[ A][ B] [ A] [ B] v {[A] }= Vmáx

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "[ A][ B] [ A] [ B] v {[A] }= Vmáx"

Transcrição

1 Reacções com Mais que um Substrato Equação de ase Experimental v = V máx S [ ][ ] [ ] [ ] [ ][ ] Quando [] ou [] toma valores muito elevados, por exemplo, reacções de hidrólise em solução aquosa podem ser tratadas como reacções com um único substrato pelo facto do segundo substrato (a água) se encontrar em largo excesso, tem-se: [ ] [ ] v {[] }= Vmáx v {[] }= Vmáx [ ] equação cinética de mais que um substrato sob uma forma análoga à da equação de Michaelis-Menten pode escrever-se: [ ] v = V máx [ ] [ ] s [ ] [ ] [ ] [ ] Map

2 Reacções com Mais que um Substrato Equação de ase Experimental a) [] constante [] constante v v = Vmáx [ ] [ ] v v = Vmáx [ ] [ ] Map [ ] s = [ ] S [ ] = Map [ ] [] []

3 Reacções com Mais que um Substrato Equação de ase Experimental Para facilitar a análise de resultados experimentais fazem-se representações gráficas do tipo de Lineweaver-ur: ou: 1 = v V 1 1 S máx [ ] [ ] [ ][ ] = S 1 v Vmáx máx [ ] V [ ] [ ] Isto é, uma recta com um coeficiente angular igual a e uma ordenada na origem igual a 1 V [ ] máx 1 V máx S [ ]

4 Reacções com Mais que um Substrato Representação de Lineweaver-ur

5 Mecanismos Reaccionais - Mecanismo Sequencial leatório O enzima E pode formar complexos binários E e E e também o complexo E, não sendo relevante a ordem pela qual os substratos e se ligam ao E. E 2 1 E E 3 E P Q ou, graficamente: -1 E -2 Equação cinética a mais que um substrato E E E (E EPQ) P Q EQ EP Q P E v = V máx S [ ][ ] [ ] [ ] [ ][ ]

6 Mecanismos Reaccionais - Mecanismo Sequencial Ordenado Neste mecanismo a ordem pela qual os dois substratos se ligam ao enzima é obrigatória e considera-se que o complexo ternário E só pode ser formado a partir do complexo E. Para simplificar, supõe-se que o complexo E não se forma: Equação cinética a mais que um substrato P Q E E (E EPQ) EQ E [ ][ ] ( ) ( ) ( ) ( ) [ ] ( ) [ ] [ ][ ] C v E =

7 Mecanismos Reaccionais Mecanismo de Theorell-Chance Este mecanismo é uma variante do mecanismo sequencial ordenado, ou seja, do anterior, em que reage com E para formar EP Q sem a formação de um complexo ternário com vida suficientemente longa para ser cineticamente significativo: P Q E E EQ E Equação cinética a mais que um substrato v = 3 C E [ ][ ] 3 [ ] [ ] [ ][ ] 1

8 Mecanismos Reaccionais - Mecanismo de Ping - Pong Nos mecanismos de ping-pong, um ou mais produtos libertam-se do complexo com o enzima antes de todos os substratos terem reagido. No esquema para um mecanismo de ping-pong bi bi um dos substratos liga-se ao enzima e um dos produtos liberta-se antes que o segundo substrato se possa ligar: P Q E (E FP) F (F EQ) E Equação cinética a mais que um substrato v = C E 3 [ ][ ] 24 ( ) [ ] 4 ( 1 2 ) ( ) [ ] [ ] [ ]

9 Tipos de Mecanismos Envolvidos na Catálise Enzimática O termo mecanismo reaccional pode ser usado no sentido restrito, ou seja, indicação de uma sequência de passos elementares que descrevem em pormenor a reacção global; ou num sentido mais lato, que tem em conta a resposta a perguntas como: - Como é que se quebram e formam as ligações químicas nos sistema biológicos? - Qual é a natureza do estado de transição que envolve o enzima? - Que tipos de compostos intermediários se formam? - Será que eles envolvem a formação de ligações covalentes entre o enzima e um fragmento de um substrato? - Que vantagens catalíticas advêm da participação do enzima e como é que os estados de transição são selectivamente estabilizados?

10 Princípios de catálise - Catálise com base na teoria da colisão, que resulta do facto de essa colisão entre moléculas libertar energia suficiente para ocorrer a reacção e a velocidade da reacção está limitada à difusão dos reagentes no meio reaccional mas não fornece qualquer detalhe entre a estrutura do enzima e a sua função. - Catálise com base na teoria do estado de transição, os enzimas ligam-se a vários reagentes (ou substratos) na proximidade do centro catalítico em concentrações muito mais elevadas do que aquelas que existem no meio reaccional. Energia # E a Reagentes Produtos Coordenada reaccional

11 Catálise com base na teoria do estado de transição E S # G G # (S # ) G L (S # ) E S l(s) b ES Reacção não catalisada E S L(S) ES # # b Reacção catalisada pelo enzima E E P b EP E S G L (S) G # (ES # ) ES # G ES Como G #O (S # ) G LO (S # ) = G LO (S) G #O (ES # ) EP logo G #O (S # ) - G #O (ES # ) = G LO (S) - G LO (S # ) Isto significa que, quanto maior for a redução da energia livre padrão de activação maior será a energia livre padrão para a ligação do substrato ao enzima no estado de transição em relação ao substrato. Tendo em conta que: G O # = H O # - T S O # Os enzimas podem actuar sobre as duas grandezas. H de activação por interacção dos substratos no centro activo (ES) e na diminuição da entropia S de activação pois os substratos são mantidos com orientações favoráveis para a reacção que se vai seguir (efeito de proximidade).

