A importância socioeconômica da agricultura familiar no desenvolvimento territorial da Zona Sul do Rio Grande do Sul

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A importância socioeconômica da agricultura familiar no desenvolvimento territorial da Zona Sul do Rio Grande do Sul"

Transcrição

1 A IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL DA ZONA SUL DO RIO GRANDE DO SUL Apresentação Oral-Agricultura Familiar e Ruralidade LÍRIO JOSÉ REICHERT 1 ; MÁRIO CONILL GOMES 2 ; JOSÉ ERNANI SCHWENGBER 3. 1.EMBRAPA CLIMA TEMPERADO, PELOTAS - RS - BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, PELOTAS - RS - BRASIL; 3.EMBRAPA, PELOTAS - RS - BRASIL. A importância socioeconômica da agricultura familiar no desenvolvimento territorial da Zona Sul do Rio Grande do Sul Grupo de Pesquisa: Agricultura Familiar e Ruralidade Resumo A agricultura familiar cada vez mais se destaca como um dos setores da economia que mais cresce na produção de alimentos, geração riquezas e em distribuição de renda mais eqüitativa, constituindo a base para um desenvolvimento rural. sustentável. Apoiada pelas organizações públicas, cooperativas, associações, ONG s, representações sindicais dos trabalhadores rurais, iniciativa privada e demais setores da agropecuária, a agricultura familiar se caracteriza como sendo de grande importância para a manutenção do tecido socioeconômico local. Graças ao seu dinamismo e características socioeconômicas pluriativas, o meio rural tem sido objeto de análise e estudo. O Estado do Rio Grande do Sul tem na agricultura familiar sua origem, culturas e tradições onde muitas regiões e cidades se desenvolveram graças ao trabalho dos imigrantes colonizadores. A agricultura familiar vem recebendo uma atenção especial dos governos Federal, Estadual e municipal, por meio da implementação das políticas públicas, tem tido uma projeção social, política e econômica cada vez mais reconhecida e legitimada, graças ao poder de mobilização da categoria com respaldo de suas organizações e representações. Neste sentido, o Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, regionalizou o Brasil em Territórios Rurais para melhor implementar o desenvolvimento territorial. Foram criados no Rio Grande do Sul sete Territórios e na Zona Sul, foi delimitado o Território Zona Sul. Neste trabalho, será resgatada parte de história de ocupação desta região, destacando algumas das organizações que atuam diretamente com os agricultores familiares e sua importância como mediadores do processo de desenvolvimento rural local e regional. Palavras-chaves: agricultura familiar; desenvolvimento rural; pluriatividade; diversificação socioeconômica. Abstract Family agriculture stands out more and more as an economy sector responsible for a growing food production, job and income generation, to hold families in the country and a fair income distribution which turns it into a base for a local and regional rural sustainable development. Supported by public organizations, cooperatives, associations, NGO s and rural workers unions, private enterprises and other agriculture sectors, family agriculture is characterized as being of major significance to preserve socioeconomic local tissue. Thanks to its dynamism and socioeconomic pluriactivity characteristics, family agriculture have been largely analyzed and studied. The Rio Grande do Sul State has in family agriculture its origin, culture and traditions where many regions and cities have been developed thanks to the immigrant settlers labor. Also it has been getting special attention both by federal, state and county governments through public policies that project it as a social force supported by its

2 organizations. Thus, the Agrarian Development Ministry (MDA in Portuguese) had regionalized Brazilian space into Rural Territories to better accomplish rural development. Therefore, seven Territories were created in Rio Grande do Sul State and in its southern region was set the South Zone Territory. In this work the occupation history of this Territory is partially reviewed as long as some of the organizations which interact directly with family farmers. Their significance to both local and regional rural development is highlighted. Key Words: family agriculture, rural development, pluriactivity, socioeconomic diversification 1 INTRODUÇÃO O debate sobre a importância e o papel da agricultura familiar no desenvolvimento local e territorial vem ganhando cada vez mais força nos últimos anos em todas as esferas da economia mundial. No Brasil a situação não é diferente, como bem expressa Wanderley (2001) a agricultura familiar não é uma categoria social recente, nem a ela corresponde uma categoria analítica nova na sociologia rural. No entanto, passou a ter um significado importante em todas as esferas da economia e abrangência em todo o território nacional assumindo para si a responsabilidade social e econômica para milhões de pessoas. Para dar apoio a este segmento da agricultura familiar, tão importante para a economia do país, o Governo Federal, como responsável pela condução das políticas públicas voltadas aos interesses da agricultura familiar, vem implementando várias ações por meio de seus ministérios. Neste sentido, o MDA, o MAPA, juntamente com suas Secretarias vem atuando na organização, na execução dessas ações no sentido de promover o desenvolvimento rural por meio dos Territórios Rurais, visando facilitar o processo de planejamento, implementação e a autogestão do processo de desenvolvimento rural fortalecendo e dinamizando a economia do país. O MDA, regionalizou o Brasil em Territórios Rurais para melhor apoiar e dinamizar as políticas de desenvolvimento territorial. Foram criados no Rio Grande do Sul sete Territórios entre eles o Território Zona Sul. Para aprofundar este debate e fornecer mais elementos sobre a agricultura familiar da Zona Sul do Rio Grande do Sul, a qual está inserida neste processo de desenvolvimento por meio deste Território, o trabalho resgata parte da história de ocupação do território, relatar algumas das ações coletivas que vêm sendo realizadas pelas entidades que representam os agricultores neste espaço geográfico em benefício da agricultura familiar e apresentar dados sobre a economia da região, enfocando as principais atividades desenvolvidas por este segmento tão importante como gerador de desenvolvimento local e regional. 2 REVISÃO DE LITERATURA O processo de Desenvolvimento Territorial apóia-se na formação de uma rede de atores sociais trabalhando conjuntamente para a valorização de atributos de uma região, viabilizando cooperativas e associações de agricultores, grupos sociais e instituições que podem, de alguma forma contribuir para o desenvolvimento territorial rural. Segundo Abramovay (2001), um território representa uma trama de relações com raízes históricas, configurações políticas e identidades que desempenham um papel ainda pouco conhecido no próprio desenvolvimento econômico. Afirma ainda o autor que Ruralidade é um conceito de natureza territorial e não setorial. A agricultura familiar vive um momento de adaptação frente às novas mudanças socioeconômicas da sociedade atual. Neste sentido, cria alternativas constantemente para adaptar-se aos constantes desdobramentos da agricultura moderna, uma delas hoje bastante discutida no meio acadêmico, a pluriatividade. Entendida como a diversificação de atividades e ocupações agrícolas e não-agrícolas, exercidas pelos componentes da unidade

3 familiar dentro ou fora de sua exploração agrária, é mais uma das estratégias econômicas para garantir a sobrevivência do agricultor familiar, sob o ambiente econômico que se mostra, constantemente adverso. Muitos autores tem trazido contribuições valiosas a respeito desta nova dinâmica da agricultura familiar. Carneiro (2006), afirma que a pluriativade adquiriu reconhecimento na caracterização de fenômenos socioeconômicos associados às dinâmicas recentes do meio rural identificadas por alguns como novo rural, por outros como ruralidade. Em termos genéricos, a autora afirma que essa dinâmica está associada basicamente a dois fenômenos: o aumento das atividades não-agrícolas e a conformação de novas identidades sociais no meio rural, e a crise de reprodução da agricultura de base familiar. Anjos e Caldas (2006) designam a pluriatividade como sendo um tipo de exploração em que os membros da família desempenham inúmeras atividades remuneradas, entre o trabalho agrícola dentro do estabelecimento e o não-agrícola, em setores diversos da economia, de forma a obter os meios necessários para a sua reprodução social e manutenção da unidade de produção. Para Schneider (2003) o fenômeno da pluriatividade está presente pela via das relações com o mercado através de atividades agrícolas e não-agrícolas e não mais somente pela produção, ou seja, se dá pelas relações com o mercado de trabalho. Este autor identifica cinco tipos de atividades pluriativas, reconhecendo que este termo designa um fenômeno social antigo: a intersetorial; a de base agrária; a sazonal ou informal; a paraagrícola; e a tradicional-camponesa. Carneiro (2006), refletindo sobre as atividades pluriativas, conclui que a multifuncionalidade incorpora a noção de pluriatividade se levarmos em conta as múltiplas funções da agricultura para a sociedade e podem se traduzir em atividades exercidas por diferentes membros da família do agricultor e que não estão diretamente associados à produção de alimentos para o mercado. Portanto, conclui a autora que a pluriatividade pode ser então considerada uma dimensão da multifuncionalidade e que ambas são fenômenos recentes concebidos pelas novas configurações das relações campo-cidade e das novas articulações entre agricultura e sociedade. Pois é neste contexto da pluriatividade, da multifuncionalidade e da diversificação de cultivos e criações, que a agricultura familiar busca cada vez mais sua afirmação como grande promotora do desenvolvimento, na geração de renda e na manutenção do homem no campo. 3 CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO ZONA SUL A Zona Sul do Rio Grande do Sul, apresenta peculiaridades quanto ao clima, solo, distribuição fundiária e especialmente as características intrínsecas da população formadora da sociedade Sul-Riograndense, cujos primórdios remonta aos meados do século XVIII. Entre as populações que mais migraram para esta região, foram os portugueses, alemães, italianos e poloneses. Estas etnias formaram núcleos geradores de riquezas e criaram-se colônias que preservam e valorizam suas culturas e relações trazidas com seus antepassados e mantém vivas no seio da família e na comunidade em que vivem. Os sistemas de produção presentes no Território Sul podem ser agrupados em três categorias: sistema pastoril convencional; sistema de lavoura empresarial e sistema de lavoura e pecuária familiar. Ao mesmo tempo em que existem grandes propriedades (áreas acima de 100 ha e que respondem por 12% do total e ocupam 77,6% da área agrícola), há uma predominância de pequenas propriedades que utilizam basicamente mão-de-obra familiar (cerca de propriedades, ou 84%, possuem área inferior a 100 ha e ocupam 22,4% da área agrícola), aí incluídos os assentamentos de reforma agrária (IBGE, 2002). 3.1 Aspectos econômicos e sociais da Zona Sul A área geográfica analisada no presente estudo é o pertencente à Zona Sul do Estado do Rio Grande do Sul, que é formado pelo conjunto de 22 municípios que compõem o

