Profa. Dra. Elisa Wolynec

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1 Expandindo os Horizontes de Aprendizagem e Diminuindo Custos Profa. Dra. Elisa Wolynec ewolynec@techne.com.br Introdução É possível melhorar a qualidade da graduação e, simultaneamente, diminuir custos utilizando os 20% de carga horária a distância. Algumas estratégias de gestão que otimizam o uso dos recursos também são fundamentais para a diminuição de custos e o controle de qualidade. Dada a importância estratégica destes dois objetivos no atual panorama do ensino superior, marcado pela acirrada concorrência entre instituições privadas, apresentamos neste trabalho um conjunto de sugestões e exemplos de soluções já implementadas, que permitem alcançar ambos os objetivos. Rompendo paradigmas Nestes tempos de mudanças precisamos romper com alguns paradigmas. A Educação não é sinônimo de escola, salas de aula, instalações físicas. Educação é aprendizagem; é aquisição de conhecimento, de informação, competências, habilidades, é desenvolvimento pessoal. Isto não ocorre necessariamente num local particular. A tecnologia nos permite fornecer essas oportunidades de aprendizagem em formas totalmente novas. É necessário preparar-se para estas mudanças e suas vantagens competitivas. A instituição de ensino do futuro será uma fornecedora de ampla gama de serviços acadêmicos, providos onde e quando os estudantes necessitarem. Não estamos sugerindo que os campi irão desaparecer. Pelo contrário, em uma sociedade do conhecimento onde a grande maioria dos indivíduos deverá dedicar-se a uma vida de aprendizagem contínua, os campi continuarão a atender aos estudantes tradicionais que podem freqüentar as aulas presenciais. Estas vão tornar-se um misto de atividades presenciais e a distância. Os 20% de carga horária a distância são apenas o começo. O grande desafio está em atender às demandas dos milhões de estudantes que por sua localização geográfica, ou suas condições de trabalho, não conseguem inserir-se nos cursos presenciais tradicionais. A melhoria da qualidade vai exigir o rompimento de outro paradigma. O nosso modelo atual é o de individualizar a prática do professor. Isto é, permitimos que cada professor ministre a aula, em termos de conteúdo e metodologia, da forma que melhor lhe apraz. Com isto nós estamos padronizando a experiência de aprendizagem dos alunos daquele professor. Entretanto, para diminuir custos, melhorar a qualidade do ensino, expandir a aprendizagem e a satisfação dos alunos, temos que fazer exatamente o oposto: temos que padronizar as aulas, a prática docente. Já sugeri isto em palestras e até para um mantenedor a quem prestei consultoria, detalhando como pode ser feita essa padronização. A reação foi de puro horror. É de espantar que as pessoas do mundo acadêmico se horrorizem com a perspectiva de padronização da prática docente e não se horrorizem com a padronização da experiência de aprendizagem dos alunos. Na verdade o que estou sugerindo, em parte, é o que as franquias do mercado educacional (Objetivo, Positivo, Pitágoras,...) já implementaram com sucesso no ensino fundamental e médio, como forma de obter um ensino de qualidade e diminuir custos. O projeto pedagógico e respectivo conteúdo de cada curso é desenvolvido por uma pequena equipe de especialistas, produzindo tanto o material do aluno quanto o de treinamento dos docentes que irão ministrar o curso. Através 1

