TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº /03 ACÓRDÃO

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1 TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº /03 ACÓRDÃO L/M BOB FIELDS. Exposição a risco, se materializando em colisão da lancha com kitesurfista, com danos materiais e uma vítima fatal. Causa não apurada acima de qualquer dúvida. Arquivamento. Vistos os presentes autos. Trata-se de analisar o fato da navegação, ocorrido no dia 03 de novembro de 2002, cerca de 16h, nas águas da lagoa da Conceição, Florianópolis, SC, caracterizado pela exposição a risco que se materializou na colisão entre a L/M BOB FIELDS, nº de inscrição , casco de fibra de vidro, classificada para navegação interior, esporte e recreio, de 6,15m de comprimento, 2,00m de boca, 1,4 TAB, de propriedade de José Roberto Gomes, conduzido por Nestor D Azevedo Lemos, mestre amador, que colidiu com o kitesurfista Felipe de Paula Queiroz, resultando de danos materiais à lancha e a prancha de kite surf e na morte do kitesurfista, por traumatismo crânio-encefálico, causado pelo hélice da embarcação. O laudo de exame pericial, fls.45 e 46, com fotografias da citada embarcação, fls. 47 a 49, efetuado no dia 12 de dezembro de 2002, constatou que a lancha encontrava-se em satisfatório estado de conservação, com avarias apenas nas pás do hélice o que indica um possível choque com algo sólido; o equipamento de kite surf (prancha) apresentava ausência da parte frontal e com dois sulcos curvos de no máximo 1cm de profundidade e o corpo do kitesurfista apresentava um corte curvo na perna direita e três na parte posterior da cabeça. Constatou, também, que o local do acidente é um canal natural de no máximo 2 metros de profundidade e 50 metros de largura, sendo único acesso por 1

2 água para se chegar ao mar; no local do acidente o vento era moderado devido às condições geográficas do local, o mar apresentava pequenas ondulações, baixas e de grande freqüência e o céu claro para o lado do poente. Na análise dos fatos acima citados, o condutor do kite surf teve responsabilidade no acidente porque adentrou um canal navegável onde um grande número de embarcações trafega em todos os sentidos, saindo e entrando, e possuem restrições de manobras por se tratar de um canal estreito e, porque na prática do referido esporte, é peculiar a execução de manobras radicais. Pelo apurado, também, provavelmente, a vítima não colidiu frontalmente com a lancha, porque todos os ferimentos apresentados no laudo cadavérico foram provocados pelo hélice da embarcação e na avaliação da posição em que a prancha passou pelo hélice indica que o contato da vítima com a lancha foi pela alheta de boreste, o que pode indicar, que se o condutor da lancha não guinou instantes antes do impacto, foi a vítima quem colidiu com a lancha pela popa causando assim o acidente. No laudo pericial n.º , do Instituto de Criminalística, do Estado de Santa Catarina, efetuado no dia 03/11/2002, cerca de 17h30min, fls. 51 e 52, constatou que a lancha, conduzida para exame pelo soldado Daniel Vieira, não apresentou qualquer problema de dirigibilidade e, ao ser retirada da água, constatou-se amolgaduras nas três pás do hélice; foi encontrado no interior da mesma uma garrafa de 300ml de bebida alcoólica de vodka e limão, da marca Natasha Ice ; a prancha de surfe, com adaptação para fixar os pés, apresentava-se quebrada e com dois cortes, com características de terem sido produzidos por hélice de embarcação. O seguro DPEM, da lancha BOB FIELDS, fl. 67, válido até 23 de outubro de 2003, está em nome de José Roberto Gomes, embora no título de inscrição de embarcação, emitido em 08/04/2000, fl. 76, conste como proprietário Roberto Campor Firpo Junior. 2