4 COREDE-Sul acrescidos de outros três (Aceguá, Candiota e Hulha Negra), os quais se assemelham com os demais quanto aos aspectos socioeconômicos da exploração familiar e por possuírem um grande número de assentamentos da reforma agrária. Estes municípios ocupam uma área de km² (13,5 % do Rio Grande do Sul) e contam com a população de habitantes, representando 8,2% da população do Estado do RS (IBGE 2007). Os municípios de maior e menor população são Pelotas ( hab) e Arroio do Padre (2.734hab) respectivamente. A maior taxa de urbanização é a de Rio Grande (96,85%) e a menor de Arroio do Padre (4,95%). A densidade demográfica do Território é de 22,9 hab/km 2, sendo a do Estado de 37,63 hab/km 2. A maior densidade demográfica verifica-se em Pelotas (211,3 hab/km 2 ) e a menor em Pedras Altas (1,85hab/km 2 ). A população rural desses municípios vem diminuindo. Em 2007 havia apenas 16% da população no meio rural, totalizando habitantes, sendo que três municípios concentraram 47,6% desse total (Canguçu, São Lourenço do Sul e Pelotas). Apesar da redução da população que vive no campo, os dados mostram que a região possui dez municípios com mais de 50% da população ainda no meio rural (Tabela 1). A região possui um dos maiores núcleos de assentamentos do Estado, sendo 117 ao todo com famílias, o que corresponde a 40% do total do RS, concentrando-se nos municípos de Candiota e Hulha Negra. (Território 2008). A região tem o eixo de desenvolvimento econômico polarizado pelos municípios de Pelotas/Rio Grande, cercado pela economia de pequena escala (familiar, agroindústrias, comércio e prestação de serviços) dos demais municípios. A diversificação da atividade agropecuária é um dos aspectos fortes dessa região presente na pequena propriedade, proporcionando uma ocupação da mão-de-obra durante o ano inteiro. Isto fez com que surgissem diversas agroindústrias familiares no meio rural, empresas prestadoras de serviços, empregos sazonais e temporários, proporcionando um aumento e melhor distribuição da renda, viabilizando a manutenção de muitas famílias de agricultores no campo associada a uma melhor qualidade de vida. Os municípios que fazem parte desta região constam na Tabela 1 e suas localizações geográficas podem ser vistas na Fig. 1. Tabela 1 Municípios do Território Zona Sul, população total, urbana e rural e taxa de população urbana e rural do ano Municípios População Participação (%) Área Densidade Total Urbana Rural Urbana Rural km² Hab/km² Aceguá ,19 72, ,5 2,67 Amaral Ferrador ,61 76,39 506,5 12,35 Arroio do Padre ,95 95,05 124,3 22,00 Arroio Grande ,10 14, ,5 8,50 Candiota ,23 61,77 933,8 8,82 Canguçu ,77 60, ,1 15,19 Capão do Leão ,92 8,08 785,4 30,05 Cerrito ,83 37,17 451,9 14,67 Chuí ,20 4,80 203,2 25,97 Cristal ,88 34,12 681,6 10,33 Herval ,94 31, ,4 3,91 Hulha Negra ,84 49,16 822,9 7,33 Jaguarão ,14 7, ,4 13,60 Morro Redondo ,31 58,69 244,6 25,34 Pedras Altas ,67 65, ,7 1,85 Pedro Osório ,83 8,17 603,9 13,31 Pelotas ,08 4, ,8 211,30 Pinheiro Machado ,29 25, ,9 5,81

5 Piratini ,48 43, ,5 5,68 Rio Grande ,85 3, ,9 69,07 Santa Vitória do Palmar ,80 13, ,2 5,95 Santana da Boa Vista ,03 49, ,6 6,05 São José do Norte ,01 22, ,9 22,28 São Lourenço do Sul ,37 40, ,1 20,79 Turuçu ,90 50,10 254,9 15,02 Total ,06 15, ,90 Fonte: ITEPA 2008/IBGE Figura 1 Localização espacial do Estado do Rio Grande do Sul, e municípios integrantes do Território Zona Sul.(Território, 2008). Com relação aos aspectos econômicos da região, os dados do censo agropecuário de 2006, apresentados na Tabela 2, demonstram que a região possui uma atividade agropecuária bem diversificada, o que permite analisar que há uma interação entre lavoura e pecuária muito intensa nesta região. Wanderley (2001) afirma que o sistema de policultivo-pecuária, é uma sábia combinação entre diferentes técnicas e foi uma das heranças trazidas pelos camponeses, perfeitamente integrada aos sistemas atuais da agricultura familiar, pois gera estabilidade, diminui riscos e aumenta a diversidade produtiva. Conforme dados da Tabela 2, há um contingente de 82,2% dos estabelecimentos com cultivo de pastagem e 75% com atividades agrícolas. Outros números que chamam a atenção são os estabelecimentos com atividades de origem animal como as criações de aves (67,1%), suínos (46,1%) e bovinos de leite (42,7%). Estas atividades são típicas da agricultura familiar que procuram de alguma forma produzir alimentos para suas necessidades básicas e também para o mercado como forma de geração de renda e formação de capital. Neste aspecto, cabe destacar a criação de suínos, pois como não há um sistema de produção integrada na região, e

6 que não se caracteriza como um pólo de produção, pode-se concluir que o agricultor cria para suprir a alimentação da família, realizar trocas, bem como a venda, aproveitando alimentos produzidos no próprio estabelecimento. No caso específico do leite, há um universo de mais de famílias que informaram desenvolver esta atividade. Os dados confirmam a grande importância desta região como uma das bacias leiteiras mais expressivas do estado. Tabela 2 Informações econômicas das atividades agropecuária do Território Zona Sul do Rio Grande do Sul, ano Descrição do item Total Território Unidades Número de estabelecimentos agropecuários Estabelecimentos Área dos estabelecimentos agropecuários Hectares Número de estabelecimentos com lavouras permanentes Estabelecimentos Área de lavouras permanentes Hectares Número de estabelecimentos com lavouras temporárias Estabelecimentos Área de lavouras temporárias Hectares Número de estabelecimentos com pastagens naturais Estabelecimentos Área de pastagens naturais Hectares Número de estabelecimentos com matas e florestas Estabelecimentos Área de Matas e florestas Hectares Total de pessoal ocupado com laço de parentesco com o produtor Pessoas Total de pessoal ocupado sem laço de parentesco com o produtor Pessoas Número de estabelecimentos agropecuários com tratores Estabelecimentos Número de tratores existentes nos estabelecimentos agropecuários Tratores Número de estabelecimentos com bovinos Estabelecimentos Número de cabeças de bovinos Cabeças Número de estabelecimentos com bubalinos 76 Estabelecimentos Número de cabeças de bubalinos Cabeças Número de estabelecimentos com caprinos Estabelecimentos Número de cabeças de caprinos Cabeças Número de estabelecimentos com ovinos Estabelecimentos Número de cabeças de ovinos Cabeças Número de estabelecimentos com suínos Estabelecimentos Número de cabeças de suínos Cabeças Número de estabelecimentos com aves Estabelecimentos Número de cabeças de aves Cabeças Número de estabelecimentos com produção de leite de vaca Estabelecimentos Produção de leite de vaca Mil litros Número de estabelecimentos com produção de leite de cabra 14 Estabelecimentos Produção de leite de cabra 4 Mil litros Número de estabelecimentos com produção de lã Estabelecimentos Produção de lã Tonelada Número de estabelecimentos com produção de ovos de galinha Estabelecimentos Produção de ovos de galinha Mil dúzias Fonte: Censo agropecuário do IBGE Estruturas organizacionais do Território

7 O Território Sul do RS possui uma significativa representatividade de organizações sociais formais e informais das populações e dos setores produtivos; os conselhos, comissões ou comitês formalizados e as organizações associativas. Há uma quantidade expressiva de cooperativas, associações de agricultores e assentados de reforma agrária e ONG s, como o Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor CAPA, atuando na região desde 1982 em benefício dos agricultores familiares na busca do desenvolvimento rural sustentável por meio da produção agroecológica. Estas forças são consideradas o grande capital social do território. Além disso, as prefeituras municipais, através das Secretarias de Desenvolvimento Rural, desenvolvem trabalhos na área rural com agricultura, meio ambiente e pesca. Além dessas organizações, destacam-se as instituições de ensino, pesquisa e extensão rural como o Centro de Pesquisa da Embrapa Clima Temperado; a Fepagro-Sul, órgão de pesquisa estadual, localizada no município de Rio Grande; as Universidades (UFPel, UCPel, FURG) e da Emater/RS-Ascar, órgão de assistência técnica oficial e extensão rural. Quanto ao órgão de assistência técnica oficial, a Emater/RS-Ascar, este está presente em 24 municípios dos 25 que compõem o Território. Além dos escritórios municipais, possui um escritório regional e um Centro de Treinamento em Canguçu. Segundo informações da Emater/RS, os beneficiários das ações sociais em 2007 ultrapassaram as 30mil pessoas distribuídas em 386 comunidades rurais com predomínio da agricultura familiar. Há também a presença do Conselho Regional e Desenvolvimento COREDE-Sul, Fórum Mesosul, um Fórum de Desenvolvimento Integrado e Sustentável da Mesorregião da Metade Sul do RS, os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável e o Fórum de Agricultura Familiar. Exemplo deste trabalho coletivo é realizado através da Cooperativa Mista dos Pequenos Agricultores da região Sul Ltda - Coopar de São Lourenço do Sul, que congrega associados, localizados em cinco municípios da região, produzindo leite, grãos, batata e outros produtos. O município de São Lourenço do Sul foi colonizado pelos povos vindos da Pomerânia, os quais trouxeram muitas tradições (agrícolas e agroindústrias), hábitos e costumes que foram dando origem a localidade. Entre os conhecimentos e habilidades trouxeram a experiência de cultivar a terra, o plantio da batata, a produção e seus derivados, tornando-se década de 80 o maior produtor de batatas do Brasil. Muitos costumes ainda são preservados até hoje e para marcar ainda mais esta presença foi criado recentemente uma rota turística conhecida como Caminho Pomerano 1. A União das Associações Comunitárias do Interior de Canguçu Unaic, também é uma importante entidade voltada para o fortalecimento das representações das organizações dos agricultores. Tem como objetivo congregar, organizar, representar as associações comunitárias e buscar alternativas sustentáveis para os agricultores familiares da região. Por meio do resgate de sementes crioulas (basicamente feijão e milho), busca valorizar, respeitar e dar credibilidade para a agricultura familiar organizada (SANTOS, 2006). Possui uma atuação regional extrapolando as ações territoriais, pois está presente em cerca de 30 municípios da região. Atualmente congrega 45 associações com cerca de mil famílias de agricultores familiares, assistindo diretamente mais de cinco mil pessoas Organização sindical dos trabalhadores rurais A FETAG/RS e CONTAG a nível de federação e confederação respectivamente, apóiam todas as ações desenvolvidas pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais como 1 O Caminho Pomerano é um roteiro de turismo rural do município de São Lourenço do Sul, que busca o resgate da história, hábitos e costumes dos imigrantes pomeranos. São visitados agroindústrias, artesanatos típicos, produtos agroecológicos e da agricultura familiar, cafés coloniais, grupos folclóricos típicos da colonização alemã.

