Perspectivas e Desafios para o Mercado de Energia Elétrica Brasileiro

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Perspectivas e Desafios para o Mercado de Energia Elétrica Brasileiro"

Transcrição

1 Perspectivas e Desafios para o Mercado de Energia Elétrica Brasileiro Edson Luiz da Silva Jorge Mário Campagnolo Departamento de Engenharia Elétrica Universidade Federal de Santa Catarina Introdução O risco de desequilíbrio entre oferta e demanda é intrínseco de qualquer cadeia produtiva, e o setor elétrico não foge a essa regra, conforme estamos presenciando no momento. A crise pela qual passamos tem o aspecto positivo de ter suscitado o debate sobre um tema que ao longo dos anos têm passado de forma desapercebida pela absoluta maioria da população. Neste artigo pretendemos descrever a cadeia produtiva da indústria de eletricidade e a complexidade envolvida, identificando as razões que nos levaram a esta crise sem precedentes, para finalmente apontar possíveis encaminhamentos para se chegar a um equilíbrio sustentado entre oferta e demanda. A estrutura da oferta de energia elétrica A capacidade instalada do Sistema Interligado Nacional é de MW, sendo dominada expressivamente por fontes hidrelétricas com MW (incluindo a participação brasileira em Itaipu) e complementada por termelétricas com MW, mais 1.000MW de importação da Argentina. Os planos governamentais prevêem, até 2003, um incremento da oferta de ,9 MW, distribuídos segundo a Tabela 1. Esse aumento da oferta, incluindo-se as instalações de transmissão necessárias, representam um total de investimentos de R$ ,19 milhões, sendo esperado que R$ ,00 venham da iniciativa privada.

2 Tabela 1 Ampliação da Capacidade de Geração Tipo de Empreendimento [MW] Hidrelétricas Termelétricas Importação Pequenas Centrais Hidrelétricas 846,9 Cogeração 960 Eólica/Fotovoltaica TOTAL ,9 Fonte: Programa Estruturado de Aumento da Oferta , Câmara de Gestão da Crise de Energoa Elétrica. Tradicionalmente, o sistema elétrico brasileiro tem sido planejado supondo-se um risco especificado de não atender a demanda, o qual é denominado de risco de déficit. A razão para se aceitar esse risco é de origem econômica: a sociedade, possivelmente, não suportaria pagar, via tarifas de eletricidade, um montante que assegurasse o atendimento da demanda com risco próximo a zero. Assim, o sistema vem sendo planejado com um risco de 5%, independentemente da profundidade do déficit. Exemplificando, os planejadores dimensionam a oferta de modo que num período de 20 anos, aceita-se que em um ano poderá haver déficit. A princípio, o atual racionamento poderia ser considerado como um evento dentro da normalidade, dado que é a primeira vez que temos um racionamento que atinge o sistema interligado quase que na totalidade, o que não é verdadeiro como veremos adiante. Como decorrência do uso do risco de déficit como critério de planejamento, tem-se o conceito de energia assegurada, a qual corresponde a capacidade de atendimento do sistema ao risco de 5%. A energia assegurada do sistema brasileiro é da ordem de MW-médios. Isto significa que o sistema pode atender continuamente uma carga de MW com o risco de haver déficit em 5% do tempo, isto é, em 20 anos de atendimento dessa carga, em um ano, o atendimento não é pleno. Caso a sociedade tivesse optado por um menor risco de déficit, certamente teríamos de ter mais reservatórios; portanto alagando muito mais áreas e sem dúvida alguma estaríamos pagando tarifas mais elevadas do que essas que pagamos hoje.

3 Para dispor dessa energia assegurada, o sistema tem uma capacidade de armazenamento bastante superior à demanda, possibilitando o acúmulo de água nas estações úmidas, que será utilizada nas estações secas. Os reservatórios se assemelham a um comerciante que compra água barata nas estações chuvosas e a revende nas estações secas com um preço mais atrativo. Com reservatórios localizados em diversos pontos do país e tendo suas respectivas usinas interligadas por linhas de transmissão, aproveita-se a diversidade hidrológica entre bacias, resultando em um desenvolv i- mento mais econômico do sistema. Os troncos de transmissão têm por finalidade realizar a função de transporte; portanto podem ser comparados com um investidor que compra água em uma região, a um preço mas baixo, e a revende em outra com um preço superior, realizando o seu lucro. Note que tem-se um sistema perfeitamente acoplado no espaço e no tempo, onde é possibilitado extrair ao máximo, os benefícios que um parque hidrelétrico pode oferecer. De forma a incrementar a energia assegurada do sistema tem-se ainda as usinas termelétricas. Cada megawatt instalado por meio de plantas termelétricas corresponde a um incremento de capacidade de suprimento de mesma magnitude, sem que seja necessário efetivamente produzir energia elétrica nessas unidades, possibilitando reduções significativas nos custos de produção. As unidades termelétricas, operando em um regime de complementação, representam uma espécie de seguro para o sistema, sendo acionadas apenas durante períodos de escassez de água. Essa complementaridade permite uma operação mais ousada (turbina-se uma maior volume de água, que é gratuita) pois sabe-se que as termelétricas estarão prontas para serem despachadas, em caso de necessidade. O desequilíbrio entre oferta e demanda Evidentemente, se a carga do sistema ultrapassa a energia assegurada, o sistema passa a consumir as reservas armazenadas nos reservatórios e se nada for feito para estancar essa sangria, temse um déficit que exigirá medidas de racionamento. A Figura 1 confronta a evolução da energia assegurada com a demanda, de onde percebe-se que a partir de 1996 a oferta ficou abaixo da demanda, iniciando-se um processo de deplecionamento dos reservatórios, passando a depender de generosas afluências, o que não aconteceu em Diante desse quadro e considerando que nada foi feito para ampliar a oferta na quantidade certa, a ocorrência de racionamento era apenas uma questão de tempo.

4 MW -médios ANO Fonte: Gerasul Energia Assegurada Consumo Figura 1 Balanço entre Energia Assegurada e Consumo Talvez pudéssemos ter sido salvos por chuvas mais generosas, a exemplo do que ocorreu em A Figura 2 mostra o comportamento dos volumes armazenados do sistema Sudeste ao longo dos anos, desde 1991, sendo interessante observar a redução gradativa do volume armazenado ao final do período úmido (final de Abril).

5 % de Volume Equivalente meses jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Fonte: Gerasul Figura 2 Evolução dos Armazenamentos do Sistema Sudeste A capacidade de armazenamento do sistema brasileiro é de MW.mês, conforme detalhado na Figura 3. Atualmente, o nível de armazenamento é suficiente para atender, durante um mês, uma carga da ordem de MW. Dado que a carga do sistema interligado, com o racionamento, é da ordem de MW.mês, não chovendo e desconsiderando a energia proveniente das unidades termelétricas e de importação, o estoque atual se esgotaria entre dois e três meses, mantendo-se o atual nível de racionamento e supondo os subsistemas perfeitamente integrados e sem gargalos de transmissão para a transferência de energia entre regiões.

