XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
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- Maria da Assunção de Oliveira Bicalho
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1 XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Versão a 25 Novembro de 2009 Recife - PE GRUPO -GGH GRUPO DE ESTUDO DE GERAÇÃO HIDAÚLICA - GGH IMPACTOS NA GERAÇÃO DE ENERGIA, NAS ESTRUTURAS HIDRÁULICAS E NA MATRIZ ENERGÉTICA DA CHESF DEVIDO AO PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO SÃO FRANCISCO COM AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO NORDESTE SETENTRIONAL TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO. Jorge Luiz Sotero de Santana * José Espínola S. Júnior Adriano José Cavalcanti Faria IFS/FUNCEFETSE IFS UFS/FUNCEFETSE RESUMO O presente trabalho tem como principal característica a inserção nas discussões da bacia hidrográfica do rio São Francisco do seu Projeto de Integração, a fim de analisarmos e discutirmos os impactos nos regimes hidrológicos do rio, bem como os respectivos riscos na Matriz Energética da CHESF. A Matriz energética e a gestão das águas dos reservatórios propostos pela Chesf é de fundamental importância para o desenvolvimento do Nordeste, bem como a estratégia da Integração da Transposição do rio São Francisco, a qual constitui-se basicamente de um conjunto de ações que estão associadas ao desenvolvimento sustentável do semiárido nordestino. PALAVRAS-CHAVE Transposição, regime hidrológico, geração de energia, gestão, matriz energética INTRODUÇÃO O Projeto de Integração do São Francisco PISF, conhecido também como Transposição poderá trazer alguns impactos ambientais devido a alteração do regime hidrológico do rio, ao deplecionamento dos volumes dos reservatórios afetando a geração de energia e, principalmente, afetando a matriz energética da Companhia Hidroelétrica do São Francisco CHESF, mesmo que seja observado em pequenas proporções. De acordo com o Projeto, as derivações dos Eixos Norte e Leste, responsáveis por captações que variam de 26 a 127 m³/s das águas do rio São Francisco poderão ser representadas sob diversos ângulos e respectivos cenários. Dentre estes cenários podemos citar: a. Vazões retiradas absorvidas pelas defluências do resevatório de Itaparica, não afetando a geração de energia, mas gerando impactos ambientais no Baixo São Francisco; b. Vazões derivadas sendo absorvidas pela cascata de barragens da CHESF, a exemplo de Itaparica, do Complexo Moxotó PA I a IV e de Xingó, diluindo os Impactos ambientais no rio; (*) End.: Av. Eng. Gentil Tavares, n 1166, Getúlio Vargas CEP Aracaju, SE Brasil Tel: (+55 79) Fax: (79) jsotero@funcefetse.org.br
2 2 c. Vazões sendo absorvidas pelo reservatório de Itaparica, deplecionando o reservatório, com diminuição da geração de energia, devido a perda da altura líquida do reservatório e consequente diminuição de potencia gerada pelas unidades geradoras; d. Vazões sendo absorvidas pelos reservatórios da cascata da CHESF, citados anteriomente, com redução também da geração de energia, devido a perda da altura líquida do reservatório e da potencia gerada pelas unidades geradoras; e. Combinações de todas os cenários acima citados, gerando uma matriz de risco energético x Impactos ambientais, que serão analisados num cenários posterior. 1.1 A situação atual da matriz energética A Matriz energética atual, bem como grande parte do seu parque gerador encontram-se após a represa de Sobradinho e após as derivações do PISF, perfazendo em torno de 85% da enegia firme gerada. A representação da cascata está apresentada na figura abaixo, com as respectivas localizações e derivações do EixoNorte e Leste do projeto de integração, ver Figura 1. FIGURA 1 Cascata de Reservatórios da CHESF, com as Derivações do PISF GERAÇÃO DE ENERGIA A geração de energia elétrica da CHESF poderá ser afetada caso as operações dos reservatórios do sistema integrado nacional e do operador nacional do sistema não seja observado com racionalidade. Ou seja, poderá haver um aumento do risco energético do sistema. As localizações dos eixos de integração e as principais represas e barragens para geração de energia estão apresentados na Figura 02.
