LAERTE ABRE O JOGO (E TIRA A ROUPA) : REFLEXÕES SOBRE AS PEDAGOGIAS DE GÊNERO E SEXUALIDADE EM UM ARTEFATO CULTURAL Gabriela Garcia Sevilla (SEDUC/RS)

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1 LAERTE ABRE O JOGO (E TIRA A ROUPA) : REFLEXÕES SOBRE AS PEDAGOGIAS DE GÊNERO E SEXUALIDADE EM UM ARTEFATO CULTURAL Gabriela Garcia Sevilla (SEDUC/RS) O que se passou foi que me vi motivada a retomar a militância por causa de algo muito íntimo o sentimento transgênero-, que me levou de novo a entender a ação política como necessária. Não vejo só como uma defesa da população travesti ou transgênera, mas da liberdade humana. Uma defesa das possibilidades do ser humano como um todo 1 Laerte Coutinho é uma reconhecida cartunista brasileira que desde 2010 assumiu publicamente sua experimentação transgênera. Tal evento a colocou numa posição de destaque no cenário nacional, onde se tornou uma figura cada vez mais comum e requisitada em programas de TV, rádio, revistas e jornais, além de eventos públicos (seminários, manifestações...), muitas pessoas queriam saber de sua experiência e /ou também saber suas opiniões sobre os mais diversos temas, com enfoque nas questões vinculadas ao movimento LGBT e de direitos humanos de forma mais ampla. Neste processo Laerte se manifestou diversas vezes e de diferentes formas sobre seus interesses e vivências com/sobre o gênero feminino e sua sexualidade. Suas diferentes declarações ao longo desse tempo são interessantes e indicativas da complexidade da temática, pois embora se trate de o caso de uma pessoa, ela não está isolada, mas sim se relaciona com grupos sociais específicos e com a sociedade de forma mais ampla, e isso interfere/influência suas práticas e afirmações. Dificilmente Laerte poderia ser encaixada rapidamente numa caixa conceitual ou em categorias pré-definidas, pois ao longo desse processo reivindicou a mudança e a exploração do desconhecido, tentou adiar as classificações, mudou de categorias para se definir, refutou ou abraçou identidades, se deparou com as normas, seja para burlar, seja para se adequar a elas. Laerte ao longo desse processo, nas diversas entrevistas que concedeu, se denominou e foi denominada de crossdresser, travesti e transgênera, explicou as diferenças entre gênero e sexualidade e ao narrar sua experimentação, deu sinais de que não era algo acabado e sem volta, estas indefinições causaram dúvidas e estranhamentos, é exatamente a respeito desses questionamentos que vamos falar aqui. Interessa-nos refletir a partir destas falas a respeito de outras formas de vivenciar e experimentar as questões de gênero e sexualidade. As declarações e propostas de debate político que Laerte traz podem nos ajudar a pensar em 1 Laerte, entrevista realizada por Diego Assis para a Revista Rolling Stone Brasil, 2013.

