REABILITAÇÃO AMBIENTAL EM FUNDOS DE VALE URBANIZADOS NO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL ALDEIA DO VALE GOIÂNIA, GO 1

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1 REABILITAÇÃO AMBIENTAL EM FUNDOS DE VALE URBANIZADOS NO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL ALDEIA DO VALE GOIÂNIA, GO 1 CAROLINA INÊS DE LIMA 2, LISZT MENDES CARDOSO 2, VICTOR AUGUSTO BORGES BARBOSA 2 ERIDES CAMPOS ANTUNES 3 ANTÔNIO PASQUALETTO 4 RESUMO: A recomposição florística dos fundos de vale, no Condomínio Aldeia do Vale, representa uma tentativa de recuperar áreas degradadas, às quais foram associadas diferentes condições de manejo. Avaliaram-se incrementos de altura e diâmetro nas mudas de recomposição vegetal, em diferentes áreas de fundos de vale, onde o solo foi decapeado e onde foi pouco revolvido. Conclui-se que as espécies em áreas decapeadas se desenvolvem menos e que durante os dois anos iniciais as mudas passam por um período de adaptação, desenvolvendo-se mais rápido a partir do segundo ano. Palavras-chave: recomposição; fundos de vale; incrementos. ABSTRACT: Floristic recomposition of valleys, at the Condominium Aldeia do Vale, represent a recovery degraded areas to witch different managing conditions were associated. Gains of height and diameter in the seedlings used on the recovery were evaluated. It was done in valleys where surface soil was taken off and in valleys where soil was less disturbed. It was concluded that species in revolved soils grow less and during their first two years, seedlings are in an adaptation phase, starting to grow by their second year. Keywords: recomposition; valleys; height and diameter. Goiânia. 2004/1 1 Artigo apresentado como requisito parcial à obtenção de graduação no curso de Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Goiás (UCG). 2 Graduandos em Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Goiás. 3 Eng. Florestal, doutorando CIAMB/UFG, Orientador e Prof. do Departamento de Engenharia da UCG. 4 Eng. Agrônomo, Dr., Prof. do Departamento de Engenharia da UCG e da Disciplina Projeto Final de Curso. 1

2 1 INTRODUÇÃO Rios, solos, relevos, coberturas vegetais são alguns dos valiosos e imprescindíveis bens naturais degradados diariamente por ações antrópicas. Apesar de possuir enorme biodiversidade, o Bioma Cerrado, por ser considerado uma fronteira agrícola, não é poupado dos inúmeros impactos ambientais que assolam seus recursos naturais. Boa parte da cobertura vegetal foi retirada, mesmo sabendo-se da necessidade de áreas verdes como as matas de galeria, que se encontram associadas aos cursos d água. Sempre que a vegetação margeia um leito d água qualquer, ela contribui sobremaneira para a proteção desses corpos hídricos, filtrando sedimentos e água e prevenindo variados processos erosivos, sendo por esses motivos, considerada legalmente como área de preservação permanente. Porém, expansões agrícolas ou avanços urbanísticos contribuem para a devastação da cobertura vegetal que compõem a região do Cerrado, mesmo aquelas consideradas intocáveis, como as matas de galeria. Foi o que ocorreu também quando se iniciou a implantação de condomínios horizontais no Estado de Goiás. Buscando evitar essa tendência, no início das obras que deram origem ao Condomínio Ecológico Horizontal Aldeia do Vale, localizado na Região Leste de Goiânia, procurou-se conservar remanescentes de mata seca semidecídua da antiga propriedade rural, bem como recuperar parte da vegetação original, que havia sido substituída por pastagens. Com esse intuito, procedeu-se à reabilitação de matas de galeria circunvizinhas aos lagos e fundos de vale durante as etapas da obra de implantação do condomínio. Esta reabilitação envolveu a revegetação e a inclusão do caráter paisagístico. Até então, todas as áreas em reabilitação recebiam limpeza periódica, com a poda contínua de grama bermuda (Cynodon dactylon) plantada no sub-bosque do reflorestamento, eliminando qualquer possibilidade de regeneração natural, permanecendo apenas as mudas plantadas. Nesse sentido, objetivou-se avaliar os incrementos de biomassa vegetal, em áreas de fundos de vale em reabilitação dentro do Condomínio, por meio de mensurações em espécies de maior freqüência e do acompanhamento de procedimentos de plantio e tratos culturais. 2