2 de feedback, baseado na taxa de sucesso dos alunos, o curso vai sendo aprimorado e atualizado a cada novo período letivo. Em instituições de porte isto resulta em economia pois nem todos os docentes precisam ser renomados especialistas. Para instituições menores, com poucos docentes por disciplina, todos os docentes podem participar do desenvolvimento do material, sob a coordenação do docente mais experiente. Os diferentes tópicos do curso são distribuídos entre os docentes e, assim, em vez de cada um preparar o curso independentemente, cada um prepara uma parte, podendo dedicar mais tempo a esse tópico e preparar com melhor qualidade, produzindo o conteúdo já em formato digital adequado. Muito antes de a Internet ter introduzido formas revolucionárias de ensinar, quando coordenei os cursos de Física na Escola Politécnica da USP, já adotávamos com sucesso o método de preparação cooperada do curso. Reuníamos os 12 professores que ministravam a disciplina e distribuíamos o trabalho de preparação, ficando a coordenação com a responsabilidade de revisar o material produzido. Como resultado tínhamos um curso com melhor qualidade e maior taxa de sucesso dos alunos, tanto em termos de notas, quanto em percentual de aprovados. Com toda a tecnologia disponível não dá mais para imaginar o ensino individualizado no professor, que durante décadas a fio, ano após ano, repete várias vezes a mesma aula, para diferentes turmas, com níveis de entusiasmo e dedicação que dependem de seu estado de espírito. Ainda mais, turmas distintas da mesma disciplina, tendo aulas diferentes. Um professor cumpre todo o programa, outro pula alguns tópicos. Um dá mais trabalhos práticos, exercícios. Outro fica praticamente só na aula expositiva. A padronização das aulas, produz um resultado muito mais importante do que a eventual diminuição de custos, ela permite uma significativa melhoria da qualidade. Ela cria sinergia e entusiasmo entre os professores da equipe que preparam o mesmo curso através de construção colaborativa do conteúdo. Docentes novatos aprendem com os mais experientes as estratégias didáticas que produzem melhores resultados. O curso produzido por uma equipe de professores é melhor do que o que cada um conseguiria produzir individualmente. Para melhorar a qualidade, deve-se aproveitar essa mudança e alterar também a forma tradicional de ensinar. Não há como ter um ensino de qualidade baseado em aulas expositivas, onde os alunos participam passivamente. A aprendizagem só ocorre quando há troca de idéias e associação entre teoria e prática. Mesmo antes de a Internet ter introduzido vitais transformações no ambiente de aprendizagem, um trabalho publicado em , na revista Cognitive Science, mostra que a taxa de retenção obtida através da simples leitura é de apenas 10%, enquanto que com atividades de colaboração e prática a taxa de retenção atinge 70 a 80 por cento. Ensino centrado em projetos, PBL (Problem Based Learning), aprendizagem ativa, escolham o método, mas eliminem a teoria sem prática. Tenham como objetivo a aprendizagem, transformem a instituição de ensino em instituição de aprendizagem: focada no aluno, no seu sucesso, nas oportunidades de aprendizagem oferecidas. Usando as vantagens competitivas da tecnologia Essa mudança deve ser efetuada tendo em vista o uso de tecnologia, tendo por objetivo poder ensinar turmas maiores de alunos para diminuir custos, mesclar ensino presencial e atividades a distância, usufruindo dos benefícios dos 20% de carga horária a distância. 1 M. Chi et al, Cognitive Science 13, 1989, pp

3 O uso de ferramentas de e-learning permite desenvolver um conteúdo padrão para todas as turmas da mesma disciplina, inclusive de diferentes campi, ao mesmo tempo que atende a diferentes perfis de aluno. A disciplina pode ter uma parte introdutória para alunos com dificuldades na área, fornecendo adaptação. Além disso, há uma gama de mecanismos de aprendizagem: trabalhos individuais, trabalhos em equipe, fóruns de discussão, revisão do material de aula oferecido em formato digital, testes que monitoram a aprendizagem, pesquisas na Internet, vídeos e outros materiais multimídia, estudos de caso, relatos de casos práticos, exercícios. Cada aluno pode concentrar-se nos processos que são mais eficientes para a sua aprendizagem. Além do mais, o ambiente de estudo do aluno é semelhante ao que ele vai encontrar no trabalho ao exercer sua profissão. Para os 20% de carga horária a distância é importante planejar as atividades dos alunos de forma a não envolver