DELIBERAÇÃO. 1 Que a sra. conservadora indevidamente anotou na ficha, aplicando ao recurso de conta a inaplicável

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1 P.º n.º R.P. 99/2011 SJC-CT Aquisição. Distrate de doação titulada por escritura pública. Cumprimento das obrigações fiscais. Prazo da obrigação de registar. DELIBERAÇÃO 1. No dia 29/03/2011, sob a ap...., o ora impugnante requereu no serviço recorrido registo de aquisição do prédio descrito na ficha n.º... da freguesia de..., concelho de..., com base em escritura de distrate de doação lavrada em 29/09/2009. O ato foi efetuado, mas não sem que de caminho se tivesse mostrado necessário organizar subprocedimento de suprimento de deficiências visando a comprovação do cumprimento das obrigações fiscais em sede de imposto do selo, em cujo contexto para o processo se carrearia, em 05/04/2011, cópia do denominado Modelo 1 ( participação de transmissões gratuitas ) com nota de entrada no serviço de finanças em 04/04/2011 (após, portanto, o pedido de registo). Pelo serviço foi liquidada e efetivamente cobrada a importância total de 530,00, conforme conta n.º /2011 (cfr. recibo n.º ), cifra que se decompõe nas seguintes parcelas: 250,00 emolumento da verba 21.º/2.12, do RERN, aprovado pelo DL n.º 322-A/2001, de 14-12; 250,00 agravamento de montante igual ao da primeira parcela, por cumprimento tardio da obrigação de registar (CRP, arts. 8.º-C/1 e 8.º- D/1); 30,00 emolumento da verba 21.º/13, do RERN. 2. Contra a discriminada liquidação interpôs o apresentante em 19/04/2011 o presente recurso hierárquico. 1 A discordância que vem manifestar reporta-se tão-somente à quantia de 250,00 cobrada com fundamento no carácter tardio do pedido de registo. Invoca a seu favor a norma do art. 8.º-C/1, do CRP: se, como aí se estatui, o registo deve ser pedido no prazo de 30 dias a contar da data do cumprimento (sentido 1 Que a sra. conservadora indevidamente anotou na ficha, aplicando ao recurso de conta a inaplicável norma do n.º 1 do art. 148.º do código do registo predial (diploma a que, salvo quando outra coisa se indique, pertencem as disposições legais que formos citando). Com a agravante de que não se cuidou sequer de especificar, na anotação, o tipo de recurso a que se refere, o que forçosamente conduzirá à conclusão, por parte de quem entre em contacto com a ficha, de que se tratará do recurso previsto no art. 140.º do CRP. 1

2 com que em sua opinião deve ser lido o vocábulo pagamento adotado no enunciado da norma) das obrigações fiscais, e se o cumprimento de tais obrigações, no que ao facto submetido a registo respeita, se assegurou só em 04/04/2011, pois bem, daí se segue que só nesta última data é que, nos termos da lei, começou a correr o referido termo de 30 dias, sendo irrelevante, para efeitos da determinação do concreto prazo do cumprimento da obrigação de registar, que às obrigações do foro tributário por seu lado se tenha dado cumprimento fora do prazo estabelecido na legislação aplicável e isso tanto mais quanto ser certo não admitirem as disposições tabelares interpretação extensiva ou analógica (art. 5.º, do RERN). Em conformidade, solicita a restituição da quantia que em seu entender, nos termos expostos, não deveria ter pago. 3. A sra. conservadora não elaborou o despacho a que se refere o art. 142.º-A/1 CRP, aplicável ao recurso de conta por remissão do art. 147.º-C/2 do mesmo diploma. Todavia, a impugnação foi precedida da dedução de reclamação de conta para a própria conservadora, e esta, na resposta dada, explicitou o seu pensamento relativamente à questão da justeza da cobrança do mencionado agravamento emolumentar nos termos que resumidamente se deixam transcritos: 2 2 Reclamação de conta foi como o ora recorrente efetivamente apelidou o requerimento que concomitantemente apresentou com a entrega dos documentos solicitados em suprimento de deficiências, e no qual, usando da argumentação depois repetida, e vista, na petição de recurso, desde logo se insurgiu contra a exigibilidade do sobrecusto legalmente previsto para a hipótese de o pedido de registo ser submetido fora do prazo. A sra. conservadora, porém, em preâmbulo à resposta de fundo, que a seguir reproduzimos, fez questão de esclarecer que, em sua opinião, o que resulta do escrito recebido não é uma impugnação de conta a que devam ser aplicadas as disposições legais contidas nos arts. 140.