OS PRIMEIROS CONGRESOS PANAMERICANOS DEL NIÑO (1916, 1919, 1922, 1924) E A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL
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- Giulia do Amaral Belo
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1 OS PRIMEIROS CONGRESOS PANAMERICANOS DEL NIÑO (1916, 1919, 1922, 1924) E A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL Eduardo Silveira Netto Nunes* Doutorando FFLCH-USP; Mestre-PUC-SP; Pós-graduando edunettonunes@yahoo.com.br RESUMO Na busca pela construção de um foro de debate, troca de idéias, cooperação e intercâmbio de experiências abordando a vida infantil e possíveis problemas a ela correlacionados, o continente Americano, de modo especial o cone sul (Argentina, Chile, Uruguai, e também o Brasil), através de personagens como médicos, juristas, pessoas comprometidas com a assistência social (seja filantrópica, científica, caridosa), publicistas, promoveram os Congresos Panamericanos del Niño. Nesse artigo, se pretende analisar a estruturação, dinâmica, temas centrais, representatividade por áreas de conhecimento dos primeiros Congresos, 1916, 1919, 1922, 1924, respectivamente, bem como a participação brasileira em tais eventos (temas enfocados, ênfases de assuntos, participantes, proposições, áreas do conhecimento participantes). ************************************************************* ********* Em 1916, com a realização do Primer Congreso Americano del Niño, em Buenos Aires, Argentina, inaugurava-se na América Latina de forma especial, e no continente Americano de modo geral, um circuito novo para o debate, a troca de idéias, cooperação e intercâmbio de experiências abordando a vida infantil, possíveis problemas a ela correlacionados, e principalmente projetos objetivando eliminar, prevenir e corrigir tais problemas ou ainda destinados a construir e forjar nessa infância encaminhamentos tendentes a potencializa-la de no futuro, como adulto, poder realizar concretamente a chegada à civilização, à evolução, ao aperfeiçoamento social, moral, racial e econômico Foros procurando congregar os diferentes países da América Latina ou mesmo o continente com um todo, para discutir diferentes temáticas, seja de caráter diplomático-oficial como as conferências, primeiro, americanas, depois pan-americanas, seja de caráter não estritamente inter-governamental, já eram uma realizada na região. Exemplos disso, para não ser exaustivo, foram os Congressos Latino Americanos Científicos (ocorreram a partir de 1898, o primeiro em Buenos Aires, Argentina, o segundo em 1901 na cidade de Montevidéu, Uruguai, o terceiro em 1905 na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, o quarto que mudou a denominação para Primero Congreso Científico Panamericano em 1909 na capital chilena, Santiago del Chile. Cf: SAGASTI & PAVEZ, 1989: 195), os Congresos Interamericanos, ou Conferência Internacional Americana, de caráter estritamente oficial e diplomático (essas atividades foram inauguradas por Simon Bolívar em 1826, no Panamá, e, até o fim do século XIX, desenvolveram-se outras no Peru, em Lima, no ano de e em , no
2 Chile, em Santiago del Chile, no ano de 1856, e nos Estados Unidos da América, em Washington, nos anos de 1856 e em Cf: SANTOS, 2004), ou ainda os Congressos Médicos Latino-Americanos (iniciaram as suas atividades em 1901 no Chile, em Santiago del Chile, o segundo aconteceu em 1901 na capital Argentina, Buenos Aires, seguido pelo terceiro em 1904, no Uruguai, na cidade de Montevidéu, o quarto aconteceu no Brasil, em 1909, na capital Rio de Janeiro. Cf: ALMEIDA, 2003). Dentro desse interesse emergente dos latino americanos pelas suas questões e problemas, em alguma medida, comuns ou assemelhados, e também pelo interesse dos Estados Unidos em fortalecer sua influência nessa região, com o seu pan-americanismo fundamentado na doutrina Monroe, a criação desses espaços institucionais, dava vazão a oportunidades concretas para se