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1 REDE COOPERATIVA DE PESQUISAS TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITÁRIOS POR PROCESSO ANAERÓBIO E DISPOSIÇÃO CONTROLADA NO SOLO INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES PUC-PR, UFMG, UFPb, UFRGS, UFRN, UNICAMP, USP

2 AUTORES Adrianus C. Van Haande UFPb Bruno Coraucci Fiho UNICAMP Caros Augusto de Lemos Chernicharo UFMG Cícero Onofre de Andrade Neto UFRN David da Motta Marques UFRGS Edson Abdu Nour UNICAMP Eugenio Foresti USP Fabiana De Nadai Andreoi PUC-PR Hênio Normando de Souza Meo UFRN José Roberto Campos USP José Amir Rodrigues Pereira UFPA Josmar Davison Pagiuso USP Lourdinha Forêncio UFPE Luis Fernando Cybis UFRGS Luiz Ointo Monteggia UFRGS Manoe Lucas Fiho UFRN Marceo Zaiat USP Marcos Von Spering UFMG Mario Takayuki Kato UFPE Migue Mansur Aisse PUC-PR Paua Frassinetti Feitosa Cavacanti UFPb Pedro Aém Sobrinho USP Roberto Feijó de Figueiredo UNICAMP Ronado Stefanutti UNICAMP

3 Apresentação Esta pubicação é um dos produtos resutantes da Rede de Pesquisas formada no âmbito do Edita 01 do Programa de Pesquisas em Saneamento Básico (PROSAB) em torno do tema Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controada no Soo, e que foi coordenada peo Prof. José Roberto Campos, da Escoa de Engenharia de São Caros-USP. Gerido pea FINEP, o PROSAB tem por prioridade o desenvovimento e o aperfeiçoamento de tecnoogias votadas para a ampiação da cobertura dos serviços de saneamento e, conseqüentemente, para a mehoria das condições de vida da popuação brasieira. Para tanto, o programa financia redes cooperativas de pesquisas nas áreas de águas de abastecimento, águas residuárias e resíduos sóidos que tenham por base a revisão do padrão tecnoógico atua, estabeecendo normas e padrões adequados às particuaridades regionais e ocais de um país com escassez de recursos e de dimensão continenta como o Brasi, e que observem, sempre, a necessidade de preservar ou recuperar o meio ambiente. A impementação do PROSAB por meio de redes de pesquisas cooperativas se deve a mútipos fatores, dentre os quais destaca-se a abordagem integrada das ações dentro de um determinado tema, o que otimiza a apicação dos recursos e evita a dupicidade e a puverização de iniciativas. As redes incentivam a integração entre os pesquisadores das diferentes instituições, possibiitam a disseminação da informação entre seus integrantes e promovem a capacitação permanente de instituições emergentes, aém de permitir a padronização de metodoogias de anáise e estimuar o desenvovimento de parcerias. Um grupo interinstituciona, responsáve pea coordenação do PROSAB, orienta as ações de fomento, definindo, periodicamente, os temas prioritários para a formação das redes cooperativas de pesquisas e que são tornados púbicos por meio de editais. Esse grupo coordenador auxiia a FINEP e o CNPq na tomada de decisões, emitindo parecer sobre as propostas apresentadas, indicando consutores ad hoc, acompanhando permanentemente o programa e corrigindo desvios quando necessário. Já foram ançados, até o momento, dois editais do PROSAB envovendo 17 e 27 grupos de pesquisa, respectivamente, contando com recursos financeiros da FINEP, CNPq, CAIXA e CAPES, e o apoio da ABES e da SEPURB. A divugação das reaizações do programa é feita por meio da home page do PROSAB ( da pubicação de artigos na revista BIO da ABES, da apresentação do programa em diversos eventos da área, do portfóio dos projetos e da pubicação de ivros e manuais para distribuição às prefeituras e aos órgãos de serviços de saneamento. Os resutados finais dos projetos desenvovidos no âmbito de cada edita também são pubicados sob a forma de coetânea de artigos.

4 GRUPO COORDENADOR DO PROSAB Prof. Jurandyr Povinei EESC Prof. Cícero O. de Andrade Neto UFRN Deíza Lara Pinto CNPq Wison Auerswad CNPq Marcos Heano Montenegro CAESB Anna Virgínia Machado ABES Sandra Bondarowsky CAIXA Damo Abuquerque Lima MCT Eisabete Pinto Guedes FINEP Céia Maria Poppe de Figueiredo RECOPE REDE COOPERATIVA DE PESQUISA O RECOPE, subprograma do PRODENGE, apoiado com recursos do contrato de financiamento FINEP-BID 880-OC/BR, contempa o desenvovimento de redes de pesquisas em áreas prioritárias da engenharia, envovendo a interação entre instituições de pesquisa e empresas. O PROSAB incui-se no RECOPE.

5 José Roberto Campos (coordenador) TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITÁRIOS POR PROCESSO ANAERÓBIO E DISPOSIÇÃO CONTROLADA NO SOLO Rio de Janeiro RJ 1999

6 Copyright 1999 ABES RJ 1 a Edição tiragem: exempares Projeto gráfico, revisão, editoração eetrônica e fotoitos: RiMa Artes e Textos Av. Dr. Caros Boteho, 1816, saas 30/31 CEP São Caros-SP Fone/Fax: (016) Coordenador e revisor técnico: José Roberto Campos )LFKDFDWDORJUiILFDSUHSDUDGDSHOD6HomRGH7UDWDPHQWR GD,QIRUPDomRGR6HUYLoRGH%LEOLRWHFD±((6&863 T776 Tratamento de esgotos sanitários por processo anaeróbio e disposição controada no soo / José Roberto Campos (coordenador). -- Rio de Janeiro : ABES, p. : i. Projeto PROSAB. 1. Tratamento anaeróbio. 2. Tratamento de esgotos. 3. Reatores anaeróbios. 4. Disposição no soo. 5. Tratamento de esgoto no soo. I. Campos, José Roberto.

