Impactos na adoção de Basiléia III nos Bancos Brasileiros

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1 UBS - Escola de Negócios Impactos na adoção de Basiléia III nos Bancos Brasileiros Fernando Henrique Bacchereti São Paulo 2013

2 Fernando Henrique Bacchereti Impactos na adoção de Basiléia III nos Bancos Brasileiros Monografia apresentada como parte dos requisitos para a conclusão do Curso de MBA em Gestão e Desenvolvimento de Negócios Bancários "Clientes, Produtos e Mercados", sob a orientação do Prof. Msc. Mauricio Godoi Amaral Lima. São Paulo 2013

3 RESUMO: O objetivo principal deste artigo é correlacionar as principais peculiaridades existentes no arcabouço regulatório brasileiro frente às novas regras prudenciais intituladas de Basiléia III, as quais objetivam fazer frente a futuras crises de capital e liquidez que os bancos mundiais possam vivenciar, bem como analisar as principais peculiaridades e impactos nos Bancos Brasileiros frente a este conjunto de novas normas.

4 SUMARIO INTRODUÇÃO Contextualização Problemas de Pesquisa Objetivos gerais do trabalho Objetivos específicos do trabalho REFERENCIAL TEÓRICO Comitê de Basiléia Acordo de Basiléia I Críticas a Basiléia I Regulamentação de Basiléia I no Brasil Acordo de Basiléia II Críticas a Basiléia II Regulamentação de Basiléia II no Brasil Acordo de Basiléia III Atualizações recentes Regulamentação de Basiléia III no Brasil PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS Desempenho do Sistema Financeiro Nacional Índice de Liquidez Patrimônio de Referência Patrimônio de Referência Exigido Índice de Basiléia do SFN Índice de Basiléia das principais instituições financeiras Impactos de Basiléia III no Brasil Implementação dos Indicadores de Liquidez no Brasil CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXO... 40

5 TABELAS Tabela nº 1 Definição conforme o Acordo de Basileia (I) Tabela nº 2 Ponderadores dos Ativos Tabela nº 3 Definição conforme o Acordo de Basileia (II) Tabela nº 4 Requisitos de Capital Tabela nº 5 Cronograma de implementação dos Indicadores de Liquidez Tabela nº 6 Fonte dos dados Tabela nº 7 - Exposição dos Bancos Europeus aos GIIPS x Bancos do Brasil Tabela nº 8 - Patrimônio de Referência Exigido Tabela nº 9 Comparativo Índice de Basiléia das Principais Economias Tabela nº 10 Resumo dos Impactos

6 GRÁFICOS Gráfico nº 1 - Índice de Liquidez do Sistema Financeiro Gráfico nº 2 - Patrimônio de Referência Gráfico nº 3 - Índice de Basiléia do SFN Gráfico: nº 4 - Índice de Basiléia das principais instituições financeiras

7 INTRODUÇÃO Contextualização O Objetivo deste trabalho é pesquisar o comportamento dos bancos frente à adoção das novas normas de capital intituladas Basiléia III. Qual foi a evolução desde Basiléia I a Basiléia III? Quais as principais críticas? Como foi a implantação no Brasil? Com relação à Basiléia III quais são as principais peculiaridades e pontos que dificultarão a implementação destas nos bancos brasileiros? Estas e outras perguntas deverão ser respondidas ao final deste trabalho Problemas de Pesquisa Impactos na adoção de Basiléia III nos Bancos Brasileiros Objetivos gerais do trabalho Este trabalho tem por objetivo geral analisar o arcabouço regulatório, dados do setor financeiro, buscando entender quais os principais pontos de impacto na implementação de Basiléia III no Brasil Objetivos específicos do trabalho Descrever e listar os principais teóricos, teorias e pesquisas a respeito da regulação bancária. Analisar os principais pontos decorrentes de passadas crises financeiras bem como suas causas, efeitos e possíveis precauções para que as mesmas não continuem. Analisar o arcabouço regulatório Brasileiro, bem como as principais normas relacionadas à governança propicia para a estabilidade financeira e a liquidez bancária. Tecer analise a partir de tabelas e estudos de impacto por intermédio de dados fornecidos do setor e dos dados de relatórios dos principais órgãos internacionais.

8 REFERENCIAL TEÓRICO Comitê de Basiléia O Comitê de Supervisão Bancária de Basiléia foi constituído, inicialmente, pelas dez maiores economias desenvolvidas (G10) 1 ao final de 1974, na sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS) 2, na cidade de Basiléia, na Suíça, para permitir um diálogo informal entre os supervisores bancários dos países membros, a respeito das atividades de bancos que operavam em bases multinacionais e promover maior coerência em relação à gestão de riscos entre jurisdições (BCBS, 1988). Este Comitê não possui qualquer autoridade supranacional formal de supervisão, e suas conclusões não fazem, e nunca foram destinados a ter forças jurídicas. A entidade formula amplos padrões de supervisão e diretrizes e recomenda declarações de boas práticas na expectativa de que as autoridades individuais tomará medidas para implementá-las através de regras - legais ou não - que melhor se enquadram aos seus próprios sistemas nacionais. Desta forma, a Comissão encoraja a convergência para abordagens e normas comuns sem tentar harmonização detalhada das técnicas de supervisão dos países-membros. (BCBS, 1988). No ano de 1975, uma das primeiras iniciativas deste Comitê foi à aprovação das diretrizes do documento, denominado Concordata 3 em que foram estabelecidos os seguintes princípios básicos de supervisão destacando-se: i) Responsabilidade conjunta das autoridades supervisoras do país de origem e do país anfitrião na supervisão de estabelecimentos bancários estrangeiros; ii) Supervisão de todos os estabelecimentos bancários estrangeiros; iii) a supervisão da liquidez como responsabilidade do país de origem no caso de agências e do país anfitrião no caso de 1 O G10 era formado pelos representantes dos Bancos Centrais da Bélgica, Holanda, Canadá, Suécia, Suíça, França, Alemanha, Itália, EUA, Japão, Reino Unido. 2 The Bank for International Settlements (BIS) é uma instituição financeira criada em 1930 e sediada em Basiléia, Suíça. Tem como objetivo promover a cooperação entre os bancos centrais e facilitar as operações financeiras internacionais e promover a estabilidade financeira diante da globalização econômica. Funciona, sobretudo, como coordenador de movimentações financeiras, internacionais de curto prazo. Dentro da estrutura de cooperação e integração internacional, o BIS realiza pesquisas e estudos, que contribuem para a estabilidade financeira e monetária; publica material estatístico sobre finanças internacionais por meio de comitês de especialistas; formula recomendações para a comunidade financeira, cuja finalidade é fortalecer o sistema financeiro internacional. Ver em 3 O documento foi chamado de Concordata, justamente para indicar que não tinha a força de um tratado, que é um instrumento típico das relações entre países na esfera do direito internacional público. Seu objetivo central era estabelecer o princípio de que nenhum banco poderia escapar à supervisão bancária. [SALAMA (2010 p. 331)]