3 3 FIGURA 2 Projeto de Integração PISF e Barragens da CHESF. 2.1 Gestão As derivações dos Eixos Norte e Leste do Projeto de Integração PISF, responsáveis por captações em torno da média de 64 m³/s das águas do rio, poderão ser representadas sob inúmeros cenários, por isso a importância de se priorizar a eficiência e a gestão das águas do rio São Francisco. Dentre estes cenários destacam-se: a. Para o cenário onde as vazões retiradas poderão ser absorvidas pelas defluências do resevatório de Itaparica, não afetarão o volume do reservatório de Itaparica bem como a geração de energia, mas poderão gerar impactos ambientais no Baixo São Francisco. As análise serão importnates para a avaliação dos projetos implantados, conforme Figura 2 a seguir.
4 4 FIGURA 3 Fluviograma - Barragens de Itaparica CHESF. A fim de analisarem os referidos impactos apresenta-se a seguir o método de Tennant para se observar as faixas de degradação do rio em função do decrécimo de vazões nas seções de interesse do São Francisco, a exemplo das seções de Propriá e da barragem de Xingó, conforme figura a seguir. O método de Tennant poderão também ser usadas para as Vazões derivadas sendo absorvidas pela cascata de barragens da CHESF, a exemplo de Itaparica, do Complexo Moxotó PA I a IV e de Xingó, diluindo os Impactos ambientais no rio, ver Tabela 1. Tabela 1 - Método Tennant, 1976.
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6 6 b. Com relações as vazões derivadas para o Projeto PISF, sendo estas absorvidas pelo reservatório de itaparica, ocorrerá um pequeno deplecionamento do mesmo. Esta redução de vazões afluentes no reservatório, acarretará um diminuição do volume útil e consequente perda de altura líquida, no qual afetará, em pequenas proporções, a pressão hidrostática nas estrutura hídráulicas, principalmente nas tomadas de água, condutos forçados, pontencia das unidasdes geradoras, turbinas, etc. A Tabela 2, correlaciona as cotas do reservatório, bem como o balanço das vazões afluentes e defluentes, correlacionando as diferenças de cotas, vazões e outros dados de interesse; Tabela 2 Cotas do Reservatório - Itaparica ITEM H. MÉDIOS VAZÕES DEFLUÊNCIA VOL ÚTIL (%) DIFERENÇA DIF = M3/S DIFERENÇA COTAS DEF - M³/S DIF = M VAZÕES = M³/S PERCENT. 300, , , ,9 0, ,40% 300, ,5-0, ,60% 300, , ,50% 300, ,6-0, ,60% 300, ,8-0, ,20% 300, ,4-0, ,60% 300, ,3 0, ,10% 300, ,7 0, ,60% 301, ,9 0, ,40% 301, ,8 0, ,10% 301, ,6 0, ,20% 301, , ,60% 301, ,6 0, ,40% 301, ,3-301, ,30% 1 301, ,9 0, ,40% 301, ,8 0, ,10% 301, ,6 0, ,20% 301, , ,60% 301, ,2 0, ,80% 301, ,8 0, ,40% 301, ,9 0, ,90% 301, ,3 0, ,60% 301, ,9 0, ,40% 302, ,2-0, ,90% 302, ,4-0, ,50% ,6-0, ,10% 302, ,1 0, ,50% 302, ,9 0, ,20% 302, ,9 0, ,00% 302, , ,10% 302, ,3-0, ,80% 303, ,7-0, ,40% 303, ,6-0, ,90% 303, ,7-0, ,10% 303, ,9-0, ,20% 303, ,8 0, ,10% 303, ,4 0, ,40% 303, ,4 0, ,70% 303, , ,00% 303, ,1-0, ,70% 303, ,6 0,02 1 0,50% 303, ,1-0,02 5-0,50%
