GERAÇÃO EÓLICA. Neste capítulo serão abordados os seguintes pontos:

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "GERAÇÃO EÓLICA. Neste capítulo serão abordados os seguintes pontos:"

Transcrição

1 GERAÇÃO EÓLICA Parte II Potencial Eólico Por ser renovável e ser produzida naturalmente, a energia eólica não provoca impactos ao meio ambiente. Atualmente a tecnologia dos aerogeradores para a produção eólica se encontra totalmente desenvolvida a nível comercial, ela está sendo vista como uma alternativa viável e eficaz para suprimento de energia em escala comercial. Além disto, a geração de energia através dos ventos não produz subprodutos perigosos, exige pouco tempo para implantação e é confiável tecnologicamente, além de apresentar modularidade e ser inesgotável. Neste capítulo serão abordados os seguintes pontos: 1 Circulação geral dos Ventos 2 Equipamentos e medições em energia eólica 3 Histogramas e distribuição de Rayleigh e Weibull 4 Identificação de locais adequados para produção de energia eólica. 5 Apresentação do programa WAsP 1 Circulação Geral dos Ventos Origem dos ventos A energia eólica é uma fonte de energia alternativa renovável que representa uma forma viável de abastecimento de energia elétrica. Esse tipo de geração de energia é uma forma secundária da energia solar, já que uma parte da radiação que atinge à Terra causa o movimento das camadas da atmosfera, como o vento ela está disponível no mundo inteiro, com maior ou menor intensidade. Assim, o vento é uma forma cinética de energia solar. O modelo global de vento se origina devido ao aquecimento desigual da superfície da terra pelo sol. A terra e seu 12

2 envelope de ar, a atmosfera, recebe mais calor solar próximo ao Equador do que nas regiões polares. Mesmo assim, as regiões equatoriais não ficam mais quentes a cada ano, nem as polares ficam mais frias. É o movimento do ar ao redor da terra que ameniza a temperatura extrema e produz ventos na superfície tão úteis para a geração de energia. É este movimento do ar combinado com a rotação da terra que forma as correntes de vento. Como todos os gases, o ar se expande ou aumenta de volume quando aquecido, e contrai e diminui de volume quando resfriado. Na atmosfera o ar quente é mais leve e menos denso do que o ar frio e se eleva a altas altitudes quando fortemente aquecido pelo sol. O ar aquecido próximo ao Equador fluirá para cima, e então, na direção dos pólos onde o ar próximo à superfície é mais frio. As regiões terrestres próximas aos pólos agora têm mais ar, pressionando-as, e o ar da superfície mais fria tende a deslocar dessas áreas e movimentar-se na direção do Equador. (Fig. 2.1) As correntes ascendentes do equador são mais intensas do que as das outras zonas da terra, por isso produzem ventos de 30 a 50 km horários e a rotação da terra, interfere com a direção dos ventos, entre os pólos e o equador, provocando uma resultante inclinada em relação a perpendicular pelo equador. Perturbações magnéticas solares produzem os ventos de grandes altitudes, conhecidos pelos aeronautas como tempestades de céu claro, depois estudos mais acurados, comprovaram existirem as correntes de grandes altitudes, utilizadas para economizar combustível nos vôos intercontinentais. Os centros de baixa pressão que ocorrem na superfície da terra, produzem correntes ascendentes de cerca de 50 km/hora e ventos de superfície de igual intensidade, convergentes para o centro de baixa pressão, que, influenciados pelos desvios da rotação da terra, geram movimentos rotacionais, conhecidos como furacões, tão comuns na região do equador. Muita energia está sendo constantemente transferida do sol pelos ventos da terra, no entanto, apenas ventos das camadas atmosféricas mais baixas são acessíveis para a conversão de sua energia. 13

3 Figura 2.1 Circulação global do vento Na figura 2.1, acima, pode-se ver duas grandes circulação de correntes de vento. A primeira circulação, chamada de Circulação Rossby, acontece nas regiões temperadas, tanto no hemisfério norte, como no hemisfério sul. Estas regiões estão compreendidas entre os paralelos 30 e 60º norte e sul, respectivamente. Esta circulação tem a forma de onda, e tem origem pelo movimento de ar quente que se dirige para os pólos e o ar frio se dirigindo para a região subtropical. A circulação Hadley fica compreendida entre os paralelos 30º N e 30º S. Esta circulação transporta massas de ar tropical quente e úmida, resultando em uma constante movimentação de ar na direção nordeste e sudeste. Esta inclinação de direção é devido ao movimento de rotação da terra. Além destas duas grandes circulações, ainda existem outras duas grandes circulações: as monções e os ciclones tropicais. - As monções: Grandes movimentos de massas de ar devido à diferença de temperatura entre o continente asiático e o oceano Índico, como também a diferença de temperatura entre o continente africano e o oceano Atlântico. 14

4 - Os ciclones tropicais: Grandes massas de ar quente e seco se elevando na região do equador induzem fortes perturbações no clima com ventos de alta velocidade, de até 60 m/s, no sudeste asiático (hemisfério sul) são denominados de tufão, e na região do caribe (hemisfério norte) são conhecidos como furação Circulação Local dos Ventos A força motora primária da brisa do mar é a diferença de temperatura entre a terra e o mar. (Fig. 2.2). Quando essa diferença é grande e diurna, podem ser esperadas brisas marinhas relativamente fortes durante as horas da tarde e no começo da noite. As brisas marinhas mais intensas são encontradas naquelas regiões subtropicais secas, ao longo da costa oeste de continentes onde haja um oceano frio. É precisamente nessas regiões que o vento predominante é geralmente fraco e a brisa marinha local é na verdade quase a única fonte de energia eólica por grande parte do ano. A topografia, ou características físicas do solo, pode influenciar fortemente as características do vento. As montanhas impedem a passagem uniforme dos ventos, o ar canalizado ao redor ou através das aberturas que freqüentemente aumenta os ventos fortes locais, ideais para geradores de energia eólica. Na figura 2.3 pode ser visto diversos fatores que influenciam a velocidade do vento, tais como: temperatura, rugosidade, obstáculos e efeito aerodinâmico. 15

5 Figura 2.2 Produção da Brisa do Mar Aquecimento desigual entre o mar e a terra. Figura 2.3 Fatores que influenciam a velocidade do vento 16

6 1.3 - Características do vento Conforme se pode notar nas figuras 2.2 e 2.3, a quantidade de energia disponível no vento (massa de ar em deslocamento) varia de acordo com as estações e as horas do dia. A topografia e a rugosidade do solo também tem grande influência na distribuição de freqüência de ocorrência de velocidade do vento em um local. Há três componentes do que determinam a potência do Sistema de Conversão de Energia Eólica: 1) Velocidade do Vento 2) Características do Vento relacionado à topografia 3) Densidade do ar Velocidade do Vento Dos três fatores que determinam o potencial eólico disponível, a velocidade do vento é sem dúvida, a mais importante, uma vez que a produção de energia eólica aumenta com o cubo da velocidade do vento. Por exemplo, se em um determinado local se tem uma velocidade de vento de 4 m/s, e havendo um aumento de velocidade de 25%, a velocidade do vento assume o valor de 5 m/s. A produção de energia sobe de 100% para 195,31%, ou seja um incremento de mais de 95%. P = 1 3 ρ. AV. 2.( EPF) Características do Vento relacionado à topografia A velocidade do vento é fortemente afetada pela topografia local, bem como sua turbulência. Os modelos de simulação computacional procuram levar em conta estes dados orográficos, mais só levam em consideração pequenas elevações e terreno pouco complexo. 17

7 Portanto, um bom conhecimento do local, com a instalação de um sensor de medição de velocidade de vento poderão indicar realmente se um local é ou não adequado para se instalar um parque eólico. A seguir, listaremos algumas orientações relacionando a velocidade do vento e um acidente geográfico: Serra; Precipício; Vales, e Obstáculos em terreno plano: Construções e Árvores. 1 ) Serra As serras podem funcionar como um perfil aerodinâmico, acelerando as correntes de vento que nela chegam. Como isto se pode ter três vantagens em se instalar um aerogerador em uma serra: a) Funciona com uma torre; b) Pode evitar parcialmente os efeitos não aconselháveis do esfriamento próximo do solo, e c) A encosta da serra pode acelerar o fluxo de ar sobre ela, aumentando a energia disponível. Na figura 2.4 mostra como se comprime o ar quando se aproxima de uma serra e forma uma camada mais fina que o faz se acelerar. Fig. 2.4 Perfil do vento sobre influência de uma serra 18