12 Princípios de catálise por proximidade e orientação O 2 N O C CH 3 H 2 O O HN Figura 2-1 Reacção de hidrólise intermolecular de um éster catalisada pelo imidazol. N CH 3 Imidazol (Imzol) O C O - OH NO 2 cetato de p-nitrofenilo (pnf) cetato (c) p-nitrofenilo (pnf) V = obs * [pnf] * [Imzol] ( obs = 35 min -1 M -1 ) HN N C O HN N C O O H 2 0 HO O - obs / obs = 5,7 M Imzol NO 2 NO 2 V = obs * [Imzol- pnf] ( obs = 200 min -1 )

13 Princípios de catálise por proximidade e orientação

14 Catálise com formação de intermediário covalente O O - O R C Y R C Y R C Y X X ENZ-X: Figura 2-1 Mecanismo enzimático catalisado por um grupo nucleófilo do enzima com formação de complexos intermediários covalentes. ENZ ENZ

15 Catálise com formação de intermediário covalente

16 Catálise com formação de intermediário covalente

17 Catálise geral ácida ou básica catálise geral ácida ou básica é aquela em que há transferência de um protão no estado de transição, ou seja, em que um ácido fraco doa um protão ou uma base fraca aceita um protão num mecanismo catalítico. Reacções em que as espécies catalíticas são iões relacionados com o solvente (H ou OH -, no caso de as reacções terem lugar em meio aquoso) dizem-se sujeitas a catálise específica ácida ou básica.

18 Catálise geral ácida ou básica

19 Catálise geral ácida ou básica

20 Catálise geral ácida ou básica

21 Catálise geral da lipase CL

22 Catálise geral da lipase CL

23 Mecanismo em detalhe de catálise da lipase CL 1º passo de acilação

24 Mecanismo em detalhe de catálise da lipase CL 2º passo de transesterificação

25 Mecanismo em detalhe de catálise da lipase CL 2º passo de hidrólise

26 Catálise electrostática Os enzimas podem estabilizar estados de transição polares de uma forma mais eficiente do que a água, porque têm dipolos que são mantidos com uma orientação fixa em relação à carga, enquanto que a orientação dos dipolos das moléculas de água é afectada pela interacção das camadas de hidratação com outras moléculas de água mais afastadas da carga eléctrica.

27 Catálise electrostática

CQ110 : Princípios de FQ. Imagens de Rorschach

CQ110 : Princípios de FQ. Imagens de Rorschach Imagens de Rorschach 1 Leis de velocidade Velocidade de uma reação química: Variação de reagentes / produtos em função do tempo: a A+ b B produtos v = k [A] x [B] y Lei de velocidade k: constante de velocidade

Leia mais

3.2.2 Métodos de relaxação Métodos de competição Métodos de elevada resolução temporal ORDENS E CONSTANTES DE

3.2.2 Métodos de relaxação Métodos de competição Métodos de elevada resolução temporal ORDENS E CONSTANTES DE ÍNDICE Prefácio... 3 1. INTRODUÇÃO... 7 1.1. Dificuldades iniciais no desenvolvimento da Cinética Química no séc. XX... 8 1.2. A Cinética Química actual... 12 2. LEIS DE VELOCIDADE DE REACÇÃO... 27 2.1.

Leia mais

Enzimas. As enzimas são proteínas com exceção de um pequeno grupo de moléculas de RNA que tem ação catalítica.

Enzimas. As enzimas são proteínas com exceção de um pequeno grupo de moléculas de RNA que tem ação catalítica. Enzimas As enzimas são proteínas com exceção de um pequeno grupo de moléculas de RNA que tem ação catalítica. Diferem dos catalisadores comuns em vários aspectos Velocidades de reações catalisadas por

Leia mais

CATÁLISE ENZIMÁTICA. CINÉTICA Controle da velocidade de reações. CINÉTICA Equilíbrio e Estado Estacionário

CATÁLISE ENZIMÁTICA. CINÉTICA Controle da velocidade de reações. CINÉTICA Equilíbrio e Estado Estacionário CATÁLISE ENZIMÁTICA Equilíbrio e Estado Estacionário P U T F M A Velocidade: período inicial Tempo As medidas de velocidade inicial (v 0 ) são obtidas com a variação da concentração de S btenção de várias

Leia mais

Cinética em fase homogênea

Cinética em fase homogênea Cinética em fase homogênea Hipótese chave-fechadura Centro ativo complementar em tamanho, forma e natureza química à molécula do substrato, ou seja, uma cavidade geometricamente rígida. Emil Fischer (1894)

Leia mais

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2007/2008. Disciplina de BIOQUÍMICA I Curso de MEDICINA 1º Ano

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2007/2008. Disciplina de BIOQUÍMICA I Curso de MEDICINA 1º Ano Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2007/2008 Disciplina de BIOQUÍMICA I Curso de MEDICINA º Ano ENSINO PRÁTICO E TEORICO-PRÁTICO 8ª AULA PRÁTICA Determinação da actividade enzimática

Leia mais

Química Geral e Inorgânica. QGI0001 Eng a. de Produção e Sistemas Prof a. Dr a. Carla Dalmolin. Cinética Química

Química Geral e Inorgânica. QGI0001 Eng a. de Produção e Sistemas Prof a. Dr a. Carla Dalmolin. Cinética Química Química Geral e Inorgânica QGI0001 Eng a. de Produção e Sistemas Prof a. Dr a. Carla Dalmolin Cinética Química Cinética Química É a área da química que está preocupada com a velocidade das reações químicas.

Leia mais

Cinética Química. Prof. Alex Fabiano C. Campos. Rapidez Média das Reações

Cinética Química. Prof. Alex Fabiano C. Campos. Rapidez Média das Reações Cinética Química Prof. Alex Fabiano C. Campos Rapidez Média das Reações A cinética é o estudo da rapidez com a qual as reações químicas ocorrem. A rapidez de uma reação pode ser determinada pela variação

Leia mais

PAG Química Cinética 1.

