DESENVOLVIMENTO MORAL NA CRIANÇA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DESENVOLVIMENTO MORAL NA CRIANÇA"

Transcrição

1 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA SOCIO ECONOMICA HUMANA GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA TALYTA OLIVEIRA CUNHA DESENVOLVIMENTO MORAL NA CRIANÇA Anápolis Goiás Dezembro / 2009

2 2 TALYTA OLIVEIRA CUNHA Monografia desenvolvida sob orientação da Profª Drª. Magda Ivonete Montagnini como requisito parcial para a aprovação e obtenção do título de licenciado em Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás. Anápolis Goiás Dezembro / 2009

3 3 BANCA AVALIADORA DA MONOGRAFIA Profª. Drª. Magda Ivonete Montagnini (Orientadora) Profª. Ms. Marilza Montagnini (Docente - Leitora) Profª. Drª. Sandra Elaine Aires (Coordenadora Adjunta de TCC/Pedagogia) Data: / / Nota: ( )

4 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho de conclusão da graduação aos meus pais, irmãos, familiares, noivo e amigos que de muitas formas me incentivaram e ajudaram para que fosse possível a concretização deste trabalho.

5 5 AGRADECIMENTO Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado forças, sabedoria e perseverança para conclusão deste curso. A todas as pessoas do meu convívio que acreditaram e contribuíram, mesmo que indiretamente, para a conclusão deste curso. Aos meus pais Ana Aparecida Oliveira Cunha e Antônio Rodrigues da Cunha, pelo amor incondicional e pela paciência. Por terem me apoiado em meus estudos, serei imensamente grata. Ao meu noivo e amado Ricardo Alves de Jesus, por compreender a importância dessa conquista e aceitar a minha ausência quando necessário. A minha orientadora Magda Ivonete Montagnini, pelo empenho, paciência e credibilidade, obrigada por tudo. A todos os familiares, irmãos, e amigos que acreditaram na conclusão deste curso, fico muito grata.

6 6 EPÍGRAFE A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe. (Jean Piaget)

7 7 RESUMO Esta monografia aborda o estudo sobre o desenvolvimento moral na criança desde suas primeiras relações sociais até a adolescência. Toda a pesquisa bibliográfica foi centrada nas idéias de Piaget e para a pesquisa de campo foram utilizados vários teóricos que também dedicaram muitos estudos ao desenvolvimento da moral nas crianças. Este assunto é importante na medida em que nos encontramos atualmente em uma sociedade formada por crianças, adolescentes e jovens carentes de conhecimentos e sentimentos éticos e morais fundamentais para todas as pessoas que são por natureza indivíduos sociais. Falar em moral é se referir a regras, atitudes e comportamentos assumidos pelas pessoas nas relações consigo e com os outros. A metodologia utilizada para desenvolver o presente estudo foi além de um estudo bibliográfico, uma pesquisa qualitativa e exploratória em duas instituições escolares e aplicações de questionários para que professoras regentes de classes opinassem sobre o desenvolvimento ou não da moral em crianças com as quais elas convivem enquanto profissionais do magistério. Palavras chave: Desenvolvimento moral infantil. Educação e ética, valores, justiça.

8 8 SUMÀRIO INTRODUÇÃO...9 CAPÍTULO 1 O DESENVOLVIMENTO DA MORAL NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET Desenvolvimento moral na criança segundo Jean Piaget Educação moral da criança fundamentada em Piaget Afetividade, vontade e sentimentos morais Justiça...19 CAPÍTULO 2 A PESQUISA PSICOGENÉTICA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MORAL NA CRIANÇA...24 CAPÍTULO 3 A PESQUISA: A REALIDADE DO CAMPO INVESTIGATIVO COLETA DE DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS MESMOS Metodologia Universo da pesquisa Sujeito da pesquisa Instrumento da coleta de dados Análise dos Dados Coletados...38 CONSIDERAÇÕES FINAIS...52 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...54

9 9 INTRODUÇÃO Está monografia tem como tema o Desenvolvimento Moral na Criança e seu objeto de estudo é o desenvolvimento moral infantil, como ele se constitui nos seres humanos e como se desenvolve em relação com a sociedade. o conhecimento dos estudos de Piaget sobre a moral infantil, seu desenvolvimento e a contribuição para um melhor entendimento moral na sociedade atual. Para que este estudo ocorresse satisfatoriamente duas questões foram consideradas: o que é moral e como se desenvolve a formação moral na criança e no adolescente. Para justificar esta pesquisa buscou-se resgatar conceitos já esquecidos sobre a moral, principalmente as suas origens na primeira infância e seu desenvolvimento até a adolescência. Em Resende (2008), encontramos a idéia de que moral é o desenvolvimento da capacidade de participar eficazmente da vida social. Piaget (1994, 1997, 1999, 2007), que foi o eixo desse trabalho, pesquisou o desenvolvimento da moral na criança observando seu comportamento frente a jogos, regras e atitudes que a criança vai formando através do seu convívio social com questões de justiça e honestidade. A metodologia utilizada foi uma pesquisa teórica e um trabalho de campo utilizando o método qualitativo através da aplicação de questionários respondidos por professores de cinco escolas municipais de Anápolis, Goiás. Considerou-se como objetivo principal desse trabalho trazer à tona o resgate de se estudar a moral em seus padrões psicológicos e não como um breve conhecimento que é modificado como uma lei que perde seu sentido. As crianças necessitam de leis, regras e normas dentro e fora da escola, é preciso criar novamente os ideais de justiça e democracia social que só serão resgatados se nossa sociedade infantil através da educação compreender a importância dos preceitos morais e éticos na sua formação ao longo da vida. A monografia consiste em três capítulos: o capítulo 1 aborda sobre o desenvolvimento moral da criança segundo Piaget. O capítulo 2 aborda acerca

10 10 da pesquisa psicogenética sobre o desenvolvimento moral da criança. O capítulo 3 é a realidade do campo investigativo com a coleta de dados, sua interpretação e se deterá à análise destes dados coletados sendo que o universo da pesquisa foram cinco escolas municipais de Anápolis, Goiás.

11 11 CAPÍTULO 1 DESENVOLVIMENTO DA MORAL NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET 1.1 Desenvolvimento Moral na Criança segundo Jean Piaget Em 1932 Piaget publicou a obra O Julgamento moral na criança, um clássico na literatura psicológica contemporânea, referência obrigatória para todos os que querem aprender sobre moralidade humana, interações sociais e fonte de inspiração filosófica para pensadores debruçados sobre questões de ética. Nesta obra, o autor deixa implícita uma concepção da relação entre moral, afetividade e cognição. Embora tenha concentrado os seus esforços na compreensão do desenvolvimento cognitivo, Piaget (1977) debruçou-se igualmente sobre o desenvolvimento dos conceitos morais. Segundo este pesquisador, o pensamento e os sentimentos desenvolvem-se de forma paralela, constituindo o desenvolvimento cognitivo como uma condicionante da forma de sentir e do juízo moral. Para o autor, Toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por estas regras (PIAGET apud LA TAILLE, 1992, p. 49). Evidentemente, há um período evolutivo que antecede a moral enquanto um sistema de regras. Piaget (1997, p.2) inicia suas pesquisas sobre o desenvolvimento da moral na criança observando o comportamento delas frente aos jogos. Observa seus comportamentos nos jogos com regras, coletivos e estes, os jogos, sinalizam a moralidade humana por três razões: I Representam uma atividade interindividual reguladora por certas normas que mesmo herdadas das gerações anteriores podem ser modificadas pelos membros de cada grupo de jogadores. II Às vezes, as normas não possuem caráter moral, em si, o respeito a elas é, ele sim, moral e envolve questões de justiça e honestidade.

