EXPECTATIVAS DOS EMPRESÁRIOS DE VAREJO E SERVIÇOS PARA AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2018 JANEIRO 2018

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1 EXPECTATIVAS DOS EMPRESÁRIOS DE VAREJO E SERVIÇOS PARA AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2018 JANEIRO 2018

2 ENTRE A INDIFERENÇA E O PESSIMISMO: 60% ACREDITAM QUE AS COISAS CONTINUARÃO COMO ESTÃO OU PIORARÃO COM A ELEIÇÃO DE UM NOVO PRESIDENTE Apesar do descrédito em que se lançou a atividade política, para os empresários, nem tudo deve ser jogado para cima. Há medidas a serem preservadas e outras, a serem ajustadas. O bom andamento das reformas estruturais, por exemplo, nas mãos de uma liderança comprometida com o presente e o futuro, parece estar na ordem do dia para aqueles que empreendem aqui no Brasil. De acordo com a pesquisa Expectativas dos Empresários Para as Eleições Presidenciais 2018, conduzida pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas CNDL praticamente sete em cada dez sete em cada dez empresários do Varejo e do setor de Serviços esperam que o próximo presidente faça grandes mudanças em relação ao que vem sendo feito no atual governo. Ao mesmo tempo, a maioria deseja a continuidade de medidas como as reformas política, trabalhista e da Previdência. Em conjunto, os dois dados sugerem que a mudança está relacionada mais à forma como as medidas vêm sendo tomadas, do que às principais diretrizes do atual governo. Mesmo céticos, esses empresários fazem o exercício de imaginar como seria o candidato ideal: de acordo com o perfil traçado, será necessário que um verdadeiro realizador ocupe o cargo de presidente da república. Alguém experiente e que não tenha medo de colocar a mão na massa, desde que seja honesto e priorize o combate à corrupção e a diminuição da carga tributária, a fim de impactar positivamente a vida de todos os brasileiros, assim como das empresas, independente de quaisquer posições partidárias. 2

3 EMPRESÁRIOS QUEREM QUE PRESIDENTE ELEITO PRIORIZE COMBATE À CORRUPÇÃO, DIMINUIÇÃO DE IMPOSTOS E REDUÇÃO DOS JUROS Muitos esperam que um novo ciclo de crescimento e desenvolvimento possa tornar-se viável nos próximos anos mas isso dependerá, em grande parte, do resultado nas urnas em outubro de Eleições costumam trazer um componente de imprevisibilidade sempre capaz de afetar o humor dos mercados, em maior ou menor grau. Desta vez, porém, o ano terá início em meio a um cenário completamente indefinido, já que ainda não é possível identificar quais serão, de fato, os candidatos à presidência. A despeito desse ambiente instável, a maior parte dos empresários ouvidos na pesquisa está indiferente em relação às eleições, por acreditar que tudo continuará do mesmo jeito (39,3%). Outros 27,4% mostram-se otimistas, achando que as coisas vão melhorar com a entrada de um novo presidente, enquanto 20,3% estão pessimistas, por achar que as coisas vão piorar depois do pleito. Dentre os que preveem tempos melhores, há os otimistas por natureza, acreditando que mesmo com todos os problemas sempre é possível melhorar (40,9%); além desses, 34,7% pensam que o próximo presidente eleito poderá fazer a diferença e tirar o Brasil da crise e outros 15,6% ouvem especialistas dizerem que a economia está dando sinais de melhoras e estão mais otimistas. Em contrapartida, a maior parte do que esperam um cenário pior após as eleições argumenta que os principais políticos/empresários envolvidos em corrupção não foram presos ou punidos (30,5%), enquanto 25,1% se dizem pessimistas e acreditam que as coisas sempre podem piorar; outros 24,0%, por sua vez, não acham que o presidente eleito fará as reformas/medidas necessárias. A nota média para a esperança de que o Brasil melhore depois da escolha do novo presidente, numa escala de 1 a 10, é de 5,56. 3

4 Considerando as medidas que devem ser tratadas como prioritárias pelo presidente, na opinião dos empresários, as mais mencionadas são o combate à corrupção (54,6%), a diminuição dos impostos (40,4%, aumentando para 43,9% no comércio varejista), a redução dos juros (34,5%) e a segurança pública (27,1%, aumentando para 34,5% nas capitais e 41,4% na região Sul). MEDIDAS QUE DEVEM SER PRIORITÁRIAS DO PRÓXIMO PRESIDENTE ELEITO EM 2018 Combate a corrupção 55% Diminuição dos impostos Redução dos juros Segurança pública Promover a geração de empregos 40% 34% 27% 22% Criar políticas de incentivo ao varejo Cortes no orçamento público/ajuste fiscal Continuidade do controle da inflação/aumento dos preços Melhorias nas políticas de crédito Proteção à indústria nacional Privatização de empresas públicas Outros Não sei/não quero responder 11% 10% 9% 7% 7% 6% 3% 4% 4

