Aula 05 PSICOPATOLOGIA LABORAL OU TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO

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1 Aula 05 PSICOPATOLOGIA LABORAL OU TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO Esta aula tem por finalidade analisar as psicopatologias laborais ou transtornos mentais relacionados ao trabalho. Porém, apenas aqueles transtornos relacionados às condições especiais em que o trabalho é executado, ou seja, a forma de organização do trabalho, a cultura do trabalho, as condições de trabalho, carga e subcarga de trabalho, problemas relacionados com o emprego e desemprego, ameaça de perda do emprego, ritmo de trabalho, desacordo com patrão e colegas de trabalho ou condições difíceis de trabalho. Serão excluídas, portanto, deste estudo os diversos transtornos mentais que estejam relacionados a questões de natureza física, química ou biológica, ou seja, que possuam substâncias prejudiciais à saúde, por exemplo: arsênio, asbesto ou amianto, benzeno, bromo, carbonetos, chumbo e seus derivados, cloro, fósforo, manganês, mercúrio, sulfeto de carbono e outros, pois, nesses casos, há muito tempo se relaciona doenças mentais com tais substâncias, basta se verificar o Grupo V, da CID 10 referente aos transtornos mentais e do comportamento relacionados com o trabalho, constante da Lista B, do Decreto n 3.048/99. Embora não se possa deixar de consignar que mesmo as doenças mentais decorrentes das condições físicas, químicas ou biológicas vinculadas à execução do trabalho, podem causar agravos mentais em decorrência das alterações neurológicas. Por exemplo, o mercúrio pode causar alterações neurológicas e daí surgirem perdas de capacidades como esquecimentos e falhas no desempenho do trabalhador, que irá ocasionar sentimento de culpa, fracasso e auto-depreciação, o que irá conferir caráter depressivo a muitos quadros clínicos. Assim tam- 67

2 68 Psicologia do Trabalho - Sandra Armoa - UNIGRAN bém as perdas auditivas relacionadas ao ruído, podem afetar a comunicação e prejudicar os relacionamentos interpessoais, o desempenho e a própria segurança no trabalho no caso de orientações e avisos não escutados que resultarão em perda de auto-estima, insegurança e frustrações que convergem para o isolamento social e quadros depressivos (Seligmann-Silva, p.,1143). Portanto, não se pode esquecer que algumas psicopatologias laborais estão diretamente relacionadas com as doenças decorrentes de agentes químicos, físicos ou biológicos 1. Contudo, no que diz respeito aos processos que, no trabalho, trazem agravos psicopatológicos das pessoas que trabalham, ainda não há um consenso com respeito ao modo como se exerce a conexão trabalho/psiquismo, de forma suficiente a se permitir fixar um quadro teórico de referência (Seligmann-Silva, p. 1142), mas os estudos em Saúde Mental no Trabalho têm encontrado na organização do trabalho a fonte preponderante dos agravos psíquicos relacionados com o trabalho (idem, p. 1143). Assim também se posicionaram Ana Cristina Limongi França e Avelino Luiz Rodrigues, ao afirmarem que dentre as razões para essa dificuldade estão o fato de que o saber médico é excessivamente calcado na Biologia, com tendência a excluir todos os demais fatores no raciocínio do adoecer (França e Avelino, p. 27). Todavia, tem-se aumentado continuadamente os conflitos jurídicos por meio dos quais os trabalhadores atribuem transtornos mentais que lhes acometeram às condições de trabalho, à organização ou sobrecarga de trabalho e requerem reintegração ao emprego ou indenização pelos danos morais ou materiais sofridos em razão de culpa do empregador que proporciona ambiente laboral propício a esses transtornos mentais, acerca do contexto histórico do mundo do trabalho, em especial em razão da crise contemporânea. A par disso, o julgador não se exime de sentenciar alegando lacuna ou obscuridade da lei (art. 126, do Código de Processo Civil). Portanto, independentemente das dificuldades e da inexistência de referências teóricas acerca de precisa vinculação causal entre os transtornos mentais e as condições de trabalho, certo é que o julgador deverá apreciar a causa e definir se efetivamente o transtorno mental é ou não decorrente das condições de trabalho. O Anexo II 2, Lista B, do Decreto nº 3.048/99, no Grupo V, da CID 10, que se refere aos transtornos mentais e do comportamento relacionados com o trabalho, inclui dentre esses transtornos mentais, as seguintes patologias: I - Demência em outras doenças específicas classificadas em outros locais (F02.8); II - Delirium, não sobreposto a demência, como descrita (F05.0); III - Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção cerebrais e de doença física (F06.-): transtorno cognitivo leve (F06.7); IV - Transtornos de personalidade e de comportamento decorrentes de doença, lesão e de disfunção de personalidade (F07.-): Transtorno Orgânico de Personalidade (F07.0); Outros transtornos de personalidade e de comportamento decorrentes de doença, lesão ou 1 - Anualmente são introduzidas cerca de novas substâncias químicas que se somam às já existentes. Destas, somente são conhecidos os Limites de Tolerância de apenas 500 a 560 (Marano, p. 11). 2 - Agentes Patogênicos Causadores de Doenças Profissionais ou do Trabalho, conforme previsto no art. 20 da Lei nº 8.213, de 1991.

