/deme/emsoares/inipes/complexos/ APLICAÇÕES DE NÚMEROS COMPLEXOS Silvia Carla Menti Propicio Universidade de Caxias do Sul Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Departamento de

Leia mais

ECONOMIA INTERNACIONAL II Professor: André M. Cunha

ECONOMIA INTERNACIONAL II Professor: André M. Cunha Introdução: economias abertas Problema da liquidez: Como ajustar desequilíbrios de posições entre duas economias? ECONOMIA INTERNACIONAL II Professor: André M. Cunha Como o cada tipo de ajuste ( E, R,

Leia mais

Microeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

Microeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção Microeconomia Preliminares Prof.: Antonio Carlos Assumpção Segundo Ludwig Von Mises (1948): Economia A economia é a ciência da ação humana. Preliminares Slide 2 Economia Como os agentes tomam decisões?

Leia mais