VI COLÓQUIO INTERNACIONAL MARX E ENGELS

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1 VI COLÓQUIO INTERNACIONAL MARX E ENGELS Trabalhadores do fitness: novas formas de precarização do trabalho no setor de serviços Álvaro de Azeredo Quelhas Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista (UNESP)/Campus Marília Trabalho apresentado ao GT9 - Trabalho e produção no capitalismo contemporâneo Introdução Há mais de duas décadas o Brasil passa por uma grave crise do emprego e da renda do trabalho, após um período de cerca de cinqüenta anos, que se estendeu de 1930 a 1980, onde a economia brasileira apresentou notável expansão das ocupações e da riqueza, embora não tivesse havido uma distribuição justa desta produção 1. A crise do projeto industrializante da ditadura militar nos anos de 1980, com enorme endividamento externo, foi seguida pela implantação do processo de liberalização da economia de corte neoliberal com vistas à inserção do país na chamada globalização financeira internacional, nos anos de Estes processos provocaram debilidades e dificuldades na economia brasileira em finais do século XX que ainda hoje se fazem presentes. A crise vivida pela economia brasileira fez parte de uma crise global do capital, que afeta todo o sistema capitalista desde meados dos anos de A eclosão de uma nova crise de superprodução em nível mundial, no início dos anos de 1970, expressa o caráter contraditório do capitalismo, pois se deu após um longo período de acumulação de capitais experimentado no pós II Guerra Mundial 3. O núcleo duro do sistema produtor de mercadorias, localizado na indústria, foi afetado globalmente. Em conseqüência, houve a diminuição relativa da classe operária fabril tradicional em relação ao conjunto dos demais trabalhadores, ao mesmo tempo em que aumentou relativamente a participação de trabalhadores em unidades de subcontratação industrial e de serviço, caracterizados por estatutos sociais precários 4. 1 Márcio Pochmann, O emprego no desenvolvimento da nação. São Paulo, Boitempo Editorial, Ricardo Antunes, Os sentidos do trabalho. Ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo, Boitempo Editorial, Ernest Mandel, A crise do capital: os fatos e sua interpretação marxista. São Paulo, Ensaio, Giovanni Alves, O novo (e precário) mundo do trabalho: reestruturação produtiva e crise do sindicalismo. São Paulo, Boitempo Editorial, 2000.

2 No Brasil, um segmento que tem se ampliado no interior do setor de serviços é o das atividades físicas - também denominado segmento do fitness. Esta expansão ampliou os postos de trabalho para professores de Educação Física e tem incentivado, por parte de frações de representantes da área, a defesa apologética do mercado das atividades físicas como saída para os problemas de inserção destes profissionais no mercado de trabalho. Esta inserção no segmento fitness, nas décadas de 1980 e 1990, ocorreu simultaneamente a um processo de reconfiguração do trabalho do professor de educação física. De um lado, acompanhando os ajustes estruturais do neoliberalismo, houve a desvalorização do magistério e, no interior dessa desvalorização, a secundarização da educação física escolar. Por outro lado, baseada na noção de empregabilidade e empreendedorismo, vislumbrou-se a possibilidade de atuação no campo das práticas corporais do meio não-escolar, atendendo aos discursos da promoção de hábitos saudáveis com benefícios para a saúde, a qualidade de vida, a auto-estima 5. Este trabalho faz parte da pesquisa de doutoramento que estamos desenvolvendo junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, na linha de pesquisa Trabalho e Sociabilidade, na Universidade Estadual Paulista (UNESP/Campus Marília). Seu objetivo é discutir, alguns aspectos relacionados ao processo de trabalho vivido pelos trabalhadores da educação física no segmento fitness, pois se considera fundamental desvelar em que bases materiais e subjetivas este trabalho está se desenvolvendo. A discussão será travada, considerando que o trabalho neste segmento está inserido no contexto dos processos de reestruturação produtiva, empreendidos pelo capital em busca de saídas para mais uma de suas crises de acumulação. Partimos do pressuposto que os trabalhadores deste segmento, assim como o conjunto da classe, estejam enfrentando as ofensivas do capital no sentido de ampliação da exploração, o que vem constituindo um novo, e também precário, mundo do trabalho, expresso tanto na precarização do trabalho, quanto numa nova precariedade salarial 6. Crise do capital, reestruturação produtiva e precarização do trabalho Para Mészáros, crises de intensidade e duração variadas são o modo natural de existência do capital, pois são por meio delas que o capital pode progredir para além de 5 Hajime Nozaki, Educação física e reordenamento no mundo do trabalho: mediações da regulamentação da profissão. 367 p. Tese (Doutorado) Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Giovanni Alves, Trabalho, crise e dessubjetivação da classe. In: Francisco Luiz Corsi et al (org.), Dilemas da globalização: o Brasil e a mundialização do capital. Londrina, Práxis; Bauru, Canal 6, 2007.