º e seguintes do CRP, já que a carta é dirigida à Conservatória, e não ao Senhor Presidente do IRN, e o seu conteúdo revela bem que é [sua] intenção suscitar a correção da conta, cabendo-lhe a ela, conservadora, sendo o caso, e porque está em tempo, proceder à retificação da mesma. Mau grado os dizeres expressos do requerimento, não nos parece de censurar o enquadramento formal realizado, com o qual o impetrante aliás se conformou. E isto tanto mais que a reclamação para o conservador não figura entre os meios que a lei faculta para reagir contra a conta (cfr., sobre o ponto, o parecer emitido no processo CP 83/2008 SJC-CT), além de que, por outro lado, a liquidação naquela ocasião contestada não ganhara ainda a natureza de conta propriamente dita, pelo que a impugnação, se como tal fosse de enquadrar, sempre teria que se dar por prematura (cfr., sobre a oportunidade da impugnação da conta dos atos, o entendimento defendido na conclusão 6.ª da deliberação tomada no Processo RP 57/2009 SJC-CT). Quanto ao presente recurso, e à circunstância de, perante ele, não haver a sra. conservadora lavrado despacho a sustentar ou a reparar a conta, não é tal preterição justificativa de que processualmente se promova um qualquer retrocesso destinado a obtê-lo, e a dele se fazerem as necessárias notificações. De resto, a posição da sra. conservadora quanto à matéria discutida ficou limpidamente expressa na resposta que deu à reclamação, pelo que não seria razoável supor que o sentido do despacho, caso não se tivesse omitido, 2

3 predial. 4 ( ) A letra da lei é a contar do pagamento mas, a interpretação literal do dispositivo legal ( ) Quanto ao distrate da doação, e quanto à 2.ª parte do art. 8.º-C, e porque paga imposto de selo, forçosamente após a titulação, a questão está em saber se pelo facto da participação para o pagamento ter sido efetuado no presente, já depois de apresentado (neste caso) o registo ( ), se estará sujeito ao emolumento em dobro, uma vez que o legislador referiu a contar da data do pagamento das obrigações fiscais. ( ) A obrigação tributária nasceu em 24/09/ Logo a obrigação tributária de efectuar a participação para pagamento (não o pagamento) expirou em 31/12/2009 [art. 26.º/3, do CIS], prazo a partir do qual em nossa opinião começa a contar o prazo para promover o registo na conservatória do registo contornaria o próprio espírito de quem fez a lei, cuja intenção foi tornar o registo predial obrigatório, e sancionar o seu incumprimento ( ). Pendemos para a interpretação de que quem fez a lei, com certeza se referiu ao pagamento num sentido impróprio do termo, pensando no pagamento atempado, e não no pagamento ( ) extemporâneo. O mesmo vale para dizer, na participação para pagamento de imposto de selo feita atempadamente, e não a efetuada fora de prazo. ( ) ***** Inexistindo questões prévias e preenchidos que estão os necessários requisitos processuais, cumpre conhecer do mérito. Fazemo-lo através da seguinte DELIBERAÇÃO 1. Achando-se o facto jurídico sujeito ao regime de registo obrigatório, o prazo para que este se promova sem a aplicação da sanção que consiste no pagamento de quantia igual ao emolumento que seja devido, e contanto que a sua efetuação em andasse no sentido da reparação. (Sobre a irregularidade acabada de considerar, e diante de situação concreta com ténue, mas suficiente semelhança com a dos autos, cfr. o citado parecer emitido no processo CP 83/2008, maxime os seus pontos e ). 3 A data correta é 29/09/2009, que é a da titulação do facto. A sra. conservadora cometeu lapso de escrita. 4 O sublinhado consta do original. Julgamos no entanto haver equívoco da sra. conservadora na fixação do termo final do prazo previsto no art. 26.º/3, do CIS, a cuja contagem, se não estamos em erro, se aplicará a regra do art. 279.º/-c, do Ccivil. O prazo fiscal terminaria em 29/12/2009; o prazo registal, na lógica defendida, iniciar-se-ia no dia 30/12. 3