9 9 subsidiária; e, iv) Cooperação na troca de informações entre as autoridades nacionais. (CARVALHO, 2011) Entretanto, já no inicio da vigência este Acordo apresentou algumas falhas, devidos às crises financeiras que aconteciam em algumas economias, cuja ocorrência foi percebida, com as dificuldades de algumas instituições. Para [CORAZZA (2005, p. 86)] sua posição foi que: [...] Na pratica a insuficiência do Acordo de Basiléia, de 1975, ficou evidente quando da falência do Banco Ambrosiano, em 1982, a partir da insolvência de sua filial em Luxemburgo, onde nem o país hospedeiro (Luxemburgo), nem o de origem (Italiano) assumiram o ônus de honrar os passivos do banco falido. Na concepção de que as regras geravam divergências, segundo [(CARVALHO e STUDART , p.72, apud CORAZZA)]: [...] A falta de maior consenso sobre o papel do emprestador internacional de última instância e a relutância de muitos países em socorrer bancos pouco controlados, especialmente os oriundos dos paraísos fiscais, evidenciaram muito cedo os limites desse primeiro acordo internacional sobre supervisão bancária, depois do colapso das normas do Acordo de Bretton Woods. que: Já para [FREITAS & PRATES (2001, p. 64)] a respeito do assunto defendeu O Acordo de 1975 significou um considerável avanço na cooperação internacional, mas essa iniciativa apresentava inúmeros defeitos, [...] a divisão de responsabilidade entre as autoridades nacionais no que se refere às dependências estrangeiras não era suficientemente clara e suscitou em muita confusão, além de que, os critérios adotados na supervisão variavam entre os países. Para sanar essas falhas, em junho de 1983, houve uma revisão do Acordo de 1975, tendo como objetivo aperfeiçoar as regras anteriores e estabelecer o princípio de supervisão consolidada das atividades domésticas e internacionais dos bancos, para agregar no conjunto de medidas outras questões, como a da adequação de capital.

10 10 Conforme afirma Prates, (2005): A incorporação do princípio de supervisão consolidada pela nova Concordata de 1983 representou um marco importante no sentido da regulamentação efetiva da atividade bancária internacional. Porém, as iniciativas não foram capazes na definição das responsabilidades do emprestador internacional de última instância, e por uniformizar as diversas normas de supervisão, cuja prática já era adotada em alguns países, como Estados Unidos e Reino Unido (CORAZZA, 2005). A pretensão do Comitê era que nenhum estabelecimento bancário deixasse de ser supervisionado pelos reguladores. Aliado ao processo, o debate a respeito da adequação de capital não surgiu o efeito esperado, pelo fato das jurisdições possuírem seus próprios padrões de capitais para regular as instituições financeiras. Por outro lado, nenhum país pretendia impor custos pesados aos seus respectivos bancos, cujas medidas poderiam causar uma crise sistêmica e comprometer suas economias Acordo de Basiléia I A crescente preocupação com a vulnerabilidade das instituições financeiras em nível mundial e a possibilidade de risco sistêmico ajudou a vencer a resistência das autoridades reguladoras, e induziu à revisão dos Acordos vigentes (CORAZZA, 2005). Assim em julho de 1988, o Comitê de Basiléia de Supervisão Bancária (BCBS) divulgou a versão final do documento intitulado Convergência Internacional de Mensuração e Padrões de Capital (BCBS, 1988). No documento foram definidas as regras gerais para a apuração dos padrões mínimos dos riscos ponderados pelos ativos, como forma de refletir a exposição da carteira de crédito e fossem alocados capitais próprios ou de terceiros, para cobertura dessas exposições. Os principais objetivos desse Acordo foram reforçar a solidez e estabilidade do sistema bancário internacional e minimizar os riscos das exposições, bem como as desigualdades competitivas entre os bancos internacionalmente ativos (CARVALHO, 2011). Para LIMA, (2005), este acordo foi Um marco não apenas pela busca de harmonização regulatória, mas também pela distinção entre os tipos de ativos por risco. Segundo Carvalho, 2011, o novo acordo foi dividido em três conceitos básicos no que tange a regulação bancária: capital regulatório, fatores de ponderação de risco dos ativos e índice mínimo de capital para cobertura do risco de crédito.

