Licitações: a necessidade de mudança da Lei II

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1 Licitações: a necessidade de mudança da Lei II Vimos no artigo anterior que a Lei 8666, lei das licitações, tem se mostrado ultrapassada para as necessidades da administração publica brasileira, demandando urgentemente reformas. Neste artigo procuramos alinhavar algumas idéias para esse debate. Fernando Albino AAA/SP - falbino@albino.com.br Apesar de seus meritórios propósitos, a Lei 8666 tem se mostrado inadequada, constituindo-se em um estorvo para a administração pública e para os particulares que com ela contratam. Conforme afirmou um antigo administrador público, a 8666 não impede o administrador inescrupuloso de prejudicar o erário e não ajuda o administrador sério a administrar bem. A lei padece de vários problemas, alguns dos quais já mencionamos. Mas por detrás de sua redação dois problemas são fundamentais: (a) o pressuposto de que o menor preço sempre assegura o melhor uso dos recursos públicos; e (b) a falta de um procedimento célere e seguro para a escolha da proposta vencedora. Trata-se de uma falácia a máxima de que o menor preço sempre deve prevalecer. Na verdade, a regra deve ser a da melhor solução para a necessidade pública pelo menor preço. Parafraseando a sabedoria popular, por vezes o barato sai caro. Na verdade, o princípio absoluto do menor preço só funciona para aquisição de bens de simples confecção (e não, necessariamente, serviços) em mercados pulverizados com muitos produtores. Daí o sucesso dos procedimentos de leilões públicos que têm economizado enormes recursos para os tesouros. Já para produtos sofisticados e, sobretudo, para serviços de alta tecnologia e especialmente para obras de grande complexidade e exigência técnica, o que importa é a solução (evidentemente com ampla negociação quanto ao preço, na tentativa de reduzi-lo ao mínimo suportável nas circunstâncias). Alguns exemplos saltam aos olhos: de nada adianta adquirir o equipamento mais barato se ao longo de sua vida útil a manutenção é mais cara; pior ainda, se faltam peças de reposição. Além disso, a norma deveria não só permitir, mas até privilegiar, o cotejo entre as melhores propostas e a possibilidade de uma nova rodada de negociações entre a administração pública e os primeiros colocados, na tentativa de negociar alterações nas propostas tendentes a aperfeiçoar as soluções apresentadas e conseguir reduções adicionais de valor. Em licitação recente, aqui utilizada como mero exemplo, a mudança de local de uma barragem gerou diferença substancial de valor, sem prejuízo da técnica construtiva. Essa mudança legislativa estimularia o diálogo entre os proponentes e a administração, na busca da melhor alternativa para a finalidade pretendida. Mais importante do que se verificar se as folhas das propostas estão numeradas, na sobreposição da forma sobre a substância, é a análise da proposta sob o ponto de vista técnico. As comissões de licitações deveriam ser dotadas de ampla (e regrada) discrição para escolher as propostas que entendessem as melhores e dentre elas estimular os participantes a apresentarem soluções ainda mais inovadoras às novas provocações feitas. Em certa medida, o processo de uma licitação apresenta similitudes com a desapropriação. Nesta, o juízo de necessidade e conveniência é do Estado, restando ao particular mera discussão do preço justo. Na licitação, da mesma forma, o julgamento da melhor solução deve ser do administrador público, deixando-se que aqueles que se sintam prejudicados ingressem com seus pedidos em juízo, onde podem eventualmente repor os prejuízos sofridos. Dotar as comissões de poder (desde que regrado) seria um grande avanço que daria celeridade e certeza aos procedimentos de licitação, sem as intermináveis discussões administrativas e judiciais sobre cada fase do procedimento, o que leva com que a administração pública demore de um ano a um ano e meio para adquirir bens e serviços de que necessita para o cumprimento de seus deveres constitucionais. Por outro lado, deveria se provocar o Poder Judiciário para se obter dele a interpretação constitucional sobre os limites da competência atual das comissões de licitação (e mesmo dos Tribunais de Contas), de tal forma a definir os contornos do controle judicial sobre os procedimentos das licitações. Com isso seriam evitados os constantes entraves judiciais à continuidade das licitações, que sempre redundam em demoras adicionais. Esse aspecto se liga ao seguinte. A lei deveria deixar ao administrador público a discrição para a escolha da melhor proposta sob critérios pré-determinados e amplamente divulgados que sempre levassem em conta a solução apresentada em conjunto com o melhor preço sugerido.

