ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E FILANTRÓPICAS
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- Juan Azeredo Campos
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1 ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E FILANTRÓPICAS Prof. DR. SERGIO ROBERTO MONELLO
2 Contexto histórico e conceitos
3 Direito de Associação CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 05/10/1988 Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
4 ENTIDADES BENEFICENTES I FILANTRÓPICAS; II ASSISTÊNCIAIS; III RELIGIOSAS. Trabalham para que as pessoas sejam reconhecidas em sua dignidade e conquistem os mínimos sociais: Educação; Saúde; Trabalho; Lazer; Segurança; Previdência Social; Proteção à Maternidade, à Infância e Assistência aos Desamparados
5 ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA Organização Religiosa pode exteriorizar: prática da vivência de uma fé; Missionariedade; Culto; religiosidade; formação de seus membros e fiéis; instrução religiosa ; prática da Beneficência e vivência de um carisma com prática das virtude da fé, da esperança e da caridade.
6 BASE HISTÓRICA E LEGISLATIVA DECRETO Nº 119-A, DE 7 DE JANEIRO DE Revogado pelo Decreto nº 11, de 1991 Vigência restabelecida pelo Decreto nº de 2002 Prohibe a intervenção da autoridade federal e dos Estados federados em materia religiosa, consagra a plena liberdade de cultos, extingue o padroado e estabelece outras providencias.
7 DECRETO Nº 119-A DE 7/01/1890 Art. 2º. A todas as confissões religiosas pertence por igual a faculdade de exercerem o seu culto, regerem-se segundo a sua fé e não serem contrariadas nos actos particulares ou publicos, que interessem o exercicio deste decreto.
8 DECRETO Nº 119-A DE 7/01/1890 Art. 3º - A liberdade aqui instituida abrange não só os individuos nos actos individuaes, sinão tabem as igrejas, associações e institutos em que se acharem agremiados; cabendo a todos o pleno direito de se constituirem e viverem collectivamente, segundo o seu credo e a sua disciplina, sem intervenção do poder publico.
9 Associações: união de pessoas para fim específico, sem exigência de estrutura patrimonial e com foco na FINALIDADE INSTITUCIONAL (SERVIÇOS INSTITUCIONALIZADOS PARA ASSOCIADOS OU TERCEIROS); Fundações: dotação personalidade jurídica sobre bens livres, com finalidade religiosa, moral, cultural ou de assistência e estatuto aprovado previamente pelo Ministério Público; Organizações Religiosas: ORGANIZAÇÃO DE PESSOAS COM FINS RELIGIOSOS. mister religioso
10 CÓDIGO CIVIL Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: IV. As organizações religiosas COMUNHÃO DE PESSOAS DE CONFISSÃO RELIGIOSA E DE MODO ORGANIZADO, AUTONOMO E INDEPENDENTE, PARA A PRÁTICA DO CULTO,DO CREDO, DA FÉ, BEM COMO A FORMAÇÃO DE SEUS MEMBROS, PERMITINDO A VIDA COMUNITÁRIA E TAMBÉM REGIDA POR SUAS NORMAS E O DIREITO PRÓPRIO DE MODO A ATENDER DETERMINADA MISSÃO
11 CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO Organização é uma palavra originada do Grego "organon" que significa instrumento, utensílio, órgão ou aquilo com que se trabalha. De um modo geral, organização é a forma como se dispõe um sistema para atingir os resultados pretendidos união de pessoas, ideias, ideologias, e recursos para atingir objetivos a organização é um sistema planejado de esforço cooperativo no qual cada participante tem um papel definido a desempenhar e deveres e tarefas a executar
12 CÓDIGO CIVIL Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: IV. As organizações religiosas. 1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
13 CÓDIGO CIVIL 1º São livres: a criação: eficácia ao dispositivo Constitucional. reunir e criar e sem embaraço ou interferência. a organização: ordenação. Auto-regulamentação jurídica. Liberdade estabelecer a própria forma. Liberdade para planejar e eleger o modelo de organizar, gerir e atuar. Trazer o Direito Próprio,suas normas e regras. a estruturação interna: Cargos, Funções, Responsabilidades.liberdade de estabelecer as pessoas e responsabilidades. Seus procedimentos e ações. Funcionamento(AÇÃO): liberdade de exercício das atividades(fim e meio) e do modo de agir(conduzir) Neste parágrafo fica dispensado a Organização Religiosa de seguir as formas estabelecidas pelo Código Civil às Associações e Fundações, em especial, quanto aos cargos diretivos, conselhos, aprovação de contas e Assembleia
14 DECRETO Nº 119-A DE 7/01/1890 Art. 5º A todas as igrejas e confissões religiosas se reconhece a personalidade jurídica, para adquirirem bens e os administrarem, sob os limites postos pelas leis concernentes á propriedade de mãomorta, mantendo-se a cada uma o dominio de seus haveres actuaes, bem como dos seus edificios de culto.
