Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho. A Avaliação Formal no 1º ciclo do Ensino Básico: Uma Construção Social.
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1 Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho A Avaliação Formal no 1º ciclo do Ensino Básico: Uma Construção Social Jorge Pinto 2002
2 A avaliação na Escola Pública de massas: importância e papel o currículo os programas prescritos a matriz organizacional o valor dominante a classe a avaliação/exame a norma o instrumento de gestão
3 A avaliação como instrumento de gestão da Escola Pública de massas Natureza (técnica de) medida Racionalidade certificar orientar seleccionar Valor neutralidade/ objectividade
4 De uma escola meritocrática a uma escola democrática A avaliação: complexidade e Contexto social movimento Prática De uma prática sumativa a uma prática formadora Do conceito de medida ao conceito de tomada de decisão Conceito Atitude no contexto educacional De uma postura profissional de fiscalização a uma postura de consultor
5 Objectivos do estudo Compreender a escola por dentro através do funcionamento e dos significados da avaliação formal Contexto institucional tensões Avaliação formal 1º ciclo do E. Básico Avaliação prescrita Práticas avaliativas emergentes significados pedagógicos significados institucionais Avaliação percebida
6 Aspectos metodológicos Um estudo de caso instrumental de orientação etnográfica Discursos de avaliação Práticas Contextos Os alunos problema nos discursos de avaliação Avaliação formal: Práticas e significados Informações aos encarregados de educação Nível individual Nível institucional Nível social
7 Principais conclusões A natureza da avaliação e significado pedagógico A avaliação como uma construção institucional A avaliação e os seus valores
8 A avaliação é um processo de tomada de decisão articulado com o significa- do pedagógico, gico, percebido pelo avaliador, dos momentos da acção avaliativa As práticas de avaliação (natureza) Momentos de avaliação formal 1º Período 2º Período 3º Período Intenções Significado da acção avaliativa Identificar dificuldades comunicá-las conselho e ao Fazer uma apreciação em termos de antecipação do futuro previsível Fazer um balanço dos resultados escolares. Decisão 1 A escolha dos alunos Os alunos aparecem como casos Aprendizagens Aprendizagens Rendimento Decisão 2 Bilhete de identidade escolar os dados sobre o aluno as imagens sobre o aluno Características pessoais (baseados numa perspectiva criterial) Rendimento (baseados numa perspectiva criterial ou nornativa) Ambíguas nos alunos com problemas Características pessoais (baseados perspectiva nornativa) numa Decisão 3 Juízos avaliativos Reguladores (acções) Administrativos Mudança curricular Atitude do professor O tempo como corrector Transição /Retenção Efeitos das práticas avaliativas Formativa Sumativa Sumativa
9 As práticas de avaliação são uma construção do indivíduo duo institucional e não da pessoa na sua singularidade Níveis de acção Individual Institucional Social Práticas Avaliativas Acções dominantes Construção dos juízos de avaliação Conformidade institucional Informação dos juízos de avaliação Características da acção em termos relacionais Individual Dirigida aos pares Colectiva Entre pares Institucional Dirigida aos pais Natureza da acção Selecção e organização da informação Apreciação dos juízos avaliação. Tomada de decisões Organização de uma síntese informativa Significado acção da Validação do trabalho do aluno e da acção pedagógica do professor Validação dos juízos avaliativos e do trabalho do professor Validação do julgamento e do trabalho institucional
10 A avaliação é um objecto cultural: A atribuição interna O individualismo A normalização
11 Informações sobre o aluno Aluno Singular Expectativas sobre a evolução pessoal e/ou escolar do aluno Etapas no processo de julgamento avaliativo Decisão Avaliação criterial Investimento na acção pedagógica Aluno Indivíduo Avaliação Decisão Normativa Grupo/turma Referência contraste Assimilação Diferencia-se do grupo Integra-se no grupo Transição/ Retenção Transição
12 A necessidade de desmontar a lógica l da pedagogia e da avaliação burocrática Se não se quebrar o muro que cerca a lógica l de uma pedagogia e avaliação burocráticas será que esta pode invadir outros territórios rios educativos, como o pré-escolar?
13 Uma história de avaliação Recentemente levei o meu neto a fazer um teste de admissão para um programa de educação de infância para crianças de 4 anos. O meu neto, que é um apreciador da série de televisão da Rua Sésamo, identificou facilmente cores e formas, tarefas que a prova exigia. Dias mais tarde Hurrah! O Nick foi admitido no programa sem qualquer problema. ( ) Depois do Nick estar há algumas semanas na escola, quando o fui buscar cruzeime com a sua professora. Apresentei-me como um comerciante de gravatas reformado e perguntei-lhe porque é que ela tinha admitido o meu neto. A professora respondeu que ele tinha passado no teste. Então perguntei-lhe o que teria acontecido se ele tivesse confundido a cor verde com amarela ou não tivesse distinguido entre um quadrado e um circulo. Teria sido admitido? Não respondeu a professora, nesse caso não teria passado e não teria sido admitido. ( ) Prossegui perguntando se não teria mais sentido admitir crianças que não sabem as formas e as cores do que as que já sabem essas coisas? Olhou para mim como quem olha para os restos de um puré de batata. Eu era um velho ignorante e provocador (excerto adaptado da história do Avô Americano citado por Oliveira Formosinho no livro Supervisão na Formação de Professores I. Da sala à escola (2002) Porto: Porto Editora) Teria a educadora razão? Seriam as perguntas do avô impertinentes?
14 As Orientações Curriculares para a Educação de Infância A avaliação do processo permite reconhecer a pertinência e sentido das oportunidades educativas proporcionadas, saber se estas estimularam o desenvolvimento de todas e cada uma das crianças as e alargaram os seus interesses, curiosidade e desejo de aprender. A A avaliação dos efeitos possibilita ao educador saber se e como o processo educativo contribuiu para o desenvolvimento e aprendizagem, ou seja, saber se a frequência da educação pré-escolar teve, de facto, influência nas crianças. as. A avaliação está centrada na acção do educador e não nas consequências para a criança
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