3 suas barreiras imediatas e, desse modo, estender com dinamismo cruel sua esfera de operação e dominação. Por esta razão, afirma o autor, a última coisa que o capital poderia desejar seria uma superação permanente de todas as crises, mesmo que freqüentemente, seus ideólogos e propagandistas sonhem com isso ou ainda, reivindiquem a realização disso 7. Marx demonstra que o progresso da acumulação e de concentração de capitais que o acompanha num período de expansão, tal qual o vivido no pós II Grande Guerra, implicam numa queda tendencial da taxa de lucro, como a que se deu em fins dos anos de 1960 e início dos Em resposta, o sistema capital lançou mão do neoliberalismo que resultou na privatização do Estado e na desregulamentação do trabalho, além da desmontagem do setor produtivo estatal, e da a reestruturação produtiva e do trabalho, que se constituíram em duas interfaces de uma mesma resposta do capital na busca por recomposição de seus patamares de expansão anteriores 9. O neoliberalismo, em oposição ao consenso oficial presente naquela época, argumentava-se que a desigualdade era um valor positivo, pois as sociedades ocidentais precisavam disso. Como remédio para a doença do sistema do capital, os neoliberais preconizavam um Estado forte com capacidade de romper o poder dos sindicatos e no controle do dinheiro, que deveria ser restrito em todos os gastos e nas intervenções econômicas. A meta suprema de qualquer governo deveria ser a estabilidade monetária, alcançada via uma disciplina orçamentária, onde se destaca a contenção dos gastos com bem-estar e a restauração da taxa natural de desempregados, quebrando o poder de reivindicação dos sindicatos pela constituição de um exército de reserva de trabalhadores 10. A década neoliberal no Brasil (anos de 1990) apresentou um baixo dinamismo da economia que se refletiu negativamente em diversos setores, conforme observado por Cano: (a) a participação da indústria de transformação no PIB caiu para 20%, cifra similar deixada por Vargas na primeira metade da década de 1950; (b) a produção de bens de consumo não-duráveis foi 30% menor em 1998 em relação a 1989 no ramo 7 István Mészáros, Para além do capital: rumo a uma teoria da transição, São Paulo, Boitempo Editorial, Karl Marx, O capital: crítica da economia política. 18 ed. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, Ricardo Antunes, Os sentidos do trabalho. Ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho, São Paulo, Boitempo Editorial, Perry Anderson, Balanço do neoliberalismo. In: Emir Sader; Pablo Gentili (org.). Pósneoliberalismo: as políticas sociais e o Estado democrático, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1995.

