PHA 3337 Gerenciamento de Recursos Hídricos e Planejamento Integrado em áreas urbanas.
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- Esther Guterres Vasques
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1 PHA 3337 Gerenciamento de Recursos Hídricos e Planejamento Integrado em áreas urbanas. Exemplo da Bacia do Alto Tietê, Sistemas de Gerenciamento de Recursos Hídricos (princípios, instrumentos e estrutura institucional). Os Grandes Desafios. Aula 1 Prof. Joaquin Bonnecarrere Gestão das Águas nas Áreas Urbanas Os Desafios Institucionais: Gestão do Território, Gestão dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente e a Questão Social: Ações exigem forte cooperação entre organizações públicas e dessas com a sociedade civil e com agentes privados. Nas regiões metropolitanas, em geral, inexistem ou não são substantivas instituições de planejamento e coordenação geral de ação de governos. Não há disponibilidade de fontes nacionais de financiamento para programas e projetos, o que é decorrente da falta de uma política mais definida do Governo Federal. 1
2 ... água é vista pelas culturas antigas como uma substância que provê vida física e espiritual Figura Fonte: Campanha da Fraternidade 2004 Fraternidade e água Doenças relacionadas com o abastecimento de água 2
3 a água é o recurso natural mais versátil e mais largamente utilizado pelo homem Fonte: Planeta Sustentável...daí a gestão da água...a gestão da água é a ESTRATÉGIA a ser adotada para garantir os usos de forma sustentável é a ESTRATÉGIA a ser adotada para preservar a bacia é a ESTRATÉGIA a ser adotada para o FUTURO......são os SISTEMAS DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS 3
4 Gestão da Água Água uso Recurso Hídrico Gestão Alocação Escassez dos Recursos Hídricos Com muita frequência, há a concentração de populações humanas, de indústrias, de atividades agrícolas e sócio - econômicas fazendo uso excessivo da capacidade hídrica das bacias hidrográficas e dos aquíferos subterrâneos... Sob essas condições, a água passa a ser escassa, o que leva à geração de conflitos entre seus diversos tipos de usos e usuários. 4
5 Isto leva à necessidade de fazer uma Gestão de Recursos Hídricos... Afinal, o que é Gestão de Recursos Hídricos? 5
6 É prover água: Gestão de Recursos Hídricos É prover água: na quantidade necessária com qualidade compatível com seus usos no local em que se faz necessária com distribuição temporal adequada aos usos com garantias compatíveis com seus usos em condições economicamente viáveis de forma sustentável Gestão de Recursos Hídricos A gestão da água tem por objetivo atingir uma alocação entre os diversos usos da água que seja aceitável por todos Só se consegue atingir esse objetivo com a implantação plena da gestão integrada, descentralizada e participativa 6
7 Gestão de Recursos Hídricos Um pouco de história... Princípios de Dublin, 1992, UNCED a água é um bem finito e vulnerável; a bacia hidrográfica integra suas funções a gestão deve ser descentralizada e participativa a água é um recurso natural dotado de valor econômico Gestão de Recursos Hídricos... a gestão é integrada USOS DA ÁGUA USO E OCUPAÇÃO DO SOLO MUNICÍPIOS NÍVEIS DE GOVERNO SOCIEDADE, USUÁRIOS E GOVERNO 7
8 Gestão de Recursos Hídricos... a gestão é descentralizada A DECISÃO É TOMADA PELOS COMITÊS DE BACIA Gestão de Recursos Hídricos... a gestão é participativa GOVERNO USUÁRIOS SOCIEDADE CIVIL 8
