GÁs para. Oferta competitiva de Gás Natural pode impulsionar a indústria e contribuir com o crescimento econômico do Brasil
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- Isaac Cabral Lacerda
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1 GÁs para Crescer Oferta competitiva de Gás Natural pode impulsionar a indústria e contribuir com o crescimento econômico do Brasil A regulação da indústria do gás natural no Brasil está passando por mudanças. A construção de uma visão de futuro para o setor, no âmbito da iniciativa Gás Para Crescer possibilitou uma oportunidade única para uma reconfiguração da indústria mais favorável à competição. O uso do energético para a indústria é um de seus destinos mais nobres. O incentivo ao uso do gás natural para a produção industrial poderá transformar o setor em alavanca para destravar a economia e gerar empregos e para a geração de energia que deverá firmar as fontes renováveis. O desenho de um modelo que assegure o aumento da oferta e da competição também é fundamental para gerar receitas para a União e para os Estados.
2 O QUe É O GÁs para CresCer? Essa iniciativa do Governo Federal colocou na mesa todos os agentes do setor para debater, em subcomitês técnicos, os principais temas que afetam o desenvolvimento do mercado brasileiro de gás natural, em todos os segmentos produtivos. PrOduÇÃO tratamento transporte COmerCIalIZaÇÃO e distribuição COnsumO
3 Desde a abertura de consulta pública do Ministério de Minas e Energia (MME), em outubro de 2016, os principais agentes do setor de gás natural estiveram reunidos para desenhar um novo modelo para o Brasil. Desde 2013, o consumo industrial de gás natural no Brasil está estagnado e, ao mesmo tempo, há perspectiva de redução da participação da empresa incumbente na indústria de gás natural. Um mercado diversificado pode destravar a demanda e garantir que novos players ofertem produtos e serviços, dinamizando a indústria. Visão de Futuro A Lei do Gás precisa ser atualizada. Apesar de relativamente recente, o texto legislativo de 2009 precisa ser modernizado para ampliar o mercado, a competitividade e a liquidez do setor nesse novo momento. Objetivos Diversos agentes apresentaram ao governo uma agenda convergente que poderá: Gerar condições para compartilhar as infraestruturas essenciais à produção (Unidades de Processamento (UPGN), Gasodutos de Escoamento e Terminais de GNL) Garantir acessos de terceiros aos gasodutos de transporte, levando o gás até as cidades (city-gates) Melhorar ambientes de mercado para aumentar a liquidez e a transparência Aperfeiçoar as regulações estaduais, garantindo que todos os consumidores tenham acesso ao gás mais competitivo Resultado esperado: Gás a preços competitivos para o setor produtivo e o consumidor residencial
4 O novo modelo do setor de gás natural Como funciona hoje O que deverá mudar Benefícios esperados Produção Uso privativo das infraestruturas essenciais Uso compartilhado das infraestruturas essenciais Diversificação da oferta: mais competidores no mercado. Desenvolvimento de pequenos e médios produtores Transporte Gasodutos fechados com informações indisponíveis aos usuários do sistema Gasodutos abertos a terceiros com transparência nas informações sobre capacidade disponível Transparência nas informações e melhor aproveitamento da capacidade ociosa Comercialização Oferta concentrada. Monopólio Competição e Livre Concorrência Maior liquidez e movimentação de gás natural: PREÇO PODE MELHORAR Consumo Consumo 100% regulado Mercado livre, com possibilidade de autoprodução e auto importação para os consumidores Mais FLEXIBILIDADE na gestão de contratos Mais COMPETITIVIDADE para a indústria consumidora.
5 As MUDANçAs EssENCiAis NO setor DE GÁs NAtUrAL 1 Impostos Adequar a forma de cobrança dos impostos ao novo modelo, ou seja, desvincular o fluxo físico e contábil de gás na incidência de tributos. As novas regras vão reduzir inseguranças jurídicas e podem atrair novos investidores. 2 Infraestrutura e transporte As regras de transporte são fundamentais para destravar o mercado. Uma nova lei poderá criar um modelo de gestão independente que vai trazer mais transparência nas informações sobre a capacidade dos gasodutos. 3 Diversificação de oferta Garantias legais para os diferentes produtores acessarem gasodutos de escoamento, Unidades de processamento e terminais de GNL, ativos fundamentais à produção de gás no Brasil ou importação quando mais atrativo. 4 Competitividade Fortalecer a ANP e viabilizar mecanismos infralegais de regulação e fiscalização para evitar práticas anticoncorrenciais. Criar previsão legal para um mercado de curto prazo que poderá trazer mais eficiência e flexibilidade para produtores, comercializadores, consumidores livres e distribuidoras. 5 diretrizes nacionais para o mercado de comercialização de gás natural 6 Integração entre os setores de energia elétrica e gás natural hoje, cada estado brasileiro é responsável pela criação das regras de distribuição de gás natural. isto não deverá mudar, mas construir um manual de boas práticas regulatórias pode ampliar a competitividade dos estados. Na parcela de comercialização da molécula, deve ser criado um mercado de âmbito nacional e o Governo Federal pode deve definir as diretrizes para a abertura dos mercados nos estados. O planejamento integrado entre setor de gás natural e energia elétrica, bem como a otimização conjunta dos setores é fundamental para permitir a operação e expansão eficiente do parque térmico brasileiro.
6 O MERCADO DE GÁS NATURAL NO BRASIL EM NÚMEROS: OFERTA A oferta total do mercado de gás natural foi de 85 MMm³/dia em 2016, mas já alcançou valores na casa dos 100 MMm³/dia em 2014 e ,1 102,58 MMm³/dia ,99 78,91 95,05 84,54 85, Observação: Malha integrada Proveniência do gás natural ofertado no Brasil. 4% 34% 62% Nacional Bolívia GNL
7 POUCA COMPETIÇÃO O mercado nacional de gás natural ainda é pouco diversificado na oferta. Em dezembro de 2016, dez empresas foram responsáveis por 99% da produção nacional. Uma empresa produz 86% e comercializa quase todo o volume produzido , BG Brasil Repsol Sinopec Petrogal Brasil Shell Brasil Statoil Brasil O&G Parnaíba Gás Natural Sinochem Petróleo Sinochem Petróleo BPMB Parnaíba Petrobras 20 10,44 3,90 3,15 2,38 1,89 1,67 0,42 0,42 0,34 0 DEMANDA O consumo de gás natural aumentou 11% em agosto/2017 (em relação ao consumo do mês anterior (julho 2017), influenciado principalmente pelo segmento termelétrico. O consumo industrial, que é bastante estável e previsível, é responsável pela maior parte da demanda do mercado, seguido diretamente pela geração de energia elétrica. No último ano, a demanda total aumentou 21% - O consumo industrial teve alta de 1% e a geração termelétrica subiu 53% (agosto agosto 2017). 1% 1% 1% 37% 7% 3% 50% Industrial Geração elétrica Automotivo Cogeração Residencial Comercial Outros (inclui GNC) Fonte dos dados: Boletins Mensais de Acompanhamento da Indústria Ministério de Minas e Energia dados de
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