Ao Norte, Rumo à Galiléia

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1 Ao Norte, Rumo à Galiléia Leitura Bíblica 5 IV. DA PRIMEIRA À SEGUNDA PÁSCOA (continuação). C. A mudança da Judéia para a Galiléia. 1. Razões para a mudança (Mateus 4:12; Marcos 1:14; Lucas 3:19, 20; João 4:1 3). 2. O incidente em Samaria (João 4:4 42). 3. A chegada à Galiléia (Lucas 4:14; João 4:43 45). D. Um relato geral do ensino de Jesus na Galiléia (Mateus 4:17; Marcos 1:14, 15; Lucas 4:14, 15). E. O segundo milagre em Caná (João 4:46 54). F. A mudança para Cafarnaum na Galiléia (Mateus 4:13 16). G. O chamado de quatro pescadores (Mateus 4:18 22; Marcos 1:16 20; Lucas 5:1 11). INTRODUÇÃO A lição Uma Primeira Vez para Tudo (publicada na edição anterior) foi sobre o início do ministério de Jesus em Jerusalém e na Judéia conforme registrado por João. Neste estudo, a cena muda para o norte, para a Galiléia. Os relatos sinóticos enfocam o grande ministério na Galiléia, que durou cerca de um ano e meio. Esta lição tratará das questões preliminares relativas a esse ministério. HORA DE PARTIR PARA O NORTE (Mateus 4:12; Marcos 1:14; Lucas 3:19, 20; João 4:1 4) Jesus e Seus discípulos tiveram sucesso na Judéia ensinando e batizando até mais do que João Batista (João 3:22, 26; 4:1). No auge desse sucesso, Cristo decidiu que era hora de sair da Judéia e voltar para a Galiléia. Dois fatores contribuíram para a mudança, nesse momento em particular. Mateus e Marcos deram uma razão para essa decisão. Mateus 4:12 diz: Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso [por Herodes] 1, retirou-se para a Galiléia (veja Marcos 1:14). Herodes, o tetrarca, estava vivendo com Herodias, sobrinha dele e esposa de seu irmão Filipe 2. O destemido Batista dissera a Herodes: Não te é lícito possuí-la (Mateus 14:4). Isto enfureceu Herodias, que pressionou Herodes para prender João (Marcos 6:17 19). O governador, então, lançou João no cárcere (Lucas 3:20) 3. 1 Veja Mateus 14:1 12; Marcos 6: Veja o diagrama na lição A Tempestade Formada. 3 A prisão de João por Herodes será discutida com mais detalhes em O Perigo do Sucesso, na edição A Vida de Quando lemos que Jesus partiu para a Galiléia, assim que João foi preso, podemos pensar que Ele estivesse tentando escapar de Herodes, ciente de que o tetrarca também desejava lançá-lo na prisão. Na verdade, Cristo estava indo para uma região que fazia parte da tetrarquia de Herodes (veja Lucas 23:6, 7). Por que, então, a prisão de João fez Jesus ir para a Galiléia? Alguns acreditam que Jesus estivesse indo para o norte com o intuito de incentivar os discípulos de João daquela região 4 a não se dispersarem. João acrescentou outra razão por que Cristo julgou aconselhável retirar-se da Judéia: Quando, pois, o Senhor veio a saber que os fariseus tinham ouvido dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos que João deixou a Judéia (João 4:1 3). Jesus quis evitar confrontação direta com os fariseus pelo menos por enquanto por isso Ele saiu da província onde a influência deles era mais forte. Tendo passado cerca de um ano na Judéia, Jesus e Seus discípulos retiraram-se outra vez para a Galiléia (João 4:3). UMA PAUSA PARA DESCANSO (João 4:4 42) O trajeto mais direto da Judéia para a Galiléia era passando pela província de Samaria 6, mas a maioria dos judeus, por desprezarem os samarita- Cristo Parte 5 e também será mencionada em Uma Voz que Clama no Deserto, em A Vida de Cristo Parte 6. 4 A maioria acredita que Enom (João 3:23) ficava no norte da Judéia. Poderia ser em Samaria. (Veja o mapa Palestina.) João 4:8 nos faz saber que os discípulos de Jesus viajaram com Ele. 6 Veja o mapa Palestina. 1

