Problemas Nacionais Conferências pronunciadas nas reuniões semanais do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio
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- Maria Eduarda Cabreira Antas
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1 Problemas Nacionais Conferências pronunciadas nas reuniões semanais do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio Fevereiro v. 51 Sumário A França em Chamas... 3 Ricardo Vélez Rodríguez Educação Brasileira: Erros e Perspectivas Arnaldo Niskier O Grevismo a Serviço do Atraso: Assembléias Minúsculas ou Inexistentes Decretam a Paralisação do Ensino Superior Gilberto Paim Napoleão e a Revolução Pernambucana de Vasco Mariz Arbitragem: Instrumento de Solução de Conflitos Theophilo de Azeredo Santos Síntese da Conjuntura A Necessidade de Mudar Ernane Galvêas São de responsabilidade de seus autores os conceitos emitidos nas conferências aqui publicadas.
2 Solicita-se aos assinantes comunicarem qualquer alteração de endereço. As matérias podem ser livremente reproduzidas integral ou parcialmente, desde que citada a fonte. Confederação Nacional do Comércio v. 51, n. 611, Fevereiro 2006 Brasília SBN Quadra 01 Bloco B n o 14, 15 o ao 18 o andar Edifício Confederação Nacional do Comércio CEP PABX (61) cncdf@cnc.com.br Rio de Janeiro Avenida General Justo, 307 CEP Rio de Janeiro Tels.: (21) Fax (21) ctec@cnc.com.br Web site: Publicação Mensal Editor-Responsável: Gilberto Paim Secretário: Paulo C. Godoy Projeto Gráfico: Serviço de Documentação e Informação/Unidade de Programação Visual Impressão: Gráfica Rower Carta Mensal Confederação Nacional do Comércio v. 1, n. 1 (1955) Rio de Janeiro: CNC, p. 102 Mensal ISSN Problemas Brasileiros Periódicos. I. Confederação Nacional do Comércio. Conselho Técnico.
3 A França em Chamas Causas e Perspectivas Ricardo Vélez Rodríguez Instituto Brasileiro de Filosofia, São Paulo; Universidade Federal de Juiz de Fora Assistimos perplexos, ao longo das últimas semanas, aos noticiários que informam acerca da crescente revolta social na França, que tem tido como conseqüência continuadas noites de terror vividas nos subúrbios e nas áreas centrais parisienses e de outras cidades, com o incêndio de mais de quatro mil veículos, de prédios comerciais e de escolas, e com vítimas civis e policiais. Autoridades francesas já identificam a situação como uma guerrilha urbana difícil de ser controlada, pois o fenômeno estende-se da capital para outras importantes cidades como Marseille, Toulouse e Dijon. O que terá produzido esse complexo fenômeno que, até há pouco tempo, somente era noticiado em países do Terceiro Mundo? Quais são as causas dessa revolta, comparável já, embora os protagonistas sejam diferentes, às famosas jornadas de 68 em Paris? Os protagonistas da revolta francesa são, hoje, diferentemente de 68, jovens pobres da periferia das grandes cidades, excluídos do mer- Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev
4 cado de trabalho e com pouquíssimas chances de integração na próspera economia da Europa Ocidental. Fenômeno típico da globalização, por um lado. Mas, por outro, fenômeno característico da sociedade francesa, onde não houve mudanças significativas quanto ao modelo econômico a ser seguido. Os franceses, evidentemente, ficaram presos aos velhos esquemas de desenvolvimento dos denominados trinta gloriosos anos, um modelo inspirado pelo keinesianismo, com forte presença estatal, com a idéia do pleno emprego e do Estado de bem-estar social. Os intelectuais franceses parecem ter ancorado nesse velho esquema. São raros os que propõem saídas novas. Os resultados estão aí: crescente descontentamento popular, em face de uma economia fortemente engessada, no seio de uma sociedade que se acostumou aos velhos privilégios e sinecuras do sindicalismo atrelado ao Estado e com políticos brandindo uma retórica esquerdizante e empoleirados num charmoso socialismo, que faz as delícias da intelectualidade brasileira politicamente correta. Como a situação tem algumas semelhanças interessantes com o Brasil, talvez valha a pena aprofundar um pouco nela, para tirarmos lições práticas, nestes tempos bicudos em que o que prevalece, no nosso panorama político, são as soluções fáceis, embaladas no pragmatismo corrupto que nos apresenta o Partido Governante. Embora os países candidatos à moeda única européia tivessem conseguido atingir as metas prefixadas, ao longo dos anos 90 do século passado, estaria enganado quem pensasse que tudo eram rosas no quintal da megaeconomia do Velho Mundo. Primeiro, era de se destacar uma surpresa agradável: saíram-se muito bem, inicialmente, os países chamados despectivamente por franceses e alemães de Club- Med: Portugal, Espanha e Itália. Houve, neles, significativo controle do gasto público, ao passo que se desenvolveram mecanismos eficientes para estimular a livre iniciativa e a produtividade. O caso mais claro era o da Itália, cujo revigoramento econômico, planejado no nível das regiões e alicerçado no estímulo às pequenas e médias em- 4 Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev. 2006