6 Data: 30/07/2001 NORTE NORDESTE Máximo Armazenamento = MW.mês Capacidade Termelétrica = 0 Armazenamento Atual = 64,98% Carga= MW.mês Argentina MW SUL ITAIPU Máximo Armazenamento = MW.mês Capacidade Termelétrica = 0 Armazenamento Atual = 21,15% Carga = MW.mês SUDESTE Máximo Armazenamento = MW.mês Capacidade Termelétrica = MW.mês Armazenamento Atual = 26,76% Carga = MW.mês Máximo Armazenamento = MW.mês Capacidade Termelétrica = MW.mês Armazenamento Atual = 96,90% Carga = MW.mês Fonte: Gerasul Figura 3 Balanço entre Oferta e Demanda Referente a Julho de 2001 A demanda do sistema brasileiro, antes do racionamento, vinha crescendo a uma taxa de 5% ao ano. Isto representa uma necessidade de oferta adicional firme da ordem de MW ao ano, portanto requerendo cerca 5 bilhões de dólares em investimentos todos os anos. Evidentemente, dada a situação crítica que enfrentamos, no curto prazo é necessário uma capacidade maior que essa para que os reservatórios possam se recuperar. Para tanto, o governo espera contar com investimentos da iniciativa privada. A expansão da oferta e a abertura do mercado Para viabilizar a expansão da oferta com recursos da iniciativa privada tem-se como requisito essencial a reforma do setor elétrico. Tipicamente, os processos de reestruturação do segmento de energia elétrica em todo mundo seguem o paradigma da desverticalização, isto é, tem-se uma separação das atividades de geração, transmissão e distribuição. Com a desverticalização viabiliza-se a quebra de um outro paradigma: substitui-se o conceito de obrigatoriedade de servir pelo conceito de mercado, onde o preço é o elemento pelo qual os agentes se orientam e realizam as suas transa-

7 ções. Com isso, a energia elétrica passa a ser tratada como uma commodity, de modo que cada consumidor passa a ser tratado como um cliente; portanto, podendo escolher o seu fornecedor, de acordo com os seus requisitos e disposição a pagar. Para tanto, é necessário o estabelecimento do livre acesso às redes de transmissão e distribuição, a fim de que nenhum par gerador-consumidor seja impedido de realizar uma transação de energia, bastando que paguem uma tarifa pela prestação dos serviços de transmissão e distribuição, os quais têm sido tratados como monopólios naturais. Diante do que foi descrito temos então um campo de jogo adequado para que investidores, motivados pela legítima busca pelo lucro, venham a se instalar livremente pelo sistema, pagando tarifas justas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição. Assim tem sido feito em diversos sistemas no mundo. Por que no Brasil a expansão não vem se verificando de forma sustentada? Antes de examinar essa questão é essencial que se compare a estrutura do sistema elétrico brasileiro com aquelas vigentes em outros países. Nestes, com intensa participação de plantas termelétricas, a maioria delas a carvão e com elevados níveis de emissão, apresentam custos de produção elevados. Com a abertura dos mercados de energia elétrica e com o advento das turbinas a gás para produção desta energia, com custos mais baixos que as plantas convencionais, tem-se em conseqüência que as novas plantas custam menos que as existentes. Assim, um investidor detentor de uma tecnologia eficiente para geração, tem assegurado para si uma participação do mercado, pois ele desloca as plantas convencionais, causando um excedente de capacidade. Portanto, o custo marginal de expansão da capacidade é decrescente, pelo menos enquanto o sistema dispor de plantas termelétricas obsoletas. No sistema brasileiro tem-se ainda um potencial hidrelétrico expressivo para ser explorado, mas, seguramente, com custos de expansão maiores que os das usinas existentes, pois a lógica da expansão determina que os aproveitamentos sejam viabilizados em ordem crescente da relação custo-benefício. Por outro lado, as fontes a gás, embora competitivas na maioria dos mercados têm custos de expansão e operação superiores aos das plantas hidrelétricas. Esta assertiva encontra respaldo nos valores normativos publicados pela ANEEL. Esses valores podem ser interpretados como um limite superior de custo que as distribuidoras podem incorrer na compra da energia requerida por seus consumidores cativos, pois até esses valores a ANEEL permite o repasse às tarifas. Atualmente o valor normativo (VN) para usinas hidrelétricas é R$ 72,35/MWh. Para as termelétricas a gás, o valor normativo é igual R$ 106,40/MWh para unidades com potência inferior a 350 MW e de R$ 91,06/MWh para unidades com potência superior a 350 MW. Todos esses valores são, obviamente, superiores aos custos das fontes hidrelétricas existentes e já amortizadas (energia velha).

8 Diante desse quadro e considerando o longo prazo para a recuperação dos investimentos em geração, os investidores somente se sentirão confortáveis para oferecer aumento de capacidade se puderem dispor de contratos de longo prazo que lhes assegurem a venda de sua produção. Dado que o gás das termelétricas é pago em dólar e na outra ponta a receita obtida pela venda de energia é em reais, surge um risco cambial que não tem sido assumido pelos investidores. Após longas negociações, a Petrobrás está assumindo esse risco, sendo o mesmo repassado integralmente às tarifas após cada período de um ano. Estima-se, para as usinas com participação da Petrobrás, que uma desvalorização do Real da ordem de 10% cause um custo na faixa de US$ 80 milhões ao ano. As distribuidoras, desejosas em ter geração própria, respeitados os limites de concentração de mercado (limites de self-dealing ) e alegando o risco da perda de potenciais clientes livres e também contando com uma possível mudança de curso nas reformas do setor, onde poderiam dispor de contratos baseados em tarifas com geradores estatais, não aceitam realizar contratos de longo prazo. No momento parte considerável de suas necessidades estão garantidas pelos contratos iniciais firmados com preços da ordem R$ 42/MWh, o que lhes dá um poder de barganha considerável na negociação com os geradores na celebração de novos contratos. Por outro lado, os geradores têm procurado vender os novos contratos ao preço de energia nova, evitando fazer uma composição com a energia velha. Como conseqüência dessa queda-de-braço, contratos não se realizam e os investimentos não saem do papel. A ANEEL está tratando deste assunto, sendo esperado para breve algum dispositivo legal que obrigue as distribuidoras a demonstrarem com uma antecedência mínima especificada, capacidade de cumprirem os seus requisitos de demanda via geração própria ou contratada. No mercado brasileiro de energia elétrica, parte dos consumidores têm a opção de escolher os seu próprios provedores e outra é considerada cativa, isto é, não tem liberdade de escolha. Ocorre que na condição vigente, as tarifas de fornecimento para o consumo final apresentam distorções entre os grupos tarifários estabelecendo um quadro de subsídios cruzados, fazendo com que os consumidores conectados nos níveis de tensão mais baixos (residenciais em sua maioria) subsidiem aqueles conectados em tensões mais elevadas (os industriais em sua maioria). Um primeiro passo para corrigir este problema está sendo dado pela ANEEL que deverá calcular as tarifas de uso dos sistemas de distribuição com base no custo marginal de expansão desses sistemas. Isto significa que cada usuário deverá pagar uma tarifa de uso de acordo com os custos que ele impõe à expansão do sistema.