9 Gestão de Recursos Hídricos A GRANDE QUESTÃO COMO FAZER COM QUE O SISTEMA SEJA EFICIENTE? 1. fazer a integração funcionar 2. as decisões devem refletir a situação da bacia 3. implantar os instrumentos de gestão 9
10 10
11 EXEMPLOS DA BACIA DO ALTO TIETÊ uso do solo x proteção de mananciais uso do solo x controle de enchentes FRANCISCO MORATO FRANCO DA ROCHA MAIRIPORÃ PIRAPORA DO BOM JESUS CAJAMAR CAIEIRAS SANTANA DE PARNAÍBA GUARULHOS ITAQUAQUECETUBA BARUERI POÁ ITAPEVI JANDIRA FERRAZ DE VASCONCELOS SUZANO MOGI DAS CRUZES SALESÓPOLIS BIRITIBA-MIRIM DIADEMA SANTO ANDRÉ MAUÁ RIBEIRÃO PIRES SÃO BERNARDO DO CAMPO RIO GRANDE DA SERRA CONVENÇÕES Curso d'água, reservatório Limite da Bacia do Alto Tietê Divisa municipal Sede de Município km ESCALA GRÁFICA Projeção Universal Transversa de Mercator Mancha urbana na Bacia do Alto Tietê 11
12 PIRAPORA DO BOM JESUS SANTANA DE PARNAÍBA ITAPEVI ÁREA NATURAL TOMBADA RESERVA ESTADUAL DO MORRO GRANDE Datum: SAD-89; Origem da quilometragem UTM: "Equador e Meridiano 45 W. Gr. acrescidas as constantes km e 500 km respectivamente CAJAMAR EDGARD DE SOUZA BARUERI JANDIRA CAIEIRAS FRANCISCO MORATO FRANCO DA ROCHA TERRA INDÍGENA DO JARAGUÁ TERRA INDÍGENA BARRAGEM PAIVA CASTRO MAIRIPORÃ DIADEMA DO CABUÇU SÃO BERNARDO DO CAMPO TERRA INDÍGENA KRUKUTU GUARULHOS SANTO ANDRÉ BILLINGS MAUÁ DO RIO DAS PEDRAS DO RIO GRANDE FERRAZ DE VASCONCELOS APA MATA DO IGUATEMI (estadual) RIBEIRÃO PIRES DO RIO PEQUENO ITAQUAQUECETUBA RIO GRANDE DA SERRA POÁ SUZANO ESTAÇÃO ECOLÓGICA ITAPETI (estadual) MOGI DAS CRUZES BIRITIBA-MIRIM SALESÓPOLIS RIBEIRÃO DO CAMPO 15/08/ ' 7420 ÁREAS NATURAIS TOMBADAS SERRA DO JAPI, GUAXINDUVA E JAGUACOARA APA CAJAMAR (estadual) PARQUE ESTADUAL DO JUQUERY PARQUE ESTADUAL DA CANTAREIRA 7410 DE PIRAPORA ÁREA NATURAL TOMBADA SERRA DO BOTURUNA ' PARQUE ECOLÓGICO DO TIETÊ (estadual) ÁREA NATURAL TOMBADA PARQUE ESTADUAL DO JARAGUÁ PARQUE ESTADUAL PARQUE ESTADUAL DO JARAGUÁ ALBERTO LOEFGREN APA Várzea do 4 1 Rio Tietê (estadual) PARQUE ECOLÓGICO DO TIETÊ (estadual) APA DO CARMO (estadual) DO TAIAÇUPEBA APA VÁRZEA DO TIETÊ (estadual) PONTE NOVA ' 7370 RESERVA ESTADUAL DO MORRO GRANDE PEDRO BEICHT 6 PARQUE ESTADUAL DAS FONTES DO IPIRANGA PARQUE ECOLÓGICO GUARAPIRANGA GUARAPIRANGA BILLINGS (estadual) APA HARAS DE SÃO BERNARDO (estadual) 5 DO JUNDIAÍ UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 7360 PARQUE Estadual ESTAÇÃO ECOLÓGICA RESERVA Estadual PARQUE ECOLÓGICO PARQUE ECOLÓGICO / APA ASPE - Área sob Proteção Especial ÁREAS NATURAIS TOMBADAS 1 - JARDIM DA LUZ 2 - PARQUE DO IBIRAPUERA 3 - PARQUE DA ACLIMAÇÃO 4 - PARQUE DA ÁGUA BRANCA 5 - HARAS SÃO BERNARDO 7350 APA - Área de Proteção Ambiental TERRAS INDÍGENAS 6 - CHÁCARA TANGARÁ 7 - PARQUE SIQUEIRA CAMPOS (Trianon) 24 00' ÁREA DE PROTEÇÃO DE MANANCIAIS 7340 km 290 km 47 00' ' ' ' ' ' 430 W Greenwich km CONVENÇÕES ESCALA GRÁFICA Projeção Universal Transversa de Mercator Curso d'água, reservatório Sede de Município Divisa municipal Limite da Bacia do Alto Tietê Área Urbana Áreas de Proteção de Mananciais da Bacia do Alto Tietê 12