3 No laudo pericial cadavérico n.º 537/02, do Instituto Médico Legal professor Fernando Emilio Wendhausen, fl.79, acompanhado de fotos da vítima, fls. 80 a 83, consta que a causa da morte foi traumatismo crânio encefálico (acidente com lancha) por instrumento corto contundente. Cabeça e pescoço, tórax, membros superiores e membros inferiores com feridas corto contundentes de até aproximadamente 20cm, semicirculares, com fratura óssea e perda de massa encefálica, escoriações e equimose arroxeada. No laudo pericial nº 3530/02, do Instituto Médico Legal professor Fernando Emilio Wendhausen, fl. 85, efetuado no dia 03/11/2002, às 20h40min, consta que Nestor D azevedo Lemos se negou a coleta de sangue e urina, para exame laboratorial de alcoolemia e identificação de substâncias indeterminadas. O paciente se apresentava lúcido e orientado, labilidade emocional, hálito alcoólico, pupilas mióticas, sem reflexo foto reagentes, conjuntivas e face hiperemiadas. Respondendo aos quesitos formulados, quanto ao estado de embriaguez, respondeu estar prejudicado, informando quadro sugestivo de comprometimento neurológico por apresentar alguns sinais e sintomas alterados, contudo não conclusivos, isso decorre do tempo transcorrido entre o acidente e o horário do exame pericial, agravado pela negação da coleta de sangue e urina para o exame laboratorial específico. Paciente também sob possível stress agudo e traumático, o organismo do mesmo possivelmente sofreu alterações adaptativas. Auto de apreensão nº 009, fl. 2, da Capitania dos Portos de Santa Catarina, em 23 de outubro de 2002, referente à L/M BOB FIELDS, Auto de exame de teor alcoólico, fl. 3, de Nestor D Azevedo Lemos, onde consta que este se negou a realizar o exame de teor alcoólico, certidão de óbito, fl. 9, de Felipe de Paula Queiroz, tendo como causa-mortis traumatismo crânio-encefálico, atropelamento por lancha. 3

4 Nas fls. 10 a 41, consta de cópias de páginas da internet com referência a acidentes com kitesurf, além de orientações sobre o esporte e sobre os equipamentos, onde na fl. 33 recomenda os seguintes equipamentos de segurança: capacete, colete flutuante, luvas, faca em gancho (para segurar/cortar a linha em uma emergência) e roupa de neoprene (pois, se levado para longe, pode-se ficar dentro d água por muitas horas) ; e com a recomendação: na água, tome extremo cuidado com embarcações, pedras e sua própria prancha, principalmente se ela estiver à sua frente, com as quilhas para cima.. Na fl. 38 temos as seguintes orientações: kitesurf com segurança o kitesurf é um esporte radical e, portanto, perigoso. Estas regras ajudam você a evitar os potenciais perigos do esporte. Em geral elas são ignoradas pela maioria dos praticantes até sofrerem seu primeiro acidente! Pratique com cuidado e observação das regras de segurança, pois o desprezo destas pode resultar em ferimentos graves ou morte;na fl. 40 consta de regras náuticas: (válidas a todas embarcações), 6) Apesar destas regras, use o bom senso e SEMPRE dê passagem a outros, tanto pessoas ou embarcações, na terra e na água. Em geral eles não entendem os perigos do kite nem como funciona. É sua responsabilidade evitar acidentes. No inquérito instaurado pela Capitania dos Portos de Santa Catarina foram ouvidas sete testemunhas e anexados aos autos os documentos de praxe. Sérgio Marcondes Bincas, fls. 87 e 88, declarou que quando chegou ao local viu a vítima dentro d água na posição decúbito dorsal, sendo puxada para fora por dois amigos, Cláudio Souto Accioli de Vasconcellos e Mauro Amorim, e que o condutor da lancha estava sobre o trapiche, caminhava em zig-zag e, na delegacia de polícia, observou que sua voz estava pastosa e podia sentir forte odor de álcool, quando estava próximo, e que o condutor disse ter consumido duas vodkas. Declarou, também, que o vento era de 25 a 30 nós e que o kitesurf pode atingir até dois terços da velocidade em relação ao vento reinante. 4

5 Cláudio Souto Accioli de Vasconcellos, fls. 93 e 94, declarou que estava no Guarderia Estação do Vento, e que, em dado instante pôde ver a vítima utilizando o kitesurf e, também, uma lancha indo em sua direção efetuando a colisão e ao mesmo tempo uma guinada brusca levantando grande quantidade de água, que a vítima desapareceu e a lancha ficou parada e que a lancha estava em alta velocidade, entre 20 e 25 nós. Declarou, também, que apanhou uma prancha de Wind Surf e se dirigiu para o local, levando cinco minutos para chegar, que o condutor da lancha estava bastante nervoso e ficava tentando se justificar e nada fez para socorrer a vítima, ficando em pé, imóvel dentro da lancha. Declarou, ainda, que no momento do impacto a lancha guinou para direita, que o vento era de 20 a 25 nós, que o kitesurf pode desenvolver dois terços da velocidade do vento, mas que estima que a vítima estava com cerca de um terço da velocidade do vento, entre oito e dez nós e apresentou croqui na fl. 95, onde a lancha estaria aproada para a Estação do Vento, a cerca de 150 metros de distância, indo em direção à vítima, no rumo SE. Mauro Amorim Filho, fls. 99 e 100, declarou que retornava de lancha, do outro lado da lagoa, em direção a Guarderia Estação do Vento, de sua propriedade, e, quando encostou, alguém disse que havia um problema com um velejador na água e que precisaria de ajuda. Viu o velejador na água em decúbito ventral, sem colete salva vidas e imóvel, o motor da lancha ainda estava ligado e ouviu o condutor se justificando que não tinha nada com isso, por longo tempo solicitou ao condutor que desligasse o motor da lancha e iniciou o socorro à vítima. Declarou, também, que, já em terra, o condutor da lancha apresentava odor alcoólico e gestos lentos sem reflexos e que vento era nordeste 15 nós. Rodrigo Daura Brito, fls. 104 e 105, declarou que é proprietário e instrutor de Wind Surf e Kitesurf, filado à alguns órgãos relativos a esportes náuticos, 5