4 têxtil, com fechamento de 43% de suas tecelagens e 32% de suas malharias. No ramo de vestuário e calçados, no mesmo período, houve redução de 42%; (c) a indústria mecânica do setor de bens de capital produziu em 1998, 18% a menos do que em 1989 e 25% a menos do que em No Brasil, a década de 1990, foi marcada pelo desenvolvimento de um novo complexo de reestruturação produtiva. Um dos principais elementos para instaurar de modo sistêmico a acumulação flexível no país, foi a descentralização produtiva, caracterizada pela terceirização e pela deslocalização industrial 12. Ainda de acordo com o autor, outro elemento fundamental do processo de reestruturação produtiva no Brasil foi a flexibilidade do contrato de trabalho. A necessidade de uma nova regulação do trabalho, que atendesse aos imperativos da acumulação flexível, também foi constituída durante a década neoliberal 13. A ampliação do desemprego estrutural e a precarização do trabalho em escala mundial são resultantes das mais importantes dos processos de reestruturação produtiva 14. No decorrer dos anos de 1990 no Brasil, houve um movimento de desestruturação do mercado de trabalho, cujo um dos componentes foi o crescimento veloz do desemprego aberto, cuja taxa quintuplicou nas duas últimas décadas, passando de 2,8% em 1980, para 15% em Além disso, o desemprego veio acompanhado de baixa geração de empregos, que em sua maioria são precários. A taxa de precarização ultrapassou, em 2000, os 40% do total dos trabalhadores ocupados 15. Este novo e precário mundo trabalho, na atual fase de desenvolvimento do capitalismo global, pode ser caracterizado segundo Alves, por novas tendências que assumem dimensões candentes: (1) um processo complexo de precarização do trabalho; (2) a constituição da nova precariedade salarial; (3) a ampliação e disseminação da velha precariedade salarial 16. Podemos observar, ccm base em diversos estudos apresentados, que também no interior do setor de serviços, é possivel observar em empresas vinculadas a diferentes segmentos, processos de reestruturação produtiva que vêm provocando intensas 11 Ricardo Cano, Soberania e política na América Latina, São Paulo, Editora UNESP, Giovanni Alves, Trabalho, crise e dessubjetivação da classe. In: Francisco Luiz Corsi et al (org.), Dilemas da globalização: o Brasil e a mundialização do capital. Londrina, Práxis; Bauru, Canal 6, Marcio Pochmann; Altamiro Borges, Era FHC : a regressão do trabalho, São Paulo, Anita Garibaldi, István Mészáros, Desemprego e precarização: um grande desafio para a esquerda. In: Ricardo Antunes (org.). Riqueza e miséria do trabalho no Brasil, São Paulo, Boitempo, Marcio Pochmann, O emprego no desenvolvimento da nação, São Paulo, Boitempo Editorial, Giovanni Alves, Trabalho, crise e dessubjetivação da classe. In: Francisco Luiz Corsi et al (org.), Dilemas da globalização: o Brasil e a mundialização do capital. Londrina, Práxis; Bauru, Canal 6, 2007.

5 transformações sobre a força de trabalho. A partir do trabalho de Jinkings, identificamos conexões significativas com o segmento fitness, como a concentração e centralização de capital no setor, verificável pelas fusões ou incorporações. Outros elementos constitutivos da reestruturação produtiva dos bancos no Brasil, que poderiam ter correspondência no segmento do fitness: a adoção de novas tecnologias, exigindo o desenvolvimento de novas habilidades para a execução do trabalho; mudanças na forma de contratação, que levaria à precarização das formas de inserção no trabalho; a ocorrência crescente de fusões e franquias; novas formas de mobilização da força de trabalho, exigindo do trabalhador habilidades e competências fora do campo técnicoprofissional 17. O reordenamento do trabalho do professor de Educação Física É possível observar, principalmente a partir da década neoliberal no Brasil (anos de 1990) um processo de modificação da inserção do professor de educação física no mundo do trabalho. A necessidade de formação de um trabalhador de novo tipo, com o desenvolvimento de conteúdos no campo cognitivo e interacional levaram a uma desvalorização e conseqüente secundarização da educação física no currículo escolar, devido a seu papel histórico relacionado à formação de um corpo disciplinado para obedecer subordinada e adestradamente a repetições de exercícios, portanto, funcional ao fordismo. Por outro lado, baseada na noção de empregabilidade e empreendedorismo, vislumbrou-se a possibilidade de atuação profissional no campo das práticas corporais do meio não-escolar, atendendo aos discursos da promoção de hábitos saudáveis com benefícios para a saúde, a qualidade de vida, a auto-estima. Assim, podemos afirmar, apoiados em Nozaki, que a ideologia da empregabilidade e do empreendedorismo em conjunto com a desvalorização da educação física no currículo escolar, compuseram um duplo movimento de reconfiguração do trabalho do professor de educação física 18. Embora as academias de ginástica estejam presentes no país desde a primeira metade do século XX, na atualidade verifica-se uma tendência para a formação de redes ou franquias, com a presença de grandes empresários de outros setores que passam a investir neste ramo de negócios. A rede carioca Body Tech acaba de inaugurar uma 17 Nise Jinkings, A reestrutração do trabalho nos bancos. In: Ricardo Antunes (org.), Riqueza e miséria do trabalho no Brasil, São Paulo, Boitempo, Hajime Nozaki, Educação física e reordenamento no mundo do trabalho: mediações da regulamentação da profissão. 367 p. Tese (Doutorado) Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2004.

