A RELIGIOSIDADE AFRO-BRASILEIRA: O CANDOMBLÉ

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1 A RELIGIOSIDADE AFRO-BRASILEIRA: O CANDOMBLÉ Gleiber Santos Inácio(UFS) 1 Arilene Cardoso Santos(UFS) 2 David Luis Paiva Costa(UFS) 3 Flávia Emanuela Santos Lima(UFS) 4 INTRODUÇÃO As religiões afro-brasileiras são vistas por muitos de forma preconceituosa, devido a seu histórico de perseguições durante o período colonial no Brasil que tratava essas religiões como cultos hereges. Além disso, por não terem conhecimento de como são realizados os rituais e para que se destinam, acabam subjugando os adeptos e praticantes dessas religiões apenas como macumbeiros, ou seja, acreditam que as oferendas realizadas aos orixás é um meio de fazer o mal para outras pessoas. Será abordado neste trabalho, a temática sobre o candomblé, uma religião que possui matiz africana em que os negros escravizados no Brasil adaptam suas crenças religiosas ao contexto cultural que lhe foi imposto pelos europeus, criando assim uma nova religião, a partir do sincretismo religioso. Eles cultuavam seus orixás através da associação com os Santos do catolicismo, religião hegemônica da época e assim conseguiam manter suas raízes culturais sem despertar suspeitas do colonizador. Mesmo com todas as situações desfavoráveis que impediam os negros a continuarem a manter suas memórias culturais e tradições religiosas, as matizes africanas permaneceram vivas embora que disfarçadas, ou sendo reconstruídas e reinventadas mostrando assim a força dos laços culturais e religiosos de um povo a partir de novas circunstâncias a exemplo do que ocorreu com o candomblé. Para tanto este trabalho tem como objetivo à desmistificação da visão errônea, sobre a religião afro-brasileira, o candomblé a qual será discutida, partindo da análise de sua gênese, 1 Aluno do curso de Graduação em Geografia/UFS. gleiber08@hotmail.com 2 Aluna do curso de Graduação em Geografia/UFS. arilene_aju@hotmail.com 3 Aluno do curso de Graduação em Geografia/UFS. luispaiva_ufs@hotmail.com 4 Aluno do curso de Graduação em Geografia/UFS. manuvinha_6@hotmail.com ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN

2 como são realizadas suas cerimônias, para que servem, e como é estruturado o trabalho da comunidade que integra o terreiro. Mostrando que o culto aos orixás se realiza como forma de ligação entre os homens e os elementos da natureza. A partir da exposição de tais informações será possível ter a noção de como são celebradas a religião afro-brasileira e qual o verdadeiro significado das oferendas causadoras de repulsa por parte da sociedade. GÊNESE DO CANDOMBLÉ O candomblé é uma religião de matiz africana trazida ao Brasil pelos negros na época da escravidão. Nesse período o Brasil necessitava de mão de obra para o cultivo da cana de açúcar, então os colonizadores trouxeram milhares de negros africanos para trabalharem como escravos. Os escravos trouxeram consigo suas tradições religiosas e culturais, contudo a visão etnocêntrica do colonizador impedia que eles vissem nas raízes culturais africanas a beleza existente nas diferenças dos grupos. Com isso por achar que a sua ideologia era a verdadeira, a suprema os europeus impuseram sua cultura e religião para os negros e índios que habitavam no Brasil. Como os africanos e afros brasileiros eram impedidos de realizar suas manifestações culturais e religiosas no Brasil eles passaram a utilizar de instrumentos que eles dispunham para realizar e cultuar suas raízes sem que os colonizadores percebessem, pois durante o período de colonização brasileira os escravos foram perseguidos pela Santa Inquisição tendo em vista que a igreja católica considerava as religiões africanas como algo demoníaco, por haver incorporações durante os rituais religiosos. Posteriormente o Estado também condenou o culto aos orixás. Ao terem suas práticas religiosas perseguidas os africanos e seus descendentes criaram uma estratégia para cultuar seus deuses no chamado sincretismo religioso. Para isso os africanos associaram um santo católico a um orixá, ou seja, os africanos mostravam para os europeus que cultuavam os santos do catolicismo, mas na verdade cultuavam os deuses africanos, suas origens religiosas. Nessa associação eles colocavam sempre ao lado do santo algum elemento que representasse seus orixás. Eles procuraram se integrar ao novo contexto cultural ao qual foram inseridos, e passaram a utilizar estratégias para manter suas identidades