3 2 BASES TEÓRICAS - CONCEITUAIS As formações florestais do Cerrado englobam os tipos de vegetação com predominância de espécies arbóreas e formação de dossel. A mata ciliar e a mata de galeria são fisionomias associadas a cursos de água, e podem ocorrer em terrenos bem drenados e mal drenados. Por mata ciliar entende-se a vegetação florestal que acompanha os rios de médio e grande porte, em que a vegetação arbórea não forma galerias. A mata de galeria acompanha os rios de pequeno porte e córregos, formando corredores fechados sobre o curso de água (RIBEIRO e WALTER, 1998). Segundo Ribeiro (1998), dentre as formações vegetais do bioma cerrado, a mata de galeria, mesmo sendo fitofisionomia que representa pequena porção do cerrado, destaca-se pela sua riqueza em diversidade biológica e pelo seu papel na proteção dos recursos hídricos, edáficos, fauna silvestre, aquática e suas interações. A degradação das áreas de preservação permanente não pode ser discutida sem considerar sua inserção no contexto do uso e ocupação do solo brasileiro. No Brasil, assim como na maioria dos países, a degradação dessas áreas sempre foi e continua sendo fruto da expansão desordenada das fronteiras agrícolas e zonas urbanas (RODRIGUES e GANDOLFI, 2001). Dentre as alternativas de promover a reparação de áreas desmatadas surgem três modelos: a restauração, reabilitação e a recuperação. Restauração é a reposição das exatas condições ecológicas da área degradada, justificável para ambientes raros. Reabilitação é o retorno da área a sua função produtiva, embora não necessariamente ecológica, por meio da revegetação. Recuperação é a recomposição da área degradada, sem estrito compromisso ecológico, mas, sobretudo em sua função ambiental (CORRÊA, 1998). Reconstruir ou reorganizar um ecossistema florestal ciliar a partir de uma abordagem científica, implica em conhecer a complexidade dos fenômenos que se desenvolvem nestas formações, compreenderem os processos que levam à estruturação e manutenção destes ecossistemas no tempo e utilizar estas informações para a elaboração, implantação e condução de projetos de restauração dessas formações (RODRIGUES e GANDOLFI, 2001). 3

4 Para Ribeiro (1998), o conhecimento sobre as estratégicas de adaptação das espécies representativas da comunidade de mata de galeria, bem como as variações nestas estratégias ao longo dos seus ciclos de vida, permite encontrar estes padrões de comportamento e estabelecimento das espécies destes ambientes. As espécies que se estabelecem logo após um distúrbio na floresta primária e povoam rapidamente as clareiras são do grupo das pioneiras, tendo como principal característica a intolerância à sombra. Na fase subseqüente, aparecem espécies com alguma tolerância à sombra, ainda que apenas na fase juvenil, caracterizando o grupo das secundárias. Por fim, fechando o ciclo de sucessão, crescem espécies tolerantes à sombra que fecham o dossel novamente, caracterizando o grupo das espécies de clímax (FONSECA et al., 2001). O processo de regeneração de clareiras em uma floresta natural denomina-se sucessão secundária e tem sido usado como fundamento para o plantio misto de espécies nativas, visando à recuperação de matas ciliares e outras áreas de preservação permanente. Nesse sentido, o uso coordenado de espécies pioneiras, secundárias e climássicas em arranjos integrados, tem sido estratégico (MACEDO, 1993). ANTUNES (2003) e MACEDO (1993) consideram que, para a revegetação de ambientes, vários procedimentos devem ser observados, independentes das características de cada local: 1) uso exclusivo de espécies nativas da região; 2) conhecimento silvicultural e das espécies a serem utilizadas; 3) aumento da diversidade de espécies e de procedências dentro de cada espécie; 4) adoção de espaçamentos que favoreçam a regeneração natural; 5) garantia da sucessão secundária. Ribeiro (1998) define que o processo de recuperação de matas de galeria depende de vários fatores, dentre os quais destacam-se: o grau de modificação em relação ao ambiente natural, as espécies a serem utilizadas, a viabilidade de obtenção de propágulos, a distribuição das espécies no novo ambiente e a participação da comunidade. 4

