FACULDADE CEARENSE-FAC CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO MARIA DA COSTA MONTEIRO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "FACULDADE CEARENSE-FAC CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO MARIA DA COSTA MONTEIRO"

Transcrição

1 1 FACULDADE CEARENSE-FAC CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO MARIA DA COSTA MONTEIRO EMPREGADO DOMÉSTICO: EMENDA CONSTITUCIONAL N 72/2013 E SOBREJORNADA FORTALEZA (CE) 2014

2 2 MARIA DA COSTA MONTEIRO EMPREGADO DOMÉSTICO: EMENDA CONSTITUCIONAL N 72/2013 E SOBREJORNADA FORTALEZA (CE) 2014

3 INDICAÇAO DE APROVAÇAO 3

4 4 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho à memória da doutora Nely Delgado de Farias, que um dia me fez acreditar que eu era capaz.

5 5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, acima de tudo, por ter me permitido superar essa etapa. Agradeço também a Beatriz, minha filha, por seu amor, seu carinho, apoio, e principalmente por acreditar em mim. Ao querido companheiro Melo Filho, que muito me apoiou nessa caminhada, ajudando de forma constante na superação das adversidades, bem como na construção do presente trabalho. A minha orientadora, Ana Maria Tauchmann e aos estimados membros da banca, professores Péricles Moreira Chaves e professora Marina Lima.

6 6 RESUMO A presente pesquisa tem por objetivo demonstrar a origem do trabalho doméstico no Brasil e sua evolução legislativa ate à emenda constitucional n 72/2013, bem como o instituto das horas extras aplicado a estes trabalhadores. Para isso, será abordado no primeiro capítulo a origem do trabalho doméstico no Brasil e sua evolução legislativa. No segundo capitulo, será realizada uma breve diferenciação entre trabalho e emprego. Para melhor compreensão do assunto, também serão abordados os conceitos de empregado e empregador doméstico, bem como os requisitos gerais e específicos do labor doméstico e por fim serão explorados os princípios pertinentes às relações trabalhistas. No capítulo terceiro, tem-se por objetivo demonstrar as mudanças trazidas pela emenda constitucional n 72/2013 nas relações trabalhistas de natureza doméstica, a norma reguladora das mudanças, a definição da jornada de trabalho e o instituto das horas extras e suas consequências, bem como as possíveis dificuldades. Dessa forma e diante da relevância do tema, busca-se compreender os benefícios e as dificuldades geradas com a nova legislação. Palavras-chave: empregado doméstico. Emenda Constitucional n 72/2013. Horas extras.

7 7 ABSTRACT The present work aims to demonstrate the origin of the domestic work in Brazil and its legislative developments until the constitutional amendment No. 72/2013 as well as the institute overtime applied to these workers. To this will be covered in the first chapter the origin of domestic work in Brazil and its legislative developments. In the second chapter will be a brief differentiation between work and employment for better understanding of the subject, will also be discussed the concepts of domestic employer and employee, as well as the general and specific requirements of the domestic labor and finally the relevant principles are exploited labor relations. In the third chapter has aimed to show the changes brought about by constitutional amendment no. 72 on labor relations of domestic nature, the regulatory rule changes, setting of working hours and overtime institute and its consequences and possible difficulties. Thus, given the importance of the topic, we seek to understand the benefits and the difficulties generated by the new legislation. Keywords: domestic servant. Constitutional amendment number 72/2013. Overtime work.

8 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ASPECTOS HISTÓRICOS Origem do trabalho doméstico no Brasil Evolução legislativa DIFERENÇA DE TRABALHO E EMPREGO Conceitos de empregado doméstico Conceitos de empregador doméstico Requisitos gerais da relação de emprego Requisitos específicos do emprego doméstico Conceitos de princípios Princípios trabalhistas EMENDA CONSTITUCIONAL N 72/ Da norma reguladora Jornada de trabalho Horas extras do empregado domestico Acordo de prorrogação de horas Compensação de jornada Intervalo intrajornada Intervalo interjornada Horas in itinere Das dificuldades na realidade fática...41 CONCLUSÃO...46 REFERÊNCIAS...48 ANEXOS...50

9 9 INTRODUÇÃO A origem do trabalho doméstico no Brasil está associada ao regime escravocrata, que serviu de base para uma evolução legislativa lenta e que de certa forma deixou por muito tempo os trabalhadores às margens de direitos que há muito tempo foram concedidos aos trabalhadores urbanos e rurais. Com isso, abordaremos inicialmente a origem do trabalho doméstico, depois sua evolução histórica e legislativa ao longo dos anos até a emenda constitucional n. 72/2013, que veio para corrigir as omissões legislativas relativas aos empregados domésticos. Também serão examinados os conceitos de empregado e empregador doméstico, os requisitos gerais e específicos da relação de emprego doméstico, os princípios norteadores das relações laborais. No capítulo terceiro serão estudadas as mudanças trazidas pela EC n 72/2013, com enfoque no instituto das horas extras. Dessa forma, serão abordados os conceitos de jornada de trabalho e horas extras e as possibilidades de aferição na realidade fática. Serão ainda abordadas as dificuldades geradas pela emenda na realidade fática das relações laborais e suas consequências. Dessa forma, por meio do presente trabalho, pretendemos demonstrar, através de revisão bibliográfica, o instituto das horas extras, aplicáveis aos empregados domésticos, conforme a Emenda Constitucional nº 72/2013. Para dar fundamento ao assunto abordado, serão explorados, como suporte bibliográfico, os doutos: Mauricio Godinho Delgado, Sergio Pinto Martins e Vólia Cassar Bonfim. Também serão utilizados artigos publicados na internet. O interesse em estudar o assunto surgiu diante das indagações suscitadas em sala de aula pela professora de direito do trabalho, a respeito da viabilidade de aferir horas extras ao empregado doméstico. Com isso, surgiu o interesse em compreender se era possível, diante das peculiaridades que norteiam o labor doméstico, o cumprimento de jornada extraordinária.

10 10 1 ASPECTOS HISTÓRICOS 1.1 Origem do trabalho doméstico no Brasil O trabalho doméstico no Brasil tem como marco inicial a escravidão. Os negros capturados em países do continente africano eram trazidos para o Brasil para trabalhar como escravos nas lavouras e nas casas dos senhores de engenho. Os afazeres da casa grande eram desempenhados pelos escravos, que trabalhavam em diversos tipos de serviços domésticos. Chegavam a trabalhar mais de 12 horas por dia e não recebiam nenhum tipo de pagamento. Havia uma relação de exploração da mão de obra dessas pessoas, pois não eram vistas como sujeitos de direito, eram apenas objetos e como tais pertenciam ao seu senhor, a quem deviam obediência. Juridicamente, eram considerados como coisas e, portanto, os escravizados podiam ser doados, vendidos, trocados, legados nos testamentos de seus senhores e partilhados, como quaisquer outros bens. Os escravos não tinham nenhum direito porque não passavam da condição de coisas, conforme entendimento de Sergio Pinto Martins: A primeira forma de trabalho foi a escravidão, em que o escravo era considerado apenas uma coisa, não tendo qualquer direito, muito menos trabalhista. O escravo, portanto, não era considerado sujeito de direito, pois era propriedade do dominus. Nesse período constatase que o trabalho do escravo continuava no tempo, até de modo indefinido, ou mais precisamente até o momento em que o escravo vivesse ou deixasse de ter essa condição. Entretanto, não tinha nenhum direito, apenas o de trabalhar (MARTINS, 2012, p. 4). Embora vivessem em condições precárias e sem nenhum direito, os escravos que serviam à casa grande eram, de certa forma, privilegiados em relação aos que trabalhavam na lavoura. Eram escolhidos pelos seus senhores para exercer as funções domésticas, como mucamas, cozinheiras, ama de leite, parteira etc. Os escravos da casa grande acabavam se afeiçoando à família do seu senhor, resultando em uma relação diversa da que tinham os demais escravos que trabalhavam na lida da fazenda ou noutro serviço braçal. Havia um laço de ternura e afeto entre estes escravos e a família do seu senhor, pois, além das tarefas realizadas diariamente, ajudavam a cuidar dos filhos dos senhores, muitas vezes serviam de confidentes de suas senhoras, pois participavam diretamente da