3 culturais, criando assim uma nova religião. Desta nova religião afro brasileira foi criado o terreiro, espaço no qual ocorrem as cerimônias religiosas. O candomblé é uma religião de origem totêmica, ou seja, é um sistema de crenças e práticas que se baseiam em uma relação simbólica especial de um grupo com os elementos naturais. Seus adeptos cultuam os orixás que são divindades que representam as forças que controlam a natureza e seus fenômenos. Cada orixá representa um elemento da natureza, cada um deles tem um dia da semana dedicado aos mesmos, possuem vestimentas e cores próprias, como os humanos os orixás são temperamentais, cada qual com personalidades individuais, habilidades e preferências rituais que os diferenciam. Nos rituais são realizados pedidos aos orixás e em troca são feitas oferendas na busca de terem seus pedidos alcançados. Contudo nem todos os pedidos são atendidos, embora os orixás sempre aceitem as oferendas a eles ofertadas. Ao receber o pedido o orixá leva-o a Olodumaré, o deus supremo dos orixás que decidirá se o pedido vai ser atendido ou não, pois isso dependerá do julgamento que será baseado no merecimento da pessoa que fez o pedido. Alguns candomblecistas cumprem as obrigações com os orixás acreditando que os mesmos lhe trarão as riquezas desejadas, outros acham que a maior riqueza que os orixás podem oferecer é o equilíbrio espiritual. O axé a força vital, é raiz, a força que vem dos orixás. Axé se usa, se recebe se gasta, se tem, se acumula, axé é poder. Ele é passado pelos pais e mães de santo por intermédio dos orixás ele está presente na boca no suor ou em qualquer objeto material. Como afirma Prandi(1991, 103): [...] Axé é força vital, energia, princípio da vida, força sagrada dos orixás. Axé é o nome que se dá às partes dos animais que contêm essas forças da natureza viva, que também estão nas folhas, sementes e nos frutos sagrados. Axé é bênção, cumprimento, votos de boa-sorte e sinônimo de Amém. Axé é poder. Axé é o conjunto material de objetos que representam os deuses quando estes são assentados, fixados nos seus altares particulares para serem cultuados. São as pedras (os otás) e os ferros dos orixás, suas representações materiais, símbolos de uma sacralidade tangível e imediata. Como já dito os rituais ocorrem em casas ou terreiros, é neste espaço onde a cultura africana se mantém presente e viva, no qual todos os integrantes da religião possuem uma vida comunitária, todos os membros seguem unidos na mesma fé com a proteção dos orixás. Essa socialização de responsabilidades no terreiro é comandada pela autoridade espiritual e

4 moral dos pais ou mães de santo, conhecidos também como "babalorixás" ou "ialorixás", essa denominação está ligada a uma segunda educação que os candomblecistas recebem para iniciarem no candomblé. Nesta religião todo filho de santo deve obrigações aos santos donos de suas cabeças e aos pais de santo, pois existe uma família de santo onde o filho de santo deve ter um laço afetivo com as pessoas de seu parentesco religioso e é proibido se relacionar de modo sexual com o membro da mesma família, segundo Prandi (1991,104) No candomblé todo filho-de-santo tem seu pai ou mãe-de-santo, e por conseguinte, um avô ou avó-de-santo, bisavô ou bisavó, e assim por diante. Filhos do mesmo pai serão irmãos; filhos de irmãos serão sobrinhos etc. O parentesco religioso tem exatamente a mesma estrutura do parentesco ocidental não religioso contemporâneo.quando um pai-de-santo morre, os filhos devem tirar de suas cabeças a mão do falecido tirar a mão de vume ou de vumbe como se diz.nessa cerimônia, o sacerdote que substitui o falecido passa a ser o novo pai ou a nova mãe-de-santo do órfão. A filiação anterior era por feitura, por iniciação, esta segunda é por adoção, por obrigação.[...] Os chefes do terreiro são os responsáveis a presidirem as cerimônias, receber os convidados, raspar a cabeças dos iniciantes, supervisionar os ritos e apontar os novos iniciados. É também sua função determinar que orixá o iniciante irá cultuar, para isso eles jogam os búzios que iriam informar qual orixá ideal para cada indivíduo. É comum aos terreiros de Candomblé ter uma roça ou um quintal no caso dos terreiros localizados nas áreas urbanas, nesses lugares são plantados todos os axés e no qual todos os orixás são cultuados. Dentro dessa roça existem os barracões recebe essa denominação por antigamente os negros morarem em barracos, nesse local são feitos os grandes assentamentos (oferendas) para os deuses. Nos terreiros os trabalhos são distribuídos entre os membros que são divididos em duas categorias. Os iniciados que necessitam percorrer um processo formal de iniciação para se tornar um religioso. E os titulares que são os ogãs, pessoas que exercem o cargo e de honra no candomblé. Cada terreiro possui sua autonomia, estabelecendo regras e normas de condutas próprias, que variam dependendo do babalorixá que comanda a casa. Alguns seguem as mesmas raízes de origem, outros reinventam suas tradições para se adequarem a demanda da contemporaneidade.