8 representação nos municípios, atende diretamente os trabalhadores rurais na busca de soluções aos seus principais anseios e necessidades. Neste sentido, buscam orientar questões relacionadas aos benefícios como a saúde, aposentadorias, atua nas questões agrárias, habitacionais, organizam mobilizações e levam as reivindicações aos órgãos competentes. Executam também outras ações como apoio ao fomento agrícola através da venda de insumos e sementes há um custo mais baixo, o repasse de sementes no processo de troca-troca. Enfim, com suas atuações procuram de todas as formas trazer melhorias e benefícios ao homem e à mulher rural. O município de Pelotas sedia uma das 23 regionais do estado e conta com cerca de cinco mil filiados nos cinco municípios da região. O município de Canguçu possui um dos maiores sindicatos de trabalhadores rurais com mais de dez mil filiados, beneficiando diretamente em torno de quarenta mil pessoas. A força deste sindicato pode ser realçada por alguns números como: o sistema troca-troca repassou em 2008, cerca de 220 toneladas de milho para mais de cinco mil famílias. O município de São Lourenço do Sul, a exemplo de Pelotas e Canguçu, também tem sindicatos com atuação forte, contando com cerca de quatro mil e quinhentos associados. Estes três sindicatos representam a maior força sindical na região, conforme pode ser visto na Tabela 3. Tabela 3 Número de associados e famílias beneficiadas dos três principais Sindicatos dos Trabalhadores Rurais STR da Zona Sul, situação em dezembro de Sindicatos Nº de associados Nº de beneficiários STR de Pelotas STR de Canguçu STR de São Lourenço do Sul Total Fonte: Informações dos Sindicatos dezembro 2008 e elaborado pelo autor Políticas de crédito rural Destacamos a atuação das cooperativas de crédito como o SICREDI Zona Sul, que possui 11 agências bancárias em oito municípios da região, sendo que Pelotas possui quatro e conta com quase trinta mil associados, sendo que a maioria deles é de agricultores familiares. A CRESOL, com sede na localidade de Boa Vista, interior de São Lourenço do Sul, possui seis postos de atendimento com cerca de quatro mil associados e visa fortalecer e estimular a interação solidária entre os agricultores familiares e suas organizações através do crédito, visando o desenvolvimento local sustentável. A CREHNOR com sede em Canguçu também tem atuação relevante na região, pois é uma cooperativa de crédito que atende as necessidades dos assentados da reforma agrária. Estes sistemas de crédito cooperativo e solidário têm apoiado de forma intensa os pequenos e médios agricultores familiares, assentados de reforma agrária de forma individual ou em grupos, através de suas linhas de créditos especiais, beneficiando milhares de agricultores e viabilizando as pequenas propriedades na geração de emprego e renda, bem como no desenvolvimento local e regional. A atuação do Banco do Brasil através da Carteira Agrícola, também tem sido um parceiro dos agricultores familiares viabilizando a liberação dos recursos do PRONAF em todos os municípios da região Programa de Aquisição de Alimentos - PAA O Programa de Aquisição de Alimentos PAA, criado em 2003 pelo Governo Federal como política de articulação entre produção, comercialização e consumo tem por objetivo

9 incentivar a agricultura familiar por meio da aquisição de produtos agropecuários destinados a pessoas em situação de insegurança alimentar e a formação de estoques estratégicos. O PAA adquire produtos dos agricultores familiares que se enquadrem nas regras de políticas do PRONAF. O limite atual de compra da produção é de R$ 3.500,00 por ano/agricultor. Este limite está sendo ampliado para R$ 8.000,00 a partir de O PAA proporciona acesso a uma alimentação diversificada para uma população em insegurança alimentar e nutricional, valorizando a produção e a cultura alimentar das populações dinamizando a economia local, com repercussões sobre a auto-estima tanto de fornecedores quanto de consumidores. Na Tabela 4 pode-se visualizar os valores operados pelo programa na região desde seu início e as entidades beneficiadas. O PAA é administrado pelo Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor CAPA de Pelotas que tem a responsabilidade administrativa e técnica sobre os processos de produção, comercialização e doação dos produtos da agricultura familiar. Tabela 4 Valores comercializados pelo Programa de Aquisição de Alimentos na Zona Sul por entidade parceira durante os anos de 2004/2005, 2005/2006 e 2007/2008. Entidades Ano 2004/05 Ano 2005/06 Ano 2007/08 Valores(R$) Valores(R$) Valores(R$) Coopar - São Lourenço do Sul , , ,00 Unaic - Canguçu , , ,00 Coop. Sul Ecológica - Pelotas , , ,00 Coop. Arpa-Sul - Pelotas , , ,00 Coop. Lagoa Viva - Pelotas , , ,00 Coopal - Canguçu , ,10 - Coop. Sul Leite - S.Vitória do Palmar ,00 - Produtores via Emater - Pelotas , Totais , , ,00 Modalidade "Formação de estoque" Coopar - São Lourenço do Sul ,00 Unaic - Canguçu ,00 Totais ,00 Fonte: CAPA de Pelotas, elaboração do autor, através de dados obtidos junto a CAPA. Além dos valores expressos na Tabela 4, os recursos beneficiaram um contingente de 110 entidades organizadas de agricultores, com a participação de aproximadamente famílias distribuídas em doze municípios da região. Como é um programa de compra com doação simultânea, foram feitas doações para 87 comunidades beneficiando cerca de famílias carentes que além de receberem um alimento de qualidade, sentem-se integradas ao convívio social. 3.3 Aspectos econômicos de algumas atividades do Território Desenvolvimento da pecuária leiteira

10 A pecuária leiteira é um setor produtivo de grande relevância para a economia do Território Sul, fazendo com que surgissem várias micro-usinas, pequenas cooperativas e associações de agricultores com o objetivo de viabilizar a produção leiteira dos agricultores familiares e assentamentos. Neste sentido várias organizações e entidades fomentaram a produção de leite à base de pastagens no sistema rotativo de pastejo e o apoio na organização interna da atividade. Citando algumas das organizações que se sobressaem no setor produtivo do leite, destacam-se a Cooperativa Regional dos Assentados de Hulha Negra e Candiota - Cooperal com sede no município de Hulha Negra que conta com associados, dos quais 626 produzem leite beneficiando diretamente 50 assentamentos dos municípios de Aceguá, Candiota e Hulha Negra; a Cooperativa de Produção Agropecuária Vista Alegre Ltda Coopava, localizada no município de Piratini, é uma cooperativa onde os agricultores se organizaram e instalaram uma micro-usina, a qual abastece os mercados locais; a Cooperativa Terra Nova de Canguçu viabiliza a produção leiteira de 12 assentamentos e 180 famílias; a Cooperativa dos Pequenos Agricultores Produtores de Leite da região Sul Coopal, também de Canguçu recebe a produção de 650 agricultores; a Coopar de São Lourenço do Sul está em fase final de instalação de uma micro-usina e possui no seu quadro de associados cerca de 600 famílias produtoras de leite. Há também micro-usinas de caráter familiar, que absorvem a produção de várias famílias. Na Tabela 5 pode-se observar o grande número de associados dessas cooperativas. Tabela 5 Relação das cooperativas e micro-usinas de leite instaladas na Zona Sul do RS com o número de famílias associadas e o município de localização em novembro de Nº de Produção Cooperativa Região de atuação Formas de famílias l/dia comercialização Cosulati municípios da região Sul Industrialização própria Perdigão SA São Lourenço e outros Industrialização própria Coopar São Lourenço e outros Recolhem e entregam na Cosulati Coopal Canguçu Parte industrializa e parte a Coopar entrega p/cosulati Cooperal assentamentos de Recolhem o leite posto local Hulha Negra e Candiota e repassam para a Cosulati Coop. Sul Leite Santa Vitória do Palmar Industrialização terceirizada Coop. de leite 12 Assentamentos de Cosulati e embalam com a Terra Nova Canguçu marca da Coop. Terra Nova Coopava 17 Assentamento de Piratini Micro usina própria marca Micro usina Leite Processa o leite com a marca Interior de São Lourenço da Fazenda Leite da Fazenda Micro usina Santa Silvana Interior de Pelotas Processa o leite com marca própria Micro usina Laticínio Santana Interior de Cerrito Processa o leite com marca própria Total Fonte: Informação dos estabelecimentos (dados de nov./2008) elaborados pelo autor Além dessas iniciativas mais de cunho social, há também na região grandes indústrias leiteiras como a Cooperativa Sul-Riograndense de Laticínios Ltda Cosulati, que atua em 38 municípios da Região Sul e Fronteira Oeste e a Perdigão, com sua fábrica localizada em São Lourenço do Sul e atuação na região Sul. A Cosulati possui no seu quadro social cooperados que desenvolvem atividade leiteira, avicultura e grãos. Além do quadro social, possui parceria com nove cooperativas e quatro associações de agricultores totalizando mais