12 12 III O respeito provém de mútuos acordos entre os jogadores e não da mera aceitação de normas impostas por pessoas de fora à comunidade e jogadores. Para Piaget (1992, apud LA TAILLE, 1992, p.49-50), a evolução da consciência de regras pode ser dividida em três etapas: Anomia: 1ª etapa do desenvolvimento moral na criança Anomia: as crianças até cinco e seis anos não seguem regras coletivas. Elas estão juntas, mas não se interagem. A criança passa por uma etapa pré-moral, caracterizada pela anomia, coincidindo com o egocentrismo infantil e que vai até aproximadamente 4 ou 5 anos. Gradualmente, a criança vai entrando na moral heterônoma e caminha gradualmente para a etapa da moral autônoma. Essas fases se sucedem sem constituir estágios propriamente ditos. Há adultos em plena etapa de anomia e muitos ainda na etapa de heteronomia. Poucos conseguem pensar e agir pela sua própria cabeça, seguindo sua consciência interior. ANOMIA: A = Negação NOMIA = regra, lei. HETERONOMIA: A lei, a regra vem do exterior, do outro. AUTONOMIA: Capacidade de governar a si mesmo. Na primeira etapa, a anomia, a criança ainda é muito egocêntrica não existindo para ela regras e normas porque não as assimilam. As necessidades básicas determinam as normas de conduta e por esta razão, quando o bebê sente fome, chora e que ser alimentado de imediato. Na medida em que a criança cresce, ela vai percebendo que o mundo tem suas regras. Ela descobre isso também nas brincadeiras com as crianças maiores, que são úteis para ajudá-la a entrar na fase de heteronomia Heteronomia: 2ª etapa do desenvolvimento moral na criança

13 13 Heteronomia: a moral depende de uma vontade exterior, que é a das pessoas respeitadas, incluindo os pais. O respeito neste caso é unilateral. A criança aceita e reconhece a regra de conduta que o outro lhe apresenta sem, contudo, compreendê-la. Ela tem interesse em participar de atividades coletivas e regradas. A criança não é a inventora das regras, se mostra liberal na sua aplicação, ajuda os demais jogadores, joga uma ao lado da outra e não contra os outros. Ainda não assimilou o sentido da existência de regras e não as aceita como necessárias Autonomia: 3ª etapa do desenvolvimento moral na criança Autonomia: é a concepção adulta do jogo. As crianças jogam seguindo regras e respeitando-as. Há acordo entre os jogadores, cada um é um legislador, ou seja, criador de novas regras que deverão ser apreciadas e aceitas por todos os praticantes do jogo. Tal como o desenvolvimento da inteligência, o desenvolvimento do juízo moral processa-se da heteronomia para a autonomia. No desenvolvimento moral, a heteronomia equivale ao egocentrismo intelectual primitivo. Assim, A primeira moral da criança é a da obediência e o primeiro critério do bem é durante muito tempo, para os pequenos, a vontade dos pais. [...] os primeiros sentimentos morais da criança permanecem intuitivos [...] A moral da primeira infância fica, com efeito, essencialmente heterônoma, isto é, dependente de uma vontade exterior, que é a dos seres respeitados ou dos pais. (PIAGET, 1999, p. 39) É própria da criança da educação infantil e conduz a criança a julgar as regras sagradas e absolutas. Tais crianças entendem que serão boas caso aceitem com submissão as regras de adultos e não se comportarem de forma a serem punidas. O serem punidas e a sua ausência são os critérios que lhes permitem distinguir o bem do mal. Esta heteronomia traduz-se pelo realismo

14 14 moral entendido como confusão entre o subjetivo e o objetivo próprio do estágio cognitivo menos desenvolvido explicado por Piaget (1999), o pré operatório (entre 2 e 6 ou 7 anos), cujo pensamento é intuitivo, perceptual, egocêntrico o que leva a criança a não sintetizar, não conceituar e ter idéias justapostas. Este realismo tem três características: É considerado bom todo ato que revela uma obediência às regras ou aos adultos que as impuseram; É ao pé da letra, e não no seu espírito que as regras são interpretadas. Há uma concepção objetiva da responsabilidade, julga-se pelas conseqüências dos atos e não pela intencionalidade daquelas que agiram. Na perspectiva piagetiana, a educação visa à autonomia moral: o respeito cessa de ser unilateral e passa a ser mútuo, os valores morais não são moldados na regra recebida, não são tomadas ao pé da letra. Entenda-se por ser autônomo a capacidade de estabelecer preferências e prioridades e um dar-se normas, com base na construção de uma perspectiva própria. Neste sentido, é fundamental preparar a criança para não se limitar a obedecer a regras. Ela será autônoma à medida que as segue porque as compreende. É no período das operações concretas (raciocínio lógico concreto) que a criança é capaz de cooperar com os seus pares, perspectivar as situações segundo outros pontos de vista, pensar através da reciprocidade de idéias, devido o declínio do egocentrismo e a presença do raciocínio lógico. A criança interioriza as regras morais, entendendo a sua necessidade e apercebendo-se gradativamente a sua relatividade: conforme o contexto as regras são umas ou outras. Ex.: as regras morais de uma tribo indígena são diferentes das de uma escola urbana. Não acontece com a criança que tem a moral autônoma o que se segue ao comparar duas mentiras, [...] contar à sua mãe que tirou boa nota na escola quando, na verdade, não havia prestado exames, ou contar após ter sido

15 15 amedrontada por um cachorro, que este era grande como uma vaca, as crianças compreendem bem que a primeira destas mentiras é destinada a obter, indevidamente, uma recompensa, enquanto que a segunda é apenas um simples exagero. No entanto, a primeira parece menos ruim, porque acontece que ela tem boas notas e, sobretudo, porque, a afirmação sendo verossímil, a própria mãe poderia ter-se enganado. A segunda mentira, ao contrário, é pior, e merece castigo mais exemplar, porque nunca acontece que um cachorro seja tão grande. (PIAGET, 1997, p. 104) O critério de bondade de uma ação desloca-se das suas conseqüências materiais para a intenção que lhe preside. Ex.: achar que quebrar seis copos é uma ação não é mais grave do que pegar dinheiro na bolsa da mãe. A consideração da pura igualdade é substituída pela consciência de uma forma superior de igualdade e de reciprocidade, traduzida no conceito de equidade (relação de reciprocidade que leva em conta a situação específica de cada indivíduo, exigindo como condição necessária o alcance das operações formais). A experiência da igualdade e o exercício da cooperação são, então, os fatores essenciais que permitem o acesso à autonomia. 1.2 Educação Moral da Criança Fundamentada em Piaget Em todos os estudos, a moral é colocada ao lado da Educação, em virtude da relação inerente entre as duas áreas. As crianças menores, aquelas que freqüentam a Educação Infantil e que ainda não atingiram a construção do pensamento lógico concreto, têm como características marcantes o ignorar qualquer regra e centrar sobre si mesma as relações presentes no seu ambiente físico e social. As relações entre a criança e as pessoas que as cercam desempenham papel fundamental na formação dos seus sentimentos morais já que a criança não tem estes sentimentos prontos. Os relacionamentos que ela vai desenvolver com outros indivíduos dos quais ela depende, serão formadores e exercerão influências mais ou menos profundas para construir a realidade moral da mesma. (PIAGET, 2007, p.64-65) Relações Interindividuais

16 16 No início, na etapa da anomia, a criança não sabe que ele é ela e os objetos externos a ela não se confundem com ela. Daí, No ponto de partida da evolução mental, não existe, certamente, nenhuma diferenciação entre o eu e o mundo exterior, isto é, as impressões vividas e percebidas não são relacionadas nem à consciência pessoal sentida como eu, nem a objetos concebidos como exteriores. [...] (PIAGET, 1999, p. 20) Nesta etapa, não há sentimentos interindividuais o que impede a formação moral que sem a relação com o outro, não se constitui. A criança está centrada na satisfação das necessidades fisiológicas (alimentação, sono, conforto físico ao receber o banho, por exemplo, entre outros), e busca num estágio mais avançado do desenvolvimento sensório-motor (entre o nascimento e 2 anos), a se interessar pelo seu próprio corpo, seus movimentos e pelos resultados das ações que emite com o próprio corpo (olhar intensamente a sua mão que balança espontaneamente no ar, pegar a colher para comer, e jogá-la para frente ou para cima etc). Até então, os seus sentimentos são ligados ao efeito das suas ações: sucesso ou fracasso. No final do estágio sensório-motor vislumbram-se sinais de desenvolvimento moral porque a criança inicia de forma elementar a estabelecer sentimentos interindividuais. A partir de tais relações, é iniciada a vivência de antipatias, quando se relaciona com pessoas que não respondem aos seus interesses e que não o valorizam (por ex.: não pegar a criança no colo quando ela assim o deseja) e simpatias, quando ocorrer o oposto, que irão repercutir no desenvolvimento moral da criança. Desenvolve-se também através das relações interindividuais, o grau de auto-estima, ansiedade, valorizações mútuas ou não Respeito enquanto originador de valores normativos Outro aspecto das relações interindividuais formadoras de valores morais é o respeito fonte dos primeiros sentimentos morais. É um composto de afeição e medo. Segundo Piaget,

17 17 Ora, entre os valores interindividuais [...] existem alguns especialmente importantes; são os que a criança reserva para aqueles que julga como superiores a si, algumas pessoas mais velhas e seus pais. Um sentimento especial... é o respeito, que é um composto de afeição e temor [...] (1999, p. 38) Quando há temor, há uma desigualdade que intervém na relação afetiva. Neste caso, os seres respeitados dão ordens e avisos e as crianças as tomam como obrigatórias desencadeando assim o sentimento de dever. A primeira moral da criança é a da obediência e o primeiro critério do bem é durante muito tempo a vontade dos pais. Então, os valores morais assim concebidos são valores normativos [...] há o respeito por regras [impostas] propriamente ditas. (1999, p. 38) Neste caso, há o desenvolvimento da moral heteronômica. Ela depende de uma vontade exterior, como já foi afirmado anteriormente. Quando ocorre esse tipo de moral, a criança julga que mentir para outra criança não é imoral, mas para os pais, sim, é imoral. A educação baseada na autoridade e no respeito unilateral apresenta inconvenientes do ponto de vista moral e intelectual; da mesma forma que a disciplina imposta de forma que ou sufoca toda personalidade moral ou prejudica mais do que lhe favorece a formação. Em se tratando de educação de consciência moral, o que importa é compreender que nem a autonomia nem a reciprocidade podem desenvolver-se em atmosfera de autoridade e opressão intelectual e moral, é justamente o contrário (PIAGET, 2007, p.71). A educação deve ir favorecendo, gradativamente a passagem para uma etapa mais evoluída do comportamento moral, a etapa da autonomia, ao superar a heteronomia, ao criar condições para a criança situar o seu eu na verdadeira perspectiva em relação à dos outros, isto é, se inserir em um sistema de reciprocidade que implica simultaneamente em uma disciplina autônoma e uma descentralização fundamental da atividade própria. A educação moral tem por esta razão assegurar essa descentralização e estabelecer essa disciplina.