5 Essas tradições e ensinamentos são transmitidos através da oralidade visto que essa religião não possui um livro ou um caderno que mostre o caminho para o repasse dos fundamentos religiosos. Esses preceitos só são aprendidos por aqueles que vivenciam de forma concreta a vida no terreiro, tendo em vista que é necessário passar por inúmeras etapas e rituais de iniciação, além disso, a relação de cumplicidade e de dedicação vai colaborar para que os ensinamentos sejam compreendidos em sua plenitude. Nos itens posteriores serão abordados a função de cada membro do terreiro no candomblé, além do que cada orixá representa como seres da natureza e qual santo ele está associado. CARGOS DO CANDOMBLÉ Em uma casa de santo de Candomblé, além dos filhos de santo, tem outros participantes que dão suporte aos trabalhos, além de serem considerados, em alguns casos, autoridades na casa. Tais elementos são os Ogãs e Ekédis. A principal característica desses filhos é a falta da capacidade de manifestarem o Orixá ou a Entidade Espiritual. Não são rodantes, como se diz normalmente sobre os filhos de santo que têm a capacidade de receberem a entidade, ou seja, de manifestarem através da matéria a personificação do espírito. O Babalorixá ou Ialorixá, o pai ou a mãe de santo é o líder do terreiro, o responsável pela iniciação dos novos filhos de santo e por todo culto aos orixás de uma casa. É o responsável material pelas ordens, quer espiritual, quer material. É quem controla todos os médiuns, na disciplina, na pontualidade, nos uniformes, na organização das obrigações, festividades, enfim toda a parte material dos rituais de um terreiro. Ialaxé/Babalaxé: é o zelador (a) de Santo Iakekerê/Babakekerê (mãe pequena, pai pequeno): é o auxiliar direto da mãe ou pai de santo. Ogã: Médium do sexo masculino que não incorpora Orixá. Sua principal função é de auxiliar a manter o terreiro em ordem, fazendo pequenos consertos, a pintar, auxiliando nas despesas, fazendo serviços que exige força física e pelar os animais de quatro pés sacrificados, existe vários ogãs com diferentes funções nos terreiros. Ogã Calofé: é o responsável por toda a corimba (pontos cantados) a ser puxada no terreiro, é instrutor de toques de atabaques, só existe um em cada terreiro.