11 11 intimidade da família. Não resta dúvida de que o escravo pertencente à casa grande tinha tratamento diferenciado dos demais, conforme se depreende da leitura de Leila Mezan Alegranti 1 : Mas houve senhores que reconheceram os fortes laços que os uniam a seus escravos no momento de preparar seus testamentos, concedendo-lhes a alforria, recomendando aos herdeiros que tratassem bem um filho que tiveram com uma escrava, ou até proibindo a separação de uma família cativa. Todas essas manifestações são sinais efetivos de que a relação entre senhores e escravos ia além da relação de produção. São inúmeros os registros sobre a presença de crianças escravas no espaço doméstico brincando com os filhos dos senhores e engatinhando pela casa, de escravos que serviam de pajens, de mucamas que dormiam no quarto de seus senhores, que levavam recados e faziam parte do séquito familiar quando este saía de casa. Isso sem contar os que serviam à mesa, introduziam as visitas, costuravam e teciam com suas senhoras. Portanto, conforme se depreende da leitura da historiadora Leila Mezan Alegranti, a história do negro doméstico não se confunde com a dos que trabalhavam na lavoura, pois aquele teve um tratamento diferenciado. O cativo da casa grande participava de forma direta da rotina de seus senhores. Os castigos infligidos aos escravos quase nunca se aplicavam aos cativos domésticos. Com a abolição da escravatura, não houve mudanças significativas nas estruturas vigentes a respeito do trabalho doméstico. As ofertas de emprego oferecidas continuavam as mesmas e muitas negras preferiram continuar na casa em que já estavam em troca de comida e moradia, só que não mais como escrava, mas sim como empregadas. Dessa forma, poucas foram as mudanças nas estruturas sociais dominantes. Os direitos dos libertos eram muito limitados, quase inexistentes. Pelo trabalho desenvolvido, recebiam como pagamento uma cama para dormir e a comida, que era controlada. Não havia hora para descanso, trabalhavam o dia inteiro, sem nenhuma remuneração. Embora estivessem livres, na realidade fática poucas foram as mudanças. Conforme se depreende da leitura de Flávio dos Santos Gomes e Olívia Maria dos Santos Gomes: 1 ALGRANTI, Leila Mezan. Famílias e vida doméstica. In: NOVAIS, Fernando A. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada da América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, v.1, pp

12 12 [...] A sujeição, a subordinação e a desumanização, que davam inteligibilidade à experiência do cativeiro, foram requalificadas num contexto posterior ao término formal da escravidão, no qual relações de trabalho, de hierarquias e de poder abrigaram identidades sociais se não idênticas, similares àquelas que determinada historiografia qualificou como exclusivas ou características das relações senhorescravo (GOMES, CUNHA, 2007, p. 11). Com isso, sem nenhuma preparação para o mercado de trabalho, o negro doméstico não tinha muitas opções, a não ser fazer o que já sabia, pois os serviços para os quais estava preparado eram os mesmos realizados como escravos na casa grande. Sem condições de competir com os brancos e buscar a ocupação de posições mais valorizadas, já que não tinham qualificação, restou continuar como antes, já que suas habilidades, normalmente, estavam atreladas aos afazeres domésticos. Com o decorrer do tempo, a atividade doméstica passou a ser exercida por moças jovens, solteiras, filhas de pequenos agricultores, geralmente pobres e analfabetas; sem perspectiva de conseguir um trabalho melhor, buscavam nos afazeres do lar sua subsistência. Recebiam em troca dos serviços prestados alimentação, vestuário, moradia e pequenas quantias como contraprestação pelo serviço desenvolvido. As jovens passavam a residir com a família para a qual trabalhavam e acabavam por estabelecer vínculos afetivos. Dessa forma, passavam de fato a integrar a estrutura familiar de seu patrão e só deixavam a família quando casavam. Por essa razão, o trabalho desenvolvido era permeado por certas particularidades. Não se tratava de um empregado comum e sim de um que se tornou parte da família. Dentro desse contexto histórico é que tem início o trabalho doméstico no Brasil, associado à escravidão, visto pela maioria da população como um trabalho indigno de ser executado pelas mulheres dos senhores, relegado às camadas mais pobres da sociedade, mas precisamente a mulheres de baixa renda e com baixo nível de escolaridade. A revolução industrial contribuiu de forma direta e significativa para a implementação do serviço assalariado. Assim, a mão de obra feminina foi absorvida pelo mercado manufatureiro. Os lares pertencentes às mulheres que trabalhavam nas indústrias passaram a ser administrados pelas empregadas domésticas.

13 13 Portanto, a origem do trabalho doméstico assalariado deve-se às mudanças trazidas pela revolução industrial, que abriu as portas a uma nova categoria de trabalhadores, as mulheres. Dessa forma, alguém precisava cuidar dos afazeres da vida do lar, porém, não mais como escravos, mas sim como empregados. Contudo, um trabalho desenvolvido às margens da legislação. Com o passar dos anos, o trabalho doméstico vai adquirindo novos contornos, pois, com a ascensão da mulher ao mercado de trabalho, bem como as mudanças nas estruturas familiares, acaba se tornando uma forma de as mulheres das classes menos favorecidas adentrarem ao mercado de trabalho, para garantir seu sustento e de sua família. Nesse processo histórico, destaca se o valor social do trabalho doméstico para o desenvolvimento da economia e da sociedade brasileira. Dessa forma, o trabalho doméstico ficou por um longo período imperceptível aos olhos das autoridades competentes, pois era visto como um trabalho sem importância, que não demandava grandes esforços, chegando a receber uma conotação depreciativa. Por ser um trabalho que não exigia habilidades intelectuais, era indigno de ser desenvolvido por aqueles que pertenciam às classes mais abastadas, ou mesmo aqueles que detinham algum conhecimento técnico. Dessa forma as legislações regulando tal relação se deram de forma gradativa conforme será demonstrado a seguir. 1.2 Evolução legislativa As primeiras leis aplicáveis aos domésticos foram as ordenações do reino, mais precisamente a ordenação filipina, que vigia a partir de Com isso, a lei de 13 de setembro de 1830, anterior à abolição do regime escravista, tratava sobre o contrato da prestação de serviço por tempo determinado, feito por brasileiros ou estrangeiros dentro ou fora do império e que por ser uma lei de abrangência geral, alguns entendem que se aplicava ao trabalhador doméstico, conforme Sérgio Pinto Martins: A lei de regulou o contrato por escrito sobre a prestação de serviços feitos por brasileiros ou estrangeiros dentro ou fora do império. Tal norma era muito genérica, compreendendo também os empregados domésticos (MARTINS, 2002, p. 18). Contudo, há que se levar em consideração que o trabalho doméstico nessa época era desenvolvido por escravos e sob tais condições eram