5 Sob o aspecto legal, as matas ciliares e de galeria estão inseridas no conceito de áreas de preservação permanente, definidas no Código Florestal 5 em seu artigo 2 e na Lei Florestal do Estado de Goiás 6 em seu artigo 5. Trata-se, dentre outras formas de vegetação natural, da faixa marginal aos corpos d água, com largura mínima a ser preservada, independente do relevo, dos solos e da qualidade dos recursos hídricos. Esses textos legais básicos sobre áreas de preservação permanente foram complementados por diversas legislações principalmente Resoluções CONAMA. Para áreas urbanas, esses textos facultam aos municípios legislar sobre larguras de faixas maiores, em seus Planos Diretores e Leis de Zoneamento. Nas áreas urbanas do município de Goiânia, a Lei de Zoneamento 7 no Capítulo III Zonas Especiais Ambiental e Aeroportuária, Seção I Zonas de Proteção Ambiental, Subseção I Da Identificação das Zonas, estabelece a largura mínima de faixa ciliar de 50 m em cada lado do curso d água ou um raio de 50 m ao redor de nascentes e lagos. Essas definições legais, entretanto, dificilmente são obedecidas. 3 METODOLOGIA A pesquisa foi realizada no Condomínio Ecológico Aldeia do Vale, na porção Leste do município de Goiânia, Estado de Goiás, situado entre e de Latitude Sul e e de Longitude Oeste, região Nordeste (NE) do município de Goiânia. Os estudos foram desenvolvidos nos meses de novembro e dezembro de 2003, nos fundos de vale do empreendimento e regiões circunvizinhas aos lagos, abastecidos por nascentes e pelo Córrego Pedreira, afluente da margem esquerda do Ribeirão João Leite, subbacia do Rio Meia Ponte. Foram amostrados indivíduos arbóreos plantados em terrenos granulíticos de latossolo vermelho, áreas originalmente de matas de galeria, em duas condições distintas áreas 5 Lei nº de 15/11/65, alterado pelas Leis nº de 18/07/89 e nº de 13/11/89. 6 Lei nº de 14/03/95, regulamentada pelo Decreto nº 4593 de 13/11/95. 7 Lei Complementar n 031 de 29/12/1994, publicada no Diário Oficial do Município de Goiânia n 1.320, de 29/12/1994. Dispõe sobre o uso e ocupação do solo nas Zonas Urbanas e de Expansão Urbana do Município de Goiânia e estabelece outras providências urbanísticas. 5

6 decapeadas e áreas pouco revolvidas entre o ano de 2000 e final do ano de Para as áreas decapeadas foram possíveis análises das espécies no plantio, com 2 anos e 3 anos e para os solos pouco revolvidos, mudas de espécies com 3 anos de idade. As áreas onde se desenvolveram os plantios apresentam diferentes condições. Implantou-se cobertura vegetal rasteira com o plantio de grama bermuda (Cynodon dactylon), que recebe constantes podas, eliminando também outras espécies ruderais. As mudas passaram, inicialmente, por coroamento e roçadas periódicas até o fechamento das copas, bem como por controle das formigas cortadeiras e outras pragas, além do tutoramento (estaca com cerca de 1,5 m). O desempenho dos plantios foi avaliado por medidas de crescimento, e posterior adaptação, em cada um dos 3 (três) exemplares das 9 (nove) espécies de maior freqüência. Na avaliação do incremento das plantas, foram determinadas as características de altura das plantas e diâmetros do caule, que correspondem à circunferência à altura do solo (CAS) e, nos plantios com 3 anos, circunferência à altura do peito (CAP), medida numa altura de aproximadamente 1,5 m (um metro e meio). Foram observadas adversidades na parte aérea, considerando tratos culturais, metodologia de plantio, efeitos da fauna existente, comportamento sucessional e concorrência com plantas ruderais, comparando-se, quando possível, condições de solo e ano de plantio. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Dentre as formações florestais identificadas 8 dentro da área do Condomínio Aldeia do Vale, destacam-se as matas secas semidecídua e decídua e mata de galeria. A mata seca semidecídua caracteriza-se pela perda de folhas em 40% a 50% das árvores na época seca. A mata seca decídua é definida pela perda de 50% a 70% das folhas das árvores da comunidade, também no período seco (RIBEIRO e WALTER, 1998). 8 C.G.R. CONSULTORIA, ASSESSORIA E PROJETOS AMBIENTAIS LTDA. Estudos de Impacto Ambiental/EIA. Sítios de Recreio Mansões Bernardo Sayão, Goiânia,