2 outras propostas contra-hegemônicas, que não colidem ou se opõem as lutas atuais (mobilizações de direitos via identidades) que são importantes, mas complementam e/ou oferecem alternativas a esse modelo, que também pode ser excludente, uma vez que não são todos que se enquadram nestas normas de definições identitárias (SIERRA; CÉSAR, 2014, MISKOLCI, 2010). Olhando atualmente para todo esse processo vivenciado por Laerte é possível perceber ou acreditar numa estabilização dessa experimentação. Hoje Laerte é reconhecida e chamada no feminino e aborda a questão da sexualidade de forma mais relacionada a isso, mas nem sempre foi assim, nas entrevistas no início desse processo é mais perceptível a indefinição, o devir, a disjunção empreendida com relação às noções de sexo, gênero e sexualidade. Seu foco parecia ser mais nas práticas do que nas identidades. Há ao longo do processo um conjunto de categorias que são utilizadas, rechaçadas ou retomadas para tentar explicar aquilo que Laerte é ou quer. Há muitas dúvidas por parte dos entrevistadores (como chamar? como definir? como classificar? como explicar?). A ambiguidade e a estranheza pairavam no ar. O desconhecido assustava e fascinava. Neste texto o foco é uma dessas muitas entrevistas, que se localiza cronologicamente mais próximo do contexto atual, em Diante das afirmações de Laerte e das instigantes fotografias naquela entrevista a revista Rolling Stone 3 nos interessamos em refletir a partir de suas considerações e propostas, que parecerem trazer novidade aos debates vinculados as políticas LGBT, sobre as formas de vivermos a vida, pois sua abordagem problematiza categorias e definições que no seu entendimento limitam as possibilidade de vida, que normalizam, que excluem e empobrecem nossa experiência, regulando e restringindo o viável. Esta perspectiva se assemelha as análises de Sierra e César (2014) ao abordar, inspirados em Michel Foucault, a construção de alternativas e outros modos de vida para tentar escapar da sujeição e do governamento, que estariam vinculados as práticas identitárias e normalizadoras que estão presentes na atualidade também no movimento LGBT. Isso porque Laerte em sua fala parece abordar questões que transcendem os direitos vinculados às identidades, e aos sujeitos de direitos, que também estão presentes em sua fala e que são importantes, mas nesta proposta de Laerte encontramos outras indagações que questionam estes padrões e definições, não é algo apenas para as pessoas que se identificam numa identidade ou outra, mas para todas as pessoas. 2 Embora este interesse seja oriundo da minha pesquisa de mestrado, essa entrevista não fez parte do meu corpus de análise, por isso achei interessante retomá-la aqui, de uma forma mais livre. 3 E no conjunto mais amplo de entrevistas, que analisei em minha dissertação.

3 A discussão sobre redefinições e mudanças relacionadas à temática de gênero e sexualidade que podem ser percebidas nestas entrevistas se relacionam ao campo da educação de diversas formas e por diferentes caminhos, pois utilizo como fonte de pesquisa uma entrevista/revista, lido com um artefato cultural vinculado de forma mais ampla a mídia, e como sabemos os processos educativos de constituição dos sujeitos e suas subjetividades estão para além da escola, aprendemos muito por meio de diversas instituições e artefatos, entre eles, a mídia. Por meio destes artefatos culturais atuam diversas pedagogias e se exercem diferentes currículos, e um dos mais potentes são as pedagogias de gênero e sexualidade (LOURO, 2000) que ensinam e reiteram as formas de exercer a feminilidade e a masculinidade e de expressar os desejos e afetos. Sabemos que existem normas e formas de vida hegemônicas que são consideradas as naturais e normais e sabemos que existem aquelas que são indesejadas e consideradas anormais, sabemos também que essas identidades e posições de sujeito se constituem de forma relacional (LOURO, 2000b). Geralmente, o que é veiculado na mídia, está enquadrado no sistema heteronormativo hegemônico que pressupõe que a heterossexualidade é a forma de sexualidade predominante e dada, e por isso não é problematizada, servindo de modelo para as relações afetivas e sexuais, mesmo para pessoas que não se enquadram nessa essa orientação sexual. A heteronormatividade pode ser resumida como um sistema que naturaliza a heterossexualidade, a partir de uma organização social, relacional e psicológica que pressupõe que todos são ou deveriam ser heterossexuais operando como um sistema opressor e que homogeniza, implicando na percepção de que não haveria possibilidades outras fora desta lógica. (MISKOLCI, 2012, Louro 2000b). Além do sistema heteronormativo a mídia geralmente reproduz, como já dito determinadas pedagogias de gênero e sexualidade vinculadas aos padrões de feminilidade e masculinidades considerados aceitáveis. Entretanto também é possível que estes mesmos artefatos culturais apresentem outros padrões e normas, aqueles considerados inadequados ou estranhos, seja para questioná-los, seja para reforçar as fronteiras entre eles. É pensando assim que analisamos esta entrevista, percebendo o que ela traz de possibilidades para discutirmos de questões de gênero, sexualidade e formas de constituir nossas experiências, a partir da fala de Laerte sobre sua experimentação, não para servir como um modelo a ser seguido, mas como uma experiência potente que pode nos fazer refletir, um caso bom para pensar.