6 Ogã Alabê: são os que tocam atabaques, são subordinados ao Ogã Calofé. Ogã-de-Corimba ou Ogã- de-canto: médium preparador, exclusivamente para puxada da corimba (pontos cantados). Pejigã: responsável pelos cuidados com o orixá do peji( quarto de santo). É ele quem verifica, juntamente com a Iakekerê, se tudo ta em ordem no peji. Axogun,Ogã-de-faca ou mão-de-faca: responsável pelo sacrifício dos animais aos orixás, preparo especialmente para efetuar toda e qualquer matança de animais. Existe Axoguns que só podem sacrificar animais de 2 patas. Olossain ou Maõ-de-ofã: é o responsável por encontrar nos matos as folhas necessárias para os rituais e pelo culto de Ossaim no terreiro. Ekede: mulher que tem como função auxiliar o orixá, dança com ele, vesti-lo, enxugar seu suor durante a dança. Tem como característica mediúnica o dom de favorecer a incorporação nos médiuns, sendo de extrema importância no desenvolvimento e na chamada dos guias na sessão. Iatebexê: ekede responsável pelos cânticos e reza dos orixás. Ebomi: todas as pessoas feitas no Santo, que tenham mais de sete anos de feitura. Ilaxé: é aquele que cuida dos axés dos orixás, com os pós, os pigmentos, as ferramentas e os temperos das comidas sagradas. Jibona: responsável pelos abiãs reconhecidos para a iniciação e pelos ensinamentos que este recebe durante o período de reconhecimento. É chamada de mãe criadeira. Dagã,Sidagã, Adagan ou Cambono-de-Ebó: é responsável pelos cultos de Exu, especialmente pelo padê. Subordinado diretamente a Mãe de Santo, sendo o únici responsável, por todas as entregas negativas do terreiro. Iyabassé: responsável pela comida dos orixás e pela cozinha ritual em geral. É ela quem prepara os alimentos dos orixás e os ebós. É o ersponsável pela cozinha do terreiro, preparo de toda e qualquer comida necessária no trabalho. Cota: é subordinada e substituta da Iabassé. Iaô: médim(mulher) com feitura no Santo, com menos de sete anos de Santo feito. Abiã: indivíduo ainda nãi iniciado, que passa apenas pela pré-iniciação do bori. Samba: Médium (mulher) em desenvolvimento. Camboné: Médium (homem) em desenvolvimento. Iamoro: pessoa encarregada de tomar conta dos Yawos que estão fazendo Santo, ele é encarregado de levar água do padê de Exu para fora do barracão. Babá-Efun e Ia-Efun: homem ou mulher que faz a pintura dos Yawos.

7 OS ORIXÁS O Candomblé como todas as religiões de origem africanas no Brasil, se destaca com o culto aos ancestrais e a forças cósmicas que são favorecidos pela tradição dos orixás de origem nagô ou yorubá. Dentro dessa questão é importante ressaltar a significância dos orixás para os seus adeptos. Dessa forma vamos abordar esses deuses cultuados aqui no Brasil. EXU Toda a África presta culto a Exu, por isso não sabe-se a sua origem no continente, mas chegou a ser rei de ketu e na sua história várias vezes revela que é filho de Orunmilá ou de Oxum, isso depende em que momento irá renascer. Dentro da cultura yorubá a sua importância não é contestada, pois sem o mesmo mundo não teria sentido, isto é, Exu é o orixá que permite a interação entre os orixás e os homens. Entre os orixás Exu é o mais humano o senhor do princípio e da transformação. Seus domínios são o sexo, a magia, a união, o poder e a transformação, com essas caracteristicas são feitas muitas confusões relacionada com Exu, uma dessas é associar à imagem do diabo cristão, pensando que o orixá voltado para a maldade. Essa idéia é feita de forma autoritária a não percebem que as religiões de origem africanas não conhecem a oposição, existente nas religiões monoteístas que diferenciam no bem e do mal, sem pensar que o bem para uma pessoa pode ser o mal para outra. OGUM Filho mais velho de Odudua que foi o fundador da cidade de Ifé e quando seu pai ficou cego assumiu o poder em Ifé, mas sua história vem de muitas eras remotas, pois o mesmo é o ultimo Imolé, devido os outros duzentos Igba Imolé que eram os deuses da direita foram mortos por Oludumaré por terem agido mal, isso Ogum teve a incumbência de guiar os Iru Imolé que eram os quatrocentos deuses da esquerda. Ogum tem como domínio a guerra, o progresso, a conquista e a metalurgia, e com essas características teve um grande destaque na arte da guerra, pois foram muitos s reinos