estabelecerem ou se auto-alimentarem relações, contatos, idéias, projetos, estudos, conhecimento, desencadeando um efetivo ambiente de compartilhamento e de aproximação regional (latino-americano) ou mesmo continental (americano). Imerso nesse ambiente, e formatado também dentro dessas experiências de inter-relação regional, os Congressos Americanos da Criança (ou Congresos Americanos del Niño (CAN), o nome mudaria no quarto congresso, quando passaram a ser chamados Congresos Panamericanos del Niño) foram realizado, a partir de 1916 em Buenos Aires, Argentina; depois em 1919, Montevidéu, Uruguai, acolheu o segundo congresso; já no ano de 1922, o Rio de Janeiro, Brasil, foi a sede o terceiro congresso; dois anos depois, em 1924, Santiago del Chile acolheu o quarto congresso. Esses congressos continuam a acontecer, com uma periodicidade mais larga, até os dias de hoje, sob a coordenação do Instituto Interamericano del Niño (IIN), órgão da Organização dos Estado Americanos (OEA), tendo portanto, atualmente, um caráter oficial, sendo um organismo de relações inter-governamentais e inter-regional cujo o foco é a questão da infância, em especial as políticas de proteção, assistência e promoção dos direitos da criança (Cf: IIN, 2007). Nos propomos a analisar, neste texto, os primeiro quatro Congressos Americanos da Criança, enfocando principalmente sua estrutura, sua dinâmica de funcionamento, alguns debates, e de modo especial, o perfil da participação brasileira nos mesmos. Se por um lado a ocorrência dos primeiros congressos tematizando a infância, ou aspectos da vida social envolvidos com, ou pressupostos nela (família, maternidade, paternidade, mulher, saúde, educação, proteção, entre muitos outros), estiveram ligados a esse momento da região no qual ela buscava estreitar laços e aprofundar uma compreensão mútua de suas realidades e trajetórias históricas, constituindo conhecimentos latino-americanos, ou americanos, correspondentes aos seus dilemas, problemas e objetivos, por outro lado esses encontros voltados para a infância inovavam na região tendo em vista que Congressos ou encontros problematizando a infância já tinham ocorrido no velho mundo em outras oportunidades como o congresso das gotas de leite em Paris, no ano de 1905, ou mesmo Congressos Internacionais de Proteção à Infância ocorreram desde 1894 na Bélgica (cf.: KUHLMANN JÚNIOR, 2001:157) pois procuravam servir como um local para a confluência de especialistas, interessados, e envolvidos com questões da população infantil latino-americana, experientes ou não com o tema, de uma forma mais concentrada, procurando aprofundar os debates em alguns temas, e cujo um dos resultados era o de se propor iniciativas, padrões de ação e atenção aos gestores
3 públicos, privados e aos especialistas,sobre o universo da criança, do adolescente, da família, da maternidade. As idéias evolucionistas, o darwinismo social, o cientificismo, a ideologia do progresso, e da construção de uma civilização, melhorando e aperfeiçoando a raça, eram as matrizes ideológicas predominantes. E serviam para se pensar estratégias destinadas a combater a alta mortalidade infantil fator indispensável para se ter novas e futuras gerações, atingindo as mulheres, as crianças, predominantemente, estivessem elas em uma família ideal (pai, mãe, filhos), ou não (mãe solteira, operária, criança abandonada); para moldar as futuras gerações através da educação escolar; para combater os pequenos desviantes através da prevenção, repressão e reeducação; qualificar moral e laboriosamente a mão-de-obra do futuro com a capacitação ao trabalho e à ética do labor; entre uma infinidades de enfoques e questões levantadas e propostas ao longo dos Congressos da Criança. Os agentes, auto-elegidos como capacitados a conduzir a senda desse futuro, advinham, predominantemente, de setores sociais ilustrados, bacharéis, doutores, formados na Universidade, práticos, publicistas, políticos, suas profissões: médicos, advogados, trabalhadores de instituições cujo o foco era a atenção à infância, cientistas sociais, professores (de todos os níveis), psicólogos, pedagogos, sanitaristas, gestores públicos, religiosos, ativistas sociais, feministas. Apesar de já existir uma experiência compartilhada por esses agentes a respeito de encontros e ambiências de cooperação e trocar internacional de idéias e realizações, pois muitos já tinham alguma inserção internacional e em redes ilustradas ou ativista (cf: ZANETTI, 1995), o desafio de construir os Congressos Americanos da Criança não foi pequeno e mobilizou um grande contingente de pessoas em sua organização em cada um deles. A organização de todos os Congressos analisados, esteve estruturada sob uma base piramidal, com um Comitê Executivo (central) responsável por conduzir os contatos internacionais, receber adesões nacionais, trabalhos, conduzir a logística do evento, nomear os membros das seções de trabalho e os Comitês Seccionais, indicar os temas e os relatores oficiais em cada uma das seções, entre outras funções; Comitês Seccionais, versando cada um deles sobre os eixos temáticos centrais do Congresso (por exemplo: 1-Pedagogia; 2-Higiene), tinham as atribuições de colaborar na seleção dos temas oficiais, podendo estabelecer temas recomendados (oficiais mas não chancelados como principais pelo Comitê Executivo), organizar as atividades da seção e acolher os trabalhos correspondentes e auxiliar o Comitê Executivo nos assuntos afetos à cada Seção; Comitês Nacionais, convidados ou induzidos a serem constituídos a partir do contato do Comitê Executivo com pessoas, grupos ou autoridades dos países da região, e competentes por organizar e conduzir as atividades relativas à difusão da ocorrência do Congresso, à inscrição dos interessados, à formação da delegação oficial do país (com a chancela oficial dos governos); Comitês Provinciais, responsáveis por difundir e organizar nas diversas regiões do país sede. Com pequenas variáveis, os Comitês Executivos, os Seccionais e os Nacionais, foram a espinha dorsal das organizações dos quatro Congressos em questão (1º, 1916; 2º, 1919; 3º, 1922; 4º, 1924), já o Comitê Provincial, se formos nos fundamentar nos Regulamentos de cada Congresso, existiu apenas no primeiro, em Buenos Aires, Argentina, entretanto, observando os Anais e publicações relativa a cada um deles, observamos a utilização dele em todos os demais.
4 O poder desses Comitês Executivos era considerável na delimitação dos rumos temáticos a serem trabalhados em cada um dos Congressos, isso porque, cabia a esse Comitê eleger os assuntos ou temas oficiais de cada seção e de cada encontro além de, da mesma forma, indicar os relatores desses temas. Entretanto, de um Congresso para outro não havia a necessária continuidade seja de temas privilegiados como principais, seja de enfoque dos relatores sobre tais temas, muito porque, a Comitê Executiva era nomeada oficialmente pelo governo do país sede, e cuja escolha ou seleção de nomes para compor tal órgão obedecia a critérios, muitas das vezes, correspondentes aos interesses do governo ou ao prestígio desse ou daquele personagem. Apesar de querermos pensar esses congressos como parte de um movimento latino-americano e americano, congregado a partir da problematização do universo afeto à vida infantil, não podemos exigir dele, nesse momento, a eleição de uma linha de conduta como sendo a característica de todos os congressos. Até porque, mesmo com esse poder relatado, concentrado nas mãos do comitê executivo, não podemos restringir o desenrolar das atividades do evento coma uma mera conseqüência necessária dos enfoques ou preferências do Comitê Executivo. A dinâmica dos Congressos, se por um lado obedecia a uma relação vertical (proposta pelo Comitê Executivo), por outra tinha um grau de autonomia participativa e decisória não censurada previamente a qualquer participante inscrito em suas atividades. Isso