DIREITO ELEITORAL. Prof. Henrique Sartori.

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1 DIREITO ELEITORAL Prof. Henrique Sartori.

2 Conteúdo programático para o concurso de Analista Judiciário área administrativa do TRE/SP: Conceito e fontes. Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65 e alterações posteriores). Resolução TSE nº /03 e alterações posteriores. Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar nº 64/90 e alterações posteriores): arts. 2º; 3º; 15 a 22; 24 e 25.

3 Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95 e alterações posteriores). Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97 e alterações posteriores). Lei nº 6.091/74 e alterações posteriores.

4 Bibliografia: Direito Eleitoral Francisco Dirceu de Barros Editora GEN

5 Bibliografia: Direito Eleitoral Esquematizado Thales Tácito Cerqueira e Camila Albuquerque Cerqueira Editora Saraiva

6 Questões / exercícios: s-de-concurso/

7 Conceito de Direito Eleitoral: ramo do Direito Público que trata de institutos relacionados aos direitos políticos, das eleições e da organização dos órgão da Justiça Eleitoral e do Ministério Público Eleitoral.

8 Fontes do Direito Eleitoral: em um sentido amplo, são os fatores éticos, sociológicos, históricos, políticos e culturais que condicionam a origem do direito e determinam seu conteúdo.

9 Em um sentido restrito e específico, fonte do direito é aquilo que lhe dá forma. Quer dizer são as leis e demais atos normativos, a jurisprudência ( quando um juiz ou tribunal, repetidamente, julga interpreta certo assunto sempre da mesma maneira ), a doutrina (a compreensão daquele assunto dada pelos autores que escrevem sobre o mesmo) e os costumes.

10 Contudo, quanto ao Direito Eleitoral, podemos citar como fonte formal apenas a legislação - pois apenas esta tem força coercitiva e origem estatal - a começar pela Constituição Federal e seguindo pelas demais normas infraconstitucionais como o Código Eleitoral, a Lei das Eleições (Lei 9.504/97), a Lei das Inelegibilidades (L.C. 64/90), a Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95), a Lei 6.091/74, as resoluções do TSE etc.

11 DIREITOS POLÍTICOS

12 Art. 1º, parágrafo único, CRFB - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

13 Segundo Motta & Barchet, nacionalidade é o vínculo de uma pessoa com um Estado. Já cidadania é a vinculação de uma pessoa a uma sociedade politicamente organizada desse mesmo Estado. Essa vinculação decorre da participação do cidadão na administração do País, do Estado-Membro ou do Município. Portanto, é cidadão quem pode votar e ser votado pois estas são as principais formas do indivíduo participar politicamente da vida do Estado.

14 Assim, define-se Direitos políticos como um conjunto de regras que disciplinam as formas de atuação da soberania popular. São prerrogativas, atributos, faculdades, ou poder de intervenção dos cidadãos ativos no governo de seu país.

15 São, portanto, um desdobramento do princípio democrático inscrito no art. 1º da Constituição, que afirma que todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos (indiretamente) ou diretamente.

16 Art. 1º, parágrafo único, CRFB - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

17 Portanto, são direitos políticos : a) votar e ser votado; b) ser autor de ação popular (Art. 5º, LXXIII, CRFB); c) participar de partidos políticos ( art. 17,CRFB) d) subscrever projeto de lei de iniciativa popular de lei ( art. 61, 2º, CRFB)

18 Art. 5º, LXXIII, CRFB - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

19 Ainda de acordo com a doutrina, dividem-se os direitos políticos em ativos e passivos: Direitos políticos ativos ou capacidade eleitoral ativa: é a aptidão para votar. Direitos políticos passivos ou capacidade eleitoral passiva: é a aptidão para ser votado e, consequentemente, ocupar cargos eletivos.