13 PIRAPORA DO BOM JESUS DE PIRAPORA PIRAPORA DO BOM JESUS DE PIRAPORA SANTANA DE PARNAÍBA ITAPEVI CAJAMAR CACHOEIRA DAS GRAÇAS JANDIRA PEDRO BEICHT EDGARD DE SOUZA Rio Cotia SANTANA DE PARNAÍBA ITAPEVI BARUERI CAJAMAR CACHOEIRA DA GRAÇA JANDIRA PEDRO BEICHT Rio Juqueri EDGARD DE SOUZA BARUERI FRANCISCO MORATO FRANCO DA ROCHA CAIEIRAS GUARAPIRANGA FRANCISCO MORATO FRANCO DA ROCHA CAIEIRAS GUARAPIRANGA PAIVA CASTRO BILLINGS MAIRIPORÃ Reservatório Engordador PAIVA CASTRO DIADEMA BILLINGS Rio Piquerí DO CABUÇU Córr. Providência MAIRIPORÃ DIADEMA GUARULHOS Rib. Tiquatira SANTO ANDRÉ BILLINGS Córr. Pari DO RIO DAS PEDRAS DO CABUÇU GUARULHOS Rib. das SANTO ANDRÉ BILLINGS DO RIO DAS PEDRAS Rio Verde Rio Itaquera MAUÁ RIBEIRÃO PIRES DO RIO GRANDE DO RIO PEQUENO MAUÁ DO RIO GRANDE ITAQUAQUECETUBA FERRAZ DE VASCONCELOS POÁ RIO GRANDE DA SERRA RIBEIRÃO PIRES DO RIO PEQUENO SUZANO ITAQUAQUECETUBA FERRAZ DE VASCONCELOS POÁ RIO GRANDE DA SERRA SUZANO DO TAIAÇUPEBA DO TAIAÇUPEBA MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES DO JUNDIAÍ DE JUNDIAÍ Rio Biritiba BIRITIBA-MIRIM BIRITIBA-MIRIM XXXX00000 PONTE NOVA SALESÓPOLIS PONTE NOVA SALESÓPOLIS RIBEIRÃO DO CAMPO RIBEIRÃO DO CAMPO 15/08/ ' ' 7 Córr. Paio Velho 7a Rib. dos Perus Córr. da Lua Rib. Verde 11 Rio Cabuçu de Baixo Rio Tietê 12 1 Córr. Paciência Rib. Barrocada Rib. Cabuçu de Cima Rib. dos Macacos Rio Pinheiros Córr. Tatuapé Rib. Moóca Rio Tamanduateí Rio Aricanduva Rib. Franquinho Córr.Agua Vermelha Rio Baquirivu Rib. Lajeado Rio Três Pontes Rio São João Barueri Córr. Itaim Rio Pinheiros Rib. Cupecê Rio Tamanduateí Córr. do Moinho Velho Rib. Gamelinha Pedras Rib. Caguaçu Rio dos Cochos Rib. Guaió Rio Taiçupeba Açu Rio Jundiaí Rio Paraitinga 23 45' SÃO BERNARDO DO CAMPO PONTOS CRÍTICOS (Cheia de 1998/1999) 1 BACIA DO RIO CABUÇÚ DE CIMA 2 BACIA DO RIO PIRAJUSSARA 3 BACIA DO RIO ARICANDUVA 4 BACIA DO RIBEIRÃO DOS MENINOS BACIA DO RIBEIRÃO DOS COUROS 6 BACIA DO ALTO TAMANDUATEÍ 7 RIO TIETÊ ENTRE EDGARD DE SOUZA E CEBOLÃO 7a BRAÇO MORTO DO TIETÊ E RIBEIRÃO VERMELHO 8 RIO TIETÊ ENTRE CEBOLÃO E BARRAGEM DA PENHA 9 BACIA DOS CÓRREGOS ÁGUAS ESPRAIADAS / CORDEIRO / UBERABA / DRENO DO BROOKLIN 10 BACIA DO CÓRREGO ANHANGABAÚ BACIA DO RIO JUQUERI 12 BACIA DO RIO CABUÇÚ DE BAIXO 13 CONTRIBUINTE DA AV. 23 DE MAIO / DETRAN / TÚNEL AYRTON SENNA 14 CANAL PINHEIROS 24 00' 15 BACIAS DOS CÓRREGOS COTIA / S. JOÃO DO BARUERI 16 BACIAS DO CÓRREGO BAQUIRIVU 7340 km 17 BACIAS DO CÓRREGO ORATÓRIO 290 km 47 00' ' ' ' ' ' 430 W Greenwich ESCALA GRÁFICA CONVENÇÕES km Curso d'água, reservatório Limite da Bacia do Alto Tietê Pontos críticos de inundação na Bacia do Alto Tietê ' ' ' SÃO BERNARDO DO CAMPO IQA - ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS ÓTIMA REGULAR PÉSSIMA BOA RUIM SEM CLASSIFICAÇÃO ' ELABORAÇÃO: Instituto de Geociências da USP - Laboratório de Informática Geológica - LIG. FONTES: Banco de Dados Espaciais da Bacia do Alto Tietê - Instituto de Geociências da USP - Laboratório de Informática Geológica - LIG, SMA, 1998 CETESB, 1998 CPRM IPT PONTO DE COLETA 7340 km 290 km ' ' ' ' ' ' 430 W Greenwich 15 km CONVENÇÕES ESCALA GRÁFICA Limite da Bacia do Alto Tietê Divisa municipal Sede de Município Índice de Qualidade da Água para a Bacia do Alto Tietê no ano de
14 Cantareira Alto Tietê Gurapiranga- Billings Localização dos grandes sistemas produtores de água para abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo Sistema Produtor Alto Tietê 14
15 Sistema Produtor Guarapiranga Sistema Produtor Cantareira 15