9 Não obstante, nos preocupa muito o fato de, a princípio, a ANEEL estar fixando um período de oito anos para a completa eliminação dessas distorções. Assim, durante o período de transição do realinhamento tarifário, é inviável um gerador privado competir com o distribuidor local na conquista de potenciais consumidores livres, supridos em determinadas classes de tensão, pois estes estão sendo artificialmente beneficiados com tarifas mais baixas. O resultado é óbvio: os potenciais consumidores livres não exercem a opção de serem livres, não estabelecem contratos com os geradores, que por sua vez não dão partida em novos projetos. A saída para romper com esse impasse seria obrigar todos os consumidores, com determinado porte, a tornarem-se livres. Na Argentina, por exemplo, os consumidores com demanda acima de 1 MW não são regulados e devem estar contratados em pelo menos 50% de suas necessidades. Também como ação necessária para incremento da oferta não se pode adiar indefinidamente o uso de fontes alternativas de energia. E não precisa muito esforço. Estima-se que a cogeração usando bagaço de cana pode acrescentar imediatamente algo em torno de MW. A cogeração, além de aumentar eficiência no uso de recursos escassos da natureza, por estar conectada junto a carga, pode evitar investimentos em transmissão e distribuição. Não obstante, a exemplo das fontes convencionais é necessário a adoção de mecanismos que assegurem a compra da produção já que os seus custos ainda são superiores aos das fontes convencionais. A falta de capacidade de transmissão Além dos aspectos descritos anteriormente, tem-se um problema não menos importante assoc i- ado à garantia de capacidade suficiente do sistema de transmissão que possa permitir a livre competição entre os geradores. Um requisito indispensável para o estabelecimento da competição é a ausência de gargalos de transmissão, pois somente desse modo reduz-se o a presença de posições dominantes no mercado (poder de mercado) e permite-se a livre escolha. O mercado brasileiro usa o conceito de submercado, como forma de discriminar preços para diferentes regiões do sistema. Tais submercados são definidos pela presença de restrições estruturais de transmissão e assim, um gerador com contrato entre dois submercados fica exposto à diferença de preços. Um gerador com contrato em um submercado importador torna-se comprador de um produto, que ele mesmo produziu, porém agora pagando um preço maior. Dada a volatilidade dessa diferença de preços, o gerador tem que internalizar aos seus custos mais este risco, que não é pequeno, reduzindo a sua competitividade.

10 A diferenciação de preços por porções do sistema tem sido utilizada em alguns mercados com o propósito de se obter uma sinalização locacional eficiente para os novos empreendimentos de geração, isto é, os geradores devem ter um incentivo para se instalar na rede de modo a evitar esse risco. Embora o uso do conceito de submercado seja dotado de respaldo teórico, no caso brasileiro, visualizamos dificuldades para trabalhar com esse conceito, tendo em vista que usinas hidrelétricas estão onde a natureza as colocou; portanto são insensíveis ao sinal locacional. Adicionalmente, não temos um mercado de gás, com preços diferenciados por regiões do país, que possibilite ao investidor decidir o melhor local para se instalar, se próximo ao gasoduto ou da rede de transmissão. Com base nessas constatações, é necessário dispor de algum mecanismo financeiro para alívio das exposições, acompanhado da expansão das interligações regionais. Para reduzir os gargalos de transmissão, os riscos para os geradores e consequentemente o custo para a sociedade é necessário expandir as capacidades de transmissão entre os submercados; e o custo não é expressivo, comparativamente aos prejuízos que a falta de transmissão causa. Isto pode ser demonstrado usando informações da própria ANEEL que recentemente concedeu reajuste de 11,65% para os prestadores de serviço de transmissão que juntos recebem anualmente algo em torno de R$ 2 bilhões. Este reajuste causará um impacto de somente 0,7% sobre a tarifa para o consumidor final. Portanto, um aumento de custo para expandir a transmissão, tomando-se esses números como referência, são praticamente insignificantes em comparação com os benefícios que podem ser obtidos na forma de redução do custo de operação. Embora se tenha essa constatação, a expansão da transmissão não vem se realizando de acordo com as necessidades do mercado. A indefinição do arranjo institucional Uma das causas de uma expansão insuficiente da transmissão pode ser atribuída às indefinições ainda existentes sobre o processo de planejamento no novo modelo setorial. O planejamento da transmissão é realizado pelo Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas Elétricos (CCPE) e consolidado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que o adequa com base nas condições de curto prazo. Neste processo tem-se um sério problema pois é extremamente difícil, tanto para CCPE como para ONS, identificar com clareza as reais necessidades do mercado. Diante dessa dificuldade, CCPE e ONS acabam se limitando na proposição de reforços de transmissão destinados a assegurar a confiabilidade do sistema, ficando os projetos indutores da competição relegados a um segundo plano.

11 Como se isto não bastasse, institucionalmente não se pode perder de vista que o CCPE sofre da falta de continuidade de seu trabalho. Troca o ministro de Minas Energia, trocam os gestores do CCPE. Além disso, o CCPE não possui quadros próprios, tendo suas atividades realizadas pela Eletrobrás e pelas empresas de seu grupo, sendo três dessas ainda verticalizadas e com interesses próprios que seguramente não se coadunam com o requisito de neutralidade de uma instituição de planejamento. A existência de empresas estatais verticalizadas é outro aspecto que merece ser analisado. Atualmente o Estado controla 78% da geração, 100% da transmissão, com exceção de alguns poucos circuitos controlados por capital privado e que foram obtidos por licitação, e 30% da distribuição. Essa situação gera desconfiança aos investidores que não sabem se de fato o mercado de energia elétrica é para valer. O episódio envolvendo a dívida de Angra II exemplifica com clareza como é moroso se chegar a um acordo envolvendo um agente estatal. A dívida de Angra II foi ocasionada pelo atraso de sua entrada em operação, que causou um gigantesco rombo no mercado, constituindo-se no estopim para distensão no Mercado Atacadista de Energia. Desafios O ponto central para viabilizar a expansão da oferta passa pela solução de um problema de alocação de riscos entre os agentes do mercado. No passado, o governo por meio de suas estatais viabilizava os projetos, alguns deles questionáveis, alocando os riscos sobre toda a sociedade, alocando os custos via tarifas e impostos. Num ambiente de mercado, o custo do insucesso de um projeto é alocado aos acionistas que, em face das incertezas vigentes têm preferido não investir. Diante desse quadro é necessário encontrar um ponto de equilíbrio em que os riscos sejam alocados adequadamente ao longo da cadeia produtiva e que o governo dê sinais claros se de fato deseja um mercado de energia elétrica, restabelecendo a confiança entre os agentes, para que os investimentos se concretizem. Em nossa avaliação, o processo passa por: efetiva abertura do mercado tornando um percentual significativo dos consumidores em alta tensão obrigatoriamente livres; eliminação imediata dos subsídios tarifários e obrigar que os distribuidores demonstrem capacidade de suprir os seus consumidores com um período de antecedência; dar solução definitiva aos aspectos regulatórios ainda pendentes;

12 retomada do processo de privatização ou decidir se teremos um modelo híbrido com participação privada e estatal na geração; expansão das interligações e definição de mecanismos para mitigação dos riscos dos geradores devido a diferença de preços entre submercados; definição do arranjo institucional para o planejamento da expansão.