7 José Roberto Campos (coordenador) Coordenadores de Projeto PUC-PR: Migue Mansur Aisse UFMG: Caros Augusto L. Chernicharo UFPb: Adrianus Van Haande UFRGS: Luiz Ointo Monteggia UFRN: Hênio Normando de Souza Meo UNICAMP: Bruno Coraucci Fiho USP: José Roberto Campos Consutores Pedro Aém Sobrinho USP Mario Takayuki Kato UFPE

8 Nossa homenagem: Jurandyr Povinei Pea sua capacidade de concretizar panos, iderança e respeito ao ser humano e ao trabaho. Céia Maria Poppe de Figueiredo e Eisabete Pinto Guedes Com carinho, pea amizade, simpatia e sensibiidade; com respeito, pea competência, eficiência e coaboração. Os autores

9 Capítuo 1 Introdução Cícero Onofre de Andrade Neto e José Roberto Campos 1.1 Generaidades A disposição de esgotos brutos no soo ou em corpos receptores naturais, como agoas, rios, oceanos, é uma aternativa que foi e ainda é empregada de forma muito intensa. Dependendo da carga orgânica ançada, os esgotos provocam a tota degradação do ambiente (soo, água e ar) ou, em outros casos, o meio demonstra ter condições de receber e de decompor os contaminantes até acançar um níve que não cause probemas ou aterações acentuadas que prejudiquem o ecossistema oca e circunvizinho. Esse fato demonstra que a natureza tem condições de promover o tratamento dos esgotos, desde que não ocorra sobrecarga e que haja boas condições ambientais que permitam a evoução, reprodução e crescimento de organismos que decompõem a matéria orgânica. Em outras paavras, o tratamento bioógico de esgotos é um fenômeno que pode ocorrer naturamente no soo ou na água, desde que predominem condições apropriadas. Uma estação de tratamento de esgotos é, em essência, um sistema que expora esses mesmos organismos que proiferam no soo e na água. Em estações de tratamento procura-se, no entanto, otimizar os processos e minimizar custos, para que se consiga a maior eficiência possíve, respeitando-se as restrições que se impõem pea proteção do corpo receptor e peas imitações de recursos disponíveis. Em estações de tratamento procura-se, geramente, reduzir o tempo de detenção hidráuica (tempo médio que o esgoto fica retido no sistema) e aumentar a eficiência 1

10 2 Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controada no Soo das reações bioquímicas, de maneira que se atinja determinado níve de redução de carga orgânica, em tempo e espaço muito inferiores em reação ao que se espera que ocorra no ambiente natura. Assim sendo, mesmo a disposição no soo pode constituir-se em uma exceente forma de tratamento, desde que se respeite a capacidade natura do meio e dos microrganismos decompositores presentes. A evoução da tecnoogia de tratamento de esgotos em ambiente confinado e controado iniciou-se com a constatação de que agoas poderiam ser utiizadas para esse fim e também com as proposições, em 1893 e 1914, de sistemas que hoje são conhecidos como tanques sépticos e odos ativados aeróbios, respectivamente. Durante muito tempo, no passado, acreditava-se que águas residuárias poderiam ser tratadas com eevada eficiência apenas quando se empregavam processos aeróbios (oxigênio presente na forma moecuar O 2 ) e que o processo anaeróbio (ausência de oxigênio) só se apicava à digestão de odos, com eevada concentração de sóidos orgânicos. Assim sendo, o processo anaeróbio só era utiizado na digestão de odos concentrados de estações de tratamento, em certos tipos de agoas e em digestores rurais. Em certos casos, até se efetuava o aproveitamento de biogás, que pode apresentar eevada concentração de metano (CH 4 ), que é um gás combustíve. A evoução aceerada dos conhecimentos e do emprego de reatores anaeróbios não convencionais para o tratamento de despejos íquidos contendo quantidades reativamente pequenas de matéria orgânica é devida, em grande parte, à contribuição inicia oriunda do trabaho dos pesquisadores James C. Young e Perry L. McCarty, na década de Vae embrar que os esgotos sanitários são considerados como águas residuárias com baixa concentração. Os novos reatores foram concebidos fundamentamente com base no mehor conhecimento do processo anaeróbio e, principamente, na verificação da viabiidade de se dispor de diferentes maneiras para conseguir tempo de retenção ceuar (tempo médio que os microrganismos ficam retidos no sistema) sensivemente superior ao tempo de detenção hidráuica nas unidades de tratamento anaeróbio. O aumento do tempo de retenção ceuar, em reação ao tempo de detenção hidráuica nos reatores anaeróbios não convencionais, tem sido conseguido por meio da construção de unidades cuja concepção e operação apóiam-se nos conceitos que são descritos sucintamente a seguir: a) Retenção de microrganismos nos interstícios existentes em eito de pedra ou de outro materia suporte adequado que constitui parte de um reator (unidade na qua ocorre conversão de agum materia por processo bioógico ou químico) anaeróbio com fuxo ascendente ou descendente. Nesse caso, são incuídos os

11 Cap. 1 Introdução 3 fitros anaeróbios, nos quais tem sido constatado que, apesar de ocorrer a aderência de fime bioógico ao meio suporte, a parcea significativa de microrganismos encontra-se nos interstícios do eito. b) Produção de uma região no reator com eevada concentração de microrganismos ativos que obrigatoriamente é atravessada (e misturada) peo fuxo ascendente dos despejos a serem tratados. Esse princípio é exporado nos reatores anaeróbios de fuxo ascendente e manta de odo (Upfow Anaerobic Sudge Banket UASB) e nos reatores anaeróbios compartimentados. c) Imobiização de microrganismos mediante sua aderência a superfícies fixas ou à superfície de materia particuado móve. Os reatores de eito expandido ou fuidificado fundamentam-se essenciamente nesse princípio, tendo-se em vista que a grande parcea de microrganismos ativos encontra-se aderida às partícuas que constituem o seu eito. Atuamente já se tem uma idéia generaizada de que ambos os processos bioógicos, aeróbio e anaeróbio, podem ser apicados para o tratamento de esgotos sanitários, cada qua apresentando uma série de aspectos positivos e, naturamente, outra série de aspectos negativos. Assim sendo, em cada caso, devem-se ponderar ambas as possibiidades para que se chegue reamente à soução mais apropriada para uma determinada cidade. Aém do crescimento do número de aternativas para tratamento, também a tecnoogia de projeto, construção e operação do sistema evouiu de forma apreciáve nos anos mais recentes. Durante os útimos 20 anos, verificou-se uma verdadeira revoução nos conceitos concernentes com o tratamento de águas residuárias. Nesse período, aém de ampiar e vaorizar a apicabiidade do processo anaeróbio, também foi aumentado significativamente o número de aternativas para concepção física das unidades para conversões bioógicas. Os pesquisadores e os profissionais da área aprenderam a trabahar em equipe e deixaram de apenas supervisionar as partes puramente civi e eetromecânica das estações de tratamento. A consciência atua cooca em destaque a importância da mutidiscipinariedade do assunto e envove eementos de bioogia, microbioogia, bioquímica, engenharias, arquitetura, economia, poítica, socioogia e educação ambienta. As unidades já não são vistas como simpes tanques, em concreto, em chapa metáica etc. Hoje essas unidades são estudadas como reatores em que ocorrem transformações compexas, com a participação de organismos vivos.