11 11 Tabela nº 1 Definição conforme o Acordo de Basileia (I) Conceito Capital Regulatório Fatores de Ponderação de Risco dos Ativos Índice Mínimo de Capital para Cobertura do Risco de Crédito (Índice de Basileia ou Razão BIS) Fonte: Carvalho (2011). Tabela elaborada pelo autor. Definição Quantidade definida previamente pelo regulador de capital próprio Exposição a Risco de Crédito através de diversos ponderadores (perfil do tomador tem maior relevância) O quociente entre o capital regulatório e os ativos ponderados pelo risco Através dessas medidas, houve grande avanço em termos de marco regulatório e de exigência de capital para suportar o Risco de Crédito, cujo quociente de capital/apr 4 foi estabelecido no mínimo de 8%. Isto significa, que para operações de crédito em geral e outros créditos, no total de 100%, era necessário provisionar 8% de capital sobre o valor da operação. Entretanto, com o passar do tempo, novas medidas foram necessárias para o aperfeiçoamento das regras no âmbito do Comitê de Basiléia. No que tange às medidas, segundo CARVALHO, (2005): O resultado da tentativa de tutelar as instituições, dizendo a elas qual o risco a que cada uma estava sujeita em suas operações, não foi o reforço do sistema, mas, sim, a ampliação de suas distorções. Visando sanar algumas falhas da legislação vigente e aquela que vigorava na realidade dos bancos, em janeiro de 1996 foi publicado adendo a Basiléia I, denominada de Emenda de Risco de Mercado 5, cujos aspectos contemplaram outros fatores, até então não considerados nas regras anteriores, destacando-se: i) Regras para a ampliação dos controles sobre riscos incorridos pelos bancos; ii) A extensão dos requisitos para a definição do capital mínimo, incorporando o Risco de Mercado; e iii) A possibilidade de utilização de modelos internos na mensuração de riscos, desde que aprovados pelo regulador local (CARVALHO, 2005). 4 Quando Basiléia I foi lançada existiam apenas quatro categorias de risco. No Brasil a introdução da ponderação para créditos tributários foi feita pela Circular nº 2.916, de As demais categorias haviam sido estabelecidas antes, pela Resolução nº 2.099, de Diz respeito ao risco representado pela variação de preços dos títulos que se tem há em carteira. O cálculo do coeficiente de capital necessário para o banco precaver-se contra crises seria feito através da formulação de modelos conhecidos como VAR (Value at Risk), que calculariam as perdas que o banco sofreria na eventualidade dos preços dos títulos variarem em medidas definidas.[carvalho-(2005 pg. 137)].

12 12 Embora o Acordo de Basiléia I fosse concebido para ser aplicado aos maiores bancos dos países mais ricos, com o passar dos anos tornou-se regra para todos os bancos em diversos países em desenvolvimento, que foram adaptadas as respectivas jurisdições Críticas a Basiléia I As mudanças introduzidas por Basiléia I, cujo propósito era o de manter a estabilidade do sistema financeiro internacional, sofreram inúmeras críticas, em relação aos seus requisitos regulatórios, pelo fato de não refletir a realidade das exposições das instituições. Os reguladores apontaram que as regras não eram condizentes em função das limitações em relação à metodologia utilizada para o cálculo da exigência de capital, que não mostrava os distintos perfis de risco dos ativos das instituições. A partir dessas constatações havia dúvidas da capacidade do Acordo em manter a estabilidade financeira de alguns países que pudessem controlar preventivamente os empréstimos de curto prazo, em função das volatilidades do capital das instituições. Para contornar a situação, através de esforços para aperfeiçoar o controle prudencial do sistema financeiro em âmbito mundial, no ano de 1996 o Comitê da Basiléia publicou o documento Alteração ao Acordo de Capital para Incorporação de Riscos de Mercado. Através desse documento abriu-se a possibilidade de que as próprias instituições calculassem seus requerimentos de capital utilizando modelos internos desde que atendessem a requisitos mínimos propostos nesse regulamento. Para [SITGLITZ (2002, p. 116,) apud CASTRO- (2007, p. 281)]: A crítica mais contundente a Basiléia I, entretanto, se refere à tendência de que regras criadas aprofundem recessões, em períodos de baixa atividade econômica. Isso porque o uso de medidas centradas em taxas de adequação de capital faz com que, na fase descendente do ciclo de negócios, exista uma tendência a cortar empréstimos, em vez de buscar melhorar a adequação do capital, por exemplo, dando incentivos para que os bancos busquem levantar recursos em mercado.

13 13 No ano de 2000, de modo a fortalecer a atividade bancária o Comitê de Basiléia deu atenção ao risco de liquidez, definindo princípios sobre boa governança e gerenciamento de liquidez através do documento Boas Práticas para a Gestão de Liquidez nas Instituições Bancárias, para serem adaptadas em cada jurisdição. Em linhas gerais, estes princípios definiram a cada instituição a decisão de estabelecer um buffer de ativos líquidos de alta qualidade, isto é, fáceis de vender, e livres de encargos para enfrentar situações de estresse Regulamentação de Basiléia I no Brasil Desde o Banco Central do Brasil segue os princípios e as recomendações apresentadas pelo Comitê de Basiléia e devido à necessidade de uma regulação mais consistente e a abertura do mercado financeiro brasileiro ao capital das instituições bancárias estrangeiras, as proposições regulamentares de Basiléia I foram internalizadas por meio da Resolução CMN nº 2.099/94, que normatizou apenas do risco de crédito. A Resolução determinou às instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, a manutenção de valor de patrimônio líquido, ajustado na forma da regulamentação em vigor, compatível com o grau de risco da estrutura de ativos (SOBREIRA e MARTINS, 2011). Isto é, as regras estabeleceram a razão Capital APR como no padrão internacional, de 8%, sendo elevada para 11% a partir de A classificação dos fatores foi dividida em cinco categorias de pesos e ativos, assim definidos. Tabela nº 2 Ponderadores dos Ativos Pesos Ativos 0% Caixa, títulos públicos e operações com garantia do Tesouro Nacional; 20% Depósitos bancários e disponibilidades em moeda estrangeira; 50% Repasses interfinanceiros; 100% Operações de crédito em geral e outros créditos; 300% Créditos tributários. Fonte: Resolução nº 2.099/94 CMN. Tabela elaborada pelo autor. 6 O Banco Central segue as regras de Basiléia desde 1994, porém somente em março de 2009 o Brasil foi convidado a integrar o Comitê de Basiléia para Supervisão Bancária. Fonte: Bacen.