3 disfunção cerebral (F07.8); V - Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático não especificado (F09.-); VI - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso do álcool: Alcoolismo Crônico (Relacionado com o Trabalho) (F10.2); VII - Episódios Depressivos (F32.-); VIII - Reações ao Stress Grave e Transtornos de Adaptação (F43.-): Estado de Stress Pós-Traumático (F43.1); IX - Neurastenia (Inclui "Síndrome de Fadiga") (F48.0); X - Outros transtornos neuróticos especificados (Inclui "Neurose Profissional") (F48.8); XI - Transtorno do Ciclo Vigília-Sono Devido a Fatores Não-Orgânicos (F51.2); XII - Sensação de Estar Acabado ("Síndrome de Burn-Out", "Síndrome do Esgotamento Profissional") (Z73.0). Esses transtornos mentais já se encontram relacionados com o trabalho e, portanto, não trazem maiores dificuldades para configuração do nexo de causalidade. Porém, alguns transtornos relacionados ao estresse, estresse pós-traumático, síndromes depressivas, síndrome de Burn-Out (sensação de estar acabado), requerem uma análise mais profunda, pois o referido anexo não apresenta todos os agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional presentes no mundo do trabalho contemporâneo. Nem se alegue que por não estarem relacionados no referido anexo não possam ser considerados como doença do trabalho, pois o sistema adotado pelo Brasil é o sistema misto, baseado em listas e em cláusula aberta que permite a inclusão de doenças não relacionadas na lista (teoricamente o caso do Brasil e da maioria dos países) (Mendes, p. 52). Impactos da organização do trabalho sobre a saúde dos trabalhadores A noção de organização do trabalho diz respeito a como o trabalho é estruturado para ser realizado, seja essa estruturação mais ou menos planejada, formalizada, explícita ou menos explícita. Abrange o conteúdo do trabalho, supervisão, avaliação, planejamento, projeto, normas de produção, exigências de ritmo, alocação de tempo e prazos para cumprimento das tarefas (Paraguay, p. 812). É também a divisão do trabalho e sua repartição entre os trabalhadores (Dejours, 2007, p. 27). A organização do trabalho também implica na análise de fatores estressores, ou fontes dos agravos psíquicos relacionados ao trabalho (Seligmann-Silva, p., 1143), tais como: a) os fatores extrínsecos ao trabalho: barulho, iluminação, temperatura, número de horas de trabalho, exposição a riscos e novas tecnologias; b) papéis organizacionais: ambigüidade, conflito, sobrecarga e excesso de responsabilidades; c) relações com colegas, gerentes e subordinados; e) desenvolvimento da carreira: insegurança no trabalho, precariedade do contrato, risco de desemprego, promoções e reconhecimento de mérito (Tamayo, Lima e Silva, p. 81) 69