16 Sistema de Gestão de Recursos Hídricos. aparece na Constituição Federal de São Paulo cria o primeiro sistema em 1991 (lei estadual 7.663). o sistema federal é instituído em 8/1/97 (lei federal 9.433) 16
17 Sistemas de Gerenciamento de Recursos Hídricos a Constituição de 1988 estabelece: as águas são bens da União ou dos Estados compete à União instituir Sistema Nacional de Gerenciamento de recursos Hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso em 13 Estados, as respectivas Constituições Estaduais incluem os Sistemas Estaduais de Gerenciamento de Recursos Hídricos... deflagra-se o início do processo Sistemas de Gerenciamento de Recursos Hídricos São Paulo é o primeiro Estado a ter sua lei aprovada em 1991 Em 1997, a União tem sua Política e Sistema Nacional de Gestão aprovados através da Lei 9.433, de 8/1/97 Entre 1991 e 1997, 10 Estados e o Distrito Federal aprovaram sua Políticas e Sistemas Estaduais Hoje 18 Estados e o Distrito Federal já instituíram suas Políticas e Sistemas Estaduais 17
18 PRINCÍPIOS a água é um bem de domínio público a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico o uso humano é prioritário o uso múltiplo deve ser viabilizado a bacia hidrográfica é a unidade territorial de gestão a gestão deve ser descentralizada e participativa INSTRUMENTOS os planos de recursos hídricos o enquadramento dos corpos de água em classes de uso a outorga de direito de uso da água a cobrança pelo uso de recursos hídricos o sistema de informações sobre recursos hídricos 18
19 Estrutura Institucional são parte do sistema: Conselhos Nacional de Recursos Hídricos Agência Nacional de Águas - ANA Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos Comitês de Bacia Hidrográfica Agências de Água órgãos de competência relacionada Os Grandes Desafios Dificuldades a Vencer em um Sistema Inovador 19
20 DESAFIO N O. 1:. a gestão INTEGRADA, que significa: - integrar USOS - integrar USUÁRIOS - integrar NÍVEIS DE DECISÃO - integrar DIFERENTES ÓRGÃOS - integrar DIFERENTES COMPONENTES uso do solo, transporte, habitação... DESAFIO N O 2:. promover a efetiva PARTICIPAÇÃO: - o sistema deve ATRAIR os interessados - os interessados devem estar CAPACITADOS para participar - a participação somente se efetiva quando o PROCESSO DE DECISÃO concretiza-se 20
21 DESAFIO N O. 3:. a implementação de TODOS os instrumentos de gestão: - SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - ENQUADRAMENTO - OUTORGA - COBRANÇA - PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA DESAFIO N O. 4:. aumentar a CAPACITAÇÃO TÉCNICA do setor: - em números - em qualidade 21
22 As Perspectivas Positivas Muito já foi alcançado!. As leis são genéricas e flexíveis: - a ordem de implantação dos sistemas estaduais e federal tornou o conjunto mais flexível - adaptam-se às diferenças geográficas, econômicas e sociais 22
23 . A implantação deve mesmo ser gradual: - o sistema é complexo - as instituições de governo têm resposta lenta - as regiões são muito distintas. As posição pioneira do Brasil: - as leis brasileiras são modelo de gestão de recursos hídricos para muitos outros países - nosso modelo de gestão descentralizada, participativa, com instrumentos modernos, é tido como um exemplo de sucesso dos Princípios de Dublin 23
24 24
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