14 14 considerados, juridicamente, como coisas e não pessoas, portanto, a referida lei de fato não alcançou aqueles que eram obrigados à lida doméstica. Em 1886, em âmbito estadual, cria se o código de postura do município de São Paulo, que definiu as regras para as atividades dos criados e amas de leite. Para isso, definiu o criado de servir, em seu artigo 263, como sendo toda pessoa de condição livre que mediante salário, tiver ou quiser ter ocupação de moço de hotel, hospedaria ou casa de pasto, cozinheiro, copeiro, cocheiro hortelão, de ama de leite, ama seca, engomadeira ou costureira e, em geral, a de qualquer serviço domestico. O empregado, de acordo com o código, era registrado junto à Secretaria de Policia, que emitia uma caderneta para identificação. Também previu o referido código os seguintes direitos: aviso prévio de cinco dias para o empregador e oito para o empregado nos contratos por prazo indeterminado. Também eram previstos os casos em que ensejaria a dispensa do empregado. Era considerada justa causa para despedir o empregado: a doença que o impedisse de trabalhar, ou caso o empregado saísse de casa a passeio ou negócio sem autorização do patrão, principalmente à noite. O inadimplemento contratual acarretava como punição a multa que podia ser convertida em prisão simples, quando não houvesse o pagamento. Em 13 de maio de 1888, foi sancionada a Lei Áurea (Lei Imperial nº 3.353), que extinguiu o trabalho escravo no Brasil; daí em diante homens e mulheres estavam livres, mesmo que não tivessem noção do que fazer com a liberdade conquistada. Com isso, teve início um período de muitas dificuldades, pois os que antes eram escravos não tinham onde viver e nem mesmo o que comer. Dessa forma, muitos permaneceram exercendo as mesmas atividades da época de escravo, em troca de um lugar para viver e comida. A Lei acima mencionada, Lei Áurea, não foi consequência de um entendimento de que todos deviam ser livres e tratados de forma igualitária, não houve uma consciência social, de que o fim do regime escravista era o melhor a ser feito. Na realidade, foi um imperativo de ordem econômica, liderado pela Inglaterra, que via no sistema vigente uma barreira à expansão de sua produção industrial. Com o passar do tempo, o sistema jurídico brasileiro continuou sem legislação específica que regulasse o trabalho do empregado doméstico. Portanto, era aplicado o Código Civil de 1916 Lei nº 3.071/1916, que disciplinou a relação dos contratos de trabalho relacionados à locação de serviços dos empregados e

15 15 aviso prévio, inclusive dos domésticos, sendo a estes aplicável dentro do que era cabível, conforme entende Sergio Pinto Martins: Em nosso sistema jurídico, não havia regulamentação específica para o trabalho doméstico, aplicando-se certos preceitos do código civil, no que diz respeito à locação de serviços, inclusive quanto a aviso prévio. O art do código civil prevê que toda espécie de serviços ou trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser contratado mediante retribuição, abrangendo também o trabalho doméstico (MARTINS, 2002, p. 18). Em 1923 criou-se o decreto n.º /23, que conceituou os domésticos, incluindo como tais os cozinheiros e ajudantes de cozinha, copeiros, arrumadeiras, lavadeiras, engomadeiras, jardineiros, porteiros, serventes, amas-secas ou de leite, costureira, damas de companhia e equiparou alguns trabalhadores, cujos serviços fossem de natureza idêntica aos domésticos, mesmo que o trabalho fosse desenvolvido em hotéis, restaurantes, casas de pasto, pensões, bares, escritórios etc. O Decreto-Lei n 3.078/1941 determinou que empregado doméstico fosse aquele que independente da profissão que tinha, prestava serviço em residência particular ou em benefício das mesmas mediante remuneração (MARTINS). Também versou sobre alguns direitos desses trabalhadores como: aviso prévio de oito dias, após um período de prova de seis meses. Permitia a rescisão contratual em caso de atentado a sua honra ou integridade física, mora salarial ou falta de cumprimento da obrigação do empregador em proporciona-lhe ambiente higiênico de alimentação e habitação, tendo direito à indenização correspondente a oito dias. É importante observar a diferença existente entre os decretos acima dispostos, pois, enquanto o decreto /03 equiparou aos domésticos os trabalhadores de restaurantes, pensões e demais pessoas jurídicas, o decreto 3.078/1941, por sua vez, foi taxativo ao determinar que, independente de profissão, o que importava era que o serviço fosse prestado em residências particulares ou em benefício destas. O decreto 5.452, de 1 de maio de 1943, institui a CLT, que embora conceituasse o empregado doméstico, o exclui de seu âmbito de regulação e trouxe de forma bastante clara, em seu artigo 7, ao determinar a não aplicação do diploma consolidado ao empregado doméstico, conforme leitura do artigo:

16 16 Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação, salvo quando for em cada caso, expressamente determinado em contrário, não se aplicam: a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam serviços de natureza não econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas; A lei n 605 de tratou a respeito do repouso semanal remunerado. Porém, de forma expressa vedou sua aplicação aos empregados domésticos. Portanto, o empregado que exercia suas funções para o lar não tinha o direito de usufruir o repouso semanal remunerado. A alínea a, do artigo 5, da referida lei é taxativa ao determinar a não aplicação aos empregados domésticos, assim considerados, de modo geral, os que prestam serviço de natureza não econômica à pessoa ou à família no âmbito residencial destas. A referida alínea, atualmente, foi revogada pela Lei , de Em 23 de março de 1950 surge o decreto estadual paulista n que aprovou o regulamento da seção de registro dos empregados domésticos, do departamento de investigações. Tinha como escopo, o decreto, identificar o empregado doméstico e atestar seus antecedentes. Conforme previsão de seu artigo 5 : Nas carteiras serão impressos os dispositivos referente aos deveres do empregador e do empregado de acordo com os termos do decreto lei federal n 3.078, de (art. 12). Os empregados de edifícios residenciais que estivessem a serviço da administração do edifício eram equiparados aos domésticos, nos termos do decreto /23 foram excluídos do amparo da CLT, já que o diploma celetista não se aplicava ao doméstico. Em 1956, a Lei tratou de eliminar do conceito de doméstico estes trabalhadores, que a partir de então foram considerados urbanos, fazendo jus aos direitos assegurados aos outros empregados. Para isso, basta que o serviço prestado seja para o condomínio. A lei n 3.807, de (LOPS), Lei Orgânica da Previdência Social, determinou que o empregado doméstico pudesse filiar-se como segurado facultativo. Vale mencionar que a Lei n 4.214, de , Estatuto do Trabalhador Rural, também, como o diploma celetista, exclui de seu âmbito de incidência os domésticos, conforme artigo 8, alínea a.

17 17 Art.8 Os preceitos desta lei, salvo determinação expressa em contrário, em cada caso, não se aplicam: a) aos empregados domésticos, assim considerados, de modo geral, os que prestem serviços de natureza não econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas; Finalmente, após anos sem uma legislação que tratasse da relação de trabalho doméstico, propriamente, veio a Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972, regulamentada pelo Decreto nº , de 9 de março de 1973, que dispõe sobre a profissão do empregado doméstico, conceituando-o e atribuindo-lhe direitos. A lei 5859/72, além de trazer os direitos da categoria, ainda tratou de incluí-los na condição de segurados obrigatórios da previdência social, determinando a forma de custeio por parte do empregado e empregador. A Constituição Federal de 1988, por sua vez, concedeu outros direitos sociais aos empregados domésticos, tais como: salário mínimo; irredutibilidade salarial; repouso semanal remunerado; gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal; licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120 dias; licença-paternidade; aviso prévio; aposentadoria e integração à previdência social. Contudo, muitos direitos concedidos aos outros trabalhadores a própria Carta Maior tratou de exclui os trabalhadores domésticos. Para ratificar o que a Carta Maior determinou a Lei 8.213, de 1991, em seu artigo 11, inciso II que incluiu o doméstico como segurado obrigatório da previdência social e o conceituou como: "Aquele que presta serviço de natureza contínua à pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos; Já em 2001, a Lei nº , traz dois institutos que são facultados ao empregador doméstico, trata-se do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do seguro-desemprego, devendo ocorrer conforme as referidas Resoluções. Apesar da possibilidade assegurada pela lei, na prática o referido instituto dependia da vontade de o empregador em fazer os depósitos correspondentes. Em 4 de outubro de 2000, vieram as Resoluções 253 e 254 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), estabelecendo os critérios e também as finalidades para a concessão do seguro-desemprego ao empregado doméstico. Com a edição da Lei n.º , de 19 de julho de 2006, mais alguns direitos foram assegurados.