Aspectos Regulatórios e de Mercado. Março de 2010

Aspectos Regulatórios e de Mercado. Março de 2010 Aspectos Regulatórios e de Mercado Março de 21 Mercado de Energia no Brasil 2 Marco Regulatório Atual Geradores Competição entre geradores (estatais e privados) Todos os geradores podem vender eletricidade

Leia mais

4 O Sistema Eletro-energético Brasileiro

4 O Sistema Eletro-energético Brasileiro 4 O Sistema Eletro-energético Brasileiro A estrutura de produção e fornecimento de energia elétrica no Brasil é bastante particular. O Brasil é um país com grandes dimensões territoriais e, por isso, com

Leia mais

4º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico - ENASE 2007

4º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico - ENASE 2007 4º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico - ENASE 2007 O Papel da Hidreletricidade no Equilíbrio da Oferta com a Demanda, no Horizonte do Plano Decenal Flávio Antônio Neiva Presidente da ABRAGE

Leia mais

Medidas divulgadas pelo Governo Federal para o fortalecimento do setor elétrico nacional

Medidas divulgadas pelo Governo Federal para o fortalecimento do setor elétrico nacional Medidas divulgadas pelo Governo Federal para o fortalecimento do setor elétrico nacional Perguntas e Respostas Perguntas mais frequentes sobre as medidas divulgadas pelo Governo Federal Março 2014 Apresentação

Leia mais

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES O modelo tradicional do setor elétrico estruturado através de monopólios naturais verticalizados foi a principal forma de provisionamento de energia elétrica no mundo

Leia mais

2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia

2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia 2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia 2.1. Breve Histórico da Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro No início da década de 90, o setor elétrico brasileiro apresentava uma estrutura predominantemente

Leia mais

REFORMA ELÉTRICA A Experiência Brasileira

REFORMA ELÉTRICA A Experiência Brasileira REFORMA ELÉTRICA A Experiência Brasileira Professor Adilson de Oliveira Instituto de Economia Universidade Federal do Rio de Janeiro/Brasil Por que Reformar? Depois de um longo período de expansão (1945-1985),

Leia mais

www.ccee.org.br Nº 011 Novembro/2014 0800 10 00 08 Nº de usinas

www.ccee.org.br Nº 011 Novembro/2014 0800 10 00 08 Nº de usinas Introdução O Boletim de Operação das Usinas é uma publicação mensal que apresenta os principais resultados consolidados de capacidade, garantia física e geração das usinas, tendo como referência a contabilização

Leia mais

INFORMATIVO MENSAL FEV.2015

INFORMATIVO MENSAL FEV.2015 JAN MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN INFORMATIVO MENSAL.215 Preço de Liquidação das Diferenças 45, 4, 35, 3, 25, 2, PLD Médio /215 PLD TETO 388,48

Leia mais

Perspectivas do Suprimento de Energia Elétrica

Perspectivas do Suprimento de Energia Elétrica Perspectivas do Suprimento de Energia Elétrica Manoel Arlindo Zaroni Torres Diretor-Presidente UHE Itá - Novembro de 2007 1 Aviso Importante Este material pode incluir declarações que representem expectativas

Leia mais

2 Características do Sistema Interligado Nacional

2 Características do Sistema Interligado Nacional 2 Características do Sistema Interligado Nacional O Sistema Elétrico Brasileiro (SEB) evoluiu bastante ao longo do tempo em termos de complexidade e, consequentemente, necessitando de um melhor planejamento

Leia mais

O Novo Ciclo do Mercado Livre de Energia Elétrica

O Novo Ciclo do Mercado Livre de Energia Elétrica O Novo Ciclo do Mercado Livre de Energia Elétrica PAINEL 2 ENTRE DOIS MUNDOS: O REGULADO E O LIVRE Flávio Antônio Neiva Presidente da ABRAGE Belo Horizonte 16 de outubro de 2008 Entre dois mundos: o regulado

Leia mais

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017)

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017) Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017) PAULO CÉSAR RIBEIRO LIMA JANEIRO/2009 Paulo César Ribeiro Lima 2 Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017)

Leia mais

Apresentação CEI. Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica

Apresentação CEI. Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica Apresentação CEI Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica A CEI é produtora independente de energia em MG, com 9 usinas em operação, 15 empreendimentos hidrelétricos em desenvolvimento (130MW) e

Leia mais

ENERGIAS RENOVÁVEIS NO BRASIL MAIO 2010

ENERGIAS RENOVÁVEIS NO BRASIL MAIO 2010 ENERGIAS RENOVÁVEIS NO BRASIL MAIO 2010 Índice Conceito de Energia Renovável Energias Renováveis no Brasil Aspectos Gerais de Projetos Eólicos, a Biomassa e PCHs Outorga de Autorização de Projetos Incentivos

Leia mais

Mercado de energia elétrica: condições atuais de atendimento à carga e tendências para 2015. Manoel Arlindo Zaroni Torres

Mercado de energia elétrica: condições atuais de atendimento à carga e tendências para 2015. Manoel Arlindo Zaroni Torres Mercado de energia elétrica: condições atuais de atendimento à carga e tendências para 2015 Manoel Arlindo Zaroni Torres São Paulo, 1 de outubro de 2014 Aviso importante Este material pode incluir declarações

Leia mais

Experiência de Regulação no Setor Elétrico Brasileiro

Experiência de Regulação no Setor Elétrico Brasileiro Experiência de Regulação no Setor Elétrico Brasileiro Edvaldo Santana Diretor da ANEEL Lisboa, 29 de maio de 2008 Sumário Descrição dos objetivos Considerações iniciais i i i Regulação e Tarifas: evolução

Leia mais

O Novo Modelo do Setor Elétrico, a ANEEL e a Geração Distribuída

O Novo Modelo do Setor Elétrico, a ANEEL e a Geração Distribuída Geração Distribuída 2002 INEE O Novo Modelo do Setor Elétrico, a ANEEL e a Geração Distribuída Junho de 2002 - São Paulo - SP Paulo Pedrosa Diretor Ouvidor Sumário I II III o modelo competitivo o papel

Leia mais

Fusões e Aquisições no Setor Sucroalcooleiro e a Promoção da Bioeletricidade

Fusões e Aquisições no Setor Sucroalcooleiro e a Promoção da Bioeletricidade Fusões e Aquisições no Setor Sucroalcooleiro e a Promoção da Bioeletricidade Nivalde J. de Castro 1 Guilherme de A. Dantas 2 A indústria sucroalcooleira brasileira passa por um intenso processo de fusões

Leia mais

O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

O QUE ESTÁ ACONTECENDO? O QUE ESTÁ ACONTECENDO? MINHA CONTA AUMENTOU! Todos os anos ocorrem reajustes nas tarifas de energia elétrica. Esse aumento é autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e no caso de Goiás

Leia mais

A Estrutura do Mercado de Energia Elétrica

A Estrutura do Mercado de Energia Elétrica 2º Encontro de Negócios de Energia Promoção: FIESP/CIESP A Estrutura do Mercado de Energia Elétrica 05 de setembro de 2001 São Paulo-SP José Mário Miranda Abdo Diretor-Geral Sumário I - Aspectos Institucionais

Leia mais

CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL SIN

CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL SIN 2 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL SIN 2.1 VOCAÇÃO À HIDROELETRICIDADE O sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil Sistema Interligado Nacional (SIN) pode ser classificado

Leia mais

Escalada Tarifária do Setor Elétrico

Escalada Tarifária do Setor Elétrico Escalada Tarifária do Setor Elétrico Priscila Lino priscila@psr-inc.com FIESP São Paulo, 19 de agosto de 2015 1 Retrospectiva 2012 Set/12: Edição da MP n o 579 que trata da renovação das concessões: Anúncio

Leia mais

Riscos e Garantias para a Comercialização de Energia de PCHs Encontro Nacional de Operadores e Investidores em Pequenas Centrais Hidrelétricas