11 de beneficiários diretamente. O quadro atual de produtores de leite por estrato de produção pode ser visto na Tabela 6. Este quadro reflete bem a participação da agricultura familiar na atividade dos quais 84,6% produzem menos de 100 l/dia. A Cosulati, além da atividade leiteira, possui um grupo de agricultores produzindo aves de forma integrada. Tem na criação de frangos de corte um contingente de 105 agricultores integrados, gerando renda e promovendo o desenvolvimento regional. Segundo o Superintendente da Cooperativa, a meta da Cosulati para os próximos anos é ampliar o número de criadores e melhorar de forma sistemática a cadeia produtiva do frango. Tabela 6 Escala dos produtores de leite da Cosulati por faixa de produção, número de agricultores e participação por extratos. Referência mês de novembro/2008. Estratificação litros/dia Nº de agricultores Participação por estrato (%) Estratificação litros/dia Nº de agricultores Participação por estrato (%) 1 a ,7 71 a ,9 6 a ,2 81 a ,9 11 a ,3 91 a ,1 21 a ,2 101 a ,0 31 a ,5 151 a ,8 41 a ,0 201 a ,9 51 a ,6 301 a ,0 61 a ,2 acima de ,6 Total ,0 Fonte: Departamento técnico da Cosulati Desenvolvimento do pólo de fruticultura e olericultura A região também se tornou um pólo de produção de frutas e hortaliças de clima temperado, tendo no cultivo do pessegueiro sua principal atividade. O desenvolvimento da fruticultura na região remonta à década de 1930 quando, em 1938 foi criada a primeira Estação Experimental de Viticultura, Enologia e Frutas de Clima Temperado na localidade da Cascata em Pelotas. A produção de pêssego foi a que mais se desenvolveu a partir da década de 1970, e junto com ela o surgimento de muitas agroindústrias aproveitando os incentivos fiscais do Governo Federal para o reflorestamento, chegando a ter na região mais de 50 indústrias processadoras da polpa da fruta. A região conta atualmente com mais de duas mil famílias envolvidas na produção de cerca de hectares. No caso específico do pêssego, a geração de renda não se limita apenas à unidade familiar e sim aos trabalhadores temporários que prestam serviços nos pomares e nas indústrias, os quais, em grande parte são oriundos do meio rural. Há também um pólo de produção de hortaliças, onde há uma organização em torno de pequenas associações e cooperativas no sentido de incrementar o processo de produção e comercialização sejam por meio das feiras-livres, vendas diretas ou por intermediários. Segundo Anjos, Godoy e Caldas (2005, p.19), em pesquisa realizada junto às feiras do município de Pelotas: As feiras-livres consistem num sistema local de comercialização muito particular, representando o limite difuso entre o rural e o urbano, fim da fase produtiva e início da fase de consumo, bem como um espaço social detentor de atributos peculiares que, presumivelmente, assegurem sua persistência na sociedade contemporânea.

12 A produção de cebola também é uma atividade de grande importância para a região principalmente para o município de São José do Norte, a qual tem na produção de hectares a geração de renda para cerca de agricultores. Neste município é a principal atividade econômica de origem agropecuária e que foi trazida pelos colonizadores Açorianos e Africanos e juntos trouxeram hábitos e costumes mantidos até hoje envolvendo práticas de cultivo e processamento da cebola. A cadeia produtiva da cebola envolve um contingente de mais de três mil famílias em todas as fases do processo de produção e comercialização. Os agricultores estão organizados por meio da Cooperativa dos Agricultores Familiares Nortense COOAFAN, que reúne, atualmente, 50 associados e mais 300 em parceria. Esta cooperativa auxilia os agricultores em todas as fases da produção e comercialização da cebola. De qualquer modo, são estas formas de organização partindo das iniciativas dos agricultores familiares, que viabilizam as unidades de produção agrícola no desenvolvimento das atividades agropecuárias, valorizando e agregando valor ao seu produto Desenvolvimento da produção de grãos Destacam-se, na região de estudo, o cultivo do feijão, o milho, arroz, soja, forrageiras. No caso do feijão, a região produz mais de hectares, com grande destaque nos municípios de Canguçu e Santana da Boa Vista tipicamente de agricultura familiar, que juntos são responsáveis por cerca de 60% da produção e do VBP em relação à região. A produção do milho, segundo dados do Censo Agropecuário 2006 do IBGE, está presente nos 25 municípios do Território, os quais cultivam mais de hectares, produzindo aproximadamente toneladas. O milho representa não só uma atividade de renda, mas principalmente a possibilidade de transformação interna na propriedade para múltiplos usos e é fundamental como insumo energético na constituição de rações para criações de suínos, aves e gado leiteiro. A produção de arroz e soja é desenvolvida na maioria das áreas sob o regime patronal, mas também se registra um número muito expressivo de agricultores familiares estruturados desenvolvendo estas atividades Desenvolvimento da fumicultura A produção de fumo na região Sul é uma atividade de muita expressão econômica para a agricultura familiar, pois segundo Buanain et.al (2000), esta atividade, que é desenvolvida totalmente por agricultores familiares, detentores de propriedades de reduzidas dimensões, ocupa muita mão-de-obra, é pouco diversificada e investe capital elevado. Apesar dessas características, há um contingente muito grande de agricultores cultivando fumo conforme pode ser observado na Tabela 7. A região tem aproximadamente doze mil famílias que dependem da renda obtida com a venda do fumo. Observa-se que os municípios de Canguçu e São Lourenço do Sul concentram 64,2% dos agricultores, dado este preocupante uma vez que outras culturas deixaram de ser produzidas para dar lugar ao fumo. Tabela 7 Dados de produção, número de produtores, estufas, área, produtividade e VBP de fumo por município da Zona Sul da safra Municípios Produtores Estufas Área Produt. Produção(t) (ha) (kg/ha) VBP (R$) Canguçú ,00 São Lourenço do Sul ,00 Pelotas ,00 Amaral Ferrador ,00 Arroio do Padre ,00 Cristal ,00 Turuçú ,00 Piratiní ,00 Morro Redondo ,00

13 Cerrito ,00 São José do Norte ,00 Capão do Leão ,00 Rio Grande ,00 Arroio Grande ,00 Pinheiro Machado ,00 Candiota ,00 Aceguá ,00 Herval ,00 Hulha Negra ,00 Santana da Boa Vista ,00 Totais ,00 Fonte: Afubra Muitas outras atividades poderiam ser citadas e que representam importantes segmentos para a economia da região como geradoras de crescimento e desenvolvimento rural, porém optou-se por destacar aquelas de maior expressão econômica e de cunho social desenvolvidas pela agricultura familiar. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A agricultura familiar no Rio Grande do Sul e especialmente na região Sul passou por profundas transformações sociais, econômicas e produtivas desde os anos 1960/70. Essas transformações mudaram consideravelmente o modo de vida e as estratégias de reprodução social de muitas famílias de agricultores familiares. Antes havia a preocupação maior de produzir para o autoconsumo, a subsistência familiar, enquanto que hoje o foco é produzir pensando nas estratégias de reprodução social, no mercado consumidor, estreitando cada vez mais as relações entre o campo e a cidade. As informações contidas neste trabalho nos dão uma pequena mostra da dinâmica de funcionamento da agricultura familiar e das potencialidades desta região. Como bem demonstram os dados, nossa região possuiu uma diversidade agropecuária intensa, fruto da sua origem colonial. É desta forma que se destacam as atividades da pecuária leiteira, fruticultura, horticultura, grãos e no fortalecimento das pequenas agroindústrias familiares. Há também o cultivo do fumo que apesar de não ser um alimento, representa a garantia de sobrevivência para milhares de famílias de agricultores. Poderiam ser citadas muitas outras iniciativas dos agricultores e suas organizações, que de forma associativa e organizada, buscam alternativas para viabilizar a unidade de produção familiar seja no aspecto econômico, social e ambiental. Exemplos destas formas de comercialização citamos o Programa de Aquisição de Alimentos - PAA que adquire produtos da agricultura familiar priorizando a produção agroecológica e realiza doação simultânea a várias entidades assistenciais da região, beneficiado não só os agricultores, mas também quem recebe. Concluindo, pode-se afirmar que a agricultura familiar desempenha uma importância cada vez maior no cenário nacional como produtora de alimentos em quantidade e qualidade necessários à população brasileira. É uma grande promotora e geradora de desenvolvimento local e regional, bem como suas ações estão voltadas para a manutenção e reprodução da família no campo, na preservação dos recursos naturais, da biodiversidade e da promoção do desenvolvimento rural sustentável. 5 REFERÊNCIAS ABRAMOVAY, R. Gazeta Mercantil, São Paulo, 15 abr p.a3. Ruralidade e desenvolvimento territorial. Disponível em:

14 Acesso em 05 jan ANJOS, F.S.dos; CALDAS, N.V. Pluriatividade e sucessão hereditária na agricultura familiar. In: SCHNEIDER, S. (Org.). A Diversidade da Agricultura Familiar. Porto Alegre: Editora UFRGS, p ANJOS, F.S.dos; GODOY, W.I.; CALDAS, N.V. As Feiras-livres de Pelotas sob o império da globalização: perspectivas e tendências. Pelotas, Editora e Gráfica Universitária, 2005, 195p. BUAINAIN, A. M. Agricultura familiar, agroecologia e desenvolvimento sustentável: questões para debate. Brasília: IICA Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura, p.(série Desenvolvimento Rural, v.5). Disponível em: 411c69ef9668ad9. Acesso em: 20 dez CARNEIRO, M.J. Pluriatividade da agricultura no Brasil: uma reflexão crítica. In: SCHNEIDER, S. (Org.). A Diversidade da Agricultura Familiar. Porto Alegre: Editora UFRGS, p EMATER. Rio Grande do Sul / ASCAR. Relatório de atividades da EMATER/RS-ASCAR : 2007 / EMATER/RS-ASCAR. Porto Alegre : EMATER/RS-ASCAR, p. il. Disponível em: Acesso em 15 dez ITEPA Instituto Técnico de Pesquisa e Assessoria UCPel. Banco de dados da zona sul RS. Pelotas: EDUCAT. Boletim Informativo n o 19, p. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Agropecuário 1995/1996. Rio de Janeiro: IBGE (CD Rom). MAPA. Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento Disponível em: Acesso em: 20 dez MAPA. Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento Disponível em Acesso em 18 dez SCHNEIDER, S. A pluriatividade na agricultura familiar. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, p TERRITÓRIO Zona Sul do Estado do Rio Grande do Sul. Pelotas: Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor, 2008, 24p. WANDERLEY, M.N.B.de. A agricultura familiar no Brasil: um espaço em construção. Reforma Agrária, Campinas, v.25, n. 2/3, p.37-47,1995.