2 Mudanças no Regime Tributário de Transição Instrução Normativa 1397/2013 da Receita Federal estabelece obrigações para o Regime Tributário de Transição, só permitindo não incidência para o lucro fiscal. Cesar Andrade e Luiz Meziara - AAA/SP candrade@albino.com.br e lmeziara@albino.com.br Foi publicada, em 16/09/2013, a Instrução Normativa nº da Secretaria da Receita Federal do Brasil, que estabelece obrigações acessórias e parâmetros de tributação a serem observadas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao Regime Tributário de Transição (RTT), instituído pela Lei nº /09, em razão das mudanças nas regras contábeis criadas pela Lei nº /07. Dentre as relevantes alterações oriundas da IN nº 1.397/13, que serão abordadas nos próximos exemplares do CONJUNTURA, vamos nos ater neste primeiro momento às normas de distribuição de lucros e dividendos pelas pessoas jurídicas sujeitas ao RTT às pessoas jurídicas coligadas ou às pessoas físicas acionistas. O artigo 26 da IN nº 1.397/13, nesse sentido, positivou o entendimento da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional no Parecer/PGFN/CAT nº 202/13, para determinar que os lucros ou dividendos isentos do imposto de renda por ocasião da sua distribuição são os obtidos com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, ou seja, o lucro fiscal. Por outras palavras, não sofreriam retenção na fonte e não integrariam a base de cálculo do imposto de renda devido pelo beneficiário apenas os lucros e dividendos apurados segundo as regras contábeis antigas. Logo, se houver distribuição de lucros em valor que supera o lucro societário apurado de acordo com as regras vigentes até 2007, deve, no entendimento da Receita Federal, haver tributação. mensal, para posterior ajuste no momento da entrega da declaração do ano-calendário. Ainda, deve haver a retenção do IR-Fonte de 15% em caso de beneficiário residente ou domiciliado no exterior, ou de 25%, no caso de beneficiário residente ou domiciliado em país ou dependência com tributação favorecida. A solução dada pela IN, e em conformidade com o Parecer/PGFN/CAT nº 202/2013, seria necessária, já que o lucro societário apurado de acordo com as regras novas não foi submetido à tributação na pessoa jurídica que o auferiu, em função do RTT, ao que tais lucros não poderiam gozar da isenção prevista no artigo 10 da Lei nº 9.249/95. O entendimento do Fisco federal, todavia, não nos parece ser o mais correto, e existem diversos argumentos que podem ser deduzidos contra o entendimento fiscal, em caso de autuação, ou ainda, de medida judicial preventiva. De qualquer forma, a regra criada pela IN RFB nº 1.397/13 já está em vigor, e embora não haja dispositivo expresso nesse sentido, é possível que os Auditores Fiscais pretendam aplicar esse regime tributário para as distribuições de lucros e dividendos ocorridas nos últimos cinco anos. Por conta disso, as pessoas jurídicas que distribuíram ou distribuírem lucros/dividendos em valores superiores ao lucro apurado de acordo com as regras contábeis vigentes até 2007 deverão se acautelar quanto a potenciais autuações. Nos próximos CONJUNTURAS serão abordadas outras alterações relevantes trazidas pela IN RFB nº 1.397/13. A esse respeito, prevê o art. 28 da citada IN que os excedentes devem ser computados na base de cálculo do imposto devido pelo beneficiário, pessoa física ou jurídica. Em caso de pessoa física, deve haver, além disso, a retenção na fonte, segundo a tabela progressiva

3 Novidades Trabalhistas Recibo de quitação e sua validade, adicional de periculosidade e empréstimos para empregados são comentados no artigo. Lilian Knupp Pettersen e Valéria Abbud Jonas AAA/SP - lpettersen@albino.com.br / AAA/RJ vabbudjonas@albino.com.br 1. TRCT firmado sem assistência sindical não serve como prova de quitação O recibo de quitação da rescisão do contrato de trabalho assinado por empregado com mais de 01 ano de serviço só tem validade quando realizado com assistência do sindicato profissional ou perante autoridade do Ministério do Trabalho. É o que dispõe o artigo 477, parágrafo 1º, da CLT. Assim, se o acerto rescisório e a assinatura do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho ocorrem sem a assistência sindical, o termo de rescisão é inválido e não pode ser aceito como prova de quitação das parcelas rescisórias devidas. Na verdade, basta que o trabalhador trabalhe 11 meses e o cômputo da projeção do aviso prévio para que incida a exigência legal. Um julgado semelhante ocorreu na 1ª Vara do Trabalho de Governador Valadares (MG), TRT 3ª Região. Na situação julgada, a empregada admitida em 01/10/2010 e dispensada em 31/01/2012, já contava, na data do desligamento, com mais de um ano de trabalho. Por essa razão, a rescisão contratual deveria ter sido homologada mediante a assistência competente. Diante da constatação de que a reclamada não procedeu da forma legal, a juíza não deu validade ao recibo de quitação contido no TRCT juntado aos autos, deferindo à reclamante as verbas rescisórias cabíveis. Inconformado, a reclamada recorreu, mas a decisão foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais - 3ª Região. 