5 Essas e outras ações a serem tomadas pelo próximo presidente da república dão uma boa ideia daquilo que o empresariado brasileiro espera das políticas públicas, mas e o perfil específico de quem ocupará o cargo máximo do executivo no país? Que tipo de homem ou mulher os empresários preferem para a presidência? A respeito das habilidades e características profissionais necessárias, a pesquisa indica que os entrevistados querem alguém que ponha a mão na massa e realize projetos de melhorias para a população na saúde, educação e obras de infraestrutura (45,5%, aumentando para 48,0% no interior), uma pessoa do povo/próxima da população (25,4%) além de um político experiente (23,8%, aumentando para 27,3% no comércio varejista) e um empresário ou profissional de sucesso (20,8%, com destaque para o setor de serviços, 23,9%). Praticamente seis em cada dez consideram determinante para votar num candidato à presidência: ser honesto (58,5%), alguém que cumpre o que promete (31,1%) e que tenha pulso firme, isto é, seja determinado em suas convicções (29,9%, aumentando para 32,1% no interior). PERFIL DESEJADO É DE ALGUÉM PROATIVO, HONESTO E QUE SEJA PRÓXIMO DO POVO Por outro lado, dentre as características tidas como impeditivas para votar em um candidato, a mais mencionada é estar envolvido em escândalos de corrupção (59,9%, aumentando para 62,3% no interior), seguida de ficar em cima do muro /não ter opinião própria (22,5%) e de ser distante da população/não conhecer os problemas do povo (19,3%). 5

6 EMPRESÁRIOS QUEREM QUE PRESIDENTE ELEITO DÊ CONTINUIDADE A TODAS AS REFORMAS ESTRUTURAIS De modo geral, a postura dos empresários em relação às reformas estruturais investigadas na pesquisa é de que elas são relevantes e deveriam continuar no próximo governo, ainda que precisem passar por correções. Assim, por exemplo, os 79,2% consideram as mudanças na política econômica como sendo importantes ou muito importantes, com percentuais também expressivos para todas as outras: 75,9% para a reforma política, 72,9% para a PEC do teto dos gastos, 70,0% para a reforma trabalhista e 65,7% para a reforma da Previdência. Em contrapartida, dentre aquelas que são vistas como pouco ou nada importantes, vale destacar as reformas da Previdência (26,9%) e trabalhista (23,0%), ainda que os percentuais de desaprovação sejam bem menores. OPINIÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS REFORMAS - SÍNTESE RESPOSTAS RU POR ITEM MUDANÇAS NA POLÍTICA ECONÔMICA REFORMA POLÍTICA PEC DO TETO DOS GASTOS REFORMA DO TRABALHO REFORMA DA PREVIDÊNCIA Importante + Muito importante 79% 76% 73% 70% 66% Muito importante 54% 54% 47% 38% 37% Importante 25% 22% 26% 32% 29% Pouco importante + Nada importante 13% 16% 16% 23% 27% Pouco importante 7% 7% 9% 11% 11% Nada importante 6% 8% 7% 12% 16% Não sei 8% 8% 12% 7% 7% 6

