ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES DA UNIVERSIDADE À FORMAÇÃO DE ADMINISTRADORES COMPROMISSADOS COM A GESTÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

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1 Anais do XIX Encontro de Iniciação Científica ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES DA UNIVERSIDADE À FORMAÇÃO DE ADMINISTRADORES COMPROMISSADOS COM A GESTÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA Aluna: Marília Mie Consulin, Faculdade de Administração (mariliaconsulin@gmail.com) (Bolsista FAPIC/Reitoria) Orientador: Prof. Dr. Samuel C. De Benedicto, Faculdade de Administração (samuel.benedicto@puc-campinas.edu.br) Grupo de pesquisa: Gestão Estratégica e Sustentabilidade / Linha de pesquisa: Estratégias em Organizações Grande área do CNPq: Ciências Sociais Aplicadas Sub-área do CNPq: Administração de Setores Específicos RESUMO: Este estudo tem como objetivo analisar as contribuições da universidade à formação de administradores compromissados com a gestão ambiental estratégica em IES da cidade de Campinas/SP. Para isso, analisaram-se os respectivos projetos pedagógicos dos cursos de Administração das IES da cidade de Campinas/SP e discutiram-se formas adequadas de abordagem da gestão ambiental. O estudo revelou que 54% das IES da cidade de Campinas que apresentam o curso de Administração de Empresas oferecem a disciplina, 26% abordam o assunto de maneira indireta, neste caso, dentro de outras disciplinas relacionadas. A disciplina de gestão ambiental é um passo para a formação de profissionais que incentivarão a incorporação da variável ambiental na realidade das empresas. As universidades poderão dar uma significativa contribuição na formação de profissionais com esse perfil. Já começa haver uma preocupação com a formação de administradores capazes de tomarem decisões estratégicas sustentáveis. Palavras-chave: Estratégias, Gestão Ambiental, Cursos de Administração, Projeto Pedagógico. 1. INTRODUÇÃO O modelo de desenvolvimento econômico predominante na sociedade contemporânea está fortemente relacionado com os problemas ambientais. É um modelo de desenvolvimento ecologicamente predador, socialmente perverso e politicamente injusto. Nele ocorre o uso abusivo e indiscriminado dos recursos naturais, que caracteriza uma crise civilizatória, de caráter ambiental (JANSEN; VIEIRA; KRAISCH, 2007). Como propulsoras do desenvolvimento econômico, as organizações participam ativamente desse sistema perverso que degrada a natureza e explora seus recursos. No cenário atual, as organizações que desejam manter-se no mercado devem observar os princípios da sustentabilidade - reciclagem, redução do consumo de recursos e emissões de efluentes, reaproveitamento e reutilização. Para que isso se concretize, deve ocorrer um conjunto de transformações estruturais, administrativas e a integração das práticas organizacionais aos processos produtivos no controle ambiental. Sabe-se que essas transformações são desafiantes, mas certamente contribui para a construção de uma nova imagem institucional frente à sociedade (CHIAPPETTA; SANTOS, 2008). Entretanto, essa é uma realidade ainda em construção. Muitas empresas ainda pautam seus princípios em discursos e não em ações efetivas voltadas para a sustentabilidade estratégica (FERREIRA; FERREIRA, 2008). O conceito de sustentabilidade ganhou visibilidade nas nações e nas organizações desde 1972 com a realização da Conferência de Estocolmo, que tratou especificamente dos problemas com a poluição ambiental. No Brasil, duas conferências ganharam destaque: a Conferência Rio-92 (em 1992) que introduziu o conceito de Desenvolvimento Sustentável e a Conferência Rio+5 (em 1997) que avaliou os resultados da Conferência Rio-92 (BRASIL, 1998). Uma consequência direta desta mobilização mundial em torno de questões ambientais é que, atualmente, a importância do meio ambiente para a humanidade e para as organizações não é mais questionada (GONÇALVES- DIAS et al., 2009). Desta forma, o desenvolvimento sustentável é algo que deve ser incorporado ao ambiente empresarial e de planejamento estratégico, levando cada vez mais as organizações a trabalharem conceitos relacionados ao meio ambiente (PINHEIRO et al., 2010). De acordo com De Benedicto et al. (2012) a degradação excessiva do meio ambiente e a depleção exagerada de recursos naturais têm gerado uma grande preocupação nos ambientalistas e autoridades e essa preocupação chegou até o ambiente organizacional, levando os decisores e estrategistas organizacionais a uma mudança de postura com relação ao meio ambiente. Como forma de medidas de proteção e de permanência no mercado globalizado, as organizações de diversas nações têm visto a gestão ambiental sob um novo olhar. Por sua vez, Gomes (2009) afirma que esta preocupação com o meio ambiente não trata apenas de um modismo ou oportunismo, mas sim de uma questão de sobrevivência num mercado cada vez mais competitivo e exigente. A sustentabilidade estratégica é uma das formas de demonstrar isso e baseia-se na geração de valor em vez de depreciação dos recursos ambientais (SAVITZ; WEBER, 2006). Trata-se de uma estratégia que procura utilizar-se da necessidade de respeito pelo meio ambiente e sociedade fazendo dessa necessidade - que para muitos gestores poderá parecer uma ameaça - uma oportunidade de criação de valor. As estratégias que visam à eficiência ecológica oferecem grandes vantagens para as organizações que as adotam, pois potencializam a obtenção de vantagens competitivas, principalmente em indústrias com custos de processamento elevados (ORSATO, 2006). Isto não significa que todos os setores empresariais já se encontram conscientizados da importância da gestão responsável dos recursos naturais. Mas de acordo com Santos et al. 2011), essa realidade está sendo mudada gradativamente. Muitas organizações que não praticavam a sustentabilidade estratégica reorientaram suas posturas após perceberem esta necessidade. Outras organizações souberam ser mais eficazes em aproveitar o momento, desenvolvendo competências que contribuem mais diretamente para a consolidação de vantagens competitivas num cenário em

2 que as questões socioambientais estão em pauta (MONTEIRO; GUZMÁN, 2009). Em parte, isso se deve ao entendimento de que a empresa que não adequar suas atividades ao conceito de desenvolvimento sustentável poderá perder competitividade no curto ou médio prazo (NIDUMOLU et al., 2009). Nos últimos anos, a necessidade de se estabelecer uma consciência ambiental tem influenciado diferentes setores da sociedade. A educação como elemento propulsor do desenvolvimento da sociedade, não poderia ficar alheio a esta realidade. Como afirma Tauchen (2007) as instituições de ensino superior têm um papel importante no desenvolvimento sustentável. Como instituições de ensino e pesquisa, ultrapassam o limite de preocupação em ensinar e formar alunos. Elas ocupam o papel social de capacitar pessoas conscientes da necessidade de garantir a sustentabilidade às gerações futuras. Entretanto, verifica-se que embora o tema do desenvolvimento sustentável tenha ganhado repercussão nos últimos anos, ainda são poucas as políticas de ensino superior voltadas para práticas da gestão ambiental (JACOBI; RAUFFLET; ARRUDA, 2011). Segundo Gonçalves-Dias et al. (2009) e Pinheiro et al. (2010), nos últimos anos, houve um crescimento da preocupação com a incorporação da gestão ambiental nos cursos de administração. No entanto, tal preocupação ainda não apresentou mudanças significativas. O aumento da quantidade de cursos superiores na área não solucionou os desafios presentes para a inserção da temática ambiental. Desse modo, essa realidade precisa ser compreendida dentro atual contexto da sociedade e das organizações e mudada para o bem das futuras gerações. O administrador destaca-se no ambiente organizacional como gestor de mudanças de mentalidade e ações de produção, conduzindo as organizações para alcance de seus objetivos estratégicos. Entretanto, como já destacado anteriormente, essas ações estratégicas devem estar vinculadas à gestão adequada do meio ambiente. Conforme defendem Jacobi, Raufflet e Arruda (2011), o administrador moderno deverá ser, cada vez mais, um solucionador de problemas ambientais ao invés de gerador de impactos adversos ao meio ambiente. Desse modo, é próprio afirmar que as universidades devem preocupar-se com a formação de administradores: (i) que estejam focados em níveis elevados de desempenho organizacional; (ii) que se preocupem com a incorporação de ações e projetos de redução de problemas sociais e ambientais com impactos positivos para a sociedade. Ao tratar desta temática, Jacobi (2003) afirma que é preciso preocupar-se com a formação de administradores com estilos de vida diferentes, os quais possam promover uma consciência ética e que questionem o atual modelo de desenvolvimento. Deve-se pensar mais na formação de indivíduos que estejam predispostos a transformar o discurso em prática. Segundo o autor, a universidade tem um papel fundamental no desenvolvimento desta consciência ambiental ao ajudar o aluno a ter uma visão ampla e completa do ambiente em que vive. Seu papel consiste em revelar-se como um espaço de discussão e análise da natureza e das questões sociais, evitando cair em práticas Anais do XIX Encontro de Iniciação Científica apenas pontuais que não refletem a realidade social de seus alunos. Segundo Gadotti (2005) e Lencastre (2006), a verdadeira formação ambiental ocorre quando esta é trabalhada aos níveis da sensibilidade e da vivência, de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino. Para Jacobi (2005, p. 243), as práticas educativas articuladas com a problemática ambiental não devem ser vistas como um adjetivo, mas como parte componente de um processo educativo que reforce um pensar da educação orientado para refletir a educação ambiental num contexto de crise ambiental, de crescente insegurança e incerteza face aos riscos produzidos pela sociedade global, o que, em síntese, pode ser resumido como uma crise civilizatória de um modelo de sociedade. Segundo Ferreira e Ferreira (2008) há uma premente necessidade de se trabalhar os conceitos de gestão ambiental e sustentabilidade de tal modo que os cursos de administração possam gerar não somente pesquisas na área ambiental, mas também gestores ambientais profissionais, com todas as bases teóricas e habilidades que tal função exige no âmbito empresarial. Neste contexto, inserimos a educação ambiental como o processo que buscar despertar não só a preocupação individual, mas essencialmente a coletiva, e assim o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Nesse sentido a Lei nº /1981 orienta as questões referentes e problemáticas relacionadas ao meio ambiente, como as formas que nele vivem e como se inter-relacionam. No parágrafo primeiro do Artigo 225 da Constituição Federal, torna efetivo o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e responsabiliza o Poder Público sete incumbências, mesmo impondo a este e à coletividade a obrigação por sua defesa e preservação. I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético. III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; IV exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; V controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; (destaque dado pelos autores). VII proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os ani-

3 mais a crueldade. A educação ambiental é pautada em pensamento crítico e inovador, em qualquer tempo ou lugar, formal, não formal e informal deve promover a transformação e a construção da sociedade. A educação é ferramenta pela qual iremos formar cidadãos com consciência local e global, com uma perspectiva holística, que enfoque homem-meio ambiente com abrangência interdisciplinar. É necessário que os administradores saibam analisar questões globais críticas, suas causas e inter-relações, em seu contexto social e histórico. Portanto a educação ambiental é essencial para uma sustentabilidade equitativa, baseia-se em processo de aprendizagem permanente e respeito a todas as formas de vida. A mudança de valores e atitudes contribui para a transformação humana e social, bem como a adaptação por parte das instituições de ensino, responsáveis pela formação dos futuros profissionais da sociedade. Este cenário, exposto anteriormente, leva a uma problemática expressa nas seguintes interrogações: Qual o papel das universidades na formação de administradores compromissados com a questão ambiental? O tema gestão ambiental deve ser trabalhado em uma disciplina isolada ou na forma interdisciplinar? O Projeto Pedagógico das universidades contemplam a vertente sustentabilidade estratégica, seja na disciplina específica de gestão ambiental ou na forma interdisciplinar? Quais conhecimentos efetivos o administrador deve levar da sala de aula para as organizações no contexto da sustentabilidade estratégica? 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Anais do XIX Encontro de Iniciação Científica Os dados aqui apresentados foram baseados em pesquisas no site eletrônico do Ministério da Educação MEC (2014) e páginas da web das próprias IES da cidade de Campinas. Segundo o Portal do MEC (2014) na cidade de Campinas são cadastradas 44 instituições de ensino superior. Tabela 1: IES (Instituições de Ensino Superior) da cidade de Campinas cadastradas no MEC. Dentre as instituições autorizadas pelo MEC a oferecem cursos de ensino superior, 34 instituições dispõem de cursos de bacharelado em administração de empresas, isso representa 77% das IES cadastradas no MEC. Dentre eles, observamos faculdades públicas, sendo uma federal e outa estadual e faculdades particulares, como vemos na tabela a seguir. Tabela 2 Número de (IES) da cidade de Campinas cadastradas no MEC (2014) que apresentam em suas matrizes curriculares o curso de bacharelado em Administração de Empresas. Nesta investigação adotou-se a postura metodológica qualitative (GIL, 2007). Para analisar os fatos do ponto de vista empírico, foi realizado um estudo multicaso, que é uma ampliação do estudo de caso, utilizando várias fontes de evidências, fato que permite aprofundar os conhecimentos sobre uma determinada realidade (TRIVIÑOS, 2010). O estudo multicaso foi realizado em IES da cidade de Campinas/SP objetivando compreender as contribuições da universidade à formação de administradores compromissados com a gestão ambiental estratégica. Neste estudo foi feita uma análise documental nos Projetos Pedagógicos das IES que oferecem cursos de Administração na cidade de Campinas/SP, buscando responder às perguntas norteadoras desta pesquisa (LAVILE; DIONE, 1999). A estratégia analítica utilizada nesta investigação para analisar os dados coletados foi a Explanation Building ou construção da explanação, que tem como objetivo construir um repertório analítico utilizando-se a forma de narrative. As explanações são construídas de forma a refletir as proposições teóricas significativas, dando ênfase àquilo que realmente importa, ou seja, confrontando os elementos teóricos com os achados da pesquisa (YIN, 2010). 4. RESUTADOS E DISCUSSÃO Atualmente, com a introdução do método a distância de ensino (EAD), observamos o crescimento dessa modalidade. Faculdades estabelecidas em outras cidades e estados estão acessando os estudantes da cidade. Na pesquisa observamos que quase metade dos cursos oferecidos são na modalidade (EAD). Tabela 3 Número de (IES) da cidade de Campinas com método de ensino a distância e presencial Observamos na tabela 4, as IES que oferecem disciplinas diretas em Gestão ambiental nos cursos de administração. 53% das IES já atualizaram suas grades curriculares e inseriram uma disciplina específica para abordar o assunto. As IES que abordam o assunto de maneira indireta, ou seja, por meio de outras disciplinas somam a quantia de 9 IES, essas faculdades podem ter suas grades alteradas, até momento o MEC aceita que a IES contemple o assunto em outras disciplinas. 21% das IES pesquisadas não disponibilizaram suas grades curriculares para os cursos de administração em seus portais. E uma delas, esta em processo de reformulação da grade curricular.

4 Tabela 4- IES que possuem disciplinas diretas de Gestão Ambiental ou abordam indiretamente o assunto em outras disciplinas. Consideramos relevante separar os métodos de ensino e a abordagem da disciplina para analisarmos a penetração das ações num cenário mais preciso. A tabela 5 demonstra os resultados para as faculdades que oferecem cursos presenciais, já tabela 6 mostra os resultados somente para as faculdades que oferecem cursos pelo método de ensino EAD. Tabela 5 Resultados de IES que possuem disciplinas diretas de Gestão Ambiental ou abordam indiretamente o assunto em outras disciplinas Método de ensino Presencial. Anais do XIX Encontro de Iniciação Científica Tal fato demonstra a preocupação na formação de administradores capazes de gerenciarem conflitos atuais e tomarem decisões estratégicas sustentáveis. A gestão ambiental é assunto frequente na pauta de discussão no mundo dos negócios, é essencial as empresas, como um diferencial competitivo e propulsor do crescimento econômico. Nesse sentido, é de extrema importância as habilidades do futuro administrador e que o mesmo esteja preparado para os desafios da profissão. Nota-se que a disciplina de gestão ambiental é um passo para a formação de profissionais que incentivarão a incorporação da variável ambiental na realidade das empresas. Proporcionando uma mudança de valores e cultural mais profunda e assim uma real modernização na maneira pela qual as estratégias e as decisões das empresas são direcionadas. A pesquisa proporcionou delimitarmos o cenário atual na formação dos administradores, conclui-se também que esta fase é intermediária e que as faculdades ainda estão em processo de transição no que se refere a uma disciplina única de gestão ambiental e cumprimento da lei. Ressalta-se que este é um tema complexo que envolve outras reflexões acuradas e contextualizadas, não abordadas nesse momento. Assim, os autores reconhecem que as considerações feitas neste trabalho são pontuais, não esgotando o tema. São necessários novos estudos com a profundidade e acuidade que o tema merece. Tabela 6 Resultados IES que possuem disciplinas diretas de Gestão Ambiental ou abordam indiretamente o assunto em outras disciplinas Método de ensino EAD. As faculdades com método em EAD, já ultrapassaram os 60% das IES que oferecem disciplina direta de gestão ambiental, enquanto as com método presencial ainda se encontram na casa dos 40%. Dentro das categorias de administração das faculdades, sejam elas público ou privada, as duas faculdades públicas que oferecem curso de administração oferecem a disciplina de gestão ambiental, uma delas diretamente e outra indiretamente. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo do trabalho foi verificar o grau de inserção da disciplina de gestão ambiental dentro das Instituições de ensino superior da cidade de Campinas. Este estudo multicaso revelou que 54% das IES da cidade de Campinas que apresentam o curso de Administração de Empresas oferecem a disciplina, 26% abordam o assunto de maneira indireta, neste caso, dentro de outras disciplinas relacionadas. 6. REFERÊNCIAS BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. A implantação da educação ambiental no Brasil. Brasília: MEC, p. CHIAPPETTA, J. F.; SANTOS, F. C. A. A evolução da gestão ambiental na empresa: uma taxonomia integrada à gestão da produção de recursos humanos. Revista Gestão & Produção, São Carlos, v.13, n.3, p , set./dez DE BENEDICTO, S. C. Apropriação da inovação em agrotecnologias: estudo multicasos em universidades brasileiras p. Tese (Doutorado em Administração) Universidade Federal de Lavras, Lavras, DE BENEDICTO, S. C. et al. Sustentabilidade Estratégica nas Organizações: reflexões sobre as interfaces entre ecotecnologia, ecoeficiência e química verde. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE (ENGEMA), 14., 2012, São Paulo. Anais..., São Paulo: UNINOVE, FERREIRA, D. D. M.; FERREIRA, L. F. O ensino de gestão ambiental nos cursos de administração de empresas nas IES (Instituições de Ensino Superior) do estado de Santa Catarina: um estudo exploratório. In: CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO, 4., 2008, Niterói/RJ. Anais..., Niterói/RJ: CNEG, GADOTTI, M. Pedagogia da terra e cultura de sustentabilidade. Revista Lusófona de Educação, v. 6, n. 6, p.15-29, GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2007.

5 GOMES, S. C. J. As práticas de sustentabilidade estratégica nas empresas portuguesas p. Dissertação (Mestrado em Marketing) Universidade do Porto, Porto, GONÇALVES-DIAS, S. L. F. et al. Consciência Ambiental: um estudo exploratório sobre suas implicações para o ensino de administração. RAE-eletrônica, São Paulo, v. 8, n. 1, Art. 3, jan./jun JACOB, P. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 118, p , março JACOBI, P. Educação ambiental: o desafio da construção de um pensamento crítico, complexo e reflexivo. Educação e Pesquisa.v. 31, n. 2, p , Mai./Ago JACOBI, P. R.; RAUFFLET, E.; ARRUDA, M. P. Educação para a sustentabilidade nos cursos de Administração:reflexão sobre paradigmas e práticas. Revista de Administração Mackenzie, São Paulo, v. 12, n.3, p , junho JANSEN, G. R.; VIEIRA, R.; KRAISCH, R. A educação ambiental como resposta à problemática ambiental. Revista Eletrônica Mestrado em Educação Ambiental, v. 18, jan./jun LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: ARTMED/UFMG, LENCASTRE, M. P. A. Ética ambiental e educação nos novos contextos da ecologia humana. Revista Lusófona de Educação. v. 8, n. 8, p , LOURES, R. C. R. Sustentabilidade XXI: educar e inovar sob uma nova consciência. São Paulo: Gente, MONTEIRO, S. M. S.; GUZMÁN, B. A. Determining factors of environmental strategic positioning adopted by Portuguese large companies. Social Responsibility Journal, v. 5, n. 4, p , NIDUMOLU, R. et al. Why Sustainability is now the key driver of innovation. Harvard Business Review, v. 87, p , September ORSATO, R. J. Competitive environmental strategies: when does it pay to be green? California Management Review, v. 48, n. 2, p , PORTAL DO MEC. Disponível em: < Acesso em: 25 MAI 14. PINHEIRO, L. V. S. et al. Educação Ambiental: um instrumento de diagnóstico para a inclusão da temática de sustentabilidade em Instituições de Ensino Superior. In: SEMINÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO USP, 13., 2010, São Paulo. Anais..., São Paulo: SEMEAD, SANTOS, E. et al. (2011). Os princípios de química verde e uma nova metodologia para a medida de ecoeficiência. Disponível em: < Acesso em: 22 nov SAVITZ, A. W.; WEBER, K. The Triple Bottom Line: how today's best-run companies are achieving economic, social and environmental success. San Francisco: John Wiley, Anais do XIX Encontro de Iniciação Científica TAUCHEN, J. A. Um modelo de gestão ambiental para a implantação em instituições de ensino superior p. Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, TRIVINOS, A. N. S. Introdução à pesquisa de ciências sociais. São Paulo: Atlas, YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Tradução de Daniel Grassi. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.