7 Dentre as 49 (quarenta e nove) espécies remanescentes de mata seca semidecídua encontradas dentro do empreendimento, destacam-se: angico vermelho (Anadenanthera peregrina (L.) Speg.); baru (Dipteryx alata Vogel); cedro (Cedrela fissilis Vell.); guatambu (Aspidosperma sp) e jatobá (Hymenaea courbaril var. Stilbocarpa (Hayne)Y.T. Lee & Langenh). (LORENZI, 2002 a e b) Já dentre as 41 (quarenta e uma) espécies remanescentes de mata seca decídua, destacam-se: aroeira (Miracrodruon urundeuva Fr. All.); embaúba (Cecropia sp); ingá (Inga sp); mutamba (Guazuma ulmifolia Lam.) e peroba (Aspidosperma discolor A. DC.). (LORENZI, 2002 a e b) Em relação à mata de galeria remanescente, 13 (treze) espécies foram catalogadas, sobressaindo-se as seguintes: guapeva (Pouteria torta (Mat.) Radlk.); marinheiro (Guarea guidonia (L.) Sleumer); pau pombo (Tapirira guianensis Aubl.) e sangra d água (Croton urucurana Baill). (LORENZI, 2002 a e b) Um dos aspectos de nítida importância para o sucesso de qualquer reflorestamento é o manejo pós-plantio. Durante o estudo realizado junto às áreas replantadas, algumas adversidades influenciaram o desenvolvimento das espécies cultivadas. Essas condições relacionam-se às ações de implantação e a atividades de manutenção da área. Como situações adversas durante o plantio das mudas identificam-se: as diferenças quanto ao solo, separado em pouco revolvido e área decapeada (Figuras 1 e 2); seleção de espécies sem vinculação com os princípios de sucessão secundária, mas buscando atender apenas o arranjo paisagístico; e o plantio concomitante ao semeio, de gramínea agressiva e resistente ao sombreamento (Cynodon dactylon - grama bermuda), que inviabiliza a regeneração natural (Figura 3). 7

8 Figura 1. Bosque adensado, solo pouco revolvido. Figura 2. Plantio em área decapeada. Figura 3. Forte presença do plantio de Cynodon dactylon concomitante ao plantio das mudas. Os problemas detectados durante o pós-plantio, ou seja, de manutenção da área, envolvem o combate ineficiente das espécies ruderais, que promovem o abafamento por concorrência, devido ao seu rápido desenvolvimento. Na tentativa de eliminá-las, acaba-se por danificar ou cortar as mudas cultivadas (Figura 4). Há também falta de continuidade no coroamento (limpeza na base das mudas) e ausência de podas de condução. Ocorre herbivoria em espécies palatáveis, em virtude da proliferação descontrolada de capivaras (Hydrochoerus hydrochoeris). Há falta de adubação de cobertura, necessária após um ano de plantio, no início do período chuvoso, bem como falha no combate a formigas cortadeiras (Figura 5). 8