18 Afetividade, vontade e sentimentos morais. Segundo estudos de Piaget (1999, p.53), a afetividade no terceiro estágio do desenvolvimento mental, o operatório concreto, período da criança no ensino fundamental, passa por transformações que se mostram na cooperação entre os indivíduos onde há reciprocidade que assegura a autonomia e a coesão e vão aparecendo novos sentimentos morais onde a vontade leva a uma melhor integração do eu a uma regulamentação da vida afetiva. Primeiro a criança estabelece a formação da moral de obediência ou heteronomia (a criança é governada pelo outro). Depois, através da cooperação, entre elas se cria um respeito mútuo que só se estabiliza quando os indivíduos atribuem reciprocamente um valor pessoal equivalente que não se limita a valorizar uma ou outra ação específica. Existe respeito mútuo em toda amizade fundada na estima e em toda colaboração que exclui a autoridade. Neste caso, ocorre a autonomia (a criança se autogoverna). O respeito mútuo também conduz a formar novos sentimentos morais distintos da obediência inicial. Estas são transformações referentes aos sentimentos de regra, tanto a que liga as crianças entre si, como aquela que as une aos adultos. Assim, a regra não se torna respeitada como vontade exterior, mas como resultado de acordo entre as partes. Graças à constituição da vontade, o indivíduo pode superar seus desejos imediatos e a conservação dos valores propriamente ditos torna-se possível. O exercício da vontade manifesta-se no conflito entre duas tendências: um prazer tentador e um dever. Quando o dever, momentaneamente esmorece diante do desejo, a vontade restabelece a ordem dos valores. Piaget (1999) comparou a vontade à operação lógica. Segundo ele, a vontade equivale no plano cognitivo à capacidade operatória que liberta o ser humano das ilusões perceptivas; à vontade dos desejos e interesses imediatos o que lhe permite estabelecer fins prioritários em longo prazo, ou seja, construir um projeto de vida. Mais tarde, o pensamento formal próprio do último estágio do desenvolvimento mental, o operatório formal, próprio das crianças do final do

19 19 ensino fundamental, abre novas possibilidades: ao mesmo tempo que o sujeito se torna capaz de raciocinar sobre hipóteses, os fins de sua ação ultrapassam as fronteiras do real, dando origem a valores (ideais) tais como a igualdade, a justiça, a solidariedade e a liberdade. (PIAGET, 1999, p.57). 1.4 Justiça Ao investigar sobre a noção de justiça Piaget (1994) observa uma oposição entre dois tipos de respeito e, por conseguinte, entre duas morais: a de obrigação ou heteronomia e a de cooperação ou autonomia. A primeira refere-se à moral da autoridade, que é a moral do dever e da obediência (não mentir, não roubar, não fazer birra, não ofender, não desrespeitar os outros...), conduz, no campo da justiça, à confusão entre o que é justo com o conteúdo da lei estabelecida e à aceitação da sanção expiatória. A moral do respeito mútuo, que é a do bem (por oposição do dever), e da autonomia, conduz, no campo da justiça, ao desenvolvimento de igualdade, noção constitutiva da justiça distributiva e da reciprocidade. O respeito mútuo e a solidariedade entre as crianças e outras pessoas conduzem, portanto ao sentimento de justiça que é grande entre os companheiros quando mais avançados cognitivamente e influência nas relações entre as crianças e os adultos. Segundo Piaget (1994, p 54-55), [...] Nos pequenos, a obediência passa à frente da justiça, a noção do que é justo começa por se confundir com o que é mandado ou imposto do alto [...]. O fato é que enquanto um dever se cumpre, a justiça se faz. Os deveres costumam vir sob uma forma pronta e acabada, como imperativos a serem obedecidos. A justiça representa mais um ideal, uma meta, portanto algo a ser conquistado, um bem a ser realizado. A cada momento, deve-se decidir como fazer a justiça e, às vezes, não existem procedimentos precisos para que se alcance o intuito. Portanto, deve-se justamente avaliar, pesar, interpretar as diversas situações e então decidir o que fazer. (Piaget, 1992, apud LA TAILLE, 1992, p. 53).

20 20 Reforçando e ampliando a compreensão desta temática, Duska e Whelan (1994) assim se pronunciam: Quando se fala em educação moral pretende-se falar igualmente do ensino de regras e do desenvolvimento do caráter e espera-se que as manifestações de comportamento sejam expressivas através de virtudes conhecidas e respeitadas como: honestidade, coragem, controle de si mesmo, solidariedade e respeito ao próximo. Estudos sobre educação moral realizados por Hartshorne e May (apud La Taille,1992) da Universidade de Chicago, pesquisando, o roubo, o engano e a mentira apontam para as seguintes conclusões: Não há nenhuma relação entre o treinamento o caráter e o comportamento atual. A ação moral das pessoas não é constante em situações diversas. Não existe necessariamente uma relação entre aquilo que uma pessoa diz sobre a moralidade e o seu modo de agir. O ato de enganar é normalmente distribuído em níveis moderados, donde se pode concluir que geralmente cada pessoa engana um pouco. (La Taille, 1994, apud DUSKA e WHELAN, 1994, p.17-18). Estes estudos indicam que as formas tradicionais de educação do caráter não produzem um comportamento de acordo com os princípios ensinados através o exemplo, do incentivo, da recompensa ou do castigo. O que realmente se questiona é o que os pais e educadores podem fazer para despertar nas crianças e adolescentes a educação do caráter ou educação moral. Piaget (1994, apud DUSKA e WHELAN, 1994, p.20), estudou durante longos anos a origem e o desenvolvimento das estruturas cognitivas e do julgamento moral nos primeiros anos de vida. Dentre seus trabalhos divulgados, os primeiros analisavam as atitudes verbais das crianças em relação às regras do jogo, à distração, à mentira e ao roubo explorando principalmente a noção de justiça nas crianças. Identificou dois estágios de desenvolvimento: heteronomia e autonomia.

21 21 É importante notar que a autonomia para Piaget se refere à liberdade do constrangimento causado pela heteronomia. E uma base para a interação social imprescindível para o desenvolvimento moral. Para Piaget (1994, apud DUSKA e WHELAN, 1994, p. 20; 26), [...] toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade é buscada no respeito que o indivíduo nutre por essas regras. O fim e o objetivo do desenvolvimento do respeito às regras é o de compreendê-las e de colocá-las em prática de modo autônomo [...]. Para a criança, todas as regras são iguais, por isso o papel evolutivo do respeito pelas regras morais será idêntico àquele ditado pelas regras do jogo, haverá um período em que as regras morais são consideradas intoleráveis e sua obediência é egocêntrica. Piaget (1994) chama esta fase de realismo moral, onde a tendência da criança é considerar os deveres e os valores, independentemente da consciência como realidade que se impõem obrigatoriamente quaisquer que sejam as circunstâncias em que o indivíduo se encontra. Crianças menores de dois anos jogam simplesmente; não há regras governando sua atitude, o jogo é uma atividade motora e não há na criança consciência de regras do jogo. Entre dois ou seis anos a criança observa as maiores a jogarem e inicia a imitação daquilo que observa. Agora ela sabe que existem regras que governam as atividades e apesar de ser um rudimentar considera as regras sagradas e invioláveis. Sua prática de regras é egocêntrica copiando aquilo que viu para os seus próprios fins. Do ponto de vista cognitivo a criança no estado egocêntrico não diferencia a si mesma do mundo externo. Ela não sabe quem é enquanto pessoa e não pode situar-se no meio de um grupo e partilhar socialmente uma atividade. Quando ultrapassa esse estágio, assume uma posição verbal claríssima, em que as regras são sagradas e imutáveis. Acreditam que as

