LEI Nº /2009 CÓDIGO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. Florianópolis, 18 de agosto de 2009
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1 LEI Nº /2009 CÓDIGO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE Florianópolis, 18 de agosto de
2 ELABORAÇÃO DO CÓDIGO ESTADUAL 2007: Determinação do Sr. Governador do Estado à FATMA Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina para a elaboração de um código de meio ambiente estadual. Esta coordena os trabalhos de nove grupos técnicos formados por órgãos do governo, entidades da sociedade civil organizada e setor produtivo. 2008: Adequações e Melhoria propostas por entidades do setor produtivo. Trabalhos conduzidos pelas secretarias do Desenvolvimento Econômico Sustentável e Secretaria da Agricultura. 2008: Governo encaminha PL 0238/08 à ALESC. Realizadas 10 Audiências Públicas (+ de pessoas participaram em todas as regiões de SC) 2009: Substitutivo Global é Aprovado sem voto contrário, pessoas acompanham a votação na ALESC. A LEI nº é sancionada pelo Governador Luiz Henrique em 13 de abril de
3 O QUE É O CÓDIGO? POR QUE FAZER UM CÓDIGO? CÓDIGO na terminologia jurídica, significa coleção de leis. Denominação que se dá a todo conjunto de leis compostas pela autoridade competente, normalmente pelo Poder Legislativo, enfeixadas num só corpo e destinadas a reger a matéria, que faz parte, ou que é objeto de um ramo do Direito. 3
4 O QUE É O CÓDIGO DO MEIO AMBIENTE DE SANTA CATARINA? O Novo Código Ambiental de Santa Catarina é uma sistematização da Lei Federal com importantes inovações que se aplicam às peculiaridades ambientais do território catarinense. Com base no princípio da razoabilidade, o novo código visa a produção sustentável, ou seja, a proteção dos recursos naturais de maneira economicamente viável e socialmente justa. A nova legislação está adequada à realidade ambiental, econômica e social do Estado de Santa Catarina, sempre com o intuito de proteção ao meio ambiente. 4
5 FUNDAMENTAÇÃO CONSTITUCIONAL PRINCÍPIO FEDERATIVO: -AUTONOMIA DOS ESTADOS; -COMPETÊNCIA CONCORRENTE (ART. 24, CF) PRINCÍPIOS DO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO, DO FIM SOCIAL DA PROPRIEDADE, DA IGUALDADE E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. 5
6 ÓRGÃOS DO SISTEMA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE -SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL como órgão central responsável pelo planejamento e formulação da Política Estadual do Meio Ambiente. -FATMA e Polícia como órgãos executores. -CONSEMA como órgão consultivo e deliberativo. --ÓRGÃOS LOCAIS como órgãos de controle e fiscalização; -NOVO ÓRGÃO Juntas Administrativas Regionais de Infrações Ambientais como órgão julgador intermediário. 6
7 PONTOS MAIS RELEVANTES DA LEI: QTO AOS CONCEITOS, ART. 28: NOVOS CONCEITOS: ÁREA RURAL OU PESQUEIRA CONSOLIDADA aquelas nas quais existem atividades agropecuárias e pesqueiras de forma contínua, antes da edição desta lei. # Sendo que em cada caso serão indicadas as medidas mitigadoras que permitam a continuidade das atividades nas áreas consolidadas. # Poder Público subsidiará a adoção de medidas técnicas previamente referidas em pequenas propriedades rurais. 7
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9 AINDA NOVOS CONCEITOS Banhado de altitude ocorrem acima de 850 m de altitude Campos de altitude associados à Floresta Ombrófila Densa ou à Floresta Ombrófila Mista, sendo permitidos acima de m atividades econômicas como a pecuária extensiva, o ecoturismo e o turismo sustentável. Topo de morro área compreendida pelos cumes dos morros e montanhas e pelas encostas erosionais adjacentes a estes cumes. 9
10 PONTOS MAIS RELEVANTES DA LEI: INOVAÇÃO (art.16) - Criação das JARIAS - Juntas Administrativas Regionais de Infrações Ambientais órgão julgador intermediário composta por três membros governamentais e três do setor produtivo. INOVAÇÃO (art.25) - Criação do Fundo de Compensação Ambiental e Desenvolvimento FCAD com o objetivo de: I - Investir no SEUC, especialmente na regularização fundiária destas unidades. II - remunerar os proprietários rurais e urbanos que mantenham áreas florestais nativas ou plantadas, sem fins de produção madeireira. 10
11 PONTOS MAIS RELEVANTES DA LEI: Fundo de Compensação e Desenvolvimento - FCAD IV - financiar e subsidiar projetos produtivos que impliquem alteração do uso atual do solo e regularizem ambientalmente as propriedades rurais e urbanas. V - financiar e subsidiar projetos produtivos que diminuam o potencial de impacto ambiental das atividades poluidoras instaladas no Estado. VI - desenvolver o turismo e a urbanização sustentável no Estado. 11
12 DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DESTAQUES: - Mais agilidade no processo de licenciamento; -Clara definição dos estudos ambientais a serem exigidos; -Obrigatoriedade de parecer técnico embasador; -Estabelecimento de prazos máximos para a concessão das licenças: 1)LAP - 3 meses a contar do protocolo do requerimento, 4 meses com EIA/RIMA ou audiência pública; 2)LAI 3 meses 3)LAO 2 meses 12