Riscos e Garantias para a Comercialização de Energia de PCHs Encontro Nacional de Operadores e Investidores em Pequenas Centrais Hidrelétricas Riscos e Garantias para a Comercialização de Energia de PCHs Encontro Nacional de Operadores e Investidores em Pequenas Centrais Hidrelétricas Luciano Macedo Freire Conselho de Administração 07 de abril

Leia mais

Gazeta do Povo Online (PR) 15/07/2015 Bandeira tarifária arrecada R$ 5,4 bilhões em cinco meses

Gazeta do Povo Online (PR) 15/07/2015 Bandeira tarifária arrecada R$ 5,4 bilhões em cinco meses Gazeta do Povo Online (PR) 15/07/2015 Bandeira tarifária arrecada R$ 5,4 bilhões em cinco meses http://www.gazetadopovo.com.br/economia/bandeira-tarifaria-arrecada-r-54-bilhoes-em-cinco-mesesanwfi63js8uy6mhbi41xg8n7p

Leia mais

Simpósio Brasileiro sobre Pequenas e Médias Centrais Hidrelétrica. Comercialização 1/20. DCM Diretoria Comercial

Simpósio Brasileiro sobre Pequenas e Médias Centrais Hidrelétrica. Comercialização 1/20. DCM Diretoria Comercial Legislação de Geração de Energia Elétrica Comercialização 1/20 AGENDA: 1. Geração de serviço público, produtores independentes e autoprodução de energia elétrica; 2. Incentivos para a autoprodução de energia

Leia mais

MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 12/2015

MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 12/2015 MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 12/2015 NOME DA INSTITUIÇÃO: INEE Instituto Nacional de Eficiência Energética AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL Portaria n o

Leia mais

Capítulo: 1 Modelo Institucional do Setor Elétrico Brasileiro

Capítulo: 1 Modelo Institucional do Setor Elétrico Brasileiro Universidade Federal de Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica Capítulo: 1 Modelo Institucional do Setor Elétrico Brasileiro Prof.: Clodomiro Unsihuay-Vila PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO

Leia mais

Workshop Andrade & Canellas 2010 Mercado de Energia Práticas e Expectativa. A Visão dos Geradores

Workshop Andrade & Canellas 2010 Mercado de Energia Práticas e Expectativa. A Visão dos Geradores Workshop Andrade & Canellas 2010 Mercado de Energia Práticas e Expectativa A Visão dos Geradores Edson Luiz da Silva Diretor de Regulação A Apine Perfil dos Sócios Geradores privados de energia elétrica

Leia mais

PROGRAMA DE INCENTIVO PARA A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA ÁREA NUCLEAR

PROGRAMA DE INCENTIVO PARA A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA ÁREA NUCLEAR PROGRAMA DE INCENTIVO PARA A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA ÁREA NUCLEAR III ENIN 28 de Novembro de 2013 Wilson Jorge Montalvão Assistente do Presidente SUMÁRIO CENTRAL NUCLEAR ALMIRANTE ÁLVARO ALBERTO (Hoje)

Leia mais

MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À CONSULTA PÚBLICA Nº 005/2014

MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À CONSULTA PÚBLICA Nº 005/2014 MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À CONSULTA PÚBLICA Nº 005/2014 NOME DA INSTITUIÇÃO: Celesc Distribuição S.A. AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL ATO REGULATÓRIO: Nota Técnica nº 025/2014

Leia mais

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 I - RELATÓRIO

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 I - RELATÓRIO COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 Altera dispositivos da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, e da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, para promover a geração e o consumo

Leia mais

INFORMATIVO MENSAL JUN.2011

INFORMATIVO MENSAL JUN.2011 Preço de Liquidação das Diferenças 4, 35, PLD Médio MAI/211 JUN/211 5 PLD Médio Anual - Seco x Úmido 35, 3, 3, 25, 25, 2, 2, 15, 15, 1, 1, 5, 4 3 2 1, NORTE MÉDIA SEMANA 11 SEMANA 2 2 SEMANA 33 SEMANA

Leia mais

O SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL HOJE. Evandro Leite Vasconcelos Diretor de Energia e de Desenvolvimento de Negócios

O SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL HOJE. Evandro Leite Vasconcelos Diretor de Energia e de Desenvolvimento de Negócios 1 O SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL HOJE Evandro Leite Vasconcelos Diretor de Energia e de Desenvolvimento de Negócios ESTRUTURA SETORIAL CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO 3 PRINCIPAIS

Leia mais

Modelo de Negócio para um Novo Programa Nuclear. Otavio Mielnik. INAC International Nuclear Atlantic Conference

Modelo de Negócio para um Novo Programa Nuclear. Otavio Mielnik. INAC International Nuclear Atlantic Conference Modelo de Negócio para um Novo Programa Nuclear Otavio Mielnik Coordenador de Projetos São Paulo - 7 outubro 2015 INAC International Nuclear Atlantic Conference SUMÁRIO Modelos de Negócio em Programas

Leia mais

Energia Elétrica: Previsão da Carga dos Sistemas Interligados 2 a Revisão Quadrimestral de 2004

Energia Elétrica: Previsão da Carga dos Sistemas Interligados 2 a Revisão Quadrimestral de 2004 Energia Elétrica: Previsão da Carga dos Sistemas Interligados 2 a Revisão Quadrimestral de 2004 Período 2004/2008 INFORME TÉCNICO PREPARADO POR: Departamento de Estudos Energéticos e Mercado, da Eletrobrás

Leia mais

Valor Online 23/11/2015 Bandeira verde pode dar alívio maior para inflação em 2016

Valor Online 23/11/2015 Bandeira verde pode dar alívio maior para inflação em 2016 Valor Online 23/11/2015 Bandeira verde pode dar alívio maior para inflação em 2016 A demanda menor por energia, aliada a uma possível melhora do regime de chuvas no próximo verão, pode ajudar na recuperação

Leia mais

Situação Energética no País

Situação Energética no País Situação Energética no País Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Março de 2014 A situação energética atual Robustez do abastecimento: A segurança de suprimento em 2014 dependerá da hidrologia

Leia mais

NOTA TÉCNICA MANUTENÇÃO DA PRODUÇÃO DO SISTEMA CANTAREIRA PARA A POPULAÇÃO DA RMSP

NOTA TÉCNICA MANUTENÇÃO DA PRODUÇÃO DO SISTEMA CANTAREIRA PARA A POPULAÇÃO DA RMSP NOTA TÉCNICA MANUTENÇÃO DA PRODUÇÃO DO SISTEMA CANTAREIRA PARA A POPULAÇÃO DA RMSP O abastecimento da RMSP foi concebido para atuação integrada entre seus sistemas produtores, buscando sempre a sinergia

Leia mais

Desenhos de mercados de energia com alta participação de renováveis

Desenhos de mercados de energia com alta participação de renováveis Desenhos de mercados de energia com alta participação de renováveis ERSE, 4/3/11 Nivalde José de Castro Roberto Brandão Simona Marcu Sumário Comportamento dos preços spot com o aumento da participação

Leia mais

EPE-21/02/2008. Bioeletricidade

EPE-21/02/2008. Bioeletricidade EPE-21/02/2008 Bioeletricidade Sistema de Transmissão Mato Grosso do Sul Ciclo de Produção da Bioeletricidade Plantio da Cana-de-Açucar Colheita Palha Prensagem Xarope Biomassa Acúcar e Ácool Bioeletricidade

Leia mais

Evolução do lucro líquido (em milhões de reais) - jan fev mar abr mai jun jul ago set

Evolução do lucro líquido (em milhões de reais) - jan fev mar abr mai jun jul ago set DISCUSSÃO E ANÁLISE PELA ADMINISTRAÇÃO DO RESULTADO NÃO CONSOLIDADO DAS OPERACÕES: PERÍODO DE JANEIRO A SETEMBRO DE 2001 COMPARATIVO AO PERÍODO DE JANEIRO A SETEMBRO DE 2000 (em milhões de reais, exceto

Leia mais

O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil. Mario Lima Maio 2015

O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil. Mario Lima Maio 2015 O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil Mario Lima Maio 2015 1 A Matriz Energética no Brasil A base da matriz energética brasileira foi formada por recursos

Leia mais

GÁS NATURAL A PREÇO JUSTO!