2 nos, faziam um caminho sinuoso da Judéia para a Galiléia: eles viajavam para o leste, cruzavam o Jordão e depois seguiam pela margem leste do rio até poderem atravessar para a Galiléia. Jesus, porém, viajou diretamente para o norte, passando por Samaria. João escreveu que era-lhe [a Cristo] necessário atravessar a província de Samaria (João 4:4; grifo meu). Talvez era-lhe necessário porque Ele estivesse com pressa. Poupariam cerca de três dias de viagem fazendo esse caminho reto. Todavia, o fato de Jesus parar em Samaria por vários dias (João 4:40) torna este argumento improvável. É mais provável que era-lhe necessário porque Ele queria fazer contato com os samaritanos. O que os judeus viam como uma raça miscigenada e desprezível, Jesus via como um campo branquejado para a ceifa (João 4:35). No centro de Samaria, Jesus encontrou uma mulher num poço, e ali aconteceu uma das conversas mais marcantes do ministério de Cristo 7. A conversa de Jesus com a mulher tem sido estudada como um modelo de como levar um irreligioso a ter fé: como Ele fez contato com ela, como Ele despertou o interesse dela, como Ele a convenceu do pecado, e especialmente como Ele desenvolveu fé no coração dela. Como resultado desse único contato, Cristo teve a oportunidade de ensinar uma cidade inteira. Muitos creram nele, por causa da sua palavra (João 4:41). INÍCIO DA OBRA NA GALILÉIA (Mateus 4:13 17; Marcos 1:14, 15; Lucas 4:14, 15; João 4:43 54) Após passarem vários dias com os samaritanos, Jesus e os discípulos retomaram a viagem, indo para o norte, passando pelo vale de Esdralom. Finalmente, chegaram às colinas do sul da Galiléia. Cristo faria Sua maior obra nessa província. Sendo Jerusalém e a Judéia o centro do judaísmo naqueles dias, por que Jesus concentrou Seus esforços na Galiléia? Aqui estão três possíveis fatores: 1) Jesus cresceu na Galiléia, de modo que essa a região com a qual Ele estava mais familiarizado; 2) a Galiléia era a região mais populosa; e 3) via de regra, os galileus eram mais receptivos que os judeus, sendo menos fascinados por tradições religiosas. Todos os apóstolos, exceto Judas, eram galileus. 7 A história de Jesus e a mulher pecadora é analisada na edição Conheça o Mestre, 1 de A Verdade para Hoje, p. 11. Boas-Vindas Calorosas A notícia sobre o ministério de Jesus na Judéia precedeu Sua chegada à Galiléia. João 4:45 diz: Assim, quando chegou à Galiléia, os galileus o receberam, porque viram todas as coisas que ele fizera em Jerusalém, por ocasião da festa, à qual eles também tinham comparecido (veja João 2:23) 8. Jesus começou a pregar como fizera na Judéia. Marcos registrou que foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede 9 no evangelho (1:14b, 15; veja Mateus 4:17). Lucas escreveu: E ensinava nas sinagogas, sendo glorificado por todos (4:15) 10. Foi um começo promissor. Milagres Jesus também começou a realizar milagres como fizera na Judéia. Lucas 4:14a diz que Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galiléia. Isto se refere a Jesus exercitando o poder do Espírito através da operação de milagres. O primeiro milagre após a volta 11 de Jesus ocorreu em Caná. Jesus fez outra visita ao lugar onde da água fizera vinho (João 4:46). Talvez Natanael, que era natural dali (João 21:2), tenha convidado o Mestre à sua casa. Nos arredores de Cafarnaum 12, um ofi- 8 João inseriu uma estranha observação em João 4:44. Lemos: Porque o mesmo Jesus testemunhou que um profeta não tem honras na sua própria terra. Esta poderia ser parte da explicação de Jesus ter se retirado da Judéia mas em todo o restante dos relatos do evangelho, a Galiléia é apresentada como a própria terra de Jesus. Talvez a intenção disso tenha sido fazer um acréscimo que indica que Jesus sabia que Suas boas-vindas calorosas na Galiléia não perdurariam. (Veja Mateus 13:57; Marcos 6:4; Lucas 4:24.) 