4 70 Psicologia do Trabalho - Sandra Armoa - UNIGRAN E não somente isso, mas também outros aspectos 3, tais como: o significado afetivo, emocional e vivencial do trabalho, a justiça na organização, a cultura e o clima organizacional, estilo de liderança, estrutura organizacional e nível de participação dos empregados na tomada de decisões e, por fim, interação trabalho-família, acentuada pela diminuição progressiva da fronteira entre trabalho e a família (Tamayo, Lima e Silva, p. 81; Paz e Tamayo, p. 19 e ss; Assmar e Ferreira, p. 155 e ss) 4. Esses fatores organizacionais atingem mais diretamente o funcionamento psíquico, enquanto os fatores ligados ao processo de trabalho têm essencialmente o corpo como alvo (Cruz, 2005, p. 225; Dejours e Abdoucheli, 2007, p. 126). A organização do trabalho é a expressão característica da violência quando se abate sobre os trabalhadores que não podem ser sujeitos de seu próprio comportamento (Dejours e Abdoucheli, 2007, p. 42), lembrando-se que o homem é virtualmente um sujeito e um sujeito pensante não um joguete passivo das pressões organizacionais (Dejours e Abdoucheli, 2007, p. 140). No mundo contemporâneo do trabalho, é necessário analisar tais aspectos para se reconhecer a existência ou inexistência de nexo de causalidade entre as psicopatologias e as condições de trabalho, porquanto a organização do trabalho pode constituir-se em contextos potencialmente estressores (Magnólia Mendes, 2008, p. 165). Uma organização do trabalho autoritária conduz a um aumento da carga psíquica e a sobrecarga psíquica produzirá um delírio, uma depressão ou uma desorganização mental, dependendo da estrutura de personalidade do trabalhador, causando fadiga e sofrimento mental (Dejours, 2007, p. 30). As normas da organização originam uma disciplina e uma cultura organizacional que guiam o comportamento dos trabalhadores para o bem e para o mal, o justo ou injusto, o desejável e o indesejável, influenciando a relação entre prazer e sofrimento no trabalho (Magnólia Mendes, 2008, p. 164). Diversas síndromes dolorosas estão associadas às condições ocupacionais que estão relacionadas à organização da produção e do trabalho e também às condições físicas e objetivas em que o trabalho é executado. Fatores indicadores de estresse e descompensações emocionais causadoras de psicopatologias (Cruz, 2005, p. 214). A intensidade do trabalho está fortemente relacionado ao estresse e constatou-se forte correção entre o estresse e as LER/ DORT e as características da organização do trabalho (Paraguay, p. 821/822). Já se constatou cientificamente associação direta entre fatores psicológicos (ansiedade, depressão, tensão afetiva) e os incrementos de responsabilidade no trabalho à síndromes dolorosas e suas manifestações músculo-esqueléticos, destacando-se entre os principais fatores o trabalho monótono, a pressão por rendimento, a insatisfação com o conteúdo do trabalho e a elevada demanda de trabalho (Cruz, 2005, p.223). 3 - Embora não todos, pois a organização do trabalho é multifacetada e complexa, sendo difícil ou até mesmo impossível abordar todos os aspectos e níveis, razão pela qual devemos apenas escolher alguns aspectos para serem abordados (Paraguay, p., 817). 4 - As seguintes variáveis também foram elencadas por Wanderley Codo: o ambiente social do trabalho, conteúdo e aspectos operacionais da tarefa, fatores de risco físico e ergonômico, carga de trabalho, controle sobre o trabalho e/ou controle não compatível com a demanda, ritmo determinado pela máquina, envolvendo controle limitado do trabalhador, turno de trabalho, turnos rotativos e noturnos, ambiguidade de papéis, baixa autoconfiança, alta tensão e baixo nível de satisfação, aumento de pressão e tensão arterial, segurança na carreira, relações interpessoais pobres com os colegas supervisores e subordinados, relações sociais dentro e fora do trabalho e suporte social (Codo, 2006, p.127).