porque, todo o inscrito podia oferecer um ou mais trabalhos, devendo serem inéditos, às seções do Congresso, a respeito dos temas oficiais, dos temas recomendados, ou de assuntos não previamente delimitados mas considerados pertinentes, nos quais emitiria a sua opinião, o seu juízo, o seu enfoque próprio a respeito do assunto abordado por si. Ao lado disso, todo o inscrito fosse delegado ou não do seu país ou de alguma instituição, tinha o direito de tomar parte ativa nas deliberações tanto das seções de trabalho, quanto da Assembléia ou plenária geral, ou seja, as decisões prescritivas, sugestivas, indicativas de ações e iniciativas dirigidas aos governos, à sociedade, às instituições, adotadas pelo Congresso, eram tomadas por todo e qualquer participante sem distinção. Cabe esclarecer que essa parte dispositiva dos Congressos não tinha, nesse momento poder de vincular internacionalmente os governos dos países aderentes com delegação oficial, como havia em outras ocasiões a exemplo das Conferências Americanas listadas acima, pois o seu caráter não era estritamente diplomático, mas muito mais cooperativo sob o ponto de vista de mútuas colaborações das áreas de conhecimento debruçadas sobre o universo (ou um universo desejado) social da (para a) infância. Assim as deliberações eram sugestivas. E o processo para um tema, enfoque ou proposição chegar à plenária final, deveria ser precedido pelo trâmite na Seção afeta ao assunto, compreendendo isso uma formulação de voto, sucedido discussão, debate e aprovação na seção. Na plenária final dava-se o processo de discussão e aprovação ou veto das propostas. O que fosse aprovado passava a ser uma decisão do Congresso em questão. Após, ou mesmo na seqüência da plenária final, dava-se a sessão solene de encerramento, a exemplo dela seria também solene a sessão de abertura, situações nas quais discursos de representantes oficiais dos países eram propalados, e chamadas à solidariedade, integração regional ou continental eram entoados, além da convocação à
5 atenção e á ação sobre a vida infantil, pois em foco estava o futuro da civilização latinoamericana, ou mesmo americana. Ao lado dessas atividades solenes, havia outras ocasiões enquadradas como mais festivas, curiosas, contemplativas, a exemplo de visitas a instituições de atenção à infância, centros de estudos, museus, exposições na cidade sede do evento, concorrência a jantares ou bailes comemorativos, audiência a inaugurações de prédios ou instituições públicas, passeios, enfim, inúmeras atividades lúdicas facultadas aos participantes interessados. Afora esses momentos de maior confraternização ou júbilo coletivo, boa parte das atividades dos Congressos era devotada às apresentações dos trabalhos recomendados ou livres (cujo tempo de exposição deveria ficar dentro de 15 minutos mais 10 para respostas) e dos relatórios oficiais (o tempo para os relatores falarem sobre seus temas era mais extenso, 30 minutos, e mais 10 para responder à perguntas) e posterior debate facultado à audiência inscrita manifestar-se. As seções se dividiram, nos quatro Congressos em análise da seguinte maneira: a) 1916, seis seções, a saber: a.1-direito a.2- LEGISLAÇÃO INDUSTRIAL a.3- HIGIENE a.5- PSICOLOGIA E ANTROPOMETRIA a.6- EDUCAÇÃO a.7- ASSISTÊNCIA À MÃE E À CRIANÇA a.8- SOCIOLOGIA b) 1919, quatro seções, como se vê: b.1- HIGIENE E ASSISTÊNCIA b.2- SOCIOLOGIA E LEGISLAÇÃO b.3- MEDICINA E CIRURGIA b.4- EDUCAÇÃO c) 1922, quatro seções, conforme vemos: c.1- MEDICINA c.2- PEDAGOGIA c.3- HIGIENE E ASSISTÊNCIA c.4- SOCIOLOGIA E LEGISLAÇÃO d) 1924, quatro seções, de acordo com a seguinte divisão: d.1- MEDICINA d.2- SOCIOLOGIA d.3- LEGISLAÇÃO d.4- HIGIENE A adesão a essas seções e sobretudo aos Congressos variavam de um para outro, mas sinalizam um crescente e manifesto interesse de setores sociais em participarem dos debates a respeito não apenas da infância, principalmente do futuro, das futuras gerações, como era dito na época.