22 22 regras do jogo foram feitas pelos adultos ou ditadas por Deus e que qualquer modificação é considerada como uma transgressão. Entre os sete de dez anos a criança passa do prazer psicomotor ou prazer derivado da competição com os outros seguindo uma série de regras e fruto de acordo mútuo. Nesse estágio há um forte desejo de entender as regras de jogar respeitando o combinado. Aos poucos a heteronomia começa a dar lugar à autonomia. A criança começa a ver regras como produto de consenso mútuo e não como código estabelecido por uma autoridade. Entre onze e doze anos o adolescente desenvolve a capacidade de raciocínio abstrato e é neste ponto que a codificação das regras assume grande importância. Agora há um forte desejo de trabalhar em grupo e as regras são umas estruturas para esta colaboração. As regras são conhecidas e estabelecidas nos mínimos detalhes e há uma estreita relação entre consciência das regras e sua prática. O respeito às regras amadurece quando o adolescente chega ao estágio de cooperação e a heteronomia começa a diminuir. Com o aumento da autonomia aparece o respeito pelas regras na própria obediência e conhecimento. Segundo Duska e Whelan (1994, p.26) podem-se deduzir algumas conseqüências para o trabalho educativo: O fim e o objetivo do desenvolvimento do respeito às regras é o de compreendê-las e colocá-las em prática de modo autônomo. O uso da força superior do adulto e as ordens reforçam uma visão heterônoma e unilateral das regras e o diálogo e discussão que exigem compreensão e a autonomia. No caso da heteronomia sobre o julgamento da criança acerca do certo ou errado, para a criança todas as regras são iguais por isso o papel evolutivo do respeito pelas regras morais será idêntico àquele ditado pelas regras do jogo. Aqui haverá um período em que as regras morais são consideradas sagradas e intocáveis e a obediência é egocêntrica imitando tudo aquilo que observa. A isto Piaget (1994), chamou de realismo moral e a compreensão das regras morais ele define como tendência em considerar os

23 23 deveres e os valores a que se referem como subsistente em si, independentemente da consciência como realidade que se impõe obrigatoriamente em qualquer circunstância em que o indivíduo se encontre. (DUSKA e WHELAN, 1994, p.27). Para examinar os efeitos do realismo moral sobre o julgamento infantil, Piaget estudou a distração, o furto e a mentira nas crianças. O realismo moral se prolonga mais tempo nas definições de mentira do que na distração ou furto. Isto ocorre por que: Mentir é natural para a criança. Os adultos punem mais severamente a mentira para marcar na criança a aversão pela mentira. A criança não entende o tamanho da mentira enquanto não estiver inserida numa sociedade em que haja cooperação mútua e enquanto não sentir necessidade da verdade. Segundo Duska e Whelan (1994, p.39), a criança aos poucos vai associando a noção de justiça ao dever para com a autoridade dos adultos. Ela iguala a justiça com qualquer coisa que o adulto sede ou ordena. Mais tarde ela se desenvolve e passa a fazer seus julgamentos sem levar em conta afeto, idade ou condição física. Somente na fase da adolescência a criança se liberta da influência das forças externas e começa a ser autônomo no seu julgamento moral.

24 24 CAPÍTULO 2 A PESQUISA PSICOGENÉTICA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MORAL NA CRIANÇA A pesquisa educacional e psicológica sobre o desenvolvimento moral na criança é ampla e diversificada. Apresentar-se-á nesse capítulo fragmento de pesquisas sobre a temática da monografia que ora se apresenta. Pottker (2002) desenvolveu um estudo sobre o Desenvolvimento moral na criança justificando assim a premência do mesmo: As realizações do homem não têm garantido a paz nas relações sociais, a elevação nos ideais de moralidade, maior sensibilidade, humanidade e tolerância nas relações interpessoais e entre nações, nem têm assegurado a sobrevivência do planeta, aceleradamente devastado. (p. 122) E definiu como problematização o refletir sobre os seguintes interrogantes: Há evolução moral? Uma criança nasce moralmente determinada ou seu desenvolvimento moral se dá pela intervenção social? Como educar nossas crianças de forma a ter no futuro, adultos moralmente íntegros? As respostas e reflexões advindas dessas questões não são simples nem propõem soluções fáceis. Os principais resultados alcançados pela autora em questão são: A lógica é primitiva, assim como o comportamento moral, sendo que ambos se desenvolvem através de estágios tal como postulou Piaget (1999). A criança, na medida em que cresce física e intelectualmente, desenvolve-se moral e emocionalmente. Na medida em que seu meio social apresentar ações instrutivas com relação a regras e preceitos, a criança internalizará o seu significado, corroborando as hipóteses de Vygotsky e Luria (apud POTTKER, 2002). Todos os aspectos do adulto são construídos gradualmente, em sociedade, e o desenvolvimento moral não deve ser deixado ao acaso, como se dependesse do destino ou de desígnios divinos. É papel do educador, intervir neste aspecto do desenvolvimento, orientando, ilustrando, mostrando

25 25 conseqüências, colocando limites, ajudando a construir, na criança e adolescente, um sistema de valores socialmente desejáveis. La Taille (2001), psicólogo pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), profundo conhecedor das teorias sobre o desenvolvimento moral na criança investigou sobre Desenvolvimento moral: a polidez segundo as crianças. Após várias reflexões sobre as relações entre as virtudes e a moral e entre polidez e o desenvolvimento moral, desenvolveu quatro pesquisas empíricas com crianças de 6, 9 e 12 anos para responder às seguintes perguntas: 1) A polidez faz parte do universo moral da criança? 2) A polidez já é vista pela criança pequena na sua especificidade em relação às regras propriamente morais? Após a coleta de dados concluiu que: 1) a polidez pertence ao universo moral das crianças de 6 a 12 anos, mas com a peculiaridade de sua falta não merecer castigo; 2) que a falta de polidez é, para as crianças de 6 anos, um indício para se julgar o caráter moral de uma pessoa e deixa de sê-lo para as crianças de 12 anos, com uma fase de transição aos 9 anos e 3) que a falta de polidez é vista como conduta de uma certa gravidade nas três faixas etárias. Termina o texto com considerações teóricas que procuram mostrar a relevância de uma educação moral que não despreze a polidez. Branco (1994), outra eminente profissional da educação da USP, estudou sobre O desenvolvimento da moralidade na teoria de Jean Piaget focando as pesquisas por ele desenvolvidas. Afirma que ao desenvolver suas investigações sobre a gênese da moralidade, Piaget (1994) atribuiu maior ênfase a intersubjetividade, à linguagem e, de modo geral, à sociedade ou cultura. Estes aspectos talvez revelassem uma variabilidade e uma multiplicidade no desenvolvimento, o que contraria a busca de uma ordem de sucessão universal (estágios sucessivos comuns a todos os seres humanos) que Piaget procura manter. Assim, para o estudo da moralidade, o jogo infantil, enquanto instituição social, constitui para Piaget (1994) ocasião privilegiada de pesquisa. Seu ponto de partida básico, porém, distingue-se do ponto de vista de um filósofo ou de um sociólogo, na medida em que não se propõe a investigar a natureza da ética ou a imposição da regra no processo de

26 26 socialização. Sua pergunta refere-se ao modo como a criança entende a regra no decurso do desenvolvimento e adere a ela. permite: O método clínico criado e utilizado pelo cientista em questão Observar a operação da regra no momento mesmo em que a criança brinca; Perceber o significado da regra de acordo com o estágio de desenvolvimento mental que a criança atravessa; E observar a evolução do valor da regra no próprio momento da brincadeira. Os procedimentos ao utilizar o método clínico são: Iniciar com uma observação cuidadosa e ampla da conduta espontânea do sujeito. Apresentar ao sujeito algum tipo de tarefa, diante da qual dará uma resposta (motora e/ou verbal), introduzindo material concreto. Variar o problema ou criar uma situação nova de estímulo que questione ou confronte as respostas do sujeito, conformando-se cada resposta como parte de seu processo de construção, e a partir do qual o investigador retoma e propõe variações na tarefa que está realizando. Cabe esclarecer que a intenção do investigador/educador não é a de impor "a versão correta" do problema; é sim, descobrir o processo genético de construção: deixar que o sujeito passe de uma etapa a outra estando errado, porque estas noções erradas, em geral, contêm algo de correto. Interpretar a informação obtida das expressões do sujeito para explicar seu processo de construção e situá-lo em níveis de desenvolvimento mental, considerando o princípio organizador que define cada um deles. Para efeito de análise, Piaget (1994) distingue dois grupos de fenômenos ligados às regras dos jogos: Prática das regras (no que se refere à sua aplicação); Consciência das regras (diferentes maneiras em que as crianças, em diversos estágios, representam a si mesmas o caráter de obrigatoriedade, de sacralidade, de decisividade das regras do jogo).

