O TROCO. Jornal do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região - agosto Outubro de Uma Greve se faz com Luta!

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1 O TROCO Jornal do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região - agosto Outubro de 2013 Uma Greve se faz com Luta! Bancários fazem a mais longa Greve dos últimos 20 anos no país.

2 O TROCO Artigo O TROCO 02 Editorial Uma campanha com gosto de quero mais A Campanha Salarial 2013 acabou e deixou uma estranha sensação de quero mais, pois se considerarmos a lucratividade absurda que os bancos tiveram até setembro deste ano, 8% de reajuste salarial para os bancários chega a ser ridículo. E assim mesmo só foi conquistado depois de uma desgastante greve de quase um mês de duração. Na Conferência dos bancários gaúchos, que dá a largada da campanha salarial no Estado, o índice de reajuste aprovado foi de 18%. No entanto, liderados por bancários de estados importantes como São Paulo, o índice de reivindicação foi rebaixado para 11,93% na Conferência Nacional que define a pauta a ser apresentada aos patrões. Ou seja, faltou mobilização interna mais forte no próprio movimento bancário e na base da categoria para defender, nacionalmente, um índice maior, mais justo. Em Pelotas, o destaque desta campanha ficou por conta dos funcionários do Banco do Brasil, que fizeram uma forte mobilização como há muito não se via no banco. Eles participaram ativamente de todas atividades da greve, inclusive realizando uma assembleia com a presença de praticamente todos os funcionários que estavam em greve nas agências da cidade. O que fica, portanto, de mais uma Campanha Salarial, é a necessidade do envolvimento da categoria não apenas durante o período das negociações, mas principalmente no ano inteiro, nas discussões que antecedem todo esse processo. O Sindicato existe o ano inteiro e trabalha para defender os interesses dos bancários sempre, em cada dia de trabalho. Expediente Vito Giannotti Brasil de Fato A exploração do trabalho aumenta É claro que o mundo mudou, que a realidade do trabalho mudou, mas o fundamento do lucro do capital continua a ser a exploração e a opressão dos trabalhadores Há pessoas politicamente cegas, que pensam que o mundo do trabalho mudou. A exploração não é mais aquela dos séculos 19 ou 20. Por isso, é preciso mudar a política. A classe operária não está mais na miséria como antigamente. Esse é o papo de quem quer justificar o abandono da luta pelo socialismo e de sua adesão ao pensamento neoliberal. Isto é a aceitação do pensamento único, há 30 anos hegemônico. É claro que o mundo mudou, que a realidade do trabalho mudou, mas o fundamento do lucro do capital continua a ser a exploração e a opressão dos trabalhadores. A imposição de condições de vida e trabalho absolutamente desumanas. E o capital hoje, como sempre, prende, tortura e mata quem contesta ou faz morrer de miséria e de exploração sem fim. No mês de agosto o mundo assistiu a dezenas de mortes provocadas pela repressão policial a serviço dos patrões nas minas de ouro da África do Sul. Quem mandou matar? Não foi Deus e nem o Diabo. Foram os donos das grandes corporações que exploram o ouro, diamantes, ferro e mil outras riquezas daquele continente há séculos. Essa é a história da África, o continente mais saqueado pelas potências europeias para acumular suas riquezas. Nas mãos de quem? De um punhado de capitalistas, respeitosamente chamados de empresários. Seeb Online No Norte do mesmo continente, no Marrocos, há outra forma de matar trabalhadores, ou melhor, trabalhadoras. As duas maiores empresas pesqueiras da Holanda pescam camarões no Mar do Norte e os levam até o porto de Tanger, no Marrocos, para que sejam descascados. Lá estão instaladas as fábricas de descascamento onde trabalham mulheres, geralmente jovens entre 14 e 18 anos, por 12 horas por dia e em ambiente com baixíssima temperatura. No fim do mês levam para casa 60% do salário mínimo nacional. As adolescentes são tratadas como meras peças de reposição. Devido ao ritmo de trabalho e às péssimas