18 18 Os trabalhadores domésticos firmaram direito a férias de 30 dias, obtiveram a estabilidade para gestantes, direito aos feriados civis e religiosos, além da proibição de descontos de moradia, alimentação e produtos de higiene pessoal utilizados no local de trabalho. No plano internacional, a Convenção 189 e a Recomendação 201 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), aprovadas em 2011, previram que os trabalhadores domésticos tivessem os mesmos direitos básicos que os outros trabalhadores, incluindo os horários de trabalho, o descanso semanal de pelo menos 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, um limite para pagamentos em espécie, bem como o respeito pelos princípios e direitos fundamentais no trabalho, incluindo a liberdade de associação e negociação coletiva. Em dezembro de 2012 foi apresentada proposta de emenda à Constituição PEC 66, que foi apelidada de PEC das Domésticas, cujo objetivo era alterar a redação do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal, para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e demais trabalhadores urbanos e rurais. Em dois de abril de 2013 foi aprovada a Emenda Constitucional n 72/2013, que será mais bem desenvolvida adiante, que inovou em se tratando dos direitos trabalhistas domésticos, pois alterou o parágrafo único do art. 7º, da CF/88, ampliando o rol de direitos do doméstico. Dentre os direitos concedidos, destaca-se o direito à jornada máxima de oito horas e 44 horas/semanais. A regulamentação da jornada do doméstico tornou-se, portanto, um marco para essa categoria de trabalhadores, já que, hoje, o empregador que não observar o limite da jornada deverá pagar ao empregado doméstico as horas extras que deverão ser, de no mínimo, 50% superior ao valor da hora normal. Os direitos previstos pela nova emenda com aplicação imediata são; salário mínimo fixado em lei; irredutibilidade salarial, salvo acordo ou convenção coletiva; garantia do salário nunca inferior ao mínimo; 13º salário, com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; duração do trabalho de oito horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horário e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva; repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos: remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal; férias remuneradas acrescidas de um terço; licença à

19 19 gestante; licença-paternidade; aviso prévio proporcional; redução dos riscos inerentes ao trabalho; aposentadoria; reconhecimento das convenções e acordos coletivos; proibição de diferença salarial; proibição de discriminação no tocante a salário e admissão de trabalhador com deficiência; proibição de trabalho perigoso ou insalubre ao menor de 18 anos e qualquer menor de 16 anos, salvo como aprendiz a partir dos 14 anos. Dentre os novos direitos albergados pela nova emenda existem os que dependem de lei complementar para ter aplicabilidade: relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa; seguro desemprego, em caso de desemprego involuntário; fundo de garantia do tempo de serviço; remuneração do trabalho noturno superior a do diurno; salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda; assistência gratuita aos filhos em creches e pré-escolas; seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador sem excluir, a obrigação de indenizar quando incorrer em dolo ou culpa.

20 20 2 DIFERENÇA DETRABALHO E EMPREGO Antes de adentrar ao conceito propriamente de empregado, é importante estabelecer a distinção entre empregado e trabalhador, pois embora ambos os institutos refiram-se à relação laboral, ou seja, ao desenvolvimento de uma atividade ou a prestação de um serviço, guardam suas respectivas particularidades. O instituto trabalho deve ser entendido em um contexto mais amplo que abrange todo tipo de vinculo jurídico através do qual uma pessoa executa obra ou serviço para outrem mediante uma contraprestação. A relação de trabalho é gênero e engloba diferentes vínculos laborais, dentre eles o emprego. A relação de emprego é uma relação de trabalho especial, pois para sua caracterização não basta o desenvolvimento da atividade laboral, é necessário que a prestação ou desenvolvimento da atividade seja executado dentro de um contexto próprio, obedecendo às condições necessárias à caracterização, não apenas do vinculo laboral, mas da relação empregatícia. Portanto, para que seja caracterizada uma relação de emprego é necessária a observação aos requisitos caracterizadores de tal vinculo, que uma vez presentes fazem com que se identifique uma relação de emprego e não apena uma relação de trabalho, pois, embora toda relação de emprego seja uma relação de trabalho, nem toda relação de trabalho configura vinculo de emprego. Pois trabalho é gênero do qual emprego é espécie. Assim, os elementos caracterizadores do vínculo de emprego têm natureza geral e devem estar presentes em toda relação que tenha por objetivo o enquadramento legal como empregado. Portanto, para que se tenha configurada uma relação empregatícia, são necessários os seguintes requisitos: pessoa física pessoalidade, não eventualidade, subordinação e onerosidade. A ausência desses requisitos desconfigura-se o vínculo de emprego e tem-se uma atividade laboral diversa. 2.1 Conceito de empregado doméstico O vocábulo doméstico tem sua origem no latim domesticus, que significa da casa, do lar, família, de domus, lar, portanto, é a parte da cozinha onde se acende o fogo. Em um sentido amplo significa qualquer habitação. Portanto,

CARTILHA SOBRE A EMENDA CONSTITUCIONAL DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS

CARTILHA SOBRE A EMENDA CONSTITUCIONAL DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS 2 de abril de 2013 CARTILHA SOBRE A EMENDA CONSTITUCIONAL DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS Hoje foi promulgada uma Emenda Constitucional que amplia os direitos trabalhistas dos empregados domésticos. Alguns direitos

Leia mais

RELAÇÃO DE EMPREGO DOMÉSTICO

RELAÇÃO DE EMPREGO DOMÉSTICO RELAÇÃO DE EMPREGO DOMÉSTICO FELIPE VASCONCELLOS CAVALCANTE Universidade Federal de Goiás UFG Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional e Recursos Humanos Departamento de Desenvolvimento de Recursos

Leia mais

Departamento pessoal do Empregador doméstico PEC 66/2012 EC 72 /2013

Departamento pessoal do Empregador doméstico PEC 66/2012 EC 72 /2013 Departamento pessoal do Empregador doméstico PEC 66/2012 EC 72 /2013 A PEC n 66 de 2012 Veio com O OBJETIVO de alterar a redação do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a

Leia mais

AS MUDANÇAS NO ESTATUTO JURÍDICO DOS DOMÉSTICOS EC 72/13 Gáudio R. de Paula e José Gervásio Meireles

AS MUDANÇAS NO ESTATUTO JURÍDICO DOS DOMÉSTICOS EC 72/13 Gáudio R. de Paula e José Gervásio Meireles AS MUDANÇAS NO ESTATUTO JURÍDICO DOS DOMÉSTICOS EC 72/13 Gáudio R. de Paula e José Gervásio Meireles A aprovação do projeto de Emenda Constitucional 66/2012, e a subsequente edição da EC 72/13, relativo

Leia mais

Trabalho Doméstico: as mudanças e os impactos da nova lei. Zilma Aparecida da Silva Ribeiro Abril de 2013

Trabalho Doméstico: as mudanças e os impactos da nova lei. Zilma Aparecida da Silva Ribeiro Abril de 2013 Trabalho Doméstico: as mudanças e os impactos da nova lei Zilma Aparecida da Silva Ribeiro Abril de 2013 Legislação Aplicável * LEI Nº 5.859, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1972 * CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 7º, PARÁGRAFO

Leia mais

EMPREGADO DOMÉSTICO Taciana Gimenes NOGUEIRA 1 Fabiana Souza PINHEIRO 2

EMPREGADO DOMÉSTICO Taciana Gimenes NOGUEIRA 1 Fabiana Souza PINHEIRO 2 EMPREGADO DOMÉSTICO Taciana Gimenes NOGUEIRA 1 Fabiana Souza PINHEIRO 2 RESUMO: O presente estudo vem a demonstrar a evolução do trabalhador doméstico no tempo e espaço, desde o inicio de seu reconhecimento

Leia mais

1. Em relação ao trabalho da mulher, assinale a alternativa correta:

1. Em relação ao trabalho da mulher, assinale a alternativa correta: P á g i n a 1 PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO DO TRABALHO 1. Em relação ao trabalho da mulher, assinale a alternativa correta: a) A licença maternidade da empregada contratada por uma empresa