15 CÓDIGO CIVIL Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações; IV - as organizações religiosas; V - os partidos políticos.
16 ACORDO SANTA SÉ E A REPÚBLICA DO BRASIL DECRETO FEDERAL Nº 7.107, DE 11 DE FEVEREIRO DE 2010, PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 12 DE FEVEREIRO DE 2010.
17 ACORDO SANTA SÉ E A REPÚBLICA DO BRASIL Art. 1 o O Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, firmado na Cidade do Vaticano, em 13 de novembro de 2008, apenso por cópia ao presente Decreto, será executado e cumprido tão inteiramente como nele se contém. 17
18 ACORDO SANTA SÉ E A REPÚBLICA DO BRASIL ART. 6º. 1º. A República Federativa do Brasil, em atenção ao princípio da cooperação, reconhece que a finalidade própria dos bens eclesiásticos mencionados no caput deste artigo deve ser salvaguardada pelo ordenamento jurídico brasileiro, sem prejuízo de outras finalidades que possam surgir da sua natureza cultural.
19 ACORDO SANTA SÉ E A REPÚBLICA DO BRASIL ARTIGO 15. As pessoas jurídicas eclesiásticas, assim como ao patrimônio, renda e serviços relacionados com as suas finalidades essenciais, é reconhecida a garantia de imunidade tributária referente aos impostos, em conformidade com a Constituição Brasileira.
20 ACORDO SANTA SÉ E A REPÚBLICA DO BRASIL ART º. Para fins tributários, as pessoas jurídicas da Igreja Católica que exerçam atividade social e educacional sem finalidade lucrativa receberão o mesmo tratamento e benefícios outorgados às entidades filantrópica reconhecidas pelo ordenamento jurídico brasileiro, inclusive, em termos de requisitos e obrigações exigidos para fins de imunidade e isenção.
21 ACORDO SANTA SÉ E A REPÚBLICA DO BRASIL Art. 1 o O Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, firmado na Cidade do Vaticano, em 13 de novembro de 2008, apenso por cópia ao presente Decreto, será executado e cumprido tão inteiramente como nele se contém.
22 ACORDO SANTA SÉ E A REPÚBLICA DO BRASIL Art. 2 o São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Acordo, assim como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. Art. 3 o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 11 de fevereiro de 2010; 189º da Independência e 122º da República.
23 DAS ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E ENTIDADES BENEFICENTES Direito Próprio Estatuto Organizacional Estatuto Associativo Estatuto Fundacional Atas
24 ORGANIZAÇÃO JURÍDICA DAS ENTIDADES RELIGIOSAS Direito Próprio ou Direito Religioso: Direito Canônico; Regras; Constituições; Estatutos Religiosos; Regimentos Religiosos; Outros
25 E S T A T U T O Conjunto de regras que norteiam a vida e o funcionamento de uma associação, de uma fundação, de uma sociedade, de uma organização religiosa e de um partido político. em sentido amplo, entende-se a lei ou regulamento, que se fixam os princípios institucionais ou orgânicos de uma coletividade ou corporação, pública ou particular (Plácido e Silva).
26 E S T A T U T O Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: I - a denominação, os fins e a sede da associação; II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; III - os direitos e deveres dos associados; IV - as fontes de recursos para sua manutenção; V - o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos; VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
27 CONCLUSÕES SOBRE A ELABORAÇÃO DE ESTATUTO DE ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS 1)-Sem que haja desrespeito as normas civis, o Estatuto deve na medida do possível adequar-se às normas Canônicas e Religiosas. 2)- Cada Instituição deve elaborar o seu Estatuto de acordo com a sua natureza, seu caráter, sua fisionomia, seus objetivos e ainda, de acordo com o carisma que a tonifica, que a impulsa a promover a coletividade. Cada entidade é um ser que possui suas próprias características, peculiaridades e suas próprias dificuldades.