9 Figura 4. Planta danificada por poda errada. Figura 5. Planta acometida por formigas. Além das observações, os dados da Tabela 1 reportam medições diamétricas de circunferência à altura do solo (CAS), de mudas de 9 (nove) espécies com 3 (três) anos de idade, 2 (dois) anos e aquelas plantadas à época da medição (plantio), em solos de áreas decapeadas. Tabela 1. CAS de espécies plantadas em áreas decapeadas com três idades diferentes. Espécies CAS (cm) Nome comum Nome científico 3 anos 2 anos Plantio Angico jacaré Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr. 28,75 2,00 0,30 Angico vermelho Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 33,33 1,25 0,30 Baba de boi Em identificação 32,00 8,50 0,80 Esponginha Acacia farnesiana (L.) Willd. 14,00 5,40 0,20 Ingá miúdo Inga sp 14,50 2,67 0,80 Ingarana Inga sp 16,33 3,50 0,30 Mutamba Guazuma ulmifolia Lam. 29,25 4,00 0,40 Paineira rosa Chorisia speciosa A. St.-Hil. 34,00 4,00 0,50 Pau jaú Triplaris surinamensis Cham. 17,00 8,50 0,50 Notam-se, quanto ao incremento das espécies listadas na tabela anterior, as disparidades existentes, principalmente entre o 2º (segundo) e 3º (terceiro) anos de cultivo. As diferenças de crescimento se acentuam nesse período, porque são nos primeiros dois anos de vida que a planta estrutura seu sistema radicular, reservando todos os nutrientes absorvidos para essa finalidade, passando a crescer mais rápido apenas a partir do 2º (segundo) ano. 9

10 Essa constatação pode ser melhor visualizada quando se observa o desenvolvimento vertical das plantas (Figura 6). Avaliando as mesmas espécies e áreas listadas na Tabela 1, pode-se vislumbrar o rápido crescimento em altura das plantas a partir do segundo ano de plantio. Incremento em altura de espécies em áreas decapeadas com três idades diferentes Pau jaú Paineira rosa Mutamba Ingarana Ingá miúdo Esponginha Baba de boi Angico vermelho Angico jacaré 0,08 0,09 0,18 0,20 0,19 0,25 0,50 0,36 0,31 0,44 0,15 0,32 0,56 0,80 0,73 0,92 0,83 1,10 1,62 1,63 2,00 2,75 3,50 3,50 4,67 4,75 5,40 Plantio Ano 2 Ano Altura (m) Figura 6. Incremento em altura de espécies em áreas decapeadas em três idades diferentes. Posteriormente, estabeleceram-se medições em mudas de 9 (nove) espécies cultivadas há 3 (três) anos, ou seja, plantas com a mesma idade, porém em áreas pouco revolvidas e solos com níveis variáveis de nutrientes (Tabela 2). Os dados mostram a diferença acarretada ao desenvolvimento vegetal quando impostas condições desiguais de plantio. Nessa situação promoveu-se o reflorestamento em diferentes condições de solo/área. Assim, apesar da mesma idade (três anos), as espécies cultivadas em solo pouco revolvido tiveram maior incremento, salvo as espécies paineira rosa e mutamba, que apresentam fácil adaptação. 10