6 diretor técnico de prancha a vela, da Federação de Vela do Estado de Santa Catarina, Presidente da Associação Catarinense de Wind Surf e filiado à Associação Brasileira de Prancha a Vela. Ao ser perguntado se o equipamento da vítima estava completo, respondeu que não, pois faltava o quick release, cuja finalidade é desarmar o kite evitando a perda do equipamento em caso de Emergência, sem perder contato com o velejador, podendo ser resgatado depois. Nestor d Azevedo Lemos, fls. 109 e 110, condutor da L/M BOB FIELDS declarou que navegava quase que diariamente na lagoa da Conceição, por quatro anos, e que não conhece o Kitesurf, mas viu de longe, nos últimos dois anos, e que se trata de um para-pente, ligado a um esquiador. Declarou, também, que o proprietário da embarcação BOB FIELDS é José Roberto Gomes, e que saiu da costa da Lagoa, com destino ao posto Texaco, no canal da barra, e devido ao forte vento norte e a coroa de areia que se estende na antena de celular, manteve o rumo N/S, para poder pegar o contra-vento da forma mais rápida evitando, assim, ficar muito tempo de través o que ocasionaria respingos para dentro da lancha, a partir daí, direcionou a lancha para o canal de acesso ao canal da barra da lagoa, em um rumo entre N/NE. Declarou, ainda, que usava um boné que limitava a visão aérea e que a incidência do reflexo do sol na água era intenso. Reparou que existiam dois kitesurf, bem longe, e continuou com marcha moderada, sentiu um leve solavanco no timão e imediatamente deixou a manete em posição neutra, para ver o acontecido. Viu um para pente e procurou onde estava o desportista, olhando para trás, ainda pela alheta de boreste, viu uma pessoa boiando e muito sangue em volta, ligou a lancha e se aproximou do corpo. Ao chegar viu o ferimento que era muito profundo quase uma degola, ao ver que estava morto simplesmente se levantou e pediu socorro, acenando. Dois desportistas de para-pentes se aproximaram um do corpo e 6

7 outro da lancha, o que se aproximou ao lado da lancha recolheu para bordo e o outro foi para próximo do corpo e aos gritos mandou desligar o motor que se encontrava em ponto morto, a partir daí desligou o motor da lancha e só se lembra de estar sentado em um trapiche. Declarou, também, que não se lembra quem o levou para a delegacia, não conhecia a vítima, estava entre 350 a 400 metros da Guarderia Estação do Vento, que ingeriu bebida alcoólica, pela manhã, entre 10 e 11 horas, duas pequenas doses de vodka misturada com coca-cola, depois retornou a sua residência, almoçou fez um pequeno repouso e ajudou sua mulher em algumas coisas e, por volta das 15h30min, saiu para abastecer a lancha, não ingeriu medicamentos no dia do acidente, não saberia calcular a sua velocidade, devido o vento, mas não passaria de 5 a 10 nós e não sabe qual é a velocidade máxima permitida para a lagoa. Declarou, finalmente, que se recusou a fazer o teste do bafômetro e que o responsável pelo acidente foi o Desportista do kitesurf e apresentou um croqui, fl Paulo de Paula Queiroz, irmão da vítima, fl. 115, declarou que usava o mesmo equipamento do seu irmão há cerca de um ano e meio, que seu irmão fez curso no Lagoa Iate Clube, de optmist, por volta dos seus quinze anos de idade, e que a vítima não tinha o hábito de usar equipamento de salvatagem. Benilde Rodrigues Machado Pereira, fls. 119 e 120, declarou que estava na Guarderia Estação do Vento, viu o Felipe se preparando com o material do kite-surf e saindo da praia em frente a Estação do Vento, indo em direção sueste, de costas para o canal, na direção do banco de areia que existe, em seguida, viu uma lancha em alta velocidade no sentido canal da lagoa para lagoa e procurou encontrar o marido que estava praticando wind surf naquela região e quando olhou novamente viu a lancha parada a pipa estava inflada batendo na água e o condutor 7