28 UTILIDADE PÚBLICA FEDERAL ESTADUAL OU DO DISTRITO FEDERAL MUNICIPAL
29 UTILIDADE PÚBLICA FEDERAL ENTIDADE EXERCE FUNÇÃO QUE CABE AO PODER PÚBLICO DESINTERESSADAMENTE SEM FINS LUCRATIVOS SEM REMUNERAÇÃO DE SUA DIRETORIA IDONEIDADE PODE SER CASSADA
30 Legislação da Utilidade Pública Federal Lei nº 91 de 28 de agosto de Título de Utilidade Pública Federal Decreto nº , de 2 de maio de Regulamenta a Lei n 91, de 28 de agosto de 1935; Decreto nº , de 4 de julho de Altera o Decreto n , de 28 de maio de 1961, que regulamenta a Lei nº 91, de 28 de agosto de 1935; Lei nº 6.639, de 8 de maio de 1979 Altera a Lei nº 91, de 28 de agosto de 1935;
31 ENTIDADES FILANTRÓPICAS Organização Religiosa Utilidade Pública C E B A S
32 Lei n 3.577, de 04 de julho de 1959 Art. 1 - Ficam isentas da taxa de contribuição de previdência aos Institutos e Caixas de Aposentadorias e Pensões as entidades de fins filantrópicos, reconhecidas de fins filantrópicos, reconhecidas como de utilidade pública, cujos membros de sua diretoria não percebam remuneração.
33 Decreto-Lei n 1.572, de 1 de setembro de 1977, revogou a Lei n 3.577/1959, Art. 1 - Fica revogada a Lei n 3.577, de 4 de julho de 1959, que isenta da contribuição devida aos Institutos de Caixa e Aposentadorias e Pensões, unificados no Instituto Nacional da Previdência Social INPS, as entidades de fins filantrópicos reconhecidas de utilidade pública cujos diretores não percebam remuneração
34 Decreto-Lei n 1.572, de 1 de setembro de 1977, revogou a Lei n 3.577/1959, 1 - A revogação a que se refere este artigo não prejudicará a instituição que tenha sido reconhecida como de utilidade pública pelo Governo Federal até a data da publicação deste Decreto-Lei, seja portadora de Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos com validade por prazo indeterminado e esteja isenta daquela contribuição (grifo nosso).
35 Decreto-Lei n 1.572, de 1 de setembro de 1977, revogou a Lei n 3.577/1959, 2 - A Instituição portadora do Certificado Provisório de Entidade de Fins Filantrópicos que esteja no gozo da isenção referida no caput deste artigo e tenha requerido ou venha a requerer, dentro de 90 (noventa) dias a contar do início da vigência deste Decreto-Lei, o seu reconhecimento como de utilidade pública federal, continuará gozando da aludida isenção até que o Poder Executivo delibere sobre aquele requerimento.
36 Art. 55 da Lei nº 8.212/91 Art. 55. Fica isenta das contribuições de que tratam os artigos 22 e 23 desta lei a entidade beneficente de assistência social, que atenda aos seguintes requisitos cumulativamente: 1º Ressalvados os direitos adquiridos, a isenção de que trata este artigo será requerida ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, que terá o prazo de 30 (trinta) dias para despachar o pedido. REVOGADO
37 AS ENTIDADES BENEFICENTES REGRA GERAL LEI Nº , DE 27 DE NOVEMBRO DE Dispõe sobre a certificação das entidades beneficentes de assistência social; regula os procedimentos de isenção de contribuições para a seguridade social;... Art. 1o A certificação das entidades beneficentes de assistência social e a isenção de contribuições para a seguridade social serão concedidas às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência social, saúde ou educação, e que atendam ao disposto nesta Lei. Art. 2o As entidades de que trata o art. 1o deverão obedecer ao princípio da universalidade do atendimento, sendo vedado dirigir suas atividades exclusivamente a seus associados ou a categoria profissional.