4 termos definitivos dependa do cumprimento de obrigações fiscais a assegurar depois da titulação substantiva, só começa a correr na data do efetivo cumprimento dessas obrigações, sendo para o efeito da determinação do prazo da obrigação registal absolutamente irrelevante a questão do (des)respeito do prazo da obrigação fiscal. 5 5 Em causa está a fixação do alcance a dar ao segmento do art. 8.º-C/1 que, na letra, difere o início do prazo de 30 dias para se pedir o registo obrigatório dos factos em relação aos quais, depois da sua titulação, haja que preceder ao pagamento de obrigações fiscais, para a data deste pagamento. Dizemos pagamento por ser essa a palavra usada no texto legal; mas melhor se dirá cumprimento e cumprimento, aliás, somente daquelas obrigações a que se faz mister atender no quadro da apreciação da viabilidade do pedido, nos termos do disposto no art. 72.º (cfr. notas 7 e 11 do parecer emitido no processo RP 106/2009 SJC-CT, bem como a conclusão 3.ª e fundamentação respetiva da deliberação adotada no processo RP 262/2008 SJC-CT). A recorrida interpreta e aplica o segmento normativo em apreço estabelecendo, para o prazo da obrigação de registar, um termo inicial máximo ou limite que justamente coincidirá com a data do termo final do prazo para o cumprimento das obrigações fiscais relevantes em sede de qualificação. Ou seja: os 30 dias contar-se-ão a partir da data do cumprimento das obrigações fiscais apenas e tão-só quando este cumprimento se assegure dentro do prazo previsto nas leis respetivas; mas uma vez passado este prazo limite, e cumpram-se depois tais obrigações quando se cumprirem, se se cumprirem, isso será já indiferente na demarcação do prazo da particular e específica obrigação de registo emergente de determinado titulo porquanto, para aferir da tempestividade do pedido correspondente, será àquele definido marco temporal máximo ou extremo que unicamente se impõe atender, nele se fixando o ponto de arranque do curso dos 30 dias. O pedido que se submeta após o escoamento deste intervalo de tempo será pois inelutavelmente tardio indo cair sempre nas malhas da sanção pecuniária cominada no art. 8.º-D/1. A lógica subjacente à construção, em essência, é a de que, de contrário isto é, se for caso de se fazer coincidir o início do prazo para pedir o registo obrigatório com a data do cumprimento das obrigações fiscais, sempre e em qualquer circunstância, isso equivalerá na prática a transformar em letra morta o regime sancionatório instituído contra o pedido tardio bastando, para arredá-lo, que o registo, seja quando for que se requisite mesmo que sobre a titulação tenham já passado anos, se requisite nos trinta dias seguintes ao cumprimento fiscal, ou antes dele. Deverá o art. 8.º-C/1 ler-se como o lê a recorrida? Em nossa opinião, não deve, nem pode. Desde logo, e salvo o devido respeito, o estabelecimento dum inultrapassável teto, retirado dos prazos máximos estabelecidos nas leis fiscais para o cumprimento das obrigações que nas mesmas leis se impõem, para aí fixar o termo inicial do prazo de cumprimento atempado da obrigação de registo, não encontra a nosso ver no enunciado verbal do dispositivo aquele mínimo de correspondência exigível para que se possa considerar como resultado interpretativo legítimo (CCivil, art. 9.º/2). A lei, muito enxutamente, diz que o prazo conferido para o pedido do registo começa a correr a partir da data do pagamento das obrigações fiscais, e nós não vemos como nos equacionáveis sentidos da frase se consiga desvendar um ressalvado complexo sub-regime (dentro do sub-regime que o prazo ligado ao cumprimento das obrigações fiscais já ele próprio representa) como o que se expôs. E também não se crê que o legislador tenha querido dizer coisa diferente do que disse, e que o que disse, tal como o disse, tenha por isso que hermenêuticamente moldar-se por modo a fazer revelar e prevalecer o sentido e alcance encoberto da norma, neste caso com matiz restritiva. Lembremos que as obrigações fiscais 4