12 4 Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controada no Soo Há que se tentar a otimização da construção, da operação e da manutenção do reator (custos) fundamentada na otimização do processo bioógico. No que se refere a custos para impantação de sistemas de tratamento, as cifras reacionadas com as necessidades do Brasi são impressionantes, pois, atuamente, apenas cerca de 40% da popuação urbana é servida com redes coetoras, sendo que a situação da popuação rura ainda é grave. Outro fato, também decepcionante, reside na constatação de que apenas cerca de 10% dos esgotos são submetidos a agum tipo de tratamento. Estima-se, de maneira aproximada, que atuamente, no Brasi, seria necessário investir mais de 40 bihões de reais em saneamento básico (água, esgotos e ixo), para que sejam atingidas condições adequadas e desejáveis. Finaizando essa introdução sobre o tema, pode-se sintetizar que há muitas aternativas para tratamento de esgotos, desde uma simpes, porém controada, disposição no soo até sofisticadas estações competamente automatizadas. Dentro desse contexto, concui-se que, para cada cidade, em função de suas características próprias, deve-se sempre escoher aquea soução que corresponda a uma eficiência e a custos compatíveis com as circunstâncias que prevaecem no oca. 1.2 Características de Esgotos Sanitários A primeira medida para iniciar o evantamento de dados para eaboração de um projeto de sistema de tratamento de esgotos reaciona-se com a determinação da quaidade e da quantidade dos esgotos que serão encaminhados à estação depuradora. Deve-se determinar a variação da vazão e da quaidade dessas águas, para que seja possíve um dimensionamento mais próximo da reaidade e não baseado apenas em dados obtidos em bibiografia. Devem-se efetuar medições de vazão e coetar amostras representativas para que se tenha uma caracterização quantitativa rea. Aém do mais, por meio de extrapoações fundamentadas no crescimento popuaciona e industria previsto para peo menos 10 a 20 anos, é obrigatória a definição do acance de projeto associado a estimativas, as mais seguras possíveis. De maneira gera, as vazões de esgotos variam durante o dia, de acordo com os usos e costumes de uma dada comunidade, porém uma idéia gera dessa variação pode ser observada na Figura 1.1, em que se mostra um hidrograma típico bastante comum. Naturamente, a vazão média também varia nos diferentes dias da semana e nas diferentes estações do ano. Na figura, os vaores de Q mín e Q máx em reação a Q méd são apenas iustrativas, pois podem variar caso a caso.

13 Cap. 1 Introdução 5 Vazão 1,5 Qméd Vazão máxima (Qmáx) 0 Qméd Vazão média 0,5 Qméd Vazão mínima (Qmín) h Figura 1.1 Variação diária típica de vazão de esgotos sanitários. Aém das águas usadas em atividades domésticas, também têm acesso à rede coetora aqueas águas provenientes de usos industriais, águas de infitração etc. No Brasi, usa-se o sistema denominado separador absouto, que não permite a introdução de águas puviais, porém, em ocasiões de chuvas, sempre ocorre a penetração desse tipo de água por meio de tampões de poço-de-visita, de ançamentos candestinos etc., atingindo vazões consideráveis. Esse fato exige que, junto à chegada dos esgotos, em estações de tratamento, sempre seja previsto um extravasor para impedir que a vazão que tem acesso à instaação supere aquea correspondente à vazão de projeto. Evidentemente, a atitude correta seria prever o tratamento dessa vazão excedente. De maneira gera, as vazões de esgotos que têm acesso a uma estação de tratamento variam aproximadamente de acordo com certos padrões que podem ser expicados, aproximadamente, peas equações que fornecem dados em itros por segundo (/s). Vazão mínima: & 32 3 T 4 PtQ = + /,1 ) + 4 +,1' 0Ì Vazão média 4 PpG & 32 3 T = + /,1) + 4 +,1' 0e'

14 6 Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controada no Soo em que: Vazão no dia de maior consumo: 4 GLD & 32 3 T. = + /,1 ) ,1' 0e' Vazão na hora de maior consumo: 4 & 32 3 T.. = + /,1 ) KRUD,1' 0É; C: reação entre a vazão de esgotos que tem acesso ao sistema coetor e a vazão de água distribuída à popuação. Varia entre 0,70 a 1,30, mais comumente, C = 0,80 POP: popuação a ser atendida (habitantes) Q: consumo médio diário de água per capita. popuação permanente: 100 a 350 /pessoa dia, geramente popuação futuante: 50 a 200 /pessoa dia Q IND : contribuição industria (/s) INF: infitração na rede (0,20 a 10 /s km, geramente) L: comprimento da rede (km) K 1 : coeficiente do dia de maior consumo, varia entre 1,20 e 1,50 (comumente: 1,25) K 2 : coeficiente da hora de maior consumo, varia entre 1,50 e 1,30 (comumente: 1,50) Essas fórmuas são comumente utiizadas para estimativas de vazão para projeto, porém é importante que todos os parâmetros incusos nas mesmas sejam medidos ou determinados in oco para que não se incorra em erros grosseiros. Aém de estudos cuidadosos para avaiação de vazões atuais e futuras, dentro do horizonte de projeto, deve-se fazer uma perfeita caracterização dos esgotos por meio de coeta e exame de amostras representativas. De maneira gera, os esgotos sanitários possuem mais de 98% de sua composição constituída por água, porém há contaminantes, entre os quais destacam-se: sóidos suspensos, compostos orgânicos (proteínas: 40% a 60%; carboidratos: 25% a 50%; e óeos e graxas: 10%), nutrientes (nitrogênio e fósforo), metais, sóidos dissovidos inorgânicos, sóidos inertes, sóidos grosseiros, compostos não biodegradáveis, organismos patogênicos e, ocasionamente, contaminantes tóxicos decorrentes de atividades industriais ou acidentais.

