Combate ao mosquito deve ser permanente A GUERRA NÃO TERMINOU. NÃO PODEMOS DAR TRÉGUA AO AEDES AEGYPTI

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2 ESPECIAL - Saúde & Bem-Estar 2 MARÇO 2017 INFORME DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE JORNAIS/REDE PAULISTA DE JORNAIS Combate ao mosquito deve ser permanente A GUERRA NÃO TERMINOU. NÃO PODEMOS DAR TRÉGUA AO AEDES AEGYPTI Mesmo com os resultados positivos obtidos nos últimos 12 meses na luta contra a dengue, chikungunya e zika - as chamadas arboviroses -, a guerra contra os focos do mosquito transmissor das chamadas arboviroses deve prosseguir com intensidade. Mãos à obra para eliminar os criadouros! Esse é o lema principal da coordenação da campanha Todos Juntos contra o Aedes aegypti, que ganhou a adesão de prefeituras e da sociedade civil, e que precisa do apoio de todos. O combate ao mosquito deve ser contínuo, pois se trata de uma guerra ainda não vencida. Se relaxar, ele volta com tudo! AVANÇOS Os números demonstram a importância da prevenção. No Estado de São Paulo, em 2016, o número de casos de dengue foi reduzido em 76% e o número de óbitos apresentou queda de 80%, segundo as estatísticas oficiais. Os números confirmam: estamos vencendo a batalha contra o mosquito. Portanto, não dê trégua! Na avaliação da Secretaria de Saúde, São Paulo vem sim levando a melhor contra o Aedes aegypti. A tendência se registra devido à acentuada redução dos focos do mosquito e a consequente queda significativa no número de casos de dengue, chikungunya e zika. Em relação à dengue, para se comparar, em 2015 foram registrados casos, contra , em Já o número de óbitos caiu de 488 para 97, no mesmo intervalo de um ano. Em 2017, até o último balanço, no dia 21 de fevereiro, haviam sido confirmados 47 casos de dengue e uma morte em decorrência da doença, em todo o Estado. O número é bem inferior ao registrado no mesmo período de 2016, quando ocorreram casos e foram confirmadas 44 mortes. MOBILIZAÇÃO Desde o ano passado, o Governo do Estado de São Paulo tem realizado em parceria com os municípios mutirões aos sábados. Um grupo de agentes municipais é encarregado de realizar ações de vistoria para detectar focos do mosquito. As iniciativas são graças a uma medida da Secretaria de Estado da Saúde que paga R$ 120 reais extras aos agentes municipais por dia trabalhado. Estes profissionais, além de realizar a eliminação dos criadouros nas residências, dão orientações e esclarecimentos sobre a campanha. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, foram realizadas mais de 42 milhões de visitas a imóveis em todo o Estado entre janeiro e dezembro de As ações e o pagamento extra continuam em 2017 e somente em janeiro 744,9 mil imóveis receberam a visita para a eliminação dos focos. Segundo os técnicos, a incidência de chuvas, característica do verão, e o maior deslocamento da população na temporada de férias, reforçam a necessidade de,amter a atenção sobre os focos do mosquito e a vigilância contra o Aedes Aegypti.

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7 Os sintomas podem confundir ESPECIAL - Saúde & Bem-Estar INFORME DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE JORNAIS/REDE PAULISTA DE JORNAIS MARÇO CONHECER SOBRE OUTRAS DOENÇAS ASSOCIADAS A MOSQUITOS É IMPORTANTE As doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti dengue, zika e chikungunya - possuem algumas manifestações clínicas similares e podem gerar alguma confusão. Outra arbovirose que tem chamado a atenção é a febre amarela, mas é uma doença com sintomas bastante diferentes. Os casos merecem atenção, mas não são motivo para pânico. Não há atualmente registro de febre amarela urbana, transmitida pelo Aedes aegypti, desde a década de 1940, no Brasil. Todos os casos registrados até agora são da febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, que são típicos de áreas de matas. Vale, porém, o alerta para combater o mosquito nas cidades, para controlar a dengue, o Zika Vírus e a chikungunya, e dessa forma evitar o retorno da febre amarela urbana, via Aedes aegypti. HIDRATAÇÃO É IMPORTANTE Embora zika, chikungunya e dengue apresentem sinais clinicamente parecidos, como febre, dores de cabeça, dores nas articulações, enjoo e manchas vermelhas, há alguns sintomas marcantes que as diferem. A principal manifestação clínica de chikungunya, por exemplo, são as fortes dores nas articulações. Também é possível haver esse tipo de dores na dengue e no zika, mas a diferença está na intensidade da dor. Com relação à febre, dengue e chikungunya são marcadas pela febre alta, geralmente acima de 39 C e de início imediato. Já os pacientes de zika apresentam febre baixa ou, muitas vezes, nem apresentam febre. Os sintomas relacionados ao vírus zika costumam se manifestar de maneira branda e o paciente pode, inclusive, estar infectado e não apresentar qualquer sintoma. É importante que ao sentir alguns desses sintomas a pessoa procure uma unidade básica de saúde e mantenha-se constantemente hidratada, pois auxiliará no início do tratamento. Os médicos farão exames diagnósticos para confirmar o quadro e iniciar o tratamento correto. VACINA Com febre amarela, as pessoas têm febre baixa, dores musculares em todo o corpo, principalmente nas costas, dor de cabeça, dor nas articulações, náuseas e vômito e fraqueza. Os sintomas duram entre três e quatro dias e vão diminuindo até desaparecer, mas alguns pacientes podem ter sintomas mais graves cerca de 24 horas após a recuperação dos sintomas mais simples, podendo atingir o fígado e os rins. Os sintomas dessa fase QUEM DEVE TOMAR A VACINA CONTRA A FEBRE AMARELA A vacina está indicada a partir dos 9 meses de idade. Porém, em condições de surto, poderá ser antecipada para os 6 meses de idade. A aplicação é por via subcutânea. No Brasil, são recomendadas duas doses: são febre alta, icterícia (amarelidão) pela inflamação no fígado, vômitos com sangue, urina escura, sangramentos de pele e olhos avermelhados. Devem ser vacinadas contra a febre amarela as pessoas que moram ou que vão fazer viagens nacionais para áreas consideradas de risco para a doença no País, como por exemplo, o Estado de Minas Gerais e algumas regiões do Interior de São Paulo, como as de Ribeirão Preto e de São José do Rio Preto. Crianças: a primeira dose aos 9 meses e 1 dose de reforço aos 4 anos; Crianças maiores de 5 anos de idade não vacinados, ou adultos não vacinados: deve ser aplicada 1 dose, com um reforço em 10 anos. Maiores de 5 anos com 1 dose realizada antes dos 5 anos de idade: 1 dose de reforço. Porém, também é importante que não ocorra uma vacinação indiscriminada ou sem recomendação.

