IV ANÁLISE DOS EFEITOS DA IMPLEMENTAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS SOBRE O SETOR DE SANEAMENTO

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1 IV ANÁLISE DOS EFEITOS DA IMPLEMENTAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS SOBRE O SETOR DE SANEAMENTO Sérgio Rodrigues Ayrimoraes Soares (1) Engenheiro Civil (UnB). Mestre em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos pelo Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB. Especialista em Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA). Carlos Motta Nunes Engenheiro Civil (UFRJ). Mestre em Engenharia Ambiental pela Universidade de Surrey - UK. Especialista em Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA). Paulo Augusto Cunha Libânio Engenheiro Civil (UFMG). Mestre em Engenharia Sanitária e Ambiental pela UFMG. Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos (DESA/UFMG). Especialista em Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA). Endereço (1) : Agência Nacional de Águas Setor Policial Sul Área 5 Quadra 3 Bloco B Brasília, DF Telefone: (61) ayrimoraes@hotmail.com RESUMO A Lei 9.433/97 estabeleceu um novo marco regulatório para o gerenciamento de recursos hídricos no país, definindo os instrumentos de gestão necessários para a efetivação dos seus fundamentos, objetivos e diretrizes gerais: os planos de recursos hídricos, o enquadramento dos corpos de água, a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos, a cobrança pelo uso da água e o sistema de informações sobre recursos hídricos (art. 5 o ). Desde então, deu-se início ao processo de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, o qual tem conseqüências importantes para a organização e desempenho dos vários setores usuários de água, em especial, para o setor de saneamento, haja vista a ampla interface da gestão de águas com as atividades desenvolvidas por esse setor. Este artigo apresenta algumas situações vivenciadas ao longo desse processo, decorrentes da implementação dos instrumentos de gestão em importantes bacias hidrográficas do país, que são exemplares e ilustram bem as possíveis implicações da Política Nacional de Recursos Hídricos para a prestação dos serviços públicos de saneamento. PALAVRAS-CHAVE: Recursos Hídricos, Saneamento, Lei das Águas. INTRODUÇÃO A Lei Federal n o 9.433/1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos é recente, porém, alguns aspectos de sua implementação já podem ser preliminarmente analisados pelo setor de saneamento, de forma a indicar pontos importantes a serem considerados no planejamento de suas ações. A identificação das questões de interesse do setor de saneamento que são afetadas direta ou indiretamente pela operacionalização dos instrumentos de gestão de águas, normativos ou econômicos, é valiosa, considerando-se que a efetivação dos fundamentos, objetivos e diretrizes de uma política pública ocorre na medida da aplicação de seus instrumentos. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo discutir a ampla interface do setor de saneamento com a gestão de recursos hídricos, a partir de estudos de caso que ilustrem as implicações da implementação dos instrumentos de gestão previstos na Política Nacional de Recursos Hídricos sobre a organização e prestação dos serviços públicos de saneamento. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1