14 14 Em linhas gerais, isso significa, por exemplo, para operações de crédito em geral e outros créditos (cujo percentual era 100%) o provisionamento de capital deveria ser de 8%, sobre o valor da operação tomada pelo cliente. O posicionamento de ALVES, (2010) a respeito do cumprimento do normativo pelas instituições, foi que: Sob o ponto de vista prudencial essa norma é um dos marcos regulatório, pois a partir da sua divulgação iniciou-se um amplo processo de revisão da estrutura e dos instrumentos disponíveis. Conforme SOBREIRA e MARTINS (2011), posteriormente, face à necessidade de ajustes na regulação, através da Resolução nº 2.399/97, as regras foram alteradas, para incluir outras classes de operações/ativos praticadas no mercado, tais como operações com swap e ouro. Na mesma norma foram definidos os limites operacionais mínimos de capital para as instituições financeiras e o respectivo Patrimônio Líquido Exigido (PLE) 7 para cobertura dessas exposições. O cálculo do PLE envolvia três categorias de risco: (a) o risco de crédito associado às operações de swap; (b) o risco de crédito das operações ativas: baseado no Acordo de Basiléia (BIS); e (c) o risco de taxa das posições em ouro e referenciadas em moedas estrangeiras. Estas inclusões tinham como objetivos limitar a alavancagem e os risco inerentes as atividades das instituições. No ano seguinte, através da edição da Resolução nº 2.543/98, o CMN define o conceito do patrimônio líquido ajustado (PLA), cujo parâmetro passou a ser composto pelo somatório dos capitais de nível I e nível II. O capital de nível I seria representado (SOBREIRA e MARTINS, 2011) pelo capital social, reservas de lucros (excluídas as reservas para contingências e as reservas especiais de lucros relativas a dividendos obrigatórios não distribuídos) e lucros ou prejuízos acumulados ajustados pelo valor líquido entre receitas e despesas deduzidas os valores referentes a ações em tesouraria, ações preferenciais cumulativas e ações preferenciais resgatáveis. (BCB, 1998). 7 O PLE incorpora em sua fórmula os riscos de credito do ativo ponderado pelo risco e de mercado relativo às parcelas de câmbio, ouro e taxas de juros prefixada.

15 15 Já o capital de nível II, seria composto pelas (SOBREIRA e MARTINS, 2011) reservas de reavaliação, reservas para contingências, reservas especiais de lucros relativas a dividendos obrigatórios não distribuídos, ações preferenciais cumulativas, ações preferenciais resgatáveis, dívidas subordinadas e instrumentos híbridos de capital e dívida. (BCB, 1998) Conforme descreve SOBREIRA e MARTINS (2011), adicionalmente, o BCB estabeleceu limites relativos à integralização do capital nível II para composição do PLA, que definiram: (a) o montante do capital nível II, limitado ao valor do nível I; (b) o montante das reservas de reavaliação limitado a 25% do PLA; e (c) o montante das dívidas subordinadas limitadas a 50% do capital nível I. Em complemento as regras, através da Resolução nº 2.682/99, o CMN determinou as instituições financeiras a classificar as operações de crédito para fins de constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa. As instituições financeiras se viram obrigadas a elevar a referida provisão das operações de crédito e a destacar um volume de capital próprio, de acordo com o rating da operação. (SOBREIRA e MARTINS, 2011) No ano 2000 as instituições tiveram até seis meses após a divulgação da norma para se enquadrarem aos requisitos da Resolução nº 2.804/00 (BCB, 2000), a qual aperfeiçoou a legislação sobre o risco de liquidez das instituições, com propósito de obter informações acerca do grau de descasamento de prazos, moedas e taxas entre ativos e passivos das instituições financeiras, para consolidar as posições do sistema e balizar essas exposições de forma a evitar escassez de recursos para alocação na economia. Assim, no que tange a regulação do Sistema Financeiro Nacional, conforme defendeu [GUIMARÃES (2010, p. 215)]: Basileia I permitiu para o Brasil a equiparação da competitividade das instituições financeiras no plano internacional, através da padronização. A necessidade de patrimônio passa a ser baseada nos riscos assumidos pelas instituições ao emprestarem, em vez dos riscos incorridos, em função do que tomam emprestados.

16 Acordo de Basiléia II As críticas a Basiléia I influenciada pela globalização dos mercados financeiros, contribuíram para melhoria nas regras de exigência de capital das instituições. Visando evitar novas falhas, o Comitê de Basiléia elaborou nova Proposta de Regras, cuja minuta do Acordo de Basiléia II foi submetida à consulta pública. Representantes da indústria e das autoridades reguladoras que não integravam o Comitê da Basiléia foram convidadas a apresentar sugestões a respeito das proposições para consolidação em novo documento. No entanto, a decisão de inclusão das sugestões recebidas ficou limitada aos membros do Comitê, representados pelas principais economias mundiais. Assim, em junho de 2004, o BIS, por intermédio do Comitê de Basiléia, divulgou o Novo Acordo de Capital 8, que foi batizado de Basiléia II em que foi destacado seus principais objetivos: i) Promover a estabilidade financeira; ii) Fortalecer a estrutura de capital das instituições; iii) Favorecer a adoção das melhores práticas de gestão de riscos; e iv) Estimular maior transparência e disciplina de mercado. (BCBS, 2004) Em linhas gerais o Novo Acordo introduziu o conceito das melhores práticas de controle e gestão dos riscos e a importância de sua utilização nas instituições financeiras. Essas regras davam um enfoque mais flexível para exigência de capital e ampliavam a importância da supervisão. Exigiu também maior transparência na divulgação das informações ao mercado. (CARVALHO, 2011) A estrutura das regras foi embasada em três pilares, mencionados a seguir na tabela nº 3 (BCBS, 2004). 8 Estas medidas foram consideradas o mais amplo processo de transformação já feito no que se refere à regulação do mercado financeiro

17 17 Tabela nº 3 Definição conforme o Acordo de Basileia (II) Pilar Pilar I Capital Mínimo Pilar II Supervisão Pilar III Transparência e Disciplina de Mercado: Objetivo Fonte: Bank for International Settlements (2004), tabela elaborada pelo autor. Fortalecimento da estrutura de capitais das instituições, com incentivo à utilização de modelos internos para mensurar riscos; introduz exigência de capital para cobertura do risco operacional e aperfeiçoamento dos critérios sobre o risco do crédito. Destaca que os supervisores devem avaliar e monitorar as estratégias dos bancos, além de cobrar que operem acima das exigências de capital mínimo, para evitar desenquadramento dos limites mínimos; atribui responsabilidades à alta administração dos bancos pela estratégia de exposição aos riscos e pela compatibilização dos níveis de capital em volume adequado para suportar todos os riscos envolvidos em seus negócios. Destaca a necessidade da divulgação de informações sobre a estrutura e modelos utilizados na administração e gestão de riscos, bem como sua adequação de capital (exigência de um conjunto mínimo de informações com vistas a aumentar a transparência das instituições) Críticas a Basiléia II O texto documento recebeu grande quantidade de críticas na época, em função da complexidade operacional e das deficiências das regras, assim como pela falta de questões prudenciais para enfrentar os riscos de liquidez 9. Alguns representantes de jurisdições acreditavam que as regras poderiam elevar os custos dos empréstimos para empresas pequenas e médias nos países em desenvolvimento em geral e prejudicar todo o ciclo econômico. Entretanto, com o passar do tempo, ficou constatado que grandes bancos se beneficiaram com algumas regras do referido Acordo, não acontecendo o mesmo com os bancos pequenos e médios. Segundo afirmação de [LOYOLA (2010, p. 68)], quando se trata de bancos: Uma consequência adicional da regulação baseada no risco é que o inerente grau de discricionariedade na avaliação do risco impede ou 9 Basiléia II centrou-se amplamente nos ativos dos balancetes dos bancos e negligenciou a liquidez e a estrutura dos passivos do sistema bancário.