8 Além deste aspecto, a orientação da serra em relação à direção predominante do vento é também um fator importante para determinação da intensidade da aceleração do vento. A figura 2.5 mostra estas diversas situações: Figura 2.5 Influência da posição da montanha em relação a direção predominante do vento. (A) Vento principal perpendicular ao eixo da serra Melhor situação. (B) Vento principal obliquo ao eixo da serra Situação boa. (C) Vento principal paralelo ao eixo da serra Situação razoável. (D) Vento principal perpendicular ao eixo de uma serra côncava Situação boa, e (E) Vento principal perpendicular ao eixo de uma serra convexa Situação menos aconselhável que a anterior. A figura 2.4 indica como o vento se comprime no topo de uma serra, fazendo com que a velocidade do vento seja aumentada. Na figura 2.6 mostra como varia esta velocidade de vento, para uma serra ideal, em suas várias partes. 19

9 Figura 2.6 Variação percentual da velocidade do vento em uma serra ideal Mesmo havendo o afeito acelerador de uma serra, deve-se tomar cuidado com a diminuição da velocidade do vento em seu topo se o mesmo for plano, como mostra a figura 2.7. Figura 2.7 Redução de velocidade sobre um platô (1) Redução de velocidade normal, devido à rugosidade do terreno. (2) Aumento da velocidade pelo efeito acelerador da serra. (3) Diminuição de velocidade devido à forte turbulência. (descolamento da camada limite) 2 ) Precipício Um precipício é qualquer escarpa com largura suficiente (10 vezes maior do que sua altura) de modo a obrigar que a maior quantidade de sua massa de ar circular por sobre o seu topo. Os fatores que influenciam o fluxo de ar sobre os precipícios são sua rampa, tanto a barlavento como a sotavento, sua altura e a rugosidade do terreno à sotavento. A figura 2.8 mostra o comportamento do fluxo de ar em precipícios com várias formas. 20

10 Figura 2.8 Fluxo de ar sobre precipícios com diversas formas de rampa. Como são vários fatores que combinados complexamente afetam a velocidade de vento, a melhor estratégia é realizar medições de vento durante várias situações de velocidade de vento, para se determinar adequadamente à conveniência de um local. Entretanto, como forma orientativa quando se escolhe um precipício, deve-se ter em conta os seguintes pontos principais: 1) Evidentemente os melhores precipícios são aqueles que estão sobre um forte fluxo de ar, sem anteparos (como árvores ou outro obstáculo); 2) Além disto, a melhor situação de um precipício é quando seu eixo está perpendicular a direção principal do vento (Fig.2.5 (A)); 3) Para precipícios com mais de trinta metros, deve-se ter cuidado, pois a turbulência costuma ser grande; 4) Os lugares muito perto de sua base devem ser evitados; 5) Para precipícios tipo (D), deve-se ter muito cuidado, já que a indução de turbulência é mito grande; 6) A deformação de árvores e vegetação pode revelar o padrão de vento nas proximidades de um precipício, e 7) Os melhores locais normalmente se encontra entre 0,25 e 2,5 vezes a altura do precipício à barlavento, desde que sempre se possa evitar á área de intensa turbulência, durante todas as condições de vento. 3 ) Vales O comportamento do fluxo de ar em um vale depende de fatores, tais como: a orientação do vale em relação à direção principal do vento, rampa, altura e largura das serras adjacentes e a rugosidade do vale. O comportamento de fluxo de ar que ocorrem em sistemas Vales x Serras é muito influenciado pela temperatura. O ciclo de aquecimento e resfriamento diurno resulta é um fluxo de ar fraco. Durante à tarde, o vento alcança a sua maior velocidade, pouco depois do por do sol, os ventos dos vales diminuem de intensidade. Na metade da noite, as serras estão mais frias que as terras baixas, neste caso o vento na serra alcança 21

11 sua máxima velocidade, este processo vai até pouco depois do nascer do sol. Os ventos das serras são geralmente mais fortes do que os dos vales. Entretanto existem também vales que não estão associados diretamente com serras ou montanhas, nestes casos, a grande vantagem desta situação é o direcionamento que o vale exerce sobre a direção do vento, canalizando-o, muito embora esta velocidade só será efetivamente acelerado se houve um estreitamento do vale que force uma compressão da massa de ar, de sorte que produza uma aceleração. 4 ) Obstáculos em terrenos planos Os obstáculos alteram o fluxo de ar a sotavento, reduzindo a velocidade de vento, bem como aumentam as trocas rápidas de sua direção e intensidade (produção de turbulência). Portanto áreas sobre os efeitos dos obstáculos devem ser evitadas, uma vez que há uma redução da potência eólica, bem como uma redução da vida útil de pequenos aerogeradores (aumento de fadiga). 4.1 ) Construções As edificações também produzem uma zona de interferência, conforme pode se ver na figura 2.9. Figura 2.9 Zona de interferência devido a uma edificação Como se pode ver há duas vezes a altura da edificação os efeitos de turbulência e redução de velocidade já podem ser observados. Esta zona se estende por cerca de vinte 22

12 vezes a altura do prédio na direção de sotavento, com uma altura de cerca de duas vezes a altura da edificação. Caso se deseje instalar um aerogerador nestas proximidades deve-se respeitar os limites acima descritos, que se detalha a seguir: a barlavento, a uma distância de mais de duas vezes a altura da edificação; a sotavento, a uma distancia mínima de, pelo menos vinte vezes a altura da edificação, e caso que queira instalar o aerogerador diretamente à sotavento, sua altura deve ter pelo menos duas vezes a altura da edificação. 4.2 ) Árvores Uma fileira de árvores ou uma pequena floresta causa igualmente alterações no fluxo normal de vento. Esta zona de influência está mostrada na figura 2.10 abaixo. Portanto as áreas de influência das árvores devem ser evitadas para se obter o melhor rendimento dos geradores eólicos. Caso haja árvores separadas, a zona de influência é maior, porém seus efeitos são menores. As distâncias que se deve considerar são aproximadamente iguais às das edificações. Figura 2.10 Zona de influência provocada por árvores A interferência causada pela ação quer por acidentes geográficos, edificações ou árvores têm como efeito, como já mencionado anteriormente, a produção da redução da 23

13 intensidade do fluxo de ar. Falou-se também que a esta diminuição de velocidade de vento está associação a geração de uma zona de turbulência. Portanto faz-se necessário definir o que seja turbulência. A turbulência se caracteriza por rápidas perturbações ou irregularidades na velocidade do vento, em sua direção ou em ambos. É comum indicar a turbulência como sendo o desvio padrão da velocidade horizontal do vento, pela velocidade média do vendo, o que resulta na seguinte expressão da Intensidade da Turbulência (TI): Intensidad e daturbulência = Desvio padrão da velocidade Velocidademédia do vento Turbulências com TI igual ou menor á 10% são consideradas turbulências baixas Para turbulências moderadas, este índice assume o intervalo entre 10 a 25%. Acima deste valor, a turbulência é considerada alta, e indesejável Densidade do Ar Este é o último fator que afeta a potência disponível do vento. Temperaturas baixas produzem densidades de ar mais altas. Maior densidade significa maior quantidade de moléculas (massa) de ar em um determinado volume de ar dado, portanto maior quantidade de energia cinética (eólica) será transferida às pás do aerogerador. Para regiões onde haja variações de temperatura ao longo de um ano, estima-se em 25% a variação de potência devido à variação da densidade do ar. Outro aspecto que interfere na densidade é a altitude. Para cada 330 m de elevação sobre o nível do mar, a densidade diminui 4% 2 Equipamentos e medições em energia eólica O vento sendo um fenômeno natural, influenciado por diversos fatores, tais como variação de temperatura, orografia, rugosidade do solo, obstáculos, como por exemplo: árvores, edificações, etc, é necessário, portanto, que haja uma medição 24