Leia mais

TRABALHADORES DOMÉSTICOS

TRABALHADORES DOMÉSTICOS Trabalho realizado pela advogada dra. Marília Nascimento Minicucci, do escritório do conselheiro prof. Cássio de Mesquita Barros Júnior TRABALHADORES DOMÉSTICOS Foi publicado, no Diário Oficial da União

Leia mais

Direito Constitucional. Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda

Direito Constitucional. Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda Direito Constitucional Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda Direitos fundamentais de segunda geração Surgimento: necessidade de intervenção estatal em

Leia mais

Salário e Remuneração. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Salário e Remuneração. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Salário e Remuneração Salário Salário é o pagamento que empregador realiza ao empregado tendo em vista o contrato de trabalho. É a contraprestação direta pela prestação do serviço. Não são considerados

Leia mais

ESTUDO DIRIGIDO 1 - RESPOSTAS. 1.1. Quais as funções dos Princípios? RESPOSTA: Os princípios apresentam uma tríplice função:

ESTUDO DIRIGIDO 1 - RESPOSTAS. 1.1. Quais as funções dos Princípios? RESPOSTA: Os princípios apresentam uma tríplice função: ESTUDO DIRIGIDO 1 - RESPOSTAS 1. Princípios do Direito do Trabalho 1.1. Quais as funções dos Princípios? RESPOSTA: Os princípios apresentam uma tríplice função: a) Função informativa/inspiradora: informam

Leia mais

DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 3 OUTROS TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO

DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 3 OUTROS TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 3 OUTROS TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO Índice 1. Outros Tipos de Contratos de Trabalho...3 1.1. Trabalho Rural... 3 1.2. Estagiário... 4 1.3. Trabalho Temporário... 5 1.4.

Leia mais

Direitos do Empregado Doméstico

Direitos do Empregado Doméstico Direitos do Empregado Doméstico Com a aprovação da Emenda Constitucional n 72, que ocorreu em 02/04/2013, o empregado doméstico passou a ter novos direitos. Alguns deles independem de regulamentação e,

Leia mais

O IMPACTO NA CONTABILIZAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS COM A ALTERAÇÃO DOS SEUS DIREITOS PELA PEC DAS DOMÉSTICAS

O IMPACTO NA CONTABILIZAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS COM A ALTERAÇÃO DOS SEUS DIREITOS PELA PEC DAS DOMÉSTICAS O IMPACTO NA CONTABILIZAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS COM A ALTERAÇÃO DOS SEUS DIREITOS PELA PEC DAS DOMÉSTICAS Linha de pesquisa: Gestão Empresarial João Paulo dos Santos Ribeiro

Leia mais

DIREITOS DOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS

DIREITOS DOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS DIREITOS DOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS SAIBA QUEM SÃO OS TRABALHADORES BENEFICIADOS COM A APROVAÇÃO DA CHAMADA PEC DAS DOMÉSTICAS Todos os trabalhadores contratados para trabalhar para uma pessoa física

Leia mais

Disciplina: Direito e Processo do Trabalho 3º semestre - 2011 Professor Donizete Aparecido Gaeta Resumo de Aula

Disciplina: Direito e Processo do Trabalho 3º semestre - 2011 Professor Donizete Aparecido Gaeta Resumo de Aula 1. Princípio da norma mais favorável. 2. Princípio da condição mais benéfica. 3. Princípio de irrenunciabilidade. 4. Princípio da primazia da realidade. 5. Princípio da continuidade da relação de emprego.

Leia mais

GT Grupo de Estudos e Pesquisas em Espaço. Trabalho, Inovação e Sustentabilidade. Modalidade da apresentação: Comunicação oral

GT Grupo de Estudos e Pesquisas em Espaço. Trabalho, Inovação e Sustentabilidade. Modalidade da apresentação: Comunicação oral GT Grupo de Estudos e Pesquisas em Espaço. Trabalho, Inovação e Sustentabilidade. Modalidade da apresentação: Comunicação oral Emprego Doméstico: Evolução ou Precarização? (2004-2014) Resumo: O presente

Leia mais

ATUALIZAÇÃ ÇÃO TRABALHISTA. Alexandre Corrêa

ATUALIZAÇÃ ÇÃO TRABALHISTA. Alexandre Corrêa ATUALIZAÇÃ ÇÃO TRABALHISTA Alexandre Corrêa ATUALIZAÇÃ ÇÃO O TRABALHISTA PROGRAMA EMPREGADO DOMÉSTICO (Aspectos Legais) EMPREGADO DOMÉSTICO A Lei 5859/72 regulamentada pelo Decreto 71885/73 tornou reconhecida

Leia mais

13º SALARIO Posteriormente, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º,

13º SALARIO Posteriormente, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, 13º SALARIO Trabalhadores beneficiados Farão jus ao recebimento do 13º salário os seguintes trabalhadores: a) empregado - a pessoa física que presta serviços de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter

Leia mais

Resumo Aula-tema 02: Fontes, princípios, renúncia e transação do Direito do Trabalho.

Resumo Aula-tema 02: Fontes, princípios, renúncia e transação do Direito do Trabalho. Resumo Aula-tema 02: Fontes, princípios, renúncia e transação do Direito do Trabalho. O propósito dessa aula é reconhecer quais os lugares de onde se originam os direitos trabalhistas, onde procurá-los

Leia mais

CONSTITUCIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS TRABALHISTAS: O PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO AO TRABALHADOR

CONSTITUCIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS TRABALHISTAS: O PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO AO TRABALHADOR CONSTITUCIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS TRABALHISTAS: O PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO AO TRABALHADOR Luciana Santos Trindade Capelari Advogada trabalhista e empresarial, Especialista em Direito Processual, e em Direito

Leia mais

CARTILHA DIREITOS E DEVERES DO EMPREGADOR DOMÉSTICO E DA EMPREGADA DOMÉSTICA NO ESTADO DE PERNAMBUCO

CARTILHA DIREITOS E DEVERES DO EMPREGADOR DOMÉSTICO E DA EMPREGADA DOMÉSTICA NO ESTADO DE PERNAMBUCO Projeto Legalize sua doméstica e pague menos INSS = Informalidade ZERO CARTILHA DIREITOS E DEVERES DO EMPREGADOR DOMÉSTICO E DA EMPREGADA DOMÉSTICA NO ESTADO DE PERNAMBUCO Realização Jornal Diario de Pernambuco

Leia mais

A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego.

A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego. 1 Aula 02 1 Contrato individual de trabalho A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego. 1.1 Conceito O art. 442, caput,

Leia mais

2 - Quais são os direitos que entraram em vigor imediatamente após a publicação da Emenda Constitucional n.º 72, de 2013?

2 - Quais são os direitos que entraram em vigor imediatamente após a publicação da Emenda Constitucional n.º 72, de 2013? TRABALHADOR DOMÉSTICO 1 - Quem pode ser considerado trabalhador doméstico? Resposta: É considerado trabalhador doméstico aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à

Leia mais

FEVEREIRO 2015 BRASÍLIA 1ª EDIÇÃO

FEVEREIRO 2015 BRASÍLIA 1ª EDIÇÃO Secretaria de Políticas Públicas de Emprego Departamento de Emprego e Salário Coordenação-Geral do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e Identificação Profissional SEGURO-DESEMPREGO E ABONO SALARIAL NOVAS

Leia mais

mesmo empregador recebendo

mesmo empregador recebendo AULA 6: Salário e Remuneração: a partir do art. 457, CLT Equiparação Salarial empregado que almeja ganhar um salário maior, deseja o salário de outro, que é o chamado paradigma ou modelo idêntica função

Leia mais

Unidade II. Unidade II

Unidade II. Unidade II Unidade II 3 DIREITO DO TRABALHO 3.1 Conceito de empregador e empregado De acordo com o que estabelece a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva

Leia mais

O home office, o teletrabalho e a lei nº 12.551 de 15.12.2011

O home office, o teletrabalho e a lei nº 12.551 de 15.12.2011 O home office, o teletrabalho e a lei nº 12.551 de 15.12.2011 O artigo 3o da CLT conceitua empregado como... toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência

Leia mais

EMPREGADO DOMÉSTICO INOVAÇÕES LEGISLATIVAS DA LEI COMPLEMENTAR 150 CAPÍTULO I PRINCIPAIS EVOLUÇÕES LEGISLATIVAS A categoria dos empregados domésticos tem como principais regulamentações legislativas, por

Leia mais

Trabalho suplementar e Banco de horas

Trabalho suplementar e Banco de horas Trabalho suplementar e Banco de horas INTRODUÇÃO Sem grandes considerações jurídicas acerca do Direito do Trabalho, é consabido que esta é uma área que se encontra muito próxima do indivíduo, desenvolvendo-se,

Leia mais

Diário Oficial da União - Seção 1-3/4/2013, Página 6 (Publicação Original)

Diário Oficial da União - Seção 1-3/4/2013, Página 6 (Publicação Original) Diário Oficial da União - Seção 1-3/4/2013, Página 6 (Publicação Original) Proposição Originária: PEC 478/2010 PODER LEGISLATIVO Título EMC 72 de 02/04/2013 - EMENDA CONSTITUCIONAL Data 02/04/2013 Ementa

Leia mais

MATERIAL DE APOIO PROFESSOR. a.1) normal: 06 horas por dia e 30 horas por semana 224, caput e 226 CLT

MATERIAL DE APOIO PROFESSOR. a.1) normal: 06 horas por dia e 30 horas por semana 224, caput e 226 CLT TURMA EXTENSIVA SEMANAL Prof. Otavio Calvet Data: 09.11.2009 Aula nº 31 MATERIAL DE APOIO PROFESSOR Contratos de Trabalho Especiais: I. Bancário a) Duração do trabalho - art. 224 CLT a.1) normal: 06 horas

Leia mais

Empregado Doméstico Normatização da Profissão

Empregado Doméstico Normatização da Profissão Empregado Doméstico Normatização da Profissão 3 DE JUNHO DE 2015 CONTSUL A Lei complementar nº150, publicada no DOU de 02.06.2015, dispôs sobre o trabalho doméstico no que tange ao contrato de trabalho,

Leia mais

Contratos de trabalho por tempo determinado, previstos na CLT

Contratos de trabalho por tempo determinado, previstos na CLT Contratos de trabalho por tempo determinado, previstos na CLT O contrato de trabalho por prazo determinado é aquele cuja duração dependa de termo prefixado ou da execução de serviços específicos ou ainda

Leia mais

EMPREGADO DOMÉSTICO (Aspectos Legais)

EMPREGADO DOMÉSTICO (Aspectos Legais) Le f is c L e g i s l a c a o F i s c a l CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO ALEGRE SEMINÁRIO ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO ALEGRE SEMINÁRIO DE

Leia mais

Desde 2013, nove direitos já estavam valendo, como hora extra e jornada de trabalho de 8 horas diárias (veja mais detalhes abaixo).

Desde 2013, nove direitos já estavam valendo, como hora extra e jornada de trabalho de 8 horas diárias (veja mais detalhes abaixo). 02/06/2015 07h40 - Atualizado em 02/06/2015 13h01 Regulamentação dos direitos das domésticas é publicada Trabalhadoras terão adicional noturno, seguro-desemprego e mais 5 direitos. Emenda constitucional

Leia mais

O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA

O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA 1. INTRODUÇÃO A previdência social no Brasil pode ser divida em dois grandes segmentos, a saber: Regime Geral de Previdência Social (RGPS):

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais

CONTRATO DE TRABALHO DE CURTA DURAÇÃO

CONTRATO DE TRABALHO DE CURTA DURAÇÃO CONTRATO DE TRABALHO DE CURTA DURAÇÃO BSB,25.02.2014 COMO SE SABE O GOVERNO ( RE) APRESENTOU( NOVA INVESTIDA ) ANTEPROJETO DE LEI ELABORADO COM VISTAS A ESTABELECER O CONTRATO DE TRABALHO DE CURTA DURAÇÃO.

Leia mais

A Lei 6.019/74 que trata da contratação da mão de obra temporária abrange todos os segmentos corporativos ou há exceções?

A Lei 6.019/74 que trata da contratação da mão de obra temporária abrange todos os segmentos corporativos ou há exceções? LUANA ASSUNÇÃO ALBUQUERK Especialista em Direito do Trabalho Advogada Associada de Cheim Jorge & Abelha Rodrigues - Advogados Associados O CONTRATO TEMPORÁRIO DE TRABALHO São as conhecidas contratações

Leia mais

INFORMATIVO 14/2015 LEI COMPLEMENTAR REGULAMENTA DIREITO DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS

INFORMATIVO 14/2015 LEI COMPLEMENTAR REGULAMENTA DIREITO DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS Data do boletim informativo Volume 1, Edição 1 Digite o título aqui INFORMATIVO 14/2015 LEI COMPLEMENTAR REGULAMENTA DIREITO DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS Lei Complementar nº 150, de 1º de junho de 2015 -

Leia mais

CÁLCULOS TRABALHISTAS

CÁLCULOS TRABALHISTAS CÁLCULOS TRABALHISTAS Remuneração - Salário acrescido da média das variáveis (exemplo: comissões) dos últimos 12 meses. - Média: soma das 6 maiores parcelas variáveis mês a mês, divididas por 6, dentro

Leia mais

GRUPO DE TRABALHO QUE PROMOVE A CÂMARA DE NEGOCIAÇÃO DEDESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

GRUPO DE TRABALHO QUE PROMOVE A CÂMARA DE NEGOCIAÇÃO DEDESENVOLVIMENTO ECONÔMICO GRUPO DE TRABALHO QUE PROMOVE A CÂMARA DE NEGOCIAÇÃO DEDESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DESTINADA A DISCUTIR PROPOSTAS QUE INTERESSAM À CLASSE TRABALHADORA E AOS EMPRESÁRIOS EMENDA SUBSTITUTIVA GLOBAL

Leia mais

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2006 / 2007

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2006 / 2007 2006 / 2007 O SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS DE AVIAÇÃO AGRÍCOLA SINDAG e o SINDICATO DOS TÉCNICOS AGRÍCOLAS DE NÍVEL MÉDIO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SINTARGS, firmam a presente CONVENÇÃO COLETIVA

Leia mais

Está em vigor a Medida Provisória n. 680, de 6 de julho de 2015, que institui o Programa de Proteção ao Emprego.

Está em vigor a Medida Provisória n. 680, de 6 de julho de 2015, que institui o Programa de Proteção ao Emprego. INFORMA TRABALHISTA Está em vigor a Medida Provisória n. 680, de 6 de julho de 2015, que institui o Programa de Proteção ao Emprego. Programa de Proteção ao Emprego comparado com o Lay Off ASPECTOS GERAIS

Leia mais

APOSENTADORIA INTEGRAL X INTEGRALIDADE

APOSENTADORIA INTEGRAL X INTEGRALIDADE APOSENTADORIA INTEGRAL X INTEGRALIDADE Alex Sandro Lial Sertão Assessor Jurídico TCE/PI alex.sertao@tce.pi.gov.br Até o advento da EC nº 41/03, era direito do servidor público aposentar-se com base na

Leia mais

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso CONTRATO DE TRABALHO Empregado Preso Muitas dúvidas surgem quando o empregador toma conhecimento que seu empregado encontra-se preso. As dúvidas mais comuns são no sentido de como ficará o contrato de

Leia mais

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem

Leia mais

NORMA DE FÉRIAS. RES. nº 1628/09. Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba

NORMA DE FÉRIAS. RES. nº 1628/09. Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba Vinculada ao Ministério da Integração Nacional - M I. nº 1628/09 FOR-101 1/5 S U M Á R I O 1 Objetivo, 2/5 2 Definição, 2/5 3 Competências,