2. Trabalhador da área comercial de posto de gasolina não receberá adicional de periculosidade A 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho decidiu, no julgamento do RR , que o consultor de negócios de empresas de postos de combustíveis não tem direito a adicional de periculosidade. O recurso de revista foi interposto por uma distribuidora de petróleo, que não reconhecia o direito ao adicional. Na ação trabalhista, o consultor alegou que, durante o expediente, trabalhava em área de risco, realizava análise de produtos inflamáveis e afixava faixas nas bombas de combustíveis. Mas a empresa argumentou que o empregado, da área comercial, adentrava de forma esporádica aos locais de risco, o que não justificaria o pagamento do adicional, que corresponde a 30% da salário-base do trabalhador. O relator do processo no TST, ministro Augusto César Leite de Carvalho, deu provimento ao recurso de revista da distribuidora de petróleo por considerar que a condenação contrariou a Súmula nº 364 do TST, que exclui o direito ao adicional apenas quando o contato com o risco se dá de forma eventual. Abaixo a ementa desse julgado: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. TRABALHO EM POSTO DE GASOLINA. ÁREA COMERCIAL. Ante a aparente contrariedade à Súmula 364 desta Corte Superior, deve ser provido o presente agravo de instrumento para determinar o processamento do recurso de revista. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. TRABALHO EM POSTO DE GASOLINA. EMPREGADO DA ÁREA COMERCIAL. TEMPO DE EXPOSIÇÃO AO RISCO. CONTRARIEDADE A SÚMULA 364 DO TST. O TST tem negado o direito ao adicional de periculosidade quando o trabalhador apenas a acompanha o abastecimento com combustível, assegurando-o somente àquele que promove, ele próprio, o abastecimento. No caso, o TRT relata situação em que o trabalhador adentra, com intermitência, em área próxima às bombas de combustível. Portanto, tenho que a escorço fático e probatório delineado no acórdão regional não dá ensejo para se entender que o reclamante de fato tenha sido exposto de maneira habitual e permanente à situação de risco. Recurso de revista conhecido e provido.

4 3. Empréstimos celebrados entre empregado e empregador são avalizados pela Justiça do Trabalho Litígios desta ordem são competência da Justiça do Trabalho e por ela são julgados. Foi o que atestou o Superior Tribunal de Justiça em relação a um caso ocorrido no Estado de São Paulo. A formalização do contrato de empréstimo somente ocorreu porque o obreiro prestava serviços à demandada. Desta forma, as peculiaridades do financiamento como, por exemplo, as condições mais favoráveis do empréstimo - aliadas a seu propósito específico, apontam, necessariamente, para um pacto acessório ao contrato de trabalho, ressaltou Raul Araújo. O STJ entendeu que cabe ao juízo da 5ª Vara do Trabalho de São Bernardo do Campo/SP processar e julgar ação de execução ajuizada com base em contrato de mútuo firmado dentro da relação de trabalho e em função dela. A empresa ajuizou ação de execução contra um ex-empregado alegando que celebrou um contrato de empréstimo a ser quitado em parcelas mensais e sucessivas. O contrato de trabalho que vinculava as partes foi rescindido, ocasionando o vencimento automático do empréstimo. A empresa afirmou que, embora o empregado tivesse autorizado que o valor restante fosse descontado do produto de sua rescisão de contrato de trabalho, tal desconto não foi feito. O processo foi inicialmente distribuído na 6ª Vara Cível de São Bernardo do Campo/SP, que declinou da competência para a Justiça especializada. Encaminhado os autos à 5ª Vara do Trabalho, o juízo afirmou que a matéria tratada nos autos é o contrato de mútuo, cuja função é de natureza civil. Segundo o Ministro Raul Araújo, relator, a competência para o julgamento da demanda é fixada em razão da natureza da causa, que, por sua vez, é definida em razão do pedido e da causa de pedir. Afirmou o relator que a execução possui como causa de pedir um contrato de mútuo firmado dentro da própria relação de trabalho e em função dela, atraindo em consequência disso a competência da Justiça do Trabalho.