18 18 desencoraja os supervisores a fazerem recomendações mandatárias ás instituições sob sua supervisão, exceto quando já evidenciado o comportamento de seu capital. Outra crítica levantada pelos participantes foi o fato que o Comitê de Basiléia era composto exclusivamente por membros supervisores dos sistemas financeiros dos países centrais, todos representantes no G10, enquanto economias em desenvolvimento não tinham nenhum representante para defender suas questões relacionadas aos seus sistemas financeiros. Desta forma, as decisões tomadas pelo Comitê acabavam favorecendo os grandes bancos internacionais, que têm sede nos países membros, não acontecendo com instituições dos demais países, que não possuíam representantes. Neste particular, houve tantos problemas associados às regras, como por exemplo, à sua falta de abrangência, como também dificuldades em compatibilizar a regulação e as práticas dos mercados financeiros nas respectivas jurisdições, evidenciando que o Acordo demandava complementação em suas definições. Por outro lado, a importância de Basiléia II foi de grande relevância para o mercado financeiro mundial, mesmo que as regras tenham sido consideradas insuficientes para prevenir novas crises, como à verificada no final de 2008, cujos reflexos permanecem até o presente momento (CARVALHO, 2011). Com o objetivo de manter a estabilidade no mercado financeiro mundial, e ciente das limitações das regras anteriores, o Comitê de Basiléia, elaborou uma nova proposta que foi batizada como Acordo de Basiléia III a qual será apresentada no capitulo 2.4 deste trabalho Regulamentação de Basiléia II no Brasil Em dezembro de 2004, o BACEN divulgou o Comunicado nº sobre os procedimentos para a implementação da nova estrutura de capital Basiléia II". As principais diretrizes relativas ao Novo Acordo definiram cinco etapas a serem cumpridas até Para 2005, estava prevista a adoção da abordagem padronizada simplificada para risco de crédito, bem como novos requerimentos de capital para riscos de mercado não cobertos ainda pelas regras vigentes, e estudos de impacto junto ao mercado financeiro para as abordagens mais simples previstas em Basiléia II para risco operacional (GOTTSCHALK e SODRÉ, 2006).

19 19 No ano de 2007, foi definido um critério de elegibilidade para adoção do modelo interno para risco de crédito 10 e modelos internos para avaliação do risco de mercado 11 e planejamento de validação. Em complemento, foi incluído requerimento de capital para risco operacional, com a utilização do método indicador básico, ou padronizado alternativo (GOTTSCHALK e SODRÉ, 2006). Para o período de 2008 a 2009, foi previsto a validação dos modelos internos para risco de mercado; estabelecimento de cronograma de validação da abordagem baseada em classificações internas para risco de crédito (fundamental ou básica); início do processo de validação dos sistemas de classificação interna para risco de crédito; Para o ano de foi previsto a validação dos sistemas de classificação interna pela abordagem avançada para risco de crédito; estabelecimento de cronograma de validação para abordagem avançada de risco operacional. O calendário definiu para o ano validação de metodologias internas de apuração de requerimento de capital para risco operacional (BACEN, 2004). Durante esse período os grandes bancos poderiam adotar modelos internos de avaliação do risco de crédito para o cálculo do capital mínimo enquanto os bancos de porte médio a recomendação foi de adotar a abordagem padronizada (GOTTSCHALK e SODRÉ, 2006). Para instituições que adotassem modelo interno foi permitido o uso de agências de rating externas para medir os níveis de risco. Já as instituições que fariam uso do modelo padronizado, o Banco Central facultou a contratação de agências externas de rating e optou por ampliar as faixas de ponderação de risco de 0% a 150% (BACEN, 2004) No decorrer do processo, devido o grau de heterogeneidade e complexidade envolvido na elaboração dos respectivos modelos para a determinação de capital requerido relacionado a esses tipos de riscos, os principais bancos privados fortaleceram seu quadro de pessoal técnico para implementar as novas regras de Basiléia II. Já os bancos públicos procuraram adequar-se de forma mais cautelosa devido às limitações tanto técnica como de pessoal. Assim, neste processo, aliada as dificuldades, havia preocupações por parte dos gestores, dos prováveis impactos negativos que poderiam 10 Para uso de modelo interno o Bacen permite a utilização de classificação de risco feita por agência de rating. 11 O método estatístico interno mais utilizado pelas instituições para mensuração do risco de mercado, é o do tipo VaR.

20 20 ocasionar nos negócios das instituições, pelo aumento do requerimento e capital e pela consequente redução da margem de disponibilidades de recursos (GOTTSCHALK e SODRÉ, 2006). Embora reconhecidas às dificuldades na implementação desse Acordo, no âmbito das instituições financeiras, pode-se sustentar, que no Brasil, Basiléia II foi utilizada como um instrumento relevante para melhorar a segurança e a solidez do sistema financeiro, proporcionado por diversas medidas prudenciais complementares do CMN, em que é dada maior ênfase no próprio controle interno e dos riscos inerentes às atividades dos bancos. Estas medidas permitiram que a sistema financeiro local passasse ileso a crise de 2008.