38 AS ENTIDADES BENEFICENTES REGRA GERAL Principais Características BENEFÍCIOS TRIBUTÁRIOS RELEVANTES CERTIFICAÇÃO PELO MINISTÉRIO CONCESSÃO DE SERVIÇOS GRATUITOS PARA DETERMINADO PÚBLICO PRESTAÇAO DE CONTAS PERÍODICAS SUPERVISAO PERMANENTE ÓRGÃOS DE CONTROLE EXTERNO ATIVIDADES REGULAMENTADAS REGRAS JURIDICAS E CONTÁBEIS ESPECÍFICAS PUBLICIDADE DAS INFORMAÇÕES
39 PRINCIPAIS REQUISITOS DE ISENÇÃO Art. 29. I não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores, remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos constitutivos; II aplique suas rendas, seus recursos e eventual superávit integralmente no território nacional, na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais; 39
40 Art. 29. III apresente certidão negativa ou certidão positiva com efeito de negativa de débitos relativos aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e certificado de regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS; (acompanhar mensalmente) IV mantenha escrituração contábil regular que registre as receitas e despesas, bem como a aplicação em gratuidade de forma segregada, em consonância com as normas emanadas do Conselho Federal de Contabilidade; (acompanhamento permanente) 40
41 OUTRAS QUALIFICAÇÕES Inscrição em Conselhos Municipais Outros Órgãos Públicos Vínculos com gestores das políticas de Educação, assistência social e saúde
42 Aspectos Jurídicos, Administrativos e Patrimoniais das Organizações Religiosas
43 ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E ENTIDADES FILANTRÓPICAS DIREITO CANÔNICO
44 ADMINISTRAÇÃO DOS BENS DA IGREJA OU DA ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA Cânone Todos os que participam por título legítimo, clérigos ou leigos, na administração dos bens eclesiásticos, devem cumprir seus encargos em nome da Igreja, de acordo com o direito.
45 JURAMENTO DOS ADMINISTRADORES Cânone Antes que os administradores iniciem o desempenho de seu encargo: 1. devem prometer, com juramento diante do Ordinário ou de seu delegado, que administrarão exata e fielmente; 2. deve-se redigir um inventário exato e particularizado, assinado por eles, das coisas imóveis, móveis preciosos ou de certo valor cultural, e das outras, com respectiva descrição e avaliação; o inventário já redigido seja revisto.
46 DOS COMPROMISSOS DOS ADMINISTRADORES Cânone Todos os administradores são obrigados a cumprir seu encargo com diligência de um bom pai de família..2. Devem, portanto: 1. velar para que os bens confiados a seu cuidado não venham, de algum modo, a perecer ou sofrer dano, fazendo para esse fim contratos de seguro, quando necessário; 2. cuidar que a propriedade dos bens eclesiásticos seja garantida de modo civilmente válido;
47 DOS COMPROMISSOS DOS ADMINISTRADORES 3. observar as prescrições do direito canônico e do direito civil, ou impostas pelo fundador, doador ou pela legítima autoridade, e principalmente cuidar que a Igreja não sofra danos pela inobservância das leis civis; 4. exigir cuidadosamente e no tempo devido os réditos e proventos dos bens, conservá-los com segurança e empregá-los segundo a intenção do fundador ou segundo as normas legítimas; 5. pagar, nos prazos estabelecidos, juros devidos por empréstimos ou hipotecas, e providenciar oportunamente a restituição do capital;
48 DOS COMPROMISSOS DOS ADMINISTRADORES 6. aplicar para os fins da pessoa jurídica, com o consentimento do Ordinário, o dinheiro remanescente das despesas que possa ser investido vantajosamente; 7. ter em boa ordem os livros de entrada e saídas; 8. preparar, no final de cada ano, a prestação de contas da administração;
49 DOS COMPROMISSOS DOS ADMINISTRADORES 9. organizar devidamente e arquivar conveniente e adequadamente os documentos e instrumentos em que se fundam os direitos da Igreja ou do instituto, no que se refere aos bens; guardar cópias autênticas no arquivo da cúria, onde seja possível fazêlo comodamente..3. Recomenda-se insistentemente aos administradores que preparem cada ano a previsão orçamentária das entradas e saídas; o direito particular pode prescrevê-la e determinar mais exatamente o modo como deve ser apresentada.
50 DA GESTÃO DOS ADMINISTRADORES Cânone Os administradores de bens: 1. observem exatamente, nas relações de trabalho, as leis civis relativas ao trabalho e à vida social, de acordo com os princípios ensinados pela Igreja; 3. deem a justa e honesta retribuição, aos que prestam trabalho por contrato, de modo que lhes seja possível prover às necessidades próprias e de seus familiares.