PAG Química Cinética 1. 1. 2. 3. errata: a reação é em mais de uma etapa, os gráficos devem apresentar pelo menos duas!! 4. 5. Explique se cada uma das alternativas abaixo é correta ou não, para reações químicas que ocorrem

Leia mais

Catalizadores biológicos - Aceleram reações químicas específicas sem a formação de produtos colaterais

Catalizadores biológicos - Aceleram reações químicas específicas sem a formação de produtos colaterais O que são enzimas? Catalizadores biológicos - Aceleram reações químicas específicas sem a formação de produtos colaterais Reagentes = substratos Local onde a reação ocorre = sitio ou centro ativo S + E

Leia mais

São moléculas catalíticas protéicas (exceto algumas que são RNA) - Prefixo que designa a reação: lactato desidrogenase, catalase

São moléculas catalíticas protéicas (exceto algumas que são RNA) - Prefixo que designa a reação: lactato desidrogenase, catalase 1 5 Enzimas a) Conceito - O que são enzimas? São moléculas catalíticas protéicas (exceto algumas que são RNA) - Moléculas que aumentam a velocidade de reações sem se alterarem neste processo. - Catalisam

Leia mais

Cinética Química. Mestrado integrado em Engenharia Biológica. Disciplina Química II, 2º semestre 2009/10. Professsora Ana Margarida Martins

Cinética Química. Mestrado integrado em Engenharia Biológica. Disciplina Química II, 2º semestre 2009/10. Professsora Ana Margarida Martins Cinética Química Mestrado integrado em Engenharia Biológica Disciplina Química II, 2º semestre 2009/10 Professsora Ana Margarida Martins Usamos atermodinâmica para saber se uma reacção é favorecida no

Leia mais

Estudo da velocidade da reação enzimática e como ela se altera em função de diferentes parâmetros

Estudo da velocidade da reação enzimática e como ela se altera em função de diferentes parâmetros Estudo da velocidade da reação enzimática e como ela se altera em função de diferentes parâmetros Importante abordagem para o entendimento do mecanismo de ação de uma enzima. Vários fatores afetam a atividade

Leia mais

Copyright McGraw-Interamericana de España. Autorização necessária para reprodução ou utilização. Cinética Química

Copyright McGraw-Interamericana de España. Autorização necessária para reprodução ou utilização. Cinética Química Capítulo 3 Cinética Química Velocidade de Uma Reacção Lei de Velocidades Relação Entre a Concentração de Reagente e o Tempo Energia de Activação e Dependência das Constantes de Velocidade com a Temperatura

Leia mais

METAIS COMO CATALIZADORES METAIS AMBIENTE E VIDA

METAIS COMO CATALIZADORES METAIS AMBIENTE E VIDA METAIS COMO CATALIZADORES METAIS AMBIENTE E VIDA Se somarmos as duas equações, a equação global é O bromo não se consome na reacção, sendo regenerado indefinidamente 2 Decomposição do peróxido de hidrogénio

Leia mais

Enzimas e Actividade enzimática

Enzimas e Actividade enzimática Enzimas e Actividade enzimática Energia de activação de uma reacção Em todas as células de um organismo vivo ocorre um número infindável de reacções químicas. Estas reacções implicam a quebra, e posteriormente,

Leia mais

Cerca de 99% dos átomos no corpo humano são de H, O, C e N. Oxigenio 63% Hidrogenio 25.2% Carbono 9.5% Azoto 1.4%

Cerca de 99% dos átomos no corpo humano são de H, O, C e N. Oxigenio 63% Hidrogenio 25.2% Carbono 9.5% Azoto 1.4% Cerca de 99% dos átomos no corpo humano são de H, O, C e N Oxigenio 63% Hidrogenio 25.2% Carbono 9.5% Azoto 1.4% Tipos de ligação covalente mais comuns em biomoleculas As reacções bioquímicas utilizam

Leia mais

QBQ 0102 Educação Física. Carlos Hotta. Enzimas 17/03/15

QBQ 0102 Educação Física. Carlos Hotta. Enzimas 17/03/15 QBQ 0102 Educação Física Carlos Hotta Enzimas 17/03/15 Previously... Proteínas são polímeros de aminoácidos A estrutura primária de uma proteína determina sua estrutura terciária e, portanto, sua função

Leia mais

Cinética Enzimática. Prof Karine P. Naidek Novembro/2016

Cinética Enzimática. Prof Karine P. Naidek Novembro/2016 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DQMC BIOQUÍMICA BIO0001 Cinética Enzimática Prof Karine P. Naidek Novembro/2016 Cinética das Reações Bioquímicas

Leia mais

Universidade de São Paulo Instituto de Física Energia em Sistemas Biológicos Edi Carlos Sousa

Universidade de São Paulo Instituto de Física Energia em Sistemas Biológicos Edi Carlos Sousa Universidade de São Paulo Instituto de Física Energia em Sistemas Biológicos Edi Carlos Sousa edisousa@if.usp.br Metabolismo Celular Cada reação que ocorre em um organismo vivo requer o uso de energia

Leia mais

Introdução ao bloco II Enfermagem. Monica Montero Lomeli Sylvia Alquéres

Introdução ao bloco II Enfermagem. Monica Montero Lomeli Sylvia Alquéres Introdução ao bloco II Enfermagem Monica Montero Lomeli Sylvia Alquéres Programação de aulas 16/set 21/set 23/set 28/set 30/set 05/out 07/out 12/out 14/out Apresentação do bloco + Enzimas I (cinéeca) Enzimas

Leia mais

Enzimas versus outros catalisadores

Enzimas versus outros catalisadores Enzimas versus outros catalisadores Catalisadores proteicos Elevados factores de aceleração das reacções Grande especificidade para os substratos Estereo-especificidade (também absoluta) Reduzido número

Leia mais

Aula de Bioquímica I. Mecanismos de Catálise Enzimática

Aula de Bioquímica I. Mecanismos de Catálise Enzimática Aula de Bioquímica I Tema: Mecanismos de Catálise Enzimática Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química e Física Molecular DQFM Instituto de Química de São Carlos IQSC Universidade de São Paulo USP

Leia mais

Cinética das reacções enzimáticas

Cinética das reacções enzimáticas Cinética das reacções enzimáticas Pioneiros da cinética enzimática: 1913 - L. Michaelis e M.L. Menten 1925 - Briggs e Haldane Leonor Michaelis Maud L. Menten v o = V max [S] K m + [S] Equação de Michaelis-Menten

Leia mais

Aula de Bioquímica I. Tema: Enzimas. Prof. Dr. Júlio César Borges

Aula de Bioquímica I. Tema: Enzimas. Prof. Dr. Júlio César Borges Aula de Bioquímica I Tema: Enzimas Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química e Física Molecular DQFM Instituto de Química de São Carlos IQSC Universidade de São Paulo USP E-mail: borgesjc@iqsc.usp.br

Leia mais

Para compreender o conceito de reacção de precipitação é necessário considerar as noções básicas de dissolução e de solubilidade de sais em água.