21 Acordo de Basiléia III As regras de Basiléia II induziram os supervisores da indústria bancária a acreditar que atendia boa parte dos requisitos essenciais à estabilidade do mercado financeiro. Entretanto, a crise financeira dos anos 2008/2009 mostrou a existência de vulnerabilidades e evidenciou o desconhecimento dos reais riscos envolvidos na intermediação financeira resultante do uso de outros instrumentos complexos, como por exemplo, derivativos, que estavam sendo negociados no mercado. A combinação desses fatores e à crescente preocupação com a vulnerabilidade e o risco sistêmico 12 em decorrência das falhas regulatórias do sistema financeiro em nível internacional ajudaram a vencer a resistência por parte de alguns países e abriu caminho para discussão em torno da necessidade de se consolidar uma regulamentação financeira mais rígida, e abrangente para o setor, com o propósito de conter a tendência à tomada excessiva de risco pelas instituições, para que fosse possível aumentar suas reservas de liquidez (BCBS, 2011). Dada a essas necessidades, no plano específico da regulamentação prudencial aplicável a instituições financeiras, o Comitê de Basiléia 13, propôs mudanças nas regras de regulação bancária vigente, de forma a corrigir as deficiências constatadas. Assim, em setembro 2010, o Comitê debateu as propostas com membros do G20 14 em reunião na Suíça, cujas discussões resultaram em um documento apresentado em Seul no mês de novembro do mesmo ano. A proposta defendida pelo Comitê foi uma reformulação do Acordo de Basiléia II de 2004, antes mesmo que estivessem plenamente adotadas pelas principais economias do mundo. Os membros do G20 aprovaram um conjunto de medidas O Comitê de Bancos da Basiléia definiu risco sistêmico como sendo aquele em que a inadimplência de uma instituição para honrar seus compromissos contratuais pode gerar uma reação em cadeia, atingindo grande parte do sistema financeiro, exigindo a ação pronta e eficiente da Autoridade Monetária. 13 O Comitê de Basiléia não tem poder para determinar a implementação de qualquer estratégia, contudo, suas recomendações são muito influentes e têm alta probabilidade de serem absorvidas pelos sistemas domésticos de regulação e supervisão financeiras. 14 G20 (Grupo dos 20) é um grupo constituído por ministros da economia e presidentes de bancos centrais dos 19 países de economias mais desenvolvidas do mundo, mais a União Européia.(África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia - Países membros da União Europeia. Foi criado em 1999, em meio a várias crises econômicas da década de 1990, o G20 é uma espécie de fórum de cooperação e consulta sobre assuntos financeiros internacionais. Ver: 15 O conjunto de medidas é formado, principalmente, pelos seguintes documentos: Basel III: A global regulatory framework for more resilient Banks and banking system (BCBS, 2010) e Basel III: International framework for liquidity risk measurement, Standards and monitoring. (BCBS, 2010).

22 22 denominado Acordo de Basiléia III, cujas regras de regulação financeira buscam melhorar o acordo anterior, tais como: i) a restrição à alavancagem; ii) a preocupação com a atuação pró-cíclica das instituições financeiras; e, iii) o retorno das exigências de liquidez, que deverão ser adotadas pelos países membros entre os anos de 2013 a 2019, e adaptadas aos seus respectivos sistemas financeiros (BCBS, 2010). Dessa forma, as novas propostas pretendem aumentar a qualidade do capital das instituições financeiras e constituir colchões adicionais de capital para uso em momentos de eventuais crises financeiras. Além dessas medidas, os bancos devem manter um colchão de liquidez composto de ativos líquidos desonerados, de alta qualidade, para protegê-los contra períodos de estresse de liquidez, incluindo perdas potenciais de fontes de financiamento colateralizadas ou não (BCBS, 2010). Outra decisão foi a de classificar as instituições financeiras globais que geram risco sistêmico no mercado internacional. Isto é, aquelas consideradas grandes demais para falir, para diminuir a probabilidade de que os contribuintes tenham que pagar a conta em caso de insolvência dessas instituições. Essas instituições terão de obedecer a requerimentos adicionais de capital (BCBS, 2011). Tabela nº 4 Requisitos de Capital Requisitos Mínimos de Capital Resumo Ações Ordinárias + Capital Tier 1 Capital Total Lucros Retidos Basiléia Basiléia Basiléia Atual III Atual III Atual III Mínimo Exigido 2,00% 4,50% 4,00% 6,00% 8,00% 8,00% Colchão de Conservação 0,00% 2,50% 0,00% 2,50% 0,00% 2,50% Mínimo + Colchão de Conservação 2,00% 7,00% 4,00% 8,50% 8,00% 10,50% Colchão Contracíclico 0,00% 0-2,5% Fonte: Bank for International Settlements. Tabela elaborada pelo autor. Em complemento, outro requisito do Acordo é a inclusão de dois índices de liquidez, um de curto ou de longo prazo. O LCR (Liquidity Coverage Ratio - Índice de Liquidez de Curto Prazo). Este índice busca evidenciar quais instituições apresentam recursos de alta liquidez para resistir a um cenário de estresse financeiro agudo

23 23 com duração de 30 dias. Já o NSFR (Net Stable Funding Ratio - Índice de Liquidez de Longo Prazo) tem como objetivo incentivar os bancos a financiarem as suas atividades com fontes mais estáveis de captação, ao medir a liquidez disponível no horizonte de doze meses (BCBS, 2010). O Acordo firmado pelas autoridades monetárias tem o objetivo de fortalecer as regulamentação do sistema financeiro global, no que diz respeito à liquidez e capital para tornar a indústria bancária mais resiliente. Além disso, contribuir no aperfeiçoamento das regras para que as instituições tenham capacidade de absorver perdas originadas de choques do próprio sistema ou dos demais setores da economia, e tenham recursos o suficiente para manter a estabilidade financeira (BCBS, 2010). Ainda que o prazo de implementação das regras seja escalonado fica evidente que o desenho da nova regulação traz desafios complexos às instituições, em função da abrangência dos requisitos para mensuração das exposições, cujos resultados impactam diretamente o seu capital e a liquidez, que são componentes básicos para alocação de novos recursos na economia e proporcionar seu desenvolvimento Atualizações recentes Em janeiro de 2013, o BIS divulgou o documento Basel III: The Liquidity Coverage Ratio and liquidity risk monitoring tools onde revisou o calendário da implantação do índice de cobertura de liquidez (LCR), escalonado em intervalos de prazos, para serem adotados pelas jurisdições em seus respectivos sistemas financeiros. A partir de 2015 sua adoção ficou estabelecida em 60% e sua totalidade de 100%, até Em complemento foi ampliado o número de ativos que serão considerados de alta liquidez, isto é, ativos fáceis de vender que os bancos terão que ter no futuro em seus balanços, para enfrentar uma crise de liquidez durante 30 dias (BCBS 2013). Destaca-se neste conjunto, por exemplo, investimentos em dívida corporativa com rating elevados. Esta nova proposta visa minimizar impactos na expansão do crédito na economia mundial e suavizar o impacto sobre as instituições financeiras. Numa primeira análise, o prazo de 2015 pode não ser um suficiente para cumprimento desses requisitos adicionais, em função de fatores operacionais e estratégicos como da 16 Conforme Tabela nº 5.