2 METODOLOGIA A análise dos efeitos da implementação dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos sobre o setor de saneamento, pretendida neste trabalho, se vale, em grande medida, de documentos de referência produzidos no âmbito do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGERH). A análise teórica é acompanhada de estudos de caso que traduzem, na prática, os impactos da gestão dos recursos hídricos nas ações de saneamento, principalmente no que se refere ao abastecimento de água e à coleta e tratamento de esgotos sanitários. Os exemplos utilizados ilustram a interface da implementação de alguns dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos com as ações de saneamento em bacias hidrográficas relevantes no cenário nacional: Bacia do rio Paraíba do Sul, Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e Bacia do rio São Francisco. A seguir, apresenta-se uma breve descrição dessas bacias: A Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul, que possui uma área de drenagem de km2, localiza-se em uma das regiões mais desenvolvidas do país, abrangendo parte do Estado de São Paulo, na região conhecida como Vale do Paraíba paulista, parte do Estado de Minas Gerais, denominada Zona da Mata mineira, e metade do Estado do Rio de Janeiro. A Bacia abrange 180 municípios, com população superior a 5,2 milhões de habitantes. As Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí estão, em sua maior parte, no Estado de São Paulo (58 municípios) e uma menor parte no sul do Estado de Minas Gerais (4 municípios). Com uma área de km2 e uma população de mais de 4,3 milhões de habitantes, a região é considerada uma das mais importantes do país devido ao seu desenvolvimento econômico, que representa cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) Nacional. A Bacia Hidrográfica do rio São Francisco possui cerca de 17,8 milhões de habitantes e uma área de drenagem de km² (8% do território nacional), que abrange 503 municípios e sete Unidades da Federação (Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás e Distrito Federal). Na Bacia destacam-se a presença de uma grande diversidade de usos da água e a coexistência de regiões de acentuada riqueza, elevada densidade demográfica e urbanização acelerada (Região Metropolitana de Belo Horizonte) com regiões de pobreza extrema, população rarefeita e crescimento econômico inexpressivo (região do Semi-árido). DISCUSSÃO INSTRUMENTOS DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS Os instrumentos previstos na Lei n o 9.433/97, apesar de finalidades específicas, se complementam para atingir o objetivo maior de promoção da gestão sustentável dos recursos hídricos no país. Tais finalidades encontramse descritas, de forma simplificada, na Tabela 1. Tabela 1: Instrumentos de gestão de recursos hídricos previstos na Lei n o 9.433/97 Instrumentos Objetivos Plano de Bacia Enquadramento dos corpos d água Outorga de direito de uso dos recursos hídricos Cobrança pelo uso da água Sistema de informações sobre recursos hídricos Fundamentar e orientar a gestão de recursos hídricos na bacia hidrográfica diagnóstico, alocação de água e plano de investimento da bacia. Assegurar às águas qualidade compatível com os usos e diminuir os custos de combate à poluição hídrica, mediante ações preventivas permanentes. Garantir o controle quantitativo e qualitativo dos usos dos recursos hídricos e o exercício dos direitos de acesso à água. Reconhecer a água como um bem econômico, incentivar a racionalização do uso da água e obter recursos financeiros para o financiamento dos programas de investimentos contemplados nos planos de recursos hídricos das bacias. Armazenar dados e informações sobre a situação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos de forma a caracterizar a situação na bacia. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 2

3 É facilmente perceptível a interdependência entre esses instrumentos de gestão e o encadeamento lógico em sua aplicação: inicia-se pelo sistema de informações, que deve dar suporte ao planejamento e às decisões administrativas, até que, por fim, estabeleça-se a cobrança pelo uso da água, que depende da instituição e adequado funcionamento de todos os demais instrumentos (Libânio, 2004). A Figura 1 apresenta as relações entre esses instrumentos, conforme estabelecido na Lei n o 9.433/97. Figura 1 - Relação entre os instrumentos de gestão de recursos hídricos, conforme preconizado no texto da Lei n o 9.433/97. Fonte: Libânio (2004). Como exemplo das relações entre os instrumentos, ilustradas na Figura 1, destaca-se o artigo 13 da Lei nº 9.433/97 que estabelece que toda outorga estará condicionada às prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hídricos e deverá respeitar a classe em que o corpo de água estiver enquadrado (...). A seguir, apresentam-se exemplos da implementação dos seguintes instrumentos: (a) Plano de Recursos Hídricos; (b) Enquadramento dos corpos d água; (c) Outorga de direito de uso de recursos hídricos; e (d) Cobrança pelo uso da água. PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS Os Planos de Recursos Hídricos, ou Planos de Bacia, devem conter um diagnóstico da situação dos recursos hídricos e uma análise de alternativas frente ao crescimento demográfico, de evolução de atividades produtivas e de modificações dos padrões de ocupação do solo, além do balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hídricos (em termos de quantidade e qualidade), com identificação de conflitos potenciais. Os planos de recursos hídricos definem, ainda, programas e projetos a serem executados na bacia hidrográfica, a partir da formulação de alternativas associando objetivos e metas com os investimentos requeridos. Os programas de investimentos que deverão constar dos planos envolvem componentes de gestão (desenvolvimento institucional, sistema de informações, outorga, fiscalização e cobrança, levantamentos, estudos, projetos, e medidas não estruturais de proteção e conservação), de serviços e obras de recursos ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 3