5 em causa são aquelas cujo cumprimento importa assegurar para que o registo se possa fazer em termos definitivos. Ora, à luz deste postulado a que subjaz o entendimento de que só faz sentido impor o pedido de registo quando estejam reunidas as condições para que sobre ele possa recair juízo de plena viabilidade, a fórmula textual utilizada (com exceção porventura do emprego da palavra pagamento ) afigura-se-nos a adequada. Se o registo só se pode fazer definitivamente depois de resolvida a questão fiscal, fará sentido, cremos, que só a partir de então quando quer que isso aconteça se abra o prazo para que o registo obrigatório se efetue sem a aplicação da sanção que se traduz na duplicação do seu custo. Verifica-se portanto sintonia, a nosso ver, entre a letra e o espírito da lei. É verdade que, sendo assim o regime, tudo quanto é preciso para furtar o pedido à incidência do referido agravamento sancionatório é que ele não se submeta passados mais de 30 dias sobre o cumprimento fiscal, por mais tempo que tenha já decorrido sobre a data da titulação. Importa porém contextualizar adequadamente o problema, e distinguir o essencial do acessório. O essencial é o objetivo prosseguido com o regime da obrigatoriedade, e que é o de potenciar a coincidência entre a realidade registal e substantiva (e também física). O acessório ou seja, instrumental desse objetivo primeiro e último é a aplicação da sanção cominada para o cumprimento tardio da obrigação de registar. Ora, vistas as coisas por este prisma, o mal não está propriamente em que a sanção se não aplique; o mal está sim e sobretudo no atraso do pedido de registo em relação à data da titulação do facto, pois que é desde esse crucial momento, pelo menos, que entre a realidade registal e substantiva perdura o desencontro que é propósito do sistema da obrigatoriedade combater. E, quanto a isso, a aplicação da sanção, no caso concreto, nada vem resolver: o atraso substantivo está consumado. Sobre a sanção vale a pena dizer alguma coisa mais. O sistema da obrigatoriedade do registo introduzido com a reforma levada a cabo pelo DL n.º 116/2008, de 4-7, adotou com efeito como instrumento primordial da sua efetividade a cominação, para o pedido de registo submetido fora dos prazos elencados no art. 8.º-C, de sanção pecuniária de valor igual ao do emolumento devido (cfr., sobre a caracterização desta sanção, o parecer emitido no processo CP 22/2009 SJC- CT). Mas há que reconhecer a debilidade do isolado mecanismo (em vista do apontado fundamental desígnio de alcançar a célere coincidência entre os planos tabular e substantivo): não se prevendo procedimento oficioso algum de controlo do cumprimento dos prazos do registo (ao jeito do procedimento contra-ordenacional, por ex.), um tal mecanismo só pode convocar-se em face de cada individual pedido. O que quer dizer que, na prática, a sanção se aplicará somente ao semi-infrator, ou seja, a quem, embora tardiamente, acaba cumprindo a obrigação de registo; o infrator total, o que não vem a cumprir nunca, esse não sofre nunca a aplicação da penalidade. A sanção tem por objeto o pedido tardio; não tem por objeto a pura e simples omissão do pedido. Faz sentido sancionar o cumpridor retardatário e não sancionar o incumpridor tout-court? Cremos que faz, se tivermos presente que o registo, além de um dever, é também um ónus, do qual depende a eficácia do facto perante terceiros (cfr. art. 5.º/1). Pese embora o interesse público na efetuação do registo, aliás bem evidenciado no regime da obrigatoriedade, o registo predial continua a ser um instituto eminentemente de direito privado, ao serviço da tutela de interesses privados. A ausência do registo, quando o direito emergente do facto careça dele para se consolidar (cfr. OLIVEIRA ASCENSÃO, Reais, 2000, p. 362), expõe o titular ao risco da sua perda, ou, pelo menos, ao da sua substancial restrição, em face do prioritário registo de facto produtor de direito conflituante. Este eventual sacrifício substantivo é a penalização maior em que se pode incorrer, e é uma penalização de que o cumpridor tardio, apesar da demora, ainda se quer pôr ao abrigo: e não parece desrazoável, nessa ocasião, quando se cura de realizar o interesse privado na feitura do registo, que se sancione o sujeito obrigado por haver tardado na realização do interesse público nesse mesmo registo. Ainda duma outra perspetiva se nos afigura importante considerar o dever de entregar o emolumento 5