4 É preciso destacar que esta pesquisa se embasa na perspectiva pós-estruturalista para abordar as questões de gênero e sexualidade, isso significa dizer, de forma resumida, que compreendemos o gênero como um organizador do social, perpassado por relações de poder, que institui as formas consideradas aceitáveis de ser homem ou mulher em determinada cultura. A linguagem é muito importante nesta perspectiva, pois é por meio dela que constituímos sentidos, que nomeamos e compreendemos nossos corpos, percebemos e constituímos as diferenças. (MEYER, 2003; 2012; LOURO, 2003). As abordagens desconstrucionistas e os estudos queer trazem reflexões que nos ajudam a complexificar esta discussão, para além da ideia de gênero como uma construção social e cultural sobre a superfície da natureza, podemos entender que são nossas concepções de gênero que definem o sexo e o corpo (que não é pré-discursivo) e que possibilitam a constituição dos sujeitos inteligíveis no mundo social, por meio da reiteração e citacionalidade da linguagem que conforma os corpos (BUTLER, 2000). Como o trecho que selecionei como epígrafe aponta, Laerte aborda nesta entrevista, entre outras questões, a militância política a partir de sua vivência transgênera e/ou travesti, refletindo que sua atuação se dá através de algo pessoal, íntimo e particular, mas que se relaciona a algo mais amplo, a um projeto coletivo que se relaciona a experiência humana em geral. O pessoal é político, a frase célebre do movimento feminista e que também é utilizada nas reflexões LGBT de forma mais ampla serve para pensarmos na afirmação de Laerte. Temos aqui a noção da militância vinculada a algo pessoal e uma tentativa de unir e talvez ampliar estes interesses situadas em determinados sujeitos (a mulher, os gays...) falando de algo que diz respeito a todos e todas ou que transcende essas identidades possibilidades do ser humano como um todo, diz Laerte. Algo que transcenderia as identidades individuais e ao mesmo tempo diria respeito a todas as experiências. Esta proposta, que aparece ao final da entrevista, nos parece dialogar com a noção de estética da existência de Foucault, conforme alguns autores brasileiros (SIERRA; ASSIS, 2014; MISKOLCI, 2006) tem pensando a questão das militâncias LGBT, as limitações da questão identitária e as possibilidades de criarmos algo novo, outras propostas, que saem da lógica identitária, binária e heteronormativa. Estas reflexões também tem influência dos estudos queer para pensar novas teorias, estratégias políticas e maneiras de viver a vida, tentando escapar da normalização. A teoria queer toma esta concepção para falar daquele que vive além da norma e das fronteiras do definível e do indefinível. Judith Butler (2000) dá prosseguimento a esta discussão quando estende esta noção para falar de todo tipo de corpos cujas vidas não são

5 consideradas e cuja materialidade não é importante e também com a discussão sobre vida precária (BUTLER, 2001) e sua preocupação sobre que constitui a nossa humanidade. Richard Miskolci destaca queer como uma nova política de gênero, conforme a proposta de Judith Butler, que se materializa no questionamento das demandas feitas a partir dos sujeitos; em outras palavras, chama a atenção para as normas que os criam (MISKOLCI, 2012, p. 27). Assim, esta perspectiva estaria associada a uma política crítica aos regimes de normalização na perspectiva da diferença, com uma concepção do regime de verdade mais preocupada com a constituição da normalidade e da anormalidade e com um entendimento de poder diferenciado (disciplinar/controle) se distanciado da perspectiva da diversidade e da defesa da homossexualidade, que por sua vez, tem uma concepção de poder como repressor e com enfoque no binário hetero-homo, que estaria mais associada às políticas identitárias próhomossexualidade (Ibidem, 2012). As percepções de Laerte acerca do que é gênero e sexualidade se diferenciam dos padrões identitários mais tradicionais que atualmente são correntes no movimento social e nas demandas do Estado, há uma problematização do que é ser mulher no seu caso, não é algo tão restrito e padronizado, uma verdade a ser descoberta, algo que está lá pronto para sair do