24 24 maior demanda por papéis públicos que os bancos devam possuir em carteira. Dada à necessidade, para assegurar sua liquidez e manter-se enquadrado no índice mínimo, pode limitar a negociação desses ativos entre bancos e ficar concentrado nas tesourarias de grandes conglomerados, prejudicando os bancos pequenos e médios (BCBS, 2013). Tabela nº 5 Cronograma de implementação dos Indicadores de Liquidez Descrição Índice de cobertura de liquidez (LCR) 60% 70% 80% 90% 100% Fonte: Bank for International Settlements. Tabela elaborada pelo autor Regulamentação de Basiléia III no Brasil Em fevereiro de 2011, o Banco Central publicou o Comunicado nº no qual define as medidas básicas necessárias à adaptação das recomendações do Comitê de Basiléia. O documento constitui-se nos objetivos de reforçar os requisitos de capital próprio das instituições de crédito; Aumentar a qualidade desses fundos próprios e reduzir o risco sistêmico para melhorar a qualidade do capital disponível de modo a assegurar que os bancos lidem melhor com as perdas; Aumentar os requerimentos mínimos de capital, incluindo um acréscimo no capital principal de 2% para 4,5%; Criar um colchão de conservação de capital e de um colchão anticíclico de capital, ambos em 2,5% cada; Define ainda, que as instituições diversifiquem a cobertura do risco, incorporando as atividades de trading, securitizações, exposições fora do balanço e derivativos. Como parâmetro de limite de exposições, introduz uma taxa de alavancagem máxima (3%) para as instituições (BACEN, 2011). O Comunicado inclui também os dois índices de liquidez, um de curto ou de longo prazo. O LCR (Liquidity Coverage Ratio - Índice de Liquidez de Curto Prazo). As instituições devem apresentam recursos de alta liquidez para resistir a um cenário de estresse financeiro agudo com duração de 30 dias. E o NSFR (Net Stable Funding Ratio - Índice de Liquidez de Longo Prazo) tem o propósito de incentivar os bancos a financiarem as suas atividades com fontes mais estáveis de captação, ao medir a liquidez disponível no horizonte de doze meses (BACEN, 2011). No intuito de dar procedimento ao calendário de Basiléia, o BACEN divulgou a Audiência Pública nº 40, em que propõe regras para composição do Patrimônio de

25 25 Referência. O documento contempla os critérios de aceitação de dívidas subordinadas como parte do Patrimônio de Referência (PR), além de outros componentes integrantes. Obtido a partir do Patrimônio Líquido (PL), o PR é o conceito de capital próprio usado no Brasil para efeitos de parâmetros dos limites operacionais de bancos e outras instituições financeiras 17. O volume de ativos, alocados em empréstimos e financiamentos, é limitado em função do PR. Por outro lado, o passivo representado por dívidas subordinadas foi definido critérios ainda mais restritivos de pagamento para que possam ser considerados como parte da composição do PR (BACEN, 2012). Cientes da abrangência e do impacto que a as regras pode ocasionar no sistema, a proposição recebeu diversas sugestões dos bancos e profissionais do mercado, especialmente no dizem respeito a ativos fiscais diferidos, seguro, intangíveis, que pode interferir nos planos das instituições financeiras para captação de recursos mediante emissão de dívidas subordinadas 18. Essas captações vêm sendo usadas pelas instituições para reforçar sua capacidade de conceder crédito e manter seus resultados em patamares aceitáveis pelo regulador. 17 O Patrimônio de Referência é composto por: Nível I: Faz parte do Nível 1 o capital social, certas reservas e lucros retidos, menos alguns intangíveis; Nível II: inclui, dentre outros e sujeito a certas limitações, reservas para reavaliação de ativos e dívida subordinada, e está limitado ao valor do Capital de Nível I. 18 Estas dívidas se subordinam às dívidas comuns, ficando atrás delas na ordem de prioridade de pagamento em caso de dificuldade.

26 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS Conforme mencionado por Ander-Egg (1978:28), a pesquisa é um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento, portanto é o processo de investigação que se faz necessário para o conhecimento dos fatos e da realidade. A metodologia que será apresentada neste artigo é a de documentação indireta através do método de pesquisa documental. Conforme Marconi e Lakatos o método de documentação indireta implica no levantamento de dados de diversas fontes tanto primárias e secundárias. Tabela nº 6 Fonte dos dados FONTES ESCRITAS Primárias Secundárias Artigos de jornais Relatórios de Pesquisa Artigos Científicos Pesquisas Estatísticas Informativos Dados de Websites Apresentações Fonte: Marconi e Lakatos (2010). Tabela adaptada pelo autor.