27 27 São as diferentes modalidades de confirmação desses fenômenos que anunciam a passagem da heteronomia à autonomia, o que leva Piaget (1994) a se concentrar nas relações entre a prática e a consciência das regras. Esse teórico descreve as sinuosas, detalhadas e intrincadas regras do jogo de bolinha de gude tal como ele é praticado entre as crianças de Neuchãtel e Genebra (cidades da Suíça, origem natal de Piaget), sujeitos de suas observações. O método de pesquisa (método clínico) consiste em fazer o observador jogar com a criança como se estivesse aprendendo e, durante o jogo, pedir explicações acerca das regras. Logo após, é feito um interrogatório no qual se pergunta à criança se ela poderia inventar novas regras, novos jogos e, em caso afirmativo, se estas regras e estes jogos seriam válidos. O objetivo desta interrogação é descobrir se a criança admite que pode, legitimamente, mudar as regras, ou se a regra é justa porque é passível de se converter em uso geral (mesmo sendo nova), ou porque é dotada de um valor intrínseco e eterno. Pergunta-se ainda à criança se sempre se jogou assim e onde começaram as regras do jogo, se foram inventadas, quem inventou etc. Todo o procedimento de investigação tem por objetivo descobrir se a criança acredita no valor intrínseco das regras ou no valor do consenso de aceitação, isto é, se ela acredita numa heteronomia ou na autonomia de determinação das regras, de acordo com o significado desses conceitos na teoria piagetiana. Por meio desses estudos sistemáticos, Piaget (1994) chega a estabelecer uma correlação entre a prática e a consciência das regras e os diferentes estágios de desenvolvimento cognitivo. Ainda com relação ao jogo de bolinhas e a avaliação do comportamento moral da criança, Pereira (2009) assim sintetiza o pensamento de Piaget sobre as noções de solidariedade e justiça na criança. No início de 1930, Piaget perguntou-se se existiriam tendências espontâneas à manifestação das noções de solidariedade e justiça na criança. Para responder tal interrogante, observou brincadeiras infantis organizadas espontaneamente, tal como o jogo de bolinhas jogado pelas crianças na

28 28 escola. Piaget (1999) pode deduzir que para o estudo da solidariedade era preciso integrar dois aspectos: o moral e o intelectual. Isso significa que, do ponto de vista moral, é necessário considerar a estrutura das relações sociais entre crianças, ou seja, o desenvolvimento da noção de regra. E significa, do ponto de vista intelectual, observar as trocas de pensamento, para os intercâmbios e as discussões entre crianças. Piaget (1999) se refere às regras como elementos estruturantes dos fatos sociais, pois quando são cumpridas, revelam tanto a vontade de um indivíduo ser respeitada pelos outros, quanto a vontade de todos respeitarem a vontade coletiva. No entanto, o mais importante é que o respeito às regras deve emanar do respeito à pessoa e não às regras em si. É esse sentimento de respeito à pessoa que antecede as aprendizagens da solidariedade e da justiça. No entanto, entre as crianças menores, antes dos anos há o respeito unilateral, isto é, o respeito que não é recíproco, não é mútuo. Por isso, até essa idade as regras são tomadas como verdades imutáveis, anunciadas de fora, por alguém cujo papel é o de autoridade. A solidariedade, neste caso, é externa. Entre os mais velhos, após anos, uma decisão tomada pelo grupo tende a ser respeitada como manifestação de uma vontade comum, interiorizada, pois cada um deseja seguir o combinado. A solidariedade, neste caso, é interna. Diz-se então que os indivíduos são capazes de cooperar. Também, a partir dessa idade, as discussões se aprimoram e os jovens superam pouco a pouco os julgamentos imediatistas, havendo espaço para as contraposições até o pensamento alcançar a lógica típica da solidariedade intelectual. Aqui, novamente, não é o respeito coletivo pela palavra adulta que engendra a compreensão, mas é a discussão e o controle recíproco na busca da verdade. De volta à tentativa de responder ao questionamento inicial sobre uma tendência espontânea da criança quanto à noção de justiça, sabemos que a conduta da criança até 7-8 anos é continuamente sancionada pelos adultos, seja para aprovar ou reprovar seus atos. Assim, desde cedo a criança é levada a concluir pela validade de uma sanção expiatória quando seus atos são desaprovados pelos adultos que ela respeita (pais e responsáveis). O castigo funciona como reparação e é aceito apenas à medida que há o respeito

29 29 unilateral, da criança pelo mais velho. Entre as crianças, nesta fase, a noção de justiça também está baseada no respeito unilateral e a reciprocidade é exercida de forma limitada, restringindo-se à retribuição pura e simples das ofensas, dos golpes etc. Numa outra fase, após os anos, e de acordo com suas vivências, a criança concluirá (ou não) que antes de manter um litígio indefinidamente, ou um julgamento, é necessário considerar as intenções e as circunstâncias do que está sendo julgado. Pelo que podemos inferir, não há em princípio uma tendência espontânea da criança na direção da solidariedade e da justiça, pela razão de que as essas duas noções somente aparecem na conduta dos sujeitos quando os mesmos são capazes de concluir sobre a sua validade (ou não). E o que levaria as crianças e os jovens a uma conclusão? Ou por outra, por que concluem inicialmente apenas pela validade da solidariedade externa? Ou apenas pela validade da justiça retributiva? A resposta é porque, do ponto de vista sócio-cognitivo, a exigência de pensamento para concluir pela validade dessas duas noções inacabadas é menor, menos rigorosa, menos consistente. E, por que é assim? Porque não temos ao natural a condição de agir segundo uma lógica, a lógica das relações. Essa, segundo Piaget, se desenvolve sob certas condições, e só se alcança quando nos tornamos capazes de coordenar nossas ações e operações de pensamento. Mas só podemos nos tornar capazes de agir e pensar coordenadamente se existirem oportunidades educativas para interações entre iguais e desiguais. Neste contexto, segundo nossos resultados investigativos, encontram-se as condições para que as crianças superem os limites iniciais de suas ações e operações de pensamento (egocentrismos moral e intelectual), às custas justamente de atos solidários e justos dos educadores por elas moralmente respeitados. Por todas essas razões, aos educadores cabe a imensa responsabilidade e o desafio de implementar ações educativas adequadas ao desenvolvimento da lógica das relações e, assim, oportunizar o aprendizado das noções de solidariedade e justiça às crianças e aos jovens. Estrázulas (2009) desenvolveu uma pesquisa para fundamentar a sua dissertação de mestrado sobre Inferências sobre a educação ética e moral a partir de Yves de La Taille (1992): os sentimentos de auto-estima e auto-

30 30 respeito em respostas de professores a situações simuladas no convívio com estudantes. O principal objetivo deste estudo foi pesquisar se o professor de ensino médio distingue entre os sentimentos de auto-estima e de auto-respeito como motivadores da ação, e constatar qual desses sentimentos motiva a ação do professor no cotidiano escolar. Auto-estima e auto-respeito são conceitos diferentes na medida em que o primeiro está relacionado a valores dissociados à moral por considerarem apenas o próprio sujeito e não o outro, enquanto o segundo está relacionado à moral por considerar o interesse do outro para além do interesse próprio. O referencial teórico adotado para a pesquisa foi a obra de Yves de La Taille sobre as dimensões intelectual e afetiva humanas e sobre a formação ética e moral. O trabalho de La Taille situa-se na área da psicologia moral. Dada a relação entre as áreas da educação e da psicologia moral no que se refere à formação ética e moral, e considerando ainda termos detectados, mediante revisão bibliográfica constante desta pesquisa, a escassez de produção científica sobre o tema na área da educação, adotamos este referencial no intento de divulgar para a área da educação as pesquisas empreendidas por La Taille no campo da psicologia moral acerca deste aspecto da moralidade. Estabelecemos, em determinados momentos, considerações acerca da formação ética e moral e as funções sociais da escola. Para a pesquisa de campo, realizamos estudo exploratório com seis professores de uma mesma escola da rede pública estadual da cidade de Santos, Estado de São Paulo. Aos professores foram apresentadas, sob a forma de questões abertas, cinco situações do cotidiano escolar vividas por alunos, trazendo potencialmente o conflito entre o interesse próprio e o interesse moral (auto-estima e auto-respeito). Foi solicitado a esses professores que descrevessem a atitude tomariam em cada situação e porquê. O intento foi constatar se, nas situações apresentadas, os professores distinguiam os interesses em jogo, e qual interesse motivava suas posturas. Pela análise das respostas seria possível aferir quais dos dois sentimentos motivariam suas condutas. Nossa conclusão, com base no estudo realizado, foi de que os professores, predominantemente, não diferenciaram entre o