20 Há também uma outra classificação doutrinária: Direitos políticos positivos: é a capacidade de exercer os direitos políticos acima enumerados. Direitos políticos negativos: é a incapacidade ou privação de exercer os direitos políticos, como, por exemplo, no caso do art. 15 da Constituição.

21 ALGUMAS FORMAS DE EXERCÍCIO DIRETO DA SOBERANIA POPULAR, OU SEJA, DOS DIREITOS POLÍTICOS, SEGUNDO O ART. 14 DA CRFB: Art. 14, CRFB - A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular.

22 SUFRÁGIO UNIVERSAL: é um direito público subjetivo de natureza política, que tem o cidadão de eleger, ser eleito e de participar da organização e da atividade do poder estatal.

23 As palavras sufrágio e voto são empregadas comumente como sinônimos. O art. 14 da CRFB,entretanto, dá-lhes sentidos diferentes, já que estabelece que o sufrágio é universal e o voto é direto e secreto e tem valor igual. Escrutínio ou eleição é outro termo com que se confundem as palavras sufrágio e voto.

24 A razão é que os três se inserem no processo de participação do povo no governo, expressando: um, o direito ( sufrágio ), outro, o seu exercício ( o voto ), e o último, o modo de exercício ( escrutínio ou eleição ).

25 Ao sufrágio universal contrapõe-se o sufrágio restrito que se estabelece quando o direito de voto é concedido em virtude da presença de determinadas condições especiais possuídas por alguns nacionais. Por exemplo: A) sufrágio restrito censitário e B) sufrágio restrito capacitário.

26 Por exemplo: A) sufrágio restrito censitário: quando o nacional tiver que preencher condição ou qualificação econômica (renda, bens); Ex.: Art. 94, Constituição Politica do Imperio do Brazil ( DE 25 DE MARÇO DE 1824 ) - Podem ser Eleitores, e votar na eleição dos Deputados, Senadores, e Membros dos Conselhos de Provincia todos, os que podem votar na Assembléa Parochial. Exceptuam-se I. Os que não tiverem de renda liquida annual duzentos mil réis por bens de raiz, industria, commercio, ou emprego.

27 B) sufrágio restrito capacitário: quando o eleitor necessita apresentar alguma capacidade ou qualificação especial (por ex., formação intelectual). Ex. : Art. 147, 3º, E.C. Nº 1 / 69 ( CRFB/69 ) - Não poderão alistar-se eleitores: a) os analfabetos;

28 VOTO : como dito acima, é o exercício do sufrágio. É a manifestação individual da vontade em uma deliberação coletiva (por ex., uma eleição).

29 PLEBISCITO: consulta feita aos eleitores sobre questão de relevância política, econômica ou social antes de sua transformação em ato legislativo ou administrativo. Por ter caráter de mera consulta, em regra, seu resultado não vincula o poder legislativo. Ex. : Art. 2º, A.D.C.T. - No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País.

30 REFERENDO : de acordo com o art. 2º, 2º da Lei 9.709/98, O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição. É, portanto, a submissão ao eleitor de ato legislativo ou ato administrativo já aprovado, para o que este mesmo eleitor possa dar-lhe eficácia, ou se este já entrou em vigor, possa ratificar-lhe a existência ou rejeitá-lo.

31 Exemplo: LEI N o , DE 22 DE DEZEMBRO DE ( Estatuto do Desarmamento ) Art É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6 o desta Lei. 1 o Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de 2005.

32 INICIATIVA POPULAR: de acordo com o art. 61, 2º da CRFB/88, a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

33 Assim, são 3 os requisitos para que o povo, diretamente, possa encaminhar projeto de lei (ordinária ou complementar) para a Câmara dos Deputados : 1) O projeto deve ser subscrito (abaixo assinado) por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional; 2) A coleta de assinaturas deve se dar em, pelo menos, 5 Estados e 3) Em cada Estado onde houver esta coleta, no mínimo 0,3% dos eleitores devem assinar o projeto.