9 A ordem para arrepender-se e crer é um tanto incomum. Geralmente, as pessoas primeiramente criam em Jesus, o que as fazia se arrepender de seus pecados. Tenhamos em mente que Jesus estava pregando a judeus que já possuíam uma fé básica em Deus e algum conhecimento das Escrituras. Eles precisavam primeiramente se arrepender de suas falhas em guardar a lei de Deus e depois, aprender sobre o Messias (Cristo) e crer nele. 10 Via de regra, as sinagogas tinham reuniões formais duas vezes aos sábados, uma vez às segundas-feiras e uma vez às quinta-feiras. Segundas e quintas-feiras eram dias comerciais em muitas cidades, garantindo uma boa freqüência. As sinagogas também podiam ser abertas para reuniões informais em outras horas. Essas circunstâncias proporcionaram oportunidades excelentes para Jesus ensinar. 11 A expressão o segundo sinal em João 4:54 evidentemente refere-se ao segundo milagre feito na Galiléia; o primeiro foi transformar água em vinho (2:11), e este foi o segundo. Jesus obviamente tinha feito outros sinais/milagres enquanto estivera na Judéia (2:23; 3:2). 12 Cafarnaum ficava ao norte e a uns trinta quilômetros a leste de Caná. Veja o mapa Palestina. 2

3 cial do rei 13 tinha um filho que estava doente à morte (João 4:46, 47). Tendo ouvido que Jesus estava em Caná, ele correu a pedir-lhe que curasse o filho. O oficial suplicou a Jesus que fosse a Cafarnaum, mas Cristo lhe disse: Vai; teu filho vive (João 4:50) 14. O homem creu em Jesus e foi para casa. Ali chegando, soube que seu filho havia se recuperado exatamente na hora em que Jesus dissera que ele viveria (João 4:50 53a) 15. Profundamente impressionado, creu ele e toda a sua casa 16 (João 4:53b). A notícia deste e de outros milagres correu por toda a circunvizinhança (Lucas 4:14b). O nome de Jesus estava na boca de todos. Mudança para Cafarnaum Um dos primeiros atos de Jesus na Galiléia foi estabelecer em Cafarnaum Sua base de operações 17. Mateus escreveu que Jesus retirou-se para a Galiléia; e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar (Mateus 4:12b 13a) 18. Jesus nunca possuiu uma casa em Cafarnaum (Mateus 8:20), mas alguns de Seus discípulos sim (Marcos 1:21, 29). A partir deste momento, durante Seu ministério na Galiléia, Cristo jamais ficaria muito tempo longe de Cafarnaum. Ele sairia dessa cidade para algumas viagens e depois regressaria. (Leia Marcos 1:21, 29, 38, 39; 2:1.) 13 O texto original diz literalmente homem do rei. Esse homem era provavelmente um oficial na corte de Herodes. 14 A reposta inicial de Jesus ao oficial (João 4:48) é bastante incomum. Observe-se que não era uma repreensão pessoal, mas uma acusação de humanidade em geral (no grego o pronome está na a forma plural vós ). Talvez Jesus estivesse contrastando os galileus com os samaritanos, que creram por causa da sua palavra (v. 41), sem necessidade de milagres. Talvez as palavras visavam testar a fé do homem. De qualquer maneira, as palavras não detiveram o oficial, que de fato creu em Jesus. 15 Esta é uma das quatro curas conhecidas que Jesus realizou a distância, incluindo a cura do servo do centurião em Mateus 8:5 13 e Lucas 7:1 10; a cura da filha da siro-fenícia em Mateus 15:22 28 e Marcos 7:25 30; e a cura dos dez leprosos em Lucas 17: Este é um exemplo elogiável de um homem partilhando sua fé com sua casa. 17 Anteriormente, Jesus visitara Cafarnaum (veja João 2:12). 18 A maioria das harmonias insere Lucas 4:16 30 nesta altura, para explicar por que Jesus fez uma mudança de Nazaré para Cafarnaum. Não estamos fazendo tal inclusão por duas razões: 1) a passagem refere-se ao que fora feito em Cafarnaum (Lucas 4:23), mas a esta altura de nossa harmonia, nada foi registrado sobre Cafarnaum. 