15 Cap. 1 Introdução 7 Dada a dificudade em caracterizar todos os patogênicos presentes, adota-se como recurso a determinação da densidade de microrganismos coiformes, NMP (número mais prováve de coiformes/100 m de amostra), que indiretamente constitui um indicador da presença prováve de organismos patogênicos nesse meio. Organismos coiformes são bactérias que têm seu hábitat favoráve no trato intestina de animais de sangue quente. De maneira gera, devem ser coetadas amostras e determinados peo menos os seguintes parâmetros: ph, temperatura, DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), DQO (Demanda Química de Oxigênio), nitrogênio (nas formas de nitrogênio orgânico, amoniaca, nitritos e nitratos), fósforo, acainidade, materiais soúveis em hexano, sóidos sedimentáveis, resíduos (em suas diferentes formas: suspensos, dissovidos, fixos e voáteis), coiformes totais e coiformes fecais. Recentemente, também a avaiação do número de nematóides começou a receber maior atenção. Quando há ançamentos de águas residuárias de indústrias, deve-se fazer evantamento perfeito das cargas correspondentes e da natureza e tipo de efuente com essa origem, pois pode ocorrer a presença de substâncias refratárias ao tratamento ou de substâncias inibidoras ou tóxicas. Em cada caso, deve-se definir aguns parâmetros adicionais para comporem o eenco de anáises e determinações com amostras dos esgotos que terão acesso ao tratamento, entre os quais podem-se citar: metais pesados, pesticidas etc. Entre os parâmetros citados é muito importante destacar agumas considerações sobre a DBO. Em esgotos sanitários, a DBO geramente varia na faixa de 150 a 600 mg/, em média. Isso significa, de forma grosseira, que cada itro de esgoto ançado em um corpo aquático pode provocar consumo de 150 a 600 mg/ de oxigênio disponíve nesse meio, por intermédio das reações bioquímicas (respiração de microrganismos, principamente). Esse ensaio é padronizado para a temperatura de 20 C e 5 dias de duração. Isso significa que, na reaidade, o consumo de oxigênio pode ser maior ou menor do que aquee determinado em aboratório, pois, no meio natura, há outras variáveis não ponderadas no ensaio. Para ter uma idéia grosseira da contribuição de cada pessoa na degradação da água de um corpo d água natura é interessante notar que as atividades normais de um ser humano eva à produção de cerca de 50 a 60 g de DBO 20ºC,5d por dia, ou seja, cada pessoa, por meio de seus esgotos, provoca consumo de oxigênio no corpo receptor da ordem de 50 a 60g. Em termos grosseiros, se for considerado que um corpo receptor sadio tem geramente teor de oxigênio dissovido de aproximadamente 7 mg/, cada pessoa provoca

16 8 Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controada no Soo a redução desse teor para zero mg/, correspondente a um voume de 8 m 3 /dia, aproximadamente (54 g de DBO 20ºC,5d /pessoa dia). Extrapoando-se para uma cidade de habitantes, por exempo, chega-se a um voume da ordem de m 3 /dia. No que se refere à contaminação do corpo receptor por microrganismos potenciamente patogênicos, um número bastante representativo refere-se ao NMP de coiformes por 100 m, característico dos esgotos sanitários. A faixa de vaores mais comuns encontra-se entre 10 6 e 10 8 NMP/100 m. Isso significa que, em cada itro de esgoto bruto ançado em um rio, tem-se de 10 7 a 10 9 organismos coiformes, que indiretamente podem estar reacionados com a presença de patogênicos. 1.3 Definição do Número de Estações e do Níve de Tratamento Tanto o estabeecimento do número de estações como a definição de eficiência necessária para o tratamento são decisões que não podem ser tomadas sem avaiação muito cuidadosa de diversos fatores ocais, como casse, tipo e natureza do corpo receptor, áreas disponíveis para impantação do sistema, recursos disponíveis, condições da rede coetora existente etc. A seguir, será apresentado um apanhado gera sobre os principais fatores que interferem nessas condições básicas. Como já foi mostrado anteriormente, ao se ançarem os esgotos em um rio, por exempo, poderá ocorrer redução acentuada do oxigênio presente nesse corpo receptor. Na Figura 1.2 apresenta-se um exempo de curva de variação do oxigênio em um rio que recebeu uma descarga concentrada de esgotos. Note que, nesse caso, ao ongo do curso do rio, a concentração de oxigênio foi reduzida de 8,0 g/ até próximo a 2,0 mg/ e, depois, entamente esse teor eevou-se até acançar vaor próximo àquee que havia previamente. Nesse caso, nas águas desse rio continuou a prevaecer atividade aeróbia em níve adequado para a sobrevivência de um número significativo de peixes, pois a concentração de oxigênio manteve-se superior a 2,0 mg/. Como todo rio tem uma capacidade de autodepuração compatíve com a sua vazão, turbuência das águas, temperatura etc., houve a reaeração dessas águas (introdução do oxigênio por meio da superfície e também por atividade de agas) e a recuperação natura desse corpo receptor, depois de uma extensão que pode variar de agumas dezenas a centenas de quiômetros.

17 Cap. 1 Introdução 9 8,0 Esgotos Oxigênio dissovido (mg/) 6,0 4,0 2,0 0 Distância (km) Figura 1.2 Efeito do ançamento de esgotos em um rio. Em outros casos, a descarga de esgotos pode provocar situação catastrófica para a vida aquática que depende de meio aeróbio. O rio pode não ter condições de manter condições aeróbias em toda a sua extensão, pois mesmo ocorrendo a aeração natura, pode haver trecho onde a concentração de oxigênio se reduz a zero. Nesse trecho, então, ocorre a anaerobiose e a morte de praticamente todos os peixes. Esses comentários demonstram caramente que, para cada caso, deve-se determinar a máxima carga que se pode ançar em um rio para que não se provoquem aterações sérias nesse ecossistema. Logicamente, o idea seria que a eficiência da estação fosse sempre de 100%, porém, à medida que se aumenta a eficiência de uma estação, a partir de 80%, os custos de impantação e de operação crescem de maneira muito acentuada. Lançar, por exempo, os esgotos de uma cidade de habitantes no rio Amazonas é ago competamente diferente de ançá-os em um pequeno córrego com 0,50 m de argura. No primeiro caso, os efeitos na vida aquática são quase desprezíveis, porém, no segundo, são catastróficos. Baseando-se nesses conceitos, a egisação em vigor estabeece padrões de quaidade associados às características que devem ser respeitadas no corpo receptor, e padrões de emissão reativos às características que devem ser respeitadas nos efuentes industriais ou esgotos sanitários tratados, para ser possíve seu ançamento em um corpo receptor. Sugere-se que todo administrador municipa tenha em mãos toda Legisação Federa sobre esse tema e, também, a Legisação Estadua, mais específica e objetiva, sobre a região.

