SUPERTEC2007 SUPERTEC2007 CIRCUITO HORIZONTAL DOS MONITORES
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- Leandro Osório Ribeiro
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1 XV. CIRCUITO HORIZONTAL DOS MONITORES O circuito de deflexão horizontal ou simplesmente circuito horizontal tem a mesma função em relação ao do televisor, ou seja, produzir alta tensão para o tubo e produzir a corrente dente-de-serra para a bobina defletora horizontal (BDH) desviar os feixes do canhão da esquerda para direita na tela. O circuito horizontal vai ligado no YOKE, as bobinas defletoras, parafusado no pescoço do tubo de imagem como já visto. Observe abaixo: 1. Características do circuito horizontal dos monitores: a. Funcionam com freqüências desde 31,5 KHz até 53 KHz, dependendo da resolução; b. Possuem circuitos sofisticados para controle de largura da trama, dependendo da resolução; c. Corrige a distorção almofada (PIN CUSHION) eletronicamente de acordo com a resolução; d. A correção da freqüência horizontal é feita por um circuito chamado Detetor de modo ou pelo CI micro; e. Alguns modelos possuem um circuito para regular o +B do horizontal e desta forma a alta tensão do tubo. 2. Funcionamento do horizontal Veja abaixo o esquema simplificado do horizontal de alguns monitores: 45
2 O circuito mostrado anteriormente é muito usado em alguns modelos de monitor da Samsung. O oscilador H e V é o IC2. Ele produz os sinais para os dois circuitos. O do horizontal sai pelo pino 3, passa pelo transistor pré Q2, trafo driver T1 e o saída horizontal Q3. Este último transistor chaveia o fly-back T2, produzindo alta tensão (MAT) para o tubo e tensão nos outros enrolamentos. Do coletor do saída H também vai o sinal para a bobina defletora (BDH) produzir a varredura dos feixes no sentido horizontal na tela. Os componentes mais fáceis de achar do circuito horizontal na placa são o fly-back e o saída H. Veja abaixo como achar o saída H na placa: O fly-back é um transformador com núcleo de ferrite usado para produzir a alta tensão (MAT) de V para o tubo atrair o feixe de elétrons do canhão e acender os fósforos da tela. O fly-back também produz a tensão de foco (cerca de V) para tornar a imagem nítida. Esta tensão é controlada por um potenciômetro no corpo dele. Também sai a tensão de screen (cerca de 300 V) com ajuste por potenciômetro que controla o brilho da tela. Também sai a tensão para a grade de controle do tubo (G1) e os pulsos para sincronismo da fonte. Veja: O fio mais grosso que sai do fly-back é o MAT, o médio é da tensão de foco e o fino é da tensão de screen. 46
3 Os fios da tensão de foco e screen podem sair na parte de cima ou embaixo do fly-back como no exemplo mostrado ao lado. O fio do foco entra num terminal isolado do soquete do tubo. O fio do screen vai soldado na placa do tubo e a trilha dele vai até o pino da G2 do tubo. Nas figuras abaixo podemos ver onde estão ligados os fios do fly-back : O tubo dos monitores maiores (17 polegadas ou mais) tem duas grades de foco. Uma delas ajusta o foco nos cantos e a outra no meio da tela. Portanto o fly-back possui dois potenciômetros de foco, como vemos abaixo: A contagem dos pinos do fly-back é feita a partir dos dois pinos mais distanciados no sentido horário, porém na hora de colocar o componente na placa não há como errar. Numa outra oportunidade falaremos mais a respeito dos defeitos ocorridos no fly-back e como substituí-lo. 47
4 Acompanhe o esquema da página 45. D5 e D6 são dois diodos amortecedores (damper) ou de proteção que também ajudam para fornecer corrente para a BDH, além de protegerem o saída H dos pulsos negativos de retorno do fly-back. Alguns saída H de monitores tem um diodo de proteção interno, outros não. Em alguns modelos os diodos damper estão juntos dentro de uma única peça, mais parecendo um transistor de potência. Em outros, um dos diodos tem o formato de um transistor de dois terminais. Observe abaixo alguns exemplos: Os capacitores C1 a C7 e os transistores Q4 a Q7 são responsáveis pela largura da trama e