4 hídricos (por exemplo, barragens) e de áreas correlatas (saneamento, energia, irrigação, navegação, etc.), devendo incluir a proposição de arranjo institucional e econômico financeiro para execução, operação e manutenção. Por sua vez, os planos setoriais de saneamento têm como objetivo propor soluções em termos de abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta e disposição de resíduos sólidos, tanto para a população urbana das sedes municipais e distritos como, em alguns casos, para parcela da população rural. A interação do planejamento do setor hídrico e de saneamento pode ser ilustrada tomando-se o caso do Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (PBHSF ). O Plano concentra-se em uma proposta de alocação de água que resulta do cotejo entre a disponibilidade hídrica e o somatório dos consumos, para diferentes cenários de desenvolvimento, e em um programa de investimentos necessários para implantar as metas e objetivos fixados. O programa de investimentos foi estruturado em cinco componentes, quais sejam: Componente I Implementação do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Bacia; Componente II Uso Sustentável dos Recursos Hídricos e Reabilitação Ambiental da Bacia; Componente III Serviços e Obras de Recursos Hídricos e Uso da Terra, que compreende a prestação de serviços em caráter continuado e as obras direta ou indiretamente associadas a aproveitamentos de recursos hídricos ou a melhorias de sua quantidade e qualidade; Componente IV Serviços e Obras de Saneamento Ambiental; e Componente V Sustentabilidade Hídrica do Semi-árido, voltado para o acesso à água potável e a reservação de volumes de água para sustentação de atividade econômica de subsistência de pequenas comunidades rurais. Componente I - Implementação do SIGRHI Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Bacia 26,7% 8,9% 1,8% 2,7% 2,5% Componente II - Uso Sustentável dos Recursos Hídricos e Recuperação Ambiental da Bacia Componente III - Serviçõs e Obras de Recursos Hídricos e Uso da Terra Investimentos Totais do PBHSF ,4% Componente IV - Serviços e Obras de Saneamento Ambiental na Bacia, exceto Semi-árido Componente IV - Serviços e Obras de Saneamento Ambiental - no Semi-árido Componente V - Sustentabilidade Hídrica no Semi-Árido Figura 2 - Alocação dos investimentos previstos no Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco. Fonte: PBHSF ( ) Observa-se que o Componente IV representa 84,1% dos investimentos necessários para implementar o Plano, correspondendo às atividades de serviços e obras de saneamento ambiental, conforme apresentado na Figura 2. ENQUADRAMENTO DOS CORPOS D ÁGUA O enquadramento dos corpos de água é um instrumento de planejamento que objetiva assegurar a qualidade de um segmento de corpo hídrico correspondente a uma classe estabelecida. Não se baseia, necessariamente, no seu estado atual, mas nos níveis de qualidade que o curso de água deveria apresentar para atender às necessidades definidas pela sociedade. O processo de enquadramento deve ser desenvolvido de maneira participativa e descentralizada, de forma a estabelecer um pacto entre todos os usuários, pois suas metas somente podem ser alcançadas quando há compreensão da necessidade do enquadramento e de suas conseqüências sócio-econômicas e ambientais. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 4