14 adequada para se poder avaliar corretamente o potencial eólico de um determinado local, já que a potência eólica é extremamente sensível à velocidade do vento. A velocidade do vento se mede com um equipamento denominado anemômetro. Existem vários tipos deles, mas o largamente utilizado é o anemômetro de conchas Anemômetro de concha Como já mencionado, os anemômetros de concha são largamente utilizados por muitas razões. Eles são bem conduzidos na direção principal do vento, tendem a ter custos mais atrativos que outros modelos, além de ser mais robusto. Apesar destas vantagens, eles apresentam limitações gerais deste tipo de equipamento, quais sejam: Não possui sensibilidade do ângulo de ataque fora do plano horizontal; Resposta dinâmica; Não linearidade da calibração e variação na calibração causada pela fricção mecânica ou devido a forma das conchas, ainda em alguns casos: sensibilidade em mudanças na calibração com a direção horizontal do vento. Portanto quando especificado ou selecionado este tipo de anemômetro, deve-se ter em mente estes efeitos, tanto em nível de suas causas ou conseqüências O que é um anemômetro de concha Consiste de três conchas hemisféricas ou cônicas, montadas em um rotor horizontal, que por sua vez está encaixado em um eixo vertical que move um gerador de sinal. Sua correta medição não depende da direção do vento, isto é, o vento pode vir de qualquer direção que haverá uma medição igualmente correta no plano horizontal. Desta maneira, dentro do sistema padrão de coordenadas x, y e z, com suas componente de velocidade de u, v e w, o anemômetro de conchas é projetado primariamente para medir 25

15 a velocidade horizontal da velocidade, (u 2 + v 2 ) e não a magnitude do vetor na horizontal. Para medições de velocidade de vento em terrenos inclinados, ou quando em medições de testes em aerogeradores, o rotor dos anemômetros tem a característica de balançar, por isto, pode-se argumentar que o anemômetro ideal é aquele que meça não a velocidade horizontal, mas sim a velocidade total, desde que esta velocidade é de fato a real e disponível que será utilizada pelos aerogeradores para a produção de energia. Infelizmente nenhum anemômetro existente no mercado possui, perfeitamente, este tipo de comportamento, embora esta questão esta sendo discutido. Todo anemômetro ao ser utilizado para medição de vento, de algum modo interfere no fluxo de vento, e conseqüentemente na própria medição. Assim, o projeto de um anemômetro deve ser executado de tal forma que esta influência seja minimizada. A figura 2.11 mostra um anemômetro com boas qualidades, que se pode resumi-las da seguinte forma: longo eixo vertical minimiza os efeitos de distúrbios do corpo do anemômetro; corpo pequeno um corpo pequeno e simétrico com um perfil suave minimiza o distúrbio do fluxo do vento sobre o mesmo. 26

16 Figura Característica de um anemômetro ideal. como: A figura 2.12 já mostra um anemômetro com baixas qualidades de projeto, tais eixo vertical curto isto possibilita uma grande turbulência devido à proximidade do corpo do anemômetro; corpo grande com cantos permite um aumento da turbulência, e devido à assimétrica, sua sensibilidade é afetada para diferentes direções de vento. 27

17 Figura Característica de um anemômetro com baixo desempenho. 2.2 Especificação mínima de um anemômetro para em medições de potência eólica Um anemômetro utilizado em medições de energia eólica deve possuir características adequadas para suportar diversas condições ambientes durante a sua operação. A tabela 2.1 mostra a faixa de operação necessária para uma boa precisão e avaliação do potencial eólico. 28

18 Tabela 2.1 Características mínima de um anemômetro Parâmetro Unidade Valor mínimo Valor máximo Velocidade do vento (média de 10 minutos) m/s 4 16 Intensidade de Turbulência (10 % 5 100*(1.13/u ) minutos) Temperatura do ar C Densidade do ar Kg/m Inclinação do terreno Obs: u é a velocidade de vento predominante Prática de campo Como um anemômetro é utilizado, pode introduzir erros tão grandes quanto aqueles causados por erro de calibração ou deficiência de projeto. É bastante claro que se um anemômetro esta operando na sombra (esteira) do mastro principal da medição meteorológica, a sua indicação não refletirá a velocidade real do vento. Agora, não é tão óbvio o fato que o fluxo pode ser distorcido a barlavento da torre ou acima desta, pode ser significante. Portanto uma adequada distancia deve ser mantida entre o rotor do anemômetro e sua estrutura de fixação principal para manter tais efeitos em níveis baixos e aceitáveis. Para evitar problemas, é inquestionável que a colocação do anemômetro no topo do mastro é a melhor posição. Mas isto nem sempre pode ser possível, uma vez que se pode desejar medir a velocidade do vento em diferentes alturas para determinar o perfil de sua camada limite (distribuição vertical da velocidade do vento) Distribuição vertical da velocidade do vento Como mencionado no item 1.2 Circulação local dos ventos, a figura 2.3 mostra que a rugosidade e obstáculos interferem na velocidade do vento. Esta interferência é cada vez menor à medida que se afasta da superfície do solo. Isto pode ser visto na figura 2.13, onde para alturas maiores, tem-se velocidades maiores. 29

19 Figura 2.13 Distribuição vertical da velocidade do vento Como é impossível se medir as velocidades do vento em todas as alturas, existem métodos utilizados para extrapolar e determinar valores de velocidades de vento em determinadas alturas, deste que se conheça alguns parâmetros. Hellmann apud Molly sugere a seguinte expressão: V V = H 0 H 0 α e α 1 = z ln z0 onde: V 0 é a velocidade observada à altura H 0 V - é a velocidade observada à altura H Z é a altura média de H e H 0 Z 0 - é o coeficiente de rugosidade O coeficiente de rugosidade Z 0 é um valor avaliado segundo a característica do terreno, onde a tabela 2.2 abaixo mostra alguns valores típicos: 30

20 Tabela 2.2 Rugosidade Z 0 com a variação do tipo de superfície Superfície Rugosidade Z 0 [m] Água ou gelo 0,0004 Grama rala 0,002 Grama alta ou Superfície rochosa 0,05 Pasto 0,20 Distritos ou bairros afastados 0,6 Florestas, cidades 1-5 A altura H 0 é geralmente a altura da medição de vento, e o coeficiente α varia entre os valores 0,10 a 0,40. A variação da velocidade com a altura pode também ser expressa pela seguinte fórmula: H ln V z0 = V H ) 0 ln z onde estes valores têm o mesmo significado anterior. Pelo exposto, vê-se que para a avaliação da performance de uma determinada turbina é aconselhável que o anemômetro seja instalado no topo do mastro, à altura do cubo da turbina. Para, além de evitar os problemas causados pelo de interferência da rugosidade do solo, evitar também os efeitos de turbulência causados pelo mastro, o anemômetro deve ser instalado em um braço, com uma separação vertical e direção, de acordo com o tipo de mastro utilizado. Os mastros usados em medições meteorológicas podem ser cilíndricos ou treliçados. 31

21 2.3.2 Mastros cilíndricos A distância entre o mastro e o anemômetro reflete o nível de exatidão que se admite como desejável. Para avaliação de potencial eólico, este nível de exatidão deve ser alto, uma vez que envolve investimentos com garantia de retorno deste investimento. A figura 2.13 mostra as zonas de interferência produzidas por uma torre cilíndrica. Figura 2.14 Zonas de interferência em um mastro cilíndrico. Como se pode notar, a melhor posição de colocação do anemômetro se localiza à 45º em relação à direção principal do vento, uma vez que a turbulência é a menor. Genericamente se pode observar que na frente do mastro há uma desaceleração do fluxo do vento, nos lados há uma aceleração, e por trás há uma zona de sombra (esteira) Mastro em treliça Para o caso de um mastro em treliça, o grau que o fluxo é alterado pelo mastro é uma função da porosidade do mastro, do arraste dos componentes individuais, da 32

22 orientação do vento e da distância entre o mastro e o anemômetro. A figura 2.14 mostra as zonas de interferência causadas por um mastro treliçado de seção triangular. Figura 2.15 Zonas de interferência em um mastro treliçado, com seção triangular. Como se pode notar, a melhor posição de colocação do anemômetro se localiza à 90º em relação à direção principal do vento, uma vez que a turbulência é a menor. Como acontece com o mastro cilíndrico, se pode observar que na frente do mastro há uma desaceleração do fluxo do vento, nos lados há uma aceleração, e por trás há uma zona de sombra (esteira). 2.4 Sensor de medição de direção de vento Além da intensidade da velocidade de vento, medida através de um anemômetro, faz-se necessário também se medir a direção do vento. Esta medida é de extrema importância, uma vez que permite posicionar corretamente o anemômetro. A relevância não se dá só devido a este fato, mas também orientará o adequado posicionamento das torres dos aerogeradores, já que como foi visto anteriormente, obstáculos à barlavento provocam perturbações no fluxo de ar sombra (esteira). O sensor de direção de vento é constituído por um gerador de sinal, cujo rotor possui uma cauda aerodinâmica que o posiciona na direção do vento. Seu corpo é constituído por um gerador de sinal e possui uma marca de referência que indica o 33