correção do efeito almofada (PIN CUSHION). C1 a C4 são capacitores de largura (valor mais baixo e tensão de trabalho alta). C5 a C7 são capacitores de acoplamento (valor mais alto e tensão de trabalho mais baixa). Todos estes 7 capacitores citados são de poliéster e tamanho grande na placa do monitor. Veja abaixo um exemplo de circuito destes: Q6 é o transistor do controle geral de largura. É do tipo Darlington para alta corrente. Q4 e Q5 são dois MOSFETs com a função de ligar e desligar um determinado capacitor do circuito. Desta forma pode-se corrigir a largura da trama individualmente do lado esquerdo ou direito da tela de acordo com a resolução. Alguns monitores usam um relê para chavear os capacitores. O potenciômetro P2 controla a condução de Q7 e Q6 e desta forma a largura da trama. Do pino 11 do IC2 sai um sinal tipo parábola para controlar a condução de Q7 e Q6 e ajustar o efeito almofada (PIN). Este sinal pode ser ajustado através de P3. 48
5 Veja abaixo alguns exemplos de transistores usados no controle geral da largura da trama: Alguns vão parafusados no dissipador do fly-back, outros num dissipador separado. Pode ser um transistor PNP com o coletor parafusado direto no dissipador (terra) ou NPN com o coletor isolado do dissipador através de uma bucha de plástico e um pedaço de mica ou borracha ou o próprio transistor ter o corpo isolado. IC2, como visto é o oscilador H e V. Abaixo vemos alguns exemplos de CIs usados nesta função: 49
6 IC1 é o CI detetor de modos que ajusta o funcionamento do monitor de acordo com a resolução e a quantidade de cores fornecida pela placa de vídeo do computador. Este CI recebe o sincronismo H e V do computador. Através deles o CI ajusta a largura e a frequência H chaveando diodos de sinal. Nos monitores digitais esta função é feita pelo CI micro.veja abaixo alguns CIs detetores de modos usados em alguns modelos de monitor: O detetor de modos parece um micro porque tem um cristal de quartzo ligado. Veja como funciona (pág 45): a) Quando o computador trabalha com o vídeo no modo VGA básico (640 x 480), a freqüência do horizontal tem que ser 31,5 KHz. Desta forma os pinos 1, 2 e 13 do IC1 fica com tensão alta. D1, D2 e D3 não conduzem e a freqüência do horizontal é ajustada em 31,5 KHz através de P1; b) Quando o computador funciona com uma resolução de vídeo maior (800 x 600) e um maior número de cores, o sincronismo muda. Agora o pino 1 fica com 0 V, polariza D3 e liga R3 no pino 18 do IC2. Agora o oscilador H aumenta sua freqüência para 35 KHz. c) Se a resolução e/ou as cores aumentarem mais, IC1 chaveia D2 e R2. Agora a freqüência aumenta para 37 KHz. Enquanto a freqüência do H estiver abaixo de 46 KHz, o pino 8 de IC1 fica com 5 V. Isto polariza Q9 e despolariza Q8. A tensão no coletor deste último fica alta. Isto polariza D4, Q4 e Q5, aumentando a largura da trama. Quando a resolução é menor, a trama tem que aumentar. d) Se a resolução ficar muito alta (1024 x 768), o pino 13 de IC1 vai para 0 V. Agora polariza D1 e R1 para mudar a freqüência do H para 48 KHz. Agora como passou de 46 KHz, o pino 8 de IC1 fica com 0 V. Agora Q8 fica com tensão baixa no coletor, despolarizando D4, Q4 e Q5 e diminuindo a largura. Se a resolução é maior (mais pixels na tela), a largura da trama deve diminuir, para todos caberem na tela. e) Quando o computador fica um certo tempo sem uso, ele pára de fornecer o sincronismo ao monitor. Desta forma, o pino 15 de IC1 vai para 5 V e polariza Q1. Ao conduzir, este transistor aterra os pulsos do horizontal, fazendo o monitor ficar sem trama e com o LED do painel mudar de verde para laranja. Este é o modo de economia de energia (power saving). O detetor de modos não existe nos antigos monitores VGA. O IC3 da página 45 produz um sinal quadrado que chaveia Q10 e estabiliza o +B no coletor do saída H. Esta etapa é opcional. Veja ao lado um CI e um MOSFET usados no monitor Samsung para regular o +B de 166 V para 80 V usado na alimentação do transistor de saída H: 50
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