8 que caíram ao seu poderio militar e dessa forma ficou conhecido como orixá conquistador sendo respeitado por toda a África negra desbravando cada espaço do continente com sua força. Conhecido também como temível guerreiro, violento e implacável, deus do ferro, da metalurgia e da tecnologia. Com esse poder Ogum tornou-se muito temido por ter matado muita gente, mas antes de ser temido ele era amado por ter alimentando muita gente. Associase Ogum a Senhor do Bonfim. NANÃ É a deusa mais velha dos orixás, dessa forma representava a memória dos ancestrais e é a mãe dos orixás Iroko, Obaluaiê e Oxumaré. Devido essas características é considerada a mãe dos orixás. Os seus domínios são a vida, a morte e a maternidade. Esses domínios vão designar também a origem, o seu nome que tem como significado pessoa idosa e respeitável e para o povo Jeje da região do antigo Daomé tem com significado mãe essa religião hoje encontrase a republica do Benim. Nanã a sua criação ocorreu quando Odudua separou a água que estava parada e liberou do saco da criação a terra, quando teve o contato desses elementos formou-se a lama dos pântanos, local onde encontram-se os principais fundamentos da mesma que são a terra, a água e o lobo. Associa-se a Santa Ana. IANSÃ Orixá do elemento ar em movimento e fogo, mas que tem sua morada no rio Níger localizado na Nigéria. A mulher mais poderosa da África negra tem essa associação com um rio, devido a semelhança em que o rio possui nove braços e a Iansã tem nove filhos. A percepção de seu poder esta na tempestade, por isso é conhecida como rainha dos raios, as ventanias e do tempo que se fecha sem chover, é uma guerreira nata, defende o que é seu e batalha todos os dias em busca da felicidade. Esse orixá expressa com muita facilidade os sentimentos, isto é, da mesma forma em que luta para conquistar com amor e alegria, ela expressa sua raia ódio com a mesma naturalidade. Iansã é a orixá que exerce funções masculinas, mas não afasta-se das características de uma mulher que sente uma forte atração pelo sexo oposto, isso é mostrado no fato em que ela

9 teve muitos homens e amou a todos com muita verdade e a partir desses amores conquisto muitos poderes. Ela representa as mulheres que saem de casa para conquistar seus espaços no mercado de trabalho. É associada Santa Barbara. IEMANJÁ Rainha de todas as águas do mundo, não importa se a água é do mar ou do rio. Seu nome deriva Yeyé Omó Ejá que significa mãe cujo os filhos são peixes. Iemanjá sustente toda humanidade, a mãe de todo o mundo e por isso seus domínios são a maternidade no sentido de educação, pois sendo essa uma função de ser mãe, a saúde mental e psicológica. A maternidade é a característica mais forte que Iemanjá expressa, pois a mesma reflete todas as dificuldades do mundo e como um espelho para seus filhos ela dar o exemplo de postura e ensinar o caminho o melhor. É a mãe da maioria dos orixás de origem yorubá, é a mãe que deseja está sempre juntos aos filhos. Associada a Nossa Senhora. OMOLÚ O orixá mais temido entre os deuses africanos e isto fica claro quando conhecemos os domínios dele que são doenças epidêmicas, cura de doenças, saúde, vida e morte. Esse orixá tem com domínio a terra e fogo do interior da terra. A origem desse orixá é incerta, pois dentro do continente africano eram cultuados outros orixá com características e domínios muitos semelhantes aos seus. Seu nome também sofreu alteração de acordo coma sua localização ou grupo, entre os Tapas era conhecido como Xapanã, entre o Fon chamado de Sapata-Ainon o que tem o significado de Dono da terra e entre o yorubá é chamando de Obaluaiê e Omolú. Segundo a história o Omolú nasceu com o corpo coberto de chagas e foi abandonado por sua mãe Nanã Buruka na praia, onde os caranguejos aumentaram as chagas e foi encontrado por Iemanjá que cuidou das feridas e criou como guerreiro. Associado a São Lázaro. LOGUN EDÉ