intensamente o professor respondendo s. Se for adotado um método baseado em atenção individual do professor ao aluno, isso pode resultar em maior tempo do professor em relação ao curso presencial e aumentar o custo em vez de diminuir 2. Esse tempo deve ser utilizado para aprendizagem independente, para trabalho em equipe, com os alunos discutindo entre si, trocando s entre si. Só assim os custos diminuem e o aluno começa a tornar-se um aprendiz independente. Segundo um recente relatório da Dun and Bradstreet 3, 94% das instituições de ensino superior, nos Estados Unidos, utilizam ferramentas de e-learning para a complementação de aulas presenciais e dentre estas, 67% oferecem também cursos completamente a distância, sendo que 54% possuem cursos de graduação a distância acreditados. Para muitas instituições, a atenção individual aos estudantes é um diferencial importante e cursos de graduação completamente a distância são considerados menos apropriados, mas a expansão dos recursos de sala de aula através de ferramentas de e-learning são considerados como uma forma muito eficiente de expandir e aprimorar as experiências de aprendizagem e diminuir o tempo dos alunos em sala de aula. As ferramentas de e-learning mais utilizadas, segundo a pesquisa, são: LMS/CMS 4 % do Mercado de IES Blackboard 47% WebCT 37% ecollege 5% Outros 11% As principais ferramentas oferecem outras facilidades que diminuem o tempo que o professor gasta com o ensino. Um exemplo é a realização de provas presenciais on-line que são completamente ou parcialmente corrigidas de forma automática pelo sistema. Esse mecanismo elimina também a cola entre alunos já que o sistema sorteia questões equivalentes entre os alunos, de forma que fica impossível um copiar do outro. 2 Um MBA a distância na Universidade de Duke é 50% mais caro que o presencial, devido ao aumento da carga horária de professor por aluno, a fim de permitir esse atendimento individualizado. 3 " Market Data Retrieval 2003 Higher Education Findings" ( 4 LMS = Learning Management System; CMS = Course Management System 3

4 O mesmo instrumento do LMS pode permitir realizar o vestibular eletrônico, novamente eliminando custos com folhas óticas e leitoras. Algumas instituições brasileira já realizam com sucesso o vestibular eletrônico utilizando o LMS (ex: FAE, IESB). Além da diminuição de custos, o vestibular eletrônico é mais conveniente para o aluno: diante da opção entre o vestibular tradicional e o eletrônico, 80% dos alunos optaram pelo eletrônico, logo na primeira vez em que esta opção foi oferecida 5. O fato de poder utilizar o LMS para o desenvolvimento de conteúdo, para criar o ambiente de colaboração e aprendizagem para os alunos e para realizar provas e processos seletivos, é uma vantagem importante em relação a utilizar diferentes produtos para cada atividade. As melhores práticas para implementar os 20% A reformulação do ensino, para expandir a aprendizagem, melhorar a qualidade e diminuir custos, deve introduzir a redução de carga horária em todas as disciplinas, com exceção daquelas de laboratório. Colocar algumas disciplinas 100% a distância, para implementação dos 20% de carga horária a distância, não é um método pedagogicamente eficiente. Dar aos estudantes de graduação total liberdade e responsabilidade pela sua aprendizagem é bastante diferente das experiências anteriores de aprendizagem desse aluno. Alguns estudantes não têm a iniciativa e a motivação necessária, ficam atrasados na disciplina e acabam desistindo. A experiência tem mostrado que a taxa de desistência de alunos de graduação em disciplinas 100% a distância é muito maior do que quando se efetua uma mescla de atividades presenciais e a distância, 6 especialmente quando a atividade a distância é utilizada para trabalhos práticos, em equipe, através do ambiente de comunicação virtual. Uma vez desenvolvido o material das disciplinas em forma digital, e os trabalhos práticos que o aluno deve executar no processo de