condições, perdem sua capacidade produtiva aos 18, ficam aleijadas depois de quatro anos de trabalho. O mundo inteiro veste roupas ou sapatos do maior exportador mundial, a China. O segundo produtor mundial é Bangladesh. Lá a exploração é das mais terríveis. A imensa maioria das trabalhadoras ganha de 25 a 37 dólares mensais. Sim, de 50 a 80 reais. Vivem em favelas monstruosamente grandes, sem nenhuma condição humana de vida. Há constantes greves e manifestações de protesto, sempre reprimidas a tiros pela polícia dos patrões. Eles querem continuar com a mão de obra mais barata do mundo. Esta é a lógica do capital. E na Europa? Grécia, Espanha, Irlanda, Portugal, Itália? Lá a moda é falar da crise e com isso aumentar a exploração e retirar direitos trabalhistas. E aqui no Brasil? Sim, há quase pleno emprego, mas várias medidas estão sendo armadas para flexibilizar as leis trabalhistas e diminuir os custos da mão de obra. Este é o mundo do capital. O nosso mundo, o do trabalho, precisa ser construído. O TROCO outubro/2013 Periódico do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região Rua Tiradentes, Pelotas/RS Fone: (53) e Coordenador de Comunicação: Roger Peres Jornalista Renponsável: Jairo Sanguiné (Reg. Prof. 6445) Produção Gráfica: Taiane Volcan Impressão: Gráfica Seriarte bancariospel.org.br Ajude a construir o jornal do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região. Escreva para: seebimprensa@gmail.com

3 O TROCO 03 Local Sindicato distribui kit de brinde para encerrar comemorações dos 80 anos Revista será distribuída a todos os sócios, de Pelotas e região pelos diretores do Sindicato. O ano de 2013 foi de celebrações pelos 80 anos do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região, comemorado dia 12 de agosto. Foram inúmeras atividades realizadas ao longo do ano, e para fechar as celebrações, haverá a distribuição, aos sócios, a partir do início de novembro, de um kit com chaveiro, mouse pad e uma revista que conta toda a trajetória do Sindicato nesses 80 anos de luta. A distribuição será feita diretamente pelos diretores do Sindicato aos bancários sócios em todas agências da região. A revista faz um resgate histórico não apenas do sindicato, mas de todo contexto político do país no qual a entidade foi criada, e se desenvolveu, dos anos de 1930 até hoje, lembrando as principais lutas e conquistas dos bancários, com destaque para as atividades do grupo que assumiu a direção do sindicato no final da década de O grupo representava o movimento sindical combativo que se espalhava pelo país a partir das greves do ABC Paulista. A revista é recheada de depoimentos de importantes lideranças do movimento bancário e do movimento sindical e popular, como Antônio Cruz, Arnoni Hanke, Celeste Pereira, Lair de Mattos, Carlos Cordeiro, Marcos Kammer, Marcos Todt, Telmo Moreira, entre outros. Eles lembram todos os momentos de mobilização do Sindicato, considerado como referencia no movimento bancário estadual e nacional por sua representação de destaque em importantes fóruns dos trabalhadores de Pelotas e do país. Atividades em 2013 que marcaram os 80 anos do Sindicato dos Bancários Concurso para escolher o selo comemorativo; Pesquisa histórica elaborada pelo Instituto Mário Alves de Estudos Políticos; Audiência Pública na Câmara de Vereadores Festa de aniversário do Sindicato, com lançamento do documentário Bancários, 80 anos de lutas ; Distribuição do Kit Brinde, com revista, chaveiro e mouse pad. Sentido Álvaro Barcellos Recolho aqui e acolá pedaços, nacos, fragmentos do que um dia fomos. É um ofício que requer paciência. Procuro juntá-los, criar nexos, elos, montar as peças. É uma arte, e requer cuidados. Apanho as partes, viro-as do avesso, troco-as de lado e lugar. Tento entender seus mistérios. Tiro conclusões: ora acerto, ora erro, relevo, volto atrás. Talvez tudo seja tão mais simples. Persigo pegadas, pesquiso, mergulho, repouso e torno a trilhar. Somos nós na seiva da história. Respiro fundo, recobro a calma e removo o pó dos tempos na sede milenar de um sentido pro viver.