7 Quando o tema levantado é a continuidade das reformas, mais uma vez a pesquisa indica que há um quase consenso, pois a vontade dos empresários é que todas as medidas investigadas prossigam no novo governo: 76,0% para a reforma política, 75,4% para a as mudanças na política econômica, 71,9% para a reforma da Previdência e 71,2% para a reforma trabalhista. No entanto, boa parte dos entrevistados quer que sejam feitos grandes ajustes nestas medidas, sobretudo no caso da reforma política (58,4%) e das mudanças na política econômica (56,6%). Finalmente, levando em conta apenas aqueles que preferem a interrupção, vale destacar os percentuais das reformas trabalhista (14,4%, aumentando para 16,4% no interior) e da Previdência (14,2%, aumentando para 16,0% no interior). EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO À CONTINUIDADE DAS REFORMAS PELO NOVO PRESIDENTE ELEITO RESPOSTAS RU POR ITEM REFORMA POLÍTICA MUDANÇAS NA POLÍTICA ECONÔMICA REFORMA DA PREVIDÊNCIA REFORMA DO TRABALHO Continuar com a reforma/medida (total) 76% 75% 72% 71% Continuar com a reforma/ medida do jeito que estava sendo aplicada 5% 5% 6% 6% Continuar com a reforma/ medida, porém com pequenos ajustes 12% 13% 20% 21% Continuar com a reforma/ medida, porém com grandes ajustes 58% 57% 46% 44% Parar com a reforma/medida 9% 7% 14% 14% Não sei 14% 17% 14% 14% Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, embora ainda haja muita incerteza associada às próximas eleições presidenciais, os sinais de recuperação da atividade econômica são animadores e podem marcar o início de um ano melhor no país: O ano eleitoral preocupa, é claro, porque ainda não há cenários políticos definidos e esse é um fator de expectativa para o mercado. Mas a economia brasileira está se recuperando, isso é evidente. As projeções para o PIB no ano que vem são positivas e a confiança dos agentes econômicos está voltando, assim como os níveis de consumo vêm mostrando reação. O controle sobre a inflação também é sólido, o que garante que a renda real das pessoas não se deteriore. No entanto, é fundamental que essa abordagem positiva seja mantida no próximo governo, seja qual for o presidente eleito. O Brasil precisa manter-se no curso das reformas, pois essa será a base para voltarmos a ter um ambiente de negócios de crescimento, estimulante e mais produtivo, com a criação de novos postos de trabalho que ajudarão a construir um novo ciclo de prosperidade. 7

8 CONCLUSÕES 39,3% estão indiferentes em relação às eleições, por acreditarem que tudo continuará do mesmo jeito. Outros 27,4% mostram-se otimistas, achando que as coisas vão melhorar com a entrada de um novo presidente, enquanto 20,3% estão pessimistas, por achar que as coisas vão piorar depois do pleito. Dentre os que preveem tempos melhores, há os otimistas por natureza, acreditando que mesmo com todos os problemas sempre é possível melhorar (40,9%); além desses, 34,7% pensam que o próximo presidente eleito poderá fazer a diferença e tirar o Brasil da crise e outros 15,6% ouvem especialistas dizerem que a economia está dando sinais de melhoras e estão mais otimistas. 30,5% esperam um cenário pior após as eleições argumenta que os principais políticos/empresários envolvidos em corrupção não foram presos ou punidos (30,5%), enquanto 25,1% se dizem pessimistas e acreditam que as coisas sempre podem piorar; outros 24,0%, por sua vez, não acham que o presidente eleito fará as reformas/ medidas necessárias. Considerando as medidas que devem ser tratadas como prioritárias pelo presidente, as mais mencionadas são o combate à corrupção (54,6%), a diminuição dos impostos (40,4%), a redução dos juros (34,5%) e a segurança pública (27,1%). A respeito das habilidades e características profissionais necessárias, a pesquisa indica que os entrevistados querem alguém que ponha a mão na massa e realize projetos de melhorias para a população na saúde, educação e obras de infraestrutura (45,5%), uma pessoa do povo/próxima da população (25,4%) além de um político experiente (23,8%) e um empresário ou profissional de sucesso (20,8%). Para votar em um candidato, 58,5% consideram determinante que ele seja honesto, alguém que cumpre o que promete (31,1%) e que tenha pulso firme /seja determinado em suas convicções (29,9%). Dentre as características tidas como impeditivas para votar em um candidato à presidência, a mais mencionada é estar envolvido em escândalos de corrupção (59,9%), seguida de ficar em cima do muro /não ter opinião própria (22,5%) e de ser distante da população/não conhecer os problemas do povo (19,3%). 79,2% consideram as mudanças na política econômica como sendo importantes ou muito importantes, com percentuais também expressivos para todas as outras: 75,9% para a reforma política, 72,9% para a PEC do teto dos gastos, 70,0% para a reforma trabalhista e 65,7% para a reforma da Previdência. Quando o tema levantado é a continuidade das reformas, a vontade dos empresários é que todas as medidas investigadas prossigam no novo governo: 76,0% para a reforma política, 75,4% para a as mudanças na política econômica, 71,9% para a reforma da Previdência e 71,2% para a reforma trabalhista. 8

9 METODOLOGIA PÚBLICO-ALVO MÉTODO DE COLETA TAMANHO AMOSTRAL DA PESQUISA DATA DE COLETA DOS DADOS Empresários brasileiros Pesquisa realizada via 822 casos, gerando margem 30 de novembro com empresas de CATI, por telefone. de erro no geral de 3,4 a 19 de dezembro todos os portes, dos p.p para um intervalo de de ramos de comércio confiança de 95%. varejista e serviços, de todas as regiões do Brasil, das capitais e interior. 9

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