armário, mas um processo de busca e também de aceitação. Em alguns momentos Laerte dialoga com visões mais correntes sobre o assunto e às vezes não. Trarei algumas passagens da entrevista para evidenciar estas questões: (...) Laerte pretende substituir os já inseparáveis sutiãs com enchimento por um par de implantes de silicone de no máximo 400 ml. Cortar o pênis? Nem pensar. falar em cortar o pênis é uma visão falocêntrica. Como se dissesse: Eu tenho um pênis e vou cortá-lo. Laerte me dá bronca. Não é isso, é transformar a genitália. Perceba como essa é uma visão masculinista. Você vai cortar o pênis por quê? Porque uma mulher é um ser sem pênis? Não é um ser sem pênis. Os homens é que são sem vagina conclui gargalhando. Esta questão evidencia bastante as dúvidas que permanecem em relação ao processo de Laerte que iniciou anos antes, ele fala do silicone, mas não se mostra interessado em cirurgia de redesignação sexual (muitos menos em tirar o pênis), dessa forma Laerte traz para a discussão temas polêmicos que nem sempre encontram espaço na mídia. Também refuta a declaração que parece mais óbvia ou esperada sobre sua transexualidade e uma explicação que vincule sua experimentação de gênero com o sexo e a sexualidade, algo que não ocorre, Laerte não se define assim. Depois dessa passagem a entrevista segue para abordar a questão das fotos que Laerte tirou num ensaio nu, relatando que ele se considera satisfeito com seu corpo atual, mas

6 que as fotos não eram motivadas por vaidade. Laerte diz saber que as mulheres sofrem com pressões estéticas e padrões de beleza cada vez mais rígidos, mas afirma que Ao querer a vivência tida como feminina, não estou comprando o pacote todo. Não preciso de uma cintura tida feminina e quadril. Esse é o corpo que tenho e preciso estar me sentindo bem com ele (...) Laerte enxerga no ensaio nu que realizou uma possibilidade de discussão estética e, por que não, política. Laerte afirma que o fato de estar vivendo/experimentado o gênero não significa uma mudança total, radical ou definitiva do corpo, pois estas coisas, segundo ele, não estão coladas necessariamente (ele usa o exemplo do corpo das indígenas, como uma demonstração que existem diferentes feminilidades e corpos femininos) e que não são necessárias para a discussão que se propõem a fazer. Novamente, Laerte não responde da forma mais convencional. Ao falar do resultado das fotos afirma que ficaram interessantes, para além do belo e do feio Estética não é a busca do belo, é a busca do sentimento e segue dizendo que se trata não de contemplar algo belo, mas de sentir a presença de uma coisa, de uma proposta. É possível dizer a partir disso que ele desejava se experimentar e propor uma discussão sobre a questão do corpo, do gênero e da sexualidade, tentando romper com algumas padronizações. As fotos selecionadas para a entrevista mostram diferentes etapas de um strip-tease, a foto que abre a matéria é de Laerte de bruços no chão, apoiado nos braços com o dorso a mostra, cabelos longos soltos e maquiagem no rosto e nas outras duas fotos ele esta coberto de tinta, em nenhuma delas aparece a genitália, o que segundo o fotógrafo Rafael Roncato (contratado por Laerte para essa sessão) é o mais interessante, são as imagens mais poderosas. Laerte continua Talvez (...) eu queira mostrar como pode ser o corpo de uma pessoa que se sente mulher ou que sente a liberdade de frequentar a cultura dita feminina. Nesse sentido, a foto nua é também uma proposta de discussão. Quero propor isso agora mais ou menos como às novidades gráficas e narrativas que tenho proposto nas tiras e a liberdade de expressão que tenho vivido. Isso é pessoal e é público também. Essa proposta de Laerte está relacionada ao trecho da epígrafe e as questões que falamos no início do texto, a ideia de Laerte de expor sua experimentação de gênero das mais variadas formas (pelas entrevistas, fotos, com seu trabalho, com sua militância) para propor um debate na sociedade, ensejando reflexões e questionamentos. A ideia de mostrar um corpo que não mais se enquadra em definições pré-concebidas, de tentar transgredir e se libertar, de demonstrar outras práticas e estéticas, de experimentar uma nova forma de viver a vida, de experimentar seu corpo, seus desejos e afetos, transformando a si mesmo e as suas relações com os demais, tornando a sua vida uma obra de arte. Essa não deixa de ser uma inovação e uma possibilidade que se abre para se abordarem estes temas na mídia brasileira. Entretanto,