Para compreender o conceito de reacção de precipitação é necessário considerar as noções básicas de dissolução e de solubilidade de sais em água. ESTUDO DA SOLUBILIDADE DO ACETATO DE PRATA INTRODUÇÃO Para compreender o conceito de reacção de precipitação é necessário considerar as noções básicas de dissolução e de solubilidade de sais em água. O

Leia mais

Cinética Química. Prof. Alex Fabiano C. Campos

Cinética Química. Prof. Alex Fabiano C. Campos Cinética Química Prof. Alex Fabiano C. Campos Rapidez Média das Reações A cinética é o estudo da rapidez com a qual as reações químicas ocorrem. A rapidez de uma reação pode ser determinada pela variação

Leia mais

é o estudo da velocidade das reações, de como a velocidade varia em função das diferentes condições

é o estudo da velocidade das reações, de como a velocidade varia em função das diferentes condições Cinética Química Cinética química é o estudo da velocidade das reações, de como a velocidade varia em função das diferentes condições Fatores que afetam a velocidade da reação: Concentração dos reagentes.

Leia mais

Prática 8: Inibição por maltose (Ki) Execução e recolhimento dos exercícios 11 a 13

Prática 8: Inibição por maltose (Ki) Execução e recolhimento dos exercícios 11 a 13 Prática 7: Caracterização da -glicosidase (Km e Vmax) Prática 8: Inibição por maltose (Ki) Execução e recolhimento dos exercícios 11 a 13 Prática 7: Caracterização da -glicosidase (Km e Vmax) Prática 8:

Leia mais

Polimerização Passo-a-Passo ou por Condensação

Polimerização Passo-a-Passo ou por Condensação Reacção entre grupos funcionais; duas moléculas com grupos funcionais que reagem entre si, formando como produto uma molécula mais longa. 05-11-2006 Maria da Conceição Paiva 1 05-11-2006 Maria da Conceição

Leia mais

2. Aborda a rapidez com que os reagentes são consumidos e os produtos são formados;

2. Aborda a rapidez com que os reagentes são consumidos e os produtos são formados; CINÉTICA QUÍMICA 1. Trata das velocidades das reações; 2. Aborda a rapidez com que os reagentes são consumidos e os produtos são formados; 3. A dependência da velocidade; 4. Estudo do mecanismo de reação.

Leia mais

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS. Enzimas. Prof. Me. Cássio Resende de Morais

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS. Enzimas. Prof. Me. Cássio Resende de Morais FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Enzimas Prof. Me. Cássio Resende de Morais Enzimas Catalisadores biológicos: substâncias de origem biológica que aceleram

Leia mais

OBJETIVOS BIBLIOGRAFIA ENZIMAS E INIBIDORES ENZIMÁTICOS

OBJETIVOS BIBLIOGRAFIA ENZIMAS E INIBIDORES ENZIMÁTICOS OBJETIVOS Enzimas: Funções, Nomenclatura e Propriedades Fundamentos da Cinética Enzimática Cinética Enzimática: Michaelis-Menten Ensaios Cinéticos: Padronização e Validação Parâmetros Cinéticos: vo, KM,

Leia mais

Enzimas. Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini

Enzimas. Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Enzimas Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Enzimas Proteínas especializadas em catalisar reações biológicas, ou seja aumentam a velocidade

Leia mais

Estudo da velocidade da reação enzimática e como ela se altera em função de diferentes parâmetros

Estudo da velocidade da reação enzimática e como ela se altera em função de diferentes parâmetros Estudo da velocidade da reação enzimática e como ela se altera em função de diferentes parâmetros Importante abordagem para o entendimento do mecanismo de ação de uma enzima. Vários fatores afetam a atividade

Leia mais

Para compreender o conceito de reacção de precipitação é necessário considerar as noções básicas de dissolução e de solubilidade de sais em água.

Para compreender o conceito de reacção de precipitação é necessário considerar as noções básicas de dissolução e de solubilidade de sais em água. PRECIPITAÇÃO SELECTIVA INTRODUÇÃO Para compreender o conceito de reacção de precipitação é necessário considerar as noções básicas de dissolução e de solubilidade de sais em água. O fenómeno de dissolução

Leia mais

Físico-química Farmácia 2014/02

Físico-química Farmácia 2014/02 Físico-química Farmácia 2014/02 1 Decomposição Química Cinética de decomposição Lei de velocidade Ordem de reação Tempo de meia vida e prazo de validade Fatores que influenciam a estabilidade Equação de

Leia mais

Mecanismo de reação de uma enzima com substrato único. A enzima (E) liga o substrato (S) e liberta o produto (P).

Mecanismo de reação de uma enzima com substrato único. A enzima (E) liga o substrato (S) e liberta o produto (P). CINÉTICA ENZIMÁTICA Cinética Enzimática Estudo da velocidade de uma reação química que ocorre na presença de uma enzima a) Medir as velocidades das transformações que se processam; b) Estudar a influências

Leia mais

Professora: Erika Liz. C i n é t i c a. E n z i m á t i c a

Professora: Erika Liz. C i n é t i c a. E n z i m á t i c a rofessora: Erika Liz C i n é t i c a E n z i m á t i c a Elementos da Enzimologia Reações Químicas Termodinâmica estuda a viabilidade e a reversibilidade das reações, a partir da análise do conteúdo energético

Leia mais

1- Microrganismos e indústria alimentar 1.1 Fermentação e actividade enzimática

1- Microrganismos e indústria alimentar 1.1 Fermentação e actividade enzimática Unidade 4 Produção de alimentos e sustentabilidade 1- Microrganismos e indústria alimentar 1.1 1 Qual é a importância dos microrganismos na indústria alimentar? Queijo Os microrganismos são essenciais