15 WANDERLEY, M.N.B.de. Raízes históricas do campesinato brasileiro. In: TEDESCO J.C. (Org.). Agricultura familiar: realidades e perspectivas. 3 ed. Passo Fundo: EDIUPF, 2001, (Capítulo 1), p

AEROPORTO DE PELOTAS

AEROPORTO DE PELOTAS AEROPORTO DE PELOTAS FONTE: ITEPA/UCPEL REGIÃOsul 25 % DE CRESCIMENTO POPULACIONAL ATÉ 2020 INTER MODALIDADE RODOVIAS / HIDROVIAS / FERROVIAS / AEROPORTOS 12 DE CRESCIMENTO ECONÔMICO AO ANO ATÉ 2020. %

Leia mais

10 ANOS. Conte até 10 e saiba por quê.

10 ANOS. Conte até 10 e saiba por quê. 10 ANOS O Programa de Aquisição de Alimentos completou dez anos. Instituído pela Lei nº 10.696, de 2 de julho de 2003, o PAA tem se consolidado como um instrumento de estímulo à organização produtiva e

Leia mais

Inserção da Agricultura Familiar na Alimentação Escolar. Estratégia e Políticas Públicas de Apoio da SAF/MDA

Inserção da Agricultura Familiar na Alimentação Escolar. Estratégia e Políticas Públicas de Apoio da SAF/MDA Inserção da Agricultura Familiar na Alimentação Escolar Estratégia e Políticas Públicas de Apoio da SAF/MDA Objetivo da Apresentação Possibilitar a compreensão das políticas públicas relacionadas e/ou

Leia mais

alimentos para o brasil APRESENTAÇÃO

alimentos para o brasil APRESENTAÇÃO 2014-2015 alimentos para o brasil APRESENTAÇÃO O Plano Safra da Agricultura Familiar 2014/2015 Alimentos Para o Brasil vem consolidar mais de uma década de políticas públicas que melhoram a vida de quem

Leia mais

III CONGRESSO BRASILEIRO DO CACAU: INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E SUSTENTABILIDADE

III CONGRESSO BRASILEIRO DO CACAU: INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E SUSTENTABILIDADE III CONGRESSO BRASILEIRO DO CACAU: INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E SUSTENTABILIDADE Painel 8: O papel de Instituições Públicas para Desenvolvimento da Cacauicultura Brasileira O Cacau e a Agricultura Familiar Adriana

Leia mais

alimentos para o brasil APRESENTAÇÃO

alimentos para o brasil APRESENTAÇÃO 2014-2015 APRESENTAÇÃO O Plano Safra da Agricultura Familiar 2014/2015 Alimentos Para o Brasil vem consolidar mais de uma década de políticas públicas que melhoram a vida de quem vive no Brasil Rural.

Leia mais

Feiras livres da agricultura familiar

Feiras livres da agricultura familiar Feiras livres da agricultura familiar FEIRAS LIVRES DA AGRICULTURA FAMILIAR Tradicionalmente, a Emater MG tem participação efetiva na organização e implantação dessas feiras no Estado, desenvolvendo ações,

Leia mais

EMATER RS. Seminário. A Extensão Rural Pública e Seus Impactos no Desenvolvimento Municipal Sustentável

EMATER RS. Seminário. A Extensão Rural Pública e Seus Impactos no Desenvolvimento Municipal Sustentável Seminário A Extensão Rural Pública e Seus Impactos no Desenvolvimento Municipal Sustentável e Mário Augusto Ribas do Nascimento Presidente da EMATER/RS Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência

Leia mais

AGRICULTURA FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE MOGI MIRIM-SP: Principais políticas publicas. Arthur Moriconi harthus94@gmail.com.

AGRICULTURA FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE MOGI MIRIM-SP: Principais políticas publicas. Arthur Moriconi harthus94@gmail.com. AGRICULTURA FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE MOGI MIRIM-SP: Principais políticas publicas Arthur Moriconi harthus94@gmail.com. Acadêmico do Curso de Ciências Econômicas/UNICENTRO Fabio Junior Penteado fabioturvo@gmail.com.

Leia mais

Políticas Públicas operadas pela EMATER/RS-ASCAR no RS

Políticas Públicas operadas pela EMATER/RS-ASCAR no RS Políticas Públicas operadas pela EMATER/RS-ASCAR no RS Crédito Rural - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - (Pronaf) Assessoria Técnica, Social e Ambiental (ATES) Assistência Técnica

Leia mais

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013 10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013 1. INTRODUÇÃO O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realiza sistematicamente

Leia mais

DECRETO N 037/2014. O Prefeito Municipal de Santa Teresa Estado do Espírito Santo, no uso de suas atribuições legais,

DECRETO N 037/2014. O Prefeito Municipal de Santa Teresa Estado do Espírito Santo, no uso de suas atribuições legais, DECRETO N 037/2014 Regulamenta aplicação das Instruções Normativas SDE Nº 01/2014 a 02/2014, que dispõem sobre as Rotinas e Procedimentos do Sistema de Desenvolvimento Econômico a serem observados no âmbito

Leia mais

agricultura familiar

agricultura familiar saúde A importância da agricultura familiar na merenda escolar Iniciativas em Santa Rosa do Viterbo são exemplos de sucesso Por Danielle Lautenschlaeger Inúmeras famílias brasileiras ainda obtêm sua renda

Leia mais

Departamento de Geração de Renda e

Departamento de Geração de Renda e Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor - DGRAV ESTRUTURA DO MDA Gabinete do Ministro Secretaria Executiva Secretaria da Agricultura Familiar SAF Secretaria de Reordenamento Agrário - SRA

Leia mais

PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS PAA

PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS PAA PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS PAA Marco Legal Art 19. da Lei nº10.696/2003 Fica instituído o Programa de Aquisição de Alimentos com a finalidade de incentivar a agricultura familiar, compreendendo

Leia mais

Projeto Execução Expositores

Projeto Execução Expositores Projeto Execução Expositores Realização: Cooperativa Agropecuária Petrópolis PIA EMATER RS ASCAR Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis A ENTIDADE PROMOTORA DO RURALSHOW 2014. COOPERATIVA AGROPECUÁRIA

Leia mais

Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã SEPLAG/RS

Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã SEPLAG/RS Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã SEPLAG/RS Brasília, 21 de fevereiro de 2013 MAPA ESTRATÉGICO: Visão: RETOMAR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COM EQUIDADE E PARTICIPAÇÃO Sociedade

Leia mais

Projeto. Das Roças e Florestas dos Povos e Comunidades Tradicionais e da Agricultura Familiar para a Alimentação Escolar

Projeto. Das Roças e Florestas dos Povos e Comunidades Tradicionais e da Agricultura Familiar para a Alimentação Escolar Projeto Das Roças e Florestas dos Povos e Comunidades Tradicionais e da Agricultura Familiar para a Alimentação Escolar Nutritivo para alimentação escolar Nutrição como Sustento e Sustentabilidade Nutrimento

Leia mais

PESQUISA AGROPECUÁRIA. Gian Terres Jessica Freitas Luana de Lemos Sandra Vargas

PESQUISA AGROPECUÁRIA. Gian Terres Jessica Freitas Luana de Lemos Sandra Vargas PESQUISA AGROPECUÁRIA Gian Terres Jessica Freitas Luana de Lemos Sandra Vargas Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi

Leia mais

Cadeia Produtiva do Leite. Médio Integrado em Agroindústria

Cadeia Produtiva do Leite. Médio Integrado em Agroindústria Médio Integrado em Agroindústria A importância da cadeia do leite A cadeia do leite e de seus derivados desempenha papel relevante no suprimento de alimentos e na geração de emprego e renda, se igualando

Leia mais

Seminário: As Compras Institucionais a Serviço dos Agricultores Familiares. CSA, Bruxelas 23 de Abril de 2014.

Seminário: As Compras Institucionais a Serviço dos Agricultores Familiares. CSA, Bruxelas 23 de Abril de 2014. Seminário: As Compras Institucionais a Serviço dos Agricultores Familiares CSA, Bruxelas 23 de Abril de 2014. ESTRATÉGIA: SEGURANÇA E SOBERANIA ALIMENTAR X FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR Fortalecimento

Leia mais

IMPORTÂNCIA DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS PARA O DESENVOLVIMENTO

IMPORTÂNCIA DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS PARA O DESENVOLVIMENTO Excelentíssimo Senhor GILBERTO JOSÉ SPIER VARGAS MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - MDA Esplanada dos Ministérios Bloco A, 8º Andar Brasília - DF Assunto: Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel

Leia mais

EMPREENDEDORISMO SOCIAL: economia solidária da teoria a prática a experiência UFRB/INCUBA e sociedade Danilo Souza de Oliveira i

EMPREENDEDORISMO SOCIAL: economia solidária da teoria a prática a experiência UFRB/INCUBA e sociedade Danilo Souza de Oliveira i EMPREENDEDORISMO SOCIAL: economia solidária da teoria a prática a experiência UFRB/INCUBA e sociedade Danilo Souza de Oliveira i INTRODUÇÃO Entre as inúmeras formas de diálogo que a UFRB (Universidade

Leia mais

PLANO DE REORDENAÇÃO SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR DE SANTA CATARINA I. B.