31 31 interesse próprio e o interesse moral envolvidos nas situações propostas, e que a auto-estima foi o que motivou a maioria das ações no cotidiano escolar. O tema de pesquisa se mostrou mais complexo do que o inicialmente concebido, e terminou por suscitar outras questões que possam ser objeto de pesquisa. Oliveira e Reis (2007, p. 01) realizaram uma investigação: [...] [com] o objetivo de refletir sobre o fenômeno social da televisão e sua articulação na família e na escola. Para tanto, faz-se necessário analisar a participação da televisão na construção de visão de mundo das crianças da educação infantil. Não se trata de definir a influência televisiva da vida das crianças como positiva ou negativa, mas sim de esclarecer o poder desse fenômeno e tentar encontrar alguns pressupostos críticos, que possam contribuir para analisarmos os diversos conteúdos veiculados pela TV, refletindo sobre seus efeitos na vida das crianças da faixa etária da educação infantil e o resultado disso no seu comportamento em casa, na escola e na sociedade. Com relação ao desenvolvimento moral da criança, afirmam que no contexto da autonomia, sabe-se que a família é responsável pela socialização primária do indivíduo. É neste ambiente que a criança aprende a fazer as escolhas e a definir sua própria vida. No entanto, para que isso ocorra, é necessário que neste contexto sejam estabelecidas regras e definidos os princípios por escolha própria que devem ser sustentados por convicção, visando assegurar à criança os valores escolhidos, pois, o primeiro aprendizado da criança é a imitação. Assim o sendo, a moral depende em grande parte da educação familiar que a criança recebeu e recebe. Lanna (2007) citada por Oliveira e Reis (2007), afirma que a conquista da autonomia, característica essa considerada por Piaget (1994) implica no desenvolvimento de valores como: senso de responsabilidade, disciplina, cooperação e prazer de fazer parte do grupo. Uma criança assim educada, quando for participar da vida fora de casa, terá esses valores fundamentados na família, evitando tornarem-se presas fáceis de qualquer grupo. Os limites devem ser determinados e passados o mais cedo possível pelos pais à criança e com devida constância e convicção, para não transmitirlhe fragilidade e falta de autoridade no lar. Os pais precisam criar um projeto de educação para os filhos, ensinando-lhes a utilizar seu tempo em função da

32 32 própria construção do seu aprendizado e da busca do sentido da vida. Isso favorecerá o desenvolvimento da sua própria maneira de se posicionar no mundo em que vive. Se os limites não são passados nem definidos com a firmeza devida, desde cedo se transmite fragilidade e falta de autoridade. As crianças já ficam muito ousadas e desafiadoras. Mas não se trata de uma iniciativa que leva à autonomia com responsabilidade. É uma ousadia no sentido de que essas crianças conseguem o que querem. Por sua vez, os pais, na fragilidade e na culpa pela ausência, reforçam isso, gerando um ciclo vicioso. As autoras orientam que a família e a escola precisam conscientizarse de que cabe a elas a formação para a cidadania que implica a construção de um ser autônomo, e isso inclui o ensino de regras de convivência social e a prática de valores éticos às crianças. A educação precisa de ação dos que educam, não apenas de suas intenções. Refletindo sobre a influência da televisão na educação, Oliveira e Reis (2007) citam Linn (2006, p. 222) que postula não podermos ignorar o grande impacto que a mídia exerce nas crianças. Tudo, desde os noticiários até a programação infantil, reflete os valores de quem quer que esteja no comando dessas corporações. Citam também Adorno (1995) ao apresentarem que a televisão incute nas pessoas uma falsa consciência da realidade, com a imposição de valores, normas e conteúdos ideológicos. Os sujeitos confundem a realidade com aquilo que é veiculado nas programações televisivas. As telenovelas que são assistidas por grande parte das camadas populares, abordam diversos problemas sociais como: violência, homossexualismo, corrupção, preconceitos, aparentando serem problemas de fácil solução. Esses são exemplos claros da confusão entre o que é exibido na TV e os acontecimentos da vida real das pessoas, deturpando-lhes a visão da realidade, tornando-as desse modo, superficiais às contradições sociais. Oliveira e Reis (2007) elaboram as seguintes considerações finais sobre o estudo que desenvolveram: segundo os autores pesquisados há interferências significativas da TV no comportamento das crianças de educação

Fonte: www.cantocidadao.org.br/.../blog/criancas.jpg

Fonte: www.cantocidadao.org.br/.../blog/criancas.jpg 5. Estágio pré-operatório (2 a 6 anos) Fonte: www.cantocidadao.org.br/.../blog/criancas.jpg Esse período é marcado pela passagem da inteligência sensório-motora para a inteligência representativa. A criança

Leia mais

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil.

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. 1 Autora :Rosângela Azevedo- PIBID, UEPB. E-mail: rosangelauepb@gmail.com ²Orientador: Dr. Valmir pereira. UEPB E-mail: provalmir@mail.com Desde

Leia mais

O Desenvolvimento Moral na Educação Infantil

O Desenvolvimento Moral na Educação Infantil Andressa Ranzani Nora Mello Keila Maria Ramazotti O Desenvolvimento Moral na Educação Infantil Primeira Edição São Paulo 2013 Agradecimentos A todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram

Leia mais

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é:

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: a capacidade individual ou social para manter uma orientação constante, imutável, qualquer que seja a complexidade de uma situação

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia A Teoria de Ação Social de Max Weber 1 Ação Social 2 Forma de dominação Legítimas 3 Desencantamento

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC

Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC Sugerimos, para elaborar a monografia de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), que o aluno leia atentamente essas instruções. Fundamentalmente,

Leia mais

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário.

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário. PROGRAMA ULBRASOL Irmo Wagner RESUMO Com a intenção e o propósito de cada vez mais fomentar e solidificar a inserção da Universidade na Comunidade em que encontra-se inserida, aprimorando a construção

Leia mais

PROJETO CONVIVÊNCIA E VALORES

PROJETO CONVIVÊNCIA E VALORES PROJETO CONVIVÊNCIA E VALORES Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos, e esquece-se da urgência de deixar filhos melhores para o nosso planeta PROJETO: CONVIVÊNCIA

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

2.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

2.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 2.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Para que a Educação Infantil no município de Piraquara cumpra as orientações desta Proposta Curricular a avaliação do aprendizado e do desenvolvimento da criança, como

Leia mais

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar

Leia mais

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Pensar na realidade é pensar em transformações sociais. Atualmente, temos observado os avanços com relação à

Leia mais

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA Elba Siqueira de Sá Barretto: Os cursos de Pedagogia costumam ser muito genéricos e falta-lhes um

Leia mais

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG). ANÁLISE DAS CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E EDUCAÇÃO FÍSICA PRESENTES EM UMA INSTITUIÇÃO FILÁNTROPICA E MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA CIDADE DE GOIÂNIA/GO CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de

Leia mais

A criança e as mídias

A criança e as mídias 34 A criança e as mídias - João, vá dormir, já está ficando tarde!!! - Pera aí, mãe, só mais um pouquinho! - Tá na hora de criança dormir! - Mas o desenho já tá acabando... só mais um pouquinho... - Tá

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar Colégio La Salle São João Professora Kelen Costa Educação Infantil Educação Infantil- Brincar também é Educar A importância do lúdico na formação docente e nas práticas de sala de aula. A educação lúdica

Leia mais

O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE

O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE 689 O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE Ana Paula Reis de Morais 1 Kizzy Morejón 2 RESUMO: Este estudo traz os resultados de uma pesquisa de campo realizada em uma escola pública

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FISICA NAS SÉRIES INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA LEILA REGINA VALOIS MOREIRA

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FISICA NAS SÉRIES INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA LEILA REGINA VALOIS MOREIRA 1 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FISICA NAS SÉRIES INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA LEILA REGINA VALOIS MOREIRA INTRODUÇÃO O tema a ser estudado tem como finalidade discutir a contribuição da Educação Física enquanto

Leia mais

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA Dado nos últimos tempos ter constatado que determinado sector da Comunidade Surda vem falando muito DE LIDERANÇA, DE ÉTICA, DE RESPEITO E DE CONFIANÇA, deixo aqui uma opinião pessoal sobre o que são estes

Leia mais

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SANTOS, Silvana Salviano silvanasalviano@hotmail.com UNEMAT Campus de Juara JESUS, Lori Hack de lorihj@hotmail.com UNEMAT

Leia mais

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Unidade I PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO EDAAPRENDIZAGEM APRENDIZAGEM Prof. Wanderlei Sergio da Silva Conceito PDA estudo sobre o crescimento mental do indivíduo, desde o nascimento até a adolescência;

Leia mais

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM Faz aquilo em que acreditas e acredita naquilo que fazes. Tudo o resto é perda de energia e de tempo. Nisargadatta Atualmente um dos desafios mais importantes que se

Leia mais

Projeto de banda de fanfarra o SALVADOR

Projeto de banda de fanfarra o SALVADOR Projeto de banda de fanfarra o SALVADOR Alexander Santos Silva Projeto de implantação de uma atividade sócio educacional apresenta a Prefeitura Municipal de Salvador do Estado da Bahia. Salvador Fevereiro

Leia mais

Principais discussões sobre o ensino-aprendizagem de matemática na educação infantil

Principais discussões sobre o ensino-aprendizagem de matemática na educação infantil 1 Introdução: A matemática é uma disciplina de fundamental importância na vida de todo mundo. Desde tempos antigos o ensino dessa matéria vem fazendo cada vez mais parte da vida dos seres humanos. Basta

Leia mais

O Indivíduo em Sociedade

O Indivíduo em Sociedade O Indivíduo em Sociedade A Sociologia não trata o indivíduo como um dado da natureza isolado, livre e absoluto, mas como produto social. A individualidade é construída historicamente. Os indivíduos são

Leia mais

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula INTRODUÇÃO Josiane Faxina Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Câmpus Bauru e-mail: josi_unesp@hotmail.com