Leia mais

PPGQTA. Prof. MGM D Oca

PPGQTA. Prof. MGM D Oca PPGQTA Prof. Compostos Carbonílicos O grupo carbonila é um dos mais importantes grupos funcionais e está envolvido em muitas reações. Reações envolvendo grupos carbonila também são particularmente importantes

Leia mais

Hidrólise da ureia pela urease

Hidrólise da ureia pela urease Hidrólise da ureia pela urease DQB Velocidade de uma reacção enzimática DQB Para cada case do utilização de um enzima para catálise de uma dada reacção é necessário conhecer a estequiometria da reacção

Leia mais

QUI 153 Química Analítica IV. Volumetria de Complexação Parte I

QUI 153 Química Analítica IV. Volumetria de Complexação Parte I Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Instituto de Ciências Exatas Depto. de Química QUI 15 Química Analítica IV Volumetria de Complexação Parte I Lilian Silva Juiz de Fora, 016 Titulações Complexométricas

Leia mais

INTRODUÇÃO Á BIOQUÍMICA

INTRODUÇÃO Á BIOQUÍMICA INTRODUÇÃO Á BIOQUÍMICA BIOQUÍMICA ENFERMAGEM FIO Faculdades Integradas de Ourinhos. Prof. Esp. Roberto Venerando Fundação Educacional Miguel Mofarrej. FIO robertovenerando@fio.edu.br 1 - Introdução à

Leia mais

Enzimas - Sítio catalítico

Enzimas - Sítio catalítico Enzimas - Sítio catalítico Significado de cofator, grupo prostético e coenzima Enzima holozima Grupo prostético metal cofator coenzima Distinção entre cofator e coenzima depende da força de ligação com

Leia mais

Cinética Química. Cinética Química: Velocidade média, instantânea e inicial. Lei cinética. Fatores que influenciam a velocidade.

Cinética Química. Cinética Química: Velocidade média, instantânea e inicial. Lei cinética. Fatores que influenciam a velocidade. Cinética Química IV Cinética Química: Velocidade média, instantânea e inicial. Lei cinética. Fatores que influenciam a velocidade. Mecanismos reacionais. Catálise. Cinética Química Cinética Química é a

Leia mais

Biologia 12 Fermentação e actividade enzimática

Biologia 12 Fermentação e actividade enzimática Biologia 12 Fermentação e actividade enzimática Uma elevada percentagem de produtos que consumimos é produzida, mantida ou degradada por microorganismos. O conhecimento do metabolismo microbiano permitirá

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA TUTOR: LUIZ EDUARDO NOCHI DISCIPLINA: QUÍMICA (FÍSICO QUÍMICA) CURSO ALCANCE (TURMA A E B ) DATA: 17/09/2016

CINÉTICA QUÍMICA TUTOR: LUIZ EDUARDO NOCHI DISCIPLINA: QUÍMICA (FÍSICO QUÍMICA) CURSO ALCANCE (TURMA A E B ) DATA: 17/09/2016 CINÉTICA QUÍMICA TUTOR: LUIZ EDUARDO NOCHI DISCIPLINA: QUÍMICA (FÍSICO QUÍMICA) CURSO ALCANCE (TURMA A E B ) DATA: 17/09/2016 O QUE É CINÉTICA QUÍMICA? É a área da química que estuda a velocidade das reações

Leia mais

Cinética Química. Prof. Alexandre D. Marquioreto

Cinética Química. Prof. Alexandre D. Marquioreto Prof. Alexandre D. Marquioreto Estuda as velocidades, mecanismos e os fatores que podem interferir nas reações químicas. Lentas Reações Químicas Rápidas Reação Rápida Cinética Química Faísca 2 H 2(g) +

Leia mais

BIOQUÍMICA 1º ano de Medicina Ensino teórico 2010/2011

BIOQUÍMICA 1º ano de Medicina Ensino teórico 2010/2011 BIOQUÍMICA 1º ano de Medicina Ensino teórico 2010/2011 10ª aula teórica 19 Outubro 2010 Príncipios gerais de enzimologia. Modo de acção das enzimas. Cinética enzimática (Eq. Michaelis-Menten; K M e V max

Leia mais

A B A B. Espontaneidade vs. Velocidade de Reações. Enzimas como Catalisadores. Velocidade das reações depende da Energia de Ativação

A B A B. Espontaneidade vs. Velocidade de Reações. Enzimas como Catalisadores. Velocidade das reações depende da Energia de Ativação Enzimas como atalisadores A B Espontaneidade vs. Velocidade de Reações A B Reações espontâneas liberam energia - exergônicas Diamante Grafite Glicose + 0 2 2 Reações exergônicas precisam ultrapassar barreira

Leia mais

Polimerização por condensação ou polimerização passo-a-passo

Polimerização por condensação ou polimerização passo-a-passo Polimerização por condensação ou polimerização passo-a-passo Ciência de Polímeros I 1º semestre 2007/2008 30-09-2007 Maria da Conceição Paiva 1 Reacção de monómeros homofuncionais: Reacção de monómeros

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA. Obs.: a variação da quantidade deverá ser sempre um valor positivo, então ela deverá ser em módulo. 1.