4 O TROCO 04 Poderia ser melhor Com 41 dias de greve, 1,82% de aumento real é muito pouco para quem lucrou em média 18% no primeiro semestre Assim como nos anos anteriores, os bancários precisaram de uma longa greve para conseguir algum aumento real sobre salários e demais verbas. Mas apesar de toda mobilização da categoria, o índice de reajuste ficou muito aquém do que os banqueiros poderiam conceder, principalmente considerando a alta lucratividade do setor. Na Campanha de 2013 a intransigência dos bancos mais uma vez se fez presente, pois os bancos repetiram a estratégia de anos anteriores, de acabar com os aumentos reais e rebaixar conquistas para reduzir custos, de vencer os bancários pelo cansaço e de punir os grevistas com o desconto dos dias parados. Com os 26 dias de greve geral e 41 dias no Banrisul, os bancários conseguiram 8,0% de reajuste (aumento real de 1,82%) sobre os salários e demais verbas, 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Também aumenta de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR e avança em outras reivindicações econômicas e sociais. Com a grande mobilização, a categoria também forçou os bancos a recuarem da proposição inicial de compensar todos os dias de greve em 180 dias. Acabaram aceitando compensar no máximo uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, até 15 de dezembro - a partir da assinatura do acordo. A nova Convenção Coletiva incluirá ainda quatro novas cláusulas: proibição de os bancos enviarem SMS aos bancários cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano, constituição de grupo de trabalho com especialistas para apurar as causas dos adoecimentos dos bancários e adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês. Conquistas 2013 Reajuste: 8,0% (1,82% de aumento real). Pisos: Reajuste de 8,5% (ganho real de 2,29%). PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.087,49. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários, limitado a R$ ,86. PLR parcela adicional: aumento de 2% para 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00. Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da CCT. Auxílio-refeição: de R$ 21,46 para R$ 23,18 por dia. Cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36. 13ª cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36. Auxílio-creche/babá: R$ 330,71 (para filhos até 71 meses). E para R$ 282,91(para filhos até 83 meses). Requalificação profissional: sobe para R$ 1.130,88. Adiantamento emergencial: Não devolução para os que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho. Gestores ficam proibidos de enviar torpedos aos celulares particulares dos bancários cobrando cumprimento de resultados. Abono-assiduidade: 1 dia de folga remunerada por ano. Vale-cultura: R$ 50,00 mensais para quem ganha até 5 salários. Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho. Adoecimento de bancários - Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos. Compromissos Inovações tecnológicas - Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial. Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho - Reunião específica para discutir o processo. Discutir um novo modelo de PLR antes da campanha nacional de 2014.

5 O TROCO 05 Acordo do BB prevê contratação de 3 mil funcionários até agosto de 2014 O acordo aditivo específico com o Banco do Brasil, assinado dia 17, trouxe avanços como a contratação de mais funcionários, a melhoria na pontuação de mérito dos caixas, novas medidas para combater o assédio moral e o novo mecanismo que limita em no máximo uma hora por dia, até 15 de dezembro, a possibilidade de compensação de horas da greve. Outra conquista importante foi o compromisso da direção do banco em contratar 3 mil funcionários até agosto de O Sindicato dos Bancários de Pelotas considera que cada avanço específico no acordo aditivo, em particular o aumento real de salário, é fruto da forte participação dos bancários do Banco do Brasil na greve nacional. Durante a reunião de assinatura do acordo, os representantes dos bancários cobraram do banco a reclassificação das faltas de julho e agosto último, em razão da forte luta dos bancários contra o PL Além disso, também foi cobrada da direção do banco que neste ano a postura da empresa seja diferente em relação ao pós-greve do ano passado, quando o BB passou meses perseguindo funcionários que participaram da paralisação. Isso foi cobrado porque, antes mesmo da assinatura do acordo, já havia