8 estava olhando para água e, em seguida, começou a acenar como se estivesse pedindo socorro. Declarou, também, que a ponta da lancha vinha mais alta e dando saltos que chegavam a expor o casco até a metade do comprimento, que momentos antes do acidente, a vítima estava de costas para a lancha. Declarou, finalmente, que o condutor da lancha foi imprudente por estar em tão alta velocidade e que a vítima não teve chance alguma em evitar a colisão, apresentando um croqui, fl O encarregado do inquérito, em seu relatório, apontou que o fator humano contribuiu, pois, mesmo tendo se negado a fazer o teste do bafômetro, o condutor da lancha apresentava dificuldade em se locomover e de se expressar, dando indício de que estivesse sob efeito de algo que tivesse ingerido, injetado ou inalado, conforme testemunhos da 1ª e 3ª testemunhas e pelo laudo da Polícia Técnica, e que o fator operacional, também contribuiu, pois se utilizou de uma manobra brusca, para não sofrer desconforto com vento pelo seu través, o que poderia ocasionar respingos para o interior da lancha, fl. 109, e esse procedimento indica velocidade alta, uma vez que o próprio condutor alega que queria se colocar contra o vento de forma rápida e os respingos que queria evitar poderiam nem existir se estivesse em baixa velocidade. Considerou como possível responsável direto pelo acidente o condutor da embarcação BOB FIELD, Nestor D Azevedo Lemos, que, de acordo com as testemunhas 2 a e 7 a, não trafegava com velocidade segura para realizar qualquer manobra em caso de possível colisão. Foi negligente, pois como declarou, não tinha boa visibilidade, devido o intenso reflexo do sol na água, o que impediria de ver qualquer coisa a sua frente, desconhecia a velocidade limite de 10 nós, para navegação na lagoa da Conceição, e, de acordo com as testemunhas visuais, estava com velocidade muito elevada, infringindo a regra 6, do RIPEAM 8

9 Considerou, também, como possível responsável direto a própria vítima fatal, Felipe de Paula Queiroz, que, de acordo com o laudo pericial, na condução de seu kitesurf, navegava em área conhecida, com fluxo intenso de embarcações que demandam ou retornam do canal da lagoa e que se afunila naquela região, por se tratar de canal estreito e porque não usava qualquer tipo de equipamento de segurança, recomendado pela Associação Brasileira de Kitesurf e por descumprir as regras divulgadas por essa associação, dentre elas, ficar longe de embarcações motorizadas, o que evidencia total despreocupação com a segurança de si próprio e de outros e, por estar conduzindo uma embarcação a vela, mesmo que seja dispensada de registro, o condutor não poderia ter navegado no canal de acesso à barra da lagoa, infringindo o item b da regra 9 do RIPEAM. Finalizando, com base nas fotos e no laudo pericial, por não ter avaria na lancha, de meia nau para vante, confirmando o depoimento do condutor da lancha, considerou que possivelmente, a lancha BOB FIELDS cruzou a derrota do Kite-surf e este se chocou com a traseira da lancha. Regularmente notificado, o indiciado apresentou defesa prévia, fls. 131 a 133, alegando que não infringiu nenhuma norma de navegação e que a vítima, praticante de esporte radical, kitesurf, que conhecia as atividades aquáticas praticadas naquela localidade, de modo inadequado e imprudente, sem utilizar qualquer equipamento de segurança, não conseguindo controlar seu pára-quedas, chocou-se com o motor da embarcação do defendente. No momento, a embarcação passava por um estreito canal, onde é proibida a prática de esportes náuticos daquela natureza, por motivos de segurança. Alegou, também, que ficou constatado no inquérito que o defendente possui autorização e habilitação para navegar, tendo seguido rigorosamente as regras de navegação, conhece o local, é experiente, estava em velocidade compatível, portanto cumpriu o dever de cuidado, ao contrário da vítima que, não era habilitado, 9