CINÉTICA QUÍMICA. Obs.: a variação da quantidade deverá ser sempre um valor positivo, então ela deverá ser em módulo. 1. CINÉTICA QUÍMICA 1. Introdução O Conhecimento e o estudo da velocidade das reações, além de ser muito importante em termos industriais, também está relacionado ao nosso dia-adia, verificamos que há algumas

Leia mais

Engenharia Biomédica. Relatório Cinética da Enzima Invertase

Engenharia Biomédica. Relatório Cinética da Enzima Invertase Engenharia Biomédica Bioquímica e Biologia Molecular Relatório Cinética da Enzima Invertase Relatório realizado por: Ana Calhau nº54605 Dárcio Silva nº54214 José Frazão nº54198 1º Semestre, Ano Lectivo

Leia mais

Reações de Substituição Nucleofílica Acílica

Reações de Substituição Nucleofílica Acílica Reações de Substituição Nucleofílica Acílica Estas reações ocorrem em compostos carbonilados possuidores de um grupo que pode servir como grupo abandonador. Estes compostos são os chamados derivados de

Leia mais

Introdução à cinética enzimática. Cinética da catálise pela invertase. Termodinâmica MIB (2015)

Introdução à cinética enzimática. Cinética da catálise pela invertase. Termodinâmica MIB (2015) Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar - ICBAS-UP Departamento de Química José Augusto Pereira Introdução à cinética enzimática. Cinética da catálise pela invertase. Termodinâmica MIB (2015)

Leia mais

Equilíbrio Ácido-Base. Ácidos e Bases Fracos

Equilíbrio Ácido-Base. Ácidos e Bases Fracos Equilíbrio Ácido-Base Ácidos e Bases Fracos ph de soluções CH 3 COOH (aq) 0,10 mol/dm 3 HCl (aq) 0,10 mol/dm 3 ph? ph= 2,9 ph= 1 [H 3 O + ] < [H 3 O + ] PORQUÊ? 2 ph de soluções Segundo Arrhenius o ácido

Leia mais

H 2 C OCH 3 H 2 C OH EXERCÍCIOS DE CLASSE

H 2 C OCH 3 H 2 C OH EXERCÍCIOS DE CLASSE EXERCÍCIOS DE CLASSE 1- De um modo geral, o ponto de ebulição dos compostos orgânicos cresce com o aumento do peso molecular, o que não acontece com os compostos do quadro abaixo: COMPOSTO PESO MOLECULAR

Leia mais

Enzimas. Bianca Zingales IQ - USP

Enzimas. Bianca Zingales IQ - USP Enzimas Bianca Zingales IQ - USP Enzimas As enzimas são catalisadores biológicos extremamente eficientes que aceleram 10 9 a 10 12 vezes (em média) a velocidade da reação. As enzimas chegam a transformar

Leia mais

Disciplina de BIOQUÍMICA do Ciclo Básico de MEDICINA Universidade dos Açores 1º Ano ENSINO PRÁTICO 4ª AULA PRÁTICA

Disciplina de BIOQUÍMICA do Ciclo Básico de MEDICINA Universidade dos Açores 1º Ano ENSINO PRÁTICO 4ª AULA PRÁTICA Disciplina de BIOQUÍMICA do Ciclo Básico de MEDICINA Universidade dos Açores 1º Ano ENSINO PRÁTICO 4ª AULA PRÁTICA CONCEITO DE SOLUÇÕES TAMPÃO, ph E pk 1. Conceito de soluções tampão (ph e pk) 2. Principais

Leia mais

Atividade a Distância 4 CINÉTICA

Atividade a Distância 4 CINÉTICA Atividade a Distância 4 CINÉTICA Na parte 1 da Aula 3 vimos a definição de velocidade inicial e como deve ser medida. Agora, vamos ver como ela varia se mudarmos a concentração dos reagentes. Estamos acostumados

Leia mais

QUIMICA ORGÂNICA A. Analisando Reações Orgânicas e seus Intermediários

QUIMICA ORGÂNICA A. Analisando Reações Orgânicas e seus Intermediários QUIMICA ORGÂNICA A Analisando Reações Orgânicas e seus Intermediários Prof. Antonio Luiz Braga braga.antonio@ufsc.br 1 Intermedíarios de Reações Mecanismos de Reações 2 1 Intermedíarios de Reações Nucleófilos

Leia mais

Concentração dos reagentes Quanto maior a concentração dos reagentes, maior a velocidade da reação.

Concentração dos reagentes Quanto maior a concentração dos reagentes, maior a velocidade da reação. Setor 3306 Aula 20 Lei da velocidade das reações Complemento. As reações químicas podem ocorrer nas mais diferentes velocidades. Existem reações tão lentas que levam milhares de anos para ocorrer, como

Leia mais

PARTE I. PARTE I I Modalidade A QUESTÃO 11. Olimpíada Brasileira de Química 2014 Fase III. G A B A R I T O S de correção. Modalidade B.

PARTE I. PARTE I I Modalidade A QUESTÃO 11. Olimpíada Brasileira de Química 2014 Fase III. G A B A R I T O S de correção. Modalidade B. Olimpíada Brasileira de Química 2014 Fase III G A B A R I T O S de correção PARTE I Modalidade A 1. e 2. c 3. b 4. d 5. d 6. a 7. e 8. a 9. b 10. d Modalidade B 1. e 2. c 3. b 4. d 5. a 6. a 7. d ou e

Leia mais

EXAME DE SELEÇÃO PARA O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (PPGQ-UFC)/ MESTRADO

EXAME DE SELEÇÃO PARA O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (PPGQ-UFC)/ MESTRADO Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Programa de Pós-Graduação em Química Caixa Postal 12.200 Tel. 85 3366 9981 CEP: 60.450-970 Fortaleza - Ceará - Brasil EXAME DE SELEÇÃO PARA O PROGRAMA DE

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS Origem das proteínas e de suas estruturas Níveis de Estrutura Protéica Estrutura das proteínas Conformação

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Campus de Jaboticabal Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Campus de Jaboticabal Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Campus de Jaboticabal Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Enzimas Prof. Luciano Hauschild Plano de aula 1) Atuação das enzimas na cinética

Leia mais

Inibidor: substância que diminui a velocidade de uma reacção catalisada enzimaticamente quando presente na mistura reaccional

Inibidor: substância que diminui a velocidade de uma reacção catalisada enzimaticamente quando presente na mistura reaccional Inibição Enziática Inibidor: substância que diinui a velocidade de ua reacção catalisada enziaticaente quando presente na istura reaccional Tipos de Inibição Inibição irreversível: E+I irreversível EI

Leia mais

ENZIMAS ENZIMAS ENZIMAS 19/02/17 DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL. ativa. inativa

ENZIMAS ENZIMAS ENZIMAS 19/02/17 DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL. ativa. inativa DFNÇÃO nzimas são proteínas que atuam como catalisadores biológicos o Aceleram a velocidade das reações químicas o Não alteram os produtos finais das reações o Zimogênio (inativas) / nzima (ativas) Composto