GÁS NATURAL A PREÇO JUSTO! GÁS NATURAL A PREÇO JUSTO! 14º Encontro de Energia FIESP Matriz Segura e Competitiva Luis Henrique Guimarães São Paulo, 5 de agosto de 2013 1 AGENDA Princípios que norteiam a apresentação O que é Preço

Leia mais

3 CONTRATOS A TERMO E CONTRATOS DE OPÇÃO

3 CONTRATOS A TERMO E CONTRATOS DE OPÇÃO CONTRATOS A TERMO E CONTRATOS DE OPÇÃO 3 CONTRATOS A TERMO E CONTRATOS DE OPÇÃO Este capítulo discute a importância dos contratos de energia como mecanismos que asseguram a estabilidade do fluxo de caixa

Leia mais

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL RESOLUÇÃO N 233, DE 29 DE JULHO DE 1999

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL RESOLUÇÃO N 233, DE 29 DE JULHO DE 1999 AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL RESOLUÇÃO N 233, DE 29 DE JULHO DE 1999 Estabelece os Valores Normativos que limitam o repasse, para as tarifas de fornecimento, dos preços livremente negociados

Leia mais

Leilões de Linhas de Transmissão e o Modelo de Parceria Estratégica Pública Privada. (*)

Leilões de Linhas de Transmissão e o Modelo de Parceria Estratégica Pública Privada. (*) Leilões de Linhas de Transmissão e o Modelo de Parceria Estratégica Pública Privada. (*) Nivalde J. de Castro (**) Daniel Bueno (***) As mudanças na estrutura do Setor Elétrico Brasileiro (SEB), iniciadas

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção 2.1. Custo de Oportunidade Conforme vínhamos analisando, os recursos produtivos são escassos e as necessidades humanas ilimitadas,

Leia mais

Formação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) (Anexo)

Formação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) (Anexo) Formação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) Regras de Comercialização Formação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) (Anexo) Versão 1.0 1 versão 1.0 Formação do Preço de Liquidação das Diferenças

Leia mais

DESAFIOS DO SETOR ENERGÉTICO NO RIO GRANDE DO SUL

DESAFIOS DO SETOR ENERGÉTICO NO RIO GRANDE DO SUL DESAFIOS DO SETOR ENERGÉTICO NO RIO GRANDE DO SUL Humberto César Busnello A SITUAÇÃO ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO SUL TEM QUE SER VISTA NO CONTEXTO DO MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO, ESPECIALMENTE

Leia mais

Lição 3. Instrução Programada

Lição 3. Instrução Programada Lição 3 É IMPORTANTE A ATENTA LEITURA DAS INSTRUÇÕES FORNECIDAS NAS LIÇÕES 1 e 2. NOSSO CURSO NÃO SE TRATA DE UM CURSO POR COR RESPONDENCIA; NÃO NOS DEVERÃO SER MAN- DADAS FOLHAS COM AS QUESTÕES PARA SEREM

Leia mais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS INTERPRETAÇÃO TÉCNICA ICPC 11. Recebimento em Transferência de Ativos dos Clientes

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS INTERPRETAÇÃO TÉCNICA ICPC 11. Recebimento em Transferência de Ativos dos Clientes COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS INTERPRETAÇÃO TÉCNICA ICPC 11 Recebimento em Transferência de Ativos dos Clientes Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IFRIC 18 Índice REFERÊNCIAS Item

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA ENERGIA EÓLICA NA OFERTA DE ENERGIA DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL

A IMPORTÂNCIA DA ENERGIA EÓLICA NA OFERTA DE ENERGIA DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL A IMPORTÂNCIA DA ENERGIA EÓLICA NA OFERTA DE ENERGIA DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL São Paulo, 03 de junho de 2008 Sistema Elétrico Brasileiro e o Sistema ELETROBRÁS Linhas de Transmissão SIN Capacidade

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015 (Do Sr. Fabio Faria)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015 (Do Sr. Fabio Faria) PROJETO DE LEI Nº, DE 2015 (Do Sr. Fabio Faria) Institui o Programa de Incentivo à Geração Distribuída de Energia Elétrica a partir de Fonte Solar - PIGDES e altera a Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002.

Leia mais

Perguntas e Respostas sobre a aplicação da Resolução Normativa nº 482/2012

Perguntas e Respostas sobre a aplicação da Resolução Normativa nº 482/2012 Perguntas e Respostas sobre a aplicação da Resolução Normativa nº 482/2012 Este documento é apenas explicativo e não tem força normativa. 1 O que é o Sistema de Compensação de Energia Elétrica?...1 2 Quanto

Leia mais

Galvão Energia Evolução das Fontes de Energia Renováveis no Brasil. V Conferência Anual da RELOP

Galvão Energia Evolução das Fontes de Energia Renováveis no Brasil. V Conferência Anual da RELOP Galvão Energia Evolução das Fontes de Energia Renováveis no Brasil V Conferência Anual da RELOP Lisboa, 01.Jun.2012 Agenda O Acionista Grupo Galvão 03 A Empresa Galvão Energia 04 A evolução das fontes

Leia mais

FUNDOS DO SETOR ELÉTRICO ADMINISTRADOS PELA ELETROBRÁS 2009

FUNDOS DO SETOR ELÉTRICO ADMINISTRADOS PELA ELETROBRÁS 2009 4.7 - FUNDOS DO SETOR ELÉTRICO A Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobrás é a responsável pela gestão de recursos setoriais que atendem às diversas áreas do Setor Elétrico, representados pelos

Leia mais

Dep. Fabio Garcia PSB/MT. O Preço da Energia No Brasil

Dep. Fabio Garcia PSB/MT. O Preço da Energia No Brasil Dep. Fabio Garcia PSB/MT O Preço da Energia No Brasil Entenda a sua fatura de energia elétrica - Tarifa para Consumidor Residencial (tarifa B1) Parcela A Custos não gerenciáveis, ou seja, que não dependem

Leia mais

GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA HIDRELÉTRICA-SISTEMA ELÉTRICO

GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA HIDRELÉTRICA-SISTEMA ELÉTRICO GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA HIDRELÉTRICA-SISTEMA ELÉTRICO HIDRELÉTRICAS Definição Originada a partir da energia solar, responsável pela evaporação da água; A água que precipita é armazenada na forma de