23 ponto norte. O norte que se deve direcionar o sensor é o norte verdadeiro, isto, é o norte magnético acrescido da deflexão magnética. (figura 2.16) Figura 2.16 Sensor de medição de direção de vento 3 Histogramas e distribuição de Rayleigh e Weibull 3.1 Histograma Para a avaliação da produção de energia elétrica de uma instalação eólica, da qual se conhece a curva de potência em função da velocidade do vento, faz-se uso do histograma da velocidade do vento do local da instalação, conforme mostrado na figura Figura 2.17 Exemplo de um histograma hipotético 34

24 E A produção total pode, assim, ser estimada através da equação =Σh P T total i i onde T representa o período total considerado, P i a curva de potência e h i a freqüência relativa de cada classe de velocidade do vento v i, sendo esta freqüência fornecida por h i = t i T onde t i é o período no qual foi registrada a classe de velocidade do vento v i. Determinado o histograma da velocidade do vento, procura-se aproximar o mesmo através de uma função; as duas funções mais utilizadas são: Distribuição de Rayleigh esta distribuição é fornecida pela equação h r = π v e 2 _ 2 v 2 π v 4 _ v onde v representa a velocidade média do vento. Para locais que têm disponíveis apenas valores de velocidades médias, através da distribuição de Rayleigh podem ser realizados prognósticos aproximados da produção de energia elétrica Distribuição de Weibull f ( v) = K V A A ( K 1) e K V A V m = A 0, ,434 K 1 K constitui uma generalização da distribuição de Rayleigh e é calculada através de h w = k A v A ( k 1) e k v A onde k representa o fator de forma e A o parâmetro de escalonamento. 35

25 Uma relação aproximada entre os parâmetros A e k e a velocidade média do vento é dada por _ k v A 0, 287k + 0, 688k 1 0, 1. O fator de forma pode ser investigado a partir do grau de turbulência TI, que é a relação entre o desvio padrão da velocidade do vento e a velocidade média do vento; desta forma, quanto menor a oscilação, maior o valor de k. O valor de k=2 corresponde à distribuição de Rayleigh. A figura 2.18 mostra o ajuste das curvas de Reyleigh e Weibull em um determinado histograma. Figura 2.18 Ajuste aproximado de um histograma através das distribuição de Reyleigh e Weibull 4 Identificação de locais adequados para produção de energia eólica. Uma primeira avaliação empírica pode ser avaliada como indicativo de um local que possua boas características de vento. Tais características podem ser enquadradas em aspectos culturais, biológicos e naturais. Como aspectos culturais pode-se observar o 36

26 uso em algum tempo de pequenos cataventos para o bombeamento de água, brincadeiras infantis, como soltar arraia e histórias narradas pela população local. Em relação ao aspecto biológico o fato mais marcante é a deformação das árvores devido à influência do vento. Nestes casos as árvores têm a copa deformada na direção do vento, e não raro seu caule acompanha tal deformação. Os aspectos naturais mais visíveis são a erosão eólica, provocada no relevo, e movimentação de dunas. Neste aspecto, as dunas dão uma indicação da direção dos ventos, bem como indicam em qual região as velocidades são maiores. Após este identificação preliminar, tem-se que proceder medições de vento, que só assim pode-se garantir uma boa avaliação a qualidade dos ventos existentes naquele local. 5 Apresentação do programa computacional WAsP O programa WasP Wind Atlas Analysis and Application Program é um programa desenvolvido para ser utilizado em computadores pessoais para extrapolação horizontal e vertical de dados de vento. Este programa possui uma série de modelos para calcular os efeitos dos obstáculos, as mudanças da rugosidade de uma superfície e variações de altura de um terreno sobre o fluxo de ar. A análise consiste em transformar uma medição de vento de uma estação específica em um Atlas de vento da região considerada. Conseqüentemente o Atlas assim obtido pode ser utilizado para estimar a velocidade de vento e o potencial eólico, bem como determinar a energia produzida de uma determinada turbina. 37

Recursos Eólicos De onde vem a energia eólica? A energia eólica é a energia cinética dos deslocamentos de massas de ar, gerados pelas diferenças de temperatura na superfície do planeta. Resultado da associação

Leia mais

Diagrama do Pré-projeto

Diagrama do Pré-projeto Diagrama do Pré-projeto 2 Fase - Medição Como se origina o vento? Os ventos consistem no deslocamento em sentido horizontal de grandes massas de ar, que se movem em torno da superfície terrestre, tendo

Leia mais

Introdução. Vento Movimento do ar atmosférico em relação à superfície terrestre. Gerado por:

Introdução. Vento Movimento do ar atmosférico em relação à superfície terrestre. Gerado por: Tópico 7 - Ventos Introdução Vento Movimento do ar atmosférico em relação à superfície terrestre. Gerado por: Gradientes de pressão atmosférica; Rotação da Terra; Força gravitacional; Força de atrito.

Leia mais

Formado por turbulência mecânica ou convecção Tempo de vida: de minutos

Formado por turbulência mecânica ou convecção Tempo de vida: de minutos Circulação Local Escalas do Movimento Microescala: metros Vórtices (eddies) Turbulentos Formado por turbulência mecânica ou convecção Tempo de vida: de minutos Mesoscala: km a centenas de km Ventos locais

Leia mais

PRÁTICA 5 MOVIMENTOS ATMOFÉRICOS (29/10/2011)

PRÁTICA 5 MOVIMENTOS ATMOFÉRICOS (29/10/2011) PRÁTICA 5 MOVIMENTOS ATMOFÉRICOS (29/10/2011) 1. Associe as causas dos ventos: f Força gradiente de pressão. p f c Força de Coriolis. f a Força de atrito. com os seus efeitos ( ) ventos convergentes nos

Leia mais

1. INTRODUÇÃO 2. UMIDADE

1. INTRODUÇÃO 2. UMIDADE Elementos de Hidrometeorologia Capítulo 3 1. INTRODUÇÃO A hidrologia de uma região depende principalmente de seu clima e secundariamente de sua topografia e geologia. A topografia influencia a precipitação,

Leia mais

Atrito na Camada Limite atrito interno

Atrito na Camada Limite atrito interno Circulações Locais e Turbulência Atmosférica Atrito na Camada Limite atrito interno Atrito interno está relacionado a viscosidade molecular Viscosidade é o freiamento de um fluido devido ao movimento molecular.

Leia mais

Recursos hídricos. Especificidade do clima português

Recursos hídricos. Especificidade do clima português Recursos hídricos Especificidade do clima português Recurso insubstituível e suporte de Vida A água é fundamental para os sistemas naturais, para a vida humana e para as atividades económicas. O Tejo,

Leia mais

1. Introdução. no item anterior tratamos do Balanço de energia: como o calor é transformado e usado no sistema da Terra-Atmosfera

1. Introdução. no item anterior tratamos do Balanço de energia: como o calor é transformado e usado no sistema da Terra-Atmosfera O AQUECIMENTO DA ATMOSFERA TEMPERATURA 1. Introdução no item anterior tratamos do Balanço de energia: como o calor é transformado e usado no sistema da Terra-Atmosfera Uma mudança no conteúdo de calor

Leia mais

1. FATORES CLIMÁTICOS

1. FATORES CLIMÁTICOS Capítulo Elementos de Hidrometeorologia 3 1. FATORES CLIMÁTICOS A hidrologia de uma região depende principalmente de seu clima e secundariamente de sua topografia e geologia. A topografia influencia a

Leia mais

CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA

CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA DEFINIÇÃO Corresponde ao movimento do ar atmosférico em escala global e região. A circulação atmosférica ocorre devido aos diferentes gradientes de: -Pressão atmosférica; -Temperatura;

Leia mais

Troposfera: é a camada que se estende do solo terrestre (nível do mar) até atingir 12 quilômetros de altitude. Conforme a altitude se eleva, a