aprendizagem, esse mesmo material pode ser utilizado para que alunos cursem as dependências a distância. Nesse caso o aluno já assistiu o curso e utilizará o material para revisão e desenvolvimento das atividades práticas. Por outro lado, reduzindo-se a carga horária da maioria das disciplinas em 20 a 25%, mantendo as aulas de laboratório 100% presenciais, de forma a no total de horas-aula do curso chegar aos 20% permitidos, é possível otimizar algumas atividades, cada instituição adotando o mecanismo mais conveniente. Tomando por base os cursos noturnos, freqüentados por aproximadamente 80% dos alunos de graduação das IES particulares, os horários de aulas são formados, usualmente, por 4 aulas de 50 minutos em cada noite. A maioria das disciplinas têm 4 aulas semanais, duas em um dia e duas em outro. Com a redução de 20% de carga horária presencial, em vez de 200 minutos de aula por semana a disciplina passa a ter 160 minutos. É possível organizar o horário de forma que os 160 minutos de aula sejam ministrados no mesmo dia e o horário de curso noturno passa a ter aproximadamente 3 horas diárias. A cada dia a aula é de uma disciplina distinta. O professor não precisa vir duas vezes por semana dar a disciplina daquela turma, apenas uma. Com isso, algumas instituições já estão planejando oferecer dois horários noturnos, por exemplo, das 17:30h às 5 Várias outras instituições vem utilizando o vestibular eletrônico, porém utilizando um produto específico para esta finalidade. 6 Innovations in Online Learning, Carol A. Twigg, The Pew Learning and Technology Program

5 20:30h e das 20:30h às 23:30h. Dependendo da localização da instituição isso é bem factível e pode duplicar o número de alunos atendidos. O maior custo do ensino superior está no pagamento dos docentes, consumindo tipicamente 50% dos custos. O restante é gasto com a infraestrutura: instalações físicas, biblioteca, laboratórios de informática, laboratórios didáticos, segurança. Toda esse infraestrutura pode ser utilizada para atender o dobro de alunos no período noturno. Fica a critério de cada instituição, dependendo de seu nicho de mercado, como utilizar as diferentes possibilidades. Mesmo sem introduzir dois turnos noturnos, os 20% de carga horária a distância permitem uma expansão de 20% do alunado sem o proporcional aumento das instalações físicas. A verdade é que o público das classes A e B já se esgotou e segundo o consultor Ryon Braga, a expansão do alunado de ensino superior dependerá de mensalidades acessíveis à classe C, cujo valor é estimado em torno de 210 reais. Uma projeção feita pelo ex-ministro e hoje consultor educacional Paulo Renato Souza, mostra a mesma realidade indicada por Braga. Segundo Paulo Renato, a classe C representará 60% dos estudantes de ensino superior até o ano de "Será preciso oferecer um serviço mais adequado a essa classe, com custos mais baixos. 7 Estratégias de gestão para diminuir custos Para atingir custos menores, além das estratégias já mencionadas, é necessário investir em um sistema de gestão acadêmica que utilize instrumentos como a secretaria virtual, onde todos os serviços são executados via Internet, desde a matrícula até a compra de apostila, diminuindo drasticamente os custos operacionais e melhorando o relacionamento entre a instituição e a comunidade acadêmica. Outro ponto estratégico é uma integração completa entre o sistema de gestão acadêmica e o LMS utilizado. Outras soluções devem também ser analisadas como, por exemplo, utilizar um Data Center para o hosting dos sistemas. Já há quase uma centena de instituições de ensino superior adotando esse tipo de serviços para diminuir custos. Ao decidir-se por uma solução de hosting, ou de conectividade entre diferentes campi, é importante contratar um serviço de consultoria que avalie as diferentes soluções a fim de minimizar custos. Há diferenças de 20 a 30% no custo mensal das telecomunicações dependendo da solução adotada. Para diminuir a inadimplência é