Inflação. Figura 1 - Inflação. Fonte: Sergey Nivens / Shutterstock

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1 Inflação Introdução Nesta aula, falaremos de uma realidade econômica que afeta diretamente o nosso cotidiano: a inflação e seus impactos sobre o produto e a renda. Para isso, discutiremos os conceitos de inflação e deflação, conheceremos índices de cálculo da inflação para a economia brasileira, e entenderemos os efeitos da política econômica sobre os níveis gerais de preço. Ao final desta aula, você será capaz de: entender as diferenças entre inflação e deflação; compreender a diferença entre inflação e aumento de inflação; entender a relação entre políticas econômicas e inflação. Inflação Todos os bens produzidos têm seu preço, formado a partir dos custos e dos lucros. Assim, há inflação quando os preços dos produtos se elevam em relação a um período de tempo anterior (um ano, por exemplo). Deste modo, podemos compreender a inflação como um aumento Figura 1 - Inflação Fonte: Sergey Nivens / Shutterstock Quando a atividade econômica de um país está aquecida, com aumento na circulação de bens por meio das operações de compra e venda, o governo precisa colocar mais moeda em circulação para viabilizar estas transações, uma vez que é necessário que haja dinheiro circulando para que mercadorias e serviços sejam pagos

2 Assim, aumenta a demanda por moeda nacional visto que há mais emprego, as pessoas consomem mais, há maior pagamento de salários etc. Uma das formas de aumentar a circulação de moeda é imprimindo-a. Para isso, o governo emite recursos sem ter um lastro, ou seja, uma reserva de ativos que garanta o valor da moeda. Neste caso, a moeda progressivamente desvaloriza-se; por consequência, os preços dos bens também aumentam, gerando inflação (BLANCHARD, 2004). FIQUE ATENTO Um país não pode imprimir moeda à vontade, na intenção de pagar sua dívida externa, por exemplo, pois o seu valor não seria reconhecido pelos credores. Assim, a moeda se desvalorizaria e o processo inflacionário seria acentuado. Elementos geradores da inflação A inflação é um fenômeno de natureza econômica, mas pouco explicativo por si só. Se há uma alta de preços, ela está relacionada a algum momento anterior. Assim, de acordo com Lopes e Vasconcellos (2008), podemos definir três elementos geradores do processo de alta de preços: inflação de demanda: quando a procura por um bem ou serviço excede a sua oferta. O excesso de demanda pode contribuir para a fixação de preços mais altos para esses produtos. FIQUE ATENTO Quando você observa um aumento de preços em um produto ou serviço que está sendo muito procurado em sua cidade, é bastante provável que você esteja observando um exemplo de inflação de demanda! inflação de custos: quando os insumos da produção (os recursos necessários à produção de um bem, como matéria-prima, bens de capital, recursos tecnológicos, entre outros) têm seu preço aumentado, ou quando há elevação de encargos como impostos, taxas governamentais, tarifas de consumo etc. À medida que esses insumos aumentam de preço, elevarão também os preços dos bens finais. inflação estrutural: trata-se do conceito que está associado a problemas de má alocação de recursos, falhas de gestão, exacerbação de problemas socioeconômicos (como aumento do desemprego, carência de produtos) e outras deficiências distributivas em uma economia. Os termos inflação e aumento da inflação são diferentes, uma vez que a inflação é uma taxa, e o outro um indicador do aumento dos preços. Porém, quando dizemos que a inflação está aumentando, é o ritmo de aumento dos preços que se está acelerando. Da mesma forma, a redução da inflação demonstra que o processo de aumento de preços está regredindo

3 EXEMPLO Se os preços de uma cesta de bens aumentaram 15% em um ano e 20% no ano seguinte, houve uma aceleração da inflação relacionada a estes bens ao longo dos dois anos. Deflação Quando os preços dos bens diminuem, observa-se uma taxa de inflação negativa, a qual denominamos deflação (BLANCHARD, 2004). Veja que a diferença entre inflação e deflação é que nesta os preços caem. Figura 2 - A inflação corrói o poder de compra Fonte: Authentic Creations / Shutterstock A deflação pode ser visualizada em situações de estagnação da atividade econômica, como queda na demanda se os consumidores não adquirem bens, a tendência geral é a de queda de preços, com consequentes efeitos negativos sobre a geração de renda (lucros e salários, por exemplo) e sobre a produção de bens (BLANCHARD, 2004)

4 Nível geral de preços Para entendermos a inflação é necessário estabelecer um parâmetro comparativo. Ao analisarmos a geração de produto na economia, agregamos todos os bens produzidos durante um período. A média de preços destes bens, ou seja, a relação entre o preço total dos bens produzidos e o seu volume, gera o chamado nível geral de preços (BLANCHARD, 2004). Este conceito é uma formulação abstrata, uma vez que é impossível descobrir o preço de todas as transações efetuadas em uma economia para obtermos o nível geral de preços. Deste modo, devemos usar indicadores conhecidos como índices de preços ao consumidor. FIQUE ATENTO Embora seja possível efetuar estimações, o conceito de nível geral de preços é uma definição teórica! O índice de preços ao consumidor demonstra o preço médio (e a variação) dos bens consumidos. A classificação é válida para que sejam excluídos, por exemplo, os bens importados, sujeitos aos níveis de preços externos. Assim, um índice de preços ao consumidor é um importante indicador do custo de vida relacionado a uma população (LOPES; VASCONCELLOS, 2008). Índices de preços Cada país utiliza diferentes indicadores para o cálculo das mudanças de preços. No Brasil, eles são calculados por instituições especializadas como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Um dos índices mais utilizados é o Índice Nacional de preços ao Consumidor (INPC), do IBGE. Ele define mensalmente a variação de preços de uma cesta de bens, típica de famílias com rendimentos mensais entre um a cinco salários mínimos. Neste caso, é feita uma média do consumo de cada bem em relação ao total da cesta consumida. (IBGE, s.d.) SAIBA MAIS Consulte a metodologia de cálculo do INPC, acesse: < /indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm>