18 10 Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controada no Soo Assim sendo, quando se quiser determinar o níve de tratamento necessário, devese conhecer paraeamente as características do corpo receptor e a casse à qua pertence, de acordo com deiberação do Órgão Estadua de Controe de Pouição e do Conama Conseho Naciona do Meio Ambiente. Conhecendo-se sua casse, pode-se saber exatamente as características que devem ser respeitadas nesse rio, mesmo após o ançamento de esgotos tratados. Com base na capacidade de autodepuração do rio e em respeito aos padrões de quaidade a serem mantidos no mesmo, em função da sua casse, pode-se definir as características que deverão ter os esgotos tratados. A fim de obedecer aos padrões de quaidade do corpo receptor, também deve-se respeitar aos padrões de emissão reativos às águas residuárias tratadas. Com base no exposto, fica caro que a eficiência do tratamento só pode ser definida depois de consutar a egisação e ter dados precisos sobre o corpo receptor em questão. Como diretriz básica e preiminar mínima, deve-se sempre procurar acançar eficiência na remoção de DBO superior a 80% ou deve-se procurar ter efuentes tratados com DBO inferior a 60 mg/. Naturamente, aém de considerar esse parâmetro, também devem ser respeitados imites associados a outros, como sóidos suspensos, NMP de coiformes etc., constantes dos padrões de emissão. Geramente, na prática, para respeitar os padrões de quaidade, as condições são mais restritivas. Em reação ao número de estações de tratamento de esgotos a ser impantado em uma cidade, naturamente, outra série de fatores deve ser evada em consideração para que se chegue a uma concusão que ofereça os mehores resutados em termos técnicos, econômicos e ambientais. Dois fatores que, em muitos casos, obrigam a direcionar essa escoha se referem à disponibiidade de espaço e à configuração do sistema de coeta e de transporte de esgotos já existentes na cidade. Por exempo, pode ocorrer o caso, simpificadamente mostrado na Figura 1.3, em que a cidade já possui impantados coetores, interceptores e emissários que conduzem todo o voume de esgotos produzidos na área urbana até um único ponto, no qua há a opção por uma única estação de tratamento nesse referido oca. Até recentemente, os projetistas geramente optavam pea soução mostrada na Figura 1.3, sem quaquer estudo preiminar aprofundado, porém, atuamente, tem-se a certeza de que para determinar a mehor aternativa, no que concerne ao número de estações a serem impantadas, deve-se fazer um estudo econômico e ambienta cuidadoso reativo à anáise de costumes de obras, operação e manutenção. Nota-se que, quando se procura concentrar todo o voume de esgotos de uma cidade em um ponto único, é

19 Cap. 1 Introdução 11 preciso aumentar o diâmetro das canaizações à medida que aumenta a área servida. Aém disso, geramente, tem-se de construir sistemas de bombeamento para, eventuamente, ançar os esgotos de uma ou mais sub-bacias até canaizações que posteriormente conduzem os esgotos ao oca de tratamento. Córrego ou rio Interceptor, emissário Estação de tratamento (ETE) Figura 1.3 Locaização de estação de tratamento de esgoto em cidades que dispõem de redes que concentram os esgotos em um único oca. Evidentemente, esses componentes têm custos de construção e de operação consideráveis, que não devem ser ignorados no momento de fazer opções técnicas e econômicas. Na Figura 1.4 é mostrado esquema para a mesma situação em que se prevê a construção de 3 estações. Nota-se, nesse caso, que os diâmetros finais dos interceptores e emissários são menores, redundando em menor custo para transporte dos esgotos. Por outro ado, geramente o custo por metro cúbico tratado pode diminuir, dentro de certos imites, à medida que aumenta a capacidade de uma estação de tratamento de esgotos. Adicionamente, caso haja diversas estações espahadas, evidentemente tem-se de dispor de maior número de funcionários e, naturamente, os serviços de controe ficam mais compexos. Isso demonstra que a escoha do número de estações não é ago tão fáci como aparenta e constitui uma decisão importante, principamente no que se refere à otimização de custos.

20 12 Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controada no Soo Córrego ou rio Interceptor, emissário ETE 1 ETE 2 ETE 3 Figura 1.4 Locaização de estações de tratamento de esgoto em cidades que dispõem de rede projetada, prevendo-se a construção de diversas estações. Para encerrar essa abordagem, é muito importante citar o fato de que, independentemente do número de estações adotado, o projetista sempre deve pensar na possibiidade de moduar as estações de tratamento para faciitar a ampiação da mesma e otimizar sua operação e manutenção. Assim, por exempo, se para uma cidade que pretende tratar esgotos de habitantes foram previstas duas estações, uma para atender a habitantes e outra para habitantes, pode-se perfeitamente imaginar um móduo para tratar esgotos de habitantes, de forma que seriam construídas duas estações, uma constituída de 4 móduos e outra, de 6 móduos. Evidentemente, ao escoher a capacidade do móduo, também deve-se ter justificativa técnica e econômica. Nota-se que, ao moduar uma estação, reduz-se drasticamente a necessidade de construí-a de uma só vez, eiminando a necessidade de grandes empréstimos e diuindo a responsabiidade de sua evoução, por exempo, em uma, duas ou três gestões administrativas. Naturamente, à primeira gestão caberá a eaboração do projeto, desapropriação da área e impantação de um certo número inicia de móduos. Às gestões seguintes a obrigação se restringirá à continuidade de impantação de novos móduos.