denúncias em alguns estados de administradores cancelando férias de bancários. Outra cobrança dos funcionários foi a solicitação de instalação de mesa permanente imediata para discutir a distribuição do superávit da Previ de 2012, uma vez que existem reivindicações de participantes para que seja mantida a suspensão das contribuições. Em Pelotas, funcionários deram exemplo de unidade de mobilização A Greve dos funcionários do Banco do Brasil este ano ficará marcada como uma das mais importantes da história das mobilizações da categoria em Pelotas. Já na primeira assembleia específica, dia 2 de outubro, foi possível perceber a disposição de todos de fazer uma mobilização forte. Praticamente 100% dos funcionários participaram do encontro que organizou a greve em Pelotas. Durante todo o período da greve os funcionários mantiveram-se mobilizados, com manifestações nas agências e também buscando formas criativas de chamar a atenção para a greve, como a doação de sangue no Hemocentro, numa alusão ao fato dos banqueiros tirarem o sangue dos bancários e ao fato de os bancários darem seu sangue para que os bancos tenham a alta lucratividade que sempre tem. Greve obtém avanços importantes na Caixa Ao final da maior greve dos últimos 20 anos, os funcionários da Caixa Federal tiveram o acordo coletivo assinado no dia 17 com vários avanços, inclusive com a anúncio do o pagamento dos acertos retroativos a 1º de setembro ainda na folha deste mês Os funcionários avaliam a greve como vitoriosa, fruto da mobilização, da ousadia e da unidade de todos os bancários em todo o país. Houve avanços importantes, tanto econômicos como sociais, como o aumento real pelo décimo ano, a valorização dos pisos, a melhoria da PLR, o grupo de trabalho para discutir as causas dos adoecimentos, a proibição do envio de SMS e o vale-cultura A campanha da Caixa, este ano, assim como nos demais bancos, não foi só pelo econômico, mas também por melhores condições de trabalho, mas a categoria pretende manter aberto o canal de diálogo, para que possa continuar discutindo as reivindicações específicas e assim chegar na próxima campanha com menos pendências.

6 Nacional O TROCO 06 Greve do Banrisul termina em mediação do TRT Banrisul foi o último banco do país a terminar a Greve Depois de 41 dias de greve, e diante da incapacidade da direção do Banrisul de negociar diretamente com seus funcionários, foi necessário a intervenção Tribunal Regional do Trabalho para por fim ao conflito. Após quase quatro horas de mediação, realizada dia 29/10, o Banco propôs a retomada da Comissão Paritária sobre Plano de Carreira, a melhoria da PLR Banrisul, extensão da PLR e 13ª Cesta Alimentação aos trabalhadores afastados por doença ou acidente do trabalho e a mudança nos critérios de compensação dos dias de greve. Nas assembleias do Estado, inclusive em Pelotas, houve divisão entre os funcionários que aceitaram e os que rejeitaram a proposta do Banco. Por maioria, com exceção Porto Alegre e Santa Maria, os bancários acataram a proposta e colocaram fim à greve. No 30º dia de Greve, banrisulenses distribuíram bolo na agência centro Veja os compromissos assumidos pelo Banrisul na mediação: Compensação de horas da greve Os dias não trabalhados na greve de 2013 poderão ser compensados até 31 de dezembro de 2013, no limite de uma hora diária. O Banco também se compromete de manter os compromissos já assumidos relativos a férias e abono assiduidade agendados pelos funcionários. Plano de Carreira: O Banco se compromete à retomada da Comissão Paritária sobre Plano de Carreira, com a criação de subcomissões específicas para debater as questões dos funcionários dos setores de Tecnologia da Informação e Call Center. As conclusões dos trabalhos destes fóruns específicos serão encaminhadas à Comissão Paritária. PLR O Banco estabelece percentual de 1,8% do lucro líquido a ser distribuído de forma linear a todo o quadro de funcionários. Sendo que 1,5% será pago no dia 08 de novembro. O restante, equivalente a 0,3% será pago na mesma data prevista para o pagamento da segunda parcela da PLR, acordada com a Fenaban. Extensão para trabalhadores afastados Os benefícios da Participação nos Lucros, tanto a regra da CCT Nacional dos Bancários como a PLR Banrisul e a 13ª Cesta Alimentação serão estendidos a todos os trabalhadores afastados por doença ou acidente de trabalho. Banrisulenses rejeitaram todas as propostas do banco que não apresentavam melhorias para o plano de carreira.