Troposfera: é a camada que se estende do solo terrestre (nível do mar) até atingir 12 quilômetros de altitude. Conforme a altitude se eleva, a ATMOSFERA A atmosfera é uma camada formada por argônio, hélio, dióxido de carbono, ozônio, vapor de água e, principalmente, por nitrogênio e oxigênio. Essa camada é de fundamental importância para a manutenção

Leia mais

FUNDAMENTOS DE METEREOLOGIA ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS. Prof. Fabio Reis INICIAR CLIK AQUI CURRÍCULO

FUNDAMENTOS DE METEREOLOGIA ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS. Prof. Fabio Reis INICIAR CLIK AQUI CURRÍCULO FUNDAMENTOS DE METEREOLOGIA ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS Prof. Fabio Reis CURRÍCULO INICIAR CLIK AQUI FUNDAMENTOS DE METEREOLOGIA ATMOSFERA E AQUECIMENTO DA TERRA ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS VAPOR DE ÁGUA -

Leia mais

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 6 Turbulência Atmosférica

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 6 Turbulência Atmosférica ACA-115 Introdução a Ciências Atmosféricas Os Movimentos da Atmosfera Aula 6 Turbulência Atmosférica C FD 2g Aρu 8 FD g c = 2 π D ρu c D = = f 2 2 ( Re ). Drag Coefficient vs. Reynolds Number for a Sphere

Leia mais

Temperatura Pressão atmosférica Umidade

Temperatura Pressão atmosférica Umidade O CLIMA Elementos do clima Temperatura Pressão atmosférica Umidade São responsáveis por caracterizar os climas. TEMPERATURA Corresponde à quantidade de calor. Pressão atmosférica Força que o peso do ar

Leia mais

Diagrama do Pré-projeto

Diagrama do Pré-projeto Diagrama do Pré-projeto Relembrando... A localização dos aerogeradores deve ser otimizada. O projeto deve considerar os seguintes itens: Limites do terreno; Áreas restritas; Direção predominante do vento;

Leia mais

GABARITO 4ª LISTA DE EXERCÍCIOS

GABARITO 4ª LISTA DE EXERCÍCIOS GABARITO 4ª LISTA DE EXERCÍCIOS 1) O aquecimento diferenciado entre continente e oceano com gradientes de temperatura de + ou - 1 C por 20 km, promove fluxos de energia diferentes para a atmosfera, causando

Leia mais

METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Circulação Atmosférica

METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Circulação Atmosférica Centro Universitário Geraldo Di Biase Campus de Nova Iguaçu Curso de Engenharia Ambiental 9 período METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Circulação Atmosférica Profª. Pedro Henrique Ferreira Coura Estrutura da

Leia mais

COLÉGIO BATISTA ÁGAPE CLIMA E VEGETAÇÃO 3 BIMESTRE PROFA. GABRIELA COUTO

COLÉGIO BATISTA ÁGAPE CLIMA E VEGETAÇÃO 3 BIMESTRE PROFA. GABRIELA COUTO COLÉGIO BATISTA ÁGAPE CLIMA E VEGETAÇÃO 3 BIMESTRE PROFA. GABRIELA COUTO DIFERANÇA ENTRE CLIMA E TEMPO: - CLIMA: HÁ OBSERVAÇÃO E REGISTRO DE ATIVIDADE ATMOSFÉRICA DURANTE UM LONGO PERÍODO. AS CARACTERÍSTICAS

Leia mais

PROVA 1 DE CLIMATOLOGIA II

PROVA 1 DE CLIMATOLOGIA II PROVA 1 DE CLIMATOLOGIA II OUT/2017 Nome: Turma: É obrigatória a entrega da folha de questões. BOA SORTE! 1. A atmosfera pode ser considerada como um sistema termodinâmico fechado. Assim, qual é a principal

Leia mais

Profa. Eliane Fadigas Prof. Alberto Bianchi

Profa. Eliane Fadigas Prof. Alberto Bianchi PEA 2200 Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade Energia Eólica Profa. Eliane Fadigas Prof. Alberto Bianchi slide 1 / 30 Potencial energético do vento Energia Cinética: ocasionada pelo movimento de massas

Leia mais

FATORES CLIMÁTICOS Quais são os fatores climáticos?

FATORES CLIMÁTICOS Quais são os fatores climáticos? Quais são os fatores climáticos? o Latitude A distância a que os lugares se situam do equador determina as suas características climáticas. Por isso, existem climas quentes, temperados e frios. o Proximidade

Leia mais

Aula Clima Brasil. Prof. Diogo Máximo

Aula Clima Brasil. Prof. Diogo Máximo Aula Clima Brasil Prof. Diogo Máximo CLIMA Sucessão habitual dos tipos de tempo. TEMPO Estado momentâneo da atmosfera em um determinado local e em certo período de hora. Definição Clima e Tempo O conjunto

Leia mais

PEA ENERGIA EÓLICA FUNDAMENTOS E VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA. Aula 2 Recursos Eólicos e suas características

PEA ENERGIA EÓLICA FUNDAMENTOS E VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA. Aula 2 Recursos Eólicos e suas características PEA 5002- ENERGIA EÓLICA FUNDAMENTOS E VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA Aula 2 Recursos Eólicos e suas características Potencial energético do vento Energia Cinética: ocasionada pelo movimento de massas de

Leia mais

Climatologia e meteorologia

Climatologia e meteorologia Climatologia e meteorologia 1. Introdução A climatologia é a ciência que se ocupa do estudo dos climas. Os estudos climatológicos referem-se, de uma maneira geral, a territórios mais ou menos vastos e

Leia mais

Atividade de Recuperação Paralela

Atividade de Recuperação Paralela Atividade de Recuperação Paralela Nome: n.º Santos, de de 2017. Ano/Série: 1. a... Ensino: Médio Data de entrega: 21 / 09 / 17 Valor:10,0(dez) Prof. a Sandra Mara Disciplina: Geografia 1. Considere o quadro

Leia mais

MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ESQUEMA P/ EXPLICAÇÃO DOS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS SECAS

MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ESQUEMA P/ EXPLICAÇÃO DOS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS SECAS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ESQUEMA P/ EXPLICAÇÃO DOS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS SECAS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS SECAS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ÚMIDAS MECANISMOS

Leia mais

O que são chuvas? Podemos entender por precipitação como sendo o retorno do vapor d água atmosférica no estado líquido ou sólido à superfície da

O que são chuvas? Podemos entender por precipitação como sendo o retorno do vapor d água atmosférica no estado líquido ou sólido à superfície da O que são chuvas? Podemos entender por precipitação como sendo o retorno do vapor d água atmosférica no estado líquido ou sólido à superfície da terra. Formas de precipitação: chuva, neve, granizo, orvalho

Leia mais

Profa. Eliane Fadigas Prof. Alberto Bianchi

Profa. Eliane Fadigas Prof. Alberto Bianchi PEA 2200 Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade Energia Eólica Profa. Eliane Fadigas Prof. Alberto Bianchi slide 1 / 30 Detalhes de um aerogerador de eixo horizontal Pás de rotor Caixa de multiplicação

Leia mais

DEPARTAMENTO DE TREINAMENTO DIVISÃO BRASILEIRA

DEPARTAMENTO DE TREINAMENTO DIVISÃO BRASILEIRA DEPARTAMENTO DE TREINAMENTO DIVISÃO BRASILEIRA Influência do Vento 2008 Índice Turbulência 3 Turbulência Convectiva ou Térmica 3 Turbulência Mecânica 3 Turbulência Dinâmica 4 Turbulência de ponta de asa

Leia mais

Clima: seus elementos e fatores de influência. Professor Fernando Rocha

Clima: seus elementos e fatores de influência. Professor Fernando Rocha Clima: seus elementos e fatores de influência Professor Fernando Rocha O que é Clima? Definições Não confundir Tempo e Clima Tempo (meteorológico): são condições atmosféricas de um determinado lugar em

Leia mais

GERAÇÃO EÓLICA Aerogeradores, O Terreno e o Vento PhD. Eng. Clodomiro Unsihuay Vila. Prof. Dr. Clodomiro Unsihuay-Vila Vila