21 Cap. 1 Introdução Etapas de Estudos para Concepção de Sistemas de Tratamento de Esgotos Nos itens seguintes são destacados aguns fatores que infuenciam de maneira acentuada a concepção de sistemas de tratamento de esgotos. A esses fatores se somam muitos outros, que tornam as tomadas de decisão ainda mais compexas. Nota-se que, ao impantar uma estação de tratamento, esse sistema provocará certo impacto ambienta na área circunvizinha, que pode ser negativo ou quase desprezíve. Portanto, aém de pensar na parte puramente técnica, também é preciso ponderar os aspectos ambientais e estético (arquitetura, urbanismo e paisagismo), para que essa obra não venha a ser ago que agrida os sentimentos dos moradores da região e daquees que venham visitar a estação de tratamento. Por outro ado, essa obra pode também provocar aterações no ambiente vizinho em conseqüência da exaação de maus odores e peo tráfego de veícuos que fatamente terão de afastar resíduos sóidos do oca. A esses fatores devem ser somados outros, entre os quais aquees reacionados com possibiidades de contaminação do enço de água subterrânea, arraste de materiais peas águas puviais até corpos d água etc. Dois parâmetros fundamentais que também não devem ser esquecidos referemse à produção de odo e ao consumo de energia. No Brasi, e em quase todos os países do mundo, o probema de afastamento, tratamento e de disposição de resíduos sóidos torna-se cada vez mais grave; em agumas situações atinge níve dramático. À medida que se impantam estações de tratamento de águas residuárias, evidentemente se produz mais resíduo sóido, que é retirado dessas águas ou que é produzido por meio da síntese das bactérias que promovem o tratamento bioógico. A produção de odos em uma estação de tratamento é ago importante que redunda na necessidade de ser considerado como um dos importantes fatores que podem evar a probemas e a custos significativos. Quanto ao consumo de energia, não há necessidade de acrescentar muito, pois é evidente que, quanto menor a demanda de energia eétrica, menor será o custo de operação. Apesar de ser evidente, em muitos casos nota-se tota desprezo por essa ponderação. Diante do exposto, fica evidente a enorme responsabiidade do administrador municipa ao decidir pea impantação do tratamento de esgotos em sua cidade, pois,

22 14 Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controada no Soo direta ou indiretamente, os erros advindos de uma opção inadequada certamente serão atribuídos à gestão durante a qua foram iniciados os estudos, sendo esquecida, muitas vezes, a intenção nobre de savaguardar o ambiente que deu impuso às medidas tomadas. Assim sendo, é recomendáve, sempre que possíve, e em cidades que não disponham de dados e panos baseados em estudos técnicos, econômicos e ambientais sobre o sistema de esgotos, que sejam seguidos aguns passos fundamentais na evoução do panejamento para impantação de estações de tratamento de esgotos. Desse modo, recomenda-se que peo menos sejam observadas agumas etapas, conforme enumeradas a seguir: a) Diagnóstico do sistema existente. Nesta fase deve-se evantar todos os dados concernentes com o sistema existente, como cadastros, vazões, custos, receita, probemas executivos e operacionais, divisores de sub-bacias, popuação atua e seu crescimento etc. Em síntese, deve-se coetar e anaisar todos os dados possíveis para que se conheça perfeitamente como o sistema existente está construído, suas possibiidades de expansão, suas condições operacionais etc. Adicionamente, devem-se conhecer vazões, ocais de ançamento, casse e características do(s) receptor(es), distribuição da popuação servida etc. b) Estudo de aternativas e escoha de mehor soução. Esta fase é muito importante, e seu sucesso é fundamentamente apoiado na experiência e no conhecimento do projetista e de seus consutores. Vae destacar que recentemente está ocorrendo uma evoução acentuada no número de aternativas tecnicamente viáveis para tratamento de esgotos. Cabe àquees aos quais recai a decisão a responsabiidade e a obrigação de ponderarem sobre todas as aternativas viáveis, envovendo tecnoogias desde a mais simpes até a mais compexa e desde a mais antiga até a mais recente. Naturamente, em função das condições de cada cidade, muitas aternativas podem ser eiminadas após uma simpes avaiação inicia de fatores básicos, como: área disponíve, níve sócio-econômico predominante, disponibiidade de energia a custo razoáve etc. Porém, após essa pré-seeção, sempre há agumas aternativas tecnicamente viáveis que deverão ser objeto de estudos para determinação daquea que oferece as mehores condições econômicas. Os estudos técnico e econômico deverão ser reaizados com base em informações que surgirão por meio da anáise dos seguintes tópicos, fases ou considerações. Conhecimento da casse e avaiação da capacidade de autodepuração do corpo receptor. Definição da eficiência necessária para tratamento.

23 Cap. 1 Introdução 15 Espaço disponíve para a impantação da(s) estação(ões). Sondagem e estudos geofísicos na(s) área(s) para impantação da(s) estação(ões). Definição do número de estações. Definição do móduo que constitui a(s) estação(ões). Utiização de tecnoogias disponíveis e apropriadas. Definição de critérios de projeto. Layout de anteprojetos. Anáise sobre o baanço de sóidos para avaiar probemas, souções e custos para transporte, tratamento e destino fina de odos. Anáise sobre o baanço energético para avaiar consumo de energia e seus custos. Anáise sobre as condições técnicas gerais de cada aternativa. Anáise de custos (construção, operação e manutenção) de cada aternativa (devem ser comparados os vaores presentes considerando-se a construção e a operação e manutenção nos próximos 20 anos). Anáise do impacto ambienta de cada aternativa. Escoha de mehor soução. c) Projeto executivo. A concusão de todos os trabahos desenvovidos para a impantação do sistema de tratamento é apresentada detahadamente no projeto executivo e também são fornecidos os projetos específicos em níve suficiente para a execução da obra. Do projeto executivo constam, peo menos: memoria justificativo, escoha técnico-econômica da mehor soução, memoria de cácuo, manua de operação, ista básica de materiais de construção, especificações para construção, projeto estrutura, projeto de instaações eétricas, projeto arquitetônico, projeto de instrumentação e automatização e estudo de paisagismo. Deve também ser incorporado estudo sobre o impacto da estação no ambiente. 1.5 Função de uma Estação de Tratamento de Esgotos Como se descreveu anteriormente, a eficiência e a capacidade nomina de uma estação de tratamento de esgotos são definidas a partir de uma série compexa de fatores específicos a cada caso estudado. O tratamento pode abranger diferentes níveis, denominados tecnicamente de tratamento primário, secundário ou terciário. A Figura 1.5 mostra esquematicamente a composição de uma estação de tratamento competa convenciona, até a desinfecção fina.