10 Filho de Oxum e Oxóssi que são respectivamente os deuses da guerra e da água, que herdou as características fiéis dos pais. É um caçador com muitas habilidades e príncipe orgulhoso expressando os domínios dos seus pais a terra e a água. Mas é preciso deixar claro orixá não muda e sexo a cada seis meses ele é um orixá masculino. Essa característica de dualidade sexual que é pensada sobre esse orixá só existe no âmbito comportamental, pois as vezes é doce e benevolente com Oxum e solitário e sério como Oxóssi. Sua história diz que esse orixá vive em contradição, onde os opostos se alternam e ficou conhecido como m deus da surpresa e do inesperado. Logun Edé na África negra é considerado como o guerreiro caçador Ólódúm Ode, tido como maior de todos os caçadores e entre eles esta Oxóssi. A dualidade exigente em Logum Edé é esclarecida, devido a forma que foi criado a cada seis meses com um dos seus pais. OXOSSI É o patrono da caça e dos caçadores, ele é o irmão mais novo de Ogun e está relacionado com a mata virgem. O emblema característico do culto a Oxossi é que também o caracteriza é o afá que simboliza a infalibilidade, o arco e a flecha. Além desses emblemas o orixá utiliza o ogê que são feitos dos chifres de touros ou búfalos e o erukere, cetro feito do pelo do rabo de animais e tem o poder de proteger os caçadores. Os pelos dos animais estão relacionados com o passado e representa os ancestrais, os espíritos dos animais e de todo tipo de espírito da floresta. É associado a São Jorge, São Sebastião. OSSÃYIN É o orixá patrono da vegetação, das folhas, das arvores e dos remédios e preparados rituais e medicinais. O emblema opa-ossãyin representa uma árvore com sete ramos saindo da terra, onde se processa o mistério do nascimento. Seus ramos possuem uma lança na extremidade e rodeia um ramo central que possui na ponta um pássaro. O pássaro de Ossãyin é o seu mensageiro e voa por todas as partes lhe relatando o que é conveniente.

11 Ossãyin vive no fundo das matas em companhia de um anãozinho de apenas uma perna e que fuma cachimbo cujo nome é Aroni. A partir dessa representação que surgiu o personagem do folclore brasileiro conhecido como Saci. Associa-se a Santo Onofre. XANGÔ É o orixá patrono do fogo e da justiça. Ele está ligado ao axé vermelho que significa expansão ininterrupta de vida, e a cor branca que o aproxima dos ancestrais genitores masculinos. Sua representação é o raio e o trovão. A roupa de Xangô se caracteriza por um saiote sobre as calças, chamado abala. O abala é formado por tiras de tecido enfeitados com búzios e estampas. No momento da dança ao rodar o abala Xangô representação a expansão ininterrupta das linhagens em todas as direções. O emblema de Xangô é uma machado duplo conhecido como oxê, feito em madeira ou bronze e que é posto em suas mãos por suas sacerdotisas. Para serem evocados os sacerdotes utilizam o xerê, um instrumentos feito de cabeça ou metal, possui uma forma fálica e imita o som da chuva fina fertilizando e fecundando a terra. Associado a Santo Antonio, São João, São Pedro. OXUM É a patrona da gravidez. Ela está relacionada com as águas acorrentes, a fertilidade, e a riqueza, além de deter os princípios femininos da existência. É Oxum quem cuida do desenvolvimento do feto e protege o bebê até que ele aprenda a falar. Como ela possui o axé da fertilidade é procurada pelas mulheres que tem dificuldades em ter filhos. As substâncias do seu axé são o leite e o mel. O seu poder é caracterizado pelo mistério da transformação do corpo feminino, gerando filhos e alimentos. O emblema que representa Oxum é o abebe, que é utilizada por suas sacerdotisas e tem o formato de leque e representa o ventre fecundado. Associda a Nossa Senhora das Candeias e a Nossa Senhora dos Prazeres. OXUMARÉ