6 No primeiro Congresso, na Argentina em 1916, houve a adesão de aproximadamente 180 pessoas, 96 instituições com 40 delegados, sendo que ao total 13 países, incluindo a anfitriã, manifestaram apoio ao evento com a adesão ao mesmo. No segundo Congresso, no Uruguai em 1922, houve a adesão de um numero bastante expressivo, nacional e estrangeiro, de aproximadamente 1076 pessoas, 59 instituições com 94 delegados, sendo que ao total 16 países, incluindo a anfitriã, manifestaram apoio ao evento com a adesão ao mesmo. Deve ser ressaltado o número de nacionais (748) inscritos, em comparação ao Congresso de 1916, quando cerca de 138 argentinos aderiram àquele certame. No terceiro Congresso, no Brasil, em 1922, houve a adesão de um numero bastante expressivo, nacional e estrangeiro, de aproximadamente pessoas, 61 instituições com 59 delegados, sendo que ao total 16 países, incluindo a anfitriã, manifestaram apoio ao evento com a adesão ao mesmo. Deve ser ressaltado o número de nacionais (2.256) inscritos têm relação direta com a fórmula utilizada para essa contabilidade, qual seja, a de considerar não apenas os inscritos expressamente no Congresso Americano (13 pessoas), mas também aqueles que se inscreveram para aderir ao Primeiro Congresso Brasileiro de Proteção à Infância. No quarto Congresso, no Chile, em 1924, a adesão foi boa, mas não chega aos números da terceira e da quarta, de qualquer forma, os números ainda são consideráveis. Total de participantes 616. Cabe um esclarecimento, as adesões não correspondiam obrigatoriamente à presença e participação ativa nos Congressos, mas tão somente à realização de inscrição pelas pessoas indicadas nas fontes. A participação do Brasil nesses encontros com adesões, não foi das mais expressivas, mas nestes quatro encontros, somente os quatro países do cone sul (Argentina, Uruguai, Chile e Brasil) tiveram uma presença, um envio de trabalhos mais consistente. Vamos aos números do Brasil, para saber o perfil de sua participação. No primeiro Congresso, o país encaminhou aproximadamente 60 trabalhos, distribuídos nas seis seções, sendo o contingente maior de trabalhos (19) encaminhados para a seção de Higiene. No segundo Congresso o Brasil os autores do país apresentaram 24 textos distribuídos em duas seções apenas, a de Higiene e Assistência com oito, e a de Medicina e Cirurgia, com 16. No terceiro (os números são imprecisos), teriam apresentado apenas 47 textos (número contestável pois na documentação está mal registrada os números do Brasil). No quarto o país esteve representado com apenas sete textos (publicados e constante dos anais), sendo que o foco maior foi a seção de Legislação com três trabalhos. Assim, a participação do Brasil, não foi constante ao longo dos Congressos, bem como os temas privilegiados pela delegação. De qualquer forma, junto aos demais países do cone sul, já mencionados, ele colaborou para dar consistência concreta à um movimento latino-americano, ou sul-americano, cujo o mote principal era a problematização intensiva do universo infantil, aquele existente e aquele desejado a ser construído. A intensidade como se desenvolveu isso nos diferentes países e nos diversos congressos variou muito, mas permite dizer da contribuição desses Congressos
7 Americanos da Criança na criação de uma solidariedade regional, latino-americana, sulamericana, enfim, americana, não antes existente. *A presente pesquisa é realizada com uma Bolsa de Doutorado da Fundação do Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), e sob a orientação do Prof. Dr. Horacio Gutierréz, no Programa de Pós Graduação em História Social, do Departamento de História da Universidade de São Paulo. BIBLIOGRAFIA: ALMEIDA, Marta de. Das Cordilheiras dos Andes à Islã de Cuba, passando pelo Brasil: Os Congressos Médicos Latino-Americanos e Brasileiros ( ). Tese (Doutorado em Historia Social). Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, INSTITUTO INTERAMERICANO DEL NIÑO. ORGANISMO ESPECIALIZADO DE LA OEA. Plan de acción Montevideo: mimeo, KUHLMANN JÚNIOR., Moysés. As grandes festas didáticas: a educação brasileira e as exposições internacionais ( ). Bragança Paulista, SP: Editora da Universidade São Francisco, SAGASTI, Francisco R. & PÁVEZ, Alejandra. Ciencia y tecnología en América Latina a principios del siglo XX: Primer congreso científico panamericano. Quipu, México D.C., v.6, n.2, p , maio-agosto, SANTOS, Luís Cláudio Villafañe Gomes. O Brasil entre a América e a Europa: o império e o interamericanismo (do Congresso do Panamá à Conferência de Washington). São Paulo: Ed.Unesp, ZANETTI, Susana. Modernidad y religación: una perspectiva continental ( ). In: PIZARRO, Ana (org). América Latina: palavra, literatura e cultura. Emancipação do discurso. Vol. 2. São Paulo, Campinas: Memorial da América Latina, Unicamp, 1995, p
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