7 CONCLUSÃO Face ao exposto, o presente Informe Técnico, bem como os projetos, ora analisados, dão uma boa indicação de que as alterações serão insignificantes, no tocante, aos regimes hidrológicos e ao níveis operacionais dos reservatórios da CHESF. Portanto, os estudos e as pesquisas apresentados também vão dar suporte a tomada de decisões com a finalidade de minimizar os riscos de colapso energético e que não se agrave e/ou comprometa mais o comportamento hidrológico da bacia hidrográfica do rio São Francisco, dando maior confiabilidade à geração de energia elétrica e salvaguardando o meio ambiente, no tocante os recursos hídricos, escassos e imprescindíveis ao desenvolvimento sustentável da região nordeste do Brasil REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (1) ANA/GEF/PNUMA/OEA. Projeto de Gerenciamento Integrado das Atividades Desenvolvidas em Terra na Bacia hidrográfica do Rio São Francisco, Subprojeto 4.5- Plano decenal de Recursos Hídricos da Bacia do São Francisco- PBHSF ( ). Alocação de Água. Estudo Técnico de Apoio n 16. Brasília: SUM/ANA, p. (2). Lei nº 6.938, de 31 de agosto de Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicações e dá outras providências. In: Diário Oficial da Republica Federativa do Brasil. Brasília, (3). Água desafio para o próximo milênio. Presidência da República. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Recursos Hídricos. In: anais do seminário para discussão dos ante projetos de lei para a criação da ANA e do SNGRH realizado em 27 de julho de (4). Lei n de 8 de janeiro de Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos. Ministério do Meio Ambiente dos Recursos Hídricos e Amazônia Legal. 35 p. (5) CBH-SF Comitê da bacia do rio São Francisco. Bacias do Rio São Francisco. Disponível em: < Acesso em: 12 abr (6) CODEVASF. Inventário dos projetos de irrigação. 3. ed. rev. e atual. Brasília, p.il. (7) CHOW, V. T. Handleook of Applied Hydrology. A Compendium of water Resources Technlogy. Edited., lei McGraw-Hill, 1964, p (8) ONS Operador Nacional do Sistemas. Aproveitamento do potencial Hidráulico para Geração de Energia Elétrica. Bacias do Rio São Francisco. Superintendência de Usos Múltiplos< (9) TUCCI, C. E. M. Hidrologia: Ciência e Aplicação / organizado por Carlos E. M. 3. Ed Porto Alegre: Editora da UFRGS / ABRH, 2002.
8 DADOS BIOGRÁFICOS Jorge Luiz Sotero de Santana Nascido em Aracaju-SE, em Graduação Engenharia Civil 1989, Universidade Federal de Sergipe UFS. Pós-Graduação Especialização: Eng. Sanitária e Ambiental UFS Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente PRODEMA UFS Prof. Hidrologia Aplicada e Gestão de Bacias Hidrográficas CEFET-SE IF SE Gerente de Desenvolvimento Fundação de Apoio FUNCEFETSE. José Espínola S. Júnior Nascido em Aracaju-SE, em Graduação Engenharia Elétrica 1993, Universidade Federal da Paraíba UFPB. Pós-Graduação Mestrado Eng. Mecânica - UFPB Doutorada Eng Mecânica Termofluidos UFPB Prof. Termodinâmica e Máquinas Elétricas CEFET-SE IF SE Pró- Reitor de Pesquisa e Ensino CEFET-SE. Adriano José Cavalcanti Faria Nascido em Aracaju-SE, em Técnico em Eletrônica 1999 CEFET-SE. Graduando Engenharia Elétrica Universidade Federal de Sergipe UFS Pesquisador- Fundação de Apoio FUNCEFTSE e de Máquinas Elétricas CEFET-SE IF SE
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