24 16 Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controada no Soo Níve de tratamento Terciário Secundário Primário Desinfecção Remoção de nutrientes, de materiais não biodegradáveis e do odo Remoção de odo bioógico Degradação de compostos carbonáceos Remoção de materiais grosseiros, futuantes e sedimentáveis Esgotos Lodo bioógico Recircuação Lodo Lodo secundário Areia e sóidos grosseiros gradeados Adensamento, digestão, condicionamento, desidratação, secagem etc. Lodo primário Disposição adequada Figura 1.5 Conceito de sistema convenciona de tratamento de esgotos. O tratamento primário envove a remoção de sóidos grosseiros, por meio de grades, geramente, e a sedimentação (caixa retentora de areia e decantadores) ou fotação de materiais constituídos principamente de partícuas em suspensão. Essa fase produz quantidade de sóidos que devem ser dispostos adequadamente. De maneira gera, os sóidos retirados em caixas retentoras de areia são enterrados e aquees retirados em decantadores devem ser adensados e digeridos adequadamente, para posterior secagem e disposição em ocais apropriados. As formas de tratamento desse odo variam de maneira bastante ampa. O tratamento secundário, por sua vez, destina-se à degradação bioógica de compostos carbonáceos. Quando é feita essa degradação, naturamente ocorre a decomposição de carboidratos, óeos e graxas e de proteínas a compostos mais simpes, como: CO 2, H 2 O, NH 3, H 2 S etc., dependendo do tipo de processo predominante. As bactérias que efetuam o tratamento, por outro ado, se reproduzem e têm a sua massa tota aumentada em função da quantidade de matéria degradada. Caso se empregue o processo aeróbio, para cada quiograma de DBO removido ocorre a formação de cerca de 0,4 a 0,7 kg e a formação de 0,02 a 0,20 kg de bactérias, aproximadamente. A pequena formação de biomassa do processo anaeróbio em reação ao aeróbio é uma das grandes vantagens atribuídas ao uso das bactérias que proiferam em ambiente

25 Cap. 1 Introdução 17 anaeróbio peo tratamento de efuentes, pois o custo e as dificudades para tratamento, transporte e disposição fina dos odos bioógicos são bastante reduzidos, no caso. Geramente, o voume de odo no processo anaeróbio, em termos práticos, é menor que 30% do voume produzido peo processo aeróbio, para um mesmo afuente íquido. Após a fase em que é feita a degradação bioógica, os sóidos produzidos devem ser removidos em unidades específicas para esse fim (agoas de sedimentação, decantadores, fotadores etc.) e, posteriormente, são submetidos a adensamento, digestão, secagem e disposição adequada. No caso do uso de processo anaeróbio, o fuxograma para tratamento e destino do odo é sensivemente simpificado. Dependendo do tipo do processo adotado, também pode-se recircuar uma parcea da massa de bactérias ativas de vota ao reator bioógico, conforme mostrado na Figura 1.5. Essa aternativa permite o aumento na produtividade do sistema e maior estabiidade no seu desempenho. De maneira gera, a maioria das estações construídas acançam apenas o níve de tratamento secundário aqui descrito, porém, em muitas situações, é obrigatório que esse tratamento acance o níve denominado terciário. O efuente do tratamento secundário ainda possui nitrogênio e fósforo em quantidade, concentração e formas que podem provocar probemas no corpo receptor, dependendo de suas condições específicas, dando origem ao fenômeno denominado eutrofização, que é sentido pea intensa proiferação de agas. O tratamento terciário tem por objetivo, no caso de esgotos sanitários, a redução das concentrações de nitrogênio e de fósforo e é, geramente, fundamentado em processos bioógicos reaizados em fases subseqüentes denominadas nitrificação e desnitrificação. A remoção de fósforo pode também ser efetuada por meio de tratamento químico, com sufato de aumínio, por exempo. Na nitrificação, o nitrogênio é evado à forma de nitrato e, posteriormente, na desnitrificação, é evado à produção de N 2, principamente o que é voatizado para o ar. O tratamento terciário também produz odo, que deve ser adensado, digerido, secado e disposto convenientemente. Em essência, as operações e processos descritos destinam-se à remoção de sóidos em suspensão e de carga orgânica, restando agora, para competar o tratamento, que se cuide da remoção de organismos patogênicos. Sistemas de tratamento que envovem disposição no soo ou agoas de estabiização, em muitos casos, já têm a capacidade de efetuar redução consideráve no número de patogênicos, dispensando, assim, um sistema específico para desinfecção.

26 18 Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controada no Soo Nos outros casos, ainda se faz necessário a previsão de instaações para desinfecção, que geramente é efetuada por meio do uso de coro, ozônio e, mais recentemente, radiação utravioeta. 1.6 Aternativas para Tratamento Generaidades Não faz parte do escopo deste ivro o enfoque competo sobre aternativas para tratamento de esgotos, assim será apenas apresentada uma rápida abordagem sobre o tema. Antes de serem citadas as principais aternativas para tratamento de esgotos sanitários, é interessante que sejam destacadas agumas observações sobre o tratamento primário e sobre aguns parâmetros utiizados para dimensionamento. Como já foi mencionado anteriormente, o tratamento primário visa à remoção de sóidos grosseiros, óeos e graxas, e de sóidos em suspensão, com eficiência ta que permita o bom funcionamento das partes seguintes que compõem uma estação de tratamento. Dependendo do tipo de tratamento adotado, os componentes do tratamento primário podem variar, conforme as aternativas destacadas a seguir, sendo, porém, a caixa retentora de areia uma unidade que raramente pode ser dispensada. Aternativa 1: Grade Caixa retentora de areia Medidor de vazão Decantador primário Aternativa 2: Grade Caixa retentora de areia Medidor de vazão Peneira estática ou mecânica Aternativa 3: Grade Caixa retentora de areia Medidor da vazão Em certos casos em que se opta peo tratamento por disposição no soo, pode-se utiizar como tratamento preiminar apenas o gradeamento, seguido de medidor de vazão, naturamente. A dispensa de decantador primário e de peneira estática geramente é admitida em sistemas de agoas de estabiização e sistemas denominados de oxidação tota ou aeração proongada. Mais recentemente, também tem-se eiminado o decantador