PLANO DE REORDENAÇÃO SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR DE SANTA CATARINA I. B. PLANO DE REORDENAÇÃO SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR DE SANTA CATARINA SITUAÇÃO AGRICULTURA FAMILIAR Esta errado o pensamento de que agricultura familiar é só de sobrevivência Ela é responsável pela

Leia mais

A REINSERÇÃO DE NOVA ESPERANÇA NA REDE URBANA DE MARINGÁ: UMA PROPOSTA DE ESTUDO

A REINSERÇÃO DE NOVA ESPERANÇA NA REDE URBANA DE MARINGÁ: UMA PROPOSTA DE ESTUDO A REINSERÇÃO DE NOVA ESPERANÇA NA REDE URBANA DE MARINGÁ: UMA PROPOSTA DE ESTUDO 5 Amanda dos Santos Galeti Acadêmica de Geografia - UNESPAR/Paranavaí amanda_galeti@hotmail.com Kamily Alanis Montina Acadêmica

Leia mais

PNPCT Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais

PNPCT Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais Políticas Públicas PNPCT Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais A PNPCT reafirma a importância do conhecimento, da valorização e do respeito à diversidade

Leia mais

Políticas públicas e o financiamento da produção de café no Brasil

Políticas públicas e o financiamento da produção de café no Brasil Políticas públicas e o financiamento da produção de café no Brasil Organização Internacional do Café - OIC Londres, 21 de setembro de 2010. O Sistema Agroindustrial do Café no Brasil - Overview 1 Cafés

Leia mais

Apoio à comercialização da agricultura familiar

Apoio à comercialização da agricultura familiar Apoio à comercialização da agricultura familiar Programa de Aquisição de Alimentos 1. Contexto Liberalização dos mercados de produtos agrícolas (anos 90) Intenso processo de concentração de capitais no

Leia mais

As Compras Públicas da Agricultura Familiar para Programas Sociais

As Compras Públicas da Agricultura Familiar para Programas Sociais As Compras Públicas da Agricultura Familiar para Programas Sociais INCLUSÃO PRODUTIVA RURAL Aumento da produção para segurança alimentar e ampliação de canais de comercialização Programa de Aquisição de

Leia mais

CRIAÇÃO DE COOPERATIVAS ORGÂNICAS NA AMAZÔNIA E ACESSO A MERCADOS DIFERENCIADOS

CRIAÇÃO DE COOPERATIVAS ORGÂNICAS NA AMAZÔNIA E ACESSO A MERCADOS DIFERENCIADOS CRIAÇÃO DE COOPERATIVAS ORGÂNICAS NA AMAZÔNIA E ACESSO A MERCADOS DIFERENCIADOS O Território da Transamazônica O Papel da Fundação Viver, Produzir e Preservar NOSSA MISSÃO: Contribuir para as Políticas

Leia mais

O papel da agricultura familiar no desenvolvimento rural sustentável nos próximos 10 anos. Carlos Mielitz PGDR-UFRGS

O papel da agricultura familiar no desenvolvimento rural sustentável nos próximos 10 anos. Carlos Mielitz PGDR-UFRGS O papel da agricultura familiar no desenvolvimento rural sustentável nos próximos 10 anos Carlos Mielitz PGDR-UFRGS ANTECEDENTES E TRAJETÓRIA RECENTE DA AGRICULTURA FAMILIAR - PÓS 1964, Projeto Nacional,

Leia mais

Ministério do Desenvolvimento Agrário Secretaria de Desenvolvimento Territorial. Sistema de Gestão Estratégica. Documento de Referência

Ministério do Desenvolvimento Agrário Secretaria de Desenvolvimento Territorial. Sistema de Gestão Estratégica. Documento de Referência Ministério do Desenvolvimento Agrário Secretaria de Desenvolvimento Territorial Sistema de Gestão Estratégica Brasília - 2010 SUMÁRIO I. APRESENTAÇÃO 3 II. OBJETIVOS DO SGE 4 III. MARCO DO SGE 4 IV. ATORES

Leia mais

Programa de Aquisição de Alimentos

Programa de Aquisição de Alimentos Programa de Aquisição de Alimentos Programa de Aquisição de Alimentos Produção Consumo Rede Socioassistencial Agricultura Familiar Inclui: Agricultores Familiares; Assentados; Povos e Comunidades Tradicionais;

Leia mais

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL NOS MUNICÍPIOS DO CENTRO- SUL PARANAENSE NO PERÍODO DE 2000 A 2010

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL NOS MUNICÍPIOS DO CENTRO- SUL PARANAENSE NO PERÍODO DE 2000 A 2010 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL NOS MUNICÍPIOS DO CENTRO- SUL PARANAENSE NO PERÍODO DE 2000 A 2010 Juliana Paula Ramos 1, Maria das Graças de Lima 2 RESUMO:

Leia mais

Programas de crédito e políticas de financiamento para a produção sustentável: a experiência do Banco da Amazônia

Programas de crédito e políticas de financiamento para a produção sustentável: a experiência do Banco da Amazônia Programas de crédito e políticas de financiamento para a produção sustentável: a experiência do Banco da Amazônia Fabrício Khoury Rebello Economista do Banco da Amazônia, Mestre em Agriculturas Familiares

Leia mais

55% da população mundial vive em zonas rurais. 70% da população mundial muito pobre é rural. 1,4 bilhão vive com menos de U$ 1,25/ dia

55% da população mundial vive em zonas rurais. 70% da população mundial muito pobre é rural. 1,4 bilhão vive com menos de U$ 1,25/ dia A pobreza rural 55% da população mundial vive em zonas rurais 70% da população mundial muito pobre é rural 1,4 bilhão vive com menos de U$ 1,25/ dia 1,0 bilhão passa fome 80% dos lugares mais pobres dependem

Leia mais

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA CONS CUL 07-09 01 Vaga

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA CONS CUL 07-09 01 Vaga INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA CONS CUL 07-09 01 Vaga 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Consultoria de pessoa física para realizar ações e organizar atividades

Leia mais

EMATER PARANÁ CONDOMÍNIOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL: UMA PROPOSTA DE MELHORAMENTO GENÉTICO EM BOVINOS DE LEITE NO MUNICÍPIO DE TOLEDO PR.

EMATER PARANÁ CONDOMÍNIOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL: UMA PROPOSTA DE MELHORAMENTO GENÉTICO EM BOVINOS DE LEITE NO MUNICÍPIO DE TOLEDO PR. EMATER PARANÁ CONDOMÍNIOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL: UMA PROPOSTA DE MELHORAMENTO GENÉTICO EM BOVINOS DE LEITE NO MUNICÍPIO DE TOLEDO PR. Gelson Hein Médico Veterinário Unidade Local de Toledo NOVEMBRO

Leia mais

PROJETO ALTERNATIVO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO - PADRSS

PROJETO ALTERNATIVO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO - PADRSS SISTEMA CONTAG DE ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO SEC. DE POLÍTICA AGRÍCOLA - CONTAG - 1 PROJETO ALTERNATIVO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO - PADRSS SISTEMA CONTAG DE ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

Leia mais

no Desenvolvimento dos

no Desenvolvimento dos A Importância do Secretaria de Cooperativismo de Crédito no Desenvolvimento dos Territórios rios Rurais do Brasil (Tema X: O Cooperativismo de Crédito Como Agente Transformador) 5º Seminário Banco Central

Leia mais

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA. TERMO DE REFERÊNCIA CONS - OPE 03 01 Vaga

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA. TERMO DE REFERÊNCIA CONS - OPE 03 01 Vaga INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA CONS - OPE 03 01 Vaga 1. IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Consultoria para promover estudos, formular proposições e apoiar as Unidades

Leia mais

PERFIL DOS ESTADOS E DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS: INCLUSÃO PRODUTIVA.

PERFIL DOS ESTADOS E DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS: INCLUSÃO PRODUTIVA. PERFIL DOS ESTADOS E DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS: INCLUSÃO PRODUTIVA. FICHA TÉCNICA Coordenação de População e Indicadores Sociais: Bárbara Cobo Soares Gerente de Pesquisas e Estudos Federativos: Antônio

Leia mais

Panorama Geral da Ovinocultura no Mundo e no Brasil

Panorama Geral da Ovinocultura no Mundo e no Brasil Revista Ovinos, Ano 4, N 12, Porto Alegre, Março de 2008. Panorama Geral da Ovinocultura no Mundo e no Brasil João Garibaldi Almeida Viana 1 Os ovinos foram uma das primeiras espécies de animais domesticadas

Leia mais

Programa Nacional da Alimentação Escolar PNAE

Programa Nacional da Alimentação Escolar PNAE Programa Nacional da Alimentação Escolar PNAE PROGRAMA NACIONAL DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR PNAE A compra de gêneros alimentícios da agricultura familiar para a alimentação escolar é uma conquista dos agricultores

Leia mais

O espaço rural brasileiro 7ºano PROF. FRANCO AUGUSTO

O espaço rural brasileiro 7ºano PROF. FRANCO AUGUSTO O espaço rural brasileiro 7ºano PROF. FRANCO AUGUSTO Agropecuária É o termo utilizado para designar as atividades da agricultura e da pecuária A agropecuária é uma das atividades mais antigas econômicas

Leia mais

CUIDAR DA TERRA ALIMENTAR A SAÚDE CULTIVAR O FUTURO

CUIDAR DA TERRA ALIMENTAR A SAÚDE CULTIVAR O FUTURO CUIDAR DA TERRA ALIMENTAR A SAÚDE CULTIVAR O FUTURO Por que é importante dar preferência aos produtos orgânicos? Os sistemas de produção orgânica se baseiam em princípios da agroecologia e, portanto, buscam