8 ESPECIAL - Saúde & Bem-Estar 8 MARÇO 2017 INFORME DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE JORNAIS/REDE PAULISTA DE JORNAIS Saiba tudo sobre a dengue A dengue é uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável, causada por um vírus e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti infectado. Saiba tudo sobre essa doença. Com a informação correta e completa, você saberá evitá-la. E se isso não for possível, saberá lidar melhor com ela. QUEM É O AGENTE CAUSADOR É um arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae, sendo conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4. COMO SE DÁ A TRANSMISSÃO DA DOENÇA A transmissão se dá pela picada do mosquito fêmea infectado. O ciclo se dá da seguinte forma: homem infectado com vírus da dengue Aedes aegypti homem sadio. A INCUBAÇÃO DA DOENÇA No homem: Após ter sido picado por um mosquito infectado, a pessoa apresenta sintomas da doença depois de em média de 5 a 6 dias, mas pode ser menos ou mais. Existem pessoas que não apresentam sintomas. No mosquito: Ao picar uma pessoa que apresenta vírus da dengue no sangue, o mosquito se infecta e após um período de aproximadamente 10 dias, está apto a transmitir a doença para outras pessoas. CONHEÇA OS SINTOMAS Início súbito com febre intensa, dor de cabeça, dores fortes nos olhos, na musculatura e nas juntas, podendo surgir erupções na pele. As formas mais graves da doença são as formas hemorrágicas que acometem pele, tecidos subcutâneos e trato intestinal podendo levar ao choque e ao óbito. É importante procurar atendimento junto a área de saúde quando suspeita-se de dengue. Até as pessoas que apresentam apenas um ou outro dos sintomas mencionados, mesmo que sejam leves ou brandos, devem procurar o médico. Além disso, é importante que os casos suspeitos e/ou confirmados de dengue sejam notificados às autoridades sanitárias municipais, para que sejam tomadas medidas de controle da doença. INFECTADO AUMENTA CHANCE DA DENGUE HEMORRÁGICA A imunidade é permanente e duradoura para o sorotipo que causou a infecção, ou seja, os infectados, por exemplo, pelo sorotipo 1 são imunes em relação a este para toda a vida, mas podem ser infectados por qualquer um dos outros três sorotipos, e nesta situação o risco de dengue hemorrágico aumenta. ELIMINAR CRIADOUROS AINDA É A MELHOR SOLUÇÃO O diagnóstico compreende exames clínicos, exames laboratoriais e investigação epidemiológica. Não há vacina, portanto, as medidas de controle baseiam-se na adoção de cuidados diários de eliminação de criadouros do mosquito transmissor e na vigilância de casos suspeitos de dengue. DICAS PARA EVITAR PICADAS EM LOCAIS DE RISCO 1.Usar camisas de mangas compridas e calças. 2.Ficar em lugares fechados com ar condicionado ou ventilador 3.Se não tiver ar condicionado ou ventilador, proteja as janelas e portas com telas. 4.Dormir com mosquiteiros. 5.Usar repelentes registrados ofi cialmente contra insetos. Quando usados como orientados são na gestação ou amamentação. Sempre seguir as orientações das bulas. 6.Evitar uso de produtos com associação de repelente e protetor solar na mesma formulação. Se for usar protetor solar, não aplicá-los antes do repelente. CRIANÇAS PRECISAM DE CUIDADOS ESPECIAIS Não usar repelente em crianças com menos de 2 meses de idade. Vestir as crianças com roupas que cubram braços e pernas. Cobrir berços e carrinhos com mosqueteiro. Não aplicar repelente nas mãos das crianças. Não usar produtos com permetrina diretamente na pele. Podem-se utilizar roupas impregnadas com permetrina (usada no combate a piolhos).