34 ATENÇÃO: é pacífico o entendimento quanto a impossibilidade de proposta de emenda constitucional ( PEC ) ser encaminhada à Câmara por meio de iniciativa popular, visto que o art. 60 da CRFB apresenta uma relação exaustiva ou terminativa dos legitimados ativos.

35 Também é possível a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros: Art. 29, CRFB- O Município reger-se-á por lei orgânica... e os seguintes preceitos: XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, 5% do eleitorado;

36 Alistabilidade O voto é obrigatório a partir dos 18 anos para todos os brasileiros, natos ou naturalizados. O voto dos maiores de 16 e menores de 18 anos, dos maiores de 70 anos e dos analfabetos é facultativo. Assim, ainda que o menor com 16 anos se aliste como eleitor, ou seja, tenha em mãos seu título eleitoral, seu voto continua a ser facultativo.

37 Art. 14, 1º, CRFB/88 - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

38 Art. 14, 1º, CRFB/88 - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;

39 Art. 14, 1º, CRFB - O alistamento eleitoral e o voto são: II - facultativos para: a) os analfabetos; Art. 16. Res /03 - O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição eleitoral, não ficando sujeito à multa prevista no art. 15 (Código Eleitoral, art. 82).

40 Art. 14, 1º, CRFB/88 - O alistamento eleitoral e o voto são: II - facultativos para: b) os maiores de setenta anos;

41 Art. 14, 1º, CRFB/88 eleitoral e o voto são: II - facultativos para: - O alistamento c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. Art. 14, Res /03 - É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleições, do menor que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive.

42 Art. 91, Lei 9.504/97 - Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro dos 150 dias anteriores à data da eleição.

43 Em 2016, o alistamento eleitoral encerrou 150 dias antes das eleições (art. 91, Lei nº 9.504/97), ou seja, somente foi possível realizar o alistamento até o dia 4 de maio do referido ano (151º dia anterior ao pleito eleitoral, que ocorrerá em 1º turno - no dia 2 de outubro).

44 Inalistabilidade Art. 14, 2º, CRFB/88 - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. Configura-se aqui um impedimento à capacidade eleitoral ativa e passiva (direito de votar e ser eleito).

45 Estrangeiros: outra questão relevante quanto a este tema é a do português equiparado, pois trata-se de um estrangeiro ao qual,segundo o art. 12, 1º da Constituição, devem ser assegurados os mesmos direitos reservados aos brasileiros, inclusive votar e ser votado, constituindo-se,assim, em uma exceção à inalistabilidade do estrangeiro.

46 Art. 12, 1º, CRFB - Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.

47 Art. 12, 3º, CRFB - São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa

48 Cuidado para não confundir o português equiparado com o português naturalizado brasileiro! O primeiro continua a ser estrangeiro, enquanto o segundo passou a ser brasileiro.

49 Conscrito: uma vez alistado como eleitor antes do serviço militar obrigatório, o título eleitoral do conscrito não será anulado, mas sim, suspenso, ficando o recruta impossibilitado de votar (Res. TSE ).

50 Condições de elegibilidade Referem-se a pré-requisitos para o deferimento do registro de candidaturas. É o exercício da capacidade eleitoral passiva, consistente na possibilidade de o cidadão pleitear determinados mandatos políticos, mediante eleição popular, desde que, preenchidos certos requisitos, constantes no parágrafo 3º do art. 14.

51 Art. 14, 3º, CRFB - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária;

52 VI - a idade mínima de: a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) 18 anos para Vereador.

53 Art. 14, 3º, CRFB - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; Nacionalidade brasileira (originária ou adquirida) ou condição de português equiparado. Para alguns cargos (art. 12, 3º), no entanto, a Constituição exige nacionalidade originária.

54 Art. 14, 3º, CRFB - São condições de elegibilidade, na forma da lei: II - o pleno exercício dos direitos políticos; Aquele que teve suspenso ou perdeu seus direitos políticos (art. 15) não exercerá a capacidade eleitoral passiva ou passiva.