Leia mais

O Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar

O Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar O Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar A IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA - DIAGNÓSTICO Prevalência de situação de segurança alimentar em domicílios particulares, por situação do domicílio

Leia mais

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E AGRICULTURA FAMILIAR

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E AGRICULTURA FAMILIAR ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E AGRICULTURA FAMILIAR ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E AGRICULTURA FAMILIAR Com a aprovação da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, e da Resolução FNDE nº 38, de 16 de julho de 2009, as escolas

Leia mais

Prefeitura Municipal de Botucatu

Prefeitura Municipal de Botucatu I- Identificação: Projeto Empresa Solidária II- Apresentação : O Fundo Social de Solidariedade é um organismo da administração municipal, ligado ao gabinete do prefeito, que atua em diversos segmentos

Leia mais

DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL. (Pesquisa qualitativa -- RESUMO)

DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL. (Pesquisa qualitativa -- RESUMO) DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL (Pesquisa qualitativa -- RESUMO) Realização: Ibase, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) Objetivos da Pesquisa: Os Diálogos sobre

Leia mais

PROJETO TÉCNICO SAF/ATER 120/2010. PROJETO ATER - DESENVOLVIMENTO Rural Inclusivo e Sustentável Região da Grande Dourados, MS

PROJETO TÉCNICO SAF/ATER 120/2010. PROJETO ATER - DESENVOLVIMENTO Rural Inclusivo e Sustentável Região da Grande Dourados, MS PROJETO TÉCNICO SAF/ATER 120/2010 PROJETO ATER - DESENVOLVIMENTO Rural Inclusivo e Sustentável Região da Grande Dourados, MS Propósito da Coopaer Identificar problemas oriundos da Cadeia produtiva leite;

Leia mais

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO ESTADO DA BAHIA. Banco Mundial

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO ESTADO DA BAHIA. Banco Mundial PROJETO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO ESTADO DA BAHIA POR QUE O PROJETO Decisão Estratégica do Governo do Estado da Bahia Necessidade de avançar na erradicação da pobreza rural Existência de

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

PAA Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar

PAA Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO SECRETARIA DA AGRICULTURA FAMILIAR COORDENAÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO PAA Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar Modalidades do PAA MODALIDADES PROGRAMA

Leia mais

1. Apresentação. 2. Pontos Fixos de Comercialização Solidária

1. Apresentação. 2. Pontos Fixos de Comercialização Solidária Edital de Seleção de Pontos Fixos de Comercialização Solidária Candidatos para Participar da Rede Brasileira de Comercialização Solidária - Rede Comsol (Edital - Ubee/Ims N. 01/2014) 1. Apresentação A

Leia mais

CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO, FUNCIONAMIENTO E RESULTADOS DA REAF

CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO, FUNCIONAMIENTO E RESULTADOS DA REAF CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO, FUNCIONAMIENTO E RESULTADOS DA REAF CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO DA REAF A REAF é um órgão assessor especializado do Grupo Mercado Comum (GMC), principal órgão executivo do MERCOSUL e do Conselho

Leia mais

CAMPO FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR E O DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL EM BASES TERRITORIAIS E AGROECOLÓGICAS

CAMPO FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR E O DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL EM BASES TERRITORIAIS E AGROECOLÓGICAS PRONATEC CAMPO FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR E O DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL EM BASES TERRITORIAIS E AGROECOLÓGICAS PRONATEC CAMPO O PRONATEC O Programa Nacional

Leia mais

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural PROJETO FIP-ABC. Produção sustentável em áreas já convertidas para o uso agropecuário (com base no Plano ABC)

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural PROJETO FIP-ABC. Produção sustentável em áreas já convertidas para o uso agropecuário (com base no Plano ABC) Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Serviço Nacional de Aprendizagem Rural PROJETO FIP-ABC Produção sustentável em áreas já convertidas para o uso agropecuário (com base no Plano ABC) Descrição do contexto

Leia mais

Programa de Aquisição de Alimentos - Conab

Programa de Aquisição de Alimentos - Conab Programa de Aquisição de Alimentos - Conab Exercício 2004 Sumário Executivo O presente documento procura sintetizar as ações desenvolvidas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) através do Programa

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015 Disciplina a profissão de Agroecólogo. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º É requisito mínimo para o exercício da função profissional de Agroecólogo a comprovação

Leia mais

Atlas Digital de MINAS GERAIS 1 de 18

Atlas Digital de MINAS GERAIS 1 de 18 Atlas Digital de MINAS GERAIS 1 de 18 Características Agropecuárias A sociedade brasileira viveu no século XX uma transformação socioeconômica e cultural passando de uma sociedade agrária para uma sociedade

Leia mais

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO ABRIL / 2005 Apresentação SMPDSE SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E A Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento

Leia mais

Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES

Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES O Ateliê de Idéias é uma organização social, sem fins lucrativos, fundada em 2003, que tem como missão desenvolver

Leia mais

Shopping Iguatemi Campinas Reciclagem

Shopping Iguatemi Campinas Reciclagem Shopping Iguatemi Campinas Reciclagem 1) COMO FUNCIONA? O PROBLEMA OU SITUAÇÃO ANTERIOR Anteriormente, todos os resíduos recicláveis ou não (com exceção do papelão), ou seja, papel, plásticos, vidros,

Leia mais

SELO DA AGRICULTURA FAMILIAR

SELO DA AGRICULTURA FAMILIAR SELO DA AGRICULTURA FAMILIAR SAIBA COMO ACESSAR A Agricultura Familiar é a grande responsável pela produção da maioria dos alimentos consumidos por nós, brasileiros, todos os dias. São inúmeros produtos

Leia mais

Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau

Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau Fundação Getulio Vargas, Abril de 2011 REGIÃO PODE TER LEGADO COMPATÍVEL COM DESENVOLVIMENTO INOVADOR E SUSTENTÁVEL Deixar um legado

Leia mais

PROGRAMA BOM NEGÓCIO PARANÁ- APOIO AO EMPREENDEDORISMO AVALIAÇÃO DO NÚCLEO MARINGÁ

PROGRAMA BOM NEGÓCIO PARANÁ- APOIO AO EMPREENDEDORISMO AVALIAÇÃO DO NÚCLEO MARINGÁ PROGRAMA BOM NEGÓCIO PARANÁ- APOIO AO EMPREENDEDORISMO AVALIAÇÃO DO NÚCLEO MARINGÁ AREA TEMÁTICA: TRABALHO LAIS SILVA SANTOS 1 CARLOS VINICIUS RODRIGUES 2 MARCELO FARID PEREIRA 3 NEUZA CORTE DE OLIVEIRA

Leia mais

1 (0,5) Dos 3% de água doce que estão na superfície terrestre, onde estão concentradas as grandes parcelas dessas águas? R:

1 (0,5) Dos 3% de água doce que estão na superfície terrestre, onde estão concentradas as grandes parcelas dessas águas? R: Data: / /2014 Bimestre: 3 Nome: 6 ANO Nº Disciplina: Geografia Professor: Geraldo Valor da Atividade: 2,0 (Dois) Nota: GRUPO 6 1 (0,5) Dos 3% de água doce que estão na superfície terrestre, onde estão

Leia mais

Rede de Produção de Plantas Medicinais, Aromáticas e Fitoterápicos

Rede de Produção de Plantas Medicinais, Aromáticas e Fitoterápicos Rede de Produção de Plantas Medicinais, Aromáticas e Fitoterápicos Atores envolvidos Movimentos Sociais Agricultura Familiar Governos Universidades Comunidade Científica em Geral Parceiros Internacionais,

Leia mais

Indústria avícola paranaense

Indústria avícola paranaense Indústria avícola paranaense Evoluçã o do consumo de fãrelo de sojã e milho pãrã criãçã o de frãngos no Pãrãnã Ana Luiza Lodi analuiza.lodi@intlfcstone.com Thadeu Silva thadeu.silva@intlfcstone.com Natália

Leia mais

SÍNTESE BARRA DO GARÇAS RP IV

SÍNTESE BARRA DO GARÇAS RP IV SÍNTESE BARRA DO GARÇAS RP IV Realizar projetos para destinação de resíduos sólidos * Meio Ambiente Desenvolver programas de educação ambiental Apresentar pequenos e médios projetos de recuperação (seqüestro

Leia mais

PROPOSTAS DO III SEMINARIO SUL BRASILEIRO DE AGRICULTURA SUSTENTÁVEL GRUPO DE TRABALHO PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA O TURISMO RURAL

PROPOSTAS DO III SEMINARIO SUL BRASILEIRO DE AGRICULTURA SUSTENTÁVEL GRUPO DE TRABALHO PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA O TURISMO RURAL O Seminário Sul Brasileiro vem sendo organizado desde 2005, como um evento paralelo a Suinofest, festa gastronômica de derivados da carne suína, por um grupo formado pela UERGS, ACI-E, EMATER e Secretaria

Leia mais

Organização dos Estados Ibero-americanos Para a Educação, a Ciência e a Cultura MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

Organização dos Estados Ibero-americanos Para a Educação, a Ciência e a Cultura MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO Organização dos Estados Ibero-americanos Para a Educação, a Ciência e a Cultura MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA

Leia mais

INSTITUIÇÃO EXECUTORA:

INSTITUIÇÃO EXECUTORA: FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA NO ESTADO DE MATO GROSSO 30 ANOS RELATÓRIO DO PROJETO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DO ALGODÃO PARA AGRICULTORES FAMILIARES DE MATO GROSSO Relatório

Leia mais

Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária

Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária Congresso Estadual da Agropecuária Umuarama-PR, 27 de agosto de 2015 Contexto Geral Retomada em 2003, por parte do Governo

Leia mais

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004 RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004 1. Palestras informativas O que é ser voluntário Objetivo: O voluntariado hoje, mais do que nunca, pressupõe responsabilidade e comprometimento e para que se alcancem os resultados

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA. Local de atuação: Brasília/DF com disponibilidade para viagens em todo o território nacional.