5 No Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (PBHSF ), foram incorporados e consolidados todos os estudos realizados para os rios da Bacia do São Francisco de forma a apresentar uma proposta de enquadramento para a Bacia como um todo, considerando o diagnóstico dos usos preponderantes, a condição vigente da qualidade dos corpos d água e das principais fontes de poluição. A proposta de enquadramento incluiu 140 trechos de rios de domínio federal e estadual, além de recomendações para a gestão da qualidade da água na bacia. Para a efetivação do enquadramento, é necessário um plano que contemple um conjunto de medidas ou ações progressivas necessárias ao atendimento das metas intermediárias e finais de qualidade de água estabelecidas para o enquadramento do corpo hídrico. Nesse plano devem estar listadas todas as ações corretivas e preventivas, especificados os agentes poluidores, as intervenções a serem executadas, os responsáveis pela implementação da ação e seu respectivo acompanhamento (COSTA et al., 2004). A avaliação da condição atual dos corpos de água na Bacia mostrou que os esgotos sanitários são uma das principais fontes de poluição, o que exige articulação com os prestadores de serviços de saneamento e órgãos financiadores visando à realização dos grandes investimentos em tratamento de esgotos necessários para a efetivação do enquadramento proposto. OUTORGA DE DIREITO DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS A Lei 9.433/97, em seu art. 12, explicitou as atividades sujeitas à outorga de uso de recursos hídricos. Todas essas atividades podem ser relacionadas aos usos da água pelo setor de saneamento (incisos I, II, III e V), à exceção do aproveitamento dos potenciais hidrelétricos (inciso IV). A Lei Federal n o 9.984, de 17 de julho de 2000, que criou a Agência Nacional de Águas ANA, conferiu a essa Agência a competência para emitir outorgas de direito de uso de recursos hídricos em águas de domínio da União. As águas de domínio da União são aquelas que banham mais de um Estado, servem de limite com outros países ou Unidades da Federação ou se estendam a território estrangeiro, ou dele provenham. As águas de domínio dos Estados e do Distrito Federal são todas as outras, incluindo as águas de origem subterrânea. Nesse caso, os Estados e o Distrito Federal possuem órgãos próprios com competência para emitir outorgas de direito de uso das águas de seus domínios. Em função desse arranjo e da necessidade de renovação da outorga do Sistema Cantareira, principal complexo de abastecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo, foi protocolado junto à ANA um pedido de outorga da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SABESP referente às águas de domínio da União e outro, junto ao Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo DAEE, referente às águas de domínio do Estado de São Paulo. O Sistema Cantareira é formado por seis reservatórios Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha (esses quatro reservatórios barram afluentes do rio Piracicaba de mesmos nomes), Paiva Castro e Águas Claras ligados por túneis, canais e trechos perenizados, tendo como destino a ETA Guaraú. A Resolução Conjunta ANA/DAEE n o 428, de 04 de agosto de 2004, dispõe sobre as condições de operação dos reservatórios Jaguari-Jacareí, Cachoeira e Atibainha, localizados na Bacia do rio Piracicaba e pertencentes ao Sistema Cantareira, estabelecendo limites de vazão de retirada para a Região Metropolitana de São Paulo e Bacia do rio Piracicaba. A Portaria DAEE n o 1213, de 06 de agosto de 2004, outorga à SABESP a concessão das vazões máximas médias mensais e autorização administrativa, para fins de abastecimento público, do Sistema Cantareira, utilizando e interferindo em recursos hídricos das bacias dos rios Piracicaba, Cabivari e Jundiaí. Os critérios técnicos utilizados nesta Portaria baseiam-se na Nota Técnica Conjunta ANA/DAEE de julho de As vazões mínimas defluentes de cada um dos reservatórios serão propostas, mensalmente, pelo Comitê PCJ, em conformidade com o estabelecido na Resolução Conjunta ANA-DAEE nº 428/2004. Por meio dessa Resolução, a SABESP fica obrigada a implantar, manter e operar as estações de monitoramento contínuo dos ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 5

6 níveis de água das estações fluviométricas e limnimétricas nos pontos de controle do Sistema Cantareira e disponibilizar as informações em tempo real. Além disso, o DAEE, ao analisar requerimentos de outorga para usos de recursos hídricos superficiais localizados nas bacias de contribuição a montante dos reservatórios do Sistema Cantareira, observará os limites estabelecidos na Resolução ANA nº 429, de 4 de agosto de 2004, que delega competência e define os critérios e procedimentos para a outorga do direito de uso de recursos hídricos de domínio da União no âmbito das Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Do exposto, observa-se que o caso em tela é um exemplo ímpar da regulação do setor de saneamento pelo setor hídrico, em que esse último, por meio de um instrumento normativo devidamente embasado em critérios técnicos a outorga de direito de uso da água define a alocação de água entre os interesses conflitantes da bacia doadora e da bacia receptora. COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA Os objetivos da implementação da cobrança pelo uso de recursos hídricos são: Reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor. Incentivar a racionalização do uso da água. Obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos. O setor de saneamento é um dos setores usuários e, nessa condição, deverá ser cobrado pelo uso da água na captação para abastecimento público e no despejo das águas servidas. Portanto, em tese, espera-se que o setor seja sensível à implementação do instrumento de cobrança, reduzindo-se as externalidades do setor. Até o momento, a única experiência de implementação da cobrança em rio de domínio da União ocorre na bacia do Rio Paraíba do Sul, onde o CEIVAP Comitê para a Integração da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul aprovou, em março de 2001, a implantação da cobrança a partir de 2002 (Deliberação CEIVAP n o 03). Posteriormente, em dezembro de 2001, foram definidos os critérios e valores de cobrança para os setores da indústria e saneamento (Deliberação CEIVAP n o 08), sendo os mesmos aprovados pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) em março de A metodologia de cobrança consiste da soma de três termos, referentes à captação, ao consumo, e à diluição de efluentes, respectivamente: C = Q cap. K 0. PPU + Q cap. K 1. PPU + Q cap. [(1 - K 1 ). (1 K 2. K 3 )]. PPU sendo: PPU = Preço Público Unitário correspondente à cobrança pela captação, pelo consumo e pela diluição de efluentes, para o volume de 1 m 3 de água; Q cap = volume de água captada durante um mês (m 3 /mês); K 0 = coeficiente multiplicador do preço unitário para captação (inferior à unidade e definido pelo CEIVAP); K 1 = coeficiente correspondente à razão entre o volume consumido e o volume captado; K 2 = coeficiente correspondente à razão entre o volume de efluentes tratados e o volume total de efluentes produzidos; K 3 = coeficiente correspondente ao nível de eficiência de remoção de matéria orgânica, medida em termos do parâmetro DBO nas estações de tratamento dos efluentes. No caso do setor de saneamento, ficou estabelecido o valor de R$ 0,02/m 3 (dois centavos de real por metro cúbico de água) e de 0,4 para o coeficiente K 0. Os coeficientes K 1, K 2 e K 3 são informados pelos usuários, sujeitos à fiscalização prevista na legislação pertinente (Deliberação CEIVAP n o 08). O setor de saneamento, somando-se a parcelas relativas aos prestadores locais e regionais, tem sido o maior contribuinte para o montante de recursos arrecadados na bacia do rio Paraíba do Sul, conforme apresentado na Tabela 2. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 6