12 É o patrono da riqueza e é representado pelo arco-íris e trás em sue corpo todas as matrizes de cores. Ele esta associado à grande serpente que representa o ciclo vital, ao se levantar da profundeza da terra e subir até o céu retornando em seguida e penetrando no solo novamente. Em suas danças são apresentados esses movimentos, ao apontar os dedos indicadores para cima e para baixo sucessivamente representando assim o movimento da serpente. Seu emblema é feito de duas serpentes de ferro que são carregadas por suas sacerdotisas em cada uma das mãos. OXALÁ É o orixá do ar e é responsável pela criação dos seres humanos e das arvores. A cor branca representa o seu sangue que é caracterizado por substâncias minerais e metais como o chumbo e a prata. Oxalá utiliza um cetro denominado apaxôro feito de metal branco adornado com discos na horizontal e representações de folhas, peixes, campânulas e moedas penduradas na borda dos discos, no cume do seu cetro há um passarinho e uma coroa. Seu cetro representa a multiplicação dos seres tanto no aipê como no orun, além da capacidade de geração de filhos. Oxalá exige respeito e atenção visto que seus poderes envolvem a existência e se desagradado pode causar muitos danos. Também associado a Senhor do Bonfim. Cada orixá tem um dia da semana dedicado para si, assim como cada um tem determinado tipo de oferenda a serem ofertadas. CONCLUSÃO Pretendeu-se com este trabalho mostrar de forma sucinta a religiosidade Afro brasileira: o candomblé na tentativa de desmistificação dessa religião que sofre uma gama de discriminação por parte dos que não conhecem e acreditam que essa religião serve antes de mais nada para fazer o mal, como também pela visão etnocêntrica de determinados grupos que vêem a sua religião como sendo a verdadeira, a superior, a suprema. No primeiro caso é perceptível que os que tem preconceito com tal religião realmente forma um conceito prévio sem realmente saber do que se trata, tendo em vista que no candomblé não há a distinção entre bem e mal.

13 Constatamos ao fim desse trabalho, que essa prática religiosa ao contrário do que as pessoas acreditam não possui nada de maligno, muito pelo contrario é uma crença religiosa como todas as outras que tem em seus preceitos religiosos a harmonização entre os elementos da natureza e os seres humanos. E busca através de suas divindades estratégias para realização de seus desejos e uma melhor comunicação com os seres supremos. Possui uma hierarquia rígida que precisa ser respeitadas por todos os seus seguidores. Porém, um diferencial dessa religião e que talvez a faça ser tão importante culturalmente é a maneira na qual ela se mantêm, pois por não possuir documentos escritos ou livros com seus fundamentos religiosos, todos os seus cultos, crenças e tradições são passadas de geração a geração oralmente, o que demonstra a dedicação e fidelidade de seus seguidores ao deixar transparecer a força de uma antiga cultura, que soube se adequar aos obstáculos quando se reinventou, porém sem deixar de lado sua origem africana. O candomblé pode ser entendido como uma religião de resistência, de afirmação das raízes. Atualmente, ainda existe um grande preconceito em relação aos seus cultos, onde o terreiro é entendido como o local onde se realizam os ebos, conhecidos popularmente e erroneamente como macumba, que são de forma equivocada, entendidos como trabalhos para fazer algo de perverso para o próximo, os batuques e rodas seriam uma evocação ao Diabo, entre outros pensamentos. Essa religião vai de encontro com a tradicional religião católica e com a cultura brasileira que esta baseada nessa crença. Apesar dos afro-brasileiros terem relacionado o candomblé com a religião católica para serem aceitos pela sociedade, essa tentativa ate hoje não foi aceita. Por fim, o candomblé pode ser entendido além de uma religião, como uma manifestação cultural que a todo o momento reforça sua matiz africana e a resistência do povo africano e seus descendentes afro-brasileiros ao longo dos anos. Esperamos com este trabalho termos contribuído para o entendimento do verdadeiro sentido dessa religião tão importante presente em nossa sociedade. REFERÊNCIAS CABRERA, Lydia. Iemanjá e Oxum: Iniciações ialorixás e olorixás. São Paulo: Universidade de São Paulo, LUZ, Marcos Aurélio de Oliveira. AGADÁ: Dinâmica da civilização africano brasileira. 2 a ed, Salvador: EDUFBA, Visitado no dia 10/07/2011

14 casediferencasentrealgumasreligioesmediunicas.pdf. Visitado no dia 01/07/2011 PRANDI, J. R.Os candomblés de São Paulo:A velha magia na metrópole nova ED. HUCITEC,Universidade de são Paulo,São Paulo,1991.Disponível em bvespirita.com/, acesso em 24/07/2011.

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