7 essa proposta mais perturbadora também encontra limitações e capturas de seu potencial disruptivo. Ao seguir falando da proposta do ensaio nu de Laerte o entrevistador passa então para a questão de sua intimidade, dizendo que Laerte afirma não se importar em mostrar a calcinha ou o que há debaixo dela num ensaio, mas que deseja preservar sua vida íntima, como por exemplo, com quem vai para a cama. Para mim, a vivência homossexual ainda é um tabu. Não sei se será assim até o fim da vida. Eu sou um processo em movimento. O tema da homossexualidade e de sua orientação sexual era frequente em entrevistas e questões anteriores, e geralmente Laerte afirmava que estavam fazendo confusão, que sua experimentação de gênero, a prática de crossdresser e o travestismo não se relacionavam necessariamente com a orientação sexual ou o desejo pelo mesmo sexo. Neste contexto da entrevista, final de 2013, já há outra abordagem do tema nestas entrevistas. Ao longo da entrevista a revista Rolling Stone o jornalista mescla as respostas de Laerte aos seus textos descrevendo o momento da entrevista ou lançando mão de outras informações sobre a cartunista (de outras entrevistas) aborda o termo crossdressing que segundo a revista deixou de ser algo secreto e restrito a algumas comunidades e invadiu as casas das pessoas, sem pedir licença devido a grande visibilidade alcançada por Laerte, pois todos queriam saber o que aconteceu com ele. Esta exposição ocorreu, segundo Laerte, porque Eu estava pouco disposta a construir outra blindagem, sabe? (...) Escolhi não viver a minha homossexualidade por décadas. Não tinha mais como não ser eu. Ao mesmo tempo esta entrevista já é de um período posterior à utilização da categoria crossdressing e a este período. A cartunista já está bem conhecida, não usa mais essa expressão, abandonou o clube de crossdresser e a prática de se vestir de mulher em ambiente particular. Em entrevistas anteriores Laerte não falava em homossexualidade diretamente, isso era algo vinculado à sexualidade e não era destacado, pois o foco era no gênero, como coisas separadas. Nesta entrevista isso já está exposto explicitamente, como vimos nos trechos acima. De alguma forma, isso aponta para uma leitura de certa normalização na forma como a proposta de Laerte é concebida neste contexto. A entrevista também retoma a sua primeira montagem num estúdio para crossdresser, momento já destacado em entrevistas anteriores, mas o interessante é como esse episódio é lido e interpretado posteriormente nesta entrevista, quando afirma que o fato de Laerte dizer que sentiu êxtase ao se ver depilada e que teve uma ereção naquela ocasião, demonstra que é um mito quando dizem que crossdressing e sexo não andam de mãos

8 dadas. Retomo estas questões para mostrar como essa entrevista já marca uma mudança na maneira como Laerte é compreendida, ao anunciar sua homossexualidade e algumas mudanças corporais, Laerte já passa a ser enquadrado e redefinido dentro de uma determinada lógica. Se antes Laerte dizia que se vestia de mulher para vivenciar o gênero e se experimentar, mas que não era algo vinculado à sexualidade ou ao sexo, e isso causava estranheza e dúvidas, agora isso passa a ser questionado e sua experimentação passa a ser normalizado dentro de uma ideia que não concebe desvinculações entre sexo (biológico), gênero (masculino/feminino), sexualidade (orientação sexual). Ao mesmo tempo em que Laerte aborda na entrevista que sua militância não é algo específico e ligado a uma determinada identidade e isso me parece uma forma de romper com algumas questões e padrões, como afirmei no início do texto, há também capturas identitárias e interpretações que vazam desse texto. São possibilidades e limites de construir coisas novas nessa esfera. No início e no final da entrevista o jornalista lança mão de estereótipos de gênero vinculados ao feminino: no texto inicial da matéria diz que