6 nova unidade na zona sul do Rio de Janeiro. A empresa possui 2 mil funcionários, 40 mil alunos, planeja investir R$450 milhões e contratar 4 mil funcionários nos próximos cinco anos. Recentemente, contratou o UBS Pactual para ter um sócio estratégico no mercado financeiro, com a missão de captar de US$40 milhões a US$60 milhões com a venda de 20% do capital da empresa. Uma tendência também em crescimento é a das franquias, cuja expressão é a Curves, empresa americana que se transformou na maior franquia de academias no mundo (dez mil unidades em 50 países), com faturamento anual de 1 bilhão de dólares. No Brasil desde 2003, já possui 171 unidades abertas e 209 vendidas. O discurso dos representantes do capital deste segmento demonstra uma preocupação com o acirramento da concorrência. Tal preocupação é coerente com as análises marxianas já tratadas neste texto, que relacionam o aumento da produtividade à queda tendencial da taxa de lucro. Observa-se que este segmento vem sendo ocupado por empresários que investem cada vez mais em capital constante (instalações, máquinas e outros equipamentos, marketing, etc.). Em decorrência, podemos supor o acirramento da concorrência inter-capitalista, que num primeiro momento leva à quebra dos pequenos capitalistas e posteriormente dificuldades para que os outros capitais mantenham ou elevem seus lucros. A alternativa mais empregada pelo capital para recuperar sua taxa de lucro é o aumento da taxa de exploração da força de trabalho, seja pela mais-valia absoluta (redução e contenção de salários, restrição de direitos trabalhistas), seja pela mais-valia relativa, por meio da intensificação do trabalho. O uso de máquinas, recursos tecnológicos e novas formas de gestão da força de trabalho também vem sendo empregado na (re)organização do processo de trabalho empreendidos pelo capital neste segmento econômico A utilização de equipamentos para exercícios de musculação que possuem um sistema de tecnologia da informação, onde cada aluno possui uma chave com um chip que armazena informações a respeito do programa de treinamento do aluno - o número de séries, a carga, a velocidade de execução, a amplitude de movimento, etc. -, foi identificado em estudo de Furtado 19. As máquinas são dispostas em corredores onde há equipamentos dos dois lados, sendo que cada professor fica responsável por um destes corredores, permitindo que um professor possa supervisionar um maior número de máquinas ao mesmo tempo. A intervenção do professor só acontece em alguma situação 19 Roberto Pereira Furtado, Novas tecnologias e novas formas de organização do trabalho do professor nas academias de ginástica, Goiânia, Pensar a Prática, 10/2: , jul./dez