11 Tabela 2. CAS s e CAP s de espécies com três anos de idade, plantadas em diferentes solos. Espécies Área decapeada Solo pouco Nome comum Nome científico CAS (cm) CAP (cm) CAS (cm) Angelim amargoso Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke 15, ,00 Guapeva Pauteria torta (Mart.) Radlk. 8, ,00 Ingá miúdo Inga sp 14,50 3,00 17,50 Ipê do cerrado Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. 9,00 4,00 18,00 Mutamba Guazuma ulmifolia Lam. 29,25 14,50 21,00 Paineira rosa Chorisia speciosa A. St.-Hil. 34,00 14,00 33,00 Pau ferro Caesalpinia ferrea Mrt. ex Tul. var. leiostachya Benth. 21,00 11,00 25,00 Pororoca Rapanea ferruginea (Ruiz & Pav.) Mez 11, ,50 Sangra d'água Croton urucurana Baill. 29,00 12,00 34,00 Observando as variações de altura (Figura 7) das mesmas espécies e nas mesmas condições de plantio, constataram-se novamente as diversidades de incrementos impostas pelas diferenças no cultivo. Avaliação de incrementos (alturas) em espécies com 3 anos de plantio Sangra d'água 3,00 3,50 Pororoca 1,40 1,83 Pau ferro 3,00 3,50 Paineira rosa 1,90 3,50 Mutamba 3,90 5,40 Ipê do cerrado 1,90 2,50 Ingá miúdo 1,63 2,43 Solo pouco revolvido Guapeva 1,09 2,15 Áreas decapeadas Angelim amargoso 1,45 2, Altura (m) Figura 7. Crescimento vertical de espécies plantadas há 3 anos em dois tipos diferentes de solo. O maior acréscimo na altura é detectado nas espécies cultivadas em solos pouco revolvidos. O baixo incremento das espécies plantadas em áreas decapeadas, tanto como 11

12 crescimento vertical quanto em circunferências do caule, está associado à menor disponibilidade de nutrientes no solo, bem como a possíveis propriedades físicas desfavoráveis do solo, configurando as disparidades. 5 CONCLUSÕES Após a comparação dos incrementos em diâmetros e altura de mudas de três idades diferentes em áreas decapeadas, bem como de espécies de três anos em áreas decapeadas e de solo pouco revolvido, conclui-se que: a) nas áreas decapeadas o maior incremento ocorreu entre o segundo e o terceiro ano nas espécies testadas, dada a demanda nutricional das plantas para pegamento até o segundo ano; b) quando se comparou mudas de mesma idade em áreas decapeadas e de solos pouco revolvidos, a maioria das espécies respondeu com maior incremento em diâmetro e altura às melhores condições nutricionais e físicas da área de solos pouco revolvidos. Ressalta-se ainda, que o processo de revegetação adotada no Condomínio não privilegiou o aspecto ecológico. O plantio e podas contínuas da grama bermuda impedem o caráter recuperacional das áreas cultivadas, pois inviabilizam a regeneração natural. Ainda, os usos de espécies sem vinculação com os princípios da sucessão secundária, realçam o forte estilo paisagístico. 6 REFERÊNCIAS ANTUNES, E. C. Projeto de recomposição florística das margens do córrego Botafogo. MPE/GO. Goiânia GO, p. CORRÊA, R. S. Degradação e recuperação de áreas no Distrito Federal. In: CORRÊA, R. S.; MELO FILHO, B. de. Ecologia e recuperação de áreas degradada no cerrado. Brasília DF: Paralelo 15, p. FONSECA, C. E. L. da; RIBEIRO, J. F.; SOUZA, C. C. de; REZENDE, R. P.; BALBINO, V. K. Recuperação da vegetação de matas de galeria: estudos de caso no Distrito Federal e Entorno. In: RIBEIRO, J. F.; FONSECA, C. E. L. da; SOUSA-SILVA, J. C. Cerrado: 12

13 caracterização e recuperação de matas de galeria. Planaltina: Embrapa Cerrados, p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002 a. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002 b. MACEDO, A. C. Revegetação: matas ciliares e de proteção ambiental / revisado e ampliado por Paulo Y. Kageyama, Luiz G. S. da Costa.- São Paulo: Fundação Florestal, 1993 Governo do Estado de São Paulo. Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Fundação Florestal. RIBEIRO, J. F.; WALTER, B. M. T. Fitofisionomias do bioma cerrado. In: SANO, S. M; ALMEIDA, S.ed. Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, xii + 556p. RIBEIRO, J. F. ed. Cerrado: matas de galeria. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, p. RODRIGUES, R. R.; GANDOLFI, S. Conceitos, tendências e ações para a recuperação de florestas ciliares. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO, H. de F. ed. Matas Ciliares: Conservação e Recuperação. 2. ed. São Paulo: Universidade de São Paulo: Fapesp, p. 13

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