55 Art. 14, 3º, CRFB - São condições de elegibilidade, na forma da lei: III - o alistamento eleitoral;

56 Art. 14, 3º, CRFB/88 - São condições de elegibilidade, na forma da lei: IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; Art. 65, Res /03 - A comprovação de domicílio poderá ser feita mediante um ou mais documentos dos quais se infira ser o eleitor residente ou ter vínculo profissional, patrimonial ou comunitário no município a abonar a residência exigida.

57 Art. 14, 3º, CRFB - São condições de elegibilidade, na forma da lei: V - a filiação partidária; Art. 9º, Lei 9.504/97 - Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.

58 Art. 14, 2º, CRFB - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

59 Art. 142, 3º, V, CRFB - O militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos. A Res /04 estabelece que ao militar da ativa não é exigida a filiação partidária, bastando o pedido de registro de candidatura, após prévia escolha em convenção partidária.

60 Art. 14, 3º, CRFB - São condições de elegibilidade, na forma da lei: VI - a idade mínima de: Art. 11, 2º, Lei 9.504/97 - A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse.

61 a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) 30 anos para Governador e Vice- Governador de Estado e do Distrito Federal;

62 c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; Art. 98, CRFB - A União... e os Estados criarão: II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos... d) 18 anos para Vereador.

63 INELEGIBILIDADES

64 Art. 14, 4º ao 9º, CRFB - INELEGIBILIDADES: são restrições temporárias ao direito de ser votado, ou seja, à capacidade eleitoral passiva. Sua função é proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra influência do poder econômico ou do abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

65 Espécies de inelegibilidades : 1) Absoluta 2) Relativa

66 Espécies de inelegibilidades: 1) Absoluta: a) Estrangeiros e b) Analfabetos 2) Relativa: a) Por motivos funcionais; b) Inelegibilidade reflexa; c) Dos militares e d) Inelegibilidades legais ou infraconstitucionais.

67 Espécies de inelegibilidades : 1) Absoluta: impedimento eleitoral para qualquer cargo eletivo, em qualquer eleição e em qualquer circunscrição (inalistáveis e analfabetos). a) Inalistáveis : estrangeiros e conscritos (Art. 14, 2º). b) Analfabetos Art. 14, 4º, CRFB - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

68 2) Relativa : Constituem restrições para certos pleitos e determinados mandatos, em razão de situações existentes no momento da eleição, em relação ao cidadão. a) Motivos funcionais: a.1) Para o mesmo cargo (exceção : reeleição) Art. 14, 5º, CRFB - O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.

69 a.2) Para outros cargos (exceção: renúncia) Art. 14, 6º, CRFB - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. Art. 1º, 2, LC nº 64/90 - O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão candidatar-se a outros cargos, preservando os seus mandatos respectivos, desde que, nos últimos 6 meses anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou substituído o titular.

70 b) Inelegibilidade Reflexa: Por motivo de casamento, parentesco ou afinidade Art. 14, 7º, CRFB - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

71 A expressão no território da jurisdição significa que o cônjuge ( tb se estende ao companheiro/a na união estável e na união homossexual), parentes consanguíneos, afins ou por adoção até segundo grau do prefeito não poderão candidatar-se a vereador e/ou prefeito no mesmo município ; o mesmo ocorrendo no caso de cônjuge, parentes consanguíneos, afins ou por adoção até segundo grau do governador que não poderão candidatarse a qualquer cargo no Estado,e ainda a vereador ou a prefeito de qualquer município do respectivo Estado ; por sua vez, o cônjuge, parentes consanguíneos, afins ou por adoção até segundo grau do Presidente, não poderão candidatar-se a qualquer cargo em qualquer estado ou município do país. Aplicam-se as mesmas regras àqueles que os tenham substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito.