5 presas, dava resultados muito positivos que lhe permitiam criar novos empregos, de forma a absorver em 1998, por exemplo, 150 mil imigrantes. Aliás, era só dar um passeio pelas ruas de Roma para observar um fenômeno contrastante, então, com as avenidas e os subterrâneos do metrô parisiense: não havia pedintes na Cidade Eterna, ao passo que o turista era praticamente abalroado por eles em Paris, onde cada pedinte montava seu guichê, instalado nas galerias ou nas vizinhanças dos grandes magazines. Essas diferenças entre a Itália e a França, de um lado, e entre os países ibéricos e a França, de outro, diminuem atualmente, em decorrência da alta geral de preços que acompanhou ao estabelecimento do euro, bem como às pressões dos imigrantes latino-americanos e africanos, que aumentaram muito nos países mediterrâneos, fatores que, aliados à guerra contra o terrorismo e às incertezas da economia global, têm trazido não pouca perplexidade. Mas ainda é válido dizer o que afirmava François Guizot, em meados do século XIX: as crises sociais, as mudanças revolucionárias, as insatisfações coletivas, tudo isso é muito mais acirrado na França [cf. Guizot, 1864: ]. Ora, parece que a marca registrada francesa foi sempre essa: vivenciar radicalmente todos os momentos das sociedades modernas, desde o absolutismo, nos séculos XVI e XVII, passando pelas revoluções burguesas e os grandes movimentos socialistas, para desaguar nessa reivindicação mal-humorada dos grupos sociais pobres, notadamente de imigrantes negros e muçulmanos, que se sentem excluídos do convívio social e das benesses do progresso. A França, de certo modo, antecipa uma revolta social que está prestes a eclodir pela Europa afora, certamente de forma diferenciada, dependendo das tradições locais, talvez mais mitigada no contexto britânico e no de outras nações, como as nórdicas, mas nem por isso menos preocupante. A Alemanha possivelmente sinta de forma direta o contágio do que está acontecendo em Paris. E a inquietação social já se sente, de forma clara, em Portugal e na Espanha. Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev
6 Atrevo-me a afirmar que as tensões sociais serão tanto mais inquietantes, quanto as sociedades forem mais dependentes de um Estado Central, que tudo pretende resolver. As crises serão mais palatáveis, neste século XXI, na medida em que as sociedades tiverem mais nexos de comunicação, na proporção em que forem capazes de mobilizar melhor os seus respectivos Estados a prestarem contas ou a formular políticas públicas mais acordes com os interesses dos cidadãos. As nações onde se consolidou a sadia prática da representação, em que amadureceram mais os mecanismos de participação, em que a iniciativa privada amadureceu e se fortaleceu, essas serão as que, de forma mais tranqüila, conseguirão responder às incertezas do futuro. Analisarei, nesta exposição, as causas da agitação social francesa. A mais importante delas, que deita raízes em séculos de história, é o estatismo. Deter-me-ei na análise dessa variável, muito semelhante, aliás, à do desenfreado cartorialismo que toma conta do nosso país, tudo sendo engessado sob a férula do Estado orçamentívoro, tutelarmente comandado pelo doutor Palocci e asseclas, sendo o mais feroz deles o Rachid da Receita. A fim de atingir o meu objetivo, desenvolverei os seguintes itens: 1) os números do gigantismo estatal francês; 2) o pano de fundo cultural do gigantismo estatal francês: o velho despotismo iluminista; 3) estatismo e comunismo na República Francesa no século XX, segundo Maurice Druon; 4) o processo centralizador no presidencialismo monárquico da Quinta República francesa; 5) um exemplo do processo centralizador da Quinta República francesa: o regalismo estetizante de François Mitterrand; 6) o cartorialismo e utopia socialista, segundo Jean-François Revel. Concluirei identificando as possibilidades que a França tem, na atual conjuntura histórica, de superar essa secular tradição estatizante, a fim de conseguir dinamizar novamente a sua economia e reconquistar a paz social. 6 Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev. 2006