27 Desempenho do Sistema Financeiro Nacional No primeiro semestre de 2012, os dados apresentados pelo Sistema Financeiro Nacional revelaram que o recurso alocado na economia reduziu 17,9% 19 comparado ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 2.168,6 trilhões, que corresponde a 50,8% do PIB. Este desempenho está justificado pelo menor ritmo de crescimento da economia, que comprimiu a concessão de crédito, afetado pelo comprometimento das famílias que já haviam tomado recursos anteriormente. Na esteira do processo houve aumento da inadimplência tanto no segmento de pessoa física como de pessoa jurídica causando grande impacto nos resultados das instituições financeiras brasileiras. Já o saldo das captações apresentado pelo sistema foi R$ 2.613,9 bilhões, representando um aumento de 16,8% em relação a junho de Este aumento foi proporcionado pelo acréscimo de 102,0% no estoque de letras financeiras que finalizou o semestre em R$ 151,1 bilhões. Visando estimular a produção e proporcionar maior crescimento da economia, o governo adotou medidas de incentivo aos investimentos, reduzindo a taxa de juros pelos Bancos Públicos, para aumentar a participação dos mesmos nas concessões de crédito. Estas medidas representam novos desafios ao setor ter que conviver com menores spreads e atrair ativos de maior rentabilidade e menor risco e conquistar uma parcela maior de clientes. Por outro lado, no comparativo, segundo estatísticas do BIS, as exposições dos bancos da França e Alemanha a Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha (economias europeias mais vulneráveis) tem se reduzido em patamares superiores ao do Brasil. Em março de 2012, os bancos brasileiros tinham o total de exposições de US$ 2,4 bilhões (2,9% exposição total), ante US$3 bilhões (3,8% da exposição total no exterior) um ano antes. Se comparado com a exposição de economias como França e Alemanha não é relevante conforme podemos observar na Tabela n 5 abaixo. 19 Fonte: Banco Central ECOIMPRENSA.

28 28 Tabela nº 7 - Exposição dos Bancos Europeus aos GIIPS x Bancos do Brasil US$ milhões Bancos da Alemanha 2011 % de 2012 % de Mar (A) Mar (A) (A) Exposição - GIIPS Setor Público GIPS , ,7 Setor Bancário - GIIPS , ,7 (B) Exposição a todos os Países Banco da França (A) Exposição - GIIPS Setor Público GIPS , ,6 Setor Bancário - GIIPS , ,7 (B) Exposição a todos os Países Banco do Brasil (A) Exposição - GIIPS Grécia ,1 Irlanda 8 0,3 0 0 Itália , ,6 Portugal , ,9 Espanha , ,7 (b) Exposição a todos os países Fonte: Bank of International Settlements (Bis) - Consolidação Banking Statistics (Julho 2012) Índice de Liquidez O elevado índice de liquidez 20 apresentado pelo Sistema Financeiro Nacional no período de junho de 2011 a junho de 2012 revelou baixo risco dessa natureza mesmo considerando a queda apresentada no último semestre e as incertezas no mercado externo. Assim, manteve-se elevado o índice de liquidez do SFN no parâmetro de 2,5%, para cada 1,0%. Por outro lado, em casos de situações de estresse, o BCB pode fazer uso dos depósitos compulsórios como instrumento para regular a liquidez e manter a estabilidade cujo volume de recursos foi de R$ 395,0 bilhões, apresentado em junho. Em fevereiro de 2012, visando manter o equilíbrio de liquidez do mercado o Banco Central, através de medidas prudenciais e por meio Circular n redefiniu as regras do recolhimento compulsório estabelecendo o uso de até 36% da exigibilidade 20 IL: O índice de liquidez é medido pelos ativos líquidos (LT), em relação a necessidade estimada de liquidez (NEL) em situação de crise. (2) Índice de liquidez medido pela soma dos ativos líquidos com as reservas compulsórias em relação a necessidade estimada de liquidez (NEL) em situações de crise.

29 29 em operações que proporcionem maior liquidez às instituições de pequeno e médio porte. Este procedimento poderá demandar uma maior procura por títulos públicos para composição da carteira própria dessas instituições, para serem usados no futuro, em novas demandas de negócios. Gráfico nº 1 - Índice de Liquidez do Sistema Financeiro Fonte: Relatório de Estabilidade (set 11 e set 12) - Banco Central. Gráfico elaborado pelo autor Patrimônio de Referência O Patrimônio de Referência (PR) apresentado pelo sistema financeiro atingiu R$ 543,5 bilhões em junho de 2012, demonstrando um crescimento semestral de R$55,7 bilhões. Em sua composição, o capital nível I foi responsável por 44,5% desse acréscimo, proporcionado pelas emissões de dívidas subordinadas (DS) e instrumentos híbridos de capital e dívida (IHCD). Assim, estes instrumentos contribuíram para que os lucros líquidos retidos dos bancos fossem os maiores responsáveis por essa elevação. Além disso, o PR nível I foi reforçado por aumentos de capital provenientes da oferta primária de ações e do aporte de recursos em algumas instituições de médio porte. Já o aumento no PR nível II, foi sustentado principalmente por emissões de R$ 20,1 bilhões em LFS, cujo estoque de dívida subordinada elevou-se para R$123,7 bilhões. Em complemento houve ainda R$6,8 bilhões proveniente de ajuste a valor de mercado de títulos e valores mobiliários (TVM), que foram reclassificados da categoria de títulos mantidos até o vencimento para a categoria disponível para venda nas instituições consolidadas.

30 30 Gráfico nº 2 Patrimônio de Referência Fonte: Relatório de Estabilidade (set 11 e set 12) - Banco Central. Gráfico elaborado pelo autor Patrimônio de Referência Exigido O Patrimônio de Referência Exigido (PRE) apresentado pelo Sistema Financeiro Nacional passou de R$ 290,5 bilhões para R$ 364,1 bilhões, em 12 meses. No comparativo houve uma redução da exposição em crédito (PEPR) diminuindo 1,65% no período, resultado da contração do crédito na economia. No que tange a parcela de PRE para cobertura das exposições sujeitas a risco de mercado tiveram uma pequena evolução de 0,2%, influenciado pela inclusão da parcela de VaR estressado, incorporado no cálculo a partir de janeiro de Já o requerimento de capital para cobertura do risco operacional houve uma pequena variação de -0,3%, sendo calculado basicamente sobre o resultado semestral das instituições. Tabela nº 8 - Patrimônio de Referência Exigido jun/11 dez/11 jun/12 Valor % Valor % Valor % PRE , ,1 100 PEPR 262,9 90,7 298, ,6 89,2 Risco de mercado 9,6 3,3 11,4 3,5 19,2 5,2 Risco operacional 17,5 6 18,2 5,5 20,3 5,6 Fonte: Relatório de Estabilidade (set 11 e set 12) - Banco Central Tabela elaborada pelo autor.

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