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

Indisciplina escolar: um breve balanço da pesquisa em educação. Juliana Ap. M. Zechi FCT/UNESP

Indisciplina escolar: um breve balanço da pesquisa em educação. Juliana Ap. M. Zechi FCT/UNESP Indisciplina escolar: um breve balanço da pesquisa em educação Juliana Ap. M. Zechi FCT/UNESP Complexidade do assunto e multiplicidade de interpretações que o tema encerra. Ações mais assemelhadas à indisciplina

Leia mais

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE Cabe a denominação de novas diretrizes? Qual o significado das DCNGEB nunca terem sido escritas? Educação como direito Fazer com que as

Leia mais

Tudo o que você precisa saber para ter filhos éticos, inteligentes, felizes e de sucesso

Tudo o que você precisa saber para ter filhos éticos, inteligentes, felizes e de sucesso Tudo o que você precisa saber para ter filhos éticos, inteligentes, felizes e de sucesso SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 15 2. COMUNICAÇÃO E DIÁLOGO ENTRE PAIS E FILHOS 23 2.1 O problema da comunicação entre pais

Leia mais

Como mediador o educador da primeira infância tem nas suas ações o motivador de sua conduta, para tanto ele deve:

Como mediador o educador da primeira infância tem nas suas ações o motivador de sua conduta, para tanto ele deve: 18. O papel do profissional na ação educativa da creche Segundo o RCNEI (1998), o profissional da educação infantil trabalha questões de naturezas diversas, abrangendo desde cuidados básicos essenciais

Leia mais

tido, articula a Cartografia, entendida como linguagem, com outra linguagem, a literatura infantil, que, sem dúvida, auxiliará as crianças a lerem e

tido, articula a Cartografia, entendida como linguagem, com outra linguagem, a literatura infantil, que, sem dúvida, auxiliará as crianças a lerem e Apresentação Este livro tem o objetivo de oferecer aos leitores de diversas áreas do conhecimento escolar, principalmente aos professores de educação infantil, uma leitura que ajudará a compreender o papel

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLÓGICO ÉMILE DURKHEIM

AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLÓGICO ÉMILE DURKHEIM AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLÓGICO DE ÉMILE DURKHEIM Prof. Railton Souza OBJETO Na obra As Regras do Método Sociológico, publicada em 1895 Émile Durkheim estabelece um objeto de investigação para a sociologia

Leia mais

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos:

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos: A CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER (1864 1920) Max Weber foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha por volta do século XIX, um pouco mais tarde do que a França, que foi impulsionada pelo positivismo.

Leia mais

O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO

O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO Flávia Fernanda Vasconcelos Alves Faculdades Integradas de Patos FIP flaviavasconcelos.edu@hotmail.com INTRODUÇÃO Observa-se

Leia mais

6. Considerações Finais

6. Considerações Finais 6. Considerações Finais O estudo desenvolvido não permite nenhuma afirmação conclusiva sobre o significado da família para o enfrentamento da doença, a partir da fala das pessoas que têm HIV, pois nenhum

Leia mais

ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SANTO ANTÔNIO VIVENCIANDO VALORES NA ESCOLA POR UMA CULTURA DE PAZ

ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SANTO ANTÔNIO VIVENCIANDO VALORES NA ESCOLA POR UMA CULTURA DE PAZ ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SANTO ANTÔNIO VIVENCIANDO VALORES NA ESCOLA POR UMA CULTURA DE PAZ Passo Fundo, 2005 1-Justificativa Talvez não haja palavra mais falada, nos dias de hoje, que a

Leia mais

INDISCIPLINA ESCOLAR E A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: UMA ANÁLISE SOB AS ÓTICAS MORAL E INSTITUCIONAL

INDISCIPLINA ESCOLAR E A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: UMA ANÁLISE SOB AS ÓTICAS MORAL E INSTITUCIONAL INDISCIPLINA ESCOLAR E A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: UMA ANÁLISE SOB AS ÓTICAS MORAL E INSTITUCIONAL ZANDONATO, Zilda Lopes - UNESP GT: Educação Fundamental/nº 13 Agência Financiadora: não contou com financiamento

Leia mais

TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR

TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR As crianças precisam atravessar diversos estágios no aprendizado de brincar em conjunto, antes de serem capazes de aproveitar as brincadeiras de grupo.

Leia mais

Profa. Ma. Adriana Rosa

Profa. Ma. Adriana Rosa Unidade I ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Profa. Ma. Adriana Rosa Ementa A teoria construtivista: principais contribuições, possibilidades de trabalho pedagógico. Conceito de alfabetização: história e evolução.

Leia mais

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014 Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. RESUMO Adriana Vieira de Lima Colégio Marista Arquidiocesano

Leia mais

Educação Física: Mais do que um espaço de desenvolvimento físico, um espaço de possibilidade dialógica.

Educação Física: Mais do que um espaço de desenvolvimento físico, um espaço de possibilidade dialógica. Educação Física: Mais do que um espaço de desenvolvimento físico, um espaço de possibilidade dialógica. João Paulo Madruga 1 Quando pensamos em Educação Física no ambiente escolar, logo nos reportamos

Leia mais

PROCESSO SELETIVO PARA PROFESSORES SUBSTITUTOS EDITAL

PROCESSO SELETIVO PARA PROFESSORES SUBSTITUTOS EDITAL EDUCAÇÃO INFANTIL 01) Tomando como base a bibliografia atual da área, assinale a alternativa que destaca CORRE- TAMENTE os principais eixos de trabalho articuladores do cotidiano pedagógico nas Instituições

Leia mais

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 0 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Renato da Guia Oliveira 2 FICHA CATALOGRÁFICA OLIVEIRA. Renato da Guia. O Papel da Contação

Leia mais

METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE. Número de aulas semanais 4ª 2. Apresentação da Disciplina

METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE. Número de aulas semanais 4ª 2. Apresentação da Disciplina METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE Série Número de aulas semanais 4ª 2 Apresentação da Disciplina Considerando a necessidade de repensar o ensino da arte, faz-se necessário refletir sobre este ensino em sua

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS John Dewey (1859-1952) FERRARI, Márcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul. 2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções:

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: PROJETO DE PESQUISA Antonio Joaquim Severino 1 Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: 1. Define e planeja para o próprio orientando o caminho a ser seguido no desenvolvimento do trabalho

Leia mais

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE FRAGOSO. Projeto do. CLUBE É-TE=igual? Equipa Dinamizadora: Elisa Neiva Cruz

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE FRAGOSO. Projeto do. CLUBE É-TE=igual? Equipa Dinamizadora: Elisa Neiva Cruz AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE FRAGOSO Projeto do CLUBE É-TE=igual? Equipa Dinamizadora: Elisa Neiva Cruz Uma ação educativa de abertura para a comunidade Ano letivo 2014/2015 Índice 1. Introdução

Leia mais

LÍDER: compromisso em comunicar, anunciar e fazer o bem.

LÍDER: compromisso em comunicar, anunciar e fazer o bem. ESCOLA VICENTINA SÃO VICENTE DE PAULO Disciplina: Ensino Religioso Professor(a): Rosemary de Souza Gelati Paranavaí / / "Quanto mais Deus lhe dá, mais responsável ele espera que seja." (Rick Warren) LÍDER:

Leia mais

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior INTRODUÇÃO O que é pesquisa? Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. INTRODUÇÃO Minayo (1993, p. 23), vendo por

Leia mais

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 CAMPUS CARAGUATUBA CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 PROFESSOR: ANDRESSA MATTOS SALGADO-SAMPAIO ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO

Leia mais

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG 1. Introdução 2. Maslow e a Hierarquia das necessidades 3. Teoria dos dois Fatores de Herzberg 1. Introdução Sabemos que considerar as atitudes e valores dos

Leia mais

Prof. Kildo Adevair dos Santos (Orientador), Prof.ª Rosângela Moura Cortez UNILAVRAS.

Prof. Kildo Adevair dos Santos (Orientador), Prof.ª Rosângela Moura Cortez UNILAVRAS. BARBOSA, S. L; BOTELHO, H. S. Jogos e brincadeiras na educação infantil. 2008. 34 f. Monografia (Graduação em Normal Superior)* - Centro Universitário de Lavras, Lavras, 2008. RESUMO Este artigo apresenta

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS RESUMO Juliana Candido QUEROZ (Bolsista) 1 ; Natália SILVA (Bolsista) 2, Leila BRUNO (Supervisora) 3 ; Sinval Martins S. FILHO (Coordenador)

Leia mais

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL 3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL Os fundamentos propostos para a nova organização social, a desconcentração e a cooperação, devem inspirar mecanismos e instrumentos que conduzam

Leia mais

O que são Direitos Humanos?