7 1) Os números do gigantismo estatal francês. O fenômeno que dormita escondido na economia francesa (e que tem trazido sucessivos dissabores ao Presidente Chirac e aos seus primeiros-ministros) é o velho cartorialismo. Fenômeno que não é novo e que constituiu a essência das análises críticas de Alexis de Tocqueville na sua clássica obra, de 1856, O Antigo Regime e a Revolução. Ao passo que todo mundo faz esforços notáveis para diminuir o crescimento do gasto público, parece que isso não preocupa demais aos administradores franceses. No ano de 1998, por exemplo, segundo pesquisa desenvolvida pelo jornal parisiense Le Figaro [cf. Nirascou, 1998: 10] calculava-se que foram criados ao redor de 16 mil cargos públicos suplementares. Isso, num país que conta com uma significativa população de empregados públicos ( ) e de funcionários das empresas estatais ( ), é realmente um exagero e sinaliza de forma negativa à sociedade uma falsa saída: tudo se resolve pelo Estado, encostando nele mais gente. Esse é, muito provavelmente, o combustível que alimenta as freqüentes passeatas pelas avenidas parisienses dos chamados excluídos, ou seja, dos que não gozam das benesses do funcionalismo e que gostariam de participar do bolo nacional. Esse é, também, além da gasolina dos coquetéis molotov, o combustível da atual onda de incêndios na periferia parisiense e em outras grandes cidades, pois os jovens pobres, filhos de imigrantes africanos e muçulmanos, sentem-se por fora das possibilidades de emprego fixo e bem remunerado que oferece o Estado aos seus burocratas. O tamanho do funcionalismo público francês (equivalente a 25% da população economicamente ativa) contrasta com o de outros países desenvolvidos: 15% nos Estados Unidos e na Alemanha, 19% na Bélgica, 18,4% em Portugal, 17,8% na Itália, 17% na Irlanda, 14,8% na Espanha, 14,4% no Reino Unido, 12% nos Países Baixos, 11% em Luxemburgo, 9,8% na Grécia, etc. Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev
8 As benesses do funcionalismo público francês são, aliás, nada desprezíveis. Com exceção dos altos cargos públicos (ao redor de 25 mil funcionários, cujos salários são inferiores aos do setor privado em aproximadamente 25% ou 30%), todas as outras categorias ganham melhor do que no setor privado. Do ponto de vista da distribuição do bolo orçamentário, que chegava, no final da década passada, a 258,5 bilhões de dólares anuais, o funcionalismo público abocanha ao redor de 40%, equivalente a 103,3 bilhões de dólares. Longe de gerar essa situação a paz social, constitui, pelo contrário, motivo de perturbação universal. O funcionalismo, ao que tudo indica, quer mais. Calcula-se que as greves no setor público equivalem a 60% dos movimentos sociais na França. Os outros 40% devem corresponder aos protestos dos que se consideram excluídos da festança oficial, aí incluídos os jovens que se manifestam, nas atuais arruaças, de formas mais violentas do que costumeiramente o fazem os outros cidadãos. 2) O pano de fundo cultural do gigantismo estatal francês: o velho despotismo iluminista O fenômeno do centralismo cartorial foi apontado por Tocqueville [1988:89] como o traço marcante da política francesa no século XVIII. O notável pensador liberal expressou o seu ponto de vista com as seguintes palavras: Um estrangeiro, ao qual fossem liberadas hoje todas as correspondências confidenciais que estavam contidas nos bilhetes do ministério do interior e das prefeituras, saberia muito mais sobre nós do que nós mesmos. No século XVIII, a administração pública já era (...) muito centralizada, muito poderosa, prodigiosamente ativa. Vê-la-íamos ajudar sem cessar, impedir, permitir. Ela tinha muito para prometer e muito para dar. Ela influenciava já de mil maneiras, não somente no andamento geral dos negócios, mas também na sorte das famílias e na vida privada de cada homem. De resto, ela permanecia sem publicidade, o que fazia com que as pesso- 8 Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev. 2006
9 as não tivessem medo de vir a expor aos seus olhos até as doenças mais secretas. Tocqueville chamava a atenção para o efeito político que esse centralismo causava na sociedade francesa: o despotismo. O centralismo tirava da sociedade a sua iniciativa e a transformava em eterno menor de idade perante o Estado todo-poderoso. O grande mal causado à França pelo centralismo era antigo, no sentir de Tocqueville. A substituição paulatina do velho direito consuetudinário germânico pelo direito romano situava-se nas origens de todos os males, e era como que a fonte jurídica legitimadora do processo centralizador, que se alastrou depois a todos os aspectos da vida social. O despotismo é, na sua essência, centralizador. O processo de substituição do direito germânico pelo direito romano foi estudado por Tocqueville na sua obra O Antigo Regime e a Revolução. O pensador francês elaborou uma detalhada análise acerca de como se deu esse processo na Alemanha e de que forma esse mesmo processo histórico terminou contaminando as próprias instituições francesas, no final da Idade Média. Na Alemanha, a adoção do Direito