13 -Licenciamento ambiental simplificado, por meio de autorização ambiental AuA, para atividades de baixo impacto ambiental prazo máximo de 60 dias. -Dispensa da LAI, qdo: para licenciamentos que não seja exigido o Estudo de Impacto Ambiental EIA; para licenciamentos que seja exigido o Relatório Ambiental Prévio RAP ou os pressupostos para a LAI estejam presentes no processo de licenciamento. -O requerimento, expedição de certidões e declarações e o cadastramento de atividades junto à FATMA são gratuitos. 13
14 PROCESSO ADMINISTRATIVO INFRACIONAL DESTAQUES: -custos resultantes do embargo ou da interdição, temporário ou definitivo, serão RESSARCIDOS PELO INFRATOR, APÓS ENCERRADO O PROCESSO ADMINISTRATIVO E QDO COMPROVADA A PRÁTICA DA INFRAÇÃO; -PENAS DE MULTAS CONVERTIDAS EM ADVERTÊNCIA, SEMPRE QUE DE UMA INFRAÇÃO AMBIENTAL NÃO TIVER DECORRIDO DANO AMBIENTAL RELEVANTE. 14
15 NORMAS CLARAS PARA A LAVRATURA DO AUTO DE INFRAÇÃO; PRAZO DE 20 DIAS PARA DEFESA PRÉVIA, A CONTAR DA DATA DA CIÊNCIA DA LAVRATURA DO AUTO DE INFRAÇÃO, PELA INTIMAÇÃO PESSOAL DO AUTUADO. DAS PENALIDADES APLICADAS PELA FATMA CABE RECURSO ADMISNITRATIVO, EM PRIMEIRA INSTÂNCIA À JARIA, NO PRAZO DE 20 DIAS A CONTAR DA CIÊNCIA DO DESPACHO DA FATMA OU DA PMA; EM SEGUNDA INSTÂNCIA, A CONSEMA, NO PRAZO DE 20 DIAS, A CONTAR DA DATA DA CIÊNCIA DO DESPACHO DA JARIA. 15
16 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE -Adequação das APP s ao longo dos cursos de água, de acordo com a realidade do nosso Estado; -Proibição de se suprimir vegetação já existente, estando a supressão de florestas submetidas as normas federais já vigentes; -Alteração dos limites estabelecidos em lei, somente por meio de estudos técnicos realizados pela EPAGRI; -Uso Econômico-Sustentável das APP s, em casos de utilidade pública, interesse social e intervenção ou supressão eventual de baixo impacto ambiental.. 16
17 Art. 114: Considera APP, as florestas e demais formas de cobertura vegetal situadas ao longo dos rios ou de qualquer curso de água, cuja largura mínima seja: PARA PROPRIEDADES COM ATÉ 50 HA: Cinco metros para rios inferiores a cinco metros de largura Dez metros para rios de cinco até dez metros de largura Dez metros acrescidos de 50% da medida excedente a dez metros, para rios com largura superior a dez metros Exemplo: Rio de 15 metros APP = ,5 (5 / 2 = 2,5 mts) APP para rio de 15 mts = 12, 5 metros 17
18 ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP. PARA PROPRIEDADES ACIMA DE 50 (CINQUENTA) HA: Dez metros para rios que tenham até dez metros de largura Dez metros acrescidos de 50% da medida excedente a dez metros, para rios que tenham largura superior a dez metros 18
19 ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE 19 Fonte DC
20 DA RESERVA LEGAL -Possibilidade de utilização de 100% da APP em Reserva Legal de em pequena propriedade ou posse rural; -Possibilidade de utilização de 60% da APP em Reserva Legal nos demais casos; -Possibilidades de compensação da Reserva Legal, entre elas a compensação de RL por outra área equivalente em importância ecológica e extensão, que pertença ao mesmo ecossistema e esteja localizada na mesma bacia hidrográfica; 20
21 DA RESERVA LEGAL -No meio rural, 100% de área existente em Reserva Particular do Patrimônio Natural RPPNE ou outra UC poderá ser utilizada para fins de compensação de RL. -Averbação da Reserva Legal de Pequena Propriedade ou Posse Rural é gratuita. -Exploração Sustentável de erva mate, livre de autorização ambiental, obedecidos alguns critérios, na RL. 21
22 DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UC S) -Criação de UC s por lei, devendo a implantação de tais unidades estar condicionada a recursos previamente inseridos no orçamento do estado, destinados às desapropriações e indenizações. -Critérios que devem estar contidos na lei de criação. -RPPNE Reserva Particular do Patrimônio Natural Estadual, Uc de domínio privado, de uso sustentável, criada por manifestação do proprietário, mediante ato do Poder público. -Direito de permanência no imóvel, enquanto não houver indenização. 22
23 OUTROS PONTOS IMPORTANTES: Gestão dos Recursos ambientais e Proteção dos recursos hídricos (art. 215 a 245) Art. 204 Do Gerenciamento Costeiro Arts. 239 a 243 Proteção do Solo Arts. 246 a 249 Proteção do Ar Arts 250 a 254 Proteção da Fauna e da Flora Art. 256 a 273 Resíduos Sólidos Art. 274 Antenas de Telecomunicações 23
24 A PARTIR DO ART. 275, NAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ESTÃO DETERMINADAS ALGUMAS COMPETÊNCIAS DADAS AO PODER PÚBLICO, BEM COMO ALGUMAS OBRIGAÇÕES DO EMPREENDEDOR, EM DESTAQUE: Competências dadas ao CONSEMA: No prazo de 1 ano: regulamentar os usos possíveis dos banhados; as condições do manejo sustentável do palmito, da bracatinga, da araucária e da erva mate. -Instituição pelo Poder executivo, no prazo de 1 ano, das JARIA s. -Empreendimentos sem outorga de uso da água, devem requerê-la no prazo de 90 dias. - Regulamentação do pagamento dos serviços ambientais, por lei específica, a ser elaborada no prazo de 180 dias pelo Poder Executivo. 24
25 Juliana Malta Corte Consultora Jurídica Rua Frei Caneca, 400. Agronômica. Florianópolis/SC
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