51 DOS ATOS DOS ADMINISTRADORES (Código Civil) Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo.
52 CF/88 art. 150 Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: b) templos de qualquer culto; c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
53 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o patrimônio, a renda ou serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas
54 Ordenamento jurídico em Matéria Tributária Principais: CF art. 5º CF art. 145, 1º (capacidade econômica) CF art. 146, II (lei complementar) CF art. 150, IV, VI, c, 4º (imunidades) CF art. 195, 7º (seguridade social-imunidade?) CTN art. 3º (conceito de tributo) CTN art. 9º, a,b,c (imunidades) CTN art. 14, I, II, III, 1º, 2º (requisitos) CTN art. 16 (conceito de imposto) CTN art. 175, I (conceito de isenção)
55 Assunto: Obrigações Acessórias Associação. Atividades de Organização Religiosa Entidade Imune. Entidade Isenta. Escrituração SOLUÇÃO DE CONSULTA nº 144 Cosit DATA 02 DE JUNHO DE 2014 RECEITA FEDERAL Coordenação-Geral de Tributação
56 CTN Código Tributário Nacional ART.14 - O disposto na alínea "c" do inciso IV do art.9 é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: I - não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou participação no seu resultado; II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no 1º do art.9, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício. 2º Os serviços a que se refere a alínea "c" do inciso IV do art.9 são exclusivamente os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previsto nos respectivos estatutos ou atos constitutivos.
57 FORMAS DE MODIFICAÇÃO DA ESTRUTURA JURÍDICA CISÃO/DESMEMBRAM ENTO PARCIAL INCORPORAÇÃO CÓDIGO CIVIL LEI FEDERAL N /76 LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA FUSÃO TRANSFORMAÇÃO
58 INCORPORAÇÃO A B C INCORPORADORA EXTINGUEM-SE
59 DESMEMBRAMENTO/CISÃO A PARCIAL aa
60 FUSÃO A UNIÃO B Extinguem-se C NOVA ENTIDADE
61 TRANSFORMAÇÃO DE ENTIDADE BENEFICENTE EM ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA ENTIDADE BENEFICENTE Organização Religiosa
62 ASPECTOS GERAIS Na Entidade Religiosa os bens estão a serviço da IGREJA, para uso em sua missão, para a construção do REINO DE DEUS. Os bens, portanto, estão a serviço do REINO e são de propriedade da IGREJA. Em vista da pobreza evangélica, em vista das exigências canônicas e religiosas, os bens devem ser bem administrados.
63 ASPECTOS GERAIS Para uma boa administração é necessário organização. E para ser pobre no verdadeiro sentido evangélico, a ENTIDADE RELIGIOSA deve ser muito bem administrada e organizada, vivendo sob orçamentos e sob efetivo controle patrimonial e no cumprimento de todas as normas legais e fiscais.
64 Aspectos Organizacionais
65 Estatuto Social Religioso Filantrópico Beneficente Outros...
66 ASPECTOS GERAIS No ESTATUTO da ENTIDADE RELIGIOSA deverá ser absorvido os pontos principais do DIREITO RELIGIOSO. Deverá se reconhecer à validade do DIREITO CANÔNICO e do DIREITO RELIGIOSO, bem como, no caso de Institutos de Vida Consagrada, das normas peculiares à VIDA RELIGIOSA CONSAGRADA.
67 Do Direito Canônico: Cân Todas as associações de fiéis, públicas ou particulares, com qualquer título ou nome que sejam chamadas, devem ter seus estatutos, nos quais se determinem a finalidade ou objetivo social da associação, sua sede, regime e condições exigidas para delas se fazer parte, e nos quais se estabeleça seu modo de agir, levando-se em conta também a necessidade ou utilidade do tempo e lugar.
68 Do Direito Canônico: Cân Escolham para si um título ou nome adequado aos usos do tempo e do lugar, tirado principalmente da própria finalidade a que se destinam.
69 Regimentos Regulamentos
70 Registro de Membros e de Associados Fichas Livros Listagens
71 Registro de Voluntários Fichas Livros Listagens
72 Atas Reuniões de Diretoria Mensais Outros Períodos Assembléias Gerais Ordinárias Extraordinárias
73 Atas Conselho Consultivo Reuniões Competência Conselho para assuntos econômicos e Fiscais Reuniões Competência
74 Contratos Religiosos Pastorais Assessoria Serviços Outros
75
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