5 Garantias em Projetos de Infraestrutura As garantias e contra garantias desempenham papel fundamental nos projetos de infraestrutura, ganhando cada vez maior complexidade. Rafael Viana - AAA/SP rviana@albino.com.br Os projetos de infraestrutura - sejam eles contratados pela lei de licitações (Lei Federal nº 8.666/93), pela lei de concessões (Lei Federal nº 8.987/95) ou pela lei de Parcerias Público-Privadas (Lei Federal nº /04) demandam um arcabouço complexo de garantias voltadas a assegurar a saúde financeira do projeto, sua continuidade, bem como o fiel cumprimento das obrigações existentes entre a Administração Pública e os particulares. A obtenção e prestação de garantias e de contra garantias acompanham a estruturação de qualquer projeto de infraestrutura de grande porte permeando o processo de licitação, a fase de captação de recursos e assegurando o fiel cumprimento dos contratos administrativos, sendo prestadas por meio de instrumentos jurídicos cada vez mais sofisticados. No curso do processo de licitação, é exigido dos licitantes a apresentação de garantia da proposta (bid bond), fundamentada no art. 31 inciso III da Lei Federal nº 8.666/93. A prestação de garantia da proposta traz como resultado, não apenas a segurança quanto à qualificação econômica da licitante, como a comprovação da boa reputação da licitante no mercado, atuando como um verdadeiro indicativo de que a licitante pretende efetivamente cumprir com o edital e que tem condições de prestar futuras garantias caso se sagre vencedora do certame. Considerando a relevância da referida garantia, além da avaliação econômico financeira, é usual que as instituições financeiras e seguradoras condicionem a prestação desse tipo de garantia a avaliação da reputação da licitante no que concerne ao cumprimento das propostas apresentadas, e, por vezes, a capacidade da licitante obter a garantia de execução e cumprir as demais obrigações prévias a assinatura do contrato administrativo. Essa avaliação realizada pelo mercado especializado na oferta desse produto tem relação direta com o risco de execução da referida garantia, já que, caso a licitante deixe de atender as condições do edital ou não tenha condições financeiras para cumprir as condições de assinatura do contrato administrativo (aporte de capital social, prestação de garantia de execução, contratação de seguros) terá a garantia da proposta executada. Por sua vez, a garantia de execução do contrato administrativo, fundada no art. 56 da Lei Federal nº 8.666/93 e aplicável a todas as modalidades de contratação aqui expostas, atua como mecanismo de segurança da Administração Pública contra o descumprimento das obrigações contratuais pela licitante vencedora do certame, sendo usual a previsão de mecanismos diretos de execução, previsão de reposição em caso de execução e duração até o encerramento do contrato administrativo. Talvez seja seguro afirmar que na fase de captação de recursos a prestação de garantias e contra garantias tenha seu papel de maior relevância e maior complexidade de estruturação, por força da multiplicidade de agentes e interesses envolvidos. De fato, para a captação de recursos para execução do projeto são frequentemente exigidas garantias vinculadas ao próprio projeto, como no caso da concessão de serviços públicos e PPPs, garantias prestadas pelos acionistas da Sociedade de Propósito Específico (quando exigida a constituição da SPE) e mesmo garantias prestadas por terceiros. Adicionalmente, na fase de estruturação do financiamento do projeto é frequente a necessidade de contratação de empréstimos ponte, voltados a suportar os investimentos iniciais do projeto até a obtenção do financiamento definitivo do projeto ou mesmo a suplementação do financiamento em caso da necessidade de recursos adicionais para execução do projeto. Em referidos casos, é necessária a prestação de novas garantias voltadas aos financiadores do projeto. As contra garantias também tem seu papel de destaque, na medida em que asseguram a segurança na prestação de garantias, tais