7 anormal com a máquina, ou quando um aluno lhe solicita atenção na execução da atividade. Deste relato, podemos inferir que: (1) o uso de máquinas inteligentes denota uma sintonia com os novos tempos e as novas tecnologias, valorizando o serviço prestado em relação à concorrência; (2) o uso de equipamentos inteligentes também pode permitir menor dispêndio de trabalho vivo substituído pelas máquinas ou pelo emprego de trabalhadores em situação precária, como por exemplo, os estagiários, já que o trabalho consiste em apenas supervisionar o funcionamento das máquinas; (3) por último, é possível o rebaixamento do valor da força de trabalho, visto que, a máquina incorpora grande parte do trabalho que exigia conhecimentos profissionais do professor, deslocando boa parte de sua participação na produção do serviço vendido pela academia da esfera dos conhecimentos profissionais para a esfera do atendimento. O controle sobre o trabalho dos professores pela empresa é outra faceta do emprego de tecnologia revelada neste estudo. A maquinaria permite a elaboração de relatórios mensais onde constam: a quantidade de alunos nas aulas de ginástica de cada professor por dia e por horário; a quantidade de alunos para qual cada professor de musculação elabora programas de treinamento; índices de rotatividade de alunos por professor de musculação; perfil predominante dos alunos que cada professor atende, ou seja, a quantidade de alunos mais velhos ou mais novos e homens ou mulheres por professor; quantos alunos e quantas revisões foram feitas por cada professor de musculação. Outros elementos compositivos da organização do trabalho no segmento fitness surgem também de Pinheiro e Pinheiro 20. Este trabalho analisa uma proposta de organização científica do trabalho que se utiliza de um modelo de ginástica produzido e desenvolvido pela empresa neozelandeza Les Mills. As vantagens para as academias são anunciadas no website da Body Systems do Brasil, franqueada da corporação neozelandeza: padronização do serviço, treinamento da equipe de professores, associação da marca da academia à marca bem-sucedida da empresa, direito à utilização do material de marketing dos programas de ginástica (a exemplo dos pôsteres, CDs e jornais internos) e suporte técnico e administrativo à academia (coordenados a partir de 20 Ivan Antônio Pinheiro; Rodrigo Reszka Pinheiro, Organização científica do trabalho reinventa um mercado tradicional: o caso do fitness, Fundação Getúlio Vargas, RAE-eletrônica, v. 5, n. 2, jul./dez, 2006

8 São Paulo, onde a detentora da franquia no Brasil se articula com as suas subfranqueadas). A cada três meses são lançadas na sede da empresa, as novas coreografias para todas as modalidades de produtos, constituindo um novo mix, que após o devido treinamento conferido aos professores, são apresentados em eventos marcados pelo espírito de confraternização, quando os adeptos de cada modalidade são convidados a praticar todas as demais. O credenciamento dos instrutores pode ser feito em uma ou mais modalidades, e a cada trimestre, somente após a conclusão e aprovação no programa de capacitação, os instrutores terão as suas credenciais renovadas, podendo, dessa forma, continuar a exercer a atividade em quaisquer das academias franqueadas no Brasil e no mundo. Pode-se perceber a partir destes elementos, que há um total afastamento no trabalho do professor do momento da concepção e do desenvolvimento da aula, já que as aulas são pré-elaboradas reduzindo o seu papel ao de repetidor. Nesta perspectiva se valoriza muito além dos conhecimentos científcos e técnicos do professor, a sua motivação, a garra e a empatia estabelecida com a turma, que passam a ser os elementos de distinção entre os profissionais no mercado. Questionamos a possibilidade de manter a motivação, a garra e a empatia após a realização de algumas aulas num dia. Neste sentido, estamos no plano da intensificação do trabalho, visto que se torna quase que impossível a manutenção do ritmo das aulas, sem alguma dose de sacrifício físico e psíquico. De forma semelhante avança a metodologia empregada na rede Curves Brasil, franqueada da matriz americana Curves. Trata-se de um programa de exercícios préestabelecidos. O principal papel a ser desempenhado pelas professoras (somente há professoras) está relacionado com à inovação carismática, fundamental na visão da empresa para transformar as alunas em sócias do clube. Na visão da empresa, a animação do ambiente é que garante a motivação e permanência das sócias, deste modo, cabe às professoras responsabilizarem-se por isso. Aulas especiais temáticas para comemorar algum fato ou data especial (com professoras fantasiadas para estimular a motivação), além da organização de uma série de jogos e brincadeiras, (des)qualificam a função da professora, privilegiando a animação interna ao ambiente da academia como mais um diferencial da empresa Fernando Mascarenhas et al, Acumulação flexível, técnicas de inovação e grande indústria do fitness: o caso Curves Brasil, Goiânia, Pensar a Prática, 10/2, jul./dez, 2007.