GERAÇÃO EÓLICA Aerogeradores, O Terreno e o Vento PhD. Eng. Clodomiro Unsihuay Vila. Prof. Dr. Clodomiro Unsihuay-Vila Vila GERAÇÃO EÓLICA Aerogeradores, O Terreno e o Vento PhD. Eng. Clodomiro Unsihuay Vila Prof. Dr. Clodomiro Unsihuay-Vila Vila Turbinas Eólicas FORÇAS AERODINÂMICAS: Arrasto : força na direção do vento Sustentação

Leia mais

Prof. Ricardo Brauer Vigoderis, D.S. website:

Prof. Ricardo Brauer Vigoderis, D.S.   website: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS Prof. Ricardo Brauer Vigoderis, D.S. Email: vigoderis@yahoo.com.br website: www.vigoderis.tk Suméria por volta de 4.000 A.C. Egípcios

Leia mais

Localização de parques eólicos Condições eólicas Normalmente a natureza do solo resulta numa excelente ajuda para encontrar uma localização apropriada para o aerogerador. As posições das árvores da região

Leia mais

RECURSO SOLAR. Disciplina: Centrais Elétricas Professor: Clodomiro unsihuay-vila

RECURSO SOLAR. Disciplina: Centrais Elétricas Professor: Clodomiro unsihuay-vila RECURSO SOLAR Disciplina: Centrais Elétricas Professor: Clodomiro unsihuay-vila AGENDA Introdução; Partes Constituintes; Geometria Sol-Terra; Radiação Solar sobre a Terra; Instrumentos para Medição; Análise

Leia mais

CLIMA, representado pela TEMPRATURAe PRECIPITAÇÃO. Fatores secundários: geologia e relevo

CLIMA, representado pela TEMPRATURAe PRECIPITAÇÃO. Fatores secundários: geologia e relevo Clima e a Hidrologia Hidrologia Global X Hidrologia Local O fator que exerce maior influência sobre a hidrologia local é o CLIMA, representado pela TEMPRATURAe PRECIPITAÇÃO Fatores secundários: geologia

Leia mais

Estabilidade Desenvolvimento das Nuvens

Estabilidade Desenvolvimento das Nuvens Estabilidade Desenvolvimento das Nuvens Por que a estabilidade é importante? O movimento vertical é parte crítica no transporte de energia e influencia intensamente o ciclo hidrológico Sem movimento vertical

Leia mais

ESTIMATIVA DE OBTENÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DO VENTO EM UMA ÁREA DADA

ESTIMATIVA DE OBTENÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DO VENTO EM UMA ÁREA DADA 1 de 6 ESTIMATIVA DE OBTENÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DO VENTO EM UMA ÁREA DADA G.P.Viajante, J.R.Camacho,D.A.Andrade Universidade Federal de Uberlândia E-mails: ghunterp@gmail.com, jrcamacho@ufu.br, darizon@ufu.br

Leia mais

PEA 3100 Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Aula 9 Fontes Renováveis de Energia. Energia Eólica

PEA 3100 Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Aula 9 Fontes Renováveis de Energia. Energia Eólica PEA 3100 Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade Aula 9 Fontes Renováveis de Energia Energia Eólica slide 1 / 27 Produção de Energia Elétrica Geração Eólica Parque Eólico Osório Osório/RS Foto: Carlos

Leia mais

GEOGRAFIA - 3 o ANO MÓDULO 26 PAISAGENS CLIMATOBOTÂNICAS: FATORES E ELEMENTOS

GEOGRAFIA - 3 o ANO MÓDULO 26 PAISAGENS CLIMATOBOTÂNICAS: FATORES E ELEMENTOS GEOGRAFIA - 3 o ANO MÓDULO 26 PAISAGENS CLIMATOBOTÂNICAS: FATORES E ELEMENTOS Como pode cair no enem No mapa, as letras A, B e C indicam as posições e as trajetórias das principais massas

Leia mais

CEC- Centro Educacional Cianorte ELEMENTOS CLIMÁTICOS

CEC- Centro Educacional Cianorte ELEMENTOS CLIMÁTICOS CEC- Centro Educacional Cianorte ELEMENTOS CLIMÁTICOS PROFESSOR: JOÃO CLÁUDIO ALCANTARA DOS SANTOS A atmosfera A atmosfera constitui uma transição gradual entre o ambiente em que vivemos e o restante do

Leia mais

Física do Meio Ambiente

Física do Meio Ambiente Física do Meio Ambiente Tema: Energia Eólica no Brasil Alex Sandro De Lima 7580414 Rubens Parker 8604130 Energia Eólica É a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento); Sua conversão

Leia mais

ATIVIDADE ON-LINE DISCIPLINA: Redação. PROFESSOR: Dinário Série: 1ª Série Ensino Médio Atividade para dia: / /2017

ATIVIDADE ON-LINE DISCIPLINA: Redação. PROFESSOR: Dinário Série: 1ª Série Ensino Médio Atividade para dia: / /2017 1) Observe a imagem a seguir: Vista do Monte Everest O fator determinante para o clima da área retratada pela imagem é: a) a latitude. b) a continentalidade. c) as massas de ar. d) o albedo. e) a altitude.

Leia mais

Debate: Aquecimento Global

Debate: Aquecimento Global Clima Debate: Aquecimento Global Aquecimento Resfriamento Ação Natural Ação antrópica (Homem) 1ª Hipótese: O que aconteceria com o clima se a Terra fosse plana? 2ª Hipótese: O que aconteceria com o clima

Leia mais

Circulação Geral da Atmosfera

Circulação Geral da Atmosfera Circulação Geral da Atmosfera Representa o escoamento médio do ar ao redor do globo É criado pelo aquecimento desigual da superfície da terra Lembre-se que: Em escala global, a terra está em equilíbrio

Leia mais

grande extensão horizontal, homogênea. A homogeneidade é caracterizada pela uniformidade na temperatura e umidade do ar.

grande extensão horizontal, homogênea. A homogeneidade é caracterizada pela uniformidade na temperatura e umidade do ar. 9.1 Massas de Ar Massa de ar: corpo de ar, caracterizado por uma grande extensão horizontal, homogênea. A homogeneidade é caracterizada pela uniformidade na temperatura e umidade do ar. Cobrem centenas

Leia mais

Desempenho Térmico de edificações Ventilação Natural

Desempenho Térmico de edificações Ventilação Natural Desempenho Térmico de edificações Ventilação Natural PROFESSOR Roberto Lamberts ECV 5161 UFSC FLORIANÓPOLIS + Importância + Ocorrência dos ventos + Implantação e orientação + Mecanismos + Diferenças de

Leia mais

A atmosfera em movimento: força e vento. Capítulo 4 Leslie Musk Capítulo 9 Ahrens

A atmosfera em movimento: força e vento. Capítulo 4 Leslie Musk Capítulo 9 Ahrens A atmosfera em movimento: força e vento Capítulo 4 Leslie Musk Capítulo 9 Ahrens Pressão Lembre-se que A pressão é força por unidade de área Pressão do ar é determinada pelo peso do ar das camadas superiores

Leia mais

MODELOS DE CIRCULAÇÃO. Teorias sobre a circulação geral da atmosfera

MODELOS DE CIRCULAÇÃO. Teorias sobre a circulação geral da atmosfera MODELOS DE CIRCULAÇÃO Teorias sobre a circulação geral da atmosfera Circulação do Ar nos Centros de Alta e Baixa Pressão Estados de Tempo Centro de Baixas Pressões ou Depressão ou ciclone Convergência

Leia mais

1) Observe a imagem a seguir:

1) Observe a imagem a seguir: Exercícios on line Geografia Prof. Dinário Equipe Muriaé 1º Ano 1) Observe a imagem a seguir: Vista do Monte Everest O fator determinante para o clima da área retratada pela imagem é: a) a latitude. b)

Leia mais

Clima tempo atmosférico

Clima tempo atmosférico CLIMA E TEMPO ATMOSFÉRICO Clima tempo atmosférico é o conjunto de variações do tempo determinado lugar necessita de pelo menos de 30 anos de medições, observações e estudos das características dos tipos

Leia mais

MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO

MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO CLIMA MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO Link para o vídeo que demonstra o movimento de translação da terra, comentando sobre as estações do ano e sobre a incidência dos raios solares na terra. http://www.youtube.com/watch?v=xczimavuxge

Leia mais

Tempo & Clima. é o estado físico das condições. atmosféricas em um determinado momento e local, podendo variar durante o mesmo dia.