Leia mais

O Emprego Doméstico na Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2013

O Emprego Doméstico na Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2013 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE Ano 19 Nº 13 - O Emprego Doméstico na Região Metropolitana de Belo Horizonte em A partir da aprovação da Emenda Constitucional n 72,

Leia mais

DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS. art. 7º da Constituição Federal

DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS. art. 7º da Constituição Federal DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS art. 7º da Constituição Federal ASPECTOS GERAIS 1) Os direitos trabalhistas previstos no art. 7º da CF, abrangem os trabalhadores urbanos e rurais; 2) A

Leia mais

www.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS.

www.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS. www.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS. 1. MEUS CURSOS NO ESTRATÉGIA CONCURSOS: Estão disponíveis no site do Estratégia Concursos (www.estrategiaconcursos.com.br),

Leia mais

Novidades Trabalhistas

Novidades Trabalhistas Novidades Trabalhistas Ampliação do contrato temporário passa a valer em 1º de Julho. Lei publicada altera artigo da CLT determinando pagamento de adicional de periculosidade para motociclistas. Empresa

Leia mais

EXMO. JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

EXMO. JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE EXMO. JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE José, nacionalidade, estado civil, profissão, RG, CPF, CTPS, PIS, residente e domiciliado na, vem, respeitosamente, perante V. Exa., por meio de seu advogado,

Leia mais

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 1999

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 1999 CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 1999 O Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Passo Fundo e Região e o Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Passo Fundo,

Leia mais

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas 18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos

Leia mais

Menor Aprendiz Perguntas Frequentes

Menor Aprendiz Perguntas Frequentes Menor Aprendiz Perguntas Frequentes A aprendizagem é regulada pela CLT e passou por um processo de modernização com a promulgação das Leis nºs. 11.180/2005, 10.097/2008 e 11.788/2008. O Estatuto da Criança

Leia mais

NORMA DE PROCEDIMENTOS. Férias

NORMA DE PROCEDIMENTOS. Férias pág.: 1/6 1 Objetivo Estabelecer critérios e procedimentos para programação, concessão e pagamento de férias aos empregados da COPASA MG. 2 Referências Para aplicação desta norma poderá ser necessário

Leia mais

ACORDO PARA FLEXIBILIZAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO E FÉRIAS COLETIVAS

ACORDO PARA FLEXIBILIZAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO E FÉRIAS COLETIVAS ACORDO PARA FLEXIBILIZAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO E FÉRIAS COLETIVAS Na melhor forma de direito, pelo presente instrumento de conciliação que entre si celebram, de um lado a pessoa jurídica de direito

Leia mais

Disciplina: Direito e Processo do Trabalho 4º Semestre - 2011 Professor Donizete Aparecido Gaeta Resumo de Aula. 15º Ponto Aviso Prévio.

Disciplina: Direito e Processo do Trabalho 4º Semestre - 2011 Professor Donizete Aparecido Gaeta Resumo de Aula. 15º Ponto Aviso Prévio. Aviso Prévio 1. Conceito 2. Cabimento 3. Prazo 4. Início da contagem do prazo 5. Ausência do aviso prévio 6. Anotação na CTPS da data do encerramento do contrato de trabalho 7. Renúncia do período de aviso

Leia mais

CONVENÇÃO COLETIVA 2015/2016

CONVENÇÃO COLETIVA 2015/2016 CONVENÇÃO COLETIVA 2015/2016 A seguir reproduzimos as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho entre o SINPROCIM e SINDPRESP, em relação a convenção anterior. REAJUSTE SALARIAL A partir de 1º de março

Leia mais

Questões Extras Direito Tributário Profº Ricardo Alexandre www.lfg.com.br/ www.cursoparaconcursos.com.br

Questões Extras Direito Tributário Profº Ricardo Alexandre www.lfg.com.br/ www.cursoparaconcursos.com.br TRIBUTO - CONCEITO 1. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) Na atividade de cobrança do tributo a autoridade administrativa pode, em determinadas circunstâncias, deixar de aplicar a lei. 2. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) Segundo

Leia mais

CARTILHA PARA EMPREGADORES E TRABALHADORES DIREITOS E DEVERES COM A PEC DAS DOMÉSTICAS

CARTILHA PARA EMPREGADORES E TRABALHADORES DIREITOS E DEVERES COM A PEC DAS DOMÉSTICAS DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO DO EMPREGADOR DOMÉSTICO = MENOS DEMISSÕES E MAIS FORMALIDADE Dê seu voto em www.domesticalegal.org.br CARTILHA PARA EMPREGADORES E TRABALHADORES DIREITOS E DEVERES COM

Leia mais

CONTRATO DE TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO 7 Legislação Social Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p CONTRATO DE TRABALHO Contrato Individual de Trabalho o negócio jurídico pelo qual uma pessoa física se obriga, mediante remuneração, a prestar

Leia mais

Decreto Nº 13.840 de 21/09/2009

Decreto Nº 13.840 de 21/09/2009 Decreto Nº 13.840 de 21/09/2009 Dispõe sobre estágios no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta do Estado do Piauí para estudantes regularmente matriculados e com frequência efetiva, vinculados

Leia mais

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2012/2014

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2012/2014 ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2012/2014 NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: PE000264/2013 DATA DE REGISTRO NO MTE: 08/03/2013 NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR005909/2013 NÚMERO DO PROCESSO: 46213.003630/2013-64 DATA DO

Leia mais

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Ética e Legislação Profissional Assunto: Legislação Trabalhista/Construção Civil Prof.

Leia mais

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Regulamenta o inciso II do 4º do art. 40 da Constituição, que dispõe sobre a concessão de aposentadoria especial a servidores públicos que exerçam atividade de risco. O CONGRESSO

Leia mais

A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIATUBA, Estado de Goiás, APROVA e eu, PREFEITO MUNICIPAL, SANCIONO a seguinte lei

A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIATUBA, Estado de Goiás, APROVA e eu, PREFEITO MUNICIPAL, SANCIONO a seguinte lei PROJETO DE LEI N 0 1.971/06, de 21 de novembro de 2006. Cria cargos que especifica, fixa quantitativos, atribuições, vencimentos e regime jurídico, adequando-a a Emenda Constitucional Federal nº 51/06

Leia mais

PONTO CERTO OAB por ISADORA ATHAYDE E THIAGO ATHAYDE

PONTO CERTO OAB por ISADORA ATHAYDE E THIAGO ATHAYDE PONTO CERTO OAB por ISADORA ATHAYDE E THIAGO ATHAYDE O nosso item do edital de hoje será: EMPREGADO DOMÉSTICO Algo que devemos atentar de início é ao fato de não aplicarmos a CLT ao empregado doméstico,

Leia mais

Aula Toque de Mestre

Aula Toque de Mestre Aula Toque de Mestre Trabalho Noturno Conceito: Antes de conceituar o trabalho noturno, é importante falar do aspecto desgastante que este tipo de trabalho provoca ao empregado. Sob o ponto de vista biológico,

Leia mais

Convenção nº 146. Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos

Convenção nº 146. Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos Convenção nº 146 Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho: Convocada para Genebra pelo conselho administração da Repartição Internacional

Leia mais

Dispõe sobre o contrato de prestação de serviços e as relações de trabalho dele decorrentes.