6 em dobro previsto no n.º 1 do art. 8.º-D com que o sistema reage ao pedido de registo apresentado com desrespeito dos prazos fixados no art. precedente. É que se esse sobrecusto tem a natureza de sanção, como julgamos que tem, isso será um motivo mais para que se deva ser muito comedido no desenvolvimento de esforços hermenêuticos destinados restringir o alcance do critério temporal definido na parte do art. 8.º-C/1 que aqui nos ocupa, porquanto, ao restringir-se aí, na linha do que é defendido pela recorrida, alargar-se-á do mesmo passo em contrapartida o raio de ação material da norma sancionatória. É tempo de olharmos ao caso dos autos. O título apresentado tem data de 29/09/2009 e respeita a distrate de doação anteriormente registada. Enquadre-se o facto na hipótese da al. a) como recorrente e recorrida fazem ou, como poderá também admitir-se, na hipótese da al. x) do n.º 1 do art. 2.º (enquadramento que não está em tabela, e sobre que não nos pronunciaremos), seguro é que se trata de facto abrangido pelo regime da obrigatoriedade (cfr. art. 8.º- A/1-a). No que toca ao aspeto fiscal, trata-se de facto simultaneamente sujeito ao imposto do selo tradicional (CIS, art. 1.º/1 e TGIS, verba 1.1.) e ao imposto do selo sobre as transmissões gratuitas (CIS, art. 1.º/3-g e TGIS, verba 1.2.), a cuja liquidação são aplicáveis as regras do art. 25.º do CIS (cfr. art. 23.º/5). Só depois da titulação, portanto, é que se deverá participar o facto à administração tributária, nos termos e nos prazos definidos no art. 26.º do CIS (cfr., em particular, os n.ºs 3 e 5), bastando fazer prova de tal participação, desde que o prédio visado no pedido de registo nela se inclua, para que este se possa fazer definitivamente (CIS, art. 63.º/2, e CRP, art. 72.º/1 e 3; para uma análise aprofundada da temática dos termos em se processa o controlo registal do cumprimento das obrigações fiscais, cfr. a deliberação tomada no processo RP 185/2009 SJC-CT). De acordo com o entendimento que defendemos, tendo o pedido de registo sido apresentado antes de as referidas obrigações fiscais estarem cumpridas, como se veio a comprovar no contexto da atividade de suprimento de deficiências desencadeada (aliás, a participação do facto tributário parece ter sido realizada na sequência desse esforço de suprimento), o pedido de registo não infringiu o prazo de 30 dias fixado no art. 8.º- C/1 na verdade, foi mesmo submetido antes do acionamento de tal prazo. O que evidentemente significa não se terem preenchido os pressupostos fácticos de aplicação da sanção do art. 8.º-D/1, pelo que a quantia a esse título cobrada deve ser restituída ao apresentante. Só mais duas observações finais. Uma, para dizer que não cremos que haja razão para temer um quadro de generalizado protelamento do cumprimento das obrigações fiscais como expediente destinado a provocar o subordinado protelamento do início do prazo do registo obrigatório. É que, à parte a desproteção substantiva em que fica o direito não levado a registo, que decerto joga a favor de que este se apresse, sucede que a não tempestiva apresentação perante as autoridades fiscais das declarações destinadas a basear uma eventual liquidação de imposto é ela própria punível com coima (cfr. art. 116.º do RGIT, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5-6). A segunda observação é para notar que o entendimento aqui defendido, quanto à irrelevância da data do cumprimento das obrigações fiscais para o efeito de nele se fixar o termo inicial do prazo de cumprimento da obrigação de registo, não está em contradição com os considerandos que na nota 7 da citada deliberação tomada no processo RP 262/2008 se fazem a propósito da articulação dos diferenciados prazos previstos nos códigos fiscais, para as suas obrigações, e no CRP, para a sua obrigação. O que de essencial aí se quis acentuar, na verdade, foi apenas que o prazo para a promoção do registo não interfere com os prazos definidos na lei fiscal, maxime com o prazo estabelecido no art. 26.º/3 do CIS. Designadamente, quando aí se diz que os trinta dias consagrados na parte final do n.º 1 do artigo 8.º-C do CRP só começam a correr na data da participação tempestiva daquela obrigação no serviço competente, o uso do adjetivo tempestiva não tem o 6