72 Quanto ao concubinato, segundo o TSE : "COMPROVANDO-SE O RELACIONAMENTO DE CONCUBINATO ENTRE A CANDIDATA E O EX-PREFEITO AFASTADO POR CRIME DE RESPONSABILIDADE, COM TRANSITO EM JULGADO, E INEXISTINDO PROVA DA DISSOLUCAO JUDICIAL DA SOCIEDADE CONJUGAL DE FATO, DECLARA-SE A INELEGIBILIDADE RESPE nº Acórdão nº 14003, de 01/10/1996

73 A súmula nº 6 do TSE estabelece que a desincompatibilização não afasta a inelegibilidade reflexa. Contudo,é permitida a candidatura do cônjuge ou parentes do titular à chefia do executivo ou qualquer outro cargo eletivo, caso este renuncie e desde que pudesse concorrer à sua própria reeleição.

74 Quando da ocorrência do divórcio no curso do mandato, aplica-se a súmula vinculante abaixo reproduzida : SÚMULA VINCULANTE STF Nº 18 - A DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE OU DO VÍNCULO CONJUGAL, NO CURSO DO MANDATO, NÃO AFASTA A INELEGIBILIDADE PREVISTA NO 7º DO ARTIGO 14 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

75 Súmula nº 12 do TSE : São inelegíveis, no município desmembrado, e ainda não instalado, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do prefeito do município-mãe, ou de quem o tenha substituído, dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo.

76 Quanto à união homossexual ou homoafetiva: Ac.-TSE no /2004: Os sujeitos de uma relação estável homossexual, à semelhança do que ocorre com os de relação estável, de concubinato e de casamento, submetem-se à regra de inelegibilidade prevista no art. 14, 7o, da Constituição Federal.

77 DISSOLVIDA A SOCIEDADE CONJUGAL, EM VIRTUDE DA MORTE, NAO SUBSISTE A INELEGIBILIDADE DA MULHER DO PREFEITO, PREVISTA NO ARTIGO 14, 7º DA CONSTITUICAO. (RESPE - RECURSO ESPECIAL ELEITORAL nº /RJ).

78 c) Militares Art. 14, 8º, CRFB - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

79 I) Com menos de 10 anos de serviço deverá afastar-se (definitivamente) para então poder candidatar-se II) Com 10 anos ou mais de serviço deverá pedir agregação, ou seja, licença remunerada para que então possa candidatar-se. Se não for eleito, retornará ao serviço ativo após o fim da licença (3 meses). Se for eleito, no ato da diplomação, passará automaticamente para a reserva remunerada, ou seja, será aposentado. Diplomação é ato da justiça eleitoral que habilita o candidato eleito para a posse e ocorre no mês de dezembro do ano da eleição.

80 Segundo o STF : O militar, com menos de 10 anos de serviço, deve afastar-se definitivamente da atividade quando concorrer a cargo eletivo, à luz do que dispõe o art. 14, 8º, I, da CF. Ressaltou-se que as polícias e os corpos de bombeiros militares seriam instituições organizadas nos mesmos princípios e, por texto expresso, forças auxiliares e reserva do exército (CF, art. 144, caput, 8º). Nesse sentido, consignou-se que os destinatários das normas constantes dos incisos do 8º do art. 14 da Carta Maior seriam os membros das Forças Armadas, bem assim os das polícias e dos corpos de bombeiros militares que estivessem em atividade e quisessem exercer sua capacidade eleitoral passiva. RE /RS,

81 d) Inelegibilidades Legais ou infraconstitucionais Art. 14, 9º CRFB - Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

82 LEI COMPLEMENTAR Nº 64, DE 18 DE MAIO DE 1990 Estabelece, de acordo com o art. 14, 9º da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação, e determina outras providências.

83 LEI COMPLEMENTAR Nº 135, DE 4 DE JUNHO DE 2010 Altera a Lei Complementar n o 64, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com o 9 o do art. 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato.

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