10 não usava material de segurança, trafegava em local não permitido, de intenso trânsito náutico, não observando o dever mínimo de cuidado objetivamente exigível. Alegou, ainda, que o peticionário prestou socorro ao seu alcance e relacionou rol de testemunhas, fl A Douta Procuradoria, fls. 139 a 143, representou em face de Nestor D Azevedo Lemos, com fulcro no art. 15, letra e (todos os fatos), por entendê-lo culpado pelo evento, fundamento no inquérito, pois, com base nas provas testemunhais, conduzia a embarcação "BOB FIELDS" com velocidade incompatível para o local, não tinha boa visibilidade, devido a intenso reflexo do sol n água, o que poderia impedir ou mesmo obstaculizar a visão de qualquer coisa em seu redor e usava um boné que lhe atrapalhava a visão. Que, de outra sorte, o piloto do kitesurf, Felipe de Paula Queiroz, que também conhecia a região e sabia da existência de lanchas naquela área, devia se prevenir evitando planar no local de tráfego de embarcações e não usava qualquer equipamento de segurança, tendo ambos contribuído para com o acidente. Quanto ao momento do choque mecânico, restaram dúvidas se fora a lancha que alcançou o kitesurfista ou vice-versa, razão pela qual deixou-se de imputar-lhes responsabilidades por tal colisão, considerando esta, equiparada a causa não apurada com precisão. Quanto as demais condutas culposas, fica a certeza da imprudência e imperícia do ora representado, com o agravante de estar sob efeito de álcool. Citado, o representado que não consta do rol de antecedentes deste Tribunal, foi defendido por advogado regularmente constituído. Nestor D Azevedo Lemos, em sua defesa, fls. 156 a 169, preliminarmente, argüiu inépcia da representação, considerando que esta desobedeceu o contido no art. 41 do CPP, deixando de precisar com eficiência os atos reprováveis a ele atribuídos. 10

11 Apresentou os mesmos argumentos e rol de testemunhas da peça de defesa prévia, e, também, um abaixo assinado com 21 assinaturas de citados moradores da Costa da Lagoa e 6 tripulantes eventuais, com o seguinte texto: Nós abaixo assinados testemunhamos como moradores e usuários da lagoa da Conceição, assim como conhecidos e amigos de Nestor d Azevedo Lemos que, na condução de suas embarcações na referida lagoa (quase que diariamente a partir de 1999), o mesmo sempre procedeu com cautela quanto a velocidade empreendida e as demais normas de segurança". Em despacho saneador não recorrido, do Juiz-Relator, fl. 169, foi indeferida a preliminar de inépcia da inicial, tendo em vista que a peça atacada foi elaborada em consonância com o contido na Lei nº 2.180/54 e o Regimento Interno do Tribunal Marítimo. Aberta a instrução manifestou-se a Douta Procuradoria, fl. 170 verso, pedindo para determinar ao representado a qualificação das testemunhas arroladas em sua peça de defesa e juntar respectivo rol de quesitos, o que foi deferido pelo Juiz-Relator, fl. 171, em 13/11/2003, entretanto, decorreu o prazo sem que o representado se manifestasse. Em alegações finais, manifestou-se a Douta Procuradoria. Decide-se. De tudo o que consta dos presentes autos, temos que: O laudo de exame pericial só foi efetuado no dia 12 de dezembro, portanto, cerca de 40 dias após o acidente. Nele, consta que, se o condutor da lancha não guinou instantes antes do impacto, como o contato da vítima com a lancha foi pela alheta de boreste, pode indicar que foi a vítima quem colidiu com a lancha, pela popa, causando o acidente, entretanto, esta cinemática não pode ser provada nem contrariada pelas provas e testemunhos constantes dos autos. Por esse motivo, a representação não incluiu o art. 14, letra a (colisão ou abalroamento). 11