7 2. A não comprovação do cumprimento das obrigações fiscais no momento da submissão do pedido de registo dos factos referidos na conclusão anterior, ao impedir que desde logo se apurem os pressupostos temporais de (in)aplicabilidade da aludida sanção, determina que o serviço de registo, antes de poder iniciar a fase da apreciação da viabilidade do pedido, procure indagar junto dos serviços da administração fiscal, e unicamente para o efeito de determinar os ditos pressupostos, se tais obrigações foram cumpridas e, em caso afirmativo, em que data. 6 sentido de querer significar que os trinta dias só se contam da data da participação na medida em que esta seja tempestiva à face da lei fiscal o termo foi antes usado com mero valor descritivo, isto é, assumindo ou pressupondo a verificação, digamos, da ordem natural das coisas, e que é a de que tal obrigação de uso se cumpre no tempo oportuno. 6 Embora o prazo para requerer sem sanção o registo dos factos cuja definitividade dependa do cumprimento de obrigações fiscais posterior à titulação só comece a correr deste cumprimento em diante, nada obsta a que o registo se peça imediatamente a seguir à titulação, antes daquele cumprimento. E, se o for nos primeiros 30 dias, é seguro que o registo está dentro do prazo. Nesta hipótese, a falta de comprovação do cumprimento das obrigações fiscais levanta somente um problema de qualificação: se no processo de registo não se integrar a prova desse cumprimento, o registo virá a ser efetuado provisoriamente por dúvidas. Porém, quando o pedido caia para lá dos iniciais 30 dias seguintes à titulação, a falta de prova já não coloca simplesmente um problema de qualificação coloca também (e, logicamente, com anterioridade), a questão da tempestividade do pedido, e, portanto, a questão de saber se é ou não devido o pagamento da quantia sancionatória, e, portanto, e consequentemente, também a questão da própria possibilidade de qualificação (sobre a matéria da recusa da apreciação do pedido por falta de entrega das quantias devidas, entre as quais se inclui a do agravamento sancionatório de que se fala, cfr., entre outras tomadas de posição do Conselho, a deliberação do proc. RP 172/2010 SJC-CT). Verificando-se uma tal hipótese, como proceder? Cremos que na linha do que foi defendido, perante situação afim, na deliberação tomada no proc. RP 111/2010 SJC-CT. No momento do pedido, caso seja presencial, perante a impossibilidade de do teor dos documentos apresentados se concluir o que quer que seja relativamente à sua tempestividade e, portanto, sobre qual o custo em que incorre, de cujo integral pagamento decorre a própria possibilidade de apreciação do pedido deverá ser desde logo exigido o pagamento do emolumento em singelo, advertindo-se o apresentante para a eventualidade de poder vir a ser notificado para efetuar o pagamento da quantia em falta ( ), caso venha a concluir-se, em sede de averiguação a efetuar pelo serviço de registo posteriormente à apresentação, que há lugar ao pagamento em dobro. Tal averiguação, que deve fazer-se com a máxima brevidade, passará por oficiar o serviço de finanças competente (cfr., para o IS, o disposto no art. 25.º do CIS) no sentido de que este informe, também com a máxima brevidade, se estão cumpridas, e, se sim, a data em que o foram, as obrigações fiscais emergentes do facto cujo registo se pretende, no que toca ao prédio de que se trate (bem entendido, o ofício deve conter todos os elementos indispensáveis à inequívoca identificação do facto em questão; não se nos afigura excessivo o cuidado de lhe anexar cópia simples do documento comprovativo apresentado). Pela resposta da entidade consultada deverá aguardar-se o período dentro do qual é suposto que 7