O que são Direitos Humanos? O que são Direitos Humanos? Por Carlos ley Noção e Significados A expressão direitos humanos é uma forma abreviada de mencionar os direitos fundamentais da pessoa humana. Sem esses direitos a pessoa não

Leia mais

O PSICÓLOGO (A) E A INSTITUIÇÃO ESCOLAR ¹ RESUMO

O PSICÓLOGO (A) E A INSTITUIÇÃO ESCOLAR ¹ RESUMO O PSICÓLOGO (A) E A INSTITUIÇÃO ESCOLAR ¹ CORRÊA, D. M. W²; SILVEIRA, J. F²; ABAID, J. L. W³ 1 Trabalho de Pesquisa_UNIFRA 2 Psicóloga, graduada no Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria,

Leia mais

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica PRAXIS A palavra práxis é comumente utilizada como sinônimo ou equivalente ao termo prático. Todavia, se recorrermos à acepção marxista de práxis, observaremos que práxis e prática são conceitos diferentes.

Leia mais

A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS

A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS Kely-Anee de Oliveira Nascimento Universidade Federal do Piauí kelyoliveira_@hotmail.com INTRODUÇÃO Diante

Leia mais

EDUCAÇÃO FÍSICA PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (PNEE): construindo a autonomia na escola

EDUCAÇÃO FÍSICA PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (PNEE): construindo a autonomia na escola EDUCAÇÃO FÍSICA PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (PNEE): construindo a autonomia na escola Autora: CAMILA SOUZA VIEIRA Introdução A presente pesquisa tem como temática Educação física para Portadores

Leia mais

1. Investigação Filosófica construir o sentido da experiência

1. Investigação Filosófica construir o sentido da experiência FILOSOFIA PARA CRIANÇAS 1. Investigação Filosófica construir o sentido da experiência O Prof. Dr. Matthew Lipman, filósofo e educador norte-americano, criou o Programa Filosofia para Crianças no final

Leia mais

ESTUDAR E BRINCAR OU BRINCAR E ESTUDAR? ESTUDAR E BRINCAR OU BRINCAR E ESTUDAR?

ESTUDAR E BRINCAR OU BRINCAR E ESTUDAR? ESTUDAR E BRINCAR OU BRINCAR E ESTUDAR? ESTUDAR E BRINCAR OU BRINCAR E ESTUDAR? O que dizem as crianças sobre o brincar e a brincadeira no 1 ano do Ensino Fundamental? Resumo JAIRO GEBIEN - UNIVALI 1 Esta pesquisa visa investigar os momentos

Leia mais

Gestão da Informação e do Conhecimento

Gestão da Informação e do Conhecimento Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 05 Aquisição da Informação Dalton Lopes Martins dmartins@gmail.com 2sem/2014 Aquisição da Informação PROCESSO 2 - A aquisição da informação envolve as seguintes

Leia mais

Ética no exercício da Profissão

Ética no exercício da Profissão Titulo: Ética no exercício da Profissão Caros Colegas, minhas Senhoras e meus Senhores, Dr. António Marques Dias ROC nº 562 A nossa Ordem tem como lema: Integridade. Independência. Competência. Embora

Leia mais

A Tecnologia e Seus Benefícios Para a Educação Infantil

A Tecnologia e Seus Benefícios Para a Educação Infantil A Tecnologia e Seus Benefícios Para a Educação Infantil A Tecnologia e Seus Benefícios Para a Educação Infantil As crianças das novas gerações desde pequenas estão inseridas nesta realidade da tecnologia,

Leia mais

ÍNDICE INTRODUÇÃO... 13

ÍNDICE INTRODUÇÃO... 13 ÍNDICE PrefÁcio... 11 INTRODUÇÃO... 13 Capítulo 1 OS PONTOS DE REFERÊNCIA DA DISCIPLINA.. 17 Os pontos de referência... 17 Os fundamentos da disciplina: os primeiros 6 meses... 18 Dos 7 aos 8 meses: a

Leia mais

PROJETO interação FAMÍLIA x ESCOLA: UMA relação necessária

PROJETO interação FAMÍLIA x ESCOLA: UMA relação necessária PROJETO interação FAMÍLIA x ESCOLA: UMA relação necessária Apoio: Secretária municipal de educação de santo Afonso PROJETO INTERAÇÃO FAMÍLIA X ESCOLA: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA. É imperioso que dois dos principais

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Ensino Fundamental I. Como ajudar as crianças (6 a 8 anos) em seus conflitos?

Ensino Fundamental I. Como ajudar as crianças (6 a 8 anos) em seus conflitos? Ensino Fundamental I Como ajudar as crianças (6 a 8 anos) em seus conflitos? 2015 Objetivo da reunião Este encontro tem o objetivo de comunicar mais claramente as ações desenvolvidas pela escola e favorecer

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

na sala de aula e na vida

na sala de aula e na vida na sala de aula e na vida Dez dos pais que favorecem o sucesso dos filhos na sala de aula e na vida 2 2012, Fundação Otacílio Coser COSTA, Antonio Carlos Gomes da BASILE, Odelis PAIS, ESCOLA E FILHOS,

Leia mais

UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO.

UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO. UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO. PARTE 1 O QUE É FILOSOFIA? não é possível aprender qualquer filosofia; só é possível aprender a filosofar. Kant Toda às vezes que

Leia mais

TEMA: O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA

TEMA: O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA TEMA: O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA RESUMO Os educadores têm se utilizado de uma metodologia Linear, que traz uma característica conteudista; É possível notar que o Lúdico não se limita

Leia mais

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PSICOLOGIA DA FACULDADE ANGLO-AMERICANO

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PSICOLOGIA DA FACULDADE ANGLO-AMERICANO REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PSICOLOGIA DA FACULDADE ANGLO-AMERICANO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º O Estágio, pela sua natureza, é uma atividade curricular obrigatória,

Leia mais

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE Bruna Cardoso Cruz 1 RESUMO: O presente trabalho procura conhecer o desempenho profissional dos professores da faculdade

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é:

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: Atividade extra Fascículo 3 Sociologia Unidade 5 Questão 1 Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: a. Isolamento virtual b. Isolamento físico c.

Leia mais

PROJETO BRINQUEDOTECA: BRINCANDO E APRENDENDO

PROJETO BRINQUEDOTECA: BRINCANDO E APRENDENDO INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE FLORESTA ISEF PROJETO BRINQUEDOTECA: BRINCANDO E APRENDENDO FLORESTA PE 2013 SUMÁRIO I. JUSTIFICATIVA II. OBJETIVO A. GERAIS B. ESPECIFICOS III. DESENVOLVIMENTO IV. CRONOGRAMA

Leia mais

FACULDADES INTEGRADAS SIMONSEN INTERVENÇÃO EDUCATIVA INSTITUCIONAL PROJETO PSICOPEDAGÓGICO

FACULDADES INTEGRADAS SIMONSEN INTERVENÇÃO EDUCATIVA INSTITUCIONAL PROJETO PSICOPEDAGÓGICO FACULDADES INTEGRADAS SIMONSEN INTERVENÇÃO EDUCATIVA INSTITUCIONAL PROJETO PSICOPEDAGÓGICO Justificativa O conhecimento contemporâneo apresenta, entre outras características, as do crescimento acelerado,

Leia mais

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Claudia Davis: É preciso valorizar e manter ativas equipes bem preparadas

Leia mais

Profª. Maria Ivone Grilo Martinimariaivone@superig.com.br

Profª. Maria Ivone Grilo Martinimariaivone@superig.com.br Educação Inclusiva Direito à Diversidade O Ensino comum na perspectiva inclusiva: currículo, ensino, aprendizage m, conheciment o Educação Inclusiva Direito à Diversidade Profª. Maria Ivone Grilo Martinimariaivone@superig.com.br

Leia mais

Preparação do Trabalho de Pesquisa

Preparação do Trabalho de Pesquisa Preparação do Trabalho de Pesquisa Ricardo de Almeida Falbo Metodologia de Pesquisa Departamento de Informática Universidade Federal do Espírito Santo Pesquisa Bibliográfica Etapas do Trabalho de Pesquisa

Leia mais

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos 2015 Resolução de Exercícios Orientações aos alunos Área de Concentração: EXATAS Disciplina de Concentração: FÍSICA Professores: Gustavo Castro de Oliveira, Reine Agostinho Ribeiro. UBERABA 2015 Colégio

Leia mais

Ambientes Não Formais de Aprendizagem

Ambientes Não Formais de Aprendizagem Ambientes Não Formais de Aprendizagem Os Ambientes formais de aprendizagem desenvolvem-se em espaços próprios (escolas) com conteúdos e avaliação previamente determinados; Os Ambientes não formais de aprendizagem

Leia mais

Convocatória para Participação

Convocatória para Participação Futuros Feministas: Construindo Poder Coletivo em Prol dos direitos e da Justiça 13º Fórum Internacional da AWID sobre os Direitos das Mulheres e Desenvolvimento De 5 a 8 de maio de 2016 Salvador, Brasil

Leia mais

Projetos como alternativa de ensino e aprendizagem 1

Projetos como alternativa de ensino e aprendizagem 1 Projetos como alternativa de ensino e aprendizagem 1 Dos projetos individuais, aos projetos de grupo e aos projetos das organizações, dos projetos profissionais, aos projetos de formação; dos projetos

Leia mais