fundamental flexibilizar as grades curriculares e permitir a matrícula e a cobrança por disciplina. Muitas vezes o aluno poderia pagar 75% ou 50% da mensalidade, mas não consegue pagar a mensalidade integral. Essa flexibilidade substituiria um inadimplente ou evadido por um aluno parcial, que poderia voltar à matrícula integral quando a situação de emprego melhorar. Vagas ociosas em disciplinas podem ser oferecidas a alunos de outros cursos a preços especiais, oferecendo a esses alunos um certificado de que cursaram essas disciplinas como complementação ao seu curso principal. Outra estratégia para diminuir custos é mudar do sistema seriado para o de créditos, reformulando a grade curricular para que a mesma disciplina possa ser compartilhada por vários cursos. Dessa forma é possível misturar alunos de cursos distintos em uma mesma turma, otimizando o preenchimento das turmas. Um cliente nosso com 20 mil alunos efetuou uma mudança desse tipo, conseguindo reduzir de 1700 para 1400 turmas, atendendo ao mesmo número de alunos, gerando uma economia de praticamente 20%. Para isso é necessário um sistema de gestão acadêmica que possua mecanismos de ensalamento adequados a esse tipo de otimização. Numa instituição de ensino superior o sistema de Gestão Acadêmica é tão estratégico quanto o sistema de Chão de Fábrica de uma indústria. Em uma fábrica de automóveis, por exemplo, o 7 Faculdades se adaptam a público de classe C, Folha de São Paulo, 3/08/2003 5

6 módulo de Chão de Fábrica é o coração do ERP, pois ele controla a atividade fim. Que adianta ter o melhor sistema de recursos humanos ou de contabilidade sem ter o melhor produto para controle da atividade fim? Numa fábrica de automóveis o sistema de recursos humanos ou de contabilidade é similar ao de uma instituição acadêmica, mas o planejamento e controle da atividade fim é específico de cada um, desenvolvido por especialistas no respectivo ramo de atividade, pois é fator determinante para o sucesso. Um sistema de Gestão Acadêmica inadequado, que engesse a instituição ou que não produza indicadores de desempenho para monitorar a qualidade, aumenta sobremaneira os custos e diminui a competitividade institucional. Há uma enorme gama de estratégias que permitem reduzir custos. Nossas instituições privadas de ensino superior, na maioria dos casos, não otimizaram ainda o uso de seus recursos e de seus processos de gestão. Em vários casos há evasão de receitas porque o sistema financeiro não está adequadamente integrado ao de gestão acadêmica, ou porque há falta de controle detalhado sobre o recebimento de receitas propicia desvios. Como fazer a mudança? Não é fácil introduzir uma mudança destas na instituição de ensino mas algumas instituições, como por exemplo o IESB, conseguiram efetuar essa transição no decorrer de um ano, adotando o e- learning em todas as disciplinas da graduação 8. Dependendo da instituição, pode ser mais eficaz buscar o apoio de um ou mais serviços de consultoria para trabalhar com os coordenadores de curso na reformulação das grades curriculares, para apoiar a instituição na revisão do PDI e para planejar o desenvolvimento da nova metodologia de ensino. Existem várias empresas especializadas que podem colaborar desde o desenvolvimento de conteúdo para e-learning, até a reorganização de processos administrativos e pedagógicos e a revisão do PDI. Algumas instituições, como por exemplo a FGV, estão incorporando especialistas em Design Instrucional ao quadro acadêmico para apoiar os docentes na utilização de e-learning 9. Estamos em uma época de grandes mudanças na educação superior. Como em todos os ramos de atividade, as instituições que mais rapidamente se transformarem e se adequarem a nova realidade serão líderes no seu segmento de atuação. 8 Não há mais volta, Arnaldo Grizzo Filho, Educação Profissional, Jan-Fev O Desenho Instrucional no desenvolvimento de cursos, Ana Lúcia Mendonça, palestra apresentanda no e-learning & e- training 2003 Junho de