Tempo & Clima. é o estado físico das condições. atmosféricas em um determinado momento e local, podendo variar durante o mesmo dia. Climatologia É uma parte da que estuda o tempo e o clima cientificamente, utilizando principalmente técnicas estatísticas na obtenção de padrões. É uma ciência de grande importância para os seres humanos,

Leia mais

DISPERSÃO DE POLUENTES NA ATMOSFERA. G4 João Paulo Vanessa Tiago Lars

DISPERSÃO DE POLUENTES NA ATMOSFERA. G4 João Paulo Vanessa Tiago Lars DISPERSÃO DE POLUENTES NA ATMOSFERA G4 João Paulo Vanessa Tiago Lars INTRODUÇÃO A concentração de uma determinada substância na atmosfera varia no tempo e no espaço em função de reações químicas e/ou fotoquímicas,

Leia mais

Debate: Aquecimento Global

Debate: Aquecimento Global CLIMA Debate: Aquecimento Global Aquecimento Resfriamento Ação Natural Ação antrópica (Homem) MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO magnetosfera (escudo formado pelo campo magnético da terra) desvia as partículas

Leia mais

Meteorologia e Climatologia. Professor Filipe

Meteorologia e Climatologia. Professor Filipe Meteorologia e Climatologia Professor Filipe Meteorologia e Climatologia são sinônimos? Não! São conceitos com objetos de estudo diferentes: Meteorologia: - Fenômeno que ocorre na atmosfera; - Estudo/ciência

Leia mais

SER340 - Sensoriamento Remoto dos Oceanos Ensaio Teórico: Dinâmica dos Oceanos

SER340 - Sensoriamento Remoto dos Oceanos Ensaio Teórico: Dinâmica dos Oceanos SER340 - Sensoriamento Remoto dos Oceanos Ensaio Teórico: Dinâmica dos Oceanos Sandro Klippel 3 de outubro de 2012 A Terra recebe radiação solar na forma de ondas curtas, absorvendo cerca de 65% dessa

Leia mais

CLIMAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza

CLIMAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza CLIMAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza CLIMA BRASIL: tipos climáticos 1 Equatorial 2 Tropical 3 Tropical de Altitude 4 Tropical Atlântico/Úmido 5 Semi-Árido 6- Subtropical -Inverno rigoroso - chuvas

Leia mais

CONCEITO I) TEMPERATURA E PRESSÃO REGIÕES EQUATORIAIS BAIXA PRESSÃO REGIÕES POLARES AR FRIO MAIS DENSO PESADO ALTA PRESSÃO

CONCEITO I) TEMPERATURA E PRESSÃO REGIÕES EQUATORIAIS BAIXA PRESSÃO REGIÕES POLARES AR FRIO MAIS DENSO PESADO ALTA PRESSÃO PROF. WALDIR Jr CONCEITO I) TEMPERATURA E PRESSÃO REGIÕES EQUATORIAIS AR QUENTE MENOS DENSO LEVE BAIXA PRESSÃO REGIÕES POLARES AR FRIO MAIS DENSO PESADO ALTA PRESSÃO CONCEITO: QUANTIDADE DE

Leia mais

Ciências do Ambiente

Ciências do Ambiente Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil Ciências do Ambiente Aula 17 O Meio Atmosférico I: Propriedades e Mecanismos Profª Heloise G. Knapik 1 Poluição Atmosférica - Histórico Período prérevolução

Leia mais

CONFORTO AMBIENTAL Aula 2

CONFORTO AMBIENTAL Aula 2 TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS CONFORTO AMBIENTAL Aula 2 M.Sc. Arq. Elena M. D. Oliveira Diferença entre Tempo e Clima TEMPO: Variações diárias das condições atmosféricas. CLIMA: É a condição média

Leia mais

Redes de Comunicações Via Satélite. Prof. Gilson Alves de Alencar

Redes de Comunicações Via Satélite. Prof. Gilson Alves de Alencar Redes de Comunicações Via Satélite Prof. Gilson Alves de Alencar Mercado de Comunicações Via Satélite Fonte: Satellite Communications Timothi Pratt Charles Bostian Jeremy Allnutt Potencial Mercadológico

Leia mais

ATMOSFERA TEPERATURA, PRESSÃO E DENSIDADE EM FUNÇÃO DA ALTITUDE

ATMOSFERA TEPERATURA, PRESSÃO E DENSIDADE EM FUNÇÃO DA ALTITUDE ATMOSFERA TEPERATURA, PRESSÃO E DENSIDADE EM FUNÇÃO DA ALTITUDE . 2 Variação da Temperatura e Estrutura Regiões de transição as pausas Nomenclatura introduzida na década de 1950 baseia-se no perfil de

Leia mais

Aula Clima Brasil. Prof. Diogo Máximo

Aula Clima Brasil. Prof. Diogo Máximo Aula Clima Brasil Prof. Diogo Máximo CLIMA Sucessão habitual dos tipos de tempo. TEMPO Estado momentâneo da atmosfera em um determinado local e em certo período de hora. Definição Clima e Tempo O conjunto

Leia mais

UNIDADE 4. TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA NO SISTEMA ATMOSFERA- OCEANO. Conteúdo

UNIDADE 4. TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA NO SISTEMA ATMOSFERA- OCEANO. Conteúdo UNIDADE 4. TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA NO SISTEMA ATMOSFERA- OCEANO Conteúdo 4.1 POR QUE A ATMOSFERA E O OCEANO SE MOVEM CONTINUAMENTE?... 2 4.2 BALANÇO DE CALOR DO OCEANO E ATMOSFERA... 4 4.3 BALANÇO DE

Leia mais

A vegetação e o arejamento em ambiente urbano

A vegetação e o arejamento em ambiente urbano A vegetação e o arejamento em ambiente urbano Quem viu o vento? Nem tu nem eu. Mas quandos as árvores inclinam as suas cabeças, O vento está a passar. Christina Rosetti, 1872 Sing-Song Vectores de transporte

Leia mais

Conceitos Básicos PRESSÃO ATMOSFÉRICA. Pressão Atmosférica

Conceitos Básicos PRESSÃO ATMOSFÉRICA. Pressão Atmosférica AC33F AGROCLIMATOLOGIA PRESSÃO ATMOSFÉRICA PROF. DR. FREDERICO M. C. VIEIRA Pressão Atmosférica Conceitos Básicos Definição: Denomina-sepressãoatmosférica(p)aopesoexercido por uma coluna de ar, com secção

Leia mais

Sua prova deve ser feita à caneta azul ou preta. Não rasure e não use corretivo. Entregue no dia da prova.

Sua prova deve ser feita à caneta azul ou preta. Não rasure e não use corretivo. Entregue no dia da prova. Aluno(a): nº: Turma: Nota Ano: 1º Ano E.M. Data: /08/2019 Série Professor(a): Leonardo Trabalho Recuperação Matéria: Geografia Valor: 5,0 Sua prova deve ser feita à caneta azul ou preta. Não rasure e não

Leia mais

e a Interferência Humana. Vegetais: classificação e situação atual.

e a Interferência Humana. Vegetais: classificação e situação atual. 2ª Bimestre 1º Prova. Capítulos 8 Clima. Capitulo 9 Os fenômenos Climáticos e a Interferência Humana. Capítulo 11 Biomas e Formações Vegetais: classificação e situação atual. Furacão Katrina USA

Leia mais

Fatores climáticos importantes, Climas e vegetações da América Latina:

Fatores climáticos importantes, Climas e vegetações da América Latina: Fatores climáticos importantes, Climas e vegetações da América Latina: O que são os fatores climáticos? Os fatores climáticos são responsáveis pela formação dos climas. Portanto, são eles que fazem o clima

Leia mais

EVENTOS METEOROLÓGICOS DE GRANDE MAGNITUDE. prof.: Robert Oliveira Cabral

EVENTOS METEOROLÓGICOS DE GRANDE MAGNITUDE. prof.: Robert Oliveira Cabral R f b o t r e C O R EVENTOS METEOROLÓGICOS DE GRANDE MAGNITUDE P o r prof.: Robert Oliveira Cabral FURACÕES, TUFÕES E CICLONES FURACÕES, TUFÕES E CICLONES Representam um evento atmosférico de grandes proporções

Leia mais

Tipos de Chuvas. Chuvas Orográficas: é quando as massas de ar são barradas pela ocorrência do relevo(planaltos ou montanhas).

