A China continua despontando como nosso principal comprador de. produtos básicos

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1 A China continua despontando como nosso principal comprador de Exportações produtos básicos As exportações do oitavo mês do ano de 2017, comparadas ao mesmo período em 2016, fecharam em crescimento de aproximadamente 14,7% pela média diária. Porém quando comparado ao mês anterior, agosto teve uma queda de 5,3% nas exportações. Resultado influenciado pela diminuição das exportações de Soja (-16,9%), Mat. de transporte (-27,8%) e Petróleo e derivados (-20,5%). Mas, apesar da retração dos valores quando comparados a julho, agosto de 2017 teve o melhor desempenho para este mês desde o início da medição do índice em Exportações em US$ Milhões FOB Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez O expressivo desempenho das exportações deste mês foi puxado tanto pelo crescimento da comercialização dos produtos básicos como dos produtos manufaturados. Na primeira categoria de produtos, quando os comparamos com o mesmo período do ano anterior, em FOB, observamos um aumento das exportações de Pimenta em grão (+207,14), bem como Desperdícios e resíduos de ferro ou aço ( ), Uvas frescas ( ), Cacau inteiro ou partido, em bruto ou torrado ( ), dentre outros. No grupo dos manufaturados houve um incremento de 9,7% pela média diária. Com grande expressividade nos óleos

2 combustíveis ( ), suco de laranja não congelado (+116,23) e Ácidos carboxílicos, seus anidridos, halogenetos, etc.( ). As exportações brasileiras são particularmente influenciadas pelo desempenho dos produtos básico e manufaturados pois agregados representaram 83% da cesta de exportação. Com destaque para os produtos básicos (46,1%). Produtos básicos, são produtos com baixo grau de elaboração, ou seja, quase em natura. Cesta de Exportação Brasileira - Agosto % 15% Produtos Básicos 46% Produtos Manufaturados 37% Produtos Semimanufaturados Operações Especiais Parceiros comerciais A China continua despontando como nosso principal comprador de produtos básicos. Representando 81,54% das exportações de soja, 48.74% de Óleo bruto de petróleo, 54.95% de Minérios de ferro e seus concentrados e 32.33% de Celulose. Para os produtos manufaturados, destacam-se Estados Unidos e Argentina com participação, respectivamente, de 20.32% e 14.73%. Importações As importações acompanharam a alta das exportações, fechando com uma variação positiva de 8%, pela média diária, quando comparada com o

3 mesmo período no ano anterior. Resultado positivo que se mantém ao se comparar com julho deste ano, (+1,6), totalizando 13,87 US$ bilhões FOB e Importações em US$ Milhões FOB Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez ,84 no mês e US$ bilhões FOB no acumulado do ano. O resultado das importações foi especialmente impactado pelo crescimento da demanda por Combustíveis e Lubrificantes, que apesar de representarem apenas 11% das importações brasileiras, fecharam com alta de 56,6% quando comparado com o mesmo período no ano anterior, impulsionando o resultado agregado. No acumulado, esta categoria apresentou crescimento de IMPORTAÇÃO BRASILEIRA - GRANDES CATEGORIAS 11% 11 BENS DE CAPITAL (BK) 15% BENS INTERMEDIÁRIOS (BI) BENS DE CONSUMO (BC) 63% COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES

4 36,43%, seguida pela categoria de Bens Intermediários (+10,97) e Bens de Consumo (+4,45). Mercados fornecedores Quando analisamos os principais fornecedores brasileiros, a China destaca-se, novamente, segundo relatório do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) o gigante asiático foi o principal fornecedor neste mês, totalizando US$ 2,7 bilhões das importações. Seguido de perto pelos Estados Unidos (US$ 2,2 bilhões), Alemanha (US$ 953 milhões) e Argentina (US$849 milhões). No acumulado do ano de 2017 a China manteve a liderança com US$ 17,5 bilhões, seguida novamente pelos Estado Unidos (US$ 16,8 bilhões); porém em terceiro lugar está a Argentina (US$ 6,2 bilhões) a frente da Alemanha (US$ 6,1 bilhões). Saldo e corrente comercial A corrente comercial mede o nível de comércio internacional de um país, ou seja, soma as exportações e importações, que no acumulado do ano de 2017, no Brasil, registrou a impressionante cifra de US$ 243,8 bilhões. No acumulado do mês, agosto registrou um crescimento da corrente comercial de 13,5% quando comparado com o mesmo período no ano anterior. Resultado que aumentam aumenta o otimismo sobre a saída da crise. No mês da análise, a corrente comercial registrou o valor de US$ 33,4 bilhões. Resultado 11,8% maior que o mesmo período no ano anterior. Seguindo o mesmo critério de análise, o saldo comercial, ou seja, as exportações subtraídas das importações, apresentaram um saldo positivo de US$ 5,6 bilhões. Valor que representa alta de 35,3% quando comparado com o mesmo período no ano anterior e também o melhor desempenho desde o início da medição do índice, em 1989.

5 Saldo em US$ Milhões FOB Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez No acumulado de ano de 2017, o saldo comercial bateu outro recorde, o valor acumulado em oito meses de funcionamento da economia no ano de 2017 (US$ 48,1 bilhões) ultrapassou todo o saldo apurado em 2016 (US$ 47,7 bilhões). Registrando um aumento de 48,6% quando comparado com o mesmo período no ano anterior (US$ 32,6 bilhões). Dado o bom desempenho do comércio internacional brasileiro o MDIC manteve a expectativa de fechar o ano de 2017 com um saldo comercial positivo de US$ 60 bilhões.

6 Este texto é um breve resumo contendo as principais informações do relatório divulgado pelo MDIC. Nos acompanhe: Responsáveis pela publicação Ester Gomes do Carmo Estudante de Ciências econômicas pela FECAP Alunos coordenadores Allan Silva de Carvalho Estudante de Ciências econômicas pela FECAP Giovanna Úbida Belentani Estudante de Ciências econômicas pela FECAP Professor coordenador Erivaldo Costa Vieira Professor e coordenador do Núcleo de Pesquisa de Conjuntura Econômica (Boletim Econômico, IFECAP e NECON) da FECAP. Equipe NECON: Bianca Salício; Daniel do Espirito Santo Lima; Daniel Gustavo Lunardi; Daniel Mori Masuda; Ester Gomes do Carmo; Eduardo dos Santos Aguiar; Gabriel Araújo Dias Ortega; Gabriela Lima; Lucas Silva Ferreira; Nádia dos Reis Medeiros; Prof. Nadja Nara Lima Heiderich; Rafael Marques; Wellington Marques Gonçalves.