9 O programa preestabelecido substitui o trabalho educativo, impedindo as professoras de interferirem na rotina de exercícios propostos às suas alunas. A elas cabe apenas atentar para advertências de ritmo e correções posturais durante a sessão de treino, animando, estimulando, trocando o cd-rom que determina o tempo e o ritmo da atividade. Há um deslocamento do campo técnico-profissional para o campo comportamental, pois a função da professora restringe-se, quase que totalmente, ao campo da animação do ambiente. Por último, destaco alguns aspectos relacionados às relações trabalhistas entre capital e trabalho neste segmento. Essas bases estão presentes na Convenção Coletiva de Trabalho/Acordo Coletivo de Trabalho, assinada em 03 de julho de 2006 pelo Sindicato das Academias do Munícipio do Rio de Janeiro (SINDACAD/RJ) e pelo Sindicato dos Empregados em Clubes, Estabelecimentos de Cultura Física, Desportos e Similares do Estado do Rio de Janeiro (SINDECLUBES/RJ) 22. Além de pisos salariais aviltantes - R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais) para os instrutores de atividades físicas no regime mensalista; R$ 2,80 (dois reais e oitenta centavos) para os instrutores de atividades físicas no regime horista -, o acordo admite o contrato de tempo parcial, permitindo ao empregador pagar remuneração inferior ao piso profissional em decorrência da quantidade de horas trabalhadas pelo empregado, além de facultar ao empregador a redução da jornada de trabalho dos empregados contratados pelo regime de tempo parcial, em razão de extinção de turma decorrente de baixa freqüência da aula, assim considerada quando não atingir 25% de sua capacidade. A figura do personal trainer foi regulada por mecanismos que isenta de responsabilidades e compromissos legais o empregador, mesmo quando este faz a intermediação dos proventos auferidos pelo instrutor. Para tanto, basta que o instrutor use uma identificação profissional diferenciada (normalmente é utilizado um colete), não tenha horário pré-determinado pela empresa e não esteja subordinado diretamente às ordens desta. Por último, ficou estabelecido o banco de horas que desobriga as academias de pagar o acréscimo de salário se o excesso de horas de um dia for compensado pela diminuição em outro, no prazo de um ano. Os termos desta Convenção Coletiva apontam para uma precarização do trabalho associada à nova precariedade salarial. Os pisos salariais estabelecidos 22 ACAD. Convenção coletiva. Disponível em <htpp:// Acesso em: 18 dez

10 significam uma brutal extração de mais-valia absoluta, dado os valores estabelecidos. Além disso, a adoção do banco de horas representa a possibilidade de ampliar a extração da mais-valia absoluta pelo não pagamento do prolongamento da jornada de trabalho. A adoção do contrato de tempo parcial e a regulação dada ao personal trainer expressam uma precarização do trabalho dos trabalhadores/professores mais antigos, ao mesmo tempo em que representa a nova precariedade salarial para os novos trabalhadores/professores. Pode-se considerar ainda que o trabalho sob a forma de personal trainer é uma forma de extração de mais-valia relativa, visto que a remuneração percebida não é computada para fins de pagamento de direitos trabalhistas como férias, décimo terceiro salário e aposentadorias. Além disso, o trabalhador assume os riscos por eventuais acidentes e outros problemas que venham a ocorrer. Considerações Finais Em primeiro lugar, é imprescindível considerar que os professores da educação física no segmento do fitness estão, como trabalhadores que são, inseridos e submetidos ao movimento mais amplo de reprodução do capital em sua busca por valorização e acumulação crescente. O trabalho neste segmento está submetido às mesmas regras gerais de transformações no mundo do trabalho, no que se refere às repercussões sobre o conjunto da classe trabalhadora. Ou seja, os processos de reestruturação produtiva empregados pelo capital para a superação da crise estrutural do sistema tendem a se disseminar por todo o conjunto da classe, respeitadas as devidas especificidades. O processo de precarização do trabalho, onde se insere uma nova precariedade salarial, parece também atingir aos trabalhadores do segmento do fitness. Encontramos indicadores objetivos bastante significativos desta situação nos estudos analisados e na Convenção Coletiva de Trabalho aqui apresentados. Importante ainda ressaltar, uma correspondência entre os instrumentos empregados pelo capital no enfrentamento da crise em outros segmentos do setor de serviços com aqueles presentes no fitness. Esperamos que a análise empreendida neste texto sobre o trabalho específico de uma categoria profissional, possa agregar novos elementos críticos para a compreensão e desvelamento dos processos empregados pelo capital para a sujeição da classe trabalhadora aos seus interesses particulares.

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