TERMO DE REFERÊNCIA. Local de atuação: Brasília/DF com disponibilidade para viagens em todo o território nacional. TERMO DE REFERÊNCIA Denominação: Consultor(a) especializado(a) para atuação na área de suporte técnico e avaliação das políticas de fortalecimento da agricultura familiar, com enfoque nos princípios da

Leia mais

NÚCLEOS DE EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL. PARCERIA MDA / CNPq. Brasília, 13 de maio de 2014

NÚCLEOS DE EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL. PARCERIA MDA / CNPq. Brasília, 13 de maio de 2014 NÚCLEOS DE EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL PARCERIA MDA / CNPq Brasília, 13 de maio de 2014 A política de desenvolvimento territorial Desde 2004 a SDT implementa a estratégia de desenvolvimento

Leia mais

Promover o desenvolvimento rural sustentável no Estado de São Paulo, ampliando as oportunidades de emprego e renda, a inclusão social, a preservação

Promover o desenvolvimento rural sustentável no Estado de São Paulo, ampliando as oportunidades de emprego e renda, a inclusão social, a preservação GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável MicrobaciasII OBJETIVO GERAL Promover o desenvolvimento

Leia mais

O Brasil Melhorou. 36 milhões. de brasileiros saíram da pobreza em 10 anos. 42 milhões. de brasileiros ascenderam de classe.

O Brasil Melhorou. 36 milhões. de brasileiros saíram da pobreza em 10 anos. 42 milhões. de brasileiros ascenderam de classe. O Brasil Melhorou 36 milhões de brasileiros saíram da pobreza em 10 anos 42 milhões de brasileiros ascenderam de classe Fonte: SAE/PR O Brasil Melhorou O salário mínimo teve um aumento real de 70% Em 2003,

Leia mais

INCLUSÃO PRODUTIVA. 3 - O governo estadual desenvolve ações, programas ou projetos de inclusão produtiva para a geração de trabalho e renda?

INCLUSÃO PRODUTIVA. 3 - O governo estadual desenvolve ações, programas ou projetos de inclusão produtiva para a geração de trabalho e renda? 1 - Existe algum tipo de estudo setorial e/ou diagnóstico socioeconômico do estado que tenha sido realizado no período entre 2010 e 2014? 1 Sim 1.1 - Ano do diagnóstico: Não (passe para 2 o quesito 3)

Leia mais

Departamento de Qualificação e Certificação e Produção Associada ao Turismo

Departamento de Qualificação e Certificação e Produção Associada ao Turismo Ministério do Turismo Ministério do Turismo Departamento de Qualificação e Certificação e Produção Associada ao Turismo Funções e Objetivos Coordenar as ações voltadas à qualificação profissional e à melhoria

Leia mais

BRASIL REGIONALIZAÇÕES. Mapa II

BRASIL REGIONALIZAÇÕES. Mapa II BRASIL REGIONALIZAÇÕES QUESTÃO 01 - Baseado na regionalização brasileira, apresentados pelos dois mapas a seguir, é INCORRETO afirmar que: Mapa I Mapa II A B D C a. ( ) O mapa II apresenta a divisão do

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO. O IFFarroupilha, em seus cursos, prioriza a formação de profissionais que:

PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO. O IFFarroupilha, em seus cursos, prioriza a formação de profissionais que: PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO O IFFarroupilha, em seus cursos, prioriza a formação de profissionais que: Tenham competência técnica e tecnológica em sua área de atuação; Sejam capazes de se inserir no

Leia mais

Harmonização entre Demanda e Oferta de Cursos Técnicos de Nível médio Orientações às CREs

Harmonização entre Demanda e Oferta de Cursos Técnicos de Nível médio Orientações às CREs Departamento Pedagógico Coordenação de Gestão do Ensino Médio e da Educação Profissional CGEMEP Núcleo de Política e Ações Pedagógicas da Educação Profissional - NEP Harmonização entre Demanda e Oferta

Leia mais

Nome: Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará -EMATERCE

Nome: Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará -EMATERCE MODELO DE INSCRIÇÃO DADOS DA INSTITUIÇÃO Nome: Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará -EMATERCE Endereço: Avenida Bezerra de Menezes, 1900 Executora de Chamada pública de Ater ( x ) Sim

Leia mais

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA PRODUÇÃO DE BOVINOS LEITEIROS DA AGRICULTURA FAMILIAR RURAL DO PARANÁ

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA PRODUÇÃO DE BOVINOS LEITEIROS DA AGRICULTURA FAMILIAR RURAL DO PARANÁ DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA PRODUÇÃO DE BOVINOS LEITEIROS DA AGRICULTURA FAMILIAR RURAL DO PARANÁ Área Temática: Tecnologia e Produção Júlio Cesar Damasceno (Coordenador da ação de Extensão) Júlio Cesar

Leia mais

PAUTA UNITÁRIA DOS MOVIMENTOS SINDICAIS E SOCIAIS DO CAMPO

PAUTA UNITÁRIA DOS MOVIMENTOS SINDICAIS E SOCIAIS DO CAMPO PAUTA UNITÁRIA DOS MOVIMENTOS SINDICAIS E SOCIAIS DO CAMPO São Paulo, 12 de março de 2015. No consenso de nossas concepções, dos movimentos sociais do campo e das florestas, inclusive pactuadas no Encontro

Leia mais

projetos com alto grau de geração de emprego e renda projetos voltados para a preservação e a recuperação do meio ambiente

projetos com alto grau de geração de emprego e renda projetos voltados para a preservação e a recuperação do meio ambiente O QUE É O FCO? O Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) foi criado pela Lei n.º 7.827, de 27.09.1989, que regulamentou o art. 159, inciso I, alínea c, da Constituição Federal, com

Leia mais

CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL COM BASE NOS PARÂMETROS CURRICULARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO

CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL COM BASE NOS PARÂMETROS CURRICULARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL COM BASE NOS PARÂMETROS CURRICULARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO GOVERNADOR DE PERNAMBUCO João Lyra Neto SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO E ESPORTES Ricardo Dantas SECRETÁRIA EXECUTIVA

Leia mais

Boletim Goiano de Geografia E-ISSN: 1984-8501 boletimgoianogeo@yahoo.com.br Universidade Federal de Goiás Brasil

Boletim Goiano de Geografia E-ISSN: 1984-8501 boletimgoianogeo@yahoo.com.br Universidade Federal de Goiás Brasil Boletim Goiano de Geografia E-ISSN: 1984-8501 boletimgoianogeo@yahoo.com.br Universidade Federal de Goiás Brasil Figueiredo Lima, Adriana; Gomes Godinho, Rangel Rastreamento da Cadeia Hortifrutigranjeira

Leia mais

OS DEZ ANOS DO PLANO SAFRA DA AGRICULTURA FAMILIAR: UM CONVITE À REFLEXÃO

OS DEZ ANOS DO PLANO SAFRA DA AGRICULTURA FAMILIAR: UM CONVITE À REFLEXÃO Observatório de Políticas Públicas para a Agricultura nº42 - julho 2012 OS DEZ ANOS DO PLANO SAFRA DA AGRICULTURA FAMILIAR: UM CONVITE À REFLEXÃO Valdemar J. Wesz Junior* Catia Grisa** Na primeira semana

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras 2012 2 Sumário Apresentação... 3 A Pesquisa Perfil dos Empreendedores Sul Mineiros Sexo. 4 Estado Civil.. 5 Faixa Etária.. 6 Perfil

Leia mais

PLANO SAFRA DA AGRICULTURA FAMILIAR 2010/2011

PLANO SAFRA DA AGRICULTURA FAMILIAR 2010/2011 PLANO SAFRA DA AGRICULTURA FAMILIAR 2010/2011 Mais crédito, mais segurança e juros menores. Do Plano Safra 2002/2003 ao Plano Safra 2010/2011, o volume de recursos oferecidos por meio do Pronaf para custeio

Leia mais

A visão de longo prazo contempla: Produção Exportações líquidas Estoques. Área plantada Produtividade Consumo doméstico (total e per capita)

A visão de longo prazo contempla: Produção Exportações líquidas Estoques. Área plantada Produtividade Consumo doméstico (total e per capita) Fornecer aos agentes envolvidos no agronegócio, notadamente as indústrias de insumos agropecuários e de alimentos, além dos produtores, Governo e academia, informações estratégicas sobre a dinâmica futura

Leia mais

MINISTÉRIO DAS CIDADES Secretaria Nacional de Habitação. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Representação de Apoio ao Desenvolvimento Urbano

MINISTÉRIO DAS CIDADES Secretaria Nacional de Habitação. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Representação de Apoio ao Desenvolvimento Urbano MINISTÉRIO DAS CIDADES Secretaria Nacional de Habitação CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Representação de Apoio ao Desenvolvimento Urbano SNHIS / FNHIS - Lei nº 11.124/05 REQUISITOS PARA ADESÃO DOS MUNICÍPIOS AO

Leia mais

AÇÕES AGROECOLÓGICAS E DESENVOLVIMENTO RURAL: PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NO ASSENTAMENTO PRIMEIRO DO SUL CAMPO DO MEIO, MG. Área Temática: Meio Ambiente

AÇÕES AGROECOLÓGICAS E DESENVOLVIMENTO RURAL: PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NO ASSENTAMENTO PRIMEIRO DO SUL CAMPO DO MEIO, MG. Área Temática: Meio Ambiente AÇÕES AGROECOLÓGICAS E DESENVOLVIMENTO RURAL: PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NO ASSENTAMENTO PRIMEIRO DO SUL CAMPO DO MEIO, MG Área Temática: Meio Ambiente Responsável pelo trabalho: Artur Leonardo Andrade Universidade

Leia mais

Colégio Senhora de Fátima

Colégio Senhora de Fátima Colégio Senhora de Fátima A formação do território brasileiro 7 ano Professora: Jenifer Geografia A formação do território brasileiro As imagens a seguir tem como principal objetivo levar a refletir sobre

Leia mais