Dispõe sobre o contrato de prestação de serviços e as relações de trabalho dele decorrentes. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROMOVER ESTUDOS E PROPOSIÇÕES VOLTADAS À REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO TERCEIRIZADO NO BRASIL SUGESTÃO DE SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 4.330, DE 2004 Dispõe sobre o contrato

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

1- CONTRATO DE TRABALHO

1- CONTRATO DE TRABALHO 1- CONTRATO DE TRABALHO 1.1 - ANOTAÇÕES NA CARTEIRA DE TRABALHO Quando o empregado é admitido - mesmo em contrato de experiência -, a empresa tem obrigatoriamente que fazer as anotações na carteira de

Leia mais

COMPANHIA PROVIDÊNCIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO Companhia Aberta. CNPJ/MF n. 76.500.180/0001-32 NIRE 41.3.000.5081-3

COMPANHIA PROVIDÊNCIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO Companhia Aberta. CNPJ/MF n. 76.500.180/0001-32 NIRE 41.3.000.5081-3 COMPANHIA PROVIDÊNCIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO Companhia Aberta CNPJ/MF n. 76.500.180/0001-32 NIRE 41.3.000.5081-3 PLANO DE OPÇÕES DE COMPRA DE AÇÕES DA COMPANHIA CAPÍTULO I OBJETIVOS DO PLANO Cláusula 1.ª

Leia mais

Professor André Vieira. Direitos Sociais. Curso de Oficial de Justiça de 1º Instância 1

Professor André Vieira. Direitos Sociais. Curso de Oficial de Justiça de 1º Instância 1 Direitos Sociais 01. NÃO é considerado um direito social, expressamente previsto na Constituição Federal Brasileira de 1988, a: a) Segurança; b) Educação; c) Livre concorrência; d) Saúde. 02. Os que percebem

Leia mais

A NOVA LEI DE ESTÁGIO DE ESTUDANTES

A NOVA LEI DE ESTÁGIO DE ESTUDANTES A NOVA LEI DE ESTÁGIO DE ESTUDANTES (11.788, DE 25/09/2008) Definição Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 372, DE 31 DE JULHO DE 2008

RESOLUÇÃO Nº 372, DE 31 DE JULHO DE 2008 RESOLUÇÃO Nº 372, DE 31 DE JULHO DE 2008 Dispõe sobre as férias dos servidores do Supremo Tribunal Federal. O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o art. 363,

Leia mais

PLANOS DE SAÚDE REGULAMENTADOS

PLANOS DE SAÚDE REGULAMENTADOS PLANOS DE SAÚDE REGULAMENTADOS Com relação a este tema, vamos explanar onde tudo começou: O Estatuto do Idoso (Lei n 10.741, de 01.10.03), reconhecendo a hipossuficiência do idoso, trouxe algumas conseqüências

Leia mais

Atribuições dos Tecnólogos

Atribuições dos Tecnólogos UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL TECNOLOGIA EM CONTRUÇÃO CIVIL EDIFÍCIOS E ESTRADAS Atribuições dos Tecnólogos Prof.ª Me. Fabiana Marques Maio / 2014 SOBRE O TECNÓLOGO Segundo

Leia mais

JORNADA DE TRABALHO 1 LIMITE DE DURAÇÃO E ANOTAÇÃO DA JORNADA PACTUADA

JORNADA DE TRABALHO 1 LIMITE DE DURAÇÃO E ANOTAÇÃO DA JORNADA PACTUADA 1 / 5 JORNADA DE TRABALHO 1 LIMITE DE DURAÇÃO E ANOTAÇÃO DA JORNADA PACTUADA A jornada máxima de trabalho, fixada pela Constituição Federal de 1988 e confirmada pelo art. 58 do Estatuto Laboral, é de 8

Leia mais

Pessoa ou família que admite a seu serviço empregado doméstico (Decreto nº 71.885/1973, art. 3º, II).

Pessoa ou família que admite a seu serviço empregado doméstico (Decreto nº 71.885/1973, art. 3º, II). FONTE: www.iobonlineregulatorio.com.br EMPREGADO DOMÉSTICO: Considera-se doméstico o empregado que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa a pessoa ou família, no âmbito residencial

Leia mais

Seguro Desemprego : art. 7º, II da CRFB

Seguro Desemprego : art. 7º, II da CRFB AULA 10: Seguro Desemprego : art. 7º, II da CRFB Amparo legal: art. 7º, II da CRFB. * urbanos e rurais: Lei nº 7.998/90, Lei nº 8.900/94 e Resolução do CODEFAT 467/05. * domésticos: artigo 6º-A da Lei

Leia mais

Nestes termos, P.Deferimento,

Nestes termos, P.Deferimento, Ao Sindicato dos Oficiais Alfaiates, Costureiras e Trabalhadores nas Indústrias de Confecção de Roupas e de Chapéus de Senhoras de São Paulo e Osasco. Rua dos Bandeirantes, 388 Bom Retiro - São Paulo/SP

Leia mais

POLÍTICA CARGOS E SALÁRIOS

POLÍTICA CARGOS E SALÁRIOS 1. OBJETIVO Estabelecer critérios de remuneração, baseados na legislação brasileira vigente e nas regras definidas pela Secretaria Executiva e Conselho Curador, com o objetivo de constituir uma estrutura

Leia mais

Trabalhador Domestico

Trabalhador Domestico Trabalhador Domestico Trabalhador Domestico 3 Brasília/DF - 2013 Trabalhador Domestico Considera-se trabalhador doméstico aquele maior de 18 anos que presta serviços de natureza contínua (frequente,

Leia mais

BR MALLS PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ nº 06.977.745/0001-91 PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES

BR MALLS PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ nº 06.977.745/0001-91 PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES 1. OBJETIVOS DO PLANO BR MALLS PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ nº 06.977.745/0001-91 PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES 1.1. Os objetivos do Plano de Opção de Compra de Ações da BR Malls Participações S.A. ( Companhia

Leia mais

PARECER N.º 81/CITE/2012

PARECER N.º 81/CITE/2012 PARECER N.º 81/CITE/2012 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

PROVA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO TCE-CE FCC 2015

PROVA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO TCE-CE FCC 2015 PROVA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO TCE-CE FCC 2015 Direito Previdenciário 67. (Auditor de Controle Externo/TCE-CE/FCC/2015): O princípio constitucional estipulando que a Seguridade Social deve contemplar

Leia mais

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2007 / 2008 2008 / 2009. Enfermeiros

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2007 / 2008 2008 / 2009. Enfermeiros CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2007 / 2008 2008 / 2009 Enfermeiros O SINDICATO DOS ENFERMEIROS DO ESTADO DE MINAS GERAIS, CNPJ nº 21.854.005/0001-51, portador de Carta Sindical expedida pelo MTb (cópia

Leia mais

CÂMARA DOS DEPUTADOS

CÂMARA DOS DEPUTADOS INDICAÇÃO Nº de 2007 (Da Senhora Andreia Zito) Sugere o encaminhamento ao Congresso Nacional de Projeto de Lei que disponha sobre a jornada de trabalho dos servidores público federais ocupantes de cargos

Leia mais

Programa de Participação dos Empregados em Lucros ou Resultados

Programa de Participação dos Empregados em Lucros ou Resultados Programa de Participação dos Empregados em Lucros ou Resultados Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: (...) j) a participação nos lucros ou resultados da empresa,

Leia mais

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 665, DE 2014. Emenda Aditiva N.

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 665, DE 2014. Emenda Aditiva N. MPV 665 00176 CONGRESSO NACIONAL EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 665, DE 2014. Autor Deputado Onyx Lorenzoni Partido Democratas - DEM 1. Supressiva 2. Substitutiva 3. Modificativa 4. X Aditiva TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Leia mais

Júlio M. de Oliveira Mestre e doutor PUC/SP

Júlio M. de Oliveira Mestre e doutor PUC/SP PLR: pressupostos para caracterização conforme jurisprudência do CARF e a tributação dos planos de stock option Júlio M. de Oliveira Mestre e doutor PUC/SP A TRIBUTAÇÃO DOS PLANOS DE STOCK OPTION Hipótese

Leia mais

NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM

NÚCLEO PREPARATÓRIO DE EXAME DE ORDEM ENDEREÇAMENTO E QUALIFICAÇÃO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA... VARA DO TRABALHO DE... A, estado civil..., profissão..., portador do RG nº..., inscrito no CPF nº..., portador da CTPS..., série...,

Leia mais