Leia mais

V Conferência da RELOP - Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa

V Conferência da RELOP - Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa V Conferência da RELOP - Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa Aspetos regulatórios da energia renovável no Brasil Fernando Colli Munhoz Assessor Sup. de Regulação

Leia mais

INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital

INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital 5 INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital 1.1 Processo de decisão de orçamento de capital A decisão de investimento de longo prazo é a decisão financeira mais

Leia mais

Bioeletricidade >> Energia Positiva para o Desenvolvimento Sustentável. Tecnologia => disponível com eficiência crescente

Bioeletricidade >> Energia Positiva para o Desenvolvimento Sustentável. Tecnologia => disponível com eficiência crescente Cana de Açúcar => oferta crescente matéria prima energética Bagaço + Palha => disponibilidade existente e assegurada Bioeletricidade >> Energia Positiva para o Desenvolvimento Sustentável Tecnologia =>

Leia mais

Resultados. 2T14 Junho, 2014

Resultados. 2T14 Junho, 2014 Resultados Junho, 2014 Destaques Operacional & Comercial Rebaixamento da garantia física de 6,2%, em linha com as projeções da Companhia Comercialização de ~100 MWm com prazo e preço médios de 4,5 anos

Leia mais

Nota Técnica n o 038/2010-SRG/ANEEL. Em 17 de junho de 2010.

Nota Técnica n o 038/2010-SRG/ANEEL. Em 17 de junho de 2010. Nota Técnica n o 038/2010-SRG/ANEEL Em 17 de junho de 2010. Processo n o : 48500.003207/2010-10. Assunto: Representação das restrições internas aos submercados que possam impactar nos limites de intercâmbio

Leia mais

Região Metropolitana de Belo Horizonte e Norte de Minas receberão novos investimentos em abastecimento de água

Região Metropolitana de Belo Horizonte e Norte de Minas receberão novos investimentos em abastecimento de água Região Metropolitana de Belo Horizonte e Norte de Minas receberão novos investimentos em abastecimento de água Governador Antonio Anastasia preside solenidade na qual foi assinado contrato para a implantação

Leia mais

IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36

IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36 IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36 1 Visão geral O CPC 01 é a norma que trata do impairment de ativos ou, em outras palavras, da redução ao valor recuperável de ativos. Impairment ocorre quando

Leia mais

A Evolução do Mercado Livre de Energia

A Evolução do Mercado Livre de Energia A Evolução do Mercado Livre de Energia 4º ENASE Antonio Carlos Fraga Machado Presidente do Conselho de Administração 13 de setembro de 2007 Agenda Evolução do Mercado Livre de Energia O Mercado de Energia

Leia mais

Planejamento Integrado no Setor elétrico

Planejamento Integrado no Setor elétrico 2ª REUNIÃO ORDINÁRIA DEINFRA ENERGIA FIESP Planejamento Integrado no Setor elétrico Prof. Nivalde J. de Castro Coordenador do GESEL 12 de março de 2012 Sumário I. Planejamento no setor elétrico. II. Fontes

Leia mais

Em 13 de janeiro de 2012.

Em 13 de janeiro de 2012. Nota Técnica nº 003/2012-SEM/ANEEL Em 13 de janeiro de 2012. Processo: 48500.005140/2011-21 Assunto: Instauração de Audiência Pública, na modalidade Intercâmbio Documental, para subsidiar o processo de

Leia mais

XVII ENERJ. A Importância da Termoeletricidade na Matriz Elétrica Brasileira para os próximos 5 e 10 anos. Cenário de uso reduzido de reservatórios

XVII ENERJ. A Importância da Termoeletricidade na Matriz Elétrica Brasileira para os próximos 5 e 10 anos. Cenário de uso reduzido de reservatórios XVII ENERJ A Importância da Termoeletricidade na Matriz Elétrica Brasileira para os próximos 5 e 10 anos. Cenário de uso reduzido de reservatórios 27 de novembro de 2015 1 Considerações Iniciais Cenário

Leia mais

O Estado de S. Paulo Online 14/02/2016 Transmissão de energia vive crise de investimento

O Estado de S. Paulo Online 14/02/2016 Transmissão de energia vive crise de investimento O Estado de S. Paulo Online 14/02/2016 Transmissão de energia vive crise de investimento http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,transmissao-de-energia-vive-crise-de-investimento,10000016214 Exemplo

Leia mais

Inserção da energia eólica na

Inserção da energia eólica na Inserção da energia eólica na matriz de geração brasileira Prof. Nivalde J. de Castro Roberto Brandão 1 Sumário 1. Matriz de geração brasileira: perfil e tendências. 2. O papel das energias renováveis

Leia mais

Reservatórios: queda nos estoques Aumento das restrições ambientais para UHEs reduz volume de armazenamento para menos de um ano

Reservatórios: queda nos estoques Aumento das restrições ambientais para UHEs reduz volume de armazenamento para menos de um ano Page 1 of 5 Reservatórios: queda nos estoques Aumento das restrições ambientais para UHEs reduz volume de armazenamento para menos de um ano Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Reportagem Especial

Leia mais

CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 010/2009.

CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 010/2009. CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 010/2009. NOME DA INSTITUIÇÃO: COPEL DISTRIBUIÇÃO S.A. AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 010/2009 : Contribuições de 12/03/2009

Leia mais

GABARITO OTM 09 [ ] [ ] ( ) [ ] O que mostra que e, logo o sistema não possui solução. [ ]

GABARITO OTM 09 [ ] [ ] ( ) [ ] O que mostra que e, logo o sistema não possui solução. [ ] GABARITO OTM 09 Questão 1 a) Observe que o, deste modo o sistema não possui única solução ou não possui solução. Como [ ] [ ] [ ] [ ] O que mostra que e, logo o sistema não possui solução. b) Sim. Basta

Leia mais

O Estado de S. Paulo 26/01/2015 Previsões apontam chuva abaixo da média

O Estado de S. Paulo 26/01/2015 Previsões apontam chuva abaixo da média O Estado de S. Paulo 26/01/2015 Previsões apontam chuva abaixo da média O volume de água nos reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste terá de dobrar até abril para livrar o Brasil de um novo racionamento

Leia mais

Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011

Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011 Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011 Cesar Soares Barbosa Diretor de Previdência É responsável também pela gestão dos recursos garantidores dos planos de benefícios administrados pela Sabesprev,

Leia mais

INSERÇÃO NO CONTEXTO DO PLANEJAMENTO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL LAS/ANS

INSERÇÃO NO CONTEXTO DO PLANEJAMENTO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL LAS/ANS INSERÇÃO NO CONTEXTO DO PLANEJAMENTO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL LAS/ANS 9 1, 3 % 6, 2 % 2, 5 % MATRIZ DE ENERGIA ELÉTRICA Fonte Capacidade instalada (status: agosto/2005) Geração (setembro/2004 - agosto/2005)

Leia mais

Seminário Internacional Portugal Brasil Visão Geral das Operações da CCEE. Luiz Eduardo Barata Ferreira Presidente do Conselho de Administração

Seminário Internacional Portugal Brasil Visão Geral das Operações da CCEE. Luiz Eduardo Barata Ferreira Presidente do Conselho de Administração Seminário Internacional Portugal Brasil Visão Geral das Operações da CCEE Luiz Eduardo Barata Ferreira Presidente do Conselho de Administração Fevereiro de 2012 Visão Geral das Operações da CCEE Mercado

Leia mais

Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa

Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa MME Secretaria de Planejamento Energético Brasília Março de 2010 Roteiro 1. Cenário da Expansão 2. Características 3. Políticas Energéticas 4. Leilões

Leia mais

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO 1. Uma empresa utiliza tecidos e mão-de-obra na produção de camisas em uma fábrica que foi adquirida por $10 milhões. Quais de seus insumos

Leia mais

AUDIÊNCIA PÚBLICA ANEEL nº 003/2007 (ap003_2007@aneel.gov.br) Contribuições da TRACTEBEL ENERGIA S.A.