5 Nada mais evidente, portanto, segundo esses estudos, que as condições organizacionais são fatores etiológicos para surgimento de patologias mentais e suas repercussões somáticas (ou físicas). Por óbvio, é bom que já se antecipe, também não basta analisar apenas as questões relacionadas ao ambiente de trabalho, mas também aquelas pertinentes a questões individuais, familiares e sociais do trabalhador. Apenas da análise conjunta de todos esses fatores é que se poderá reconhecer ou afastar a existência ou inexistência de nexo de causalidade entre as doenças mentais e o trabalho, pois como já se disse, o ser humano é um ser que age e reage de forma interdependente em suas dimensões biológica, psicológica e social. Nesse sentido, importa avaliar a concepção que algumas empresas possuem do trabalho desenvolvido por seus empregados, ou o modelo de trabalhador concebido pela empresa, pois algumas empresas reduzem os trabalhadores a mero fator de trabalho, ignorando a dimensão humana de seus colaboradores (Seligmann-Silva, p. 1144). A cultura também é outro elemento importante para análise do ambiente laboral como agente causador de bem-estar, prazer e satisfação ou agente causador de psicopatologias. Com efeito, a pessoa recebe da cultura o sentido de quem ela é, de pertença, de como ela deve comportar-se e do que ela deve fazer, é um elemento envolvente, onipresente e invisível, comparável ao ar que o trabalhador respira. Da mesma forma que o ar, a cultura pode ser saudável, fornecer às pessoas o oxigênio necessário para a realização de suas atividades, para o desenvolvimento da sua identidade e da sua realização profissional e pessoal. Ela pode também conter quantidades mais ou menos importantes de elementos tóxicos que minam lentamente o organismo, a auto-imagem e o entusiasmo do trabalhador e impedem o seu pleno desenvolvimento. Portanto, a relação cultura-saúde é inevitável (Tamayo, p. 13/14). A cultura organizacional é um fato determinante na saúde do trabalhador; pode ser altamente benéfica, assim como pode ser maléfica, gerando sobrecarga e emoções negativas que se transformam em doenças de diversas ordens, tais como: estresse, esgotamento profissional e diversos tipo de distúrbios psicossomáticos (Tamayo, p. 14). Os aspectos acima relacionados são agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional potenciais causadores de transtornos mentais. Não somente como colaborador, mas também como desencadeador das doenças ditas mentais (Magnólia Mendes e Cruz, 2004) e, uma vez presentes na relação laboral permitirá o reconhecimento da relação entre esses transtornos e o trabalho, configurando-se o nexo de causalidade ou concausalidade. Nexo de (con)causalidade Uma das questões mais tormentosas é saber se determinada doença é ou não rela- 71

6 cionada ao trabalho. Para essa constatação, como já se viu, não basta questões isoladas ou individuais, pois o ser humano é um ser complexo e as doenças, em especial as psicológicas, possuem origem multicausal. As causas das psicopatologias são como um mosaico 5, ou seja, compõe-se de diversas peças que formam a obra, no caso a doença. Essa dificuldade, porém, não poderá servir de fundamento para se afastar a existência do nexo de causalidade. Primeiro, porque é dever do empregador fornecer um ambiente sadio, física e psicologicamente, ao trabalhador. Segundo, no caso de dúvida deve-se decidir em face da proteção da dignidade da pessoa do trabalhador, diante da atual fase de normatização dos princípios constitucionais e diante do princípio da proteção, ainda fundamental ao Direito do Trabalho 6. Terceiro, porque diversas psicopatologias já foram consideradas pelo legislador como relacionadas ao trabalho. Segundo Fernanda Moreira de Abreu, havendo dúvida quanto à caracterização do nexo causal, ou seja, quanto à verdadeira origem ou natureza de processo mórbido incapacitante, cuja fisionomia científica não possa excluir o concurso causal de circunstâncias laborativas, esta deve ser desatada sempre em benefício do trabalhador, amparando, dessa forma, o mais fraco (p. 58). Além do mais, em cada caso concreto deve o julgador, auxiliado pelo perito para tanto nomeado, considerar todos os aspectos já referidos (organização do trabalho, ambiente, condições de trabalho, cultura organizacional, justiça organizacional etc), bem como utilizar- -se dos instrumentos psicológicos proporcionados pela Psicologia para diagnóstico preciso e conclusão sobre a existência ou inexistência de nexo de causalidade. Nancy Julieta Inocente e Duílio Antero de Camargo apontam diversos instrumentos para essa finalidade: avaliação diagnóstica, anamnese, além de testes psicológicos, tais como o MMPI (Minnesota Multiphasic Personality Inventory), teste de Rorschach, teste de apercepção temática (TAT), teste de Zulliger, Bender, HTP (desenho da casa, árvore e pessoa) e escalas de avaliação da depressão, tais como: inventário de depressão de Beck (BDI), escala de auto-administração de Zung e escala de avaliação para depressão de Hamilton (Inocente e Camargo, p ). Para Môsiris Roberto Giovanini Pereira, é imprescindível para a definição da existência ou inexistência do nexo de causalidade, a consideração da história ocupacional do trabalhador, ou seja, a história de sua vida laboral. Para esse autor os itens relevantes de uma história ocupacional incluem a ordem cronológica de todos os empregos, atividades executadas, descrição de um dia típico de trabalho, descrição do processo de produção, horários, turnos, pausas, ritmos de trabalho, período de férias, medidas de proteção individual ou coletiva, programas de prevenção, políticas de segurança e saúde no trabalho, exames regulares e complementares etc (Pereira, 2004). Portanto, para definição do nexo de causalidade entre a depressão e o ambiente do trabalho é imprescindível também a presença do profissional psicólogo, único habilidade le- 5 - Expressão usada por Roberto Moraes Cruz em uma das palestras por ele proferidas no Seminário de Saúde Mental do Trabalhador realizado pela Escola Superior da Magistratura do TRT da 24ª Região, entre os dias 18 e 19 de junho de Digo ainda porque, parece-me, estar sendo esquecido pelos profissionais do Direito do Trabalho. 72