Tipos de Chuvas. Chuvas Orográficas: é quando as massas de ar são barradas pela ocorrência do relevo(planaltos ou montanhas). CLIMAS DO MUNDO ;;. V jlóyufrdcdf Latitude Tipos de Chuvas Chuvas Orográficas: é quando as massas de ar são barradas pela ocorrência do relevo(planaltos ou montanhas). Chuvas Frontais: é resultado do encontro

Leia mais

CLIMATOLOGIA I. Prof. TÉRCIO AMBRIZZI, Ph.D. Professor Titular

CLIMATOLOGIA I. Prof. TÉRCIO AMBRIZZI, Ph.D. Professor Titular CLIMATOLOGIA I Prof. TÉRCIO AMBRIZZI, Ph.D. Professor Titular ambrizzi@model.iag.usp.br Departamento de Ciências Atmosféricas Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Universidade de

Leia mais

Estado do Tempo e Clima

Estado do Tempo e Clima Estado do Tempo e Clima Estado do tempo Estado do tempo Expressão do comportamento momentâneo da atmosfera sobre um determinado lugar. É na atmosfera, mais precisamente na sua camada inferior, designada

Leia mais

ATIVIDADE AVALIATIVA

ATIVIDADE AVALIATIVA Climatologia 2. Atmosfera Terrestre ATIVIDADE AVALIATIVA Valor: 1,0 Tempo para responder: 15min 1) Qual a importância da concentração dos gases que compõe a atmosfera terrestre, em termos físicos e biológicos?

Leia mais

Camadas da Atmosfera (características físico químicas)

Camadas da Atmosfera (características físico químicas) Camadas da Atmosfera (características físico químicas) Gradiente médio negativo temperatura aumenta conforme aumenta a altitude. Gradiente médio positivo temperatura diminui conforme aumenta a altitude.

Leia mais

Capítulo 04: A ATMOSFERA TERRESTRE Movimentos atmosféricos

Capítulo 04: A ATMOSFERA TERRESTRE Movimentos atmosféricos Capítulo 04: A ATMOSFERA TERRESTRE Movimentos atmosféricos Os movimentos atmosféricos ocorrem em resposta à diferença de pressão entre duas regiões 1. Movimentos Atmosféricos As diferenças de pressão são

Leia mais

Ventos Globais: A Circulação Geral da Terra

Ventos Globais: A Circulação Geral da Terra Ventos Globais: A Circulação Geral da Terra As circulações da atmosfera e do oceano são, em última instância, provocadas pelo aquecimento solar. Lembre-se: Radiação vinda do Sol que entra no sistema (onda

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Convecção Natural - Parte 2 Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal

Leia mais

CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA Prof ª Gustavo Silva de Souza

CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA Prof ª Gustavo Silva de Souza CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA Prof ª Gustavo Silva de Souza CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA O CONCEITO DE CLIMA Para compreender o clima de um determinado local, é preciso estudar os diversos tipos de tempo que costumam

Leia mais

Circulação Geral da Atmosfera

Circulação Geral da Atmosfera Circulação global: conjunto complexo de ondas e vórtices ciclônicos e anticiclônicos em formação, desenvolvimento, movimento e em declínio Médias temporais retiram os padrões transitórios sistemas são

Leia mais

MONITORAMENTO ATMOSFÉRICO NOÇÕES SOBRE A ATMOSFERA TERRESTRE

MONITORAMENTO ATMOSFÉRICO NOÇÕES SOBRE A ATMOSFERA TERRESTRE EMED - Empreendimentos Educacionais Ltda Centro de Formação Profissional BOM PASTOR MONITORAMENTO ATMOSFÉRICO NOÇÕES SOBRE A ATMOSFERA TERRESTRE Centro de Formação Profissional Colégio Bom Pastor Curso

Leia mais

Como estudar o o tempo?

Como estudar o o tempo? Clima e tempo Como estudar o o tempo? É preciso observar os tipos de tempo. Realiza-se a medição dos elementos climáticos, ou seja, das características do tempo. Analisa-se os fatores climáticos, ou seja,

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: Geografia Ano: 6º Ensino Fundamental Professor: Bento Geografia Atividades para Estudos Autônomos Data: 9 / 10 / 2018 Aluno(a): Nº: Turma: ESTUDS

Leia mais

Departamento de Engenharia Civil. Capítulo 4 ELEMENTOS DE HIDROMETEOROLOGIA (parte 1)

Departamento de Engenharia Civil. Capítulo 4 ELEMENTOS DE HIDROMETEOROLOGIA (parte 1) Departamento de Engenharia Civil Capítulo 4 ELEMENTOS DE HIDROMETEOROLOGIA (parte 1) Fatores Climáticos A precipitação e a evaporação são fatores climáticos indispensáveis para o estudo do regime hidrológico

Leia mais

Fundamentos da Dispersão Atmosférica

Fundamentos da Dispersão Atmosférica Fundamentos da Dispersão Atmosférica Professor: Neyval Costa Reis Jr. Departamento de Engenharia Ambiental Centro Tecnológico UFES Fundamentos da Dispersão Atmosférica Ementa: Micrometeorologia. Teorias

Leia mais

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 2

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 2 ACA-115 Introdução a Ciências Atmosféricas Os Movimentos da Atmosfera Aula 2 Conteúdo 1. Escala dos movimentos atmosféricos e principais forças 2. Equilíbrio hidrostático e geostrófico 3. Divergência e

Leia mais

Fontes renováveis de energia Energia Eólica

Fontes renováveis de energia Energia Eólica Aula Energias Renováveis Energia Eólica - - História - Potencial eólico - Categorização das turbinas eólicas - Características das turbinas eólicas - Construção de turbinas eólicas Mapa Mundial Pressão

Leia mais

PREPARAÇÃO PARA A PROVA DE AFERIÇÃO

PREPARAÇÃO PARA A PROVA DE AFERIÇÃO PREPARAÇÃO PARA A PROVA DE AFERIÇÃO 2016-17 CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS PARTE 2: FÍSICA 7º ANO DE ESCOLARIDADE III O Planeta Terra Período de rotação da Terra - É o tempo que a Terra demora a dar uma volta

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXTAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Disciplina: Climatologia Geográfica I

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXTAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Disciplina: Climatologia Geográfica I UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXTAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Disciplina: Climatologia Geográfica I Unidade II Controle primário do tempo e clima parte 4 Patricia

Leia mais

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 4 Circulação Geral da Atmosfera

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 4 Circulação Geral da Atmosfera ACA-115 Introdução a Ciências Atmosféricas Os Movimentos da Atmosfera Aula 4 Circulação Geral da Atmosfera Circulação Geral da Atmosfera Trata-se da circulação da atmosfera ao redor do globo Gerada pelo

Leia mais

Mini-Curso. A Ciência das Mudanças Climáticas Globais

Mini-Curso. A Ciência das Mudanças Climáticas Globais Mini-Curso A Ciência das Mudanças Climáticas Globais Prof. Renato Ramos da Silva Coordenador do curso de Graduação em Meteorologia da UFSC 14ª SEPEX - UFSC 22 de Outubro de 2015 08:17 1 1. Introdução Sistema

Leia mais

Os Movimentos da Terra

Os Movimentos da Terra Os Movimentos da Terra Terra Diâmetro Não é uma esfera perfeita erra 12.756 km Na linha do Equador Achatada nos polos que são atravessados pelo eixo imaginário da Terra. Nas imagens de satélite, mal se

Leia mais

Forças devido ao vento

Forças devido ao vento Forças devido ao vento Introdução Vento é o fenômeno em que ocorre um grande fluxo de gás. Na natureza, é o resultado da movimentação de massas de ar devido a variações de temperatura entre essas massas,

Leia mais

Terceira Lista de Exercício de Dinâmica e Controle de Veículos Espaciais

Terceira Lista de Exercício de Dinâmica e Controle de Veículos Espaciais Terceira Lista de Exercício de Dinâmica e Controle de Veículos Espaciais Questão 1 Considerando os momentos de inércia de um corpo no sistema de eixos principais de inércia com origem no centro de massa

Leia mais

Vento Fatores e Pressão Dinâmica

Vento Fatores e Pressão Dinâmica Sabesp Vento Fatores e Pressão Dinâmica Estruturas de Pontes 2 Profº Douglas Couri Jr. Vento Importantíssimo que seja considerado especialmente em estruturas esbeltas; Na estrutura, é transmitido diretamente

Leia mais