8 legalmente responda (cfr., para os órgãos administrativos, o prazo fixado no art. 71.º CPA), acrescido do tempo razoavelmente expectável para a remessa por via postal (sem que, evidentemente, esteja afastada a possibilidade de se empregar qualquer outro meio idóneo de comunicação escrita ). Partindo do princípio de que a informação é obtida dentro do tempo normal (cfr. parágrafo anterior), a atuação subsequente do serviço de registo será necessariamente diferente consoante o que dela resultar: -- 1.ª Hipótese: o serviço de finanças informa que as obrigações fiscais não estão ainda cumpridas, ou que, estando, o foram seja depois da data da submissão do pedido de registo, seja há não mais de trinta dias em relação a essa data. Semelhante informação elimina pela raiz o problema da tempestividade do pedido de registo em sentido afirmativo; restará o problema que a falta de prova do cumprimento coloca ao nível da viabilidade da pretensão (cfr. arts. 68.º e 72.º), a demandar, para ser superado, a adoção da atividade de suprimento prevista no art. 73.º ª Hipótese: o serviço de finanças informa que as obrigações fiscais foram cumpridas em data sobre a qual, à data do pedido, haviam já decorrido mais de trinta dias. Fica assim comprovada a verificação dos pressupostos de aplicação da sanção pecuniária prevista no art. 8.º-D/1 a possibilidade de qualificação (a fase da tomada de decisão sobre a viabilidade do pedido de registo) fica pois condicionada ao pagamento do valor em falta; o serviço de registo deverá proceder nos termos que se propugnam na conclusão 2.ª da deliberação adotada no proc. RP 172/2010 SJC-CT. Porém, o serviço de registo não pode ficar interminavelmente à espera que a entidade consultada se digne responder. Decorrido o prazo normal de resposta sem que a mesma se tenha recebido (situação com certeza pouco frequente, porquanto acreditamos que a regra será a de que o serviço de finanças interpelado forneça em tempo útil a informação requisitada), cremos que o serviço de registo deve passar à fase da qualificação, a qual naturalmente principiará pelo desenvolvimento das diligências de suprimento tendentes à comprovação do cumprimento das obrigações fiscais. Na sequência da notificação, vários são os desenvolvimentos figuráveis ª Hipótese: o interessado faz prova de que cumpriu as obrigações depois do pedido de registo, ou antes dele mas há menos de trinta dias. O registo qualificar-se-á como tiver que sê-lo (admitindo-se nos termos requeridos, se o único obstáculo que a isso se interpuser for precisamente a questão fiscal ); -- 2.ª Hipótese: o interessado faz prova do cumprimento das obrigações fiscais, mas dela resulta comprovado o carácter tardio do pedido (porque feito quando tinham decorrido mais de trinta dias sobre a data do cumprimento). O registo far-se-á como na hipótese anterior, mas na respetiva conta integrar-se-á o valor do agravamento, notificando-se o interessado para pagar o valor em falta ou, querendo, impugnar a conta ª Hipótese: o interessado faz prova do cumprimento das obrigações fiscais sem que dos documentos resulte a data desse cumprimento. Neste caso, cremos, o registo deverá ser qualificado como tiver que sê-lo, e a conta desinteressar-se-á da questão de saber se seria ou não devido o sobrecusto correspondente à sanção ª Hipótese: o interessado não faz prova do cumprimento das obrigações fiscais. Neste caso o registo efetuar-se-á como provisório por dúvidas (art. 72.º), também aqui com desinteresse pela questão do agravamento. Pode ainda suceder que, tendo a conservatória avançado para a fase da qualificação, ante a falta de resposta oportuna por parte do serviço fiscal interpelado, tal resposta acabe finalmente por sobrevir numa altura em que o ponto continue por deslindar, sendo ela no sentido de mostrar que o pedido se formulou fora do prazo. Em tal hipótese, não nos parece que o conhecimento tardio da informação deva ainda interferir com o exercício da qualificação, impedindo-o. Mas, se a conta estiver por fazer, nela se haverá de incluir o valor do agravamento, mais uma vez se notificando o interessado para que proceda à entrega da quantia em falta ou, querendo, impugnar a conta. 8

9 Termos em que, de acordo com o teor da conclusão 1.ª e respetiva fundamentação, se propõe o provimento do recurso. Deliberação aprovada em sessão do Conselho Técnico de 16 de Novembro de António Manuel Fernandes Lopes, relator. Esta deliberação foi homologada pelo Exmo. Senhor Presidente em

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