Leia mais

Fundamentos de Química

Fundamentos de Química FCiências Fundamentos de Química Apontamentos Equilíbrio químico, Ácido e Bases, Cinética Química Produzido por Filipa França Divulgado e Partilhado por FCiências Equilíbrio Químico FCiências Reações em

Leia mais

DISCIPLINA DE QUÍMICA

DISCIPLINA DE QUÍMICA DISCIPLINA DE QUÍMICA OBJETIVOS: 1ª série Traduzir linguagens químicas em linguagens discursivas e linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química tais como gráficos, tabelas e relações matemáticas,

Leia mais

Disciplina de Didáctica da Química I

Disciplina de Didáctica da Química I Disciplina de Didáctica da Química I Texto de Apoio Estrutura dos átomos no ensino básico e secundário Visão crítica / síntese dos tópicos de química nos ensinos básico e secundário A - ESTRUTURA DOS ÁTOMOS

Leia mais

P4 - PROVA DE QUÍMICA GERAL 05/12/12

P4 - PROVA DE QUÍMICA GERAL 05/12/12 P4 - PROVA DE QUÍMICA GERAL 05/12/12 Nome: GABARITO Nº de Matrícula: Turma: Assinatura: Questão Valor Grau Revisão 1 a 2,5 2 a 2,5 3 a 2,5 4 a 2,5 Total 10,0 Constantes e equações: 273,15 K = 0 C R = 0,0821

Leia mais

Aula 6 CATÁLISE. META Apresentar os conceitos de catálise

Aula 6 CATÁLISE. META Apresentar os conceitos de catálise CATÁLISE Camilo Andrea Angelucci META Apresentar os conceitos de álise OBJETIVOS Ao fi nal desta aula, o aluno deverá: aprender os conceitos de álise geral; compreender Catálise homogênea e suas peculiaridades;

Leia mais

O processo de dissolução

O processo de dissolução SOLUBILIDADE Sabemos que um soluto altera as propriedades do solvente. Solução sólida: silício dopado com fósforo eletrônica. indústria Sal sobre o gelo abaixa o ponto e congelamento se a temperatura é

Leia mais

Equilíbrios proteína-ligando

Equilíbrios proteína-ligando Equilíbrios proteína-ligano Para que as reacções enzimáticas possam ocorrer, é necessário o encontro molecular entre o enzima e o substrato e a sua associação num complexo enzima-substrato O processo e

Leia mais

ÁGUA. Planeta Terra ou planeta Água? 71% da supergcie é de água. Composição dos seres vivos:

ÁGUA. Planeta Terra ou planeta Água? 71% da supergcie é de água. Composição dos seres vivos: ÁGUA Planeta Terra ou planeta Água? 71% da supergcie é de água Composição dos seres vivos: 1% de sais minerais 1% de carboidratos 2 a 3% de lipídios 10 a 15% de proteínas 1% de cidos nucléicos 75 a 85%

Leia mais

ÁGUA, SOLUBILIDADE E PH

ÁGUA, SOLUBILIDADE E PH Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Instituto de Bioquímica Médica Curso: Enfermagem e Obstetrícia ÁGUA, SOLUBILIDADE E PH ÁGUA: UM COMPONENTE E SOLVENTE UNIVERSAL A ÁGUA

Leia mais

Cinética Química. Cinética Química...? É o estudo da velocidade das reações químicas e dos fatores que as influenciam.

Cinética Química. Cinética Química...? É o estudo da velocidade das reações químicas e dos fatores que as influenciam. Cinética Química...? Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciência e Tecnologia groalimentar Profª Roberlucia Candeia Disciplina: Química geral É o estudo da velocidade das reações químicas

Leia mais

Avaliação Quantitativa das Preparações Enzimáticas

Avaliação Quantitativa das Preparações Enzimáticas Avaliação Quantitativa das Preparações Enzimáticas Como diferenciar enzimas? Quando não podemos determinar a concentração de uma enzima devemos diferenciar as enzimas por sua atividade (moléculas não podem

Leia mais

Vestibular Comentado - UVA/2011.1

Vestibular Comentado - UVA/2011.1 Vestibular omentado - UVA/2011.1 onhecimentos Gerais QUÍMIA omentários: Profs. Bibil e Tupinambá 45. A Figura 1 apresenta, de forma genérica, a reação química de formação de um triacilglicerol a partir

Leia mais

Cinética. Módulo I - Físico Química Avançada. Profa. Kisla P. F. Siqueira

Cinética. Módulo I - Físico Química Avançada. Profa. Kisla P. F. Siqueira Cinética Módulo I - Físico Química vançada Profa. Introdução Estudo das velocidades das reações químicas; Velocidade em função das concentrações das espécies presentes; Leis de velocidade: equações diferenciais;

Leia mais

algébrica das variações de entalpia de outras reacções químicas cujas equações, depois de somadas, dão a equação inicial.

algébrica das variações de entalpia de outras reacções químicas cujas equações, depois de somadas, dão a equação inicial. Ciclos de Born Haber Um CicIo de Born-Haber é um ciclo que estabelece relações entre várias grandezas termodinâmicas e que se baseia na lei de Hess a variação de entalpia de uma dada reacção é independente

Leia mais

7.1 CISÃO E FORMAÇÃO DE LIGAÇÃO NO MECANISMO POLAR

7.1 CISÃO E FORMAÇÃO DE LIGAÇÃO NO MECANISMO POLAR 163 7.1 CISÃO E FORMAÇÃO DE LIGAÇÃO NO MECANISMO POLAR Para que uma reação orgânica ocorra, é necessário que haja rompimento nas ligações químicas envolvidas na estrutura das moléculas do substrato e do

Leia mais

Nome Completo : Prova de Acesso de Química para Maiores de 23 Anos. Candidatura de Junho de 2013, 10: h