2) A natureza extrema da rejeição parece enquadrar-se melhor na última parte do ministério de Jesus na Galiléia. Se quiser, insira a história nesta altura. Veja Como Lidar com Rejeição na edição A Vida de Cristo Parte 5, desta série. Cafarnaum estava situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali (Mateus 4:13b), a região geral concedida a essas duas tribos quando os israelitas entraram em Canaã (Josué 19). Mateus informou a seus leitores que a mudança de Jesus cumpria parte de uma conhecida profecia messiânica (Mateus 4:14 16; veja Isaías 9:1, 2 19 ). PRECISA-SE DE AJUDA! (Mateus 4:18 22; Marcos 1:16 20; Lucas 5:1 11) Quase tudo estava no lugar para Jesus começar uma campanha agressiva na província do norte. Ele precisava de mais um componente: discípulos em tempo integral. Mateus 4, Marcos 1 e Lucas 5 relatam o chamado de quatro pescadores: Pedro, Tiago, João e André. Esse foi o segundo chamado para a maioria ou todos esses homens, pois eles já eram discípulos de Jesus desde o Seu ministério na Judéia 20. À medida que o nosso estudo continuar, descobriremos que houve três estágios no chamado para o discipulado. O primeiro estágio era um convite para seguir Jesus e aprender com Ele. Esse chamado não envolvia necessariamente abandonar família e emprego conforme ilustrado pelos pescadores que voltaram à sua profissão anterior. Durante Seu ministério, Jesus teve muitos obreiros trabalhando em meio período. Uma vez Ele enviou setenta discípulos para pregar (Lucas 10:1 20). O segundo estágio foi o discipulado em tempo integral. Aqueles que responderam a esse chamado viajaram e viveram com Jesus. O número desses discípulos era consideravelmente menor. O chamado dos quatro homens no presente texto enquadra-se nesta segunda categoria. O terceiro estágio seria atingido quando Jesus escolhesse doze de Seus discípulos para serem apóstolos. Estudaremos esse acontecimento significativo mais tarde. Por enquanto, porém, queremos nos concentrar no chamado dos quatro pescadores para serem companheiros constantes de Jesus. Todos os três relatos sinóticos do evangelho relatam esse chamado. As três passagens demonstram a dificuldade envolvida em se compor uma har- 19 Leia os versículos 6 e 7 desta profecia, que podem lhe ser mais conhecidos. 20 João 1:40 e 41 menciona especificamente André e Pedro. Anteriormente, notamos que o discípulo anônimo (João 1:37, 40) provavelmente era João. Observamos também que as palavras do texto podem sugerir que João encontrou seu irmão Tiago da mesma forma que André encontrou seu irmão Pedro. 3

4 monia. Mateus e Marcos falam de quatro homens chamados, enquanto Lucas menciona somente três. Se lêssemos apenas os relatos de Mateus e Marcos, não saberíamos que havia outros presentes. Lucas, porém, registrou que Jesus estava pregando a uma multidão, e relacionou o milagre da grande pesca a esse chamado. Devido às diferenças, alguns concluem que Lucas estaria falando de uma outra ocasião, diferente da ocasião de Mateus e Marcos. Vários detalhes, porém, indicam que se tratava do mesmo incidente. Todos os três relatos mencionam: 1) o mesmo lugar o mar da Galiléia 21 (Mateus 4:18; Marcos 1:16; Lucas 5:1); 2) os mesmos três indivíduos Pedro, Tiago e João (Mateus 4:18, 21; Marcos 1:16, 19; Lucas 5:3, ); 3) a mesma atividade limpar/consertar redes (Mateus 4:21; Marcos 1:19; Lucas 5:2); 4) o mesmo chamado ser pescadores de homens (Mateus 4:19; Marcos 1:17; Lucas 5:10) e 5) a mesma resposta sair e seguir Jesus (Mateus 4:20, 22; Marcos 1:18, 20; Lucas 5:11). Se esses elementos se referem à mesma ocasião, como conciliar os relatos? Consideremos o seguinte cenário 23. Quando Jesus e Seus discípulos voltaram para a Galiléia, quatro dos discípulos Pedro, Tiago, João e André voltaram às suas profissões, pescando no mar da Galiléia. Certa manhã, bem cedo, Jesus estava andando na beira do mar perto de onde os homens geralmente pescavam. Após uma noite improdutiva, Tiago e João já haviam desistido e estavam limpando e consertando as redes na praia. Mais teimoso do que os demais, Pedro continuou tentando; finalmente, até ele admitiu a derrota, voltando com André para a praia. Nesse ínterim, espalhou-se a notícia de que Jesus estava ali. Uma multidão havia se aglomerado. Jesus começou a pregar. Quando as pessoas começaram a comprimi-lo, Ele entrou no barco de Pedro e pediu que ele adentrasse o barco no lago, a uma pequena distância. E Jesus concluiu o Seu sermão de cima daquele púlpito provisório. 21 Lucas diz o lago de Genesaré (5:1), mas este é simplesmente outro nome para o mar da Galiléia. Veja o mapa Mar da Galiléia, na lição O Chamando para o Discipulado. 22 Mateus e Marcos também falaram de um quarto homem, André. Lucas não menciona especificamente André, mas Pedro tinha alguém mais no barco com ele que não era Tiago nem João (Lucas 5:6, 7, 10). André, seu irmão, trabalhava com ele na pesca (Mateus 4:18). 23 Quando há diferenças nos relatos, é suficiente saber que as diferenças podem ser conciliadas ainda que não saibamos exatamente como. Depois disso, aconteceu um milagre incomum: uma pesca notável que deixou os pescadores admirados e fez Pedro cair de joelhos 24. Jesus preparou assim os corações dos pescadores para responderem ao Seu chamado. Mateus registrou o chamado e a resposta deles: E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei 25 pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram (Mateus 4:19, 20; veja 4:21, 22; Marcos 1:17 20). O relato de Lucas é basicamente o mesmo, citando o chamado de Jesus e descrevendo a resposta com estas palavras: doravante serás pescador de homens. E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram (Lucas 5:10, 11). Desta forma, Jesus convocou os primeiros homens para um discipulado permanente e ininterrupto. Esse acontecimento teve conseqüências de longo alcance. Além de Jesus ter, a partir daí, companhia dia e noite, esses quatro também comporiam um terço do grupo seleto de doze apóstolos. E três deles fariam parte do círculo íntimo de amigos de Jesus (Marcos 5:37; 9:2; 14:33). CONCLUSÃO Tudo estava pronto para o ministério de Jesus na Galiléia. Na próxima lição, veremos como Jesus começou Suas viagens de pregação e cura naquela província. Dias emocionantes nos aguardam! Notas Se, recentemente, você não tem pregado sobre o encontro de Jesus com a mulher samaritana no poço, talvez queira usar esta lição como um sermão. João 4:23 e 24 também pode ser usado para se pregar sobre como se comunicar, confrontar e/ ou converter outros. Além disso, a passagem pode ser usada como base para um sermão textual sobre adoração. A história do chamado de Jesus aos quatro pescadores tem muitas possibilidades de sermão: a ordem leve o barco para um lugar onde o lago é bem fundo (Lucas 5:4; NTLH) pode servir como ponto de partida para o desafio de não pensar pequeno em relação à obra do Senhor. A resposta de 24 Veja a exposição completa dos detalhes desse episódio em O Chamado para o Discipulado. 25 Em suas palestras, Will Ed Warren coloca ênfase especial nas palavras e eu vos farei : Você pode ser um engenheiro autodidata, mas não pode ser um cristão autodidata (Will Ed Warren, plano de aula do curso The Life of Christ: The Synoptic Gospels [ A Vida de Cristo: Os Evangelhos Sinóticos ]. Harding University, 1991, p. 16). 4

5 Pedro: sob a tua palavra lançarei as redes (Lucas 5:5) pode ser usada para incentivar todos a fazerem a vontade de Deus, compreendam ou não os Seus mandamentos. (Você pode enumerar mandamentos que alguns não entendem.) Você pode até usar Lucas 5 para traçar uma comparação entre pescar peixes e pescar homens. Autor: David Roper Copyright 2007 by A Verdade para Hoje TODOS OS DIREITOS RESERVADOS