7 galmente para utilização de métodos e técnicas psicológicas (Lei 4.119/62, art. 13, 1º), a fim de se obter elementos para definição da existência ou inexistência do nexo de causalidade. Nesse sentido é também o entendimento de Sueli Teixeira ao sustentar que: torna-se imprescindível a atuação dos profissionais da saúde ocupacional para realizar diagnósticos, sugerir medidas preventivas ou soluções nos ambientes do trabalho, inclusive, com a participação de psicólogos do trabalho nas perícias judiciais realizadas com o objetivo de se averiguar a existência ou não do nexo causal entre depressão e trabalho, porquanto é preciso compreender cada caso dentro do seu contexto humano e cultural (Sueli Teixeira, 2008, p. 40). Também devem ser consideradas as evidências epidemiológicas (Sueli Teixeira, 2008, p. 40) que revele a incidência de quadros patológicos em determinadas categorias profissionais ou grupo de trabalhadores, tal como se verifica em grandes magazines do consumo varejista, nas quais diversos trabalhadores premidos pela organização do trabalho sofrem de doenças psicológicas. Uma vez afastadas outras condições também causadoras de doenças mentais e reconhecida a presença no trabalho das condições degradantes acima elencadas, a conseqüência que se espera é que seja reconhecida a existência de causa ou concausa para o transtorno mental (Abreu, p. 58). Resumindo: afastadas as condições biológicas, sociais ou estruturantes da personalidade do trabalhador, e presentes as condições degradantes do trabalho, a decisão que se espera é se reconheça a existência do nexo de causalidade. Exemplificando: trabalhador que não teve nenhuma perda de ente querido em curto período, não teve decepções amorosas, prejuízos financeiros relevantes, acidentes ou doenças físicas não relacionadas com o trabalho, possui bom relacionamento social e amparo familiar, mas que está sujeito a condições degradantes de trabalho, nos aspectos já referidos, tem grande probabilidade de que a doença mental superveniente seja relacionada ao trabalho. Isso porque, no mosaico de fatores etiológicos da doença mental foram afastadas as condições possíveis de causar psicopatologias laborais e constatadas as condições organizacionais que também são fatores etiológicos para essas doenças. O Conselho Federal de Medicina, por meio da Resolução nº 1.488/98, em seu artigo 2º, também reconhece que, dentre outros requisitos, são indispensáveis à definição do nexo de causalidade, a história clínica e ocupacional do obreiro, o estudo do local de trabalho e das organizações do trabalho. Não se pode olvidar também que a doença relacionada ao trabalho é tanto aquela produzida, desencadeada ou adquirida pelo exercício do trabalho ou pelas condições especiais em que o trabalho é executado (art. 20, I e II, da Lei 8.213/1991). E é por isso que, como já disse Ana Magnólia Mendes e Roberto Moraes Cruz (2004, p.40), o trabalho pode participar do adoecimento de dois modos diferentes: como colaborador e como desencadeador das doenças ditas mentais. Assim, as condições de trabalho acima elencadas atuam quer 73

8 como colaboradoras ou como desencadeadoras das psicopatologias e, portanto, com amparo na legislação citada devem ser reconhecidas como doenças do trabalho. Ainda, segundo Ana Magnólia Mendes e Roberto Moraes Cruz, existem doenças ocupacionais do tipo psicológicas estreitamente relacionadas ao trabalho exercido e, até mesmo, provocadas por ele. Nessas doenças há pouca ou nenhuma participação do indivíduo, uma vez que sua estrutura psíquica não está contaminada por patologias (Magnólia Mendes e Cruz, 2004, p. 41). Portanto, resta evidente que mesmo as psicopatologias não relacionadas a substâncias podem também ser relacionadas ao trabalho, suas condições ou à organização do trabalho. Esses transtornos específicos é que serão analisados nas próximas aulas. 74

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