6 como a fiança bancária e seguros prestados por terceiros nos contratos administrativos e de financiamento. Adicionalmente, no contexto das Parcerias Público Privadas, a prestação de garantias pela Administração Pública do pagamento da contraprestação é, sem dúvida, uma das condições para o sucesso dos projetos e atratividade de interessados, sendo igualmente essenciais para assegurar melhores condições de financiamento aos projetos. execução dos contratos administrativos assumem papel essencial no sucesso de qualquer projeto de infraestrutura, sendo de suma importância sua correta estruturação para viabilizar as melhores condições de atendimento aos interesses da Administração Pública, dos particulares, instituições financiadoras e seguradoras. A garantia de pagamento da contraprestação prevista no art. 8º da Lei Federal nº /04 pode ser prestada pela Administração Pública por meio da vinculação de receitas, pela afetação do patrimônio de fundos garantidores, prestação de seguros e fianças por companhias públicas, assim como outros meios admitidos em lei (hipoteca, penhor, para citar alguns). Contudo, diante das vinculações orçamentárias e outras restrições legais para oneração do patrimônio público, por vezes há dificuldade para operacionalização das referidas garantias pela Administração Pública. Cientes das dificuldades e da relevância da estruturação das garantias a União Estados e Municípios, com frequência constituem órgãos e fundos responsáveis pela prestação e administração de garantias. Dentre algumas das citações podemos destacar a criação da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A. ABGF incumbida não apenas de ofertar coberturas securitárias não oferecidas atualmente no mercado, como de gerir o fundo garantidor de PPPs. Também são dignas de nota a já consolidada Companhia Paulista de Parcerias que já presta garantias a diversos projetos de PPP do Estado de São Paulo, assim como a EMIP Empresa Mineira de Parcerias encarregada da gestão dos contratos de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e de concessões promovidas pelo Estado de Minas Gerais. Certo é que face a multiplicidade de instrumentos, mecanismos de prestação e gerenciamento e funções, as garantias prestadas seja na fase de licitação seja na fase de

7 Desconsideração da Personalidade Jurídica A desconsideração da personalidade jurídica ("disregard doctrine") positivada pelo artigo 50 do Código Civil de 2002, visa responsabilizar os sócios pelas obrigações da sociedade nos casos em que há comprovação de abuso da personalidade jurídica. Raquel Franca AAA/SP - rfranca@albino.com.br A desconsideração da personalidade jurídica ("disregard doctrine") positivada pelo artigo 50 do Código Civil de 2002, visa responsabilizar os sócios pelas obrigações da sociedade nos casos em que há comprovação de abuso da personalidade jurídica (este caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial). Tem sido cada vez mais comum a aplicação do referido Instituto pelos nossos Tribunais. Igualmente tem sido amplamente admitida a desconsideração inversa da personalidade jurídica, situação em que são atingidas as sociedades em que participam determinado sócio, sendo assim responsabilizadas por dívidas deste. No entanto, nem sempre a desconsideração tem sido aplicada de maneira correta, o que tem gerado insegurança jurídica. Diversos são os julgados em que se admite a desconsideração, diga-se, indevidamente, pelo simples fato de não ter sido localizado patrimônio suficiente para solver as obrigações da empresa. A insuficiência de bens, por si só, contudo, não é causa legal para que se admita a responsabilização dos sócios (ou da sociedade, no caso de desconsideração inversa). Portanto, as decisões judiciais que têm admitido a desconsideração sem a prévia e cabal demonstração do abuso da personalidade jurídica, nitidamente, violam o referido artigo 50 do Código Civil, assim como princípios constitucionais, como o Devido Processo Legal ("due process of law"). Destaques jurídicos Nesta segunda quinzena de setembro não foram publicadas leis ou regulamentações de grande relevância ou impacto, mas duas novas leis merecem as nossas considerações. A primeira é que inseriu como diretriz de política pública o incentivo aos equipamentos que reduzam o consumo de água e a segunda é a lei que incluiu como uma política de saúde a atividade física. Maurício Boudakian Moysés AAA/SP mmoyses@albino.com.br Incentivo à economia do consumo de água A Lei federal n , de 17 de setembro de 2013, estabelece diretrizes para o saneamento básico, com o objetivo de incentivar a economia e o consumo de água. A lei inclui como um princípio fundamental da prestação do serviço público de saneamento básico a adoção de medidas de fomento à moderação do consumo de água. Quanto à política federal de saneamento