Laerte chegou antes ao local porque provavelmente esqueceu a mudança do horário de verão (coisa que logo depois se mostra equivocada) e ao finalizar, o texto indica que Laerte se despediu do entrevistador com um forte abraço de mãe. No diálogo breve com esta entrevista fomos costurando as relações, o que se repetia e o que diferenciava em relação a outras entrevistas de Laerte. Tentamos fragmentar e multiplicar os sentidos das palavras que emergiam deste artefato cultural, o que se pode compreender a respeito de gênero, sexualidade e corpo (e sexo) e das possibilidades de transgressão das normas do sistema heteronormativo a partir das entrevistas concedidas por Laerte e, enfim, da sua figura. Perceber as diferentes identidades e categorias utilizadas na definição desta experimentação também é algo muito interessante. A emergência destas identidades sexuais ajuda a compreender o que está em jogo nas relações de poder que perpassam a sociedade, conforme Weeks (2000). O que se compreende por gênero, sexualidade e corpo (sexo), o que pode ser modificado ou não, o que é construção cultural e o que é biológico nas falas que encontramos na entrevista, ajudam a compreender o que embasa nossa forma de pensar a respeito destas questões e dialogam com as perspectivas teorias que discuti ao longo do texto. Isso contribui para compreender as limitações e possibilidades de nossa discussão teórica e política.

9 O objetivo ao longo do texto foi refletir sobre os significados vinculados às pedagogias de gênero e sexualidade, ou seja, ensinamentos que conformam um currículo sobre formas de ser homem e mulher e de como expressar nossos desejos que pode ser encontrados nas entrevistas dadas por Laerte para revistas e jornais de circulação nacional. Ao ensejar esta grande quantidade de perguntas, tanto nesta pesquisa quanto por parte da mídia (e seus entrevistadores em revistas, jornais, TV, filmes, etc.), Laerte se apresenta como um caso interessante para discutirmos questões fundamentais que envolvem corpo, gênero e sexualidade. Com esta análise pretendo também a contribuir com esse embate cultural no qual Laerte está inserido, dando visibilidade a esta proposta para assim disputar outras representações e significados em torno da forma como vivemos nossos desejos e como expressamos nossas vontades, para além de normas rígidas que reduzem as possibilidades da vida humana. Talvez assim, nos daremos conta que podemos elaborar nossas vidas como obras de arte, já que algumas coisas que considerávamos evidentes, não passíveis de modificação, o são, como Laerte também percebeu, porque se tratam de construções históricas e políticas, e dessa forma, somos mais livres do que pensamos (FOUCAULT, 2004, p. 295). Além disso, ao nos determos num caso extremo, algo considerado inusitado, incomum, estranho e até mesmo anormal, se pode prestar mais atenção na constituição das margens, nas fronteiras que demarcam o centro, nos limites da vida viável ou não, assim é mais perceptível como se constitui a abjeção e se define que corpos importam mais e quais importam menos, por quais choramos. (BUTLER, 2000). Desde este ponto de vista, talvez se consiga compreender melhor também o centro e sua conformação, para, quem sabe, modificálo ou deslocá-lo. Apoiando-se sobre noções aparentemente abstratas de multiplicidades, de fluxo, de dispositivos e de acoplamentos, a análise da relação do desejo com a realidade e com a "máquina" capitalista contribui para responder a questões concretas. Questões que surgem menos do porque das coisas do que de seu como. Como introduzir o desejo no pensamento, no discurso, na ação? Como o desejo pode e deve desdobrar suas forças na esfera do político e se intensificar no processo de reversão da ordem estabelecida? Ars erotica, ars theoretica, ars politica. (FOUCAULT, 1977, grifo do autor). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUTLER, Judith. Corpos que Pesam: sobre os limites discursivos do sexo. In: LOURO, Guacira Lopes (org.). O Corpo Educado. Pedagogia da Sexualidade. 3 ed. Belo Horizonte: Autêntica, p Vida Precária. Revista Contemporânea, São Carlos, v. 1, n.1, jan.-jun Disponível em:

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