Nome Completo : Prova de Acesso de Química para Maiores de 23 Anos. Candidatura de Junho de 2013, 10: h Nome Completo : B. I. n.º Prova de Acesso de Química para Maiores de 23 Anos Candidatura 2013-2014 18 de Junho de 2013, 10:00 12.30 h Respostas às perguntas de escolha múltipla: assinale a resposta certa

Leia mais

Entropia. Energia de Gibbs e Equilíbrio

Entropia. Energia de Gibbs e Equilíbrio Entropia Energia de Gibbs e Equilíbrio Mestrado integrado em Engenharia Biológica Disciplina Química II, 2º semestre 2009/10 Professsora Ana Margarida Martins TRANSFORMAÇÕES ESPONTÂNEAS Uma reacção diz-se

Leia mais

Química Orgânica II Profa. Rosângela de A. Epifanio Prova 2 16/05/2005

Química Orgânica II Profa. Rosângela de A. Epifanio Prova 2 16/05/2005 Química rgânica II Profa. Rosângela de A. Epifanio Prova 2 16/05/2005 Nome:...Nota:... 1) Mesilatos e triflatos são bons grupos de saída. No entanto, o deslocamento de triflato por um nucleófilo ocorre

Leia mais

Aula de Bioquímica I. Tema: Água. Prof. Dr. Júlio César Borges

Aula de Bioquímica I. Tema: Água. Prof. Dr. Júlio César Borges Aula de Bioquímica I Tema: Água Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química e Física Molecular DQFM Instituto de Química de São Carlos IQSC Universidade de São Paulo USP E-mail: borgesjc@iqsc.usp.br

Leia mais

Química Orgânica I Profa. Dra. Alceni Augusta Werle Profa. Dra. Tania Márcia do Sacramento Melo

Química Orgânica I Profa. Dra. Alceni Augusta Werle Profa. Dra. Tania Márcia do Sacramento Melo Química Orgânica I Profa. Dra. Alceni Augusta Werle Profa. Dra. Tania Márcia do Sacramento Melo Reações de Substituição Nucleofílica Alifática Aula 14 Substratos: Haletos de alquila, Álcoois, Haletos de

Leia mais

Exercício de Revisão III Unidade. Eletroquímica

Exercício de Revisão III Unidade. Eletroquímica 1 Exercício de Revisão III Unidade Eletroquímica 1) O que difere uma célula galvânica e uma célula eletrolítica? 2) Considere a pilha: Zn(s)/Zn 2+ // Ag + /Ag(s) a) Proponha um esquema de funcionamento

Leia mais

ENZIMAS. Faculdade Maurício de Nassau Cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia Disciplina de Bioquímica. Prof.: Me.

ENZIMAS. Faculdade Maurício de Nassau Cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia Disciplina de Bioquímica. Prof.: Me. Faculdade Maurício de Nassau Cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia Disciplina de Bioquímica ENZIMAS Prof.: Me. Allysson Haide 1 O que será abordado sobre as enzimas? Introdução às

Leia mais

Metais e ligas metálicas Estrutura e propriedades dos metais

Metais e ligas metálicas Estrutura e propriedades dos metais AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2016/2017 PLANIFICAÇÃO ANUAL Documento(s) Orientador(es): Programa de Química / Metas Curriculares ENSINO SECUNDÁRIO 12º ANO-QUÍMICA DOMÍNIO/SUBDOMÍNIO

Leia mais

Físico-Química Experimental Exp. 10. Cinética Química

Físico-Química Experimental Exp. 10. Cinética Química Cinética Química 1. Introdução Cinética química é o estudo da progressão das reações químicas, o que determina suas velocidades e como controlá-las. Ao estudar a termodinâmica de uma reação, leva-se em

Leia mais

Termodinâmica. Estudo das formas de energia que afetam a matéria. Sistemas (moléculas + solutos) X ambiente (sistema - universo)

Termodinâmica. Estudo das formas de energia que afetam a matéria. Sistemas (moléculas + solutos) X ambiente (sistema - universo) Termodinâmica Estudo das formas de energia que afetam a matéria Sistemas (moléculas + solutos) X ambiente (sistema - universo) Possibilita prever se processos bioquímicos são possíveis Aplicações: conformação

Leia mais

Ligação Iônica. Ligação Metálica. Ligações Química. Ligação Covalente. Polaridade. Geometria. Ligações Intermoleculares

Ligação Iônica. Ligação Metálica. Ligações Química. Ligação Covalente. Polaridade. Geometria. Ligações Intermoleculares Ligação Iônica Ligação Metálica Ligações Química Ligação Covalente Polaridade Geometria Ligações Intermoleculares Teoria do octeto Os átomos se estabilizam com 8 elétrons na última camada. (Porém existem

Leia mais

aandrico@if.sc.usp.br a molécula de água, a ligação existente é covalente, na qual dois átomos de hidrogênio compartilham elétrons com um átomo de oxigênio. A molécula de água possui dois dipolos, com

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PLANO DE ENSINO Código Unidade 040 CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE Curso Etapa Sem. / Ano 4045-1 Farmácia 2ª 2º /

Leia mais

Metabolismo e Endocrinologia

Metabolismo e Endocrinologia Metabolismo e Endocrinologia Teórica-Pratica: 1 Tema: 1.Enzimologia 1.1 Noções de termodinâmica 1.2 Cinética 1.3 Inibição 2. Tópicos de resposta para a primeira teórico-prática Data: 30.03.2011 1 ENZIMOLOGIA

Leia mais

Interacção da Radiação com a Matéria. Maria do Anjo Albuquerque

Interacção da Radiação com a Matéria. Maria do Anjo Albuquerque Interacção da Radiação com a Matéria Radiação ultravioleta Radiação infravermelha Parte da radiação IV é filtrada pelo vapor de água e dióxido de carbono. Estes dois gases desempenham um papel fundamental

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA. Profa. Loraine Jacobs DAQBI.

CINÉTICA QUÍMICA. Profa. Loraine Jacobs DAQBI. CINÉTICA QUÍMICA Profa. Loraine Jacobs DAQBI lorainejacobs@utfpr.edu.br http://paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs Cinética Química Lei de Velocidade Integrada Mostra a variação das concentrações

Leia mais