27 Cap. 1 Introdução 19 quando se usam reatores anaeróbios de manta de odo, porém, nesse caso, é obrigatório o uso de gradeamento fino dos esgotos. Ainda como escarecimento inicia, serão apresentados, a seguir, a simboogia e aguns parâmetros fundamentais utiizados por projetistas para estudos e para o dimensionamento de unidades de tratamento de esgotos. Tempo de detenção hidráuica (q h ). É o tempo médio (geramente expresso em dias) em que os despejos íquidos permanecem em uma unidade ou sistema. ou θ K 3 8 9ROXPH GR UHDWRU P = 9D]mR PpGLD GLiULD P GLD θ K = $OWXUDRX FRP SULP HQWR GHXP DXQLGDGH P 9HORFLGDGHP pgldgr OtTXLGR P GLD Taxa voumétrica de carregamento orgânico (T CO). É a quantidade de DQO, DBO ou de outro parâmetro, expressa em kg, que é apicada por dia por unidade de voume de uma unidade. 7&2 = NJ '42 P GLD ou 7&2 = NJ '%2 P GLD ou 7&2 = NJ '42KD GLD Taxa de apicação superficia (TAS). É a quantidade de efuente íquido que é apicada por unidade de área de uma unidade, durante um dia. 9D]mR GRVHVJRWRVP GLD 7$6 = P P GLD= P GLD ÉUHDGDXQLGDGHP Tempo de retenção ceuar (idade do odo). É o tempo médio que os organismos que efetuam o tratamento permanecem em uma unidade (dia). Após esses escarecimentos básicos, considerados essenciais para o entendimento dos critérios fundamentais para projeto, destaca-se o fato de que há muitas aternativas para tratamento de esgotos, entre as quais, destacam-se:

28 20 Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controada no Soo Tabea 1.1 Aguns tipos de reatores ou sistemas usados para tratamento de esgotos. 'LVSRVLomRQRVROR /DJRDVIDFXOWDWLYDV 7LSR 6LVWHPDVGHODJRDVWLSRDXVWUDOLDQR /DJRDDHUDGDODJRDGHVHGLPHQWDomR /RGRVDWLYDGRVFRQYHQFLRQDLV /RGRVDWLYDGRVDHUDomRSURORQJDGD 9DODVGHR[LGDomR /RGRVDWLYDGRVHPUHDWRUGRWLSREDWHODGD EDWFK 3RoRSURIXQGRDHUDGR'HHS6KDIW )LOWURELROyJLFRDHUyELR 5HDWRUDHUyELRGHOHLWRIOXLGLILFDGR )LOWURDQDHUyELR 5HDWRUDQDHUyELRSRUEDWHODGD 'HFDQWRGLJHVWRU 'HFDQWRGLJHVWRUILOWURDQDHUyELR 5HDWRUDQDHUyELRGHPDQWDGHORGR 5HDWRUDQDHUyELRFRPSDUWLPHQWDGRFRP FKLFDQDV 5HDWRUDQDHUyELRGHOHLWRIOXLGLILFDGR H[SDQGLGR &RPELQDo}HVGHSURFHVVRVDQDHUyELRDHUyELRH ELROyJLFRItVLFRTXtPLFRV 3URFHVVRSUHGRPLQDQWH $HUyELRHDQDHUyELR $HUyELRHDQDHUyELR $HUyELRHDQDHUyELR $HUyELRHDQDHUyELR $HUyELR $HUyELR $HUyELR $HUyELR $HUyELR $HUyELR $HUyELR $QDHUyELR $QDHUyELR $QDHUyELR $QDHUyELR $QDHUyELR $QDHUyELR $QDHUyELR $QDHUyELRHDHUyELR $QDHUyELRItVLFRTXtPLFR $HUyELRItVLFRTXtPLFR Esses vários tipos de tratamento, e outros, podem também, em muitos casos, ser associados em uma estação de tratamento, compondo sistemas mediante a combinação de reatores anaeróbios, de reatores aeróbios e de reatores anaeróbios com reatores aeróbios, assim como também podem ser combinados reatores bioógicos com reatores físico-químicos. Neste ivro, serão focaizados apenas os processos anaeróbios e a disposição controada no soo. Estações projetadas recentemente têm demonstrado que o uso de processo anaeróbio seguido por processo aeróbio pode trazer mehores resutados em termos de eficiência e custos menores do que aqueas concebidas em processos aeróbios apenas, empregando-se aeração mecânica. Por outro ado, a disposição controada no soo pode apresentar-se como interessante aternativa, quando se dispõe de área adequada para esse fim.

29 Cap. 1 Introdução 21 Considerações sobre Aternativas Tecnoógicas para Tratamento de Esgotos Com base nas informações disponíveis, pode-se estimar, seguramente, que apenas os esgotos de 10% da popuação brasieira urbana, ou menos, passam por estações de tratamento (1999). Os baixos níveis de atendimento à popuação brasieira com serviços de saneamento básico, sobretudo coeta e tratamento de esgotos sanitários, se devem principamente a probemas de ordem poítica e econômica. Não há exatamente empeciho tecnoógico. No tocante ao tratamento de esgotos, sempre houve a opção preferencia de atuação nos grandes centros urbanos com tecnoogia geramente importada, que em muitos casos não se teria necessidade de utiizar adotando-se tecnoogia adaptada às condições brasieiras. A maior parte da pequena parcea dos esgotos que recebe tratamento, no Brasi, passa por estações de tratamento de grandes cidades, nas quais se optou pea centraização, mediante a reunião dos esgotos em grandes voumes, pea adoção de tecnoogias sofisticadas, que demanda operação compexa e atos custos de execução e geração, e pea descarga dos efuentes nos cursos d água. Há que se perceber a necessidade da apicação de tecnoogia adequada à reaidade do Brasi, e que possibiite o enfrentamento da questão, atendendo a situações presentes tanto em grandes cidades como em pequenos assentamentos humanos. Também há que se perceber as vantagens de adotar souções funcionamente simpes com ata reação benefício/custo. Diante das condições ambientais, cuturais e econômicas do Brasi, souções funcionamente simpes são as que utiizam os processos mais naturais e os reatores menos mecanizados e mais fáceis de serem construídos e operados. Para viabiizar a universaização do atendimento, o caminho mais indicado é certamente o do graduaismo, priorizando a abrangência e adotando a evoução da eficácia a partir de um patamar aceitáve de segurança sanitária. O Brasi detém tecnoogia bastante desenvovida no campo da Engenharia Sanitária e Ambienta e os técnicos, engenheiros e cientistas brasieiros têm conhecimento, competência e criatividade suficientes para adequar e desenvover souções para os probemas de saneamento básico de seu país. Infeizmente, esse potencia ainda não foi suficientemente compreendido e difundido e não houve oportunidade de apicá-o em maior escaa. Não há um sistema de tratamento de esgotos que possa ser indicado como o mehor para quaisquer condições, mas obtém-se a mais ata reação custos/benefícios (respeitando-se o aspecto ambienta) quando se escohe criteriosamente um sistema que se adapta às condições ocais e aos objetivos em cada caso.

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