12 Na peça de acusação, para tipificar no art. 15, letra e (todos os fatos), a Douta Procuradoria apresentou os seguintes pontos: O kitesurf, prancha movimentada por parapente, é um esporte radical, não havendo ainda regulamentação para a sua prática sobre as águas jurisdicionais brasileiras; o local é sabidamente de intenso tráfego de embarcações, com um único canal de acesso ao mar; as normas de procedimentos da Capitania determinam que a velocidade máxima permitida é de 10 nós, na lagoa da Conceição, sendo que, pelas provas testemunhais e a conclusão do laudo pericial e a declaração do ora representado, o condutor da L/M "BOB FIELDS" conduzia-a com velocidade incompatível, devido a intenso reflexo do sol na água, além de usar um boné que lhe atrapalhava a visão; nas cercanias funciona uma escola de vela, a Guarderia Estação do Vento, e praticantes de kitesurf planam no local. Como agravante, aponta que o condutor navegava sob efeito de álcool e que se recusou a se submeter a exame de embriagues. Quanto a conduta do kitesurfista, Felipe de Paula Queiroz, considerou que este, também contribuiu para o acidente e que também incorreu no art. 15, letra e (todos os fatos), considerando os pontos acima apresentados, além da não utilização de material de segurança, recomendado para este esporte, entretanto, com sua morte, não pode ser colocado no pólo passivo da representação. Considerando que, devido a demora para efetuar o exame de alcoolemia, este não foi conclusivo, fl. 85, constando que o condutor da lancha se apresentava lúcido e orientado, embora com alguns sintomas alterados. As conclusões do laudo pericial e do inquérito se basearam em dois testemunhos, de Sérgio Marcondes, fl. 87, e Mauro Amorim, fl. 99, além do depoimento do próprio representado, que não negou que tenha ingerido bebida alcoólica, entretanto declarou que foram duas doses de vodka com coca-cola, entre 10 e 11 horas daquele dia, não ficando provado que este estivesse alcoolizado. 12

13 Quanto à velocidade empreendida pela lancha, considerada excessiva, o condutor declarou que não poderia precisar, devido o vento forte, mas que estaria entre 5 e 10 nós, mesmo tendo declarado que não sabia qual era o limite máximo permitido, entretanto, duas testemunhas alegaram que este estava em alta velocidade, Cláudio Souto, entre 20 e 25 nós, fl. 93 e Benilde Rodrigues, fl. 119, entretanto, nos croquis apresentados, o primeiro, fl. 95, apresenta a lancha indo em sua direção, o que dificultaria a precisão da velocidade, com vento quase de proa para a lancha, enquanto que o croqui da segunda, fl. 123, apresenta a lancha indo em direção diferente do anterior cerca de 90 º, vindo do canal da barra, quando o laudo pericial, ao contrário, concluiu que a lancha se dirigia para este canal. Soma-se a essas dúvidas, o fato de que, pelo laudo pericial, a lancha estava indo em direção ao canal da barra, portanto, contrário ao vento que seria entre 20 e 30 nós, com o mar apresentando ondulações, o que dificultaria empreender tal velocidade, embora aparentasse uma velocidade alta, em relação à superfície, e bem menor em relação ao fundo (velocidade real). Considerando, também, que, devido a posição do sol, próximo da direção para onde a lancha estaria aproada, pelas conclusões do laudo pericial, o citado reflexo comprometeria a visibilidade da condutor, entretanto esta direção, no momento do acidente, não foi confirmada pelos testemunhos citados, sendo as três direções diversas uma da outra. Finalmente, quanto ao boné, dificultando a visão para cima, poderia ser considerado caso se referisse a objetos fixos e cartografados e não com relação à objetos planando sobre a água, além do que, o boné não restringe a visibilidade mais do que uma cabine coberta e, neste caso, não se falaria em expor a risco por estar navegando de dentro da lancha. Portanto, deve-se considerar procedente, em parte, os termos da representação e acolher os argumentos de defesa, considerando que, tanto o acidente 13

14 da navegação, colisão ou abalroamento, quanto o fato da navegação, expor a risco a navegação vidas e fazendas de bordo, não tiveram suas causas apuradas acima de qualquer dúvida, devendo-se arquivar os presentes autos. Assim, A C O R D A M os Juizes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à natureza e extensão do fato da navegação: exposição a risco que se materializou, resultando de danos materiais à lancha e ao kitesurf e morte do kite-surfista, devido a colisão com a lancha; b) quanto à causa determinante: não apurada com a devida precisão; c) decisão: julgar o fato da navegação, tipificado no art. 15, letra e, (exposição a risco), da Lei nº 2.180/54, como decorrente de causa não apurada acima de qualquer dúvida, mandando arquivar os autos. Oficiar à Diretoria de Portos e Costas, a infração ao art. 16, do Decreto nº 2.596/98, RLESTA, cometida pelo proprietário da LM BOB FIELDS, José Roberto Gomes, por não ter efetuado a devida transferência de propriedade junto à Autoridade Marítima. P.C.R. Rio de Janeiro, RJ, em 21 de outubro de FERNANDO ALVES LADEIRAS Juiz-Relator WALDEMAR NICOLAU CANELLAS JÚNIOR Almirante-de-Esquadra (RM1) Juiz-Presidente 14

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