5 Deste modo, a variação dos preços de cada bem tem efeitos sobre a composição total da cesta, e por consequência sobre o consumo das famílias e a atividade econômica. Considere, por exemplo, que a gasolina tem um impacto de 1% sobre o orçamento das famílias. Se a gasolina aumenta 5% de preço, o efeito sobre a inflação total será igual a 5% * 1% = 0,05% ao ano. EXEMPLO Há determinados elementos cujo aumento de preços está em todos os noticiários e em nossa mesa. Em 2016, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2016), um desses bens foi o feijão, que aumentou 105% entre junho de 2015 e junho de Efeitos da política econômica sobre a inflação Ao analisarmos os efeitos da inflação sobre o produto e a renda, entendemos o alcance da política econômica como geradora de eventuais aumentos ou reduções de preços. Analisaremos a política fiscal (baseada em decisões de gasto e tributação) e a política monetária (com alterações na taxa de juros e na oferta de moeda) para verificar suas consequências sobre o processo de alta de preços, e a dinâmica de retorno ao equilíbrio. SAIBA MAIS Nesta seção, utilizamos os pressupostos teóricos do modelo IS-LM-BP, que demonstra os efeitos da política econômica sobre a geração de produto e renda. Para saber mais sobre o modelo, leia o Manual de Macroeconomia (2008). Políticas fiscais e monetárias expansionistas Na política fiscal, o aumento da demanda, gerado a partir da expansão dos gastos ou da redução dos tributos, pressiona o lado da oferta. Como os preços são formados na relação entre oferta e demanda, e a curto prazo a oferta não varia (os produtores nem sempre possuem condição de atender rapidamente ao aumento da demanda do mercado), a consequência é o aumento dos preços. Observe a tendência pelo gráfico que se segue

6 Figura 3 - Representação do aumento de preços Fonte: Elaborado pelo autor,

7 Veja que a expansão fiscal desloca a curva IS (associada à política fiscal) para a direita. O aumento da demanda (motivada pelo aumento do consumo do governo e/ou das famílias) desloca a sua curva para a direita, de maneira que o novo equilíbrio se dá sob maiores quantidades de bens demandados e maior nível de preços. Por sua vez, em decisões expansionistas de política monetária, o aumento da oferta de moeda faz com que a taxa de juros se reduza, causando, também, a desvalorização da moeda (resultante do aumento da oferta) e elevando os preços. Observe, portanto, que a política econômica expansionista possui um viés inflacionário. Políticas fiscais e monetárias contracionistas A contração do produto gerada por políticas fiscais, por meio da redução de gastos do governo ou pelo aumento dos tributos, reduz a demanda e os preços dos bens nacionais. Deste modo, a diminuição dos preços torna esses bens mais competitivos no mercado externo, incentivando as exportações, além de promover saldos positivos no Balanço de Pagamentos (formado por transações correntes e movimentos de capital) (LOPES; VASCONCELLOS, 2008). Por outro lado, a política monetária causa a contração na oferta de moeda (mantendo-se a demanda constante), assim como gera a deflação e eleva a taxa de juros, ocasionando o superávit no Balanço de Pagamentos (com a entrada maciça de capitais externos), com efeitos negativos sobre o emprego, o consumo, a demanda e o produto da economia (LOPES; VASCONCELLOS, 2008). Assim, ao contrário da política expansionista, medidas contracionistas de política econômica geram queda nos níveis de preço, deflacionando o mercado a partir da queda na demanda. Figura 4 - Representação da queda de preços - 7 -

8 Fonte: Elaborada pelo autor, Neste caso, temos um exemplo de contração fiscal. A situação exemplifica a Curva IS, que se desloca para a esquerda, como resultado da queda no consumo e no nível de produto. A redução da demanda (da Curva D para - 8 -

9 D ) gera nova situação de equilíbrio no ponto (p, q ), com menores quantidades demandadas de bens e preços diminuídos. Deste modo, devemos chamar a atenção para os efeitos positivos das políticas expansionistas com relação ao crescimento econômico e a geração de empregos. Mas há consequências negativas em relação a este processo, como déficit no Balanço de Pagamentos (resultado da alta na demanda e das importações) e alta de preços (dada a restrição de oferta a curto prazo. Em contrapartida, as políticas contracionistas são eficazes no sentido de conter o aumento da inflação e o déficit no Balanço de pagamentos. Por outro lado, seu efeito negativo gira sobre a redução do crescimento econômico e do volume de empregos. Fechamento Nesta aula, você teve a oportunidade de: entender as diferenças entre inflação e deflação; compreender a diferença entre inflação e aumento de inflação; entender a relação entre políticas econômicas e inflação. Referências BLANCHARD, O. Macroeconomia. 3. ed. São Paulo: Prentice Hall, BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. s.d. Disponível em: < /defaultinpc.shtm>. Acesso em: 27/03/ Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Informe econômico de Política Agrícola. n Disponível em: < /edicao-n pdf/view>. Acesso em: 12/06/2017. LOPES, L. M; VASCONCELLOS, M. A. S (Org). Manual de Macroeconomia. Básico e Intermediário. 3. ed. São Paulo: Atlas,

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