7 Tabela 2: Arrecadação, até abril de 2005, em função da cobrança pelo uso da água na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul Setor usuário Total (em R$) (em R$) (em R$) (em R$) % Saneamento companhias estaduais , , , ,29 27,8 Saneamento serviços autônomos e , , , ,00 32,4 prefeituras Indústria , , , ,37 39,6 Irrigação 3.842, , , ,12 0,1 Dessedentação - 243,94 133,06 377,00 < 0,1 Pequenas Centrais Hidrelétricas 2.093, , , ,57 0,2 Mineração - 368,21 976, ,17 < 0,1 Outros usos 664, ,19 929, ,75 < 0,1 Total , , , , Fonte: ANA Informativo GEARR n o 03/2005, atualizado em 19 de abril de Em contrapartida, os valores arrecadados com a cobrança pelo uso da água foram totalmente revertidos para a bacia e, em grande parte, vêm sendo aplicados em projetos e obras de infra-estrutura sanitária conforme definido pelo CEIVAP (PEREIRA, 2003). Como exemplo, em 2004 houve a destinação de recursos oriundos da cobrança pelo uso da água para a contratação de empreendimentos na Bacia (Estações de Tratamento de Esgotos) por meio Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas PRODES. Os recursos da cobrança, administrados pela Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul AGEVAP, corresponderam a 20% dos valores contratados, sendo o restante destinado pela ANA. CONSIDERAÇÕES FINAIS A aplicação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos, previstos na Lei no 9.433/97, exige a adequação do setor de saneamento e sua inserção no âmbito do planejamento por bacias hidrográficas. Os reflexos da implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos sobre o setor de saneamento já se fazem sentir em diversos momentos da operacionalização desses instrumentos e em diferentes regiões do país. Os casos apresentados ilustram tal constatação e evidenciam, assim, a importância da consolidação, no âmbito do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, de canais institucionais que propiciem a ampla participação dos atores envolvidos com a prestação dos serviços públicos de saneamento, dando-lhes a oportunidade de contribuir para o aprimoramento da gestão de águas no Brasil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ANA Agência Nacioanl de Águas. Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (PRHBSF, ). Disponível em: < 2. BRASIL. Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de CEIVAP. Deliberação n o 03, de 16 de março de Aprova a Implantação da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos de Domínio da União na Bacia do Rio Paraíba do Sul a partir de 2002 e estabelece as condições para a sua participação no Programa Nacional de Despoluição de Bacias Hidrográficas. 4. CEIVAP. Deliberação n o 08, de 6 de dezembro de Dispõe sobre a Implantação da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos na Bacia do Rio Paraíba do Sul a partir de ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 7

8 5. COSTA, M.P.; SILVA, L.H.P.; BUBEL, A.P.M.; BRANDÃO, V.S. e ACSELRAD, M.V. Proposta de enquadramento dos corpos d água da Bacia do rio São Francisco. In: VII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste, São Luís, LIBÂNIO, P. A. C. A Implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e sua Interface com Aspectos de Qualidade de Água: Implicações da Regulação de Recursos Hídricos sobre o Setor de Saneamento e no Controle da Poluição Hídrica. Versão da tese de doutorado apresentada para Exame de Qualificação no Programa de Pós-Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos (DESA/UFMG), Belo Horizonte, PEREIRA, D. S. P. Governabilidade dos recursos hídricos no Brasil: a implementação dos instrumentos de gestão na Bacia do Rio Paraíba do Sul. Agência Nacional de Águas, 82p., Brasília, ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 8

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