AUDIÊNCIA PÚBLICA ANEEL nº 003/2007 (ap003_2007@aneel.gov.br) Contribuições da TRACTEBEL ENERGIA S.A. Introdução AUDIÊNCIA PÚBLICA ANEEL nº 003/2007 (ap003_2007@aneel.gov.br) Contribuições da TRACTEBEL ENERGIA S.A. A Tractebel Energia, isoladamente ou por meio da APINE, vem estudando e discutindo o tema

Leia mais

. / 012343// 156 01 2 /. 31. 0 7131. 1 8 93

. / 012343// 156 01 2 /. 31. 0 7131. 1 8 93 !" ##" $#%#" &&&#" "' (" &&" ')&#" (*+"((,"(-. / 012343// 156 01 2 /. 31. 0 7131. 1 8 93!" Centro Nacional de Referência em Biomassa (CENBIO) Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) Universidade de

Leia mais

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1 2 Qual o padrão atual da oferta de eletricidade no Brasil? Qual o padrão

Leia mais

Perguntas e Respostas Alteração no rendimento da caderneta de poupança. 1) Por que o governo decidiu mudar as regras da caderneta de poupança?

Perguntas e Respostas Alteração no rendimento da caderneta de poupança. 1) Por que o governo decidiu mudar as regras da caderneta de poupança? Perguntas e Respostas Alteração no rendimento da caderneta de poupança Novas regras 1) Por que o governo decidiu mudar as regras da caderneta de poupança? Por ter parte de sua remuneração (chamada de adicional)

Leia mais

Perguntas e Respostas sobre a aplicação da Resolução Normativa nº 482/2012

Perguntas e Respostas sobre a aplicação da Resolução Normativa nº 482/2012 Perguntas e Respostas sobre a aplicação da Resolução Normativa nº 482/2012 Este documento tem caráter apenas orientativo e não tem força normativa. 1 O que é o Sistema de Compensação de Energia Elétrica?...

Leia mais

Conceito de Contabilidade

Conceito de Contabilidade !" $%&!" #$ "!%!!&$$!!' %$ $(%& )* &%""$!+,%!%!& $+,&$ $(%'!%!-'"&!%%.+,&(+&$ /&$/+0!!$ & "!%!!&$$!!' % $ $(% &!)#$ %1$%, $! "# # #$ &&$ &$ 0&$ 01% & $ #$ % & #$&&$&$&* % %"!+,$%2 %"!31$%"%1%%+3!' #$ "

Leia mais

SINCOR-SP 2016 ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

SINCOR-SP 2016 ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1 2 Sumário Palavra do presidente... 4 Objetivo... 5 1. Carta de Conjuntura... 6 2. Estatísticas dos Corretores de SP... 7 3. Análise macroeconômica...

Leia mais

O Modelo Brasileiro de Mercado de Energia

O Modelo Brasileiro de Mercado de Energia O Modelo Brasileiro de Mercado de Energia Estrutura: Operador do Sistema (ONS): Responsável pela otimização centralizada da operação do sistema e pelo despacho, de acordo com regras aprovadas pelo ente

Leia mais

Incômodos para consumidores, impactos para a economia

Incômodos para consumidores, impactos para a economia Incômodos para consumidores, impactos para a economia Ainda que o setor elétrico não estivesse passando por um preocupante e oneroso momento de stress, ainda que quase todos os agentes e consumidores do

Leia mais

PARTICIPAÇÃO DO ACL na Expansão da Geração BACKWORDS

PARTICIPAÇÃO DO ACL na Expansão da Geração BACKWORDS BACKWORDS Um dos diagnósticos associado as falhas do modelo RE- SEB foi a ausência de sinais para investimentos, devido principalmente: Financiabilidade: prazo de contratação; robustez do PPA (mecanismos

Leia mais

TRABALHO DE ECONOMIA:

TRABALHO DE ECONOMIA: UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUIUTABA - FEIT INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE ITUIUTABA - ISEPI DIVINO EURÍPEDES GUIMARÃES DE OLIVEIRA TRABALHO DE ECONOMIA:

Leia mais

VI ENCONTRO NACIONAL DA ABRAPCH A importância da Geração Distribuída num momento de crise energética

VI ENCONTRO NACIONAL DA ABRAPCH A importância da Geração Distribuída num momento de crise energética VI ENCONTRO NACIONAL DA ABRAPCH A importância da Geração Distribuída num momento de crise energética Copel Distribuição S.A Vlademir Daleffe 25/03/2015 1 VI ENCONTRO NACIONAL DA ABRAPCH 1. Composição tarifária

Leia mais

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV INVESTIMENTOS Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV Uma questão de suma importância para a consolidação e perenidade de um Fundo de Pensão é a sua saúde financeira, que garante

Leia mais

São Paulo, 28 de abril de 2006. Ref.: Contribuição à Consulta Pública Plano Decenal de Energia Elétrica PDEE 2006/2015

São Paulo, 28 de abril de 2006. Ref.: Contribuição à Consulta Pública Plano Decenal de Energia Elétrica PDEE 2006/2015 São Paulo, 28 de abril de 2006 CT/301/2006 Excelentíssimo Senhor Silas Rondeau Ministério de Minas e Energia Brasília DF CC: Ministério de Minas e Energia Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético

Leia mais

Geração de Energia Elétrica. Aula 2 Introdução ao Sistema de Energia Elétrica (SEE)

Geração de Energia Elétrica. Aula 2 Introdução ao Sistema de Energia Elétrica (SEE) Geração de Energia Elétrica Aula 2 Introdução ao Sistema de Energia Elétrica (SEE) 1 Evolução do SEE (~100 anos) SISTEMAS ISOLADOS Sistemas de pequeno porte (necessidades locais) Pequena complexidade operacional

Leia mais

III Workshop Inovação para o Estabelecimento do Setor de Energia Solar Fotovoltaica no Brasil. Nelson Fonseca Leite Presidente 06/03/2013

III Workshop Inovação para o Estabelecimento do Setor de Energia Solar Fotovoltaica no Brasil. Nelson Fonseca Leite Presidente 06/03/2013 III Workshop Inovação para o Estabelecimento do Setor de Energia Solar Fotovoltaica no Brasil Nelson Fonseca Leite Presidente 06/03/2013 PRINCIPAIS INDICADORES DO SETOR DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Leia mais

CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À CONSULTA PÚBLICA Nº 012/2010 NOME DA INSTITUIÇÃO:

CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À CONSULTA PÚBLICA Nº 012/2010 NOME DA INSTITUIÇÃO: CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À CONSULTA PÚBLICA Nº 012/2010 NOME DA INSTITUIÇÃO: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GRANDES CONSUMIDORES INDUSTRIAIS DE ENERGIA E DE CONSUMIDORES LIVRES ABRACE AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA

Leia mais