7 O TROCO 07 Saúde Bancos mantêm ritmo forte de demissões no país Mesmo com lucros milionários do último ano, milhares de bancários perderam seus empregos. Os bancos privados fecharam postos de trabalho entre janeiro e agosto de 2013, andando na contramão da economia brasileira, que gerou 1,07 milhão de novos empregos no mesmo período. Além dos cortes, o sistema financeiro mantém a rotatividade de mão de obra alta, mecanismo que os bancos usam para reduzir custos. É o que mostra a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), realizada pela Contraf-CUT e que faz o estudo em parceria com o Dieese com base nos dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho. Mesmo aumentando os lucros e mantendo a mais alta rentabilidade do sistema financeiro internacional, os bancos brasileiros, principalmente os privados, continuam demitindo trabalhadores e empregando a rotatividade para reduzir os salários dos trabalhadores. Por isso a categoria incluiu a preservação do emprego, mais contratações e o fim da rotatividade como duas das principais reivindicações da Campanha Nacional de PELOTAS Em Pelotas, o quadro de demissões não é diferente. Ao todo foram demitidos 38 bancários ao longo deste ano, com destaque para Santander e Bradesco que, juntos, demitiram 14 bancários nas agências da regional do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região. O lucro do Santander no Brasil, nos primeiros nove meses do ano, foi de R$ 1,407 bilhão, enquanto que o do Brasdesco chegou a 3,064 bilhões, o que não justifica as demissões em massa efetuadas por essas instituições em todo o país. Pelotas se insere oficialmente na luta pela democratização da Comunicação Sindicato dos Bancários participa do Comitê Regional pela Democratização da Comunicação Graças a organização de Sindicatos e Organizações Sociais, Pelotas se inseriu oficialmente na luta por uma mídia democrática. Criado no final de setembro, o Comitê Regional pela Democratização da Comunicação é mais um instrumento de luta da sociedade, do qual o Sindicato dos Bancários faz parte. O grupo já realizou diversas atividades na cidade, que resultaram na coleta de assinaturas para o projeto de lei da mídia democrática, além da distribuição de materiais de conscientização sobre a importância da democratização dos meios para uma sociedade mais democrática. Participaram oficialmente da criação a ADUFPel-SSind, o Coletivo Juntos - Núcleo Pelotas, a RadioCom Pelotas, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil - SINDIFISCOPel, o Centro Acadêmico de Jornalismo da UFPel, a Agência Maria Bonita Comunicação e a Federação dos Estudantes de Agronomia - FEAB.

8 Retrospectiva da Campanha /9 Na primeira rodada de negociação da Campanha Salarial 2013, a proposta apresentada pela Fenaban, de apenas reajuste de 6,1% é considerada ridícula pelos bancários. 12/9 Assembleias em todo país aprovam Greve a partir de 19/9 18/9 Bancários fazem assembleia para organizar a Greve nacional da categoria. 19/9 Começa a Greve em todo o país. Os bancários fecham mais de 6 mil agências e centros administrativos em 26 estados e no Distrito Federal já no primeiro dia da greve nacional. 24/9 Greve entra na segunda semana com 10 mil agências e centros administrativos parados no país. Assembleia do BB - Num dia histórico em Pelotas, os funcionários do Banco do Brasil fizeram uma assembleia inédita no Sindicato, com presença de praticamente 100% dos funcionários. 02/10 da Greve toma conta das ruas de Pelotas: Ban03/10 Caminhada cários fazem uma passeata que mostrou a força da greve. Fenaban apresenta proposta de 7,1%, rejeitada pelo Comando Nacional. 04/10 fazem vigília nas agências do Banco do Brasil; As07/10 Bancários sembleia Geral dos bancários é realizada na praça Cel. Pedro Osório e rejeita por unanimidade a proposta da Fenaban. No 22º dia, greve arranca nova negociação com Fenaban. Banqueiros ofereceram 8% de reajuste sobre as verbas de natureza salarial. 10/10 atitude de solidariedade e cidadania, funcionários em 11/10 Numa greve do Banco do Brasil em Pelotas doam de sangue para salvar vidas e não para enriquecer os banqueiros. Assembleia Geral dos bancários de Pelotas acata a proposta da Fenabam e termina a greve. Funcionários do Banrisul decidem manter a greve em Pelotas e no país. 14/10 do Banrisul recebem ameaças para voltar ao 15/10 Funcionários trabalho, mas não recuam e mantêm a greve. Em Pelotas, funcionários fazem ato em frente à agência Centro, onde funciona a superintendência regional. 16/10 reúne funcionários do Banrisul de todo o Estado em 17/10 Passeatão Porto Alegre para cobrar do banco reabertura de negociações. Funcionários distribuem um bolo para marcar o primeiro mês da greve na agência Centro do Banrisul Pelotas. 18/10