básico, a lei determina o incentivo a adoção de equipamentos sanitários que contribuam para a redução do consumo de água, bem como a promoção de educação ambiental voltada para a economia de água pelos usuários. Atividade física como fator de saúde. A Lei federal n , de 24 de setembro de 2013, inclui a atividade física como fator determinante e condicionante da saúde, passando a integrar o rol que atualmente só pertencia à alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e acesso aos bens e serviços essenciais. Com isso, programas destinados as atividades físicas poderão receber verbas públicas consideradas como gastos de saúde. Em recente decisão, o Superior Tribunal de Justiça reafirmou o entendimento de que "a simples inexistência de patrimônio suficiente para satisfazer o pagamento de crédito exequendo não é justo motivo para se taxar, como abusiva, a conduta da parte exequida para por via de consequência, aplicar a disregard doctrine" (REsp SP. Relator Ministro Raul Araujo. J. 25/6/2014. DJe 29/8/2013). Em que pese o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, algumas decisões proferidas por outros Tribunais do país em sentindo contrário acabam não sendo reformadas pelo STJ, por razões meramente formais, pois não raro os recursos destinados à referida Corte não reúnem os requisitos processuais para que a questão seja analisada pelo STJ, perpetuando-se assim verdadeiras distorções na aplicação da "disregard doctrine".

8 Curiosidades A antiguidade não conhecia os recursos porque os julgamentos eram considerados manifestações divinas ou de oráculos não passíveis de discussão. Foi apenas no século III d.c. que se desenvolveu no direito romano, na época do Imperador Augusto, o que se poderia chamar hoje de uma apelação, o jus appellandi. Tratava-se de um recurso para o Imperador das decisões dos governadores de província ou prefeitos do Pretório ou da Cidade ou do Senado. O recurso era bastante raro e possível contra certas decisões cíveis e criminais envolvendo ilícitos graves e o seu prazo de interposição era não superior a dez dias. Esse tipo de recurso desaparece com o fim do Império Romano e reaparece na Idade Média na Igreja Católica, usado contra decisões eclesiásticas e dirigido ao Papa. No direito não canônico outro recurso começa a ser admitido, inspirado no direito germânico, a blasphematio iudicii interposto perante as assembléias de homens livres das decisões dos senhores feudais. No território gaulês era chamado de défaute ou faussement. A influência do direito canônico e a redescoberta das instituições do direito romano promoveram a volta da apelação, regulamentada pelo reinado francês, no século XIV. A apelação, então, começa a ser construída como nos nossos dias adquirindo complexidades: hipóteses de cabimento, prazos, efeitos suspensivo ou meramente devolutivo, etc. A partir daí a evolução do recurso é permanente e na época de Luís XVI foi outorgada aos súditos a possibilidade de ter dois graus de jurisdição praticamente em todos os processos. A Revolução Francesa chancelou os dois graus de jurisdição, criando inclusive tribunais de apelação. Essas regras foram codificadas pelo Código de Processo Civil de 1806 e pelo Código de Instrução Criminal de Os países de direito anglo-saxão foram menos adeptos dos recursos e apenas no século XIX passaram a admitir um appeal e criam uma Court of Appeals (antes disso existiu apenas o writ of error, de alcance muito restrito). O que mais justifica o recurso é o erro judiciário. Casos célebres como o famoso Caso Dreyfus que condenou um inocente à morte provocaram na opinião pública um sentimento de que deve haver uma segunda oportunidade para qualquer pessoa, evitando com isso erros, perseguições e fanatismos. A tendência é a de aumentar os tipos de recursos e sua complexidade, tanto nos direitos locais quanto nos foros internacionais. O sentimento que prevaleceu no STF foi o de que alguns réus deveriam ter esse duplo grau de jurisdição, ainda que no mesmo colegiado, já que quatro dos onze ministros teriam os absolvido de um ou de mais de um dos crimes a eles imputados. Criou-se assim um duplo grau no próprio STF. (extraído do verbete Recursos do Dicionário da Cultura Jurídica, de autoria de Denis Alland e Stéphane Rials, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2012, páginas 1517 a 1522, verbete de autoria de Jean-Louis Halpérin).

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