Justiniano foi muito lenta, mas obedeceu claramente a uma linha diretriz: o Direito Romano permitiria estabelecer uma linha de continuidade entre o Império Romano e o Sacro Império. A respeito, escreve Tocqueville [1989: , nota]: No fim da Idade Média, o direito romano tornou-se o principal e quase o único estudo dos jurisconsultos alemães. Nessa época, a maioria dentre eles estudava fora da Alemanha, nas universidades da Itália. Estes jurisconsultos, que não eram os senhores da sociedade política, mas que estavam encarregados de explicar e aplicar suas leis, se não puderam abolir o direito germânico, deformaram-no, entretanto, de modo a fazê-lo penetrar à força no quadro do direito romano. Aplicaram as leis romanas a tudo que, na sociedade germânica, parecia ter alguma longínqua analogia com a legislação de Justiniano. Intro- Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev
10 duziram, desta maneira, um novo espírito, novos hábitos na legislação nacional; esta foi pouco a pouco tão transformada que tornouse irreconhecível e, no século XVII, por exemplo, quase não era mais conhecida. Foi substituída por um não-sei-o-quê ainda germânico pelo nome, mas romano de fato (...). Este triunfo do direito estrangeiro sobre o direito local é atribuído por diversos historiadores alemães a duas causas: a) ao movimento que atraía então todos os espíritos para as línguas e as literaturas da Antigüidade, como também ao desprezo que isto gerava para os produtos intelectuais do gênio nacional; b) à idéia que sempre preocupou toda a Idade Média alemã e que transparece na própria legislação da época, de que o Sacro Império é a continuação do Império Romano, cuja legislação herdou. Esse processo, inicialmente ocorrido na Alemanha, generalizou-se pela Europa afora, ao longo dos séculos XIV, XV e XVI, quando do surgimento dos Estados nacionais. A respeito, escreve Tocqueville [1989: ]: Mas estas causas não bastam para explicar que este mesmo direito tenha sido introduzido, na mesma época e ao mesmo tempo, em todo o continente europeu. Acredito que isto veio do fato de que, na mesma época, o poderio absoluto dos príncipes estabelecia-se, de maneira sólida, por toda parte, sobre as ruínas das velhas liberdades da Europa e porque o direito romano, que era um direito de servidão, adaptava-se maravilhosamente aos seus intentos. O direito romano, que aperfeiçoou por toda parte a sociedade civil tendeu, por toda parte, a degradar a sociedade política, por ter sido principalmente a obra de um povo muito civilizado e muito avassalado. Portanto, os reis adotaram-no com entusiasmo, estabelecendo-o em todos os lugares onde dominavam. Os intérpretes deste direito tornaram-se, em toda a Europa, seus ministros e seus principais agentes. Os jurisconsultos forneciam-lhes, quando necessário, o apoio do direito contra o próprio direito. Dessa forma agiram muitas vezes desde então. Ao lado de um príncipe infringindo as leis, raramente deixou de aparecer um jurisconsulto que vinha garantir que nada era 10 Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev. 2006
11 mais legítimo, e que comprovava com muita sabedoria que a violência era justa e que a culpa era do oprimido. O efeito prático da obra dos jurisconsultos a serviço das nascentes monarquias modernas foi a consolidação de Estados absolutos, mais fortes do que a sociedade, sobranceiros a ela e dela sugando tudo, até a liberdade de associação e a livre iniciativa. Essa é a alma despótica do Ancien Régime, que animava as novas práticas administrativas. Em relação a esse ponto, frisa Tocqueville [1989:96]: Já então a administração na França caracteriza-se por um ódio violento contra todos aqueles, sejam eles nobres ou burgueses, que pretendem imiscuir-se nos negócios públicos, sem deles fazer parte. O menor corpo independente tentando formar-se sem sua ajuda, a menor associação livre por menos importante que seja e qualquer que seja a sua finalidade, importunam ao setor público. O Governo só permite a sobrevivência daquelas que compôs arbitrariamente e preside. As próprias companhias industriais não lhe agradam. Numa palavra, não quer interferência alguma de decisões em seus negócios, preferindo a esterilidade à concorrência. Todavia, como sempre é preciso deixar aos franceses a doçura de alguma licença, o governo tenta consolálos da sua servidão, permitindo-lhes discutir com toda liberdade toda espécie de teorias gerais e abstratas sobre a religião, a moral e até mesmo a política. Permite, de bom grado, que ataquem os princípios fundamentais sobre os quais a sociedade se assenta e que cheguem até a discutir Deus, contanto que não critiquem nenhum dos seus agentes, por menos importante que seja. Exemplo típico do centralismo absoluto do Ancien Régime foi dado no programa de governo que o cardeal de Richelieu deixou esboçado no seu Testamento político, redigido em 1635 e dedicado ao Rei Luis XIII. A essência da proposta do cardeal é a seguinte: o Reino da França somente se consolidará quando o Rei fique sobranceiro a qualquer outro poder social. O programa de governo do seu fiel Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev
12 ministro (Richelieu) consistirá, portanto, em submeter com força todos os poderes ao Rei. Eis as palavras do cardeal a respeito: Quando Vossa Majestade se resolveu a dar-me, ao mesmo tempo, a entrada em seus conselhos e grande dose de sua confiança para a direção de seus negócios, posso dizer, com verdade, que os huguenotes partilhavam o Estado: que os grandes se conduziam como se não fossem súditos, e os mais poderosos governadores das Províncias, como se fossem soberanos nos seus cargos (...). Não obstante todas estas dificuldades, que representei a Vossa Majestade, conhecendo o que podem os reis quando usam bem do seu poderio, ousei prometer-lhe sem temeridade, segundo penso, que Vossa Majestade encontraria o bem do Estado e que, dentro de pouco tempo, a prudência e a força de Vossa Majestade e as bênçãos de Deus dariam essa nova feição a este Reino. Prometi-Lhe empregar toda minha indústria e toda a autoridade que Lhe aprouvesse me dar, para arruinar o partido huguenote, rebaixar o orgulho dos grandes, reduzir todos os súditos ao seu dever e exaltar o Seu nome nas Nações Estrangeiras, ao ponto que devia ser [Richelieu, 1959:17-19]. Essa submissão total de todos os focos de poder ao Soberano absoluto, marcou o fim definitivo do direito feudal na França. Outro exemplo do centralismo absoluto do poder foi dado por Luis XIV que, nas suas Memórias, aconselhava ao Duque de Anjou, seu filho: Não vos deixeis governar; sede o Senhor; não tenhais jamais favoritos nem primeiro ministro; escutai, consultai o vosso Conselho, mas decidi vos mesmo: Deus, quem vos fez Rei, dar-vos-á as luzes que são necessárias enquanto tenhais boas intenções [Luiz XIV, 1988:216]. As conseqüências do despotismo iluminista foram perversas, no sentir de Tocqueville [1988: 93-94]. O despotismo afrouxava a solidariedade entre os membros da sociedade e, em conseqüência, anulava as virtudes cívicas. A propósito, escreve o pensador francês: Não havendo mais entre os homens nenhum laço de castas, classes, corpo- 12 Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev. 2006
13 rações, família, ficam por demais propensos a só se preocuparem com os seus interesses particulares, a só pensar neles próprios e a refugiar-se num estreito individualismo, que abafa qualquer virtude cívica. Longe de lutar contra esta tendência, o despotismo acaba tornando-a irresistível, pois tira aos cidadãos qualquer paixão comum, qualquer necessidade mútua, qualquer vontade de um entendimento comum, qualquer oportunidade de ações em conjunto enclausurando-os, por assim dizer, na vida privada. Já tinham a tendência a se separarem: ele os isola; já havia frieza entre eles: ele os congela. Tocqueville prossegue, no mesmo texto, com a descrição de outras desgraças causadas pelo despotismo centralizador: Neste tipo de sociedades onde nada é fixo, cada um sente-se constantemente aferroado pelo temor de descer e pela ânsia de subir e como o dinheiro, ao mesmo tempo em que lá se tornou a marca principal que classifica e distingue os homens, também adquiriu uma singular mobilidade, passando sem cessar de mãos em mãos, transformando a condição dos indivíduos, elevando ou rebaixando as famílias, quase não há mais ninguém que não tenha de fazer um esforço desesperado e contínuo para conservá-lo ou adquiri-lo. A vontade de enriquecer a qualquer preço, o gosto pelos negócios, o amor ao lucro, a procura pelo bem-estar e pelos prazeres materiais lá são, portanto, as paixões mais comuns. Estas paixões facilmente espalham-se em todas as classes, penetram mesmo naquelas até então mais alheias e conseguiriam rapidamente enervar e degradar a nação inteira, se nada viesse pará-las. Ora, faz parte da própria essência do despotismo favorecê-las e espalhá-las. Essas paixões debilitantes ajudam-no, desviam e ocupam a imaginação dos homens, mantendo-os longe dos negócios públicos, e fazem com que a simples idéia de revolução os faça tremer. Só o despotismo pode fornecer-lhes o segredo e a sombra, que deixam a cupidez à vontade e permite angariar lucros desonestos ao desafiar a desonra. Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev
14 O que Tocqueville afirmava do centralismo despótico, aplicava-se, em primeiro lugar, à França revolucionária. Em que pese o fato das juras libertárias dos jacobinos, no entanto a Revolução terminou sendo deglutida pelos velhos hábitos centralizadores e despóticos. O nosso autor cita, para confirmar essa apreciação, as palavras que Mirabeau escrevia secretamente ao rei, menos de um ano depois de ter eclodido a Revolução: Comparemos o novo estado das coisas com o antigo regime; lá nascem os consolos e as esperanças. Uma parte dos atos da Assembléia Nacional a mais considerável é evidentemente favorável ao governo monárquico. Não significará nada funcionar sem parlamento, sem governo de Estado, sem corpo de clero, de privilegiados, de nobreza? A idéia de formar uma só classe de cidadãos teria encantado a Richelieu: esta superfície igual facilita o exercício do poder. Alguns reinos de um governo absoluto não teriam feito tanto em prol da autoridade real, quanto este único ano de Revolução [apud Tocqueville, 1989: 56]. Arguto observador do fenômeno revolucionário, Tocqueville comenta as palavras de Mirabeau, destacando o caráter cosmético da Revolução de 1789, no que tange ao despotismo centralizador. O processo revolucionário fez ruir um governo e um reino, mas sobre as suas cinzas ergueu um Estado muito mais poderoso que o anterior. A propósito escreve: Como o objetivo da Revolução Francesa não era tão-somente mudar o governo, mas, também, abolir a antiga forma de sociedade, teve de atacar, ao mesmo tempo, todos os poderes estabelecidos, arruinar todas as influências reconhecidas, apagar as tradições, renovar os costumes e os hábitos e esvaziar, de certa maneira, o espírito humano de todas as idéias sobre as quais se assentavam até então o respeito e a obediência. Daí provém o seu caráter tão singularmente anárquico. Mas afastemos estes resquícios prossegue Tocqueville e perceberemos um poder central imenso que atraiu e engoliu em sua 14 Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev. 2006
15 unidade todas as parcelas de autoridade e influência, antes disseminadas numa porção de poderes secundários, de ordens, de classes, profissões, famílias e indivíduos, por assim dizer espalhados por todo o corpo social. Não se tinha visto no mundo um poder semelhante desde a queda do Império Romano. A Revolução criou esta nova potência ou, melhor, esta saiu das ruínas feitas pela Revolução. Os governos que fundou são mais frágeis, é verdade, porém são cem vezes mais poderosos que qualquer um daqueles que derrubou (...). Foi desta forma simples, regular e grandiosa que Mirabeau já entrevia, através da poeira das velhas instituições meio destruídas. Apesar de sua grandeza, o objeto ainda era invisível para os olhos da multidão: mas, pouco a pouco, o tempo foi expondo esta realidade a todos os olhares [Tocqueville, 1989:56-57]. Napoleão Bonaparte [1995:26] expressou essa realidade com as seguintes palavras: Os barretes frígios sobrepujaram a monarquia em poder absoluto. Aspecto importante do processo centralizador na França constituiu o fato de ele ter sido justificado pelos philosophes, que inspiraram o movimento revolucionário de Profundamente ignorantes em relação à realidade do próprio país, os philosophes da Ilustração tentaram substituir a complexidade do mudo social, por regras simples extraídas das idéias claras e distintas da razão especulativa. Todos eles frisa Tocqueville [1989:143] unem-se neste ponto de partida: pensam todos que convém substituir os costumes complicados e tradicionais que regem a sociedade de seu tempo, por regras simples e elementares extraídas da razão e da lei natural. A sociedade francesa de final do século XVIII virou, assim, refém do beletrismo filosófico, que a conduziria à ignorância das próprias tradições libertárias e à aceitação do despotismo. Esse estado de alienação mental foi assim caracterizado por Tocqueville [1989:147]: Não foram tão-somente suas idéias que os escritores forneceram ao povo que fez a Revolução: deram-lhe também seu Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev
16 temperamento e seu humor. Sob a sua longa disciplina, na ausência de outros condutores, no meio da profunda ignorância da prática na qual se vivia, toda a nação acabou assimilando os instintos, o tipo de espírito, os gostos e até os defeitos naturais daqueles que escrevem, de tal maneira que, quando teve de agir, transportou para a política todos os hábitos da literatura. Quando estudamos a história da nossa revolução, vemos que foi conduzida precisamente segundo o espírito que levou a escrever tantos livros abstratos sobre o governo: a mesma atração por teorias gerais, sistemas completos de legislação e uma simetria exata das leis; o mesmo desprezo para com os fatores existentes; a mesma confiança na teoria; o mesmo gosto pelo original, pelo engenhoso e pelo novo nas instituições; a mesma vontade de refazer a constituição inteira de acordo com as regras da lógica e um plano único, em lugar de tentar emendá-la parcialmente. Espetáculo assustador! Pois o que é uma qualidade no escritor, pode ser um vício no estadista, e as mesmas coisas que fizeram belos livros podem levar a transformações inesperadas. Estava aberta a porta na França, destarte, para a posta em prática de modelos racionalistas simplificados, no terreno das instituições políticas. Ora, foi a filosofia rousseauniana a que mais exerceu esse tipo de influxo da Ilustração sobre as instituições. O protototalitarismo presente na concepção rousseauniana da política (banimento do dissenso e busca da unanimidade para conseguir a bem-aventurança coletiva ou salut publique), era o suficientemente simples como para terminar seduzindo as grandes massas. Esse protototalitarismo surgiu, não porque a filosofia da Religião Civil, como frisa Talmon [1956: 272], rejeitasse os valores do século XVIII e do intelectualismo liberal, mas porque, desde o começo, mantinha perante eles uma atitude aperfeiçoadora demais. Fez do homem um ponto absoluto de referência. Todas as tradições existentes, as instituições estabelecidas e as ordenações sociais tinham de ser derrubadas e refeitas, com o 16 Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev. 2006
17 único propósito de garantir ao homem a totalidade dos seus direitos e liberdades. Era necessário libertá-lo de toda dependência. A democracia totalitária rousseauniana abriu caminho, na França, para o radicalismo que acompanhou a Revolução de 1789, com o jacobinismo de Saint-Just e o igualitarismo de Babeuf, e para as restantes manifestações do messianismo político ensejadas ao longo do século XIX, como o bonapartismo, o sait-simonismo, o comtismo, o socialismo de Louis Blanc e o marxismo. O Estado francês, após a Revolução, reforçou os traços centralizadores que tinha herdado do Ancien Régime, tendo tentado acabar de vez com as tradições feudais e fortalecendo o Poder Executivo. Tocqueville destaca que a tendência da Revolução Francesa foi justamente a de tornar ainda maiores o poder e os direitos da autoridade pública (...). Quando a consideramos em si mesma, separando-a de todos os acidentes que mudaram temporariamente sua fisionomia, em diferentes épocas e em diversos países, percebe-se claramente que esta Revolução teve o único efeito de abolir as instituições políticas que tiveram, durante muitos séculos, vigência indiscutível para a maior parte dos povos europeus, e que geralmente são designadas de instituições feudais, para substituí-las por uma ordem social e política mais uniforme (...). A própria centralização foi o sinal e o começo da Revolução. E acrescentaria ainda que, quando um povo destruiu a aristocracia, ele persegue, por si próprio, a centralização. Nestas circunstâncias, é preciso muito menos esforço para precipitálo sobre este plano inclinado, que para impedi-lo de cair. Em seu seio, todos os poderes tendem naturalmente para a unidade e só com muita habilidade pode-se mantê-los divididos [Tocqueville, 1989: 67]. Essa tendência centralizadora no seio do Estado francês manifestarse-ia, ao longo do século XIX, na política altamente personalista de Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev
18 Napoleão Bonaparte, que inspirado em Sieyès e no autocratismo rousseauniano, buscava colocar sob seu controle pessoal toda a administração pública e até a própria religião, tentando fazer surgir uma Igreja nacional. Projetar-se-ia essa tendência centralizadora, no campo do governo e da administração pública, sob a Monarquia constitucional e censitária (ao longo do dilatado período que vai de 1815 até 1848, em que pese os esforços dos liberais doutrinários e de Tocqueville). A tradição centralizadora acentuar-se-ia sob a Segunda República ( ) e no Segundo Império ( ), ambos os momentos presididos pela autocrática figura de Luis Napoleão Bonaparte, de quem Victor Hugo [1996:108] chegou a escrever: esse homem não raciocina; tem necessidades, tem caprichos, tem de os satisfazer. São vontades de ditador. A tendência centralista conservar-se-ia atuante sob a República Conservadora ( ), sob a República Oportunista ( ) e sob o período que vai da revolução de Dreifuss até a República Radical ( ). 3) Estatismo e comunismo na República Francesa no século XX, segundo Maurice Druon O que é que a França tem de comum com o Brasil? Poderíamos dizer que, em primeiro lugar, a estrutura centralizada do Estado. Em segundo lugar, poder-se-ia afirmar, validamente, que os nossos marxistas são tão estatizantes e dogmáticos quanto os comunistas franceses. Estalinistas mesmo. Com uma diferença: na França, e talvez em Portugal e na Espanha, esses dinossauros ficaram confinados no PC. No Brasil, mimetizam-se em tudo quanto é partido de esquerda, do PT ao PC do B, chegaram barulhentamente ao poder e nos oferecem o lamentável espetáculo de estatismo e de corrupção explícita, como nunca se viu na nossa história republicana. Já tinham ocupado, sofregamente, na década anterior, o segundo escalão dos Ministérios, quando não a direção das universidades federais e as secretarias estaduais ou municipais, nos lugares onde havia governadores e pre- 18 Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev. 2006
19 feitos favoráveis. Das diferentes siglas que integram a fatia ideológica soi disant progressista, parece que somente uma desencarnou, no Brasil, do velho marxismo-leninismo: o PPS, que se apresenta, no seu programa, como um Partido de inspiração social-democrata. Por essas semelhanças entre a França e o Brasil (que são também encontradiças em Portugal e na Espanha, pelo menos no que se refere ao centralismo e ao engessamento do PC), certamente foi de interesse para os leitores portugueses e brasileiros a obra do historiador francês Maurice Druon intitulada: La France aux ordres d un cadavre (Paris: Editions de Fallois/Editions du Rocher, 2000, 146 p.), cuja síntese é assim apresentada pelos editores: Depois do final da Segunda Guerra Mundial, a França vive em regime semimarxista, sendo o único país da Europa que se encontra nessa situação. O cadáver evocado pelo título é o da União Soviética, morta há cerca de dez anos, mas cujas orientações, instruções e consignas dadas ao Partido Comunista Francês e retomadas pelos sindicatos, continuam a se impor à nossa sociedade. Função pública, setor nacionalizado, convenções coletivas, código de trabalho, política fiscal, administração de justiça, ensino e pesquisa, tudo sofre conseqüências dos planos concertados à época da liberação e durante a guerra fria, que tentavam fazer esmorecer ou desestabilizar nosso país, a fim de alinhá-lo com o modelo soviético. Os efeitos penetraram de tal modo nos nossos costumes que os cidadãos não os percebem. Mas a situação da França tem sido gravemente afetada. Este livro apresenta coisas nunca ditas, nem com tal vigor, por um escritor que tem ocupado altos cargos no Estado, e que está bem informado acerca de todos os aspectos da vida pública [Apresentação, segunda capa]. Antes de prosseguir, no entanto, falemos um pouco do autor. Maurice Druon, da Academia Francesa, é um escritor conhecido internacionalmente graças à saga histórica intitulada Les rois maudits (cuja última edição apareceu na coleção Volumes, Paris: Plon, 1999, 7 Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev
20 volumes). Druon é autor também de duas séries de romances históricos, ambas reeditadas pela editora Plon, em 1999: Romans Mithologiques (Les Mémoires de Zeus, Alexandre le Grand, Les Rivages et les Sources) e Romans Contemporains (Les grandes Familles, La chute des corps, Rendezvous aux enfers, La volupté d être). Outras obras de Maurice Druon são as seguintes: Mégarée, pièce en trois actes (1944), Lettres d un Européen (1944), Nouvelles lettres d un Européen (1970), La dernière brigade (1946), Remarques (1962), Un voyageur (1954), L Hôtel de Mondez (1956), Tistou, les pouces verts (1957), Des seigneurs de la plaine à l Hôtel de Mondez (1962), Paris, de César à Saint Louis (1964), Bernard Buffet (1964), Le pouvoir, notes et maximes (1965), Le bonheur des uns (1967), Vézelay, colline éternelle (1968), L Avenir en désarroi (1968), Une église qui se trompe de siècle (1972), La parole et le pouvoir (1974), Attention la France! (1981), Réformer la démocratie (1982), Lettre aux Français sur la langue et leur âme (1994), Circonstances 1 Circonstances civiques, du Voyage, du Gaullisme (1997, prêmio Jules Simon), Circonstances 2 Circonstances politiques I, (1998), Circonstances 3 Circonstances politiques II, (1999), Le bon Français (1999, prêmio Agrippa d Aubigné). Voltemos à obra que de Druon em que centramos a atenção: La France aux ordres d un cadavre. O autor inspira-se na famosa sentença de Tocqueville: Os Franceses querem a igualdade; e quando não a encontram na liberdade, procuram-na na escravidão [p. 135]. Como epígrafe, utiliza as palavras de Montesquieu: Quando se trata de provar coisas tão claras, estamos seguros de que não convenceremos [p. 7]. Mesmo que o PC francês, os comunistas portugueses ou os marxistas-leninistas tupiniquins não se convençam muito com as coisas tão claras mostradas pelo autor, são meridianas as ligações que ele estabelece entre o centralismo cartorial francês (que, como mostrou Tocqueville na sua obra L Ancien Régime et la Révolution) tem séculos de história e o processo de marxistização ocorrido por influência soviética. Não que o primeiro tenha sido causado pelo segundo. Mas a marxistização deitou no leito de Procusto do velho centra- 20 Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 51, n. 611, p. 3-46, fev. 2006
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