Cigarrinha das raízes Mahanarva fimbriolata Monitoramento e manejo

Transcrição

1 Cigarrinha das raízes Mahanarva fimbriolata Monitoramento e manejo Rafael Divino Alves da Silva Entomologia/Biotecnologia/Melhoramento Genético Entomotestes materiais Bt / Manejo de pragas CTC rafael.silva@ctc.com.br Telefone: (19) (19)

2 CIGARRINHA DAS RAÍZES DA CANA-DE-AÇÚCAR. (Mahanarva fimbriolata)

3 Brasil: distribuição geográfica M.fimbriolata M.posticata M.rubicunda M.tristis

4 Queima da cana x Populações de cigarrinhas Destruição de formas biológicas - ovos em diapausa Eliminação da palha - condições ambientais inadequadas

5 Colheita Mecanizada de cana crua Camada de palha 10 cm (10 a 15 t/ha) Alteração no microclima ao nível do solo

6 Formação de raízes superficiais

7 Biologia

8 Ciclo biológico Metamorfose incompleta Diapausa 50 a 70 ovos 15 a 20 dias Ciclo total: 60 a 80 dias (3 a 4 gerações/ano) 5 ínstares 30 a 40 dias

9 Adultos Fêmea Macho

10 Ovos 20 a 25 dias

11 GABARITO AMOSTRAGEM DE SOLO OVOS DE CIGARRINHA ( 15 X 30 X 2 CM)

12 Ninfas

13 Sintomatologia e danos

14 Injúrias causadas pelos adultos Sugam seiva nas folhas danos ao parênquima foliar injeção de toxinas

15 Injúrias causadas pelos adultos pontos cloróticos

16 Injúrias causadas pelos adultos Estrias cloróticas

17 Injúrias causadas pelos adultos Estrias avermelhadas

18 Injúrias causadas pelos adultos Necrose

19 Injúrias causadas pelos adultos Secamento de folhas

20 Injúrias causadas pelos adultos Queima do canavial

21 Injúrias causadas pelas ninfas Sugam seiva nas raízes e radicelas - xilema ferimentos e morte de raízes impedem a translocação de seiva bruta desnutrição e desidratação da planta

22 Injúrias causadas pelas ninfas Secamento de folhas

23 Resultado do ataque de adultos e ninfas Brotação de gemas laterais Encurtamento de entrenós Afinamento de colmos Murchamento de colmos Colapso da planta Morte de touceiras

24 Prejuízos econômicos causados pelas cigarrinhas Perdas na produtividade agrícola (15 a 80 %) Redução do rendimento de açúcar (30% na Pcc) Aumento do teor de fibra Deterioração da cana no campo Contaminações nos processos industriais Custos para monitoramento e controle

25 Monitoramento

26 Monitoramento de populações de cigarrinha-das-raízes Período: setembro a abril Respeitar período de 30 dias após as primeiras chuvas Áreas de colheita de cana crua Periodicidade: quinzenal Sistema de mosaico 1:3

27 Número de amostras/ha e distribuição dos pontos na área 11 linhas 8 m 16 m 16 m 16 m 16 m 16 m 18 amostras/ha 16 m 16 m 16 m 16 m 16 m 8 m 22 linhas 22 linhas 8 m 16 m 16 m 16 m 16 m 16 m Pontos de amostragem

28 Nível de dano econômico e nível de controle

29 Tomada de decisão Parâmetros antigos Nível de Dano Econômico (NDE) 20 ninfas/m ou 1 adulto/cana Nível de Controle (NC) 4 a 12 ninfas/m ou 0,5 adulto/cana Parâmetros atuais Nível de Dano Econômico (NDE) 4 a 12 ninfas/m Nível de Controle (NC) 3 a 5 ninfas/m 5 ninfas/m 3 ninfas/m

30 Métodos de controle

31 Controle cultural Controle de plantas daninhas Colheita antecipada e reforma dos canaviais mais infestados Evitar cana bis Afastamento da palha das linhas de cana Enleiramento de palha (3 linhas)

32 Resistência varietal 1999 a usinas ha População de ninfas - ninfas/m Porcentagem de áreas com infestação acima de 5 ninfas/m >20 % 10 a 19 % 1 a 9 % 0% SP RB SP SP86-42 SP SP SP SP RB SP SP SP SP SP SP SP RB RB SP RB SP RB72454 SP RB RB SP SP80-185

33 Controle químico Inseticidas utilizados Thiametoxan Carbofuran Aldicarb Imidacloprid Etiprole Forma de aplicação Base das touceiras, sobre a palha Incorporado ao lado da linha de cana Custo/ha R$ 100,00 a 150,00

34 Inimigos naturais Controle biológico Salpingogaster nigra (Diptera: Syrphidae) Batkoa apiculata (Zygomicetes) Metarhizium anisopliae (Hyphomycetes) Nematóides (Steinernema spp. e Heterorhabidtis spp.) Formigas predadoras Foto: Heraldo Negri Foto: Luis G. Leite

35 Inimigos naturais Foto: Heraldo Negri Controle biológico Anagrus urichi Col.: Carabidae Hem.: Reduviidae Dip.: Asilidae Dip.: Syrphidae

36 Batkoa apiculata Elevado potencial epizoótico Agressividade ao hospedeiro Fácil estabelecimento no campo Limitações Falta de informações sobre biologia Dificuldade de formulação Possibilidade de utilização Transferência de hospedeiros infectados

37 Metarhizium anisopliae Fungo que vive no solo Ocorrência natural sobre mais de 300 espécies de insetos Controle de M. posticata década de 70 - NE Base do Manejo Integrado das cigarrinhas-das-raízes SP e NE

38 Avaliação da eficiência de controle Ninfas infectadas

39 Avaliação da eficiência de controle Adultos infectados

40 COMENTÁRIOS 1. Mahanarva fimbriolata é uma praga chave da cana-de-açúcar; 2. O Controle Biológico é eficiente, econômico e sustentável; 3. O Controle Químico é eficiente. 4. O controle cultural pode ser adotado em condições específicas, como método complementar; 5. O controle varietal